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Destaques
REPRESENTAÇÃO
12/12/2025
Diálogo sobre propostas aos Fundos Constitucionais avança
Reunião no Ministério da Integração reforça alinhamento institucional e planeja ações para 2026 O Sistema OCB participou, nesta quinta-feira (11), da segunda reunião institucional com a Secretaria Nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR). O encontro deu continuidade às tratativas iniciadas após a entrega do documento Propostas do Cooperativismo de Crédito aos Fundos Constitucionais, apresentada em julho, e teve como foco apresentar o balanço das ações de 2025 e alinhar prioridades para o próximo ano. A reunião contou com a presença do secretário nacional Eduardo Correa Tavares, da chefe de gabinete, Fabíola Caroline Furtado Barros Carneiro, e do diretor do Departamento de Políticas e Normas dos Fundos e Instrumentos Financeiros, Anderson Mendes Costa. Ao longo da agenda, a equipe do Sistema OCB reforçou a importância da ampliação da participação das cooperativas de crédito na política pública dos Fundos Constitucionais nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Também foram discutidos avanços regulatórios e operacionais construídos conjuntamente ao longo de 2025. Outro ponto destacado foram as perspectivas para 2026 de continuidade ao processo de aprimoramento da política pública de desenvolvimento regional. O Sistema OCB elencou os esforços realizados à nível estadual e federal, em conjunto com sistemas cooperativos e Organizações Estaduais, incluindo reuniões com superintendentes (Sudeco, Sudene e Sudam) e participação nas reuniões dos Conselhos Deliberativos desses órgãos, além de parlamentares, secretários estaduais e governadores. O diálogo contínuo com o ministério é considerado estratégico pelo Sistema OCB, tanto para o acompanhamento das medidas já em andamento quanto para a consolidação de aprimoramentos que tornem a atuação das cooperativas ainda mais efetiva no acesso ao crédito produtivo orientado, ao microcrédito e para o desenvolvimento regional. A agenda seguirá com novos alinhamentos técnicos ao longo dos próximos meses, com foco na implementação das propostas e no fortalecimento da parceria institucional. Saiba Mais: Excelência em Gestão: Prêmio SomosCoop 2025 reconhece 133 coops Sistema OCB aprova nova governança e agenda estratégica para 2026 Tania Zanella recebe prêmio Mérito Agropecuário e destaca força do IPA
EVENTOS
10/12/2025
Senado aprova PL dos safristas
Projeto que protege beneficiários de programas sociais tem repercussão positiva para o setor produtivo
O Senado Federal concluiu, nesta terça-feira (09), em regime de urgência, a análise do PL 715/2023, conhecido como PL dos Safristas, proposta que garante segurança a trabalhadores rurais contratados em períodos sazonais. Com a construção de um texto consensual entre governo e parlamentares, o projeto retorna à Câmara dos Deputados, onde teve origem em razão de emenda aprovada em Plenário. O texto assegura que os recursos obtidos exclusivamente em contratos de safra não serão considerados no cálculo da renda familiar para fins de manutenção de benefícios sociais como o Bolsa Família. Na prática, o trabalhador poderá aceitar oportunidades temporárias sem risco de perder o acesso a programas sociais dos quais já é beneficiário.
O relator senador Jaime Bagattoli (RO), membro da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), ressaltou que a Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado conclusão da análise no Senado representa um passo decisivo para corrigir uma insegurança que afeta trabalhadores e atividades produtivas em todo o país. O projeto, de autoria do deputado Zé Vitor (MG) e parte da Agenda Institucional do Cooperativismo, tem como objetivo principal garantir segurança jurídica ao tema e reforçar a política de inclusão produtiva. A emenda acolhida no acordo, contribui diretamente para esse avanço.
Emenda
Durante a votação em Plenário, o relator acatou emenda do senador Mecias de Jesus (RR) que determina que, enquanto o eSocial não disponibilizar um campo específico para o registro, a norma terá eficácia imediata. Nesse período, não será obrigatório informar no sistema os dados do contrato de safra relativos a beneficiários de benefícios sociais. Assim, mesmo sem um ato específico do Poder Executivo, a aplicação do benefício não ficará condicionada a uma formalidade administrativa, garantindo a celeridade e a prioridade que o tema requer.
Repercussão
A aprovação no Senado foi bem recebida pelo setor produtivo, especialmente no meio rural, onde a contratação de mão de obra sazonal é essencial para o ciclo de colheita. A medida é considerada positiva porque reduz entraves à oferta de trabalho temporário, gera estabilidade para o trabalhador e contribui para a eficiência das operações agropecuárias e cooperativas.
Ao reconhecer o avanço, o ministro Wellington Dias afirmou que o texto aprovado no Senado está alinhado à estratégia do governo de incentivar a formalização e proteger famílias vulneráveis. Segundo ele, a regulamentação trará previsibilidade e segurança tanto para os beneficiários do Bolsa Família quanto para empregadores que dependem da contratação de safristas.
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INOVAÇÃO
09/12/2025
InovaCoop lança videocast com 16 episódios
Produção reúne cases, especialistas e tendências da inovação cooperativista
O Sistema OCB acaba de lançar uma novidade no InovaCoop, com 16 episódios gravados durante o World Cooperative Management (WCM). A produção traz conversas diretas, práticas e inspiradoras sobre inovação no cooperativismo, além de reunir lideranças, especialistas e gestores de cooperativas de diferentes ramos.
Disponível na trilha Ensina Vídeos da plataforma InovaCoop, a série apresenta um panorama atual das tendências, dos desafios e das oportunidades que têm moldado o futuro das cooperativas no Brasil. Cada episódio traz aprendizados de lideranças, especialistas e gestores que, de diferentes ramos e regiões, compartilham caminhos concretos para inovar com propósito.
Confira os destaques da série, aprofunde seus conhecimentos e descubra ideias, caminhos e estratégias que podem inspirar o futuro da sua cooperativa:
1. Cultura de inovação e evolução do RH – Comigo
Com participação de Tani Melo, Gerente de RH, e Pâmela Costenaro, coordenadora de Desenvolvimento de Pessoas da Comigo, uma das maiores cooperativas agroindustriais do Brasil, o episódio mostra como a gestão de pessoas se tornou eixo estratégico para inovação e fortalecimento cultural.
2. Políticas públicas e ambiente regulatório
Geraldo Magela Silva, assessor institucional da Ocemg, explica como marcos regulatórios bem estruturados podem acelerar a inovação no cooperativismo.
3. Transformação digital na saúde – Unimed São Sebastião do Paraíso
Matheus Colombaroli, diretor-presidente da Unimed São Sebastião do Paraíso, detalha como a digitalização reduziu retrabalhos e melhorou a experiência dos beneficiários.
4. Reinvenção e competitividade – Coopresa
Lívia Maria, presidente da Coopresa, apresenta a jornada de modernização de uma cooperativa de manutenção aeronáutica diante de um mercado altamente exigente.
5. Modernização com raízes cooperativistas – Coopama
Fernando Caixeta Vieira, diretor-presidente da Coopama, e Marcelo Rocha Nogi, superintendente financeiro, contam como a cooperativa fundada em 1944 atualiza processos sem perder sua essência.
6. Design Thinking para cooperativas
Hellen Beck, analista de inovação do Sistema OCB, mostra como a abordagem centrada nas pessoas fortalece a inovação interna.
7. Pacto Sistêmico de Estratégia – Sicoob
George Laporta, gerente nacional de performance corporativa do Sicoob, explica como o maior sistema financeiro cooperativo do país construiu um direcionamento unificado, sem abrir mão da autonomia das cooperativas.
8. Jornada de inovação da Unimed-BH
Frederico Peret, diretor-presidente da Unimed-BH, apresenta a estratégia de uma das cooperativas mais inovadoras do setor de saúde.
9. Sistemas de gestão da inovação
Hélio Gomes de Carvalho, professor doutor, consultor e especialista em inovação, detalha como estruturar processos, medir resultados e fortalecer a cultura inovadora.
10. Oportunidades da Lei 15.184 e acesso ao FNDCT
Fabíola Nader Motta, gerente-geral do Sistema OCB, explica como o novo marco de fomento pode ampliar a competitividade das cooperativas.
11. Financiamento da inovação
Fernanda Freitas, gerente de inovação na ABGi Brasil, aborda caminhos e ferramentas para captar recursos e viabilizar projetos inovadores.
12. Inovação na expansão da Transpocred
Diogo Angioleti, líder de Gente, Gestão e Inovação da Transpocred, mostra como a cooperativa de crédito do transporte cresceu ao pensar fora da caixa.
13. Conexão entre academia e cooperativismo
Valéria Fully, doutora em Economia Aplicada pela UFV, professora e pesquisadora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), analisa como a integração entre pesquisa, educação e cooperativas gera soluções transformadoras.
14. Intercooperação como força competitiva
Geâne Ferreira, gerente-geral do Sescoop/DF, apresenta iniciativas que conectam unidades estaduais e ampliam o desenvolvimento sistêmico.
15. Inovação com propósito – episódio de estreia
Lisiane Lemos, referência nacional em tecnologia, liderança e equidade, discute como inovação e propósito se complementam no cooperativismo brasileiro.
16.Inteligência artificial, letramento digital e o futuro das organizações
Gil Giardelli, cofundador da Quinta Era e membro do comitê de IA para Países em Desenvolvimento, fala sobre as mudanças provocadas pela inteligência artificial e o que organizações precisam fazer para navegar essa transformação com responsabilidade e visão de longo prazo.
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EVENTOS
09/12/2025
Excelência em gestão: Prêmio SomosCoop 2025 reconhece 133 coops
Cerimônia em Brasília entregou troféus ouro, prata e bronze e celebrou avanços do movimento
Todos os ramos
Agropecuário
Consumo
Crédito
Infraestrutura
Saúde
Seguros
Trabalho, Produção de Bens e Serviços
Transporte
REPRESENTAÇÃO
12/12/2025
Diálogo sobre propostas aos Fundos Constitucionais avança
Reunião no Ministério da Integração reforça alinhamento institucional e planeja ações para 2026
O Sistema OCB participou, nesta quinta-feira (11), da segunda reunião institucional com a Secretaria Nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR). O encontro deu continuidade às tratativas iniciadas após a entrega do documento Propostas do Cooperativismo de Crédito aos Fundos Constitucionais, apresentada em julho, e teve como foco apresentar o balanço das ações de 2025 e alinhar prioridades para o próximo ano.
A reunião contou com a presença do secretário nacional Eduardo Correa Tavares, da chefe de gabinete, Fabíola Caroline Furtado Barros Carneiro, e do diretor do Departamento de Políticas e Normas dos Fundos e Instrumentos Financeiros, Anderson Mendes Costa.
Ao longo da agenda, a equipe do Sistema OCB reforçou a importância da ampliação da participação das cooperativas de crédito na política pública dos Fundos Constitucionais nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Também foram discutidos avanços regulatórios e operacionais construídos conjuntamente ao longo de 2025.
Outro ponto destacado foram as perspectivas para 2026 de continuidade ao processo de aprimoramento da política pública de desenvolvimento regional. O Sistema OCB elencou os esforços realizados à nível estadual e federal, em conjunto com sistemas cooperativos e Organizações Estaduais, incluindo reuniões com superintendentes (Sudeco, Sudene e Sudam) e participação nas reuniões dos Conselhos Deliberativos desses órgãos, além de parlamentares, secretários estaduais e governadores.
O diálogo contínuo com o ministério é considerado estratégico pelo Sistema OCB, tanto para o acompanhamento das medidas já em andamento quanto para a consolidação de aprimoramentos que tornem a atuação das cooperativas ainda mais efetiva no acesso ao crédito produtivo orientado, ao microcrédito e para o desenvolvimento regional.
A agenda seguirá com novos alinhamentos técnicos ao longo dos próximos meses, com foco na implementação das propostas e no fortalecimento da parceria institucional.
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Sistema OCB aprova nova governança e agenda estratégica para 2026
Tania Zanella recebe prêmio Mérito Agropecuário e destaca força do IPA
REPRESENTAÇÃO
09/12/2025
Sistema OCB aprova nova governança e agenda estratégica para 2026
Em Assembleia Extraordinária, OCB aprova novo estatuto social
A Casa do Cooperativismo, em Brasília, foi palco de mais um dia significativo para a história do movimento nesta terça-feira (9). Lideranças de Organizações Estaduais de todo o país se reuniram para aprovar a modernização da governança da Organização das Cooperativas Brasileiras e aprovar as prioridades estratégicas para 2026. O encontro marcou um movimento de transformação institucional — planejado, participativo e estratégico — que impulsiona a OCB para um novo ciclo de profissionalização, transparência, fortalecimento político e modernização dos instrumentos de apoio ao setor.
Governança dual
A principal decisão do dia veio com a 28ª Assembleia Geral Extraordinária da OCB, que aprovou a reforma estatutária da entidade e reforçou o modelo dual de governança, definindo de forma ainda mais clara a atuação do Conselho de Administração das funções executivas.
Pela nova estrutura e durante o período de transição que segue até 2028, Márcio Lopes de Freitas assume a presidência do Conselho de Administração, fortalecendo sua atuação institucional e política, enquanto Tania Zanella — até aqui superintendente do Sistema OCB — passa a ocupar a Presidência Executiva, com a condução da gestão operacional das atividades.
De acordo com o novo estatuto, os atuais membros da Diretoria da OCB, eleitos conforme o Estatuto Social anterior, permanecerão no exercício de seus cargos até o final do mandato, agora como Conselheiros de Administração. Para o presidente Márcio, a mudança representa um marco evolutivo na trajetória da OCB. “Essa reforma mira futuro. Construímos um modelo mais moderno, equilibrado e transparente, capaz de garantir sustentabilidade institucional para os próximos anos. O cooperativismo amadureceu — e a OCB precisava dar esse salto”, afirmou ao defender o novo arranjo.
O processo de alteração foi amplamente debatido ao longo do ano, com participação do comitê técnico-jurídico, representantes de todas as regiões e de consultorias especializadas. Márcio fez questão de destacar que a construção foi baseada em escuta e transparência: “Agradeço profundamente a todos que contribuíram. Esta foi uma construção feita a muitas mãos, com respeito às diferentes realidades e ao papel de cada Organização Estadual”, declarou.
Responsabilidade
Em seu primeiro discurso como presidente executiva, Tania emocionou o plenário ao reconhecer o simbolismo de sua nomeação. “É uma honra assumir esta missão. Sei da responsabilidade, especialmente por ser a primeira mulher nessa posição. Estou pronta para conduzir a gestão com coragem, diálogo e foco em resultados para as cooperativas. Vocês podem contar comigo”, ressaltou.
Luís Alberto Pereira, conselheiro da Região Centro-Oeste, enfatizou a importância da decisão. “É um momento histórico para o cooperativismo brasileiro. Ter a Tania como a primeira presidente executiva da OCB é um reconhecimento merecido — não apenas pelo seu trabalho, mas pela liderança que exerce com competência, serenidade e diálogo. A salva de palmas que ouvimos hoje diz mais do que qualquer palavra: estamos muito felizes de tê-la à frente da gestão nacional. Esta conquista não é simbólica, é fruto de mérito, preparo e dedicação.”
Também durante a Assembleia, outras lideranças estaduais e conselheiros destacaram o amadurecimento institucional que o momento representa. André Pacelli, conselheiro que representa a Região Nordeste, elogiou o nível de profissionalização alcançado pelo processo. Ele elogiou a capacidade do presidente Márcio de construir consensos e celebrou a chegada de Tania à presidência executiva. ”Que a gente siga estocando conhecimento, inovação e cooperação para fortalecer ainda mais o cooperativismo brasileiro”, declarou.
Ricardo Khouri, conselheiro da Região Norte, enfatizou que o Conselho de Administração terá papel central no aperfeiçoamento contínuo do modelo. “Primeiro muda, depois melhora. Hoje demos um passo gigantesco, e agora cabe ao Conselho aprimorar esse sistema para dar conforto, previsibilidade e solidez a todo o movimento”.
Darci Pedro Hartmann, conselheiro representante da Região Sul, sublinhou o caráter ético e comprometido da nova estrutura ao afirmar que tanto Márcio quanto Tania exercerão suas funções com foco exclusivo no fortalecimento do cooperativismo brasileiro. Para ele, o momento inaugura uma etapa que exigirá maturidade e profissionalização ainda maiores. “Temos muitos desafios, mas também estamos prontos como conselheiros para contribuir com essa evolução”.
Já Edivaldo Del Grande, conselheiro da Região Sudeste, destacou o amadurecimento coletivo demonstrado ao longo de todo o processo. “Foram debates profundos, mas chegamos a um consenso responsável. Agora é colocar em prática, aperfeiçoar e seguir fortalecendo o Sistema OCB”, afirmou.
Plano de trabalho e orçamento 2026
Ainda durante a programação, foi aprovado o plano de trabalho e o orçamento da OCB para 2026, estruturando uma agenda estratégica que reforça o papel da entidade como representante e articuladora nacional, além de promotora de desenvolvimento institucional das cooperativas.
Entre as iniciativas aprovadas estão a ampliação do Programa de Educação Política; o acompanhamento aprofundado da implementação da reforma tributária; a consolidação do marketplace do cooperativismo; diretrizes para o uso ético e eficiente de inteligência artificial; a intensificação de ferramentas de business intelligence (BI); e um conjunto de ações para reforçar a presença pública e a imagem do cooperativismo brasileiro.
Para Márcio, o plano aprovado reflete um sistema confiante e preparado. “Temos uma previsão orçamentária confortável, fruto das Diretrizes do 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo e da escuta às Organizações Estaduais. Isso nos permite executar plenamente as prioridades estratégicas e transformar a visibilidade conquistada pelo cooperativismo em ações permanentes e estruturantes nos territórios”, salientou.
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REPRESENTAÇÃO
COP30 deixa legado estratégico para o cooperativismo brasileiro
Participação projeta o setor e reforça soluções que unem produção, inclusão e preservação ambiental
A COP30 revelou, com clareza inédita, a força do cooperativismo brasileiro como agente de impacto socioambiental. Em um ano marcado por tensões globais e desafios crescentes relacionados ao clima, o movimento ocupou espaços estratégicos em Belém, apresentou soluções concretas para adaptação e descarbonização e ampliou parcerias com governos, organismos internacionais e delegações de todas as regiões do mundo.
A presença ativa nas três zonas oficiais da Conferência — Green Zone, Agri Zone e Blue Zone — e em espaços temáticos como a Casa do Seguro, consolidou o setor como um dos principais articuladores de iniciativas climáticas baseadas no território.
Green Zone
No Pavilhão Coop, instalado na Green Zone em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), o público teve contato direto com tecnologias sociais, produtos, experiências de campo e modelos de governança cooperativa.
Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, a visibilidade alcançada refletiu a força das soluções construídas coletivamente. “A COP30 mostrou ao mundo que aquilo que o cooperativismo faz há décadas no Brasil — produzir, incluir e preservar — é exatamente o que o planeta precisa neste momento”, afirmou.
Ao longo de duas semanas, a Green Zone recebeu 294.262 visitantes, com pico diário superior a 37 mil pessoas. O Pavilhão do Coop sediou 10 painéis temáticos, promoveu 17 oficinas e degustações abertas ao público e movimentou R$ 135 mil em vendas, com 3.883 produtos comercializados por 11 cooperativas na Feira da Sociobiodiversidade.
Agri Zone
A participação na Agri Zone reforçou a capacidade das cooperativas de impulsionar a agricultura de baixo carbono e a adaptação produtiva. O estande integrou a casa da agricultura sustentável da Embrapa, visitada por 24.469 pessoas de 46 países e 40 delegações oficiais, enquanto mais de 350 debates técnicos destacaram práticas e inovações lideradas por agricultores e cooperados focados na segurança alimentar e nutricional e na agricultura de baixo carbono.
O presidente Márcio observou que essa transversalidade foi determinante para o protagonismo do setor em Belém. “Estivemos presentes em temas tão diversos quanto energia, agricultura, bioeconomia, financiamento verde, seguros, inovação e educação. Isso demonstra o quanto o cooperativismo é parte estruturante da transição climática e um aliado indispensável para acelerar os compromissos assumidos na conferência.”
Blue Zone e Casa do Seguro
Já na Blue Zone, as cooperativas contribuíram para discussões centrais sobre mitigação, mercados de carbono e transição energética justa, participando de sete painéis e levando à mesa a experiência de quem vive o desafio climático no cotidiano da produção. A atuação na Casa do Seguro, por sua vez, ressaltou o avanço do cooperativismo no ramo de seguros e sua conexão direta com resiliência climática.
O espaço, coordenado pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), promoveu debates sobre instrumentos de proteção capazes de reduzir riscos associados a eventos extremos. Segundo Márcio, a presença das cooperativas nesse ambiente ampliou diálogos essenciais. “A agenda climática exige inovação em mecanismos de proteção e gestão de risco, e o cooperativismo de seguros tem muito a contribuir para modelos que de fato atendam as comunidades e produtores mais expostos”, declarou.
Necessidades reais
A superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, reforçou que os avanços institucionais da COP30 dialogam diretamente com as necessidades reais do território. “A crise climática custa caro — e vai custar mais. Para que produtores e comunidades se adaptem, é fundamental garantir instrumentos financeiros acessíveis, simples e adequados à realidade do campo”, destacou.
Segundo ela, o conjunto de decisões firmado em Belém fortalece entre outros a capacidade de as cooperativas de ampliar o financiamento verde, projetos de energia renovável, bioeconomia, conservação e inovação agrícola.
Entre esses marcos, ela citou a triplicação do financiamento global para adaptação até 2035, uma medida que cria espaço para programas específicos voltados, por exemplo, a produtores familiares e pequenas organizações econômicas; a definição da Meta Global de Adaptação (GGA) com 59 indicadores, que permitirá mensurar impactos e orientar políticas de forma mais alinhada ao território; e as diretrizes de transição justa, que reconhecem a importância da inclusão produtiva e do diálogo social na transformação ecológica.
Papel do cooperativismo
Tania ressaltou ainda que outros resultados da COP30 reforçam diretamente o papel do cooperativismo. O Plano de Ação de Gênero e Clima, ao promover equidade, fortalece práticas que já fazem parte da governança cooperativa. O mapa do caminho para a eliminação do desmatamento amplia, ainda que não tenha entrado na decisão final da conferência, gera oportunidades para cooperativas que atuam com sistemas agroflorestais, reflorestamento e manejo sustentável.
O lançamento do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) e o Plano RAIZ, voltado à agricultura resiliente e à degradação zero de solos, cria instrumentos adicionais para financiar iniciativas em biomas como Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica — regiões onde as cooperativas têm presença consolidada e impacto direto. Além disso, o Documento Mutirão, com a proposta de mobilizar US$ 1,3 trilhão anuais em financiamento climático, representa uma oportunidade inédita para escalar projetos que unem produção, conservação e geração de renda, especialmente pelo papel estratégico das cooperativas de crédito nos territórios.
Reconhecimento
Nesse sentido, o reconhecimento formal da agricultura tropical como solução climática também é decisivo, pois valoriza práticas que muitas cooperativas já adotam, como o uso eficiente de recursos, a integração lavoura-pecuária-floresta, a recuperação de áreas degradadas e a produção de alimentos de baixo carbono. “Essas decisões fortalecem o ambiente institucional necessário para que o cooperativismo faça ainda mais pelo clima, pela biodiversidade e pelas pessoas”, explicou Tania.
A superintendente enfatizou, por fim, que o impacto do movimento na COP30 foi sustentado pela qualidade técnica e humana das experiências apresentadas ao mundo. “Mostramos que o cooperativismo brasileiro entrega resultados de verdade: reduz emissões, restaura áreas, gera trabalho, fortalece cadeias produtivas e mantém as pessoas no centro. É esse tipo de solução concreta que o mundo busca — e que podemos ampliar nos próximos anos”.
Celebração
A COP30 também marcou um momento simbólico e histórico para o movimento: a celebração do Ano Internacional das Cooperativas, realizada no Pavilhão Coop na Green Zone com a presença de lideranças nacionais e internacionais.
A cerimônia destacou o papel das cooperativas na construção de economias mais resilientes, inclusivas e sustentáveis, reforçando a importância do modelo cooperativo para responder aos desafios globais. O ato consolidou Belém como palco de encerramento de um ano que projetou as cooperativas para o centro das discussões sobre clima, desenvolvimento e prosperidade compartilhada.
Acordos
Além disso, a conferência foi marcada pela assinatura de acordos de cooperação técnica fundamentais para acelerar o impacto do cooperativismo na agenda climática. Essas parcerias, firmadas com a Natura e os ministérios do Empreendedorismo (Memp), Desenvolvimento Agrário (MDA) e Comércio e Indústria (MDIC), abrangem áreas como bioeconomia tropical, agricultura de baixo carbono, energias renováveis, manejo florestal sustentável, inovação e finanças verdes.
Os acordos preveem capacitação técnica, desenvolvimento de tecnologias aplicadas ao território, intercâmbio de conhecimento e facilitação do acesso das cooperativas a mecanismos internacionais de financiamento. Com isso, ampliam-se as condições para transformar o legado da COP30 em ações permanentes de desenvolvimento sustentável nos territórios cooperativistas.
Próximos passos
Os próximos passos incluem ampliar o acesso das cooperativas a fundos internacionais, fortalecer parcerias técnicas e promover projetos que aliem inovação, assistência técnica, regularização ambiental e inclusão produtiva. Para o presidente Márcio, a COP30 deixou um legado inequívoco. “A construção de um futuro climático justo e sustentável passa pelo território — e o território brasileiro se organiza, cresce e se transforma por meio do cooperativismo”.
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09/12/2025
REPRESENTAÇÃO
AGE da CNCoop define prioridades da atuação sindical para 2026
Plano inclui cursos EaD, materiais orientativos, apoio técnico e modernização da estrutura sindical
A Assembleia Geral Extraordinária (AGE) da Confederação Nacional do Cooperativismo (CNCoop), realizada nesta terça-feira (9), apresentou as ações prioritárias para 2026 e reforçou a agenda de modernização da representação sindical das cooperativas, com foco na qualificação contínua das lideranças, no reforço à segurança jurídica e na ampliação do apoio técnico às negociações trabalhistas em todo o país.
Entre os principais encaminhamentos anunciados está a disponibilização de novos cursos de educação a distância voltados às atualizações da NR-1, especialmente com relação ao mapeamento dos riscos psicossociais no ambiente de trabalho — tema que passa a exigir atenção redobrada das cooperativas a partir do próximo ano. Direcionadas a dirigentes e equipes de federações, sindicatos e cooperativas, as formações buscam fortalecer a capacidade de atuação das entidades e aprimorar sua preparação frente às mudanças normativas.
A AGE também apresentou a proposta de elaboração de um conjunto de materiais orientativos que será lançado em 2026, incluindo vídeos, cartilhas e conteúdos técnicos que apoiarão a adequação das cooperativas às alterações da NR-1 e às novas obrigações previstas.
Outro eixo relevante foi o debate sobre o apoio técnico às negociações coletivas de trabalho, atividade que continuará sendo reforçada por meio de análises especializadas, acompanhamento jurídico e suporte direto às lideranças sindicais e cooperativistas. A publicação mensal da Análise Trabalhista e Sindical seguirá como instrumento estratégico para orientar decisões, detectar tendências e ampliar a previsibilidade das negociações trabalhistas.
Na mesma direção, a AGE aprovou ações voltadas ao fortalecimento do Centro de Serviços Compartilhados Trabalhista e Sindical, que terá papel ampliado especialmente no apoio técnico de demandas trabalhistas, incluindo a celebração de instrumentos coletivos de trabalho firmados nos estados. O objetivo é garantir maior padronização, segurança e transparência no processo de negociação em âmbito nacional.
As iniciativas se somam ainda ao apoio direto à criação e consolidação de sindicatos específicos de representação das cooperativas, estratégia que reforça a autonomia, a legitimidade e a capacidade de interlocução do setor — medida que já avança em diferentes unidades da federação e deverá ganhar nova tração em 2026.
Durante a reunião, foram apresentados também os ajustes referentes à contribuição confederativa, corrigida pelo INPC/IBGE, além das diretrizes orçamentárias que nortearão a execução das ações previstas para o próximo ano.
Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, o conjunto de entregas representa um avanço estruturante para o cooperativismo. “O cooperativismo tem desafios trabalhistas e sindicais específicos, que exigem preparo técnico, segurança jurídica e uma representação forte”, afirmou.
Ainda segundo ele, as iniciativas previstas para 2026 consolidam esse compromisso: “Estamos ampliando a formação, qualificando a negociação coletiva e fortalecendo a estrutura sindical que representa o setor em todo o país. Os avanços previstos — como o lançamento dos cursos EaD, novos materiais orientativos e o fortalecimento do Centro de Serviços Compartilhados — demonstram que estamos olhando para o futuro. Queremos um movimento sindical cooperativista mais moderno, mais preparado e mais conectado às necessidades reais das cooperativas”, completou.
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Documentário sobre o coop celebra histórias reais de transformação
Cooperativismo cobra urgência contra avanços das importações de leite
09/12/2025
REPRESENTAÇÃO
Cooperativismo cobra urgência contra avanços das importações de leite
Audiência na Câmara abordou impactos da Circular Secex nº 62/2025 e a crise do setor
O Sistema OCB participou, nesta quarta-feira (3), da audiência pública promovida pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Zeca Ribeiro / Câmara dos DeputadosAbastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados (CAPADR), que tratou dos impactos da Circular Secex nº 62/2025 sobre as importações de leite em pó oriundo do Mercosul. A discussão ocorreu por requerimento da deputada Ana Paula Leão (MG), diante das preocupações crescentes da cadeia produtiva com o aprofundamento da crise enfrentada pelos produtores.
O debate reuniu parlamentares, representantes do governo federal, entidades do setor produtivo e lideranças cooperativistas. Pelo Sistema OCB, participou Marcelo Candiotto, coordenador da Câmara do Leite da entidade e presidente da CCPR. Também estiveram presentes autoridades como o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira; dirigentes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa); representantes do MDA; lideranças estaduais; e organizações de produtores e da indústria.
A audiência teve como foco a decisão da Secex, adotada em agosto, que alterou procedimentos de análise e licenciamento de importações e, segundo o setor, agravou a entrada de leite em pó no país em volume recorde. A demora na apreciação do pedido de reconsideração apresentado durante a investigação de dumping também foi amplamente criticada.
Crise histórica
Durante sua participação, Marcelo Candiotto fez um alerta sobre a gravidade da situação enfrentada pelos produtores brasileiros. Segundo ele, o setor vive “o fundo do poço”, com preços inviáveis e forte pressão causada pelo aumento expressivo das importações.
Marcelo apontou que, somente em outubro, o Brasil importou o equivalente a 7 milhões de litros de leite por dia, quase o triplo da captação diária da maior indústria de Minas Gerais. “O produtor não tem condições de sobreviver com os valores atuais. O pequeno, o médio e até o grande estão no limite”, afirmou.
Ele destacou também que o consumo interno não acompanhou o aumento da oferta, ampliando o desequilíbrio entre produção nacional, importações e demanda. De acordo com o coordenador, “a situação é agravada pela manutenção das margens de varejo, que não têm contribuído para o alívio dos preços ao consumidor nem para a recomposição da renda no campo”.
Medidas emergenciais e estruturantes
No debate, Candiotto pediu a adoção de medidas urgentes para conter o desequilíbrio de mercado. Entre os pontos defendidos, citou:
O reforço de barreiras sanitárias nas fronteiras com Argentina e Uruguai;
Maior rigor no licenciamento de importações, como forma de ordenar o fluxo de entrada;
Celeridade na condução das investigações de dumping nas importações de leite em pó;
Aplicação dos direitos provisórios e medidas restritivas imediatas ao volume importado;
Atuação conjunta do governo, entidades e parlamento para impedir práticas irregulares, como triangulação de produtos.
Por fim, o coordenador afirmou que a Câmara do Leite está preparando um conjunto de propostas estruturantes para fortalecer a cadeia, incluindo ações de assistência técnica, qualificação da gestão, melhoria genética, aumento de produtividade e estímulo à intercooperação entre cooperativas de diferentes estados. “Sabemos o que precisa ser feito para desenvolver o produtor, para permitir sucessão familiar e construir um sistema produtivo sustentável. Precisamos do apoio do governo e das entidades para transformar isso em política pública”, concluiu.
Saiba Mais:
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Sistema OCB prestigia lançamento de plano contra fraudes digitais
04/12/2025
REPRESENTAÇÃO
Geração C e Elas pelo Coop encerram 2025 com balanço e novas metas
Últimas reuniões do ano destacam avanços, formaturas, integração e diretrizes para 2026
O Sistema OCB realizou, nesta quinta-feira (27), as últimas reuniões ordinárias de 2025 dos comitês Geração C e Elas pelo Coop, marcando o encerramento de um ano de expansão, fortalecimento institucional e renovação do engajamento de jovens e mulheres no cooperativismo brasileiro. Os encontros, que contaram com a participação de representantes de diversas organizações estaduais, compartilharam resultados, experiências e perspectivas para 2026.
Geração C: crescimento e novas representações
O Geração C abriu os trabalhos com as boas-vindas aos participantes e a chegada de novos integrantes. A coordenação apresentou uma atualização dos números que marcaram o avanço do comitê ao longo do ano: 19 unidades federativas representadas e 12 comitês estaduais instituídos, resultado de um movimento crescente de organização da juventude cooperativista em diferentes regiões do país.
A reunião também registrou as participações recentes do comitê em agendas nacionais, como o Encontro de Comitês na Bahia, o CoopsParty em Goiás, o encontro do Paraná e as ações realizadas no Amazonas, além da presença da juventude cooperativista na COP30 O grupo celebrou ainda a formatura dos integrantes que concluíram as trilhas de capacitação da CapacitaCoop.
A coordenação apresentou a agenda de reuniões ordinárias para 2026 e adiantou pontos do Plano de Trabalho, que será finalizado com foco no fortalecimento da cultura cooperativista. A reunião também destacou o papel do comitê na difusão de materiais orientadores, como regimento interno, manual de constituição de comitês e manual de identidade visual, essenciais para apoiar cooperativas na formação de núcleos e novos grupos jovens.
Elas pelo Coop: integrações, formatura e ações dos comitês estaduais
O comitê Elas pelo Coop, por sua vez, reuniu suas integrantes para uma pauta marcada por integração, compartilhamento de práticas e reconhecimento. A abertura foi seguida de um momento de acolhimento às novas participantes e da apresentação dos direitos e deveres do grupo, reforçando o compromisso com a atuação colaborativa.
O comitê celebrou a formatura das integrantes concluintes da trilha de capacitação Liderança Feminina e apresentou o mapa atualizado dos comitês estaduais. Representantes do Tocantins e de Alagoas compartilharam suas experiências e ações locais, contribuindo para a troca de aprendizados entre os estados. A programação incluiu ainda uma conversa sobre liderança com foco no desenvolvimento pessoal e coletivo.
Foco no futuro
Para 2026, os comitês seguirão contribuindo diretamente para o plano nacional do Sistema OCB, com foco na expansão da representação nos estados, promoção da formação continuada, estímulo à intercooperação e engajamento ativo nas agendas estratégicas do cooperativismo.
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03/12/2025
REPRESENTAÇÃO
Sistema OCB reforça defesa do leite em audiência com Alckmin no MDIC
Reunião restabelece método tradicional da defesa comercial do leite e reafirma o leite in natura como produto similar na investigação antidumping
O Sistema OCB participou, nesta terça-feira (2), de audiência no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) que marcou um avanço importante para a defesa comercial do setor leiteiro. Representado pela superintendente Tania Zanella, o cooperativismo integrou as discussões que resultaram na reconsideração da Circular SECEX nº 62/2025 e na retomada do entendimento técnico historicamente adotado pelo governo nas investigações antidumping do leite.
A reunião contou com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin; do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira; do secretário-executivo do MDIC, Márcio Elias Rosa; de representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa); de entidades do setor produtivo;e dos deputados Domingos Sávio (MG), Ana Paula Leão (MG), José Silva (MG) e Welter (PR). Durante o encontro, foi comunicada a decisão de atender ao pedido de reconsideração da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), para restabelecer critérios que vinham sendo aplicados há mais de duas décadas.
Para o Sistema OCB, a mudança é essencial para proteger a base produtiva, já que devolve ao processo o entendimento de que o produto similar é o leite in natura, e não apenas o leite em pó industrializado. Essa definição corrige uma divergência levantada na Circular SECEX nº 62/2025 e recoloca o produtor como parte integrante da indústria doméstica avaliada na investigação.
Com o realinhamento, o MDIC restaura a metodologia tradicional de defesa do setor, permitindo que os impactos das importações sejam analisados sobre o leite produzido nas propriedades, onde o dano econômico efetivamente se manifesta. A decisão também garante a continuidade da investigação de dumping e a reavaliação sobre a aplicação de direitos provisórios.
O Sistema OCB seguirá monitorando cada etapa da investigação e contribuindo tecnicamente para assegurar que os interesses dos produtores e das cooperativas estejam no centro das decisões. Conforme afirmou Tania, “a decisão do MDIC corrige uma distorção e reconhece o impacto real das importações sobre o leite in natura. Continuaremos contribuindo com dados e diálogo para fortalecer a cadeia leiteira”.
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02/12/2025
REPRESENTAÇÃO
Sistema OCB integra visita da Aneel às cooperativas Certel e Certaja
Agenda técnica no RS reforça avanços do Sandbox Tarifário e aproximação institucional entre setores
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realizou nos dias 26 e 27/11, uma visita técnica com participação do Sistema OCB às cooperativas Certel e Certaja, no Rio Grande do Sul, para acompanhar o desenvolvimento do Sandbox Tarifário, iniciativa pioneira conduzida pela Agência com recursos do convênio firmado com o Sescoop Nacional.
A comitiva reuniu Otávio Henrique Galeazzi Franco, assessor do diretor Sandoval Feitosa Mosna (relator do processo), representantes da Superintendência de Gestão Tarifária e Regulação Econômica da Aneel e da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee). Também acompanharam a programação o superintendente da Infracoop, José Zordan, e representantes da Coprel, cooperativa que integra o projeto ao lado da Cerbranorte, Certaja e Certel.
Resultados e desafios
As cooperativas apresentaram o andamento das atividades, os primeiros resultados e os desafios identificados na execução do Sandbox Tarifário, que simula, em ambiente controlado, a experiência de consumidores de baixa tensão no Mercado Livre de Energia.
Apesar do potencial de transformação do tema para o futuro do setor elétrico, as equipes destacaram que a complexidade técnica ainda dificulta o entendimento do público. Muitos participantes relataram, por exemplo, confundir o Mercado Livre de Energia com o marketplace ‘Mercado Livre’. Outros demonstraram insegurança diante de siglas e termos como TUSD e TE, e chegaram a desconfiar da legitimidade da iniciativa, situação que evidencia a necessidade de ações de comunicação mais claras e acessíveis.
Mesmo no ambiente cooperativo, onde existe maior proximidade com o consumidor, dúvidas permaneceram. Cooperados manifestaram receio de “deixar a cooperativa”, sem compreender que, no Mercado Livre, apenas a compra de energia é alterada, enquanto o vínculo e o atendimento permanecem com a cooperativa. Esses relatos reforçaram a importância de campanhas educativas e de orientação contínua, especialmente diante da abertura plena prevista para 2028.
Em fase final de implementação, o Sandbox Tarifário será o primeiro do país a ser concluído, com abrangência em 3.150 unidades consumidoras e geração de dados essenciais para a modernização tarifária no Brasil. Os resultados preliminares incluem reduções de até 20% nas faturas de energia dos cooperados participantes e a identificação de padrões importantes sobre comportamento e preferências dos consumidores na contratação de energia no mercado livre.
Modernização
Durante a visita, os representantes da Aneel destacaram que o estudo antecipa tendências e contribui para a formulação deuma regulação mais moderna. Para Otávio Henrique Galeazzi, “este é um projeto estratégico para o futuro tarifário do Brasil”. Na mesma linha, Diego Brancher, da Superintendência de Gestão Tarifária, afirmou que a iniciativa “antecipou o que está previsto para daqui a dois anos no setor de energia”.
O Sistema OCB também ressaltou a relevância do projeto. Para Maria do Carmo, coordenadora de convênios, acompanhar a experiência de perto reforçou o valor do investimento feito pelo cooperativismo e demonstrou o caráter transformador da iniciativa. “Ver resultados concretos e ouvir da Aneel e cooperativas que se trata de um projeto estratégico e inovador traz a certeza de que estamos no caminho certo”, afirmou. Já Thayná Côrtes, analista de relações institucionais, destacou que a agenda reforçou o quanto as cooperativas estão preparadas para contribuir com os debates que moldarão o futuro do setor elétrico.
Para o superintendente da INFRACOOP, José Zordan, o Sandbox Tarifário tem ampliado a compreensão das cooperativas sobre a abertura do mercado de baixa tensão. Segundo ele, a iniciativa rompe com a cultura tarifária tradicional e proporciona um aprendizado inédito. “O projeto é inovador e tem superado nossas expectativas. A presença da Aneel, ao verificar in loco os trabalhos e demonstrar admiração pelos resultados, reforça nossa responsabilidade e confirma a relevância dessa experiência”, afirmou.
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01/12/2025
Todos os ramos
Agropecuário
Consumo
Crédito
Infraestrutura
Saúde
Seguros
Trabalho, Produção de Bens e Serviços
Transporte
INOVAÇÃO
09/12/2025
InovaCoop lança videocast com 16 episódios
Produção reúne cases, especialistas e tendências da inovação cooperativista
O Sistema OCB acaba de lançar uma novidade no InovaCoop, com 16 episódios gravados durante o World Cooperative Management (WCM). A produção traz conversas diretas, práticas e inspiradoras sobre inovação no cooperativismo, além de reunir lideranças, especialistas e gestores de cooperativas de diferentes ramos.
Disponível na trilha Ensina Vídeos da plataforma InovaCoop, a série apresenta um panorama atual das tendências, dos desafios e das oportunidades que têm moldado o futuro das cooperativas no Brasil. Cada episódio traz aprendizados de lideranças, especialistas e gestores que, de diferentes ramos e regiões, compartilham caminhos concretos para inovar com propósito.
Confira os destaques da série, aprofunde seus conhecimentos e descubra ideias, caminhos e estratégias que podem inspirar o futuro da sua cooperativa:
1. Cultura de inovação e evolução do RH – Comigo
Com participação de Tani Melo, Gerente de RH, e Pâmela Costenaro, coordenadora de Desenvolvimento de Pessoas da Comigo, uma das maiores cooperativas agroindustriais do Brasil, o episódio mostra como a gestão de pessoas se tornou eixo estratégico para inovação e fortalecimento cultural.
2. Políticas públicas e ambiente regulatório
Geraldo Magela Silva, assessor institucional da Ocemg, explica como marcos regulatórios bem estruturados podem acelerar a inovação no cooperativismo.
3. Transformação digital na saúde – Unimed São Sebastião do Paraíso
Matheus Colombaroli, diretor-presidente da Unimed São Sebastião do Paraíso, detalha como a digitalização reduziu retrabalhos e melhorou a experiência dos beneficiários.
4. Reinvenção e competitividade – Coopresa
Lívia Maria, presidente da Coopresa, apresenta a jornada de modernização de uma cooperativa de manutenção aeronáutica diante de um mercado altamente exigente.
5. Modernização com raízes cooperativistas – Coopama
Fernando Caixeta Vieira, diretor-presidente da Coopama, e Marcelo Rocha Nogi, superintendente financeiro, contam como a cooperativa fundada em 1944 atualiza processos sem perder sua essência.
6. Design Thinking para cooperativas
Hellen Beck, analista de inovação do Sistema OCB, mostra como a abordagem centrada nas pessoas fortalece a inovação interna.
7. Pacto Sistêmico de Estratégia – Sicoob
George Laporta, gerente nacional de performance corporativa do Sicoob, explica como o maior sistema financeiro cooperativo do país construiu um direcionamento unificado, sem abrir mão da autonomia das cooperativas.
8. Jornada de inovação da Unimed-BH
Frederico Peret, diretor-presidente da Unimed-BH, apresenta a estratégia de uma das cooperativas mais inovadoras do setor de saúde.
9. Sistemas de gestão da inovação
Hélio Gomes de Carvalho, professor doutor, consultor e especialista em inovação, detalha como estruturar processos, medir resultados e fortalecer a cultura inovadora.
10. Oportunidades da Lei 15.184 e acesso ao FNDCT
Fabíola Nader Motta, gerente-geral do Sistema OCB, explica como o novo marco de fomento pode ampliar a competitividade das cooperativas.
11. Financiamento da inovação
Fernanda Freitas, gerente de inovação na ABGi Brasil, aborda caminhos e ferramentas para captar recursos e viabilizar projetos inovadores.
12. Inovação na expansão da Transpocred
Diogo Angioleti, líder de Gente, Gestão e Inovação da Transpocred, mostra como a cooperativa de crédito do transporte cresceu ao pensar fora da caixa.
13. Conexão entre academia e cooperativismo
Valéria Fully, doutora em Economia Aplicada pela UFV, professora e pesquisadora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), analisa como a integração entre pesquisa, educação e cooperativas gera soluções transformadoras.
14. Intercooperação como força competitiva
Geâne Ferreira, gerente-geral do Sescoop/DF, apresenta iniciativas que conectam unidades estaduais e ampliam o desenvolvimento sistêmico.
15. Inovação com propósito – episódio de estreia
Lisiane Lemos, referência nacional em tecnologia, liderança e equidade, discute como inovação e propósito se complementam no cooperativismo brasileiro.
16.Inteligência artificial, letramento digital e o futuro das organizações
Gil Giardelli, cofundador da Quinta Era e membro do comitê de IA para Países em Desenvolvimento, fala sobre as mudanças provocadas pela inteligência artificial e o que organizações precisam fazer para navegar essa transformação com responsabilidade e visão de longo prazo.
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INOVAÇÃO
04/09/2025
InovaCoop lança área dedicada ao uso da Inteligência Artificial
Nova seção reúne conteúdo e facilita acesso de cooperativas a ferramentas e casos de sucesso
A inteligência artificial (IA) já faz parte da rotina de diversas cooperativas brasileiras e agora ganhou um espaço exclusivo no InovaCoop. A plataforma de inovação do cooperativismo lançou a aba Saiba Mais IA, que reúne conteúdos acessíveis e práticos para apoiar cooperativas de todos os ramos na adoção dessa tecnologia.
O novo espaço chega para facilitar a vida de dirigentes, colaboradores e cooperados interessados em entender como aplicar a IA em processos, serviços e estratégias de negócios. Nele é possível encontrar desde guias básicos até materiais mais avançados sobre temas como engenharia de prompt, governança de dados, uso de ferramentas gratuitas e pagas, além de vídeos explicativos.
Segundo Guilherme Souza Costa, gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB, a iniciativa tem como objetivo democratizar o acesso ao conhecimento. “A inteligência artificial não é uma solução mágica. Ela gera bons resultados quando está alinhada ao propósito da cooperativa e apoiada em dados estruturados. O Saiba Mais IA foi pensado justamente para oferecer conteúdos claros, práticos e úteis, que ajudem as cooperativas a avançarem nessa jornada de forma estratégica”, afirma.
Casos inspiradores
A nova aba também apresenta exemplos concretos do uso da inteligência artificial no cooperativismo. Um dos destaques é a Unimed Grande Florianópolis, que implementou o Robô Laura, sistema de IA capaz de monitorar em tempo integral sinais vitais de pacientes. A tecnologia identifica riscos de sepse em tempo real, permitindo respostas rápidas e aumentando a segurança do atendimento hospitalar.
No agro, a Cooxupé, maior cooperativa de café do mundo, utiliza inteligência artificial para classificar cafés especiais. O sistema garante precisão na avaliação dos grãos, valoriza a produção dos cooperados e fortalece a competitividade no mercado internacional.
Já no crédito, cooperativas começam a explorar soluções de IA para análise de riscos e atendimento ao cooperado, abrindo caminho para serviços mais personalizados e ágeis.
“O cooperativismo tem a preocupação de beneficiar a todos. Quando uma cooperativa adota IA, busca não apenas melhorar processos, mas entregar soluções que impactam positivamente a vida dos cooperados e das comunidades”, destaca Guilherme.
Jornada coletiva
Além de guias e cases, o Saiba Mais IA traz e-books sobre dados e governança, tema fundamental para o uso responsável da tecnologia. A proposta é estimular reflexões e oferecer ferramentas que preparem as cooperativas para aproveitar ao máximo as soluções disponíveis.
A ideia é que cada cooperativa, independentemente do ramo ou porte, encontre recursos para iniciar ou aprofundar sua jornada com inteligência artificial. “O movimento é claro: a IA tende a se tornar cada vez mais presente e acessível. As cooperativas têm todas as condições de liderar esse processo com responsabilidade e impacto social. O Saiba Mais IA é um convite para darmos juntos os próximos passos nessa transformação”, conclui Guilherme
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INOVAÇÃO
ConecteCoop: conheça novo jogo sobre o cooperativismo
Com dinâmicas interativas, game aproximou sociedade do cooperativismo durante o Dia C
O cooperativismo brasileiro ganhou, no último sábado (30), uma ferramenta inédita para se aproximar ainda mais da sociedade: o ConecteCoop, game virtual desenvolvido pelo Sistema OCB para apresentar, de forma lúdica e interativa, os princípios e a força transformadora das cooperativas. A aplicação ocorreu durante o Dia de Cooperar (Dia C), iniciativa que mobiliza cooperativas de todo o Brasil em ações de voluntariado e solidariedade.
A escolha do Dia C para a estreia não foi por acaso. O evento reúne um público diversificado, com pessoas que, muitas vezes, ainda não conhecem o movimento cooperativista. Nesse contexto, o game se mostrou uma porta de entrada criativa e acessível para despertar o interesse de diferentes gerações pelo tema.
A fase piloto
O ConecteCoop foi testado em duas localidades: Campo Grande (MS) e Brasília (DF). Em Campo Grande, a dinâmica aconteceu no Poliesportivo Mamede Assem José, na Vila Almeida, reunindo 41 jogadores. Já em Brasília, a experiência foi realizada no estacionamento do Fórum de Planaltina, com a participação de 109 pessoas.
Ao todo, 150 participantes experimentaram o jogo, interagindo com a proposta de construir uma rede de conexões e descobrir, na prática, como o cooperativismo se fortalece pela soma de esforços.
No game, cada jogador assume um personagem que precisa conquistar cooperados virtuais ao longo de sua jornada. A cada desafio cumprido, a rede cresce, simbolizando como a colaboração gera impacto coletivo e amplia resultados. De forma simples e divertida, o público pôde entender a lógica da cooperação e os benefícios do modelo.
Para o gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB, Guilherme Souza Costa, o piloto confirmou que o game tem potencial de se tornar uma ferramenta estratégica para a comunicação do movimento.
“O ConecteCoop mostra que é possível explicar o cooperativismo de forma leve e envolvente. O piloto nos mostrou que o game tem potencial para ser utilizado em diferentes eventos e espaços, ajudando a atrair novos públicos para conhecer a nossa forma de organização”, avaliou.
Apoio das OCEs
A realização do piloto contou com o apoio das Organizações das Cooperativas Estaduais de Mato Grosso do Sul (OCB/MS) e do Distrito Federal (OCB/DF), que mobilizaram equipes e voluntários para viabilizar as ações. A parceria foi fundamental para garantir a estrutura, o engajamento e a receptividade local.
Inovação e futuro
O lançamento do ConecteCoop faz parte de uma estratégia mais ampla do Sistema OCB de investir em ferramentas inovadoras de aproximação com a sociedade. A ideia é que o game seja utilizado em grandes eventos, escolas, feiras, encontros comunitários e ambientes digitais, fortalecendo a presença do cooperativismo em diferentes espaços.
“Estamos sempre em busca de novas formas de dialogar com a sociedade. O ConecteCoop é mais uma prova de que o cooperativismo tem linguagem atual e pode se conectar com diferentes gerações”, concluiu Guilherme.
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01/09/2025
INOVAÇÃO
Sistema OCB apoia internacionalização do empreendedorismo feminino
Evento promovido pela ApexBrasil reforça importância de impulsionar negócios liderados por mulheres
O Sistema OCB marcou presença no evento Mulheres e Negócios Internacionais – Territórios, promovido pela ApexBrasil no dia 10 de junho, em Salvador (BA). A ação teve como foco a capacitação, inspiração e conexão de mulheres empreendedoras com o mercado internacional e se insere no âmbito do Programa Mulheres e Negócios Internacionais, iniciativa que integra também a Estratégia Nacional de Empreendedorismo Feminino.
Representando o cooperativismo, a gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB/BA, Jussiara Lessa, acompanhou a programação que contou com painéis, oficinas e apresentações de cases de sucesso protagonizados por mulheres de diferentes perfis, setores e faixas etárias. Segundo ela, o evento foi uma demonstração concreta de como a atuação em rede e o apoio institucional podem abrir portas para o empreendedorismo feminino no Brasil.
“Ficou evidente o quanto a parceria entre instituições como a ApexBrasil, Sebrae e Sistema OCB pode impulsionar mulheres empreendedoras — inclusive cooperadas — a expandirem seus negócios para o mercado internacional. Já temos cooperativas lideradas por mulheres com produtos de excelência e esse tipo de articulação fortalece caminhos para a exportação”, destacou Jussiara.
Durante o evento, foram apresentados exemplos como o da startup baiana EcoCiclo, criadora de absorventes biodegradáveis, e da empresa Latitude 13 Cafés Especiais, liderada por mulheres e responsável pela produção de cafés premiados cultivados na Chapada Diamantina. Muitos dos relatos destacaram a importância da formação empreendedora por meio de iniciativas como o curso Empretec, ofertado pelo Sebrae, e o apoio de políticas públicas que integram raça, gênero e desenvolvimento regional.
O evento também foi um espaço de escuta e acolhimento de diferentes trajetórias femininas, reforçando o valor da representatividade. Mulheres que começaram com poucos recursos, mas com muita determinação, dividiram o palco com empreendedoras consolidadas, em um ambiente de aprendizado mútuo.
O encontro contou com o apoio dos ministérios do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (MEMP), das Mulheres, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Banco do Brasil, Correios e Sepromi, entre outros parceiros.
A atuação do Sistema OCB no evento também reforça uma das diretrizes do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) firmado com a ApexBrasil. O ACT prevê, entre suas prioridades, o fortalecimento de iniciativas voltadas à igualdade de gênero, com foco especial no estímulo à internacionalização de negócios liderados por mulheres. Com essa diretriz, a parceria tem buscado ampliar a presença feminina nas ações de promoção comercial internacional, abrindo novas oportunidades para que cooperativas lideradas por mulheres possam alcançar mercados estrangeiros.
Por meio desse acordo, o Sistema OCB e a ApexBrasil têm somado esforços para garantir que mais cooperativas, especialmente aquelas protagonizadas por mulheres, tenham acesso às ferramentas, capacitações e ações estratégicas voltadas à exportação. A presença no evento realizado em Salvador reflete esse compromisso com a inclusão produtiva e com a promoção de um cooperativismo cada vez mais diverso e competitivo, alinhado à agenda ESG e às políticas públicas de desenvolvimento sustentável com recorte de gênero.
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17/06/2025
INOVAÇÃO
8ª EBPC incentiva pesquisa acadêmica como motor do cooperativismo
Edição 2025 busca ampliar debate sobre contribuição do setor para o desenvolvimento sustentável
O Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo (EBPC) chega à sua 8ª edição e reafirma o papel essencial no avanço das pesquisas sobre o cooperativismo no Brasil. Com o tema Ano Internacional das Cooperativas: Integração, Impacto e Perspectivas para o Cooperativismo Brasileiro, o evento será realizado entre os dias 6 e 8 de outubro, em Brasília, e está com chamada aberta para submissão de trabalhos e iniciação científica até o dia 1º de junho.
Desde 2010, o EBPC tem se consolidado como o principal espaço de diálogo entre a academia, as cooperativas, os órgãos de representação e os agentes de fomento ao setor. É um ambiente que valoriza o cooperativismo como um campo de estudo estratégico, multidisciplinar e profundamente conectado com os desafios contemporâneos da sociedade.
“Mais do que um evento científico, o EBPC é um espaço de construção coletiva de saberes. A cada edição, vemos crescer o interesse da academia pelo cooperativismo, o que demonstra a potência do setor como objeto de estudo e ação. Este ano, com o tema alinhado ao Ano Internacional das Cooperativas, vamos aprofundar o debate sobre o impacto do modelo cooperativista no desenvolvimento sustentável do país”, destaca Guilherme Souza Costa, gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB.
A oportunidade reforça o compromisso do EBPC com o fortalecimento da produção acadêmica qualificada e com o reconhecimento dos pesquisadores dedicados ao tema.
Os trabalhos devem se enquadrar em um dos cinco eixos temáticos:
Identidade Cooperativa e Direito Cooperativo;
Educação, Inovação e Diversidade;
Governança e Gestão;
Contabilidade, Finanças e Desempenho;
Impactos e Contribuições Econômicas, Sociais e Ambientais.
Além da visibilidade científica, os trabalhos aprovados e apresentados no 8º EBPC serão convidados a participar do processo de Fast Track, um fluxo prioritário de publicação em revistas científicas renomadas. A participação deverá respeitar os critérios definidos por cada publicação (serão divulgadas em breve) e o aceite será facultado ao aceite dos autores. Para esta edição as revistas habilitadas são: .
Revista de Gestão e Organizações Cooperativas - RGC (UFSM) - ISSN 2359-0432
Brazilian Administration Review - BAR (ANPAD) - ISSN 1807-7692
Contabilidade Vista & Revista (UFMG) - ISSN 0103-734
Administração Pública e Gestão Social (UFV) - ISSN 2175-5787
Pesquisadores, estudantes e profissionais engajados na construção de um setor mais robusto e sustentável são convidados a contribuir com o evento. Submeta seu artigo científico ou de iniciação científica até 01 de junho no site do evento.
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Sistema OCB estimula cultura de inovação com protagonismo coletivo
17/04/2025
INOVAÇÃO
Sistema OCB estimula cultura de inovação com protagonismo coletivo
Programa de Ideias reúne colaboradores em jornada de colaboração e experimentação
Com o objetivo de estimular o pensamento criativo, fortalecer a cultura da inovação e impulsionar soluções com alto impacto institucional, o Sistema OCB promoveu, no dia 10 de abril, o workshop Como Gerar Boas Ideias, que reuniu cerca de 55 colaboradores em um encontro virtual conduzido pela especialista em transformação cultural e inovação, Mari Barbosa, parceira da ACE Cortex, consultoria de negócios.
A ação marcou o início do Programa de Ideias, iniciativa estratégica da entidade voltada à promoção da inovação de forma colaborativa e contínua entre os times da organização. Mais do que uma capacitação, o workshop foi um convite à experimentação. “Foi uma demonstração prática de como a inovação pode ser acessível a todos. Ver colaboradores de diferentes áreas realizando trocas e construindo juntos ideias que podem fazer a diferença no dia a dia do Sistema OCB é extremamente motivador”, declarou Guilherme Costa, gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB.
Para Hellen Beck, analista de inovação, o engajamento dos participantes foi inspirador. “Estou muito empolgada com o que estamos construindo juntos! O Programa de Ideias é uma grande oportunidade para colocarmos em prática nosso potencial criativo e, mais do que isso, para inovarmos de forma coletiva e com propósito, assim como o cooperativismo”, afirmou.
Durante a atividade, os participantes foram provocados a refletir sobre os conceitos de inovação, valor e impacto, a partir da compreensão de que boas ideias surgem da combinação entre desejo, viabilidade e execução. Por meio de dinâmicas práticas, o grupo foi incentivado a enxergar problemas sob novas perspectivas, relacionar desafios institucionais com oportunidades de inovação, e transformar insights em propostas concretas para submissão ao programa.
Segundo Mari Barbosa, iniciativas como a do Sistema OCB representam um importante passo para democratizar a inovação dentro das instituições. “Inovar não é algo distante, mas uma responsabilidade conjunta. Intraempreender é, acima de tudo, olhar para os desafios do dia a dia com curiosidade, colaboração e provocação”, disse. Para ela, “foi encantador ver esse comportamento durante o workshop, com cada participante contribuindo, escutando e sonhando um futuro de alto impacto para o Sistema OCB”, destacou.
Ao longo do encontro, temas como colaboração entre áreas, escuta ativa, construção coletiva e a conexão entre propósito e inovação permearam os exercícios propostos. As ideias apresentadas pelos participantes serão, agora, organizadas e inscritas no programa, que prevê novas etapas ao longo do ano para seleção, desenvolvimento e implantação das sugestões mais promissoras.
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14/04/2025
INOVAÇÃO
Consórcio internacional aponta caminhos para o cooperativismo digital
Fórum anuncia conferência sobre inteligência artificial e apresenta novos bolsistas
Na última terça-feira (01), foi realizada a primeira reunião oficial do Consórcio de Cooperativismo de Plataforma, uma iniciativa internacional que reúne pesquisadores, organizações e lideranças cooperativistas para discutir os rumos da economia de plataformas colaborativas e seus impactos sobre o futuro do cooperativismo.
Guilherme Souza Costa, gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB, afirmou que a entidade é parceira do projeto e reforça seu compromisso com a inovação e com o acompanhamento das transformações que moldam os novos modelos de organização econômica e social. “Estamos atentos às mudanças na economia digital porque sabemos que elas impactam diretamente os modelos de organização produtiva e social e, por isso, queremos que o cooperativismo esteja na linha de frente desse futuro”, disse.
Sob a liderança de Trebor Scholz, professor e pesquisador reconhecido globalmente por seus estudos sobre cooperativismo digital, o consórcio atua como um fórum permanente de articulação, produção de conhecimento e construção de alternativas cooperativas para o universo das plataformas digitais. A iniciativa é apoiada pelo Institute for the Cooperative Digital Economy (ICDE), entidade independente voltada à pesquisa sobre os impactos da economia de plataformas colaborativas e cooperativas.
Durante a reunião, foram apresentados os novos bolsistas do ICDE, entre eles dois pesquisadores brasileiros que se destacaram internacionalmente por seus trabalhos sobre cooperativismo digital, economia solidária e tecnologias inclusivas.
O pós-doutor Kenzo Seto, atualmente na Faculdade de Direito de Yale, com doutorado em Comunicação pela UFRJ, estuda infraestruturas digitais descentralizadas e cooperativas de plataforma no Brasil e na Argentina. O foco de sua pesquisa está na soberania digital e na democracia econômica, que conecta direito, tecnologia e teoria política a partir de uma base de ativismo e organização coletiva entre trabalhadores da tecnologia.
Já Lila Gaudêncio, bolsista de Gates Cambridge e doutoranda na Universidade de Cambridge, dedica sua pesquisa à análise da plataforma E-dinheiro, do Brasil. Seu trabalho investiga como moedas comunitárias digitais podem transformar as finanças solidárias, promover governança cooperativa e democratizar a participação econômica por meio de fintechs orientadas por valores cooperativistas.
Para Guilherme Cost, acompanhar, de perto, o avanço da economia de plataformas colaborativas é fundamental para o futuro do cooperativismo brasileiro. “Essas transformações nos ajudam a antecipar mudanças, adaptar modelos de negócio e explorar novas formas de cooperação, tanto por meio da adoção de tecnologias quanto pelo surgimento de cooperativas inovadoras, mais conectadas com os desafios e oportunidades do nosso tempo”.
Durante a reunião, também foi anunciada a realização da primeira conferência global sobre Cooperativismo e Inteligência Artificial. Batizado de Cooperative AI, o evento será realizado entre os dias 11 e 14 de novembro, em Istambul (Turquia), e reunirá especialistas, cooperativistas e desenvolvedores de tecnologia para discutir os potenciais e os riscos da IA sob a ótica dos valores cooperativos.
A proposta é aprofundar o debate sobre como a inteligência artificial pode ser incorporada de forma ética, democrática e inclusiva no ambiente das cooperativas, promovendo ganhos de eficiência e inovação sem abrir mão da autonomia e da participação coletiva que são a base do modelo cooperativista.
Mais informações em podem ser encontradas no site do Consórcio
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Inscrições abertas para o 8º EBPC
Sistema OCB marca presença no Inova Cooperar 2025
08/04/2025
INOVAÇÃO
Inscrições abertas para o 8º EBPC
Evento reunirá pesquisadores do setor para debater avanços e desafios do coop
Estão abertas, nesta quinta-feira (20), as submissões de trabalhos para o 8º Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo (EBPC), que neste ano trará o tema Ano Internacional das Cooperativas: Integração, Impacto e Perspectivas para o Cooperativismo Brasileiro.
Realizado pela primeira vez em 2010, o EBPC tem se consolidado como um dos principais espaços nacionais para a troca de conhecimento entre a academia, as cooperativas, os órgãos de representação e fomento, bem como demais interessados no cooperativismo. Ao longo de suas sete edições anteriores, o evento tem desempenhado um papel importante na disseminação de estudos e boas práticas voltadas ao fortalecimento do setor.
O evento será realizado entre os dias 6 e 8 de outubro, em Brasília e reunirá pesquisadores, gestores de cooperativas, profissionais do sistema de aprendizagem e representantes do setor para debater os avanços e desafios do cooperativismo no Brasil.
Para Guilherme Souza Costa, o EBPC proporciona um debate enriquecedor sobre o futuro do cooperativismo. “A cada edição, o evento fortalece a troca de conhecimento e impulsiona novas perspectivas para o setor, evidenciando o cooperativismo como terreno fértil de pesquisa para toda a academia. Com o tema deste ano alinhado ao Ano Internacional das Cooperativas, aprofundamos o entendimento sobre o impacto e as oportunidades do cooperativismo no Brasil, com estímulo às pesquisas que contribuam para seu desenvolvimento sustentável”, disse.
Este ano, os trabalhos submetidos devem estar alinhados a um dos cinco eixos temáticos do evento:
Identidade Cooperativa e Direito Cooperativo;
Educação, Inovação e Diversidade;
Governança e Gestão;
Contabilidade, Finanças e Desempenho;
Impactos e Contribuições Econômicas, Sociais e Ambientais.
Os interessados podem submeter seus trabalhos até o dia 1º de junho. Os autores das 50 melhores pesquisas receberão apoio de custeio de deslocamento e hospedagem para participação presencial no evento.
Para mais informações sobre o evento, instruções para submissão de trabalhos e regras detalhadas, acesse os links:
Instruções gerais, áreas temáticas e detalhes do evento
Regras para submissãoSaiba Mais:
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21/03/2025
Todos os ramos
Agropecuário
Consumo
Crédito
Infraestrutura
Saúde
Seguros
Trabalho, Produção de Bens e Serviços
Transporte
NEGÓCIOS
05/12/2025
Capacitação fortalece uso do SouCoop e do Desempenho na Região Norte
Treinamento reuniu equipes das OCEs para alinhamento técnico e uso estratégico das plataformas
O Sistema OCB realizou, em Manaus, mais uma etapa do ciclo de capacitações regionais voltado ao aprimoramento do uso dos sistemas SouCoop e Desempenho. Organizado pelo Sistema OCB/AM, o encontro reuniu técnicos, analistas e superintendentes das OCEs da Região Norte e marcou a segunda edição do treinamento, a primeira ocorreu no Nordeste, no início do ano.
Durante dois dias, os participantes alternaram atividades expositivas e práticas, com foco na familiarização e no domínio das ferramentas que dão suporte a processos essenciais do cooperativismo. A proposta foi garantir que as equipes regionais estejam plenamente preparadas para operar os sistemas de forma segura, alinhada e produtiva.
O SouCoop foi um dos destaques da programação. A plataforma consolida dados cadastrais e documentais das cooperativas, permitindo que acessem serviços disponibilizados pelo Sistema OCB e utilizem o ambiente como fonte de gestão e manutenção de informações. O sistema unifica três processos estratégicos: Registro, Atualização Cadastral e Anuário do Cooperativismo, reforçando a base institucional da representação cooperativista.
Outro foco do treinamento foi o Desempenho, ferramenta que permite o acompanhamento mensal dos principais indicadores econômicos e financeiros das cooperativas. Com ela, dirigentes e gestores podem realizar análises comparativas, avaliar resultados em tempo real e tomar decisões mais assertivas. O objetivo é apoiar a autogestão, ampliar a transparência e fortalecer a sustentabilidade dos negócios cooperativos.
Para Fábio Trinca, gerente da área Financeira do Sistema OCB, o encontro reforçou a importância de aproximar as equipes da rotina operacional das ferramentas. “Agora, na Região Norte, o treinamento foi uma oportunidade valiosa para que analistas e superintendentes pudessem se familiarizar com a operação desses sistemas, tão importantes no nosso dia a dia. A iniciativa reforça o compromisso do Sistema OCB em equipar suas equipes com as ferramentas necessárias para um trabalho de excelência”, afirmou.
Guilherme Costa, gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação, lembrou que o ciclo formativo tem caráter permanente. “Assim como no primeiro encontro, esta foi uma oportunidade valiosa para que colaboradores experientes e recém-chegados se aprofundassem no funcionamento dessas ferramentas, entendendo sua relevância estratégica e a legislação que orienta sua aplicação. A iniciativa demonstra, mais uma vez, o esforço do Sistema OCB em fortalecer capacidades, promover alinhamento nacional e garantir que nossas equipes estejam plenamente preparadas para entregar um trabalho de excelência”, declarou.
A superintendente do Sistema OCB/AM, Claudia Sampaio Inácio, destacou a importância da capacitação presencial para a realidade dos estados do Norte. “A capacitação, voltada à realidade da Região Norte, atualizou nossas equipes, qualificou novos colaboradores e fortaleceu o uso estratégico das plataformas no nosso dia a dia. Experiências como essa mostram o quanto os treinamentos regionais são fundamentais para respeitar as particularidades de cada estado e gerar mais resultados para as cooperativas. Para nós, foi uma honra sediar esse encontro e receber os técnicos e analistas dos demais estados da região”.
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NEGÓCIOS
19/09/2025
Brasil cooperativo abre portas para o mundo com catálogo de exportadoras
Publicação apresenta agro e artesanato para ampliar presença global do cooperativismo
O cooperativismo brasileiro acaba de ganhar mais um instrumento estratégico para ampliar sua presença no mercado internacional. O Catálogo Brasileiro de Cooperativas Exportadoras, lançado pelo Sistema OCB, reúne informações de cooperativas com experiências em exportação e oferece um panorama qualificado de produtos, serviços e potenciais parceiros para compradores e instituições de comércio exterior em todo o mundo.
A publicação é voltada a importadores, distribuidores, parceiros institucionais e representantes de órgãos públicos e privados que atuam no comércio internacional. Com versões em português, inglês, espanhol e mandarim, o catálogo pretende aproximar o que o Brasil cooperativo tem de melhor a mercados exigentes e diversificados, reforçando a imagem de qualidade, sustentabilidade e inovação que o setor representa.
“O catálogo é um convite para o mundo conhecer a força e a diversidade do cooperativismo brasileiro, que combina qualidade, compromisso social e sustentabilidade. Ao conectar nossas cooperativas a novos mercados, abrimos portas para oportunidades que geram renda, desenvolvimento e impacto positivo dentro e fora do país”, destaca Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB.
Dois setores, um objetivo: crescer no mundo
O catálogo contempla dois segmentos de destaque na pauta exportadora cooperativista: agronegócio e artesanato. No agro, a ferramenta ajuda cooperativas a acessar novos mercados, negociar melhores preços e gerar mais renda para os cooperados. Já no artesanato, valoriza a identidade cultural brasileira e abre portas para nichos como comércio justo e consumo consciente, em que a origem e o impacto social dos produtos são diferenciais competitivos.
Em ambos os casos, a publicação destaca soluções sustentáveis, rastreáveis e competitivas, capazes de atender a demandas internacionais cada vez mais voltadas para práticas responsáveis e produtos de alta qualidade.
Inteligência de mercado
Além de ser um material promocional, o catálogo também funciona como fonte de inteligência, permitindo conhecer melhor o perfil das cooperativas exportadoras brasileiras e direcionar de forma mais assertiva as ações de qualificação e promoção do setor.
“Com essa base organizada, podemos atuar de forma mais estratégica, conectando nossas cooperativas com as oportunidades certas e fortalecendo o posicionamento do Brasil no cenário internacional”, completa Márcio.
Essa abordagem fortalece a atuação conjunta entre o Sistema OCB, o governo e parceiros institucionais como a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), além de embaixadas e adidos agrícolas, que poderão utilizar o material como referência em ações de promoção comercial.
Mais oportunidades, mais impacto
O Catálogo Brasileiro de Cooperativas Exportadoras representa ganhos para todos os envolvidos: para as cooperativas, que poderão ampliar sua base de clientes e consolidar marcas no exterior; para o Sistema OCB, que fortalece sua rede de contatos e sua capacidade de promoção; e para o país, com a geração de divisas, renda e empregos.
O documento apresenta desde cooperativas com atuação já consolidada no mercado global até aquelas que estão iniciando sua jornada internacional, com potencial de se tornar referência em seus segmentos.
O catálogo terá atualização bianual, garantindo que as informações estejam sempre atualizadas e em sintonia com as demandas do mercado internacional. As cooperativas interessadas em incluir seus produtos e contatos na publicação podem procurar diretamente a Organização Estadual à qual são vinculadas, que fará o encaminhamento das informações ao Sistema OCB
O material será distribuído a parceiros institucionais, embaixadas brasileiras, adidos agrícolas e compradores internacionais, além de ser utilizado pelo Sistema OCB e pelas organizações estaduais em feiras, missões e rodadas de negócios.
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NEGÓCIOS
CapacitaCoop: Novo curso prepara cooperativas para Reforma Tributária
Capacitação gratuita e online oferece orientação sobre adaptações fiscais
O Sistema OCB lançou o curso Reforma Tributária do Consumo para Cooperativas, disponível na plataforma CapacitaCoop. Gratuito e 100% online, o conteúdo foi desenvolvido para apoiar dirigentes, conselheiros fiscais, gestores tributários, auditores e contadores de cooperativas na compreensão das mudanças promovidas pela Reforma Tributária no Brasil.
O curso aborda a parte geral da reforma, com foco na tributação sobre o consumo e apresenta orientações sobre como as cooperativas podem se adaptar ao novo regime. A trilha de aprendizagem inclui vídeos explicativos, podcasts temáticos, atividades e e-books complementares.
Segundo a gerente de Relações Institucionais do Sistema OCB, Clara Maffia, o tema exige atenção redobrada do setor. “A Reforma Tributária representa uma das maiores transformações do sistema fiscal brasileiro em décadas. Nosso objetivo é oferecer uma capacitação acessível, didática e consistente, que ajude as cooperativas a entenderem o impacto das mudanças e a se prepararem de forma estruturada para a transição”, afirmou.
A estrutura do curso contempla seis módulos principais: introdução à Reforma Tributária; alterações na tributação sobre o consumo; impactos operacionais e econômicos para as cooperativas; período de transição; apuração, recolhimento e declaração dos novos tributos; e compensação ou ressarcimento dos tributos substituídos.
Ao concluir os estudos e alcançar 70% de aproveitamento na avaliação de aprendizagem, o participante terá acesso ao certificado digital. O conteúdo foi elaborado com linguagem acessível, rigor técnico e foco em soluções práticas.
Clara também reforça a importância da mobilização das cooperativas: “Este é o momento de se antecipar. Quanto mais cedo dirigentes e gestores compreenderem as novas regras, mais preparados estaremos para manter a competitividade e o equilíbrio econômico do setor”, completou.
Além do curso geral, o Sistema OCB prepara a disponibilização de módulos específicos por ramos do cooperativismo, que serão lançados em uma segunda fase.
Como parte das ações de orientação técnica, o Sistema OCB publicou materiais específicos sobre a Reforma Tributária no boletim Panorama Coop Tributário. Duas edições já foram disponibilizadas, sendo a mais recente em 14 de agosto. Novas publicações estão previstas para os próximos meses, com análises detalhadas e foco nos impactos práticos da reforma para o cooperativismo.
Prepare sua coop para a Reforma Tributária, inscreva-se já e acompanhe o Panorama Coop.
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20/08/2025
NEGÓCIOS
Sistema OCB debate fortalecimento do crédito cooperativo com o MIDR
Diálogo mira expansão da participação das cooperativas de crédito nos Fundos Constitucionais de Financiamento
O Sistema OCB deu mais um passo estratégico para ampliar a presença e a contribuição do cooperativismo de crédito nas políticas públicas de desenvolvimento regional. Em reunião nesta segunda-feira (14), com o secretário de Fundos e Instrumentos Financeiros do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), Eduardo Corrêa Tavares, a superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, apresentou as propostas construídas pelo setor para otimizar o uso dos Fundos Constitucionais de Financiamento (FCFs).
O encontro teve como objetivo alinhar agendas e reforçar o papel do cooperativismo como parceiro estratégico da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR). Para Tania Zanella, a atuação do setor é essencial para ampliar o alcance dos recursos públicos a comunidades e municípios das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste.
“Levamos ao ministério uma contribuição técnica que nasce da experiência prática das nossas cooperativas de crédito, que já operam os recursos dos fundos e conhecem de perto as necessidades das regiões. É uma pauta construída a várias mãos, com a participação dos principais sistemas cooperativos e das nossas organizações estaduais”, destacou Tania.
Atualmente, as cooperativas de crédito desempenham um papel crescente nos repasses dos Fundos Constitucionais. Dados apresentados durante a reunião mostram que, entre 2019 e 2024, a cobertura municipal do cooperativismo passou de 25,6% para 42,4% no Norte e de 59,3% para 78,8% no Centro-Oeste. Esse avanço se deve, em grande parte, ao aumento significativo da participação direta do sistema nos repasses, o que ampliou a inclusão financeira em áreas antes desassistidas.
Agenda propositiva
Entre os principais pontos discutidos com o secretário Eduardo Tavares, estão o reconhecimento formal do cooperativismo de crédito como parceiro estratégico da PNDR, a realização de um evento institucional no MIDR para entrega das propostas do setor, e o convite para participação do Sistema OCB nas reuniões dos Conselhos Deliberativos (Sudene, Sudam e Sudeco).
“O cooperativismo está pronto para contribuir ainda mais com o desenvolvimento regional. Nossas propostas visam melhorar a governança, dar mais previsibilidade e eficiência aos repasses e garantir equidade nas condições de acesso aos recursos”, explicou a superintendente.
O secretário Eduardo Tavares reconheceu o potencial transformador do setor e se mostrou receptivo às pautas apresentadas. Segundo ele, a integração do cooperativismo às políticas públicas pode ampliar o impacto social e econômico dos fundos.
As propostas apresentadas ao MIDR trazem medidas voltadas aos eixos legislativo e regulatório, com foco na melhoria da operacionalização dos fundos e na ampliação da participação do cooperativismo no planejamento e execução das políticas públicas. “A união de esforços entre bancos administradores e cooperativas é fundamental para otimizar os recursos e garantir que eles cheguem a quem mais precisa. Nosso compromisso é com uma política de desenvolvimento regional mais eficiente e inclusiva”, concluiu Tania.
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14/07/2025
NEGÓCIOS
Programa ESGCoop leva Solução Eficiência Energética à Cotripal no RS
Equipe técnica realizou diagnóstico para otimizar o consumo de energia e reduzir emissões de GEE na cooperativa
A Cotripal, cooperativa agro com sede em Panambi (RS), recebeu entre os dias 24 e 27 de junho a visita técnica do Programa ESGCoop – Solução Eficiência Energética, iniciativa coordenada pelo Sistema OCB em parceria com a OCERGS. A ação integra a terceira fase da Solução e contou com um detalhado mapeamento de oportunidades para aprimorar a gestão do consumo de energia, reduzir emissões de gases de efeito estufa e otimizar custos operacionais.
A visita incluiu uma programação intensa: reuniões iniciais com a diretoria para apresentação da metodologia, inspeções técnicas no frigorífico e no complexo de varejo – que engloba supermercado, açougue, restaurante e magazine – e, por fim, um encontro final para compartilhar impressões preliminares do diagnóstico. Todas as atividades foram acompanhadas de perto pela equipe de engenharia da Cotripal, que participou ativamente das discussões e levantamento de dados.
“Ao aplicar esse diagnóstico, estamos contribuindo para que a Cotripal avance na eficiência energética e se fortaleça enquanto agente de transformação ambiental e social. Essa é uma das formas de o cooperativismo demonstrar seu compromisso com as agendas globais de sustentabilidade”, destacou Laís Nara Castro, analista de Meio Ambiente do Sistema OCB.
Para Thiago dos Santos, gerente de engenharia da Cotripal, o trabalho já está gerando reflexões importantes para a cooperativa. “Apesar de estarmos na fase de levantamento e sem o diagnóstico final, já percebemos a seriedade e o rigor técnico da consultoria. A eficiência energética vai além do aspecto econômico; está ligada ao nosso compromisso com a sustentabilidade e com os valores do cooperativismo”, afirmou.
O gerente ressaltou ainda que o apoio da equipe técnica da consultoria Stride conseguiu envolver todos os setores da cooperativa e trouxe uma abordagem organizada e prática. “O apoio do Sistema OCB e do Sistema Ocergs nos dá segurança para implementar melhorias efetivas. Essa parceria agrega muito valor e nos permite enxergar oportunidades que, no dia a dia, poderiam passar despercebidas”, completou Thiago.
O diagnóstico realizado na Cotripal é parte de um movimento mais amplo de apoio às cooperativas brasileiras na busca por uma gestão mais eficiente e alinhada às boas práticas ambientais. A Solução Eficiência Energética, que faz parte do Programa ESGCoop, já conta com a participação de 15 cooperativas em diferentes estados brasileiros. A proposta é que, a partir dessas análises técnicas, sejam elaborados planos de ação com soluções de curto, médio e longo prazos.
“Essa etapa presencial é essencial porque permite identificar, in loco, como cada cooperativa pode reduzir desperdícios, modernizar processos e avançar no uso consciente de recursos naturais. Estamos falando de ganhos ambientais, mas também de eficiência operacional e redução de custos, o que reforça o papel do cooperativismo como protagonista do desenvolvimento sustentável”, explicou Laís.
A iniciativa se alinha diretamente ao compromisso do cooperativismo com a Agenda 2030 da ONU e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente aqueles relacionados à energia limpa e acessível, ação contra as mudanças climáticas e consumo responsável.
“Estamos confiantes de que o diagnóstico final nos trará insights valiosos e propostas viáveis, que poderão ser incorporadas de forma estratégica ao nosso planejamento. Isso reforça nossa responsabilidade ambiental e o cuidado com os recursos naturais, além de garantir mais eficiência para nossos processos internos”, concluiu Thiago.
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03/07/2025
NEGÓCIOS
Cooperativismo avança em indicadores ESG e soluções sociais com foco no impacto
Sistema OCB promove encontros estratégicos para fortalecer práticas sustentáveis e inclusivas
Nos dias 24 e 25 de junho, o Sistema OCB promoveu dois encontros estratégicos para incentivar a construção de uma sociedade mais sustentável, inclusiva e inovadora. As reuniões do Grupo de Trabalho ESGCoop e da Câmara Temática Social reuniram representantes de cooperativas, organizações estaduais do Sistema OCB, sistemas organizados e especialistas para avançar na construção de indicadores ESG e no fortalecimento das soluções sociais do movimento.
No dia 24, foi realizada a reunião presencial do Grupo de Trabalho ESGCoop, com foco na construção dos indicadores específicos para o Ramo Saúde. Participaram integrantes das Organizações Estaduais (OCEs) (Ocemg, Ocesp, Ocesc e Ocepar), dos sistemas Unimed e Uniodonto, além de cooperativas convidadas especialmente para compor um grupo de especialistas: Uniodonto Manaus, Coopanest-CE, Unimed Federação Minas, Unimed Campo Grande, Unimed Londrina, Uniodonto Campinas, Unimed Nacional, Unimed FESP, Unimed Fortaleza, COOENF/PR, Unimed do Brasil, Uniodonto do Brasil, Fencom, CoopCare (DF) e Uniodonto Porto Alegre.
A agenda deu continuidade ao processo iniciado com uma reunião online preparatória, no dia 13 de junho, e teve como objetivo avaliar, com base em metodologia especializada, os indicadores que melhor representam o desempenho ESG das cooperativas de saúde. Além disso, o encontro marcou a participação de diversas cooperativas que integraram o GT ESGCoop pela primeira vez, fortalecendo a representatividade e a diversidade de experiências no debate.
Jacqueline Oliveira Estevan, diretora de Governança, Risco e Compliance, da Uniodonto Campinas, destacou a aplicação prática dos debates. “A gente pôde olhar na prática, no operacional, e trazer isso para o dia a dia. É você pegar o ESG e colocar ali na operação. O resultado disso para as cooperativas vai ser gigante”.
Para Luis Antônio Schmidt, gerente geral do Sistema Ocesp, o ponto forte da construção coletiva está na legitimidade do processo. “Esse trabalho só tem relevância porque foi construído a várias mãos. O envolvimento direto das cooperativas, com apoio das unidades estaduais e do Sistema OCB, torna o resultado mais concreto e aplicável”, afirmou.
O grupo já havia concluído os indicadores universais — válidos para todos os ramos — e os indicadores específicos do crédito. O próximo passo será a validação e homologação, até agosto de 2025, da lista final de indicadores ESG para o Ramo Saúde.
Soluções sociais
Já no dia 25, a 3ª reunião presencial da Câmara Temática Social reuniu representantes das OCEs (Ocemg, Ocesp, Ocergs e Ocepar), além de integrantes de sistemas organizados como Sicoob Confederação, Fundação Sicredi, Ailos, Cresol, Infracoop, Unicred e Unimed do Brasil. O encontro teve como foco promover o diálogo e a construção coletiva em torno das soluções sociais alinhadas à Agenda ESG.
Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, deu início às atividades apresentando as soluções sociais e a conexão entre as ações do diagnóstico ESGCoop e os projetos de impacto social. Ela ressaltou que essas iniciativas são parte essencial do modelo de negócios cooperativista e respondem de forma concreta às demandas da sociedade. “As soluções sociais não são ações paralelas — elas estão no centro do modelo de negócios do cooperativismo. São projetos que nascem da base, com propósito claro de transformar realidades, gerar inclusão e desenvolver comunidades”, declarou.
A especialista em Diversidade Cultural e Inclusão Gisele Gomes ministrou a palestra ID&E como infraestrutura de inovação, Gisele provocou reflexões sobre o uso de dados e evidências para fortalecer soluções sociais mais eficazes e orientadas à realidade das comunidades, destacando o potencial transformador da informação bem estruturada.
A Câmara Temática Social atua como um espaço estratégico para fortalecer e disseminar práticas de impacto social no cooperativismo. Ao reunir representantes de diferentes ramos, amplia o alcance das discussões e incentiva a criação de soluções intercooperativas para o desenvolvimento sustentável.
Ainda segundo Débora, a realização articulada desses dois encontros evidencia o compromisso do Sistema OCB com uma atuação integrada nas dimensões econômica, social e ambiental do cooperativismo. “Consolidar indicadores ESG e potencializar as soluções sociais é posicionar as cooperativas como protagonistas de um modelo de desenvolvimento mais justo, responsável e transformador”, complementou.
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27/06/2025
NEGÓCIOS
Parceria CIEE e Sistema OCB fortalece formação de jovens aprendizes
Proposta atende diretrizes do Ministério do Trabalho e reforça papel do cooperativismo na inclusão produtiva da juventude
O Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) e o Sistema OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) firmaram uma parceria estratégica para incluir o cooperativismo nos programas de formação da aprendizagem profissional, conforme previsto na Portaria 3.872/2023 do Ministério do Trabalho e Emprego.
Com base no artigo 18 da normativa, que determina a abordagem de conteúdos sobre cooperativismo e empreendedorismo autogestionário com foco na juventude, o Sistema OCB, por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), desenvolveu um material didático completo e adaptável para jovens aprendizes. A iniciativa visa apoiar entidades formadoras, como o próprio CIEE, no cumprimento da legislação e, sobretudo, na formação cidadã e profissional de adolescentes e jovens.
O conteúdo foi elaborado para uso em diferentes modalidades (presencial, híbrida e à distância), com cargas horárias flexíveis entre 8 e 16 horas. As apostilas dos aprendizes combinam teoria e prática em uma linguagem acessível e preparada para promover competências técnicas, sociais e colaborativas. Já os guias dos instrutores oferecem suporte pedagógico completo, com orientações para aplicação dos conteúdos em sala de aula e no ambiente virtual.
Além disso, foi criado um guia exclusivo para as entidades formadoras, que apresenta as possibilidades de uso do material. A parceria também contempla sugestões de cursos e vídeos da CapacitaCoop, plataforma de ensino EAD do Sistema OCB, que podem ser incorporados aos programas permanentes de capacitação de instrutores, conforme exige o artigo 10 da Portaria.
“Acreditamos que o cooperativismo é uma poderosa ferramenta de transformação social, especialmente para os jovens em fase de iniciação profissional. Com essa parceria, estamos ajudando a construir um futuro mais colaborativo, justo e sustentável”, afirma Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB.
“A parceria com o Sescoop reforça o compromisso do CIEE em oferecer conteúdos de qualidade aos aprendizes. O cooperativismo é um tema fundamental e crucial para o desenvolvimento econômico e social do país e passar esse conhecimento para a juventude é imprescindível”, ressalta Elaine Bancalá, gerente Nacional de Aprendizagem do CIEE.
A ação também reforça o compromisso das instituições com a qualificação profissional da juventude brasileira e com a disseminação dos princípios cooperativistas como alternativa viável e promissora de geração de renda, inclusão produtiva e protagonismo juvenil.
O cooperativismo emprega, segundo o Anuário do Cooperativismo 2024, mais de 550 mil pessoas em todo o Brasil e as perspectivas de crescimento são expressivas. São 23,4 milhões de cooperados que geraram R$ 692 milhões em movimentação financeira em 2023. Com o desafio BRC 1 TRI, o objetivo até 2027, é chegar a 30 milhões de cooperados e R$ 1 trilhão em movimentação.
O CIEE, por sua vez, tem 61 anos de atuação e é a maior ONG de inclusão social e empregabilidade jovem da América Latina dedicada à capacitação profissional de jovens e adolescentes. A instituição, responsável pela inserção de 7 milhões de brasileiros no mundo do trabalho, mantém uma série de ações socioassistenciais voltada à promoção do conhecimento e fortalecimento de vínculos de populações prioritárias.
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26/06/2025
NEGÓCIOS
Cooperativas ganham destaque na Naturaltech 2025
Maior feira de alimentos naturais da América Latina reuniu 800 expositores e 1,7 mil marcas
O cooperativismo brasileiro marcou presença na 19ª edição da Naturaltech & Bio Brazil Fair, realizada entre os dias 11 e 14 de junho, no Distrito Anhembi, em São Paulo. Considerada a maior feira de alimentos naturais, orgânicos e saudáveis da América Latina, a Naturaltech reuniu mais de 800 expositores e 1,7 mil marcas, com expectativa de atrair mais de 50 mil visitantes ao longo do evento.
Pelo segundo ano consecutivo, o Sistema OCB participou da Naturaltech com o estande institucional SomosCoop – Cooperativas do Brasil, reforçando o compromisso com a promoção de negócios, visibilidade de marca e acesso a mercados estratégicos. A ação foi coordenada pela área de Negócios da entidade, que busca fortalecer a presença cooperativista em segmentos promissores da economia.
“O cooperativismo tem muito a contribuir com o mercado de produtos naturais, e eventos como esse são fundamentais para mostrar a qualidade, a diversidade e o potencial comercial das nossas cooperativas. A Naturaltech é um espaço estratégico para ampliar conexões, gerar negócios e promover a marca cooperativista no cenário nacional e internacional”, destacou Jean Fernandes, analista da Coordenação de Negócios do Sistema OCB.
Participaram da feira 12 cooperativas de diferentes estados brasileiros (BA, ES, MG, PA, PR, RS, SC e SP), com produtos que vão de cafés especiais a sucos, vinhos, espumantes, doces, queijos, mel e frutas nativas. O estande recebeu grande fluxo de consumidores, distribuidores, redes varejistas e representantes de food service, com destaque para negociações com grandes players como Sam's Club, Outback e rede Zeferino.
A engenheira de alimentos Leidiane Vieira, da Cooperlad (BA), destacou a importância da participação na Naturaltech. “Foi uma oportunidade grandiosa para nós. Fizemos contatos com compradores, apresentamos amostras de polpas de frutas e projetamos a criação de um centro de distribuição em São Paulo. Isso representa mais trabalho, renda e desenvolvimento para nossos cooperados”.
Carlos Lima, presidente da CONAP (MG), celebrou os resultados obtidos durante a feira. “Tivemos a chance de dialogar com redes varejistas, exportadores e consumidores que valorizam um produto diferenciado. Essa interação direta reforça a importância de investir na apresentação, na padronização e na expansão da presença dos nossos produtos no mercado nacional e internacional”, declarou.
Para Eliane Lopes, da Cooperativa Vinícola Nova Aliança (RS), a Naturaltech foi estratégica. “Levamos nossa missão junto com nossos produtos. Estabelecemos contatos com distribuidores e exportadores, recebemos feedback positivo e saímos com importantes insights para o desenvolvimento de novos produtos”.
Já Giulia Castellani, do setor comercial da CAISP (SP), reforçou o impacto institucional da presença no evento. “Participar de uma feira dessa magnitude fortalece nossa marca e nos conecta com consumidores, varejistas e potenciais parceiros. O apoio da OCB tem sido essencial para nosso posicionamento no mercado”.
A participação também foi comemorada por Alysson Kaiper, da Sanjo (SC). “Tivemos a visita de clientes estratégicos e potenciais novos parceiros. A estrutura e o suporte da OCB nos permitiram mostrar a força da nossa cooperativa. Esperamos estar nas próximas edições”, salientou.
As cooperativas participantes foram: Cafesul, Amazoncoop, Cocamar, Witmarsum, Nova Aliança, CCGL, Vinícola Aurora, Sanjo, Coopafasb Caisp, Conap e Cooperlad.
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18/06/2025
Todos os ramos
Agropecuário
Consumo
Crédito
Infraestrutura
Saúde
Seguros
Trabalho, Produção de Bens e Serviços
Transporte
ESG
21/10/2025
Sistema OCB lança guia que ensina coops a contabilizarem GEE
Publicação orienta passo a passo para inventário e gestão das emissões de Gases de Efeito Estufa
O Sistema OCB lançou, em parceria com a Ambipar, o Guia Metodológico do Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), uma publicação técnica que faz parte da Solução Neutralidade de Carbono, do Programa ESGCoop. O material foi desenvolvido para apoiar as cooperativas de todos os ramos na estruturação, coleta, tratamento e reporte de informações sobre suas emissões, de forma padronizada e transparente.
O guia é um passo importante na jornada das cooperativas rumo à sustentabilidade,à gestão climática eficiente e à neutralidade de carbono Elaborado com base nas metodologias ABNT NBR ISO 14064-1:2019 e no Programa Brasileiro GHG Protocol (PBGHGP) — referências internacionais no tema —, o documento apresenta orientações detalhadas sobre os três escopos de emissões (diretas, indiretas de energia adquirida e indiretas na cadeia de valor) e traz instruções práticas para o uso da ferramenta oficial do GHG Protocol.
“O inventário de emissões é uma ferramenta fundamental para compreender o impacto climático das atividades da cooperativa e identificar caminhos para reduzir esse impacto. Medir é o primeiro passo para gerenciar, e esse guia vem justamente para facilitar esse processo, tornando-o acessível e confiável”, explica Débora Ingrisano, Gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB.
O guia descreve todas as etapas do processo — desde a definição dos limites organizacionais e operacionais até a consolidação e o reporte dos dados —, sempre alinhado aos princípios de relevância, integralidade, consistência, transparência e exatidão. A publicação também orienta sobre o armazenamento de evidências, essencial para auditorias e verificações independentes, além de indicar boas práticas que permitem às cooperativas buscar o Selo Ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol, o mais alto nível de conformidade metodológica no país.
“O diferencial do material é traduzir uma metodologia internacional para a realidade das cooperativas brasileiras. Ele oferece um passo a passo prático, com linguagem acessível e foco na aplicabilidade. A ideia é apoiar desde cooperativas que estão iniciando sua jornada de sustentabilidade até aquelas que já têm um inventário consolidado e buscam aprimoramento”, acrescenta Débora.
A publicação se integra à agenda ESG do Sistema OCB, que busca ampliar o engajamento do movimento cooperativista nas ações de mitigação das mudanças climáticas e de transição para uma economia de baixo carbono. “As cooperativas têm um papel estratégico nessa agenda. Elas já nascem com uma lógica de uso responsável dos recursos e de geração de valor coletivo. Agora, com ferramentas como o Guia Metodológico, poderão mensurar e comunicar esse valor de forma ainda mais robusta e transparente”, completa a gerente.
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17/10/2025
Solução Eficiência Energética: coops ampliam ganhos sustentáveis
Workshop do Sistema OCB destaca resultados, aprendizados e novos passos da iniciativa
Com foco em inovação, economia e impacto ambiental, o Sistema OCB realizou, nesta sexta (17), o Workshop da Solução Eficiência Energética, uma das iniciativas do Programa ESGCoop. O encontro online contou com representantes de organizações estaduais, gerentes de Desenvolvimento de Cooperativas, integrantes do GT ESGCoop e parceiros técnicos para debater os resultados do ciclo 2025, os aprendizados das cooperativas-piloto e as perspectivas de expansão da solução.
Desenvolvida em parceria com a Stride Consultoria, a Solução Eficiência Energética tem como objetivo apoiar as cooperativas na identificação de desperdícios, otimização do consumo e redução de custos operacionais, promovendo, ao mesmo tempo, a diminuição das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE).
Na abertura do encontro, Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, destacou que a eficiência energética é um dos pilares mais estratégicos da sustentabilidade. “Assim como a agenda de carbono, a eficiência energética é essencial para a competitividade e a perenidade das cooperativas. Ela transforma responsabilidade ambiental em economia real e fortalecimento de imagem. É um tema que une propósito, inovação e resultado”, afirmou.
Segundo ela, a solução é um exemplo prático de como o Sistema OCB está apoiando as cooperativas na consolidação de suas agendas ESG. “Nosso objetivo é mostrar que eficiência energética é mais do que apenas uma pauta ambiental, é uma oportunidade concreta de inovação e de ganho econômico. As experiências que já estão em andamento comprovam o potencial transformador dessa iniciativa”, completou.
A analista de sustentabilidade, Laís Castro, apresentou o panorama geral da solução, que já conta com 14 cooperativas-piloto de oito estados. “Os resultados são expressivos: identificamos reduções médias de consumo em torno de 22%, chegando a mais de 30% em alguns casos. Além da economia direta, há ganhos intangíveis importantes — como o engajamento das lideranças e a mudança de cultura organizacional em relação ao uso e gestão da energia”, explicou.
Laís ressaltou que a iniciativa complementa outras ações do ESGCoop. “Enquanto a Neutralidade de Carbono mede e reporta as emissões, a Eficiência Energética atua diretamente na redução delas. As duas soluções se conectam e fortalecem o posicionamento do cooperativismo frente à agenda climática e à COP30”, destacou.
Alex Macedo, coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, reforçou o papel estratégico da energia no modelo de negócio das cooperativas. “A energia é um insumo central em todos os ramos. Trabalhar com eficiência é reduzir custos, aumentar competitividade e contribuir de forma efetiva para o enfrentamento das mudanças climáticas. É um investimento que gera retorno ambiental e financeiro”, afirmou.
Durante o workshop também foi anunciado que, em novembro, o Sistema OCB irá lançar cartilhas e ebooks que reúnem orientações técnicas e cases de destaque das cooperativas participantes.
“Essa é uma iniciativa de transformação cultural. Queremos inspirar cada cooperativa a tratar a energia como um ativo estratégico, e não apenas como um custo operacional”, concluiu Débora.
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Sistema OCB anuncia cooperativas que representarão o Brasil na COP30
Painéis temáticos darão visibilidade internacional a experiências sustentáveis de todos os ramos
O cooperativismo brasileiro já está praticamente de malas prontas para marcar presença na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém (PA), de 10 a 21 de novembro. O Sistema OCB divulgou, nesta sexta-feira (17), o resultado da seleção de cooperativas para os painéis temáticos do cooperativismo na COP30.
A chamada pública, lançada em agosto, teve como objetivo identificar e selecionar experiências concretas de cooperativas de todos os ramos que contribuem para o enfrentamento das mudanças climáticas, com base nos cinco eixos estratégicos do Manifesto do Cooperativismo Brasileiro para a COP30:
Segurança alimentar e agricultura de baixo carbono
Financiamento climático e valorização das comunidades
Transição energética e desenvolvimento sustentável
Bioeconomia e uso eficiente dos recursos naturais
Adaptação e mitigação de riscos climáticos
As cooperativas escolhidas participarão de painéis temáticos promovidos pelo Sistema OCB durante a conferência, em espaços oficiais de destaque, além de atividades paralelas nos pavilhões do governo brasileiro, coordenados pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), e em espaços de parceiros institucionais.
Cooperativas selecionadas
A lista de cooperativas que representarão o cooperativismo brasileiro na COP30 contempla os ramos do cooperativismo, com projetos que envolvem desde produção agropecuária de baixo carbono, energia renovável e eficiência energética, até finanças verdes, bioeconomia e recuperação de áreas degradadas. “Nosso papel é mostrar ao mundo que o cooperativismo brasileiro já entrega soluções concretas para a transição climática justa”, destacou Tania Zanella, superintendente do Sistema OCB.
Os cases selecionados terão duas formas de participação:
Apresentação presencial, em painéis e debates nos espaços do cooperativismo na COP30;
Exposição digital, com conteúdo exibido nos totens do evento e no portal Coop na COP30, além de campanhas e materiais de divulgação institucional.
A proposta é ampliar o alcance das boas práticas cooperativistas e reforçar a imagem do cooperativismo como modelo de negócios sustentável, inovador e alinhado aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). “Estamos construindo uma presença plural e representativa. A COP30 será o palco para mostrar a força das cooperativas brasileiras e como elas já contribuem, na prática, para o desenvolvimento de uma economia verde e inclusiva”, reforçou Tania.
Confira a lista das cooperativas selecionadas:
Cases com presença física na COP30
Cooperativa
Título do Case
Sicredi Confederação
Projetos de financiamento do empreendedorismo feminino, transição energética
Sicoob Confederação
Captações Temáticas: impulsionando inclusão social e promovendo a transição para uma economia verde
Cresol Confederação
Experiências de microcrédito para agricultura sustentável.
Coopatrans
Case chocolates da Cacauway, um negócio de impacto social
Coopsertão
Produção Sustentável na Caatinga: Agroecologia, água e solo
Cooxupé
Protocolo Gerações - Resiliência Climática e Sustentabilidade na Cafeicultura Cooperativista
Sicoob Credip
Robustas Amazônicos: cooperação e investimento em tecnologias mudam a realidade da agricultura, geram integração e salvam a floresta
Sicredi Confederação
Quantificação de Riscos Climáticos como Ferramenta Estratégica para Proteção das Culturas Agrícolas dos associados
CCPR
Enxergando Sentido Global – Práticas Nota 10
Cooperativa Vinícola Aurora Ltda
Estratégias para minimizar os impactos das mudanças climáticas na viticultura da Serra Gaúcha
COASA
Nosso Solo, Nossa Colheita. Um case cooperativo que cultiva a sustentabilidade na agricultura
CAMTA
Referência em produção a partir de sistemas agroflorestais, com manejo sustentável na Amazônia
Lar
Programa de qualificação e certificação sustentável da produção de alimentos
SICOOB COOESA
Cooperativa Mirim Marajoara: crianças e adolescentes unidos pela cooperação, cultivando futuro sustentável no Marajó
Recicle a Vida Cooperativa De Catadores do DF
“Recicle a Vida: Economia Circular, Inclusão Social e Inovação na Reciclagem de Plásticos”
Cresol Encostas da Serra Geral
Case Abelhas Nativas, Cooperativismo e Impacto: da Capital Nacional da Meliponicultura ao Protagonismo Internacional em Sustentabilidade, Educação e Renda
Central Sicoper-Cresol
Cresol Siga: financiamento para saneamento, infraestrutura e gestão da água
Sicredi Confederação
Programa de Captações Sustentáveis
Sicoob Confederação
Projetos de apoio inclusivo ao desenvolvimento sustentável das cadeias produtivas de cafeicultura e pecuária bovina
Cooperativa Agropecuaria Mista Terranova Ltda
Energia solar como alternativa para reduzir custos na produção leiteira
Creral
Bioroz e Cinroz: Biopolímeros sustentáveis a partir da casca e cinzas de casca de arroz associado a produção de energia pela casca de arroz
Sicredi Confederação
Café Carbono Neutro
Sicoob São Miguel SC/PR/RS
COOPENAD: Cooperação que ilumina um futuro sustentável
Sicredi Confederação
Sicredi pelo Rio Grande: solidariedade e reconstrução após o desastre climático
Cresol Horizonte
Incentivo a boas práticas ambientais na cadeia produtiva de bubalinos
Coomflona
Manejo Florestal Sustentável na Flona do Tapajós
Coopercitrus
Restauração que transforma: cooperação e parcerias pela água, floresta e clima
Cooperativa Agropecuária e Florestal do Projeto RECA
Fortalecimento da Bioeconomia na Amazônia por Meio do Cooperativismo Sustentável
Cooperacre
Arranjo produtivo da sociobioeconomia na Amazônia
Coopmetro
PAV – Programa de Renovação de Frota: mobilidade sustentável e fortalecimento da economia local
Primato Cooperativa Agroindustrial
SUÍNO VERDE - Energia Limpa do Campo ao Transporte
Sistema Ocemg
Programa MinasCoop Energia
Coopernorte
Cooperação Embrapa–COOPERNORTE: inovação e resiliência climática para a Amazônia
Coplana
Tecnologias de agricultura de precisão, bioinsumos e soluções em baixo carbono
Cocamar
Práticas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e produção sustentável em larga escala
Cases com conteúdo na COP30
Cooperativa
Título do Case
Sicoob Credicenm
Formando Cidadãos Conscientes: Cooperativas Mirins e o Futuro Sustentável
CCPR
Enxergando Sentido Global – Logística Nota 10
CCPR
Enxergando Sentido Global – Usina Fotovoltaica
CCPR
Enxergando Sentido Global – Cooperando Com O Planeta
Sicredi Confederação
Complexo Solar Sicredi Confederação
CCPR
Enxergando Sentido Global – Recicla Mais
Sicoob Aracoop
Fortalecimento Sustentável da Cadeia Produtiva da Piscicultura em Morada Nova de Minas
Sicoob Aracoop
Financiamento de Usina Fotovoltaica para o Cooperativismo de produção de frutas em Pirapora MG
Sicoob Credinacional
Micro Usinas Sicoob Credinacional: Energia Limpa e Impacto Social
Sicoob Coopemata
Transformação Sustentável: Neutralização de CO₂ e Reflorestamento para um Futuro Verde
Sicoob Credialto
Compartilhando Energia, Multiplicando Saúde: Cooperando por uma Saúde Sustentável
Sicoob Centro
Do cacau ao chocolate: cooperar é coisa nossa
Sicoob Montecredi
O despertar de uma Terra Adormecida: A Fazenda Três Meninas, a cafeicultura regenerativa no Cerrado Mineiro e sua contribuição para o produtor, o consumidor e o planeta
Unicred União
Projeto Integrado de Energia Renovável: Microusinas e Intercooperação da Unicred União
Cooperconcórdia
Programa multiplicadores lixo zero
Turiarte
Geração de renda sustentável com artesanato e turismo comunitário na Amazônia
Coopric
Café com identidade: Sustentabilidade e resiliência na Chapada Diamantina
Copercampos
Uma cooperativa sustentável – Ação local, impacto global
Coopercitrus
Sistematização agrícola de precisão: transformando paisagens, reduzindo emissões e multiplicando renda
Coopernorte
Programa de Produtividade COOPER+: inovação, sustentabilidade e aumento da produtividade no campo
Coopernorte
CPAC – Pesquisa aplicada e resiliência climática para a agricultura cooperativa amazônica
Coopernorte
Agroindústria COOPERNORTE: agregação de valor, segurança alimentar e sustentabilidade para o Pará
Cresol Confederação
"Geração de Renda Sustentável contribuindo com a Valorização da Cultura Quilombola na Comunidade Vargem do Sal através do Artesanato em Licuri''
Cresol Confederação
Transição Agroecológica Participativa para Cadeias Hortícolas e Frutícolas no Brasil e Uruguai
Cresol Evolução
Projeto Tampinhas Solidárias - Projeto de reciclagem de tampinhas
FECOGAP
O Garimpo como Aliado do Desenvolvimento Sustentável e da Inclusão Social na Amazônia
Lar
Cadeia de Proteína Animal da Lar Cooperativa: um Modelo de organização social e de desenvolvimento econômico
Lar
Alimentação animal sustentável e de baixo carbono aliada á eficiência produtiva
Lar
Lar Cooperativa: eficiência no uso dos recursos e geração de energia a partir de resíduos
Lar
Produção sustentável de biodiesel como estratégia de redução de emissões e transição energética
Lar
Redução da emissão de metano em dejetos de suínos, a partir da produção de energia elétrica por meio de biogás
Lar
Da Fonte à Vida: Protegendo e Recuperando Nascentes
Lar
Ferramenta de Impacto Sustentável com ênfase na agricultura de Precisão, redução de GEE e gestão de carbono no solo
Lar Cooperativa Corretora de Seguros
Gestão inteligente de riscos climáticos com seguro agrícola
Sicoob Conexão
Reinholz Chocolates: Empoderamento Feminino e Sustentabilidade no Campo
Sicoob Confiança
Piscicultura Autossustentável com Energia Fotovoltaica e Integração Cooperativa
Sicoob Metropolitano
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Sicredi Confederação
Projeto Recuperando Nascentes
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14/10/2025
ESG
ESGCoop: Unicred aposta em eficiência energética para reduzir impactos
Diagnóstico identificou oportunidades de melhoria e reforçou compromisso com práticas ESG
Nos dias 8 e 9 de outubro, a Unicred do Brasil recebeu a equipe do Programa ESGCoop, do Sistema OCB, para a realização da terceira fase da Solução Eficiência Energética, uma iniciativa que busca promover o uso mais racional e sustentável da energia nas cooperativas. As atividades ocorreram em Florianópolis (SC), com visitas às cooperativas Unicred Valor Capital, Unicred Coomarca e ao Núcleo Conexão.
A agenda reuniu representantes do Sistema OCB, do Sistema Ocesc, da consultoria Stride e da Unicred, além das equipes técnicas das cooperativas, que acompanharam todo o processo. A etapa teve como objetivo realizar um diagnóstico detalhado de eficiência energética, identificando oportunidades de melhoria, padronização e aprimoramento da gestão.
De acordo com a analista de Meio Ambiente do Sistema OCB, Laís Castro, a presença da equipe em campo é um passo essencial para o avanço da Solução. “Essa fase é fundamental para compreender a realidade de cada cooperativa e construir, de forma conjunta, estratégias que tragam resultados efetivos. O engajamento das equipes locais mostra o comprometimento do cooperativismo de crédito em unir sustentabilidade e eficiência operacional”, destacou.
Durante os dois dias de trabalho, foram mapeados processos internos e levantadas informações sobre o consumo e o gerenciamento de energia em diferentes unidades. O resultado será consolidado em um plano de ação a ser implementado com o acompanhamento técnico da consultoria especializada.
Para Ana Paula Martello Rodrigues, coordenadora técnica do Sistema Ocesc, a iniciativa reforça o papel de liderança do cooperativismo catarinense na agenda ESG. “As cooperativas Unicred Valor Capital e Unicred Coomarca reafirmam seu compromisso com a sustentabilidade e a otimização do uso de recursos ao participarem da Solução Eficiência Energética. A iniciativa reforça o alinhamento com as diretrizes ESG e evidencia o protagonismo do cooperativismo de crédito na promoção de práticas responsáveis”, destacou.
A diretora de Sustentabilidade e Supervisão da Unicred do Brasil, Silvana Parisotto Agostini, falou sobre a importância do projeto no contexto estratégico da instituição.“O projeto une pilares fundamentais da atuação cooperativista: sustentabilidade, viabilidade financeira, inovação e impacto ambiental positivo. Ao investir em soluções que otimizam o consumo de energia, a instituição reduz custos operacionais e reafirma seu compromisso com a responsabilidade ambiental”.
A Solução Eficiência Energética faz parte do Programa ESGCoop, coordenado pelo Sistema OCB, que apoia cooperativas de todos os ramos na implementação de práticas sustentáveis e de governança. A iniciativa fortalece o compromisso do cooperativismo com o desenvolvimento econômico aliado à responsabilidade ambiental e social.
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13/10/2025
ESG
Solução Neutralidade de Carbono: Cooperativas avançam na agenda climática
Workshop do Sistema OCB destaca resultados de 2025 e presença estratégica na COP30
Nesta sexta-feira (3), o Sistema OCB realizou o Workshop da Solução Neutralidade de Carbono: do projeto piloto ao palco internacional, com a participação de dirigentes e técnicos de cooperativas, representantes das organizações estaduais e parceiros estratégicos. O encontro online marcou a consolidação dos resultados do ciclo 2025 do projeto e apontou os próximos passos da iniciativa, que ganhará visibilidade internacional na COP30, em Belém (PA).
Na abertura, Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, destacou a importância do engajamento coletivo. “Este projeto só existe porque as cooperativas acreditaram e se engajaram. Hoje, temos a materialização prática do princípio da intercooperação. Juntos conseguimos negociar melhor, aprender juntos e avançar em uma pauta que parecia distante, mas que agora é realidade para o cooperativismo brasileiro”, afirmou.
A solução já conta com a adesão de 18 cooperativas, que realizaram seus inventários de emissões de gases de efeito estufa e publicaram no Registro Público de Emissões. Para Débora, esse movimento fortalece a imagem do cooperativismo como regime produtivo sustentável, capaz de responder a um dos maiores desafios globais. “Estamos saindo do discurso para a prática, e é essa experiência que queremos levar para a COP30. O cooperativismo brasileiro tem muito a mostrar ao mundo”, acrescentou.
Resultados e avanços
A apresentação dos resultados ficou a cargo de Laís Nara Castro, analista de sustentabilidade do Sistema OCB. Ela explicou que todas as cooperativas participantes conquistaram, no mínimo, o Selo Prata no Programa Brasileiro GHG Protocol – reconhecimento que certifica a qualidade dos inventários de emissões.
Segundo Laís, a Solução Neutralidade de Carbono vai além da mensuração: oferece consultoria, ferramentas tecnológicas, capacitação e suporte metodológico, e cria condições para que as cooperativas avancem na redução de emissões e no desenvolvimento de projetos de descarbonização.
“O inventário funciona como um diagnóstico. A partir dele, conseguimos identificar oportunidades de melhoria de processos, redução de custos e até acesso a novos mercados e linhas de crédito. Mais do que uma exigência de mercado, a descarbonização se mostra como um diferencial competitivo para as cooperativas”, explicou.
Laís também apresentou o guia metodológico desenvolvido em parceria com a Ambipar, que orienta passo a passo o processo de inventário e será disponibilizado às organizações estaduais e às cooperativas interessadas.
Narrativa estratégica
Para o coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, Alex Macedo, o maior desafio é construir uma narrativa clara e acessível para a alta liderança das cooperativas. “Carbono não é algo tangível, mas precisamos traduzir esse tema em valor: em redução de custos, reputação, novos negócios e acesso facilitado ao crédito. Esse é o papel da solução: apoiar tecnicamente e ajudar a comunicar de forma simples e direta o valor da descarbonização”, destacou.
Alex reforçou ainda que a agenda climática é um caminho sem volta, seja por demanda dos consumidores, exigências regulatórias ou pressão do mercado financeiro. “As cooperativas que quiserem se manter relevantes e competitivas precisam começar agora. E o Sistema OCB está preparado para apoiá-las nessa jornada”.
Conexão com a COP30
Um dos pontos altos do workshop foi a discussão sobre a presença do cooperativismo na COP30, marcada para novembro de 2025, em Belém. O Sistema OCB terá participação em diferentes espaços de debate e articulação, com destaque para o AgriZone, em parceria com a Embrapa e cooperativas de crédito, e para o pavilhão de Negócios de Impacto, em cooperação com uma entidade da ONU.
“Não basta estar presente fisicamente. Precisamos ocupar espaços de diálogo e decisão, levando propostas e mostrando a relevância do cooperativismo na agenda climática”, afirmou Débora Ingrisano.
Próximos passos
Além dos reconhecimentos já conquistados, o Sistema OCB projeta a evolução da solução, para incentivar as cooperativas a darem continuidade ao processo de inventário e implementação de ações de descarbonização. Também foi anunciado que cursos do CapacitaCoop e o novo guia metodológico estarão disponíveis para ampliar a capilaridade do tema e dar suporte técnico às organizações.
“A COP30 não é um ponto de chegada, mas parte de um processo de fortalecimento da agenda climática dentro das cooperativas. O Sistema OCB seguirá ao lado das cooperativas brasileiras, potencializando a jornada rumo à neutralidade de carbono”, concluiu Alex Macedo.
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03/10/2025
ESG
C.Vale avança na Solução Eficiência Energética do Programa ESGCoop
Diagnóstico presencial identificou oportunidades de melhoria na gestão de energia
A cooperativa C.Vale, com sede em Palotina (PR), recebeu entre os dias 16 e 18 de setembro a visita de equipes do Sistema OCB, do Sistema Ocepar e da consultoria Stride para a realização da terceira fase da Solução Eficiência Energética, iniciativa do Programa ESGCoop. O trabalho faz parte de um ciclo de ações voltadas a apoiar cooperativas de diferentes ramos na adoção de práticas de gestão mais sustentáveis, eficientes e alinhadas às demandas do futuro.
Nesta etapa, foi aplicado um diagnóstico presencial nas unidades de recria e produção de aviários da cooperativa. O objetivo foi identificar oportunidades de melhoria, padronização e aprimoramento da gestão energética, considerando tanto aspectos técnicos quanto de rotina operacional. A programação incluiu reuniões com a diretoria, visitas de campo acompanhadas pelas equipes técnicas e, ao final, a apresentação dos resultados e das recomendações iniciais.
Segundo o cronograma da solução, a partir do diagnóstico será elaborado um plano de ação específico para a C.Vale, que contará com acompanhamento técnico da consultoria para sua implementação. A expectativa é que os ganhos ultrapassem a economia direta de energia e tragam impactos positivos também na competitividade, na sustentabilidade e na cultura organizacional.
Para o CEO da C.Vale, Édio José Schreiner, a iniciativa reflete a forma como a cooperativa enxerga seu compromisso diário com a eficiência. “Na C.Vale acreditamos que cultura é construída todos os dias, pela forma como cada um conduz o seu trabalho. Eficiência energética é parte desse compromisso: melhorar continuamente, aprender sempre e assumir a responsabilidade pelo resultado. Quando cada colaborador age com senso de dono, a cooperativa se fortalece, cresce e garante um futuro de sucesso para todos”, destacou.
A percepção de que a eficiência energética se constrói a partir de atitudes simples e disciplina diária também foi ressaltada por Felipe Ferreira, supervisor de Gestão de Energia da cooperativa. “O diagnóstico em campo nos mostrou que eficiência energética nasce do simples: atenção aos detalhes, disciplina diária e responsabilidade no uso de cada kWh. Quando fazemos o básico bem-feito, abrimos espaço para grandes resultados. Essa é a nossa contribuição direta para tornar a cooperativa mais competitiva e sustentável”, declarou.
O Sistema OCB avaliou que a visita reforçou o papel estratégico do cooperativismo na construção de um modelo de desenvolvimento mais responsável. “A visita aos aviários da C.Vale evidencia, na prática, que a eficiência energética é um caminho estratégico para aliar produtividade, redução de custos e compromisso com a sustentabilidade no campo”, afirmou Thayná Côrtes, analista técnico-institucional.
Para a analista de desenvolvimento técnico Bruna Mayer, o diagnóstico realizado permitiu identificar oportunidades que vão além da manutenção e operação, oferecendo uma visão ampla dos principais consumidores de energia da unidade. “Ficou claro que os maiores gargalos muitas vezes resultam de pequenas ações que, somadas, geram grandes impactos. Parabenizamos a C.Vale pela iniciativa e a OCB por disponibilizar uma ferramenta tão relevante para a eficiência energética e o enfrentamento às mudanças climáticas.”
A Solução Eficiência Energética já vem sendo aplicada em cooperativas de diferentes ramos, sempre com foco em gerar indicadores, orientar investimentos e apoiar gestores na adoção de melhores práticas. A iniciativa integra o conjunto de soluções do Programa ESGCoop, criado para apoiar o cooperativismo brasileiro no avanço de práticas ambientais, sociais e de governança. A proposta é que cada ação tenha caráter prático, aplicável ao dia a dia das cooperativas, permitindo resultados concretos e mensuráveis.
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ESG
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O cooperativismo agropecuário brasileiro deu mais um passo estratégico rumo à consolidação de sua agenda de sustentabilidade. Foi realizada nesta terça-feira (16) e quarta-feira (17), em Brasília, o encontro do Grupo de Trabalho ESGCoop dedicado à construção dos indicadores ESG do Ramo Agro. A iniciativa, conduzida pelo Sistema OCB em parceria com a Gália Consultoria, reúne cooperativas de diferentes segmentos do agro e Organizações Estaduais (OCEs) para debater e consolidar parâmetros que possam traduzir, em números e evidências, a atuação sustentável do setor.
O objetivo é criar indicadores específicos para o Ramo Agro, capazes de refletir toda a sua complexidade produtiva e regional. Participaram representantes de cooperativas de café, grãos, leite, proteína animal, fiação, flores, vinhos, citros e cana, entre outros. A diversidade de perfis assegura uma visão ampla e inclusiva sobre os desafios ambientais, sociais e de governança enfrentados pelo agro cooperativo.
A gerente-geral da OCB, Fabíola Nader Motta, destacou o caráter estratégico do encontro. “Estamos construindo uma base sólida de indicadores que darão visibilidade ao compromisso do cooperativismo agropecuário com a sustentabilidade. Nosso desafio é traduzir práticas em métricas que possam ser medidas, acompanhadas, comunicadas e reconhecidas pela sociedade, pelos mercados e pelos formuladores de políticas públicas”, afirmou.
O encontro integra a estratégia do ESGCoop de definir indicadores globais e setoriais para todos os ramos do cooperativismo. A ideia é construir um conjunto de métricas que permita aferir, com transparência e comparabilidade, o impacto positivo das cooperativas em diferentes áreas.
Até o momento, já foram desenvolvidos os indicadores globais e os específicos do Ramo Crédito, enquanto os do Ramo Saúde estão em fase final de elaboração. Agora, com o início da construção dos indicadores para o Ramo Agro, o movimento se expande para contemplar também a diversidade produtiva do campo. Ainda este ano, será dado início ao processo de definição dos indicadores voltados aos ramos Transporte e Infraestrutura, consolidando o compromisso do cooperativismo em mensurar e comunicar, de forma cada vez mais precisa, seus impactos socioambientais e de governança.
Também esteve em destaque, durante a agenda, uma reunião conjunta das Câmaras Temáticas Ambiental e COP30, que buscou ampliar o diálogo sobre sustentabilidade e reforçar a participação do cooperativismo nos debates globais de clima e governança.
Entre as cooperativas presentes estiveram Cooabriel (ES), Comigo (GO), CCPR (MG), Cooxupé (MG), Copasul (MS), Agrária (PR), Copacol (PR), Cocamar (PR), Frimesa (PR), Frísia (PR), Integrada (PR), Aurora Vinícola (RS), Coasa (RS), Cotripal (RS), Santa Clara (RS), Fecoagro/RS, Cooper A1 (SC), Coopercitrus (SP), Coplacana (SP), Holambra Agro Industrial (SP), Veiling Holambra (SP) e Cooperfrigu (TO). Além delas, dirigentes e técnicos das OCEs de nove estados também contribuíram com o debate.
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ESGCoop: diagnóstico impulsiona modernização no Sicoob Confederação
Levantamento aponta avanços e novas oportunidades para gestão sustentável dos data centers
O Sicoob Confederação concluiu, no início de setembro, o diagnóstico de eficiência energética promovido pelo Sistema OCB, por meio do Programa ESGCoop. A iniciativa avaliou de forma detalhada a operação dos data centers da instituição e a estrutura predial identificando pontos de modernização e oportunidades de melhoria nos processos, com foco na redução de custos, no consumo consciente de energia e na sustentabilidade.
Entre os aspectos observados no diagnóstico, estiveram temas como a operação manual da climatização, revisão de isolamentos, limpeza por performance em vez de periodicidade fixa da usina fotovoltaica, uso de motores de altíssima eficiência, free cooling e maior automação na gestão dos sistemas. O levantamento destacou que, embora os avanços sejam consistentes, o fortalecimento da padronização e da melhoria contínua são práticas universais para garantir resultados duradouros em gestão energética.
Para Alex Macedo, coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, o projeto é um marco na integração entre sustentabilidade e competitividade no cooperativismo financeiro. “O diagnóstico no Sicoob demonstra que a eficiência energética é um caminho estratégico para reduzir custos, inovar e, ao mesmo tempo, contribuir para a descarbonização. Essa iniciativa reforça a importância de soluções que gerem retorno econômico e fortaleçam a agenda socioambiental das cooperativas, alinhando o setor às metas globais de transição energética e neutralidade de carbono.
Emanuelle Marques, gerente da área de Cidadania e Sustentabilidade do Sicoob, considerou que a adoção da solução representa um movimento estratégico. “Ela contribui diretamente para a redução de custos operacionais, fortalece nosso compromisso com a sustentabilidade e nos posiciona de forma responsável frente aos desafios climáticos. Ao aplicar essa solução, demonstramos que é possível unir eficiência e impacto positivo, reforçando nosso papel como cooperativa financeira comprometida com o desenvolvimento sustentável”, declarou.
Já Janderson Facchin, da Diretor da área Administrativa e Financeira do Sicoob, destacou a integração de múltiplos fatores no projeto. “Essa iniciativa fortalece nossa atuação como cooperativa financeira que valoriza o desenvolvimento sustentável, ao mesmo tempo em que nos posiciona de forma proativa frente aos desafios climáticos contemporâneos. Ao integrar tecnologia, inovação, eficiência energética, automação e consciência ambiental em um único projeto, demonstramos que é possível transformar modernização em impacto positivo, tanto para o Centro Cooperativo Sicoob quanto para as demais cooperativas e comunidades que servimos”.
O superintendente de Infraestrutura e Operações de TI, Dênio Rodrigues, reforçou que os resultados já começam a ser percebidos. “A consultoria de eficiência energética promovida pela OCB, por meio do ESGCoop, foi muito importante para reforçar que estamos trilhando o caminho certo na gestão sustentável dos nossos data centers, nos apoiando no aprimoramento de indicadores táticos operacionais, na priorização de investimentos e no alinhamento às melhores práticas de mercado. Resultado das ações empreendidas pelo Centro Cooperativo (CCS), fomos classificados como finalistas do DCD Latam Awards 2025 nas categorias Enterprise Data Center Evolution e Energy Impact. Parceiras como essa são fundamentais para ampliar a cultura da eficiência em todo o sistema cooperativo nacional, integrando tecnologia, propósito e responsabilidade socioambiental”, concluiu.
Além de sua ampla presença territorial, o Sistema Sicoob é coordenado pelo Centro Cooperativo Sicoob (CCS), com sede em Brasília (DF). Reunindo mais de 9,1 milhões de cooperados, o Sicoob está presente em todas as 27 unidades federativas e possui atuação direta em 2.452 municípios, por meio de 14 cooperativas centrais, 323 cooperativas singulares e 4.685 agências. A instituição também emprega mais de 38 mil colaboradores, que atuam tanto nas unidades físicas quanto nos canais digitais, garantindo atendimento próximo, personalizado e eficiente. Paralelamente, investe continuamente na expansão e no aprimoramento de seus canais digitais, assegurando praticidade e acesso facilitado aos seus serviços.
Essa estrutura sólida permite ao Sicoob aliar capilaridade, eficiência operacional e proximidade com seus cooperados, fortalecendo sua capacidade de desenvolver e implementar projetos de inovação, sustentabilidade e educação financeira em escala nacional.
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SABER COOPERAR
09/12/2025
Mercado de carbono: como as cooperativas fazem parte dessa estratégia climática?
Um dos principais legados da COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas) foi a operacionalização do Artigo 6.4 do Acordo de Paris com um mecanismo global para o mercado de carbono.
Você sabe o que significa esse conceito? É um sistema internacional que permite gerar e negociar créditos resultantes da redução ou remoção de gases de efeito estufa. Esses créditos podem ser usados por países ou empresas para cumprir metas de redução de emissões, incentivando investimentos em projetos de mitigação.
Os créditos são gerados em projetos que reduzem, evitam ou removem gases de efeito estufa, como iniciativas de reflorestamento (porque as árvores capturam CO2), de energia renovável (que emitem menos que combustíveis fósseis), ou de tratamento de resíduos (que evitam as emissões produzidas em aterros). E é aqui que as cooperativas entram nessa história.
No Brasil, a lei que regulamenta o mercado de carbono nacional e estabelece o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE) foi sancionada em dezembro do ano passado e está em fase de regulamentação, ou seja, da definição de como vai funcionar. Por enquanto, as instituições brasileiras que geram ou compram créditos de carbono já atuam em mercados internacionais voluntários.
Segundo estudo recente da ICC Brasil e da Way Carbon, o Brasil pode gerar até US$ 100 bilhões de receitas em créditos de carbono até 2030. O enorme potencial do país nesse mercado está diretamente ligado à agropecuária sustentável, às energias renováveis e à preservação e recuperação de florestas, atividades com grande capacidade de geração de créditos de carbono. E o cooperativismo está em todas elas. Na agropecuária, por exemplo, mais da metade da produção de grãos do país passa pelas cooperativas.
Durante a COP de Belém, o cooperativismo participou de debates sobre o mercado de carbono nas duas principais áreas da conferência: a Blue Zone, onde ocorrem as negociações oficiais entre os países; e na Green Zone, que reúne contribuições da sociedade civil e do setor produtivo para o enfrentamento das mudanças climáticas.
Em painel realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) na Blue Zone, o consultor ambiental do Sistema OCB, Leonardo Papp, destacou que o mercado de carbono só será bem-sucedido se equilibrar eficiência econômica e equidade social e que é preciso tropicalizar as metodologias utilizadas para adequar o sistema de créditos à realidade brasileira.
Já no Pavilhão do Coop, na Green Zone, cooperativas de diferentes regiões do país participaram do painel Cooperativas e descarbonização: protagonismo na transição energética justa, em que apresentaram soluções concretas em energia renovável, setor com grande potencial no mercado de carbono.
Conheça dois exemplos de cooperativas brasileiras que atuam no mercado de carbono em diferentes estágios:
Da floresta ao mercado global
Na Ponta do Abunã, em Rondônia, um grupo de agricultores familiares fundou há mais de três décadas a Cooperativa Agropecuária e Florestal do Projeto RECA. Desde o início, o propósito foi claro: produzir sem destruir. A estratégia foi apostar em sistemas agroflorestais, recuperando áreas degradadas e preservando as matas nativas da Amazônia.
Com o tempo, esse compromisso se transformou em ativo ambiental. Em parceria com a Natura, a cooperativa deu origem a um dos primeiros projetos de carbono do Brasil, que recompensa o esforço de conservação realizado pelos cooperados.
O projeto mede o carbono estocado nas florestas preservadas e converte essa quantidade em créditos de carbono. Esses créditos são adquiridos pela Natura, que os utiliza para neutralizar parte de suas emissões. O valor arrecadado retorna aos agricultores da cooperativa, fortalecendo a renda e estimulando novas práticas de conservação.
“O projeto de carbono veio para valorizar o esforço de conservação das áreas que os produtores sempre cuidaram”, explica Gicarlos Souza, gerente comercial e coordenador da cooperativa. “O resultado é triplo: ambiental, social e econômico. A cooperativa ganha mais um produto no portfólio e reafirma seu papel como referência em sustentabilidade”.
A Cooperativa Agropecuária e Florestal do Projeto RECA foi uma das representantes do cooperativismo brasileiro na COP30.
Fazendas mais verdes
No interior de São Paulo, a Fundação Coopercitrus Credicitrus (FCC) está ajudando produtores rurais a replantar o futuro. Ligada a duas cooperativas – Coopercitrus e Sicoob Credicitrus – a instituição atua em uma das regiões com maior déficit de cobertura vegetal do estado e oferece suporte técnico para que propriedades rurais participem do mercado de carbono.
"Nosso papel é articular e mobilizar diferentes parceiros e recursos que viabilizem e impulsionem a restauração ambiental", explica Bóris Alessandro Wiazowski, consultor de sustentabilidade da Coopercitrus. A fundação conecta produtores rurais interessados em recuperar suas Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Reservas Legais a um ecossistema de apoio. A FCC elabora o projeto técnico, oferece acompanhamento de engenheiros florestais e estrutura a iniciativa para gerar créditos de carbono a partir de metodologias com reconhecimento internacional.
Ao aderir ao programa, o produtor rural cooperado ganha em diversas frentes: recebe apoio técnico especializado, tem parte do reflorestamento custeado, vê sua propriedade se valorizar e, em muitos casos, observa o aumento do fluxo de água com a recuperação de nascentes.
"Nos últimos três anos, restauramos mais de 350 hectares e recuperamos mais de 1 mil nascentes. Com o mercado de carbono ganhando força, temos a oportunidade de buscar novos investidores e alavancar o alcance e os benefícios desse projeto", complementa Wiazowski.
A meta é ambiciosa: restaurar mais de 50 mil hectares nos próximos anos, um resultado com impacto direto para o produtor e para toda a sociedade. Além disso, com a participação de dois cases da cooperativa na COP30, a expectativa é que as possibilidades de parcerias na geração de créditos de carbono sejam ampliadas em breve.
“Já temos o conhecimento da área de atuação, das áreas a serem restauradas, dos produtores interessados, de parceiros para a restauração e para a validação técnica do projeto, permitindo a geração dos créditos de carbono. Estamos trabalhando de forma ativa na busca de recursos financeiros que permitam expandirmos as áreas a serem reflorestadas”, pontua o consultor.
Apoio especializado
Para que as cooperativas desenvolvam projetos como esses, fazendo a sua parte para enfrentar a crise climática, é preciso medir, relatar e reduzir suas emissões de gases de efeito estufa (GEE) com padrão internacional. Para isso, o Sistema OCB lançou, em 2023, a Solução Neutralidade de Carbono, iniciativa que oferece ferramentas para esse processo.
Atualmente, 18 cooperativas participam da solução, com inventários de gases de efeito estufa publicados no Registro Público de Emissões e com relatórios de oportunidade de descarbonização."Só se gerencia aquilo que é medido e essa solução tem promovido uma mudança cultural importante, ajudando as cooperativas a comprovar sua contribuição para descarbonizar a economia e gerando oportunidades de compensação. Na COP30 já apresentamos alguns exemplos reais dessa transformação sustentável”, destaca Alex Macedo, coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB.
Além do apoio técnico, o Sistema OCB atua na esfera regulatória e defende, ativamente, que a implementação do mercado de carbono nacional – chamado de Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE) – reconheça as particularidades do cooperativismo, que é formado por milhões de pequenos e médios produtores. “Defendemos um modelo com transparência e integridade, a integração com mercados internacionais e o desenvolvimento de métricas adaptadas à realidade brasileira”, explica Macedo.
Saiba mais sobre as ações do cooperativismo brasileiro para combater as mudanças climáticas e a participação na COP30 no site especial Coop na COP.
SABER COOPERAR
26/11/2025
Comunidades virtuais fortalecem conexões e inovação no cooperativismo
O que as comunidades virtuais e o movimento cooperativista têm em comum? Na era da comunicação digital, elas reúnem pessoas que interagem e compartilham interesses e objetivos em comum em plataformas como redes sociais, aplicativos de mensagens e fóruns. As cooperativas têm aproveitado essa ferramenta para levar o sétimo princípio do cooperativismo – Interesse pela comunidade – para o ambiente virtual, construindo redes de diálogo e apoio para aproximar colaboradores, cooperados e parceiros.
De acordo com a gerente de Comunicação e Marketing do Sistema OCB, Samara Araujo, as comunidades virtuais também ajudam a difundir conhecimento, mobilizar ações coletivas e reforçar a identidade cooperativista. Em um país tão grande e diverso como o Brasil, a colaboração on-line fortalece a competitividade, amplia a capacidade de inovação e permite que soluções bem-sucedidas sejam replicadas em diferentes contextos pelo país.
“Compartilhar boas práticas evita retrabalho, otimiza recursos e reforça a cultura de intercooperação, que é um dos princípios fundamentais do movimento cooperativista”, lista a gestora.
A criação de comunidades virtuais no cooperativismo é uma forma de aproximar o movimento do público externo e o caminho para que os produtos e serviços coop sejam ainda mais reconhecidos e valorizados. Segundo o diretor de Marketing da Vulcabras, Márcio Callage, especialista em comunidades virtuais e palestrante da Semana de Competitividade 2025, o sucesso de uma marca está em criar conexões afetivas com suas comunidades, o que também vale para o coop.
“Uma marca forte nasce quando o que ela fala é coerente com o que ela faz – princípio que também move o modelo cooperativista. No cooperativismo, a escuta ativa também é um diferencial competitivo. Quem entende a base, entrega com mais verdade”.
Para Callage, não é preciso estar em todos os lugares, mas nos lugares certos, falando a verdade e se conectando com o público, que muitas vezes vai enxergar na marca valores simbólicos. No caso das cooperativas, que muitas vezes enfrentam o desafio da visibilidade diante de grandes empresas, ele recomenda “usar a força da comunidade, a escuta ativa e o propósito como estratégia de diferenciação”.
Comunidade Sistema OCB
Para colocar em prática essa tendência de comunicação, desde 2023, o cooperativismo brasileiro conta com uma rede de apoio digital especializada, a Comunidade Sistema OCB no WhatsApp, criada para fortalecer a integração entre a Unidade Nacional e as Organizações Estaduais.
Com 837 integrantes de todos os estados e do Distrito Federal, a comunidade é um ambiente colaborativo de troca de informações estratégicas, alinhamento de ações e compartilhamento de boas práticas. Os participantes estão distribuídos em times temáticos de áreas como ESG, Comunicação, Relações Institucionais, Recursos Humanos, Planejamento, Inovação, entre outras. “O objetivo é transformar a comunicação em um instrumento de engajamento e cocriação, aproximando equipes que atuam em diferentes setores do cooperativismo”, explica Samara Araujo.
A Comunidade Sistema OCB oferece suporte aos cooperativistas conectados em cinco frentes: definição de metas e iniciativas prioritárias para cada time temático por meio do Plano de Ação; alinhamento e integração entre os participantes por meio das reuniões periódicas; organização de conteúdo, dados e insights para uso estratégico por meio da gestão do conhecimento; treinamentos e trilhas de aprendizagem para qualificar equipes por meio da capacitação; e garantia de espaço para debates, trocas de experiência e construção coletiva por meio do fórum de interação.
De acordo com Samara Araujo, os resultados dessa estratégia de integração digital do Sistema OCB já podem ser percebidos. Atualmente, a comunidade virtual contribui fortemente na mobilização para o Dia de Cooperar (Dia C), que envolve ações voluntárias alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). Mais recentemente, a rede foi fundamental no processo de seleção de cooperativas para representar o Brasil na 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), organizado com o apoio das comunidades para identificar cases notáveis de sustentabilidade e inovação em âmbito local.
Como criar comunidades virtuais na sua cooperativa
Assim como ocorre na articulação nacional, as Organizações Estaduais e cooperativas também devem se apropriar das comunidades e criar seus próprios espaços para engajar equipes e fortalecer a identidade cooperativista.
Segundo Samara Araujo, as vantagens são diversas: “As comunidades virtuais dão agilidade à comunicação entre equipes dispersas geograficamente; fortalecem a cultura cooperativista, por meio da troca constante; promovem a integração tecnológica, que aproxima pessoas e processos; e ainda aumentam o engajamento ao criar um ambiente colaborativo e participativo”.
Confira o passo a passo para a criação de comunidades virtuais na sua cooperativa:
Primeiramente, defina o objetivo e público-alvo da comunidade
Crie a estrutura no WhatsApp, com grupos temáticos
É fundamental estabelecer regras de convivência para garantir a organização
Nomeie administradores responsáveis pela gestão
É importante integrar conteúdos relevantes e promover interações periódicas
Por fim, monitore o engajamento e ajuste estratégias conforme necessário
SABER COOPERAR
O coop e o clima: propostas do cooperativismo brasileiro para a agenda climática
Neste infográfico, apresentamos as propostas do cooperativismo brasileiro para a agenda climática e mostramos como o modelo cooperativista torna possível unir desenvolvimento econômico e sustentabilidade. Com forte atuação em temas centrais como transição climática, bioeconomia e uso responsável dos recursos naturais reforçamos o papel das cooperativas como parte essencial das soluções para enfrentar a crise climática.
17/11/2025
SABER COOPERAR
Na COP30, cooperativas vão mostrar que soluções locais geram impacto global
A capacidade das cooperativas de promover ações sustentáveis e sua forte conexão com as comunidades colocará o movimento cooperativista em destaque na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30). Realizado pela primeira vez no Brasil, em Belém (PA), o evento buscará o comprometimento de líderes mundiais com ações urgentes para conter a crise climática, além da garantia de financiamento para adaptação em regiões e comunidades mais afetadas pelas mudanças do clima.
As cooperativas darão sua contribuição ao debate com soluções concretas em energia limpa, agricultura de baixo carbono, gestão de resíduos, finanças sustentáveis, segurança alimentar e bioeconomia. “Vamos apresentar propostas e posicionamentos construídos coletivamente no Manifesto do Cooperativismo Brasileiro para a COP30 e cases que mostram como ações locais de combate à mudança do clima geram impactos globais”, antecipou o coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, Alex Macedo.
De 10 a 21 de novembro, o cooperativismo participará da COP30 tanto no espaço oficial de negociação, a Blue Zone, quanto na área dedicada à sociedade civil, Green Zone; além de presença estratégica na Agri Zone, organizada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e em eventos de instituições parceiras do coop.
Leia a entrevista completa com o coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, Alex Macedo:
Sistema OCB: Qual será o papel do cooperativismo COP30?
Alex Macedo: A COP30 é o maior evento global sobre mudanças climáticas e, por ser realizada em Belém (PA), no coração da Amazônia, representa um marco simbólico e estratégico para o Brasil. A participação do cooperativismo brasileiro na COP30 tem como objetivo posicionar o setor como parceiro estratégico da transição climática global, reforçando sua contribuição para uma economia de baixo carbono e sua inserção nos mecanismos internacionais de financiamento e governança ambiental.
Em quais espaços as cooperativas brasileiras estarão representadas no evento?
O Sistema OCB coordenará a presença das cooperativas em múltiplos ambientes. Na Agri Zone (Embrapa), por exemplo, teremos o Pavilhão do Cooperativismo, um espaço de 300 metros quadrados (m²) que funcionará por duas semanas com exposições, oficinas, feiras, painéis e encontros institucionais, destacando o papel das cooperativas do agro e do crédito.
Já nosso espaço na Green Zone foi construído em parceria com a ONU. Trata-se de um pavilhão próprio de 100 m² e uma programação de painéis temáticos, alinhados aos eixos do Manifesto do Cooperativismo Brasileiro (transição energética, segurança alimentar, bioeconomia, adaptação climática e financiamento sustentável).
Além disso, teremos na Green Zone participação em painéis promovidos por parceiros como o Consórcio Amazônia, ABDI, CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) e Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). Adicionalmente, haverá presença das coops no Pavilhão Brasil, na Casa do Seguro, reforçando o vínculo entre inovação, mitigação de riscos climáticos e proteção da produção agrícola.
Quais as atividades do Sistema OCB programadas para a COP30?
A programação está estruturada em torno de um plano que combina representação institucional, disseminação de conhecimento e exposição de cases. As atividades confirmadas até agora são:
Painéis temáticos nos espaços oficiais, com a presença de representantes das coops e especialistas em sustentabilidade;
Apresentações de casos de sucesso, selecionados a partir de um edital nacional que recebeu 100 cases de 60 cooperativas;
Exposição e comercialização de produtos e marcas cooperativas nos pavilhões oficiais;
Ações de relacionamento e imprensa, garantindo ampla cobertura midiática e visibilidade internacional;
Eventos comemorativos pelo Ano Internacional das Cooperativas, reforçando o papel do setor como vetor da transição justa e sustentável.
Como foi a escolha dos cases cooperativistas para a COP30?
Selecionamos casos que representam não só inovação e impacto, mas também diversidade de ramos e de territórios. Os critérios de escolha das coops consideram cinco dimensões principais: impacto ambiental mensurável; potencial de replicabilidade e contribuição à agenda climática global; inovação tecnológica e integração com as metas de neutralidade de carbono; engajamento comunitário e inclusão social; e aderência aos eixos do Manifesto do Cooperativismo Brasileiro para a COP30.
Quais são os resultados esperados pelo cooperativismo brasileiro na COP30?
Com a participação das coops, o Sistema OCB busca o reconhecimento e a valorização do cooperativismo como aliado da transição justa. Nesse sentido, o movimento deve ser reconhecido como ator estratégico dessa transição, representando milhões cooperados e produtores – sobretudo pequenos e médios – que estão na base da segurança alimentar, da conservação ambiental e da inovação rural. E um dos motivos é que as cooperativas já desenvolvem soluções práticas de mitigação e adaptação climática, promovendo inclusão, geração de renda e sustentabilidade territorial.
Além disso, esperamos que as cooperativas sejam integradas de forma estruturada à implementação das NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas) e aos espaços de governança climática, em níveis nacional e subnacional, pois essa inclusão amplia a capilaridade e legitimidade das políticas públicas, garantindo que as ações climáticas cheguem aos territórios, propriedades e comunidades locais. Acreditamos que o cooperativismo oferece infraestrutura institucional, escala e capacidade técnica para apoiar metas de energia renovável, bioeconomia, manejo sustentável e restauração de áreas degradadas, consolidando a ideia de que a ação climática eficaz depende da ação coletiva e organizada. Por fim, defendemos que haja financiamento e valorização econômica da sustentabilidade, pois ela precisa ser reconhecida não como custo, mas como modelo de negócio do futuro.
Quais as contribuições do cooperativismo para a agenda climática?
As cooperativas promovem inclusão social, desenvolvimento territorial e organização social nas comunidades onde estão inseridas. A sua capilaridade e o alcance das suas redes de assistência permitem que o cooperativismo se torne uma plataforma poderosa para o financiamento climático e a implementação de práticas sustentáveis em áreas como agricultura, energia renovável, gestão de resíduos e conservação ambiental.
Nas cooperativas agropecuárias, práticas de agricultura de baixo carbono, integração lavoura-pecuária-floresta e uso eficiente da água reduzem emissões e aumentam a resiliência do solo. No setor energético, cooperativas têm instalado usinas solares e biodigestores, para levar energia limpa a comunidades inteiras. No crédito, as coops democratizam o acesso a recursos climáticos e fomentam projetos de descarbonização.
Além disso, o cooperativismo atua na capacitação e conscientização: programas como a Solução Neutralidade de Carbono e os cursos ambientais da plataforma CapacitaCoop têm preparado centenas de cooperativas para medir emissões, desenvolver inventários e criar planos de mitigação.
Portanto, ao integrar a agenda ambiental em suas práticas, as cooperativas desempenham um papel crucial na justiça climática, promovendo a adaptação das comunidades, a mitigação dos impactos ambientais e a ampliação do acesso a recursos e tecnologias mais sustentáveis.
Como esse impacto cooperativo na ação climática se dá em âmbito local?
Ao nascerem das necessidades das próprias comunidades, as cooperativas assumem como prioridade a sustentabilidade do território em que atuam. Em pequenas comunidades rurais, por exemplo, vemos cooperativas que implantam sistemas agroflorestais e projetos de bioeconomia, que conciliam a geração de renda e a preservação da biodiversidade. Em áreas urbanas, cooperativas de catadores transformam resíduos em fonte de renda e reduzem a poluição.
Essas ações locais geram impactos globais. Uma usina solar que abastece uma escola em Santarém (PA) ou uma cooperativa que implanta biodigestores em Assis Chateaubriand (PA), reduzindo custos ou emissões, vão além – elas mostram que é possível um desenvolvimento que respeita os limites do planeta.
O cooperativismo, nesse sentido, é uma verdadeira ponte entre o local e o global: soluções que nascem na comunidade, mas reverberam em todo o planeta. O futuro será cooperativo ou simplesmente não será sustentável, porque só a cooperação é capaz de equilibrar o que produzimos, o que consumimos e o que deixamos como legado.
06/11/2025
SABER COOPERAR
PodCooperar: nova temporada mostra futuro sustentável com cooperativismo
A nova temporada do PodCooperar, podcast do Sistema OCB, traz narrativas reais que mostram como o cooperativismo brasileiro impulsiona a transformação sustentável nos mais diversos setores, por meio de iniciativas inovadoras, inclusivas e alinhadas às melhores práticas.
“Falar sobre temas ambientais, sociais e de governança se tornou algo cotidiano. O que muitos ainda desconhecem é que o cooperativismo já incorpora esses valores há anos. E não haveria oportunidade mais simbólica para revelar essas experiências do que durante o Ano Internacional das Cooperativas e no momento em que o Brasil sedia, pela primeira vez, a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30)”, destaca Samara Araujo, gerente de Comunicação e Marketing do Sistema OCB.
Com oito episódios, a nova temporada leva o público a uma jornada pelo Brasil que prospera com o cooperativismo. A série viaja pela Amazônia, onde cooperativas fortalecem a bioeconomia e preservam a floresta; apresenta o protagonismo feminino na produção de cafés sustentáveis em Minas Gerais; e revela soluções inovadoras que transformam resíduos em energia no Sul do país. Os conteúdos também exploram iniciativas de construção verde, mobilidade sustentável e boas práticas de governança.
“Esta edição do PodCooperar reafirma o compromisso do movimento SomosCoop em ampliar a visibilidade de um modelo de negócios que alia crescimento econômico a impactos sociais e ambientais positivos. Os novos episódios evidenciam como os princípios cooperativistas dialogam diretamente com as práticas ESG, por meio de histórias de comunidades e regiões que evoluíram com o apoio das cooperativas”, completa Samara Araujo.
Conheça os novos episódios do PodCooperar:
Ep. 1 — Floresta em pé (Cooperacre)
Você vai conhecer a história da Cooperacre, uma central de cooperativas no Acre que prova que é possível gerar riqueza e manter a floresta em pé. A trajetória de extrativistas como Seu Raimundo apresenta como a coop aprendeu, com a natureza, produzir sem desmatar. Além disso, você vai descobrir parcerias inovadoras, que valorizam desde a borracha sustentável até a castanha, estão garantindo renda para centenas de famílias e, ao mesmo tempo, incentivando a preservação.
Ep. 2 — Inovação a favor da sustentabilidade (Cooates)
Do verde da Amazônia, viajamos para o litoral sul de Pernambuco. Lá, a Cooates se tornou uma referência em recuperação ambiental. O episódio vai revelar como a cooperativa assumiu a gestão do maior viveiro de mudas do Nordeste, no Complexo do Porto de Suape, e está reflorestando áreas degradadas da Mata Atlântica e da Caatinga. Você vai entender como eles transformaram agricultores em verdadeiros "produtores de água", remunerados para recuperar nascentes, e como a inovação na apicultura está levando o mel de floradas nativas para o mercado internacional.
Ep. 3 — Bioenergia no combate ao aquecimento global (Frimesa)
Como uma das maiores processadoras de carne suína do Brasil pode liderar a transição para uma matriz energética 100% limpa? O terceiro episódio responde a essa pergunta ao apresentar o case da Frimesa, no Paraná. A cooperativa transformou um desafio ambiental do descarte de dejetos da produção em uma solução energética revolucionária. Ao converter resíduos em biogás para substituir combustíveis fósseis em suas operações, a Frimesa não apenas reduziu drasticamente suas emissões de gases de efeito estufa, mas também preservou a economia.
Ep. 4 — Arquitetura do futuro (Sicredi Dexis)
Este episódio conta a história da sede da Sicredi Dexis, o primeiro prédio verde do interior do Paraná, com certificações de sustentabilidade do mais alto nível mundial: o LEED Platinum. O edifício gera sua própria energia, capta água da chuva e foi projetado para garantir o máximo de bem-estar para colaboradores e associados.
Ep. 5 — Inclusão feminina no campo (Coopfam)
As montanhas de Poço Fundo, em Minas Gerais, trazem histórias de superação, igualdade e sabor com as mulheres da Coopfam, que transformaram a dor da perda em um movimento de empoderamento. Lideradas por pioneiras como Dona Maria José, elas criaram o "Café Feminino Sustentável", um produto orgânico e de alta qualidade, 100% produzido por elas.
Ep. 6 — Extraindo jóias da floresta (Xambiart)
Este episódio nos leva para conhecer a biodiversidade do Tocantins, com a Xambiart. A cooperativa transforma sementes, fibras, cocos e madeiras locais em peças de artesanato únicas, que carregam a identidade cultural da região. Além de ser premiada por suas práticas de economia solidária, a Xambiart também mostra como é possível gerar trabalho e renda de forma sustentável, valorizando os recursos naturais sem esgotá-los e fortalecendo os laços comunitários por meio da arte.
Ep. 7 — Frota verde (Coopmetro)
A redução de emissão de gases do efeito estufa é um dos principais desafios ambientais do ramo Transporte. Em Minas Gerais, a maior cooperativa de transporte de cargas do Estado mostrou ser possível mudar de rota. O episódio detalha a jornada de transição energética da cooperativa, que começou com a substituição de veículos a diesel por versões mais limpas, movidos com gás natural, etanol e até energia elétrica. Já são mais de 1.600 veículos rodando com fontes de energia mais ecológicas — combustível para um futuro com menos impacto ambiental.
Ep. 8 — Resultados transparentes (Unimed do Brasil)
Saiba como uma gigante do cooperativismo de saúde, a Unimed do Brasil, aplica os princípios ESG em sua essência. O episódio vai além dos consultórios para mostrar como o investimento em ações sociais, culturais e de valorização das equipes se traduz em bem-estar para toda a comunidade, além dos resultados dos relatórios de sustentabilidade.
Ouça o PodCooperar no Spotify ou acesse o podcast no site do SomosCoop.
03/11/2025
SABER COOPERAR
Cooperativismo brasileiro é destaque em prêmios nacionais e internacionais de sustentabilidade
Às vésperas da COP30, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que será realizada em Belém (PA), o papel do cooperativismo para um futuro mais sustentável ganha destaque - especialmente por sua contribuição para a ação climática. As cooperativas estão na linha de frente da transição energética, bioeconomia e agricultura de baixo carbono, além de atuarem em outras frentes de descarbonização da economia.
Além da ação climática, as coops brasileiras têm se dedicado a adotar práticas que conciliam desenvolvimento econômico, preservação ambiental e bem-estar social, contribuindo para a sustentabilidade em todas as suas dimensões. Essa atuação consistente é reconhecida dentro e fora do país, com projetos e iniciativas premiadas.
Conheça 5 cooperativas brasileiras premiadas por ações sustentáveis:
1 - Crédito verde
Um dos desafios para que as ações de combate às mudanças climáticas saiam do papel é o financiamento. Pelo seus esforços em apoiar projetos que têm a sustentabilidade como pilar, o Sicredi foi premiado, em 2023, com o Environmental Finance Impact Awards, na categoria Lender of the Year, ou “Credor do Ano”.
O reconhecimento é resultado da atuação do sistema cooperativista no financiamento de projetos de impacto ambiental em todo o Brasil, entre eles iniciativas de energias renováveis, eficiência energética, agricultura sustentável e pequenas e microempresas. O prêmio é concedido pela revista britânica Environmental Finance, especializada em conteúdo voltado para investimentos sustentáveis. A honraria valoriza o trabalho de investidores de impacto em todo o mundo, destacando as melhores práticas em diferentes setores e regiões do mundo. O júri é composto por investidores, juntamente com a equipe editorial da revista.
2 - Floresta em pé
A produção sustentável, com respeito aos saberes tradicionais e ao manejo florestal, é o foco do trabalho da Cooperativa Reca - Reflorestamento Econômico Consorciado e Adensado, fundada no fim da década de 1980 por agricultores familiares de Rondônia. No município de Nova Califórnia, na divisa entre Rondônia, Acre, Amazonas e Bolívia, a cooperativa produz polpas de frutas, óleos e sementes que são vendidos para todo o país.
O sistema de agroflorestas, que gera renda para cerca de 300 famílias da região – ao mesmo tempo em que preserva a mata nativa – foi reconhecido em 2023 em um prêmio concedido pela Natura, uma das maiores empresas de cosméticos do mundo. A premiação celebra organizações, dentro e fora do Brasil, que se destacam em um dos pilares que compõem o programa EMBRACE, voltado aos fornecedores de matérias-primas utilizadas nos produtos da marca. A Cooperativa Reca foi reconhecida por fornecer insumos de alta qualidade, a partir de práticas inovadoras voltadas para a preservação ambiental e a promoção da sociobiodiversidade na Amazônia.
3 - Produção sustentável
No Paraná, a Coopavel iniciou suas atividades na década de 1970 focada na produção de grãos. Hoje, com quase 5 mil cooperados e presença em mais de 20 municípios paranaenses, a cooperativa tem forte atuação na suinocultura e avicultura, com um olhar atento para as práticas sustentáveis. Em 2024, uma dessas ações – a modernização da Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) de uma unidade de produção em Juvinópolis – levou a coop ao primeiro lugar da Open Farm Awards, promovido pela multinacional Cargill.
Com a implantação do projeto, os efluentes líquidos gerados na produção de suínos passam por um tratamento para que sejam adequados ao padrão de lançamento, sem causar danos ao meio ambiente. O sistema permite o reuso de parte do efluente tratado em outras atividades da unidade, como a higienização das instalações, reduzindo o consumo de água potável. O biogás extraído do processo também é reaproveitado na geração de energia.
4 - Controle de poluentes
Em mais um exemplo de alinhamento do cooperativismo agropecuário brasileiro com a produção sustentável, a Aurora Coop conquistou o primeiro lugar do 30º Prêmio Expressão de Ecologia, na categoria “Controle da Poluição”. A iniciativa é uma das maiores premiações ambientais do país no segmento empresarial.
A Aurora Coop é uma central que reúne 14 cooperativas singulares, presentes nos estados de Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul, em mais de mil municípios. O projeto que levou a Aurora ao pódio foi o de modernização e ampliação das estações de tratamento de efluentes líquidos em unidades no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Foram investidos mais de R$ 40 milhões na mudança, que marcou a história da cooperativa pela adoção de novos conceitos e tecnologias que devem ser replicados em futuras instalações.
5 - Tecnologia com propósito
O investimento consistente do Sicoob em tecnologia nos últimos anos levou a cooperativa a se tornar pioneira em várias soluções que oferece ao mercado e aos seus cooperados. O resultado também se reflete na área da sustentabilidade, com reconhecimento internacional. O sistema cooperativista esteve entre os finalistas do DCD Latam Awards 2025, promovido pelo Data Center Dynamics.
O Sicoob se destacou em duas categorias: Enterprise Data Center Evolution e Energy Impact, com projetos que buscam modernizar os seus data centers, com melhorias que visam a inovação, sustentabilidade e consumo energético eficiente.
31/10/2025
SABER COOPERAR
Parcerias que transformam: com intercooperação, cooperativas colocam ODS 17 em prática
Enfrentar desafios globais como fome, pobreza, desigualdade e mudanças climáticas exige colaboração. Para mobilizar recursos, conhecimento e tecnologias para essa tarefa, a Organização das Nações Unidas (ONU) definiu o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 17, que trata de parcerias para viabilizar as demais metas e construir um mundo melhor. No cooperativismo, essa aliança tem nome: intercooperação. Por meio dela, o setor implementa ações que geram impacto econômico, social e desenvolvimento sustentável.
“As cooperativas são fundamentais para o cumprimento dos ODS e podem fortalecer os meios de implementação com seus valores e princípios, tornando os processos mais eficazes e participativos”, destaca o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
Maior mobilização de voluntariado do cooperativismo brasileiro, o Dia de Cooperar (Dia C) é um exemplo nacional de parceria pelo bem comum. Todos os anos, milhares de cooperativas se unem para realizar ações socioambientais que, apenas em 2024, beneficiaram 5,54 milhões de pessoas, segundo dados do AnuárioCoop 2025.
O Sicoob Central ES, sistema regional com atuação no Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia, participa do Dia C com ações sociais articuladas entre suas seis cooperativas. Este ano, os voluntários promoveram mais de 70 projetos – como atividades culturais, serviços gratuitos, lazer e educação – alcançando diretamente cerca de 25 mil pessoas em 57 municípios. As ações estão ligadas ao ODS 3 – Saúde e bem-estar, ODS 4 – Educação de qualidade, ODS 10 – Redução das desigualdades, entre outros.
“Mais do que somar esforços, a intercooperação representa o entendimento de que o desenvolvimento sustentável depende da articulação entre atores locais comprometidos com a transformação social”, afirma a diretora de Recursos Humanos e Sustentabilidade da central, Sandra Kwak.
Além das ações conjuntas internas, o Sicoob Central ES atua com outras cooperativas e parceiros institucionais para promoção de ações sociais e comunitárias, em uma articulação multissetorial, uma das ferramentas previstas no ODS 17. No programa Bikes, por exemplo, a central de cooperativas de crédito viabiliza, junto com a Unimed e a empresa Serttel, o compartilhamento de bicicletas para melhorar a mobilidade urbana em Vitória e Vila Velha, contribuindo para o ODS 11 – Cidades e comunidades sustentáveis.
“A intercooperação faz parte da nossa essência como instituição cooperativa. Acreditamos que parcerias são fundamentais para promover o desenvolvimento sustentável e ampliar nosso alcance social. Essas experiências demonstram que, ao unirmos competências e propósitos, conseguimos gerar transformações significativas para os territórios onde atuamos”, destaca a gestora.
Desde 2019, o Sicoob Central ES também apoia instituições do terceiro setor por meio do Edital de Projetos Sociais, que financia ações de cultura, empreendedorismo, educação e esporte. O programa já investiu quase R$ 20 milhões e impactou diretamente cerca de 500 mil pessoas, fortalecendo instituições comprometidas com o desenvolvimento das regiões onde atuam.
Intercooperação no campo
No Sul do Brasil, a Central de Negócios da Federação das Cooperativas Agropecuárias de Santa Catarina (Fecoagro) atua com intercooperação para melhorar a produtividade e os resultados de 72 mil produtores rurais cooperados, contribuindo para o ODS 2 – Fome zero e agricultura sustentável, ODS 8 – Trabalho decente e crescimento econômico e ODS 12 – Consumo e produção responsáveis.
A central realiza negociações conjuntas que superaram R$ 1,64 bilhão em 2024, com R$ 47,8 milhões em economia gerada no período. De acordo com o diretor executivo da federação, Ivan Ramos, a união fortalece a competitividade das cooperativas agropecuárias catarinenses e amplia sua capacidade de investimento e inovação.
“A Fecoagro conecta suas ações regionais às metas globais de desenvolvimento sustentável, entre elas o ODS 17, que trata de intercooperação. Essas práticas reforçam nosso compromisso em gerar valor compartilhado, equilibrando resultados econômicos, inclusão social e preservação ambiental”.
Em outra frente de cooperação para apoiar os produtores, a federação tem parcerias institucionais como o Programa Terra Boa, junto ao Governo de Santa Catarina, que facilita o acesso a sementes, fertilizantes e outros insumos para melhorar a produtividade e a renda. Há mais de 25 anos, a aliança entre o poder público e a cooperativa vem gerando impacto econômico e social em larga escala e já beneficiou mais de 58 mil agricultores da região.
“A atuação da Fecoagro dialoga com a Agenda Global de Sustentabilidade e foi estruturada a partir de uma rede de parcerias com outras cooperativas, governo e outras instituições, mostrando que o trabalho em conjunto gera impacto econômico e social significativo para a região e para as pessoas”, destaca Ramos.
Saiba mais sobre a contribuição do coop para os ODS no infográfico Como as cooperativas constroem um mundo melhor? Acesse aqui!
23/10/2025
SABER COOPERAR
“DICC é oportunidade de propagar cooperativas de crédito”, diz coordenador
Um futuro mais próspero começa com cooperação. Com esse olhar, o mundo celebra hoje (16/10) o Dia Internacional das Cooperativas de Crédito (DICC) – data que, desde 1948, reconhece a contribuição das instituições financeiras cooperativas para o desenvolvimento socioeconômico e seu papel como agentes de transformação.
Este ano, o mote da campanha global liderada pelo Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito (WOCCU, na sigla em inglês) é “Cooperação por um mundo próspero”. No Brasil, o Sistema OCB e os sistemas cooperativos de crédito se uniram em uma mobilização de intercooperação para aproximar o tema da realidade brasileira e mostrar o impacto do segmento para a inclusão e o desenvolvimento no país.
A ideia foi traduzida em uma pergunta simples e que está no cotidiano de milhões de pessoas, mas com uma resposta inovadora: “No crédito ou no débito? No coop!” Com linguagem acessível, a campanha lembra que escolher o cooperativismo tem um impacto coletivo: movimenta a economia, fomenta negócios locais e promove a prosperidade compartilhada.
“Com a ação unificada, queremos que nossas estruturas, nossas cooperativas, estejam alinhadas. Que as iniciativas sejam coordenadas e a gente consiga propagar de forma muito clara e didática para a sociedade o que é o cooperativismo de crédito, seus princípios, seus objetivos, e, claro, alcançar o maior número de pessoas”, explica o coordenador do Ramo Crédito no Sistema OCB, Thiago Borba.
A campanha para o DICC 2025 terá ações coordenadas nas redes sociais do SomosCoop, com postagens em colaboração com Sicoob, Sicredi, Unicred, Cresol, Ailos e Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop) e chamado ao engajamento de cooperativas de crédito, tanto as filiadas a sistemas quanto as independentes.
Em entrevista ao Sistema OCB, Borba explica a importância do DICC e de que forma o cooperativismo de crédito brasileiro gera prosperidade e transforma o futuro do país. Leia a seguir:
Sistema OCB: Qual é a importância de uma data mundial para celebrar o cooperativismo de crédito?
Thiago Borba: É um momento em que todos os envolvidos no cooperativismo de crédito, ou seja, um movimento de milhões de pessoas, relembram a causa que os une. O DICC é um movimento mundial que, pelo seu alcance, chama a atenção de toda a sociedade, inclusive de pessoas que ainda não estão dentro do cooperativismo. Nós mostramos que existe um modelo de instituição financeira que trabalha em uma linha mais democrática, sustentável e inclusiva.
Como o Sistema OCB mobiliza as cooperativas brasileiras para a data?
Isso acontece por meio de conversas nos fóruns em que os sistemas cooperativos de crédito estão presentes. Buscamos alinhar estratégias e a comunicação. É claro que cada coop e sistema tem a sua característica, sua particularidade, mas a intenção é garantir uma identidade. Também buscamos desenvolver ações e iniciativas de modo coordenado para engajar os diferentes públicos, de forma que nos dê mais força, mais alcance.
Quais os principais objetivos da mobilização nacional deste ano para o DICC?
O que nós sempre buscamos é o engajamento, esse ano não vai ser diferente. Que as iniciativas sejam coordenadas e a gente consiga propagar de uma forma muito clara e didática para a sociedade o que é o cooperativismo, seus princípios, seus objetivos e, obviamente, alcançar o maior número de pessoas. Precisamos fazer com que o cooperativismo de crédito seja mais conhecido pela sociedade, pelos gestores, pelos tomadores de decisão e criadores de políticas públicas. Temos que ser claros na nossa mensagem para explicar nossos diferenciais, porque não somos uma instituição financeira como outra qualquer.
O mote do DICC 2025 é o papel das cooperativas financeiras para um mundo próspero. Como isso acontece na prática?
Nosso propósito é estar presente onde instituições financeiras de outra natureza societária não estão. Essa forma de atuação mostra claramente a preocupação do cooperativismo de crédito com a inclusão financeira. E nós demonstramos isso por meio de números: fisicamente, as cooperativas de crédito estão em aproximadamente 60 a 70% dos municípios brasileiros. E mais: dos 5.570 municípios, em 469 deles, as cooperativas de crédito são a única instituição financeira no local. Então, em quase 10% dos municípios brasileiros, enquanto outros agentes bancários se retiram e migram para o virtual, nós permanecemos. Sabemos que, muitas vezes, o brasileiro não tem acesso a essas ferramentas digitais, por isso as cooperativas continuam expandindo a sua presença e a sua atuação, inclusive fisicamente.
No Brasil, a questão da inclusão financeira tem alguma particularidade em relação ao restante do mundo?
Essencialmente, a característica geográfica que a gente tem é um desafio. Estamos em um país de dimensões continentais, com culturas completamente distintas. A própria ocupação dos territórios é um traço que, muitas vezes, facilita ou dificulta a entrada do cooperativismo. Há algum tempo temos trabalhado no fortalecimento do cooperativismo de crédito de forma mais contundente nas regiões Nordeste e Norte. Com o propósito de levar a inclusão, bancarização e desenvolvimento local, temos trabalhado fortemente para que o cooperativismo se desenvolva cada vez mais nessas regiões. Muito em breve, teremos indicadores de market share, de penetração, similares ao que já temos no Sul e em alguns estados da região Centro-Oeste.
Como a estratégia de investir no atendimento físico, e não apenas nos serviços digitais, se conecta com os princípios do cooperativismo?
Nesse aspecto, temos o casamento de uma necessidade com um diferencial. Ainda temos a necessidade de comunicar para a sociedade o que é o cooperativismo. E a presença física tem esse potencial: “Olha, cheguei, estou aqui no seu município, sou o Sistema X, sou uma cooperativa de crédito”. E um traço muito característico do cooperativismo de crédito é a confiança. O relacionamento virtual ainda não está maduro o suficiente na sociedade brasileira para transmitir confiança entre partes, entre a instituição financeira e o seu cooperado. Essa presença olho no olho é importante, em especial para alguns públicos atendidos pelas cooperativas de crédito, como o cooperado rural, que tem essa necessidade do aperto de mão e da confiança, eles precisam desse acesso. Precisam conhecer quem é o presidente, o diretor, o gerente que o atende. Essas características continuam impulsionando o cooperativismo de crédito para que a gente avance na ocupação territorial física.
Como valorizar esses diferenciais das cooperativas de crédito e ampliar o conhecimento sobre elas?
Desde a pessoa que está ali no posto de atendimento, o segurança que cuida da porta giratória da agência, o presidente da cooperativa, as instituições de representação, sejam estaduais ou a OCB Nacional, todos têm que entender qual é o propósito da instituição em que trabalha. Temos que ter uma comunicação muito fluida, linear e homogênea sobre o que a gente é, porque existimos e qual é o nosso diferencial.
Assista ao vídeo da campanha do Dia Internacional das Cooperativas 2025:
16/10/2025
Todos os ramos
Agropecuário
Consumo
Crédito
Infraestrutura
Saúde
Seguros
Trabalho, Produção de Bens e Serviços
Transporte
LGPD
24/11/2025
Alerta para coops: ANPD lança Painel de Fiscalização
A Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD) disponibilizou publicamente seu novo Painel de Fiscalização, uma ferramenta interativa em Power BI que reúne dados consolidados sobre processos de monitoramento, fiscalização e procedimentos administrativos sancionadores. A iniciativa marca um avanço importante na transparência regulatória e permite que a sociedade identifique quais organizações (cooperativas, empresas ou órgãos públicos) estão respondendo a processos administrativos em razão de possíveis descumprimentos da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais – LGPD.
Os dados atualmente disponíveis no painel mostram que já foram instaurados 81 (oitenta e um) processos administrativos pela ANPD, com objetivo de monitorar atividades relacionadas ao tratamento de dados pessoais, fiscalizar e aplicar penalidades. Os 3 temas mais comuns relacionados aos processos são:
Direitos das pessoas: não atendimento dos direitos previstos na LGPD (como acesso aos dados pessoais, informações sobre compartilhamento, eliminação e outros) ou atendimento inadequado.
Bases legais e conformidade documental: ausência de bases legais (previstas nos artigos 7º e 11 da LGPD) para justificar atividades envolvendo tratamento de dados pessoais, bem como ausência ou insuficiência de detalhamento no Registro das Operações de Tratamento de Dados Pessoais (documento obrigatório para a conformidade com a LGPD).
Falhas de segurança e incidentes: ausência de medidas básicas de prevenção a incidentes de segurança ou ausência de comunicado adequado para ANPD, nos casos em que obrigatório (ou seja, naqueles em que o incidente pode causar danos ou riscos relevantes para as pessoas).
O Portal demonstra que a ANPD está ampliando a visibilidade e o acompanhamento externo de suas ações de fiscalização. Isso reforça que cooperativas que ainda não concluíram sua adequação à LGPD devem fazê-lo com a máxima urgência. O ambiente regulatório está mais transparente e estruturado, o que deve aumentar as consequências negativas para quem não está em conformidade.
O que as cooperativas devem fazer agora?
Reforçar seus programas de governança em privacidade e proteção de dados.
O DPO deve ser formalmente designado, com atribuições claras e acesso à alta administração (a cooperativa deve garantir que o encarregado possa exercer adequadamente sua função, o que inclui: autonomia técnica; recursos mínimos (humanos, financeiros e tecnológicos); não acúmulo de funções que gerem conflito de interesses; capacidade de interagir diretamente com a ANPD quando necessário; participação nos processos decisórios que envolvam dados pessoais; capacidade de atualizar políticas internas, bases legais, registro das operações e mecanismos de resposta a titulares.
Estruturar evidências de conformidade, já que a ausência de documentação é uma das causas frequentes de abertura de processos.
Preparar equipes e lideranças para responder a fiscalizações, que tendem a se tornar mais frequentes.
Com a atuação da ANPD cada vez mais visível e estruturada, a falta de adequação completa à LGPD ou a manutenção de práticas superficiais de governança expõe as cooperativas a um risco regulatório significativo. A boa notícia é que o risco pode ser integralmente tratado a partir da adoção das ações acima exemplificadas e de outras que apresentamos aqui no LGPD no Cooperativismo.
LGPD
23/11/2025
STF redefine a responsabilidade das plataformas digitais
O Supremo Tribunal Federal (STF) publicou recentemente o acórdão que confirma a decisão pela inconstitucionalidade parcial do artigo 19 do Marco Civil da Internet (Lei nº 12.965/2014).
LGPD
ECA Digital entra em vigor em março de 2026: o que as cooperativas precisam saber
No dia 17 de setembro de 2025, foi sancionada a Lei nº 15.211/2025, conhecida como ECA Digital, que moderniza a proteção de crianças e adolescentes em ambientes virtuais.
30/09/2025
LGPD
Videomonitoramento e proteção de dados
A presença de câmeras de segurança tem sido cada vez mais frequente em todos os lugares, inclusive nas cooperativas, que, evidentemente, se preocupam com a segurança de seus ambientes.
26/06/2025
LGPD
Agentes de Tratamento de Pequeno Porte
Todas as organizações, sem exceção, devem cumprir a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
29/05/2025
LGPD
Gestão de terceiros e LGPD
A proteção de dados pessoais não se limita apenas ao ambiente interno da cooperativa.
18/04/2025
LGPD
Cuidados com Dispositivos Móveis
Os dispositivos móveis estão cada vez mais presentes em nossas rotinas de trabalho. Hoje, nossos celulares são ferramentas indispensáveis, essenciais para contato com cooperados, clientes, colaboradores e parceiros.Mas temos de lembrar que os dispositivos móveis estão expostos a ameaças de segurança que podem comprometer dados pessoais e informações confidenciais. Não é à toa que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) fala muito em segurança, embora não nos diga quais medidas tomar para alcançá-la.Confira algumas das boas práticas em segurança de dispositivos móveis.
1. Mantenha Tudo Atualizado
Tanto o sistema operacional quanto os aplicativos devem ser mantidos atualizados. Atualizações não só adicionam novos recursos, mas também corrigem falhas de segurança. Sempre que uma vulnerabilidade é descoberta, os desenvolvedores correm para lançar uma atualização que a corrija. Se você deixa as atualizações do seu dispositivo em segundo plano, o seu dispositivo pode ser comprometido.
2. Bloqueio de tela
Além das ameaças que vem por meio da internet, também temos de pensar na segurança física do seu dispositivo. Isso começa no bloqueio de tela. Use algum método de bloqueio, de preferência uma senha. Essa é a sua primeira linha de defesa contra acessos não autorizados, especialmente em caso de perda ou roubo do dispositivo. Importante! Configure seu dispositivo para que ele seja automaticamente bloqueado após um período de inatividade.
3. Instale Apenas Aplicativos Oficiais
Evite colocar seu dispositivo em risco com aplicativos de fontes duvidosas. É recomendado baixar apps apenas das lojas oficiais (Google Play Store ou App Store). Se o dispositivo for corporativo, sempre consulte a equipe de TI antes de instalar novos aplicativos.
4. Remova Aplicativos Não Utilizados
Cada aplicativo instalado em seu dispositivo pode trazer consigo riscos e vulnerabilidades próprias. Muitos aplicativos pedem permissões excessivas ou não são mais atualizados, o que aumenta a superfície de ataque do seu dispositivo. Por isso, remova aplicativos que você não usa.
5. Cuidado com Redes Wi-Fi Públicas
Usar redes públicas de Wi-Fi, por exemplo, em restaurantes ou cafeterias, aumenta os riscos de segurança do seu dispositivo. Pessoas com acesso à mesma rede que você tem maior chance de interceptar informações e de comprometer o seu aparelho. Caso não tenha acesso a uma rede confiável, priorize o acesso à internet por dados móveis e evite ao máximo usar redes públicas.
6. Rastreamento de Dispositivo
Ative funções de localização remota em seu dispositivo. Ferramentas como "Encontrar Meu iPhone" (para iOS) ou "Encontre Meu Dispositivo" (para Android) permitem rastrear seu celular e bloquear o acesso em caso de roubo ou perda. Assim, mesmo que o dispositivo seja perdido, você terá a chance de proteger suas informações à distância.
7. Antivírus
A instalação de um antivírus no seu dispositivo móvel é recomendada para a proteção contra malwares. Ele oferece uma camada extra de segurança, especialmente quando você baixa aplicativos ou navega na internet. A proteção adicional pode prevenir ataques e manter seu aparelho mais seguro.
Não esqueça
A segurança dos dispositivos móveis da sua cooperativa depende das suas ações. Se você adotar as práticas indicadas acima, você diminuirá dramaticamente os riscos.Gostou do tema? Nos acompanhe e fique por dentro das melhores práticas em Segurança da Informação.
24/03/2025
LGPD
Avança a fiscalização do uso de dados pessoais no Brasil
O tratamento de dados pessoais, apesar de essencial para as atividades de qualquer cooperativa, é um risco crescente. As ações de fiscalização da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) têm se intensificado, e as organizações que não cumprirem com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) estão sujeitas a multas expressivas e sanções administrativas. Confira os recentes movimentos da ANPD:
1️⃣ Coleta da Íris
Uma empresa estrangeira chamada Tools for Humanity têm coletado imagens da íris de brasileiros, em troca de compensações financeiras. A ANPD determinou a suspensão dessas compensações pela entrega das imagens, visto que o incentivo financeiro pode ser prejudicial ao livre consentimento. Ocorre que o consentimento para o tratamento de dados pessoais deve ser dado livremente, e não em troca de vantagem financeira. Agravando a situação, a íris é um dado biométrico, considerado dado pessoal sensível pela LGPD, de modo que seu tratamento exige cuidados adicionais.
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Para as cooperativas, essa ação da ANPD reforça a necessidade de cuidados específicos quando o tratamento de dados pessoais se justifica no consentimento. Há formas específicas de coletar o consentimento, que pode ser revogado a qualquer momento. Além disso, as cooperativas devem estar atentas que o tratamento de dados pessoais sensíveis exige cuidados redobrados e análises detalhadas dos riscos envolvidos no seu tratamento.
2️⃣ Redes de Farmácia
Em outro caso, a ANPD concluiu a fiscalização de redes de farmácias e exigiu ajustes como, por exemplo, facilitar o acesso dos titulares a informações sobre o tratamento dos seus dados. As farmácias também deverão entregar diversos documentos à Autoridade. Por ter identificado irregularidades, a ANPD também instaurou processo administrativo sancionador a fim de investigar a possibilidade de venda de perfis de consumo a partir do histórico de compras nas farmácias.
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Para as cooperativas, fica a lição de que dados pessoais devem ser tratados sempre com transparência e a partir de objetivos legítimos. Documentar as operações de tratamento de dados pessoais e adotar medidas efetivas de transparência é essencial para que a cooperativa se mantenha em conformidade com a lei.
3️⃣ Reconhecimento facial em estádios
A ANPD também está fiscalizando o uso de sistemas de reconhecimento facial por 23 clubes de futebol, que usam a tecnologia para a venda de ingressos e controle de entrada nos estádios. O reconhecimento facial depende do cadastro da biometria facial, que é um dado pessoal sensível. Por isso, seu tratamento exige uma série de cuidados especiais.
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As cooperativas também usam dados pessoais sensíveis. Mesmo que a biometria não seja utilizada, informações de saúde, etnia ou eventual filiação sindical são dados pessoais sensíveis, e o tratamento deve ser realizado a partir de fundamentos legais específicos.
Vamos com calma!
Se a sua cooperativa tem dúvidas, não se preocupe. Cada uma dessas iniciativas da ANPD envolve novas tecnologias e complexidades. Além disso, aplicar a legislação de proteção de dados pessoais no contexto dessas tecnologias requer uma cautela ainda maior.
O importante é saber que a ANPD está vigilante em relação às organizações que utilizam dados pessoais, incluindo as cooperativas. Acompanhe nossas publicações para manter sua organização informada e preparada.
26/02/2025
Todos os ramos
Agropecuário
Consumo
Crédito
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Saúde
Seguros
Trabalho, Produção de Bens e Serviços
Transporte
EVENTOS
10/12/2025
Tania Zanella recebe Prêmio Mérito Agropecuário e destaca força do IPA
Reconhecimento destaca trabalho integrado no Instituto e marca novo capítulo na liderança cooperativista no país
A presidente executiva da OCB, Tania Zanella, recebeu nesta quarta-feira (10), na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados (CAPADR), o Prêmio Mérito Agropecuário Deputado Homero Pereira, em nome do Instituto Pensar Agro (IPA), entidade que hoje representa 59 entidades de todas as cadeias do setor produtivo. A homenagem da comissão também contemplou a Aurora Coop e a Cooperativa Lar, duas das maiores cooperativas do país.
A edição 2025 do prêmio reuniu parlamentares, lideranças do setor produtivo e representantes de cooperativas. Criado em 2014, o prêmio reconhece personalidades e instituições que se destacam na defesa do agro brasileiro. O presidente da comissão, deputado Rodolfo Nogueira (MS), afirmou que a homenagem “imortaliza a contribuição de Homero Pereira, cuja trajetória marcou o desenvolvimento da agricultura nacional”.
Ao receber o prêmio, Tania enfatizou o caráter coletivo do trabalho do IPA. “Esse prêmio não é sobre o meu trabalho individual, mas sobre o trabalho das 59 entidades que compõem o Instituto Pensar Agro. Recebo essa distinção com alegria e responsabilidade”, afirmou.
Ela também destacou o papel do IPA como espaço de diálogo estruturado entre produtores, cooperativas e indústria. “O IPA é uma construção coletiva. Aliamos técnica, diálogo e consenso para apoiar com qualidade o trabalho da FPA”, complementou.
Reconhecimento parlamentar
Durante a solenidade, diversos parlamentares ressaltaram a relevância da atuação de Tania para o agro e para o cooperativismo brasileiro. O deputado Pedro Lupion (PR), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e membro da diretoria da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), afirmou que a presidente do IPA “demonstra diariamente capacidade, competência e habilidade de diálogo”.
Ainda segundo ele, a eleição de Tania para a presidência executiva do Sistema OCB “engrandece o cooperativismo brasileiro”. Lupion também destacou a presença de grandes lideranças do agro no evento, como o presidente da Cooperativa Lar, Irineo da Costa Rodrigues, e reforçou a relevância das cooperativas na economia nacional.
O diretor da Frencoop, deputado Evair de Melo (ES), afirmou que o reconhecimento é ‘mais do que merecido’. “Todas as conquistas das cooperativas e do agro passaram pela atuação dedicada e técnica do Sistema OCB e da equipe liderada por Tania”.
Já o deputado Domingos Sávio (MG), membro da Frencoop e cooperativista de longa trajetória, reforçou a importância da nova missão assumida por Tania no Sistema OCB. “Quero me unir aos colegas para cumprimentar Tania, que já realiza um trabalho brilhante no IPA e agora amplia sua missão na OCB. Como cooperativista, tenho muito orgulho do nosso sistema. Fundei cooperativas, presidi outras, e acompanho de perto o trabalho do sistema. Portanto, contem conosco.”
Parceria técnica e política com a FPA
Tania também destacou que o alinhamento entre técnica e articulação política tem sido determinante para avanços recentes no setor. “A FPA tem feito um trabalho brilhante, e o alinhamento entre técnica e articulação tem trazido conquistas importantes para o agro brasileiro”. Ela mencionou ainda o esforço de profissionalização do IPA em 2025, com foco em sustentabilidade institucional e qualificação da equipe.
Cooperativismo como vetor de desenvolvimento
Ao receber o prêmio em nome da Aurora Coop, Tania reforçou o papel das cooperativas no desenvolvimento regional e na inclusão produtiva. “A Aurora reúne mais de 100 mil famílias. Isso é cooperativismo: fortalecer comunidades, gerar renda e transformar realidades”. Ela lembrou que 72% das cooperativas agropecuárias brasileiras são formadas por agricultores familiares, evidenciando a forte base social do setor.
Sistema OCB
A homenagem ocorreu um dia após a aprovação do novo Estatuto Social da OCB, que instituiu um modelo dual de governança, separando funções estratégicas e executivas. Pelo novo modelo, Márcio Lopes de Freitas assumiu a Presidência do Conselho de Administração, enquanto Tania Zanella passou a ocupar a Presidência Executiva, tornando-se a primeira mulher a comandar a entidade — marco considerado histórico para o cooperativismo brasileiro.
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Senado aprova PL dos safristas
EVENTOS
10/12/2025
Senado aprova PL dos safristas
Projeto que protege beneficiários de programas sociais tem repercussão positiva para o setor produtivo
O Senado Federal concluiu, nesta terça-feira (09), em regime de urgência, a análise do PL 715/2023, conhecido como PL dos Safristas, proposta que garante segurança a trabalhadores rurais contratados em períodos sazonais. Com a construção de um texto consensual entre governo e parlamentares, o projeto retorna à Câmara dos Deputados, onde teve origem em razão de emenda aprovada em Plenário. O texto assegura que os recursos obtidos exclusivamente em contratos de safra não serão considerados no cálculo da renda familiar para fins de manutenção de benefícios sociais como o Bolsa Família. Na prática, o trabalhador poderá aceitar oportunidades temporárias sem risco de perder o acesso a programas sociais dos quais já é beneficiário.
O relator senador Jaime Bagattoli (RO), membro da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), ressaltou que a Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado conclusão da análise no Senado representa um passo decisivo para corrigir uma insegurança que afeta trabalhadores e atividades produtivas em todo o país. O projeto, de autoria do deputado Zé Vitor (MG) e parte da Agenda Institucional do Cooperativismo, tem como objetivo principal garantir segurança jurídica ao tema e reforçar a política de inclusão produtiva. A emenda acolhida no acordo, contribui diretamente para esse avanço.
Emenda
Durante a votação em Plenário, o relator acatou emenda do senador Mecias de Jesus (RR) que determina que, enquanto o eSocial não disponibilizar um campo específico para o registro, a norma terá eficácia imediata. Nesse período, não será obrigatório informar no sistema os dados do contrato de safra relativos a beneficiários de benefícios sociais. Assim, mesmo sem um ato específico do Poder Executivo, a aplicação do benefício não ficará condicionada a uma formalidade administrativa, garantindo a celeridade e a prioridade que o tema requer.
Repercussão
A aprovação no Senado foi bem recebida pelo setor produtivo, especialmente no meio rural, onde a contratação de mão de obra sazonal é essencial para o ciclo de colheita. A medida é considerada positiva porque reduz entraves à oferta de trabalho temporário, gera estabilidade para o trabalhador e contribui para a eficiência das operações agropecuárias e cooperativas.
Ao reconhecer o avanço, o ministro Wellington Dias afirmou que o texto aprovado no Senado está alinhado à estratégia do governo de incentivar a formalização e proteger famílias vulneráveis. Segundo ele, a regulamentação trará previsibilidade e segurança tanto para os beneficiários do Bolsa Família quanto para empregadores que dependem da contratação de safristas.
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EVENTOS
Excelência em gestão: Prêmio SomosCoop 2025 reconhece 133 coops
Cerimônia em Brasília entregou troféus ouro, prata e bronze e celebrou avanços do movimento
09/12/2025
EVENTOS
Vem aí a entrega do Prêmio SomosCoop Excelência em Gestão 2025
Edição deste ano reúne 133 cooperativas de 17 estados. Cerimônia será na terça-feira, dia 9/12
A espera está chegando ao fim! Na próxima terça-feira, 9 de dezembro, o Sistema OCB realiza a cerimônia de entrega do Prêmio SomosCoop Excelência em Gestão 2025, que chega à sétima edição com números inéditos e maior representatividade. Ao todo, 366 cooperativas se inscreveram neste ciclo, um crescimento de 18% em relação a 2023, quando o prêmio recebeu 310 inscrições.
O ramo Crédito liderou o ranking de inscrições, com 186 cooperativas, seguido por Saúde (102), Agro (41), Trabalho (17), Transporte (10), Infraestrutura (6) e Consumo (4). A presença de todos os ramos reforça a diversidade do cooperativismo brasileiro e o avanço na adoção de práticas de gestão.
A participação avançou pelo país. Cooperativas de 23 estados, o equivalente a 85% do território nacional, estiveram na disputa deste ano. Entre todas as inscritas, 127 cooperativas estão participando pela primeira vez.
O ciclo 2025 também registrou um aumento expressivo no número de cooperativas sendo avaliadas. Cento e cinquenta cooperativas foram selecionadas para as visitas presenciais, volume 50% maior do que o de 2023 (100 visitas). Somadas, essas avaliações exigiram 9.204 horas de trabalho técnico.
No total, 133 cooperativas serão reconhecidas na cerimônia. Sessenta e cinco delas receberão premiação pela primeira vez. A distribuição dos prêmios e selos reflete o desempenho no processo de avaliação: 58 cooperativas conquistaram Ouro, 37 receberão Prata, 38 Bronze e outras 51 serão agraciadas com o Selo de Reconhecimento.
A cerimônia, que acontece no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), reunirá lideranças cooperativistas, autoridades e representantes das cooperativas que serão premiadas. Além de premiar resultados, o evento reafirma o compromisso do Sistema OCB e das cooperativas com a excelência em gestão e com o fortalecimento contínuo do movimento em todo o país.
Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, o prêmio cumpre um papel central no incentivo à melhoria contínua. “Cada cooperativa reconhecida representa uma história de dedicação, inovação e impacto real na vida das pessoas. O Prêmio SomosCoop é a confirmação de que investir em gestão é ampliar o poder transformador do cooperativismo”, ressalta.
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Prêmio Café Brasil destaca sustentabilidade e força das cooperativas
Evento reconheceu comunicadores por contribuírem com a valorização da cafeicultura brasileira
A Casa do Cooperativismo brasileiro abriu as portas nesta quarta-feira (4), em Brasília, para a cerimônia do Prêmio Café Brasil de Jornalismo, iniciativa do Conselho Nacional do Café (CNC) que reconhece trabalhos sobre a qualidade e a sustentabilidade da produção da bebida no país. Voltada a jornalistas, comunicadores e influenciadores digitais, a premiação contemplou as categorias Internet e Influenciadores, Rádio, TV e Mídia Impressa (jornal e revista).
O tema central desta edição reforçou a importância da cafeicultura sustentável em seus pilares social, ambiental e econômico, além do papel decisivo das cooperativas em toda a cadeia produtiva, do cultivo à comercialização. Ao dar boas-vindas aos participantes, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, lembrou que “50% do café produzido no Brasil tem origem no modelo cooperativista.
Segundo ele, os dados evidenciam a força e a evolução do setor. “A ideia do prêmio é reconhecer quem comunica com qualidade a realidade do nosso agro e do cooperativismo. Vivemos um cenário de transformação constante nos modelos de comunicação, e valorizar quem traduz esse universo para a sociedade é essencial”, afirmou.
O presidente do CNC, Silas Brasileiro, destacou o papel das cooperativas de crédito no atendimento ao produtor. “O cooperado recebe tratamento diferenciado, sente segurança para negociar e encontra condições mais vantajosas. Isso tem impacto direto na renda e na competitividade da cafeicultura”, disse.
A chefe da Divisão de Política Agrícola do Ministério das Relações Exteriores, Grace Tanno, lembrou a importância da interlocução entre setor produtivo e a diplomacia. “Defender o Brasil no exterior exige conhecimento profundo da realidade do campo. O país é muito questionado em temas como sustentabilidade e questões trabalhistas e, por isso, o diálogo com o setor privado é indispensável”, defendeu.
Já o deputado federal Evair de Melo (ES), membro da diretoria da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) e referência na defesa do setor, falou sobre a relação entre prosperidade no campo e comunicação qualificada. Ele ressaltou o papel da imprensa na aproximação entre produtores, consumidores e formuladores de políticas públicas. “Não há jornalista que não seja movido a muito café”, disse, em tom descontraído. “E é esse diálogo que sustenta a liberdade econômica, a valorização do trabalho e a prosperidade das famílias.”
Também presente à cerimônia, o ex-senador, ex-ministro e ex-governador de Minas Gerais, Arlindo Porto, lembrou conquistas estruturantes para o setor, como o reconhecimento internacional da área livre de febre aftosa sem vacinação e a criação do Pronaf, políticas que moldaram o desenvolvimento rural nas últimas décadas. Em seu relato, destacou ainda sua ligação histórica com a cafeicultura e a importância de programas municipais e regionais de incentivo ao plantio.
O presidente do Sicoob, Miguel Oliveira, por sua vez, representou o cooperativismo de crédito e apresentou dados que reforçam a relevância da instituição no apoio ao setor. Hoje, o sistema conta com 9,3 milhões de cooperados, 323 cooperativas singulares e mais de 4,6 mil agências em todo o país. Segundo ele, o Sicoob é a única instituição financeira presente em 415 municípios brasileiros. “Isso é inclusão financeira”, afirmou. Somente na safra 2024/2025, R$ 55 bilhões foram disponibilizados aos cooperados, sendo o café responsável por 15% desse volume.
Homenagens especiais
A cerimônia também reconheceu lideranças que têm contribuído para o desenvolvimento da cafeicultura e para o fortalecimento do cooperativismo:
Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB, recebeu o Prêmio de Reconhecimento e Gratidão pelo apoio histórico ao setor e pela contribuição para o avanço do cooperativismo agropecuário;
Arlindo Porto, ex-senador e ex-ministro, foi agraciado com o Mérito Especial do Café, em reconhecimento à sua atuação política e contribuição histórica à cafeicultura e ao cooperativismo;
Miguel Oliveira, presidente do Sicoob, recebeu o Mérito Especial do Café por sua liderança no crédito rural cooperativo e pelo papel do sistema na promoção do desenvolvimento sustentável;
Grace Tanno, chefe da Divisão de Política Agrícola do MRE, foi homenageada pelo trabalho diplomático na defesa da imagem do agro brasileiro e pelo estreitamento do diálogo entre o Itamaraty e o setor produtivo.
Premiações por categoria
Internet:
1º lugar – Nova Identidade dos Cafés do Brasil une tradição e inovação, Mônica Rossi (Agro Estadão).
2º lugar – Mapa dos Saberes: O Café que Conta Histórias, Sabrina Nascimento (Agro Estadão).
3º lugar – 200 anos, café busca superar danos ambientais, Ricardo Westin (Agência Senado).
Mídia Impressa:
1º lugar – Regenerar é semear o amanhã, Júlio Uber (Revista Negócio Rural).
2º lugar – O grão que une o país, Bruno Faustino (Revista Negócio Rural).
3º lugar – Como a união entre pesquisa e tradição moldou a cultura do café no Brasil, Isadora Camargo (Globo Rural).
Rádio:
1º lugar – Série Café: Grão de Ouro do Brasil, Fabiano Silveira Frade (Rádio Itatiaia).
2º lugar – Protagonismo feminino na cafeicultura dos Robustas Amazônicos, Andreia Nove (Agência de Notícias do Acre).
3º lugar – Terra do Café – episódio 81, Poliana Dias (Difusora FM).
TV:
1º lugar – Reportagem sobre a pureza do café brasileiro, Virgínia Alves (Globo EPTV).
2º lugar – Série especial do Jornal da Record, reportagem de Giovana Rizzardo, produção de Thaís de Carvalho Travassos.
3º lugar – Negócios com Cerrado em Pé, Flávia Peixoto (Caminhos da Reportagem).
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Pesquisas premiadas fortalecem o cooperativismo no Prêmio ABDE-BID
Sistema OCB reforça incentivo à produção científica em categoria dedicada ao crédito cooperativo
A entrega dos prêmios ABDE Jornalismo e ABDE-BID, na noite desta terça (2), destacou o papel da pesquisa aplicada como motor para o desenvolvimento do país. A premiação, realizada anualmente, reconhece trabalhos que ampliam o entendimento sobre os desafios econômicos, sociais e institucionais do Brasil.
Em sua 11ª edição, o Prêmio ABDE-BID foi dividido em três categorias temáticas: Financiamento ao Desenvolvimento Sustentável, Inclusivo e Inovativo; Bioeconomia: desenvolvimento produtivo e impacto socioambiental positivo; e Sistema OCB: desenvolvimento e cooperativismo de crédito. Nesta última, apoiada diretamente pela entidade, 15 artigos foram inscritos e 9 avançaram para a disputa final que premiou os dois melhores:
1º lugar – Indicadores de desempenho social em cooperativas de crédito
Autora: Aline Cristina da Cruz (PUC-PR)
Coautor: Vilmar Rodrigues Moreira
O estudo destaca a necessidade de fortalecer estruturas internas e promover mudanças culturais para que indicadores sociais recebam a mesma atenção dedicada aos econômico-financeiros. Os autores reforçam que o vínculo com os cooperados, aliado ao sentimento de pertencimento, contribui para fidelização e sustentabilidade das cooperativas. O trabalho também evidencia a importância da educação cooperativista para consolidar resultados sociais alinhados à identidade do setor.
2º lugar – Mulheres, tempo de mandato e desempenho: dinâmicas de lideranças em cooperativas de crédito brasileiras
Autor: Arthur Frederico Lerner (UFSC)
Coautor: Leonardo Flach
A pesquisa aponta que a diversidade de gênero em conselhos de administração e diretorias executivas está associada a melhor desempenho sobre ativos, sobretudo quando combinada com mandatos equilibrados. Para os autores, a experiência influencia a materialização dos ganhos da diversidade, e o equilíbrio na renovação dos conselhos deve ser promovido por organizações e reguladores. Entre as implicações sociais, o estudo reforça que ampliar a presença feminina na liderança de cooperativas, especialmente em regiões menos atendidas, fortalece a inclusão financeira e contribui para o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 5, referente à igualdade de gênero.
Além do Prêmio ADBE-BID, a cerimônia também celebrou os vencedores do Prêmio ABDE Jornalismo, que reconhece iniciativas de comunicação voltadas ao desenvolvimento. Na Categoria Áudio Regional, o primeiro lugar foi concedido a Antonio Teixeira do Nascimento, da Rádio Banda B, pela reportagem Além do lucro: a jornada das finanças sustentáveis do cooperativismo paranaense. Já na Categoria Vídeo Regional, o terceiro lugar ficou com Tatiana Corrêa, da NDTV Record, com a matéria Agro Saúde e Cooperação – Ano Internacional das Cooperativas.
Reconhecimento institucional
Durante a abertura da cerimônia, a presidente da ABDE, Maria Fernanda Ramos Coelho, destacou o papel da iniciativa. “Esta 11ª edição do Prêmio ABDE-BID contou com 55 artigos escritos e o consolidou como um importante espaço de discussão sobre o desenvolvimento, além de uma referência na área da pesquisa acadêmica”, afirmou.
Representando o Sistema OCB, o gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação, Guilherme Souza Costa, falou sobre o valor da cooperação para o fortalecimento da pesquisa científica: “Nós valorizamos muito esta parceria, que reconhece trabalhos acadêmicos e o conhecimento científico produzido por pesquisadores que têm como objeto de pesquisa o cooperativismo e as cooperativas de crédito”, declarou.
Para ele, a iniciativa faz parte de um conjunto mais amplo de ações: “Ela integra uma série de atividades que o Sistema OCB realiza para o fomento da pesquisa científica em cooperativismo. Temos uma parceria com o CNPq para chamadas de fomento e estamos presentes em diversos eventos científicos para divulgar o cooperativismo como campo fértil para novas investigações”, concluiu.
O Sistema OCB compõe a organização do Prêmio ABDE-BID de Artigos de Desenvolvimento ao lado da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com apoio da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL/ONU) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
O prêmio tem como propósito estimular a reflexão sobre os desafios do desenvolvimento, aproximando academia, governo, setor privado, instituições do Sistema Nacional de Fomento (SNF) e do sistema financeiro. A iniciativa busca incentivar pesquisas que contribuam para soluções sustentáveis, inclusivas e inovadoras, além de fortalecer o aprimoramento das instituições do SNF.
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EVENTOS
Sistema OCB prestigia lançamento de plano contra fraudes digitais
Tania Zanella representou o cooperativismo no anúncio da nova aliança de segurança financeira
O Sistema OCB marcou presença, nesta quarta-feira (3), no lançamento do Plano de Ação Conjunto para Combate a Fraudes Bancárias Digitais, realizado pelo governo federal em parceria com o setor financeiro fruto da Aliança Nacional de Combate a Fraude, da qual o Sistema OCB passa a compor. A superintendente da entidade, Tania Zanella, representou o cooperativismo no evento promovido pelo Ministério da Justiça, em Brasília.
A iniciativa foi apresentada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que destacou a dimensão global dos crimes digitais e a necessidade de atuação coordenada para enfrentá-los. Segundo ele, as fraudes bancárias deixaram de ser fenômenos locais. “O crime deixou de ser local ou nacional e passou a ser global”, afirmou. Lewandowski também comparou a complexidade do tema a desafios mundiais como aquecimento climático, crises econômicas e até o terrorismo.
O plano foi resultado do trabalho desenvolvido no âmbito da Aliança de Combate a Fraudes Digitais Bancárias, que reúne órgãos públicos e instituições financeiras para fortalecer ações de prevenção, educação, detecção rápida e repressão, além da recuperação de ativos. Participam da articulação Ministério da Justiça, Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Banco Central, Receita Federal, Polícia Federal e outras entidades governamentais. Do lado privado, integram a aliança associações representativas do setor financeiro, instituições de pagamento, empresas de tecnologia e organizações de crédito, incluindo a CNF, a Febraban, Zetta e a OCB.
A superintendente Tania Zanella destacou a importância da participação das cooperativas de crédito em agendas de segurança financeira. “A segurança digital depende também de informação, preparo e proximidade com as pessoas. As cooperativas têm um papel estratégico na conscientização dos cidadãos e seguem comprometidas em apoiar ações que ampliem a prevenção e reduzam a vulnerabilidade dos usuários”, afirmou.
Entre as ações previstas estão o aprimoramento dos processos de prevenção a golpes, a intensificação do combate e da repressão a crimes digitais, o compartilhamento qualificado de dados, a capacitação de agentes públicos e privados, o atendimento às vítimas e campanhas de conscientização para a população.
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