Artigos Científicos

Título
Desmatamento Em Áreas Protegidas Na Amazônia: Uma Ameaça À Biodiversidade
Autores
  • Paula Fernanda Pinheiro Ribeiro Paiva
  • Maria de Lourdes Pinheiro Ruivo
  • Orleno Marques da Silva Júnior
  • Maria de Nazaré Martins Maciel
  • et al.
Ano da Publicação
2020
Idioma da Publicação
Inglês
Revista Publicada
Biodiversity and Conservation
Resumo
"A criação de áreas protegidas (Áreas Protegidas—AP e Terras Indígenas—TIs) é uma das estratégias eficazes para conter o desmatamento e a fragmentação da paisagem e conservar a biodiversidade. No entanto, várias dessas áreas na Amazônia sofrem pressões antropogênicas que impedem o cumprimento de seu propósito. O objetivo deste estudo é analisar o uso e a cobertura vegetal em quatro áreas protegidas na Amazônia no estado do Maranhão, mostrando as ameaças à biodiversidade por meio do processamento digital de imagens de satélite em 1984, 1996, 2008 e 2017. Foram utilizadas imagens dos satélites Landsat 5 e 8 para classificação supervisionada e identificação do desmatamento nessas áreas. Os resultados obtidos em 1984 mostram uma predominância da classe florestal na área estudada, onde as Terras Indígenas Caru e Alto Turiaçu se destacam por apresentar uma excelente preservação naquele ano. A partir de 2008, foram observadas mudanças relacionadas ao desmatamento e à presença de vegetação secundária e ocorrência de incêndios na área estudada. Nesse caso, as mudanças resultantes da expansão urbana e agrícola, projetos de infraestrutura (estradas, rodovias, represas e divisão de terras), mineração, desmatamento ilegal, criação de gado, entre outros, são facilmente identificadas por imagens de satélite. As Terras Indígenas e a Reserva Natural Estrita de Gurupi estão interligadas, representando o bioma amazônico mais homogêneo e melhor preservado no Maranhão. O estudo conclui que 76,41% da vegetação remanescente está dentro das áreas protegidas, representada principalmente nas Terras Indígenas analisadas. Portanto, este estudo destaca que, embora as áreas protegidas estejam constantemente sujeitas a desmatamento, invasões e queimadas criminosas, ainda são a melhor maneira de preservar a biodiversidade do último remanescente do bioma na região, sendo sua proteção necessária para a conservação de seus recursos biológicos e cobertura vegetal."