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NOTÍCIAS
28/11/2025
Tania Zanella destaca avanços e metas do coop em encontro da Ocepar
Balanço, cenário político e diretrizes para 2026 foram destaques em evento no Paraná O Encontro Estadual de Cooperativistas Paranaenses reuniu cerca de 1,6 mil pessoas nesta sexta-feira (28/11), no Parque Histórico de Carambeí (PR). Representando o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, a superintendente, Tania Zanella, participou da programação ao lado de lideranças cooperativistas, autoridades estaduais e parlamentares, em um evento marcado pelo reconhecimento ao setor e pela celebração dos 100 anos da Frísia, uma das cooperativas mais tradicionais do país. Em seu discurso, Tania ressaltou a relevância nacional do cooperativismo paranaense e lembrou que o encontro ganhou um simbolismo especial este ano. “É um fechamento histórico e de muitas comemorações, por se tratar de um encontro realizado na casa da Frísia, que está celebrando 100 anos de atividades, e também por estarmos encerrando este 2025 que foi tão relevante para o movimento em âmbito global, com o Ano Internacional das Cooperativas, instituído pela ONU”, afirmou. A superintendente destacou os desafios que 2026 deve trazer ao setor, especialmente por se tratar de ano eleitoral. “Temos que valorizar as pessoas que dão valor e atenção ao cooperativismo. Acredito que nosso programa de educação política esteja trazendo resultados positivos e devemos seguir vigilantes quanto às nossas necessidades”, disse. Segundo ela, o próximo ano também será de fortalecimento da identidade cooperativista em todo o país. “Vamos abrir 2026 com as mensagens do que nos diferencia enquanto cooperativas: nossos princípios, nossos valores e nosso modelo de negócios que transforma a vida das pessoas. Queremos mostrar a todo o Brasil que cooperativas trabalham de um jeito diferente para desenvolver regiões, estados e o país”, concluiu. Um ano marcante para o Paraná e um tributo à Frísia O presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, apresentou os números que devem consolidar 2025 como um dos anos mais relevantes para o cooperativismo paranaense. Com base nos balancetes encerrados até outubro e nas projeções até dezembro, as cooperativas do estado devem alcançar R$ 220 bilhões em receitas, um crescimento nominal estimado de cerca de 8% em relação a 2024. Ricken salientou que o setor manteve sua capacidade de expansão mesmo diante de adversidades, como eventos climáticos severos, juros elevados, barreiras comerciais e impactos da influenza aviária no Sul do país. “Mesmo diante de tantos obstáculos, tivemos êxito”, afirmou. O evento também celebrou o legado centenário da Frísia, homenageada com o Troféu Ocepar. A honraria foi entregue ao presidente da cooperativa, Geraldo Slob, que emocionou o público ao destacar a trajetória construída por gerações. “São cem anos de famílias que acreditaram que a cooperação era o melhor caminho para produzir, prosperar e transformar comunidades. Ao receber esta homenagem, reafirmamos nosso compromisso com o futuro — com inovação, sustentabilidade, sucessão familiar, profissionalização da gestão e, principalmente, com as pessoas”, declarou. Saiba Mais: Sistema OCB avalia como positiva derrubada de vetos ao licenciamento Cooperativismo leva 34 pleitos à Encontro Nacional do Agro Equipe vencedora do Programa de Ideias participa da Innovation Trip
EVENTOS
27/11/2025
Cooperativismo leva 34 pleitos à Encontro Nacional do Agro
Sistema OCB reforça diálogo com adidos agrícolas e amplia articulação para acesso a mercados
O Sistema OCB marcou presença no Encontro Nacional do Agro e dos Adidos Agrícolas, realizado de 25 a 28 de novembro, em Brasília. A participação da entidade se concentrou nas reuniões individuais com os adidos agrícolas, agendadas para os dias 26 e 27, quando foram apresentados 34 pleitos construídos a partir das demandas encaminhadas por cooperativas de nove estados (BA, CE, ES, MT, MG, PE, RS, SC e SP).
O processo de levantamento das demandas envolve uma atuação coordenada entre as Organizações Estaduais e o Sistema OCB Nacional. As cooperativas enviaram seus pleitos relacionados à promoção comercial, abertura de mercados e aperfeiçoamento das condições de acesso ao comércio internacional. Após consolidação, o material foi encaminhado à organização do encontro, composta pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), responsáveis pela construção das agendas com os adidos de cada país.
Durante os dois dias de reuniões, representantes do Sistema OCB apresentaram e defenderam os pleitos diretamente aos adidos. As informações, respostas e orientações colhidas ao longo dos encontros serão posteriormente repassadas às Organizações Estaduais, que farão a devolutiva às cooperativas interessadas. A síntese completa das tratativas também integrará o Relatório dos Adidos Agrícolas, documento anual que consolida informações, análises e encaminhamentos.
O presidente do Sistema OCB, resumiu a importância do processo. “Além do trabalho concentrado durante o evento, a interlocução com os adidos agrícolas se mantém ativa ao longo do ano. Os escritórios de representação da Apex no exterior, assim como os adidos lotados nas embaixadas, permanecem disponíveis para apoiar demandas específicas do cooperativismo, contribuindo para a solução de barreiras, construção de oportunidades e fortalecimento da inserção internacional do setor”, afirmou.
O Encontro Nacional do Agro e dos Adidos Agrícolas também conta com apoio do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). A edição deste ano reuniu 54 adidos, 40 em missão e 14 recém-designados, além das equipes dos escritórios da ApexBrasil em Bogotá, Miami, Bruxelas, Moscou, Dubai, Lisboa e Pequim. A programação incluiu debates, painéis regionais e sessões de alinhamento estratégico com setores produtivos.
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Reunião com ANTT avança em soluções para multas e segurança jurídica
EVENTOS
27/11/2025
Reunião com ANTT avança em soluções para multas e segurança jurídica
Encontro abordou dúvidas sobre fiscalizações e buscou soluções para reduzir autuações
Cooperativas de transporte rodoviário de cargas de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Mato Grosso participaram, nesta terça-feira (25), de uma reunião técnica com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O encontro, articulado pelo Sistema OCB e pelo Conselho Consultivo do Ramo Transporte, buscou esclarecer dúvidas e avançar em soluções para autuações e procedimentos fiscalizatórios que têm afetado o setor.
A reunião teve como eixo central temas ligados à aplicação da Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas (PNPM-TRC) e às novas regras do Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e). Também foram discutidas práticas de fiscalização adotadas pela agência, que vêm gerando penalidades consideradas, em algumas ocasiões, injustificadas pelas cooperativas.
Pela ANTT, participaram representantes de três áreas estratégicas: Superintendência de Serviços de Transporte Rodoviário e Multimodal de Cargas (Suroc), com a superintendente substituta Gizelle Coelho Netto e o coordenador Alamar Augusto Araújo Durce de Oliveira; Gerência de Processamento e Cobrança de Auto de Infração (Geaut), representada por Clarissa Fernandes dos Santos; e Superintendência de Fiscalização de Serviços de Transporte Rodoviário de Cargas e Passageiros (Sufis), com o superintendente Hugo Leonardo Cunha Rodrigues e o coordenador Geraldo Luiz Anselmo.
Os debates foram guiados pelos 22 questionamentos consolidados no Ofício 449/2025 – OCB, que reúne dúvidas recorrentes das cooperativas. Entre os pontos mais sensíveis estiveram a base de cálculo do frete mínimo, a retenção de INSS no valor do frete, a aplicação de multas em casos de repasse líquido abaixo do piso, questões relacionadas a CEP único e alteração de rotas, além das autuações no transporte classificado na tabela como “operações de alto desempenho”, . Problemas nos prazos e na tramitação dos processos recursais também foram abordados.
Durante a reunião, a ANTT demonstrou disposição para aprofundar o diálogo e aperfeiçoar orientações ao setor cooperativista. Os representantes da agência destacaram que ajustes operacionais e normativos serão avaliados, especialmente nos pontos em que há interpretações divergentes ou lacunas na regulamentação.
O Sistema OCB avaliou o encontro como um avanço na construção de um canal técnico permanente entre o cooperativismo de transporte e a ANTT.
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NOTÍCIAS
27/11/2025
Equipe vencedora do Programa de Ideias participa da Innovation Trip
Imersão integra reconhecimento institucional e reforça compromisso com a inovação
A equipe vencedora do Demoday do Programa de Ideias do Sistema OCB viveu, neste mês, uma experiência intensa de aprendizado e conexões durante a Innovation Trip, realizada em São Paulo. A imersão fez parte do reconhecimento institucional aos colaboradores que se destacaram no ciclo mais recente do programa e reforçou o incentivo ao intraempreendedorismo e à criação de soluções inovadoras para o cooperativismo brasileiro.
Ao lado de outros 25 participantes de diferentes organizações do país, os colaboradores tiveram acesso a alguns dos principais ecossistemas de inovação do Brasil. A programação incluiu visitas técnicas, diálogos com especialistas e momentos de troca com profissionais que atuam diretamente na transformação digital e na construção de novos modelos de negócio.
A jornada começou com uma visita guiada à sede da Natura, onde o grupo conheceu práticas de gestão, inovação aberta e sustentabilidade que se tornaram referência no mercado. Em seguida, ao grupo participou de uma palestra com especialistas em comunicação e inovação da ACE Cortex, no State Innovation Center, que aprofundou tendências e metodologias aplicadas por organizações que lideram processos de inovação no país.
A programação seguiu com uma visita à incorporadora Tenda, com foco em digitalização e modernização de processos, e foi concluída no Hospital Sírio-Libanês, onde o grupo teve contato com modelos de cultura organizacional, gestão da inovação e tecnologias aplicadas à área da saúde.
Para o gerente de Inteligência e Inovação do Sistema OCB, Guilherme Souza Costa, a iniciativa consolida uma visão estratégica sobre o papel da inovação dentro da entidade. “Programas de intraempreendedorismo têm um papel essencial porque despertam capacidade criativa, fortalecem a cultura de inovação e permitem que os próprios colaboradores proponham soluções que impactam positivamente o Sistema OCB. Reconhecer o esforço dos participantes em iniciativas como a Innovation Trip é um estímulo direto à formação e ao crescimento profissional, gerando resultados que retornam para o cooperativismo brasileiro”, declarou.
A participação na Innovation Trip foi o prêmio destinado à equipe responsável pelo SmartCoop, projeto vencedor do Demoday. A solução apresenta uma plataforma para agilizar e facilitar as devolutivas do diagnóstico aplicado às cooperativas, tornando o processo mais eficiente, interativo e orientado a dados. Desenvolvido por uma equipe multidisciplinar das áreas de Controladoria, Tecnologia da Informação (TI), Auditoria e Serviços Compartilhados, o projeto deve avançar, em 2026, para as fases de desenvolvimento e validação, dentro do ciclo contínuo de inovação do Sistema OCB.
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Trabalho, Produção de Bens e Serviços
Transporte
REPRESENTAÇÃO
26/11/2025
Sistema OCB firma acordo com a Câmara para ampliar formação cidadã
Parceria amplia ações educacionais e reforça acesso de jovens e universitários ao processo legislativo
O Sistema OCB formalizou, nesta quarta-feira (26), um Acordo de Cooperação Técnica com a Câmara dos Deputados, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Confederação Nacional do Transporte (CNT) para fortalecer iniciativas de formação cidadã e ampliar o acesso de estudantes e jovens ao funcionamento do Poder Legislativo. A cerimônia foi conduzida pelo segundo-secretário da Câmara, deputado Lula da Fonte (PE), e contou com a presença de representantes das três confederações. Também estiveram presentes o deputado Sergio Souza (PR), 4° Secretário da Casa, além dos deputados Pedro Lupion (PR) e Zé Vitor (MG), representando FPA e Frencoop.
O acordo cria uma ponte educacional e técnica entre o Legislativo e as entidades do setor produtivo e estabelece um conjunto de mecanismos voltados à troca de conhecimentos, ao intercâmbio institucional e ao desenvolvimento humano e profissional. A parceria prevê desde a realização de seminários, oficinas e cursos específicos sobre o processo legislativo e orçamentário até a oferta de vagas em programas de pós-graduação e mestrado profissional da Câmara, mediante aprovação nos processos seletivos.
Entre os programas contemplados está o Estágio-Visita de Curta Duração, criado em 2003, que possibilita a universitários vivenciar, em etapas on-line e presenciais, o dia a dia da Câmara e a atuação de seus representantes. Também integram o acordo o Parlamento Jovem Brasileiro, iniciativa reconhecida por oferecer a estudantes do ensino médio a experiência de tomar posse e atuar como deputados durante cinco dias, e a Oficina de Atuação no Parlamento, curso destinado à sociedade civil organizada com foco em educação política e cidadania.
O Sistema OCB entende que a parceria é funtamental e estratégica ao integrar o Estágio-Visita às ações do Programa de Educação Política do Cooperativismo Brasileiro.
“O acordo fortalece uma agenda essencial para o país: formar jovens mais preparados, conscientes e próximos das instituições. Para o Sistema OCB, é estratégico apoiar iniciativas que aproximem a sociedade do processo legislativo e ampliem a compreensão sobre políticas públicas que impactam diretamente a vida das pessoas”, afirmou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
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REPRESENTAÇÃO
26/11/2025
Senado aprova PL que autoriza cooperativas a atuar em telecomunicações
Proposta defendida pelo Sistema OCB e pela Infracoop corrige lacuna legal e amplia caminhos para levar conectividade em municípios no interior do país
O Senado Federal aprovou nesta quarta (26), o Projeto de Lei 1303/2022, que autoriza as cooperativas a prestarem serviços de telecomunicações, como telefonia e banda larga móvel ou fixa. O avanço representa uma conquista estratégica para o cooperativismo e para a agenda de expansão da conectividade, sobretudo em áreas rurais e municípios do interior do país, como uma alternativa de acesso aos serviços de telecom, em complementariedade às opções já existentes. Caso não haja recursos para votação em plenário, a proposta segue agora para sanção presidencial.
Foto: Edilson Rodrigues/Agência SenadoO texto é objetivo: altera a Lei Geral de Telecomunicações (9.472/97) para incluir as cooperativas ao lado das empresas como agentes autorizados a receber concessão, permissão ou autorização para operar serviços de telecomunicações. “A medida não cria privilégios, incentivos ou tratamento diferenciado, apenas corrige uma omissão histórica da legislação setorial, alinhando-a ao mandamento constitucional de estímulo ao cooperativismo”, comemorou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
A tramitação do PL no Senado exigiu forte articulação e mobilização do Sistema OCB, da Infracoop e da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop). Após passar pela Câmara sem resistências, o tema precisou ser amadurecido na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Diante desse cenário, o Sistema OCB intensificou sua atuação técnica, com a produção de estudos detalhados sobre viabilidade regulatória e econômica das cooperativas no setor de telecom, demonstrou a relevância do cooperativismo na universalização de serviços essenciais para a conectividade e conduziu uma série de reuniões com a liderança do governo, ministérios e demais atores interessados.
Na etapa final de tramitação, a matéria foi analisada pela Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação (CCT), com relatoria do senador Flávio Arns (PR), membro da Frencoop, que apresentou parecer destacando a importância da matéria para a inclusão digital como política de Estado. “Em primeiro lugar, é preciso destacar o papel essencial das cooperativas para o desenvolvimento do Brasil, tanto nas áreas rurais quanto urbanas. A aprovação abre a possibilidade de atuação também no setor de telecomunicações, garantindo equilíbrio financeiro e ampliando o acesso à comunicação, que hoje é vital para todas as dimensões da vida social e econômica”, afirmou.
Autor do projeto, o deputado Evair de Melo (ES), que também integra a bancada do cooperativismo no Congresso, celebrou o resultado. “Nós demos hoje um passo extremamente importante para consolidar as nossas cooperativas como ferramenta de desenvolvimento econômico. O PL 1303/2022 vai democratizar o acesso à comunicação, reduzir custos e fazer com que o serviço chegue a todos os brasileiros”, destacou.
Relator do PL na Câmara, o deputado Heitor Schuch (RS) reforçou a importância da medida para ampliar a conectividade em regiões remotas. “Parabéns a todos que trabalharam por esse projeto. Agora está aprovado. É fundamental que a comunicação chegue lá no interior, onde as pessoas vivem, trabalham e precisam acessar o mundo digital. Seguimos juntos, na expectativa pela sanção do projeto e pela abertura de um novo capítulo para o cooperativismo brasileiro”, afirmou.
A aprovação no Senado abre caminho para que cooperativas possam replicar, no setor de telecomunicações, o êxito que já demonstram em outras áreas de infraestrutura, como energia elétrica, setor no qual cooperativas atendem mais de 800 municípios, especialmente em regiões de baixa densidade populacional.
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REPRESENTAÇÃO
Prêmio ABDE-BID destaca artigos sobre impacto social e liderança no coop
Categoria exclusiva do Sistema OCB reconhece pesquisas aplicadas ao crédito cooperativo
O Prêmio ABDE-BID de Artigos de Desenvolvimento, uma das principais iniciativas de valorização da produção acadêmica voltada ao desenvolvimento sustentável no país, anunciou os vencedores de sua 11ª edição. A premiação, promovida pela Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pelo Sistema OCB, conta com uma categoria exclusiva dedicada ao desenvolvimento e ao cooperativismo de crédito. Desde 2017, essa parceria busca aproximar o setor das universidades, incentivar pesquisas aplicadas e ampliar o diálogo entre academia, cooperativas e o Sistema Nacional de Fomento.
Em primeiro lugar na categoria ficou o estudo Indicadores de desempenho social em cooperativas de crédito de Aline Cristina da Cruz e Vilmar Rodrigues Moreira. A pesquisa validou, diretamente com cooperados, um conjunto de 22 indicadores sociais distribuídos em cinco dimensões: princípios cooperativistas; inclusão social e engajamento comunitário; inclusão financeira; relacionamento; e grau de inatividade.
Segundo o estudo, o cooperado percebe o desempenho social tanto pela participação democrática quanto pela qualidade do atendimento e pelo impacto comunitário. Para os autores, monitorar indicadores sociais com o mesmo rigor aplicado aos econômico-financeiros é decisivo para consolidar a fidelização dos cooperados e o fortalecimento do modelo cooperativista.
O segundo lugar foi conquistado pelo artigo Mulheres, tempo de mandato e desempenho: dinâmicas de liderança em cooperativas de crédito brasileiras, sob autoria de Arthur Frederico Lerner e Leonardo Flach. O estudo analisou dados de 1.204 cooperativas entre 2008 e 2022 e confirma que a diversidade de gênero nos Conselhos de Administração e nas Diretorias Executivas está associada a maior eficiência operacional (ROA). O efeito sobre o retorno do patrimônio (ROE), no entanto, mostrou-se menos evidente.
A pesquisa destaca ainda que o tempo de mandato no Conselho de Administração atua como moderador da relação entre diversidade e desempenho. A experiência acumulada potencializa os benefícios da presença feminina, mas apenas até determinado ponto, configurando uma curva em “U” invertido: mandatos excessivamente longos deixam de gerar ganhos adicionais e podem indicar riscos de enraizamento. O trabalho reforça a importância de políticas que combinem renovação de mandatos, participação feminina e estruturação de processos sucessórios, garantindo equilíbrio entre diversidade e governança.
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25/11/2025
REPRESENTAÇÃO
Cooperativismo firma acordos com três ministérios e a Natura na COP30
Termos ampliam programas, políticas públicas e iniciativas de bioeconomia e empreendedorismo
A celebração do Ano Internacional das Cooperativas, realizado na Green Zone da COP30 nesta sexta-feira (14), marcou um avanço decisivo na articulação de políticas públicas voltadas ao cooperativismo brasileiro. Em uma cerimônia que reuniu autoridades do governo federal, lideranças do movimento no Brasil e no mundo, e representantes de cooperativas de todo o país, foram assinados quatro Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) para fortalecer frentes de atuação em agricultura familiar, bioeconomia, empreendedorismo, inovação e desenvolvimento sustentável.
Os acordos foram assinados com a Natura e os ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), do Empreendedorismo, Microempresa e Empresa de Pequeno Porte (Memp) e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, destacou o caráter histórico dessas parcerias. “Acreditamos e vivemos diariamente a importância de estarmos unidos num ecossistema cooperativo, do qual governo, empresas, reguladores e cooperativas fazem parte. Estes acordos comprovam que o cooperativismo é parte das soluções que o Brasil apresenta ao mundo”.
Com a Natura, a parceria prevê atuação conjunta no fortalecimento da sociobiodiversidade e da bioeconomia amazônica. A vice-presidente de Sustentabilidade, Ana Costa, ressaltou a trajetória da empresa junto às comunidades tradicionais. “Temos mais de 25 anos de relação com quase 50 cooperativas extrativistas. Quando falamos de cooperativas, falamos de colaboração e ação — e este documento representa uma ação concreta para fomentar inovação, políticas públicas e financiamento para quem vive da floresta e com a floresta”.
Edmilton Cerqueira, secretário Nacional de Territórios e Sistemas Produtivos Quilombolas e Povos e Comunidades Tradicionais do MDA representou a pasta na assinatura do acordo que estabelece ações conjuntas para fortalecer o cooperativismo da agricultura familiar, incluindo programas como Mais Gestão, Coopera Mais Brasil, Negócios Coop e o Selo Nacional da Agricultura Familiar (SENAF), além de iniciativas de capacitação, intercâmbio técnico e intercooperação. “Cerca de 70% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros vêm da agricultura familiar, e o cooperativismo é estratégico para esse segmento”, afirmou.
Inovação, industrialização, agroindustrialização e economia verde são o foco da parceria com o MDIC. A secretária de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria, Júlia Cortez da Cunha Cruz, salientou que no governo brasileiro não há dúvida: a transição climática e a economia verde só serão possíveis se forem inclusivas. “E isso depende das cooperativas”. Júlia declarou ainda que o vice-presidente Geraldo Alckmin, grande entusiasta do cooperativismo, acompanha de perto essa agenda e antecipou que na segunda-feira será lançado, em parceria com a OCB, o Programa Coopera Amazônia, reforçando o compromisso do governo com o setor.
Já o acordo com o Memp é voltado ao fortalecimento do empreendedorismo cooperativista. A representante do ministério, Fernanda Rosa Iris de Saboia, chefe da Assessoria de Participação Social e Diversidade, disse que o cooperativismo é fundamental para um empreendedorismo qualificado, sólido e menos vulnerável às oscilações do mercado. “Quando muita gente trabalha junta, o negócio se torna mais forte e menos vulnerável aos percalços do mercado”.
A assinatura dos acordos consolida o cooperativismo como protagonista das soluções brasileiras apresentadas à comunidade internacional durante a COP30, especialmente no contexto da Amazônia. Eles reforçam a capacidade das cooperativas de gerar impacto econômico, social e ambiental. Como resumiu o presidente Márcio Lopes de Freitas: “desenvolvimento, inclusão e sustentabilidade se constroem com cooperação, e o cooperativismo está pronto para entregar ao Brasil — e ao mundo — soluções concretas para os desafios do século 21”.
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14/11/2025
REPRESENTAÇÃO
ONU propõe celebração global das cooperativas a cada 10 anos
Reconhecimento reforça papel estratégico do cooperativismo para o desenvolvimento sustentável
A celebração oficial do Ano Internacional das Cooperativas ganhou um anúncio importante, nesta sexta (14), durante o painel realizado na Green Zone da COP30, no Pavilhão do Coop. Em vídeo exibido no encontro, o representante da ONU para o cooperativismo, Andrew Allimadi, comunicou a intenção da Assembleia Geral em instituir a realização do Ano Internacional das Cooperativas a cada 10 anos, uma mudança que consolida o tema na agenda global de desenvolvimento.
O painel reuniu algumas das principais lideranças do movimento no mundo: Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB; Ariel Guarco, presidente da Aliança Cooperativa Internacional (ACI); José Alves, presidente da ACI Américas; Arnaldo Jardim, presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop); e Roberto Rodrigues, enviado especial para Agricultura na COP30, ex-presidente da ACI e ex-ministro da Agricultura.
Ao abrir o evento, Márcio ressaltou que o reconhecimento da ONU é reflexo direto da atuação das cooperativas na mudança real de comunidades e territórios. “Chegamos ao reconhecimento das Nações Unidas porque conseguimos transformar vidas. O cooperativismo lida com a essência da humanidade e, por isso, é capaz de promover mudanças profundas, às vezes silenciosas, mas sempre consistentes”, completou.
Em sua mensagem oficial, Andrew agradeceu ao Sistema OCB pelo protagonismo durante o Ano Internacional 2025 e apresentou os resultados preliminares da mobilização global: “O site criado para acompanhar as ações do Ano Internacional recebeu mais de 140 mil visitas, vindas de 185 países, com inúmeros eventos de sensibilização e de construção de consenso entre cooperativas”, destacou.
Ele também anunciou avanços nas discussões técnicas e institucionais conduzidas junto à ACI, ao CM50 e ao Comitê para Promoção e Avanço das Cooperativas (Copac), incluindo a elaboração de um novo marco estatístico para medir o impacto econômico e social das cooperativas. “Mesmo enquanto encerramos o Ano Internacional de 2025, nosso trabalho está apenas começando. Queremos uma parceria duradoura, integrada às ações das Nações Unidas”, disse.
Ao final, Allimadi oficializou a proposta da ONU. “A Assembleia Geral pretende aprovar a realização de um Ano Internacional das Cooperativas a cada 10 anos. O próximo seria em 2035. Teremos tempo para aprender com 2025, evoluir, inovar e fortalecer o papel das cooperativas no desenvolvimento econômico, social e na integração das pessoas”.
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14/11/2025
REPRESENTAÇÃO
Foco no Cooperativismo: artigos do 8º EBPC são liberados para acesso
Publicação reúne 67 estudos apresentados no encontro e amplia a difusão científica para o setor
O conhecimento produzido no 8º Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo (EBPC) já pode ser acessado por todos os interessados. Os anais do evento, que reúnem os 67 artigos científicos apresentados durante o encontro, estão disponíveis neste link. A publicação reúne estudos e análises que ajudam a compreender os desafios e oportunidades do cooperativismo brasileiro em diversas áreas.
Promovido pelo Sistema OCB, a 8ª edição do EBPC foi realizada em outubro de 2025, em Brasília, e reuniu 180 participantes, entre pesquisadores, estudantes, dirigentes e profissionais do setor. Durante três dias de programação, o evento foi espaço de reflexão, troca de conhecimento e integração entre academia e prática cooperativista no país.
Para o gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB, Guilherme Souza Costa, a publicação dos anais é uma forma de ampliar o impacto do evento. “Cada edição reforça o quanto o conhecimento científico é fundamental para o fortalecimento do cooperativismo. As pesquisas apresentadas ajudam a traduzir desafios reais em soluções que inspiram inovação, sustentabilidade e competitividade para o setor”, destacou.
A organização científica do evento contou com a participação de 11 membros, com representação de universidades de todas as regiões do país.
Os anais do 8º EBPC são a reunião dos 67 artigos que foram apresentados no evento para acesso e leitura em sua integralidade a fim de dar continuidade nas discussões e fomento de pesquisa do setor.
Temas e destaques
Os debates do EBPC abordaram questões estratégicas para o futuro do cooperativismo, com painéis sobre impacto social, sustentabilidade ambiental e identidade cooperativista. Entre os temas discutidos estiveram a atuação das cooperativas na redução de desigualdades, o papel do setor na preservação ambiental e os desafios de crescimento sem perda de identidade.
A programação também incluiu a audiência pública “50 anos do Ensino Superior em Cooperativismo no Brasil”, realizada no Senado Federal, e as sessões de apresentação dos trabalhos científicos.
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13/11/2025
REPRESENTAÇÃO
ACI discute governança e futuro do cooperativismo global em Brasília
Encontro focou em código de conduta, regras eleitorais e plano estratégico 2026–2030
Aconteceu em Brasília, nos dias 11 e 12 de novembro, a reunião do Conselho de Administração da Aliança Cooperativa Internacional (ACI). O encontro reuniu lideranças de diversas regiões do mundo para debater temas estratégicos, como ética, governança, planejamento e finanças.
Fundada em 1895, a ACI é uma das mais antigas e respeitadas organizações de representação do mundo. Ela reúne mais de 320 entidades cooperativas de 110 países, representando mais de 1 bilhão de membros. A entidade é a guardiã da Declaração sobre a Identidade Cooperativa, documento que consolida os Valores e Princípios que orientam o movimento mundial, como ajuda mútua, democracia, equidade e solidariedade, baseados na tradição dos pioneiros de Rochdale.
Na sessão estratégica de terça-feira (11), o foco esteve em discutir as normas internas e os instrumentos de integridade da organização. Foram debatidos o Regulamento para as Eleições do Conselho de Administração, o Código de Conduta, o Protocolo de Denúncias e o Formulário de Aceite das Diretrizes Éticas da ACI, todos aprovados previamente pelo Grupo de Trabalho de Recursos Humanos e submetidos ao Conselho.
O Código de Conduta estabelece os princípios éticos e comportamentais que norteiam a atuação de dirigentes, funcionários, voluntários e representantes da ACI. Já o Protocolo de Denúncias define um fluxo padronizado e transparente para o tratamento de casos éticos e comportamentais, centralizando o recebimento das informações na Linha-Direta de Denúncias.
Durante a reunião do Conselho, realizada nesta quarta (12), o destaque foi a aprovação do Plano de Trabalho do Escritório Global e do orçamento para 2026, primeiro ano do novo ciclo estratégico 2026–2030, intitulado Prática, Promoção e Defesa. O plano propõe que o movimento cooperativo avance “da consciência à ação”, com foco em três mandatos centrais: segurança geopolítica e resiliência comunitária, inclusão econômica e financeira, e transformação tecnológica e digital.
O novo plano está alinhado à Estratégia Global 2026–2030 da ACI, que define a visão e as prioridades do movimento para os próximos cinco anos. A proposta busca fortalecer as cooperativas em todo o mundo, ampliar sua presença nos mercados e aprofundar sua contribuição para o desenvolvimento sustentável.
O Conselho também aprovou revisões importantes nos regulamentos internos de comitês da ACI, entre eles o da Plataforma de Desenvolvimento Internacional (ICADP) e o das Cooperativas Habitacionais Internacionais (CHI), além da atualização das Normas Internas do próprio Conselho. A principal mudança é a obrigatoriedade de participação presencial de, pelo menos, uma reunião por ano para todos os membros do Conselho.
Outro ponto de destaque foi a aprovação do Regulamento e Código de Conduta para a Assembleia Geral e as Eleições de 2026, que definem critérios de elegibilidade, prazos, formatos de campanha e regras para garantir transparência e equidade no processo eleitoral. As campanhas deverão seguir estritamente os princípios éticos estabelecidos pela ACI, sob supervisão do Comitê Eleitoral.
Durante o encontro, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, único brasileiro entre os 29 líderes que compõem o Conselho da ACI, representando 19 países, destacou a relevância da presença do Brasil no debate internacional sobre governança e transparência no cooperativismo.
“A ACI tem papel fundamental na consolidação dos princípios cooperativistas em escala global, e o Brasil tem contribuído de forma ativa para esse avanço. Reforçar práticas de governança, ética e transparência é essencial para garantir a credibilidade e o impacto do movimento no mundo inteiro”, afirmou.
Entre as ações recentes da ACI, estão o lançamento do “Contrato para uma Nova Economia Global” — iniciativa que convida governos e instituições a reconhecerem as cooperativas como parceiras essenciais na construção de um futuro justo e sustentável, e o Mapa do Patrimônio Cultural Cooperativo, proposta liderada pela OCB e que busca valorizar e preservar a memória e a identidade do movimento.
A realização da reunião em Brasília também foi influenciada pela proximidade da COP30, que ocorrerá em Belém (PA). Muitos dos conselheiros seguirão para as atividades da conferência climática, onde o cooperativismo estará representado em debates e celebrações paralelas sobre transição justa e desenvolvimento sustentável.
O Conselho também aprovou o calendário de reuniões de 2026, que inclui encontros presenciais na China, Bruxelas e Panamá, além de sessões virtuais em maio, agosto e novembro.
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REPRESENTAÇÃO
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A superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, participou na última sexta-feira (7), em Luís Eduardo Magalhães (BA), da sessão especial em comemoração ao Ano Internacional das Cooperativas. O evento reuniu autoridades, lideranças locais, representantes de cooperativas e instituições do agro, em uma programação voltada a discutir os avanços, desafios e prioridades do movimento.
Na apresentação, Tania trouxe um panorama atualizado do cooperativismo mundial e brasileiro, com dados que dimensionam a força econômica e a presença social das cooperativas no país. Segundo ela, o cooperativismo é hoje um dos pilares estruturantes da economia nacional, com impacto direto na geração de renda, na inclusão produtiva e no desenvolvimento regional.
A superintendente lembrou que 12% da população brasileira é cooperada e que o setor movimenta R$ 757,9 bilhões em ingressos somados, além de gerar 578 mil empregos diretos. Destacou ainda a representatividade do agro dentro do sistema: 53% da produção nacional de grãos, 55% do café, 52% da soja e 75% do trigo têm origem em produtores associados a cooperativas.
Durante sua fala, Tania defendeu a relevância estratégica da assistência técnica cooperativa, que alcança 63,8% dos produtores associados, contra 20,2% do total no país. “Os números mostram que onde existe cooperativismo, existe desenvolvimento. A presença das cooperativas transforma territórios, leva tecnologia, fortalece organizações e gera oportunidades. Esse impacto não é abstrato: é concreto, visível e mensurável”, afirmou.
Ela também destacou a atuação institucional do Sistema OCB na defesa do setor, tanto nos debates da Reforma Tributária quanto na consolidação de políticas públicas estruturantes, como Plano Safra, crédito rural sustentável, bioeconomia e conectividade. “O que defendemos é segurança jurídica, competitividade e condições para que as cooperativas continuem crescendo e cumprindo sua missão social”, disse.
Em um momento voltado às perspectivas nacionais, Tania reforçou o protagonismo do Brasil na COP30, que está sendo realizada em Belém (PA), e o papel das cooperativas na transição para uma economia de baixo carbono. “O cooperativismo tem tudo para ser protagonista da pauta climática. Temos base territorial, conhecimento técnico, capacidade organizacional e impacto direto nos temas centrais da COP: segurança alimentar, bioeconomia, transição energética e agricultura sustentável.”
A superintendente também falou sobre a mobilização para o Ano Internacional das Cooperativas e as entregas do Sistema OCB em 2025, entre elas, o avanço do programa de formação de conselheiros, a ampliação de soluções digitais, a intensificação das ações de comunicação da marca SomosCoop e a integração das unidades estaduais.
A sessão especial fez parte da mobilização nacional em torno do Ano Internacional das Cooperativas, instituído pela ONU, e integrou as atividades realizadas no município em reconhecimento ao papel do cooperativismo na transformação econômica e social da região.
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INOVAÇÃO
04/09/2025
InovaCoop lança área dedicada ao uso da Inteligência Artificial
Nova seção reúne conteúdo e facilita acesso de cooperativas a ferramentas e casos de sucesso
A inteligência artificial (IA) já faz parte da rotina de diversas cooperativas brasileiras e agora ganhou um espaço exclusivo no InovaCoop. A plataforma de inovação do cooperativismo lançou a aba Saiba Mais IA, que reúne conteúdos acessíveis e práticos para apoiar cooperativas de todos os ramos na adoção dessa tecnologia.
O novo espaço chega para facilitar a vida de dirigentes, colaboradores e cooperados interessados em entender como aplicar a IA em processos, serviços e estratégias de negócios. Nele é possível encontrar desde guias básicos até materiais mais avançados sobre temas como engenharia de prompt, governança de dados, uso de ferramentas gratuitas e pagas, além de vídeos explicativos.
Segundo Guilherme Souza Costa, gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB, a iniciativa tem como objetivo democratizar o acesso ao conhecimento. “A inteligência artificial não é uma solução mágica. Ela gera bons resultados quando está alinhada ao propósito da cooperativa e apoiada em dados estruturados. O Saiba Mais IA foi pensado justamente para oferecer conteúdos claros, práticos e úteis, que ajudem as cooperativas a avançarem nessa jornada de forma estratégica”, afirma.
Casos inspiradores
A nova aba também apresenta exemplos concretos do uso da inteligência artificial no cooperativismo. Um dos destaques é a Unimed Grande Florianópolis, que implementou o Robô Laura, sistema de IA capaz de monitorar em tempo integral sinais vitais de pacientes. A tecnologia identifica riscos de sepse em tempo real, permitindo respostas rápidas e aumentando a segurança do atendimento hospitalar.
No agro, a Cooxupé, maior cooperativa de café do mundo, utiliza inteligência artificial para classificar cafés especiais. O sistema garante precisão na avaliação dos grãos, valoriza a produção dos cooperados e fortalece a competitividade no mercado internacional.
Já no crédito, cooperativas começam a explorar soluções de IA para análise de riscos e atendimento ao cooperado, abrindo caminho para serviços mais personalizados e ágeis.
“O cooperativismo tem a preocupação de beneficiar a todos. Quando uma cooperativa adota IA, busca não apenas melhorar processos, mas entregar soluções que impactam positivamente a vida dos cooperados e das comunidades”, destaca Guilherme.
Jornada coletiva
Além de guias e cases, o Saiba Mais IA traz e-books sobre dados e governança, tema fundamental para o uso responsável da tecnologia. A proposta é estimular reflexões e oferecer ferramentas que preparem as cooperativas para aproveitar ao máximo as soluções disponíveis.
A ideia é que cada cooperativa, independentemente do ramo ou porte, encontre recursos para iniciar ou aprofundar sua jornada com inteligência artificial. “O movimento é claro: a IA tende a se tornar cada vez mais presente e acessível. As cooperativas têm todas as condições de liderar esse processo com responsabilidade e impacto social. O Saiba Mais IA é um convite para darmos juntos os próximos passos nessa transformação”, conclui Guilherme
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INOVAÇÃO
01/09/2025
ConecteCoop: conheça novo jogo sobre o cooperativismo
Com dinâmicas interativas, game aproximou sociedade do cooperativismo durante o Dia C
O cooperativismo brasileiro ganhou, no último sábado (30), uma ferramenta inédita para se aproximar ainda mais da sociedade: o ConecteCoop, game virtual desenvolvido pelo Sistema OCB para apresentar, de forma lúdica e interativa, os princípios e a força transformadora das cooperativas. A aplicação ocorreu durante o Dia de Cooperar (Dia C), iniciativa que mobiliza cooperativas de todo o Brasil em ações de voluntariado e solidariedade.
A escolha do Dia C para a estreia não foi por acaso. O evento reúne um público diversificado, com pessoas que, muitas vezes, ainda não conhecem o movimento cooperativista. Nesse contexto, o game se mostrou uma porta de entrada criativa e acessível para despertar o interesse de diferentes gerações pelo tema.
A fase piloto
O ConecteCoop foi testado em duas localidades: Campo Grande (MS) e Brasília (DF). Em Campo Grande, a dinâmica aconteceu no Poliesportivo Mamede Assem José, na Vila Almeida, reunindo 41 jogadores. Já em Brasília, a experiência foi realizada no estacionamento do Fórum de Planaltina, com a participação de 109 pessoas.
Ao todo, 150 participantes experimentaram o jogo, interagindo com a proposta de construir uma rede de conexões e descobrir, na prática, como o cooperativismo se fortalece pela soma de esforços.
No game, cada jogador assume um personagem que precisa conquistar cooperados virtuais ao longo de sua jornada. A cada desafio cumprido, a rede cresce, simbolizando como a colaboração gera impacto coletivo e amplia resultados. De forma simples e divertida, o público pôde entender a lógica da cooperação e os benefícios do modelo.
Para o gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB, Guilherme Souza Costa, o piloto confirmou que o game tem potencial de se tornar uma ferramenta estratégica para a comunicação do movimento.
“O ConecteCoop mostra que é possível explicar o cooperativismo de forma leve e envolvente. O piloto nos mostrou que o game tem potencial para ser utilizado em diferentes eventos e espaços, ajudando a atrair novos públicos para conhecer a nossa forma de organização”, avaliou.
Apoio das OCEs
A realização do piloto contou com o apoio das Organizações das Cooperativas Estaduais de Mato Grosso do Sul (OCB/MS) e do Distrito Federal (OCB/DF), que mobilizaram equipes e voluntários para viabilizar as ações. A parceria foi fundamental para garantir a estrutura, o engajamento e a receptividade local.
Inovação e futuro
O lançamento do ConecteCoop faz parte de uma estratégia mais ampla do Sistema OCB de investir em ferramentas inovadoras de aproximação com a sociedade. A ideia é que o game seja utilizado em grandes eventos, escolas, feiras, encontros comunitários e ambientes digitais, fortalecendo a presença do cooperativismo em diferentes espaços.
“Estamos sempre em busca de novas formas de dialogar com a sociedade. O ConecteCoop é mais uma prova de que o cooperativismo tem linguagem atual e pode se conectar com diferentes gerações”, concluiu Guilherme.
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INOVAÇÃO
Sistema OCB apoia internacionalização do empreendedorismo feminino
Evento promovido pela ApexBrasil reforça importância de impulsionar negócios liderados por mulheres
O Sistema OCB marcou presença no evento Mulheres e Negócios Internacionais – Territórios, promovido pela ApexBrasil no dia 10 de junho, em Salvador (BA). A ação teve como foco a capacitação, inspiração e conexão de mulheres empreendedoras com o mercado internacional e se insere no âmbito do Programa Mulheres e Negócios Internacionais, iniciativa que integra também a Estratégia Nacional de Empreendedorismo Feminino.
Representando o cooperativismo, a gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB/BA, Jussiara Lessa, acompanhou a programação que contou com painéis, oficinas e apresentações de cases de sucesso protagonizados por mulheres de diferentes perfis, setores e faixas etárias. Segundo ela, o evento foi uma demonstração concreta de como a atuação em rede e o apoio institucional podem abrir portas para o empreendedorismo feminino no Brasil.
“Ficou evidente o quanto a parceria entre instituições como a ApexBrasil, Sebrae e Sistema OCB pode impulsionar mulheres empreendedoras — inclusive cooperadas — a expandirem seus negócios para o mercado internacional. Já temos cooperativas lideradas por mulheres com produtos de excelência e esse tipo de articulação fortalece caminhos para a exportação”, destacou Jussiara.
Durante o evento, foram apresentados exemplos como o da startup baiana EcoCiclo, criadora de absorventes biodegradáveis, e da empresa Latitude 13 Cafés Especiais, liderada por mulheres e responsável pela produção de cafés premiados cultivados na Chapada Diamantina. Muitos dos relatos destacaram a importância da formação empreendedora por meio de iniciativas como o curso Empretec, ofertado pelo Sebrae, e o apoio de políticas públicas que integram raça, gênero e desenvolvimento regional.
O evento também foi um espaço de escuta e acolhimento de diferentes trajetórias femininas, reforçando o valor da representatividade. Mulheres que começaram com poucos recursos, mas com muita determinação, dividiram o palco com empreendedoras consolidadas, em um ambiente de aprendizado mútuo.
O encontro contou com o apoio dos ministérios do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (MEMP), das Mulheres, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Banco do Brasil, Correios e Sepromi, entre outros parceiros.
A atuação do Sistema OCB no evento também reforça uma das diretrizes do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) firmado com a ApexBrasil. O ACT prevê, entre suas prioridades, o fortalecimento de iniciativas voltadas à igualdade de gênero, com foco especial no estímulo à internacionalização de negócios liderados por mulheres. Com essa diretriz, a parceria tem buscado ampliar a presença feminina nas ações de promoção comercial internacional, abrindo novas oportunidades para que cooperativas lideradas por mulheres possam alcançar mercados estrangeiros.
Por meio desse acordo, o Sistema OCB e a ApexBrasil têm somado esforços para garantir que mais cooperativas, especialmente aquelas protagonizadas por mulheres, tenham acesso às ferramentas, capacitações e ações estratégicas voltadas à exportação. A presença no evento realizado em Salvador reflete esse compromisso com a inclusão produtiva e com a promoção de um cooperativismo cada vez mais diverso e competitivo, alinhado à agenda ESG e às políticas públicas de desenvolvimento sustentável com recorte de gênero.
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17/06/2025
INOVAÇÃO
8ª EBPC incentiva pesquisa acadêmica como motor do cooperativismo
Edição 2025 busca ampliar debate sobre contribuição do setor para o desenvolvimento sustentável
O Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo (EBPC) chega à sua 8ª edição e reafirma o papel essencial no avanço das pesquisas sobre o cooperativismo no Brasil. Com o tema Ano Internacional das Cooperativas: Integração, Impacto e Perspectivas para o Cooperativismo Brasileiro, o evento será realizado entre os dias 6 e 8 de outubro, em Brasília, e está com chamada aberta para submissão de trabalhos e iniciação científica até o dia 1º de junho.
Desde 2010, o EBPC tem se consolidado como o principal espaço de diálogo entre a academia, as cooperativas, os órgãos de representação e os agentes de fomento ao setor. É um ambiente que valoriza o cooperativismo como um campo de estudo estratégico, multidisciplinar e profundamente conectado com os desafios contemporâneos da sociedade.
“Mais do que um evento científico, o EBPC é um espaço de construção coletiva de saberes. A cada edição, vemos crescer o interesse da academia pelo cooperativismo, o que demonstra a potência do setor como objeto de estudo e ação. Este ano, com o tema alinhado ao Ano Internacional das Cooperativas, vamos aprofundar o debate sobre o impacto do modelo cooperativista no desenvolvimento sustentável do país”, destaca Guilherme Souza Costa, gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB.
A oportunidade reforça o compromisso do EBPC com o fortalecimento da produção acadêmica qualificada e com o reconhecimento dos pesquisadores dedicados ao tema.
Os trabalhos devem se enquadrar em um dos cinco eixos temáticos:
Identidade Cooperativa e Direito Cooperativo;
Educação, Inovação e Diversidade;
Governança e Gestão;
Contabilidade, Finanças e Desempenho;
Impactos e Contribuições Econômicas, Sociais e Ambientais.
Além da visibilidade científica, os trabalhos aprovados e apresentados no 8º EBPC serão convidados a participar do processo de Fast Track, um fluxo prioritário de publicação em revistas científicas renomadas. A participação deverá respeitar os critérios definidos por cada publicação (serão divulgadas em breve) e o aceite será facultado ao aceite dos autores. Para esta edição as revistas habilitadas são: .
Revista de Gestão e Organizações Cooperativas - RGC (UFSM) - ISSN 2359-0432
Brazilian Administration Review - BAR (ANPAD) - ISSN 1807-7692
Contabilidade Vista & Revista (UFMG) - ISSN 0103-734
Administração Pública e Gestão Social (UFV) - ISSN 2175-5787
Pesquisadores, estudantes e profissionais engajados na construção de um setor mais robusto e sustentável são convidados a contribuir com o evento. Submeta seu artigo científico ou de iniciação científica até 01 de junho no site do evento.
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17/04/2025
INOVAÇÃO
Sistema OCB estimula cultura de inovação com protagonismo coletivo
Programa de Ideias reúne colaboradores em jornada de colaboração e experimentação
Com o objetivo de estimular o pensamento criativo, fortalecer a cultura da inovação e impulsionar soluções com alto impacto institucional, o Sistema OCB promoveu, no dia 10 de abril, o workshop Como Gerar Boas Ideias, que reuniu cerca de 55 colaboradores em um encontro virtual conduzido pela especialista em transformação cultural e inovação, Mari Barbosa, parceira da ACE Cortex, consultoria de negócios.
A ação marcou o início do Programa de Ideias, iniciativa estratégica da entidade voltada à promoção da inovação de forma colaborativa e contínua entre os times da organização. Mais do que uma capacitação, o workshop foi um convite à experimentação. “Foi uma demonstração prática de como a inovação pode ser acessível a todos. Ver colaboradores de diferentes áreas realizando trocas e construindo juntos ideias que podem fazer a diferença no dia a dia do Sistema OCB é extremamente motivador”, declarou Guilherme Costa, gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB.
Para Hellen Beck, analista de inovação, o engajamento dos participantes foi inspirador. “Estou muito empolgada com o que estamos construindo juntos! O Programa de Ideias é uma grande oportunidade para colocarmos em prática nosso potencial criativo e, mais do que isso, para inovarmos de forma coletiva e com propósito, assim como o cooperativismo”, afirmou.
Durante a atividade, os participantes foram provocados a refletir sobre os conceitos de inovação, valor e impacto, a partir da compreensão de que boas ideias surgem da combinação entre desejo, viabilidade e execução. Por meio de dinâmicas práticas, o grupo foi incentivado a enxergar problemas sob novas perspectivas, relacionar desafios institucionais com oportunidades de inovação, e transformar insights em propostas concretas para submissão ao programa.
Segundo Mari Barbosa, iniciativas como a do Sistema OCB representam um importante passo para democratizar a inovação dentro das instituições. “Inovar não é algo distante, mas uma responsabilidade conjunta. Intraempreender é, acima de tudo, olhar para os desafios do dia a dia com curiosidade, colaboração e provocação”, disse. Para ela, “foi encantador ver esse comportamento durante o workshop, com cada participante contribuindo, escutando e sonhando um futuro de alto impacto para o Sistema OCB”, destacou.
Ao longo do encontro, temas como colaboração entre áreas, escuta ativa, construção coletiva e a conexão entre propósito e inovação permearam os exercícios propostos. As ideias apresentadas pelos participantes serão, agora, organizadas e inscritas no programa, que prevê novas etapas ao longo do ano para seleção, desenvolvimento e implantação das sugestões mais promissoras.
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14/04/2025
INOVAÇÃO
Consórcio internacional aponta caminhos para o cooperativismo digital
Fórum anuncia conferência sobre inteligência artificial e apresenta novos bolsistas
Na última terça-feira (01), foi realizada a primeira reunião oficial do Consórcio de Cooperativismo de Plataforma, uma iniciativa internacional que reúne pesquisadores, organizações e lideranças cooperativistas para discutir os rumos da economia de plataformas colaborativas e seus impactos sobre o futuro do cooperativismo.
Guilherme Souza Costa, gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB, afirmou que a entidade é parceira do projeto e reforça seu compromisso com a inovação e com o acompanhamento das transformações que moldam os novos modelos de organização econômica e social. “Estamos atentos às mudanças na economia digital porque sabemos que elas impactam diretamente os modelos de organização produtiva e social e, por isso, queremos que o cooperativismo esteja na linha de frente desse futuro”, disse.
Sob a liderança de Trebor Scholz, professor e pesquisador reconhecido globalmente por seus estudos sobre cooperativismo digital, o consórcio atua como um fórum permanente de articulação, produção de conhecimento e construção de alternativas cooperativas para o universo das plataformas digitais. A iniciativa é apoiada pelo Institute for the Cooperative Digital Economy (ICDE), entidade independente voltada à pesquisa sobre os impactos da economia de plataformas colaborativas e cooperativas.
Durante a reunião, foram apresentados os novos bolsistas do ICDE, entre eles dois pesquisadores brasileiros que se destacaram internacionalmente por seus trabalhos sobre cooperativismo digital, economia solidária e tecnologias inclusivas.
O pós-doutor Kenzo Seto, atualmente na Faculdade de Direito de Yale, com doutorado em Comunicação pela UFRJ, estuda infraestruturas digitais descentralizadas e cooperativas de plataforma no Brasil e na Argentina. O foco de sua pesquisa está na soberania digital e na democracia econômica, que conecta direito, tecnologia e teoria política a partir de uma base de ativismo e organização coletiva entre trabalhadores da tecnologia.
Já Lila Gaudêncio, bolsista de Gates Cambridge e doutoranda na Universidade de Cambridge, dedica sua pesquisa à análise da plataforma E-dinheiro, do Brasil. Seu trabalho investiga como moedas comunitárias digitais podem transformar as finanças solidárias, promover governança cooperativa e democratizar a participação econômica por meio de fintechs orientadas por valores cooperativistas.
Para Guilherme Cost, acompanhar, de perto, o avanço da economia de plataformas colaborativas é fundamental para o futuro do cooperativismo brasileiro. “Essas transformações nos ajudam a antecipar mudanças, adaptar modelos de negócio e explorar novas formas de cooperação, tanto por meio da adoção de tecnologias quanto pelo surgimento de cooperativas inovadoras, mais conectadas com os desafios e oportunidades do nosso tempo”.
Durante a reunião, também foi anunciada a realização da primeira conferência global sobre Cooperativismo e Inteligência Artificial. Batizado de Cooperative AI, o evento será realizado entre os dias 11 e 14 de novembro, em Istambul (Turquia), e reunirá especialistas, cooperativistas e desenvolvedores de tecnologia para discutir os potenciais e os riscos da IA sob a ótica dos valores cooperativos.
A proposta é aprofundar o debate sobre como a inteligência artificial pode ser incorporada de forma ética, democrática e inclusiva no ambiente das cooperativas, promovendo ganhos de eficiência e inovação sem abrir mão da autonomia e da participação coletiva que são a base do modelo cooperativista.
Mais informações em podem ser encontradas no site do Consórcio
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08/04/2025
INOVAÇÃO
Inscrições abertas para o 8º EBPC
Evento reunirá pesquisadores do setor para debater avanços e desafios do coop
Estão abertas, nesta quinta-feira (20), as submissões de trabalhos para o 8º Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo (EBPC), que neste ano trará o tema Ano Internacional das Cooperativas: Integração, Impacto e Perspectivas para o Cooperativismo Brasileiro.
Realizado pela primeira vez em 2010, o EBPC tem se consolidado como um dos principais espaços nacionais para a troca de conhecimento entre a academia, as cooperativas, os órgãos de representação e fomento, bem como demais interessados no cooperativismo. Ao longo de suas sete edições anteriores, o evento tem desempenhado um papel importante na disseminação de estudos e boas práticas voltadas ao fortalecimento do setor.
O evento será realizado entre os dias 6 e 8 de outubro, em Brasília e reunirá pesquisadores, gestores de cooperativas, profissionais do sistema de aprendizagem e representantes do setor para debater os avanços e desafios do cooperativismo no Brasil.
Para Guilherme Souza Costa, o EBPC proporciona um debate enriquecedor sobre o futuro do cooperativismo. “A cada edição, o evento fortalece a troca de conhecimento e impulsiona novas perspectivas para o setor, evidenciando o cooperativismo como terreno fértil de pesquisa para toda a academia. Com o tema deste ano alinhado ao Ano Internacional das Cooperativas, aprofundamos o entendimento sobre o impacto e as oportunidades do cooperativismo no Brasil, com estímulo às pesquisas que contribuam para seu desenvolvimento sustentável”, disse.
Este ano, os trabalhos submetidos devem estar alinhados a um dos cinco eixos temáticos do evento:
Identidade Cooperativa e Direito Cooperativo;
Educação, Inovação e Diversidade;
Governança e Gestão;
Contabilidade, Finanças e Desempenho;
Impactos e Contribuições Econômicas, Sociais e Ambientais.
Os interessados podem submeter seus trabalhos até o dia 1º de junho. Os autores das 50 melhores pesquisas receberão apoio de custeio de deslocamento e hospedagem para participação presencial no evento.
Para mais informações sobre o evento, instruções para submissão de trabalhos e regras detalhadas, acesse os links:
Instruções gerais, áreas temáticas e detalhes do evento
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INOVAÇÃO
Sistema OCB oferece capacitação sobre fontes de fomento para região amazonense
Workshop promoveu imersão com dinâmicas práticas e relatos de boas práticas de sucesso
O Sistema OCB, em parceria com o Sistema OCB/AM, promoveu, entre os dias 30 e 31 de janeiro, uma imersão com o tema Fontes de Fomento para Inovação. O evento, realizado em Manaus, foi dividido em dois momentos: o primeiro, dedicado à equipe da Organização Estadual e, o segundo, voltado para 12 cooperativas e 34 cooperados locais.
O gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB Nacional, Guilherme Costa, explicou que a inovação só se materializa quando há recursos que permitem viabilizar boas ideias. “Esse workshop foi fundamental para empoderar as cooperativas, além de mostrar caminhos práticos para acessar as fontes de fomento e transformar seus projetos em realidade”, afirmou.
A imersão teve como objetivo capacitar os participantes para identificar e acessar diferentes fontes de financiamento e apoio à inovação, em formatos públicos e privados. Além disso, buscou desenvolver competências para a elaboração de projetos estruturados, com foco na captação de recursos.
Os participantes foram conduzidos por uma dinâmica dividida em duas etapas complementares. Começou com uma apresentação expositiva, que abordou as principais fontes de fomento disponíveis e destacou as oportunidades que podem ser aproveitadas pelas cooperativas. E seguiu com um treinamento prático, com realização de atividades voltadas para a construção de projetos aptos para submissão em editais de fomento.
No segundo dia, o evento também contou com relatos de boas práticas de cooperativas que já tiveram sucesso na captação de recursos, como a Copamart e a Copasa, que compartilharam suas experiências sobre o acesso às fontes de financiamento, enquanto a Unicred e o Sicoob Amazônia destacaram oportunidades de crédito específicas para cooperativas.
A superintendente do Sistema OCB/AM, Cláudia Sampaio, ressaltou que a capacitação foi um grande aprendizado. Ela destacou as oportunidades disponíveis para orientar as cooperativas no desenvolvimento de projetos inovadores por meio das diversas opções de fomento existentes. “As cooperativas que participaram saíram motivadas a desenvolver soluções utilizando as ferramentas apresentadas. O evento foi importante para o desenvolvimento do cooperativismo amazonense”, declarou.
O workshop buscou ainda sensibilizar as cooperativas da região amazônica sobre a importância do fomento à inovação e ampliou as possibilidades de acesso a recursos estratégicos. O analista de inovação do Sistema OCB, Eduardo Sampaio, destacou que a oportunidade foi excelente para que as cooperativas da região aprendessem mais sobre o tema. “Ficou evidente que os participantes saíram mais confiantes para construir projetos estruturados e aptos a captar recursos, além de ampliar as oportunidades de crescimento e inovação”, disse.
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Crédito
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Saúde
Seguros
Trabalho, Produção de Bens e Serviços
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NEGÓCIOS
19/09/2025
Brasil cooperativo abre portas para o mundo com catálogo de exportadoras
Publicação apresenta agro e artesanato para ampliar presença global do cooperativismo
O cooperativismo brasileiro acaba de ganhar mais um instrumento estratégico para ampliar sua presença no mercado internacional. O Catálogo Brasileiro de Cooperativas Exportadoras, lançado pelo Sistema OCB, reúne informações de cooperativas com experiências em exportação e oferece um panorama qualificado de produtos, serviços e potenciais parceiros para compradores e instituições de comércio exterior em todo o mundo.
A publicação é voltada a importadores, distribuidores, parceiros institucionais e representantes de órgãos públicos e privados que atuam no comércio internacional. Com versões em português, inglês, espanhol e mandarim, o catálogo pretende aproximar o que o Brasil cooperativo tem de melhor a mercados exigentes e diversificados, reforçando a imagem de qualidade, sustentabilidade e inovação que o setor representa.
“O catálogo é um convite para o mundo conhecer a força e a diversidade do cooperativismo brasileiro, que combina qualidade, compromisso social e sustentabilidade. Ao conectar nossas cooperativas a novos mercados, abrimos portas para oportunidades que geram renda, desenvolvimento e impacto positivo dentro e fora do país”, destaca Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB.
Dois setores, um objetivo: crescer no mundo
O catálogo contempla dois segmentos de destaque na pauta exportadora cooperativista: agronegócio e artesanato. No agro, a ferramenta ajuda cooperativas a acessar novos mercados, negociar melhores preços e gerar mais renda para os cooperados. Já no artesanato, valoriza a identidade cultural brasileira e abre portas para nichos como comércio justo e consumo consciente, em que a origem e o impacto social dos produtos são diferenciais competitivos.
Em ambos os casos, a publicação destaca soluções sustentáveis, rastreáveis e competitivas, capazes de atender a demandas internacionais cada vez mais voltadas para práticas responsáveis e produtos de alta qualidade.
Inteligência de mercado
Além de ser um material promocional, o catálogo também funciona como fonte de inteligência, permitindo conhecer melhor o perfil das cooperativas exportadoras brasileiras e direcionar de forma mais assertiva as ações de qualificação e promoção do setor.
“Com essa base organizada, podemos atuar de forma mais estratégica, conectando nossas cooperativas com as oportunidades certas e fortalecendo o posicionamento do Brasil no cenário internacional”, completa Márcio.
Essa abordagem fortalece a atuação conjunta entre o Sistema OCB, o governo e parceiros institucionais como a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), além de embaixadas e adidos agrícolas, que poderão utilizar o material como referência em ações de promoção comercial.
Mais oportunidades, mais impacto
O Catálogo Brasileiro de Cooperativas Exportadoras representa ganhos para todos os envolvidos: para as cooperativas, que poderão ampliar sua base de clientes e consolidar marcas no exterior; para o Sistema OCB, que fortalece sua rede de contatos e sua capacidade de promoção; e para o país, com a geração de divisas, renda e empregos.
O documento apresenta desde cooperativas com atuação já consolidada no mercado global até aquelas que estão iniciando sua jornada internacional, com potencial de se tornar referência em seus segmentos.
O catálogo terá atualização bianual, garantindo que as informações estejam sempre atualizadas e em sintonia com as demandas do mercado internacional. As cooperativas interessadas em incluir seus produtos e contatos na publicação podem procurar diretamente a Organização Estadual à qual são vinculadas, que fará o encaminhamento das informações ao Sistema OCB
O material será distribuído a parceiros institucionais, embaixadas brasileiras, adidos agrícolas e compradores internacionais, além de ser utilizado pelo Sistema OCB e pelas organizações estaduais em feiras, missões e rodadas de negócios.
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CapacitaCoop: Novo curso prepara cooperativas para Reforma Tributária
Capacitação gratuita e online oferece orientação sobre adaptações fiscais
O Sistema OCB lançou o curso Reforma Tributária do Consumo para Cooperativas, disponível na plataforma CapacitaCoop. Gratuito e 100% online, o conteúdo foi desenvolvido para apoiar dirigentes, conselheiros fiscais, gestores tributários, auditores e contadores de cooperativas na compreensão das mudanças promovidas pela Reforma Tributária no Brasil.
O curso aborda a parte geral da reforma, com foco na tributação sobre o consumo e apresenta orientações sobre como as cooperativas podem se adaptar ao novo regime. A trilha de aprendizagem inclui vídeos explicativos, podcasts temáticos, atividades e e-books complementares.
Segundo a gerente de Relações Institucionais do Sistema OCB, Clara Maffia, o tema exige atenção redobrada do setor. “A Reforma Tributária representa uma das maiores transformações do sistema fiscal brasileiro em décadas. Nosso objetivo é oferecer uma capacitação acessível, didática e consistente, que ajude as cooperativas a entenderem o impacto das mudanças e a se prepararem de forma estruturada para a transição”, afirmou.
A estrutura do curso contempla seis módulos principais: introdução à Reforma Tributária; alterações na tributação sobre o consumo; impactos operacionais e econômicos para as cooperativas; período de transição; apuração, recolhimento e declaração dos novos tributos; e compensação ou ressarcimento dos tributos substituídos.
Ao concluir os estudos e alcançar 70% de aproveitamento na avaliação de aprendizagem, o participante terá acesso ao certificado digital. O conteúdo foi elaborado com linguagem acessível, rigor técnico e foco em soluções práticas.
Clara também reforça a importância da mobilização das cooperativas: “Este é o momento de se antecipar. Quanto mais cedo dirigentes e gestores compreenderem as novas regras, mais preparados estaremos para manter a competitividade e o equilíbrio econômico do setor”, completou.
Além do curso geral, o Sistema OCB prepara a disponibilização de módulos específicos por ramos do cooperativismo, que serão lançados em uma segunda fase.
Como parte das ações de orientação técnica, o Sistema OCB publicou materiais específicos sobre a Reforma Tributária no boletim Panorama Coop Tributário. Duas edições já foram disponibilizadas, sendo a mais recente em 14 de agosto. Novas publicações estão previstas para os próximos meses, com análises detalhadas e foco nos impactos práticos da reforma para o cooperativismo.
Prepare sua coop para a Reforma Tributária, inscreva-se já e acompanhe o Panorama Coop.
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NEGÓCIOS
Sistema OCB debate fortalecimento do crédito cooperativo com o MIDR
Diálogo mira expansão da participação das cooperativas de crédito nos Fundos Constitucionais de Financiamento
O Sistema OCB deu mais um passo estratégico para ampliar a presença e a contribuição do cooperativismo de crédito nas políticas públicas de desenvolvimento regional. Em reunião nesta segunda-feira (14), com o secretário de Fundos e Instrumentos Financeiros do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), Eduardo Corrêa Tavares, a superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, apresentou as propostas construídas pelo setor para otimizar o uso dos Fundos Constitucionais de Financiamento (FCFs).
O encontro teve como objetivo alinhar agendas e reforçar o papel do cooperativismo como parceiro estratégico da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR). Para Tania Zanella, a atuação do setor é essencial para ampliar o alcance dos recursos públicos a comunidades e municípios das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste.
“Levamos ao ministério uma contribuição técnica que nasce da experiência prática das nossas cooperativas de crédito, que já operam os recursos dos fundos e conhecem de perto as necessidades das regiões. É uma pauta construída a várias mãos, com a participação dos principais sistemas cooperativos e das nossas organizações estaduais”, destacou Tania.
Atualmente, as cooperativas de crédito desempenham um papel crescente nos repasses dos Fundos Constitucionais. Dados apresentados durante a reunião mostram que, entre 2019 e 2024, a cobertura municipal do cooperativismo passou de 25,6% para 42,4% no Norte e de 59,3% para 78,8% no Centro-Oeste. Esse avanço se deve, em grande parte, ao aumento significativo da participação direta do sistema nos repasses, o que ampliou a inclusão financeira em áreas antes desassistidas.
Agenda propositiva
Entre os principais pontos discutidos com o secretário Eduardo Tavares, estão o reconhecimento formal do cooperativismo de crédito como parceiro estratégico da PNDR, a realização de um evento institucional no MIDR para entrega das propostas do setor, e o convite para participação do Sistema OCB nas reuniões dos Conselhos Deliberativos (Sudene, Sudam e Sudeco).
“O cooperativismo está pronto para contribuir ainda mais com o desenvolvimento regional. Nossas propostas visam melhorar a governança, dar mais previsibilidade e eficiência aos repasses e garantir equidade nas condições de acesso aos recursos”, explicou a superintendente.
O secretário Eduardo Tavares reconheceu o potencial transformador do setor e se mostrou receptivo às pautas apresentadas. Segundo ele, a integração do cooperativismo às políticas públicas pode ampliar o impacto social e econômico dos fundos.
As propostas apresentadas ao MIDR trazem medidas voltadas aos eixos legislativo e regulatório, com foco na melhoria da operacionalização dos fundos e na ampliação da participação do cooperativismo no planejamento e execução das políticas públicas. “A união de esforços entre bancos administradores e cooperativas é fundamental para otimizar os recursos e garantir que eles cheguem a quem mais precisa. Nosso compromisso é com uma política de desenvolvimento regional mais eficiente e inclusiva”, concluiu Tania.
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14/07/2025
NEGÓCIOS
Programa ESGCoop leva Solução Eficiência Energética à Cotripal no RS
Equipe técnica realizou diagnóstico para otimizar o consumo de energia e reduzir emissões de GEE na cooperativa
A Cotripal, cooperativa agro com sede em Panambi (RS), recebeu entre os dias 24 e 27 de junho a visita técnica do Programa ESGCoop – Solução Eficiência Energética, iniciativa coordenada pelo Sistema OCB em parceria com a OCERGS. A ação integra a terceira fase da Solução e contou com um detalhado mapeamento de oportunidades para aprimorar a gestão do consumo de energia, reduzir emissões de gases de efeito estufa e otimizar custos operacionais.
A visita incluiu uma programação intensa: reuniões iniciais com a diretoria para apresentação da metodologia, inspeções técnicas no frigorífico e no complexo de varejo – que engloba supermercado, açougue, restaurante e magazine – e, por fim, um encontro final para compartilhar impressões preliminares do diagnóstico. Todas as atividades foram acompanhadas de perto pela equipe de engenharia da Cotripal, que participou ativamente das discussões e levantamento de dados.
“Ao aplicar esse diagnóstico, estamos contribuindo para que a Cotripal avance na eficiência energética e se fortaleça enquanto agente de transformação ambiental e social. Essa é uma das formas de o cooperativismo demonstrar seu compromisso com as agendas globais de sustentabilidade”, destacou Laís Nara Castro, analista de Meio Ambiente do Sistema OCB.
Para Thiago dos Santos, gerente de engenharia da Cotripal, o trabalho já está gerando reflexões importantes para a cooperativa. “Apesar de estarmos na fase de levantamento e sem o diagnóstico final, já percebemos a seriedade e o rigor técnico da consultoria. A eficiência energética vai além do aspecto econômico; está ligada ao nosso compromisso com a sustentabilidade e com os valores do cooperativismo”, afirmou.
O gerente ressaltou ainda que o apoio da equipe técnica da consultoria Stride conseguiu envolver todos os setores da cooperativa e trouxe uma abordagem organizada e prática. “O apoio do Sistema OCB e do Sistema Ocergs nos dá segurança para implementar melhorias efetivas. Essa parceria agrega muito valor e nos permite enxergar oportunidades que, no dia a dia, poderiam passar despercebidas”, completou Thiago.
O diagnóstico realizado na Cotripal é parte de um movimento mais amplo de apoio às cooperativas brasileiras na busca por uma gestão mais eficiente e alinhada às boas práticas ambientais. A Solução Eficiência Energética, que faz parte do Programa ESGCoop, já conta com a participação de 15 cooperativas em diferentes estados brasileiros. A proposta é que, a partir dessas análises técnicas, sejam elaborados planos de ação com soluções de curto, médio e longo prazos.
“Essa etapa presencial é essencial porque permite identificar, in loco, como cada cooperativa pode reduzir desperdícios, modernizar processos e avançar no uso consciente de recursos naturais. Estamos falando de ganhos ambientais, mas também de eficiência operacional e redução de custos, o que reforça o papel do cooperativismo como protagonista do desenvolvimento sustentável”, explicou Laís.
A iniciativa se alinha diretamente ao compromisso do cooperativismo com a Agenda 2030 da ONU e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente aqueles relacionados à energia limpa e acessível, ação contra as mudanças climáticas e consumo responsável.
“Estamos confiantes de que o diagnóstico final nos trará insights valiosos e propostas viáveis, que poderão ser incorporadas de forma estratégica ao nosso planejamento. Isso reforça nossa responsabilidade ambiental e o cuidado com os recursos naturais, além de garantir mais eficiência para nossos processos internos”, concluiu Thiago.
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03/07/2025
NEGÓCIOS
Cooperativismo avança em indicadores ESG e soluções sociais com foco no impacto
Sistema OCB promove encontros estratégicos para fortalecer práticas sustentáveis e inclusivas
Nos dias 24 e 25 de junho, o Sistema OCB promoveu dois encontros estratégicos para incentivar a construção de uma sociedade mais sustentável, inclusiva e inovadora. As reuniões do Grupo de Trabalho ESGCoop e da Câmara Temática Social reuniram representantes de cooperativas, organizações estaduais do Sistema OCB, sistemas organizados e especialistas para avançar na construção de indicadores ESG e no fortalecimento das soluções sociais do movimento.
No dia 24, foi realizada a reunião presencial do Grupo de Trabalho ESGCoop, com foco na construção dos indicadores específicos para o Ramo Saúde. Participaram integrantes das Organizações Estaduais (OCEs) (Ocemg, Ocesp, Ocesc e Ocepar), dos sistemas Unimed e Uniodonto, além de cooperativas convidadas especialmente para compor um grupo de especialistas: Uniodonto Manaus, Coopanest-CE, Unimed Federação Minas, Unimed Campo Grande, Unimed Londrina, Uniodonto Campinas, Unimed Nacional, Unimed FESP, Unimed Fortaleza, COOENF/PR, Unimed do Brasil, Uniodonto do Brasil, Fencom, CoopCare (DF) e Uniodonto Porto Alegre.
A agenda deu continuidade ao processo iniciado com uma reunião online preparatória, no dia 13 de junho, e teve como objetivo avaliar, com base em metodologia especializada, os indicadores que melhor representam o desempenho ESG das cooperativas de saúde. Além disso, o encontro marcou a participação de diversas cooperativas que integraram o GT ESGCoop pela primeira vez, fortalecendo a representatividade e a diversidade de experiências no debate.
Jacqueline Oliveira Estevan, diretora de Governança, Risco e Compliance, da Uniodonto Campinas, destacou a aplicação prática dos debates. “A gente pôde olhar na prática, no operacional, e trazer isso para o dia a dia. É você pegar o ESG e colocar ali na operação. O resultado disso para as cooperativas vai ser gigante”.
Para Luis Antônio Schmidt, gerente geral do Sistema Ocesp, o ponto forte da construção coletiva está na legitimidade do processo. “Esse trabalho só tem relevância porque foi construído a várias mãos. O envolvimento direto das cooperativas, com apoio das unidades estaduais e do Sistema OCB, torna o resultado mais concreto e aplicável”, afirmou.
O grupo já havia concluído os indicadores universais — válidos para todos os ramos — e os indicadores específicos do crédito. O próximo passo será a validação e homologação, até agosto de 2025, da lista final de indicadores ESG para o Ramo Saúde.
Soluções sociais
Já no dia 25, a 3ª reunião presencial da Câmara Temática Social reuniu representantes das OCEs (Ocemg, Ocesp, Ocergs e Ocepar), além de integrantes de sistemas organizados como Sicoob Confederação, Fundação Sicredi, Ailos, Cresol, Infracoop, Unicred e Unimed do Brasil. O encontro teve como foco promover o diálogo e a construção coletiva em torno das soluções sociais alinhadas à Agenda ESG.
Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, deu início às atividades apresentando as soluções sociais e a conexão entre as ações do diagnóstico ESGCoop e os projetos de impacto social. Ela ressaltou que essas iniciativas são parte essencial do modelo de negócios cooperativista e respondem de forma concreta às demandas da sociedade. “As soluções sociais não são ações paralelas — elas estão no centro do modelo de negócios do cooperativismo. São projetos que nascem da base, com propósito claro de transformar realidades, gerar inclusão e desenvolver comunidades”, declarou.
A especialista em Diversidade Cultural e Inclusão Gisele Gomes ministrou a palestra ID&E como infraestrutura de inovação, Gisele provocou reflexões sobre o uso de dados e evidências para fortalecer soluções sociais mais eficazes e orientadas à realidade das comunidades, destacando o potencial transformador da informação bem estruturada.
A Câmara Temática Social atua como um espaço estratégico para fortalecer e disseminar práticas de impacto social no cooperativismo. Ao reunir representantes de diferentes ramos, amplia o alcance das discussões e incentiva a criação de soluções intercooperativas para o desenvolvimento sustentável.
Ainda segundo Débora, a realização articulada desses dois encontros evidencia o compromisso do Sistema OCB com uma atuação integrada nas dimensões econômica, social e ambiental do cooperativismo. “Consolidar indicadores ESG e potencializar as soluções sociais é posicionar as cooperativas como protagonistas de um modelo de desenvolvimento mais justo, responsável e transformador”, complementou.
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27/06/2025
NEGÓCIOS
Parceria CIEE e Sistema OCB fortalece formação de jovens aprendizes
Proposta atende diretrizes do Ministério do Trabalho e reforça papel do cooperativismo na inclusão produtiva da juventude
O Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) e o Sistema OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) firmaram uma parceria estratégica para incluir o cooperativismo nos programas de formação da aprendizagem profissional, conforme previsto na Portaria 3.872/2023 do Ministério do Trabalho e Emprego.
Com base no artigo 18 da normativa, que determina a abordagem de conteúdos sobre cooperativismo e empreendedorismo autogestionário com foco na juventude, o Sistema OCB, por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), desenvolveu um material didático completo e adaptável para jovens aprendizes. A iniciativa visa apoiar entidades formadoras, como o próprio CIEE, no cumprimento da legislação e, sobretudo, na formação cidadã e profissional de adolescentes e jovens.
O conteúdo foi elaborado para uso em diferentes modalidades (presencial, híbrida e à distância), com cargas horárias flexíveis entre 8 e 16 horas. As apostilas dos aprendizes combinam teoria e prática em uma linguagem acessível e preparada para promover competências técnicas, sociais e colaborativas. Já os guias dos instrutores oferecem suporte pedagógico completo, com orientações para aplicação dos conteúdos em sala de aula e no ambiente virtual.
Além disso, foi criado um guia exclusivo para as entidades formadoras, que apresenta as possibilidades de uso do material. A parceria também contempla sugestões de cursos e vídeos da CapacitaCoop, plataforma de ensino EAD do Sistema OCB, que podem ser incorporados aos programas permanentes de capacitação de instrutores, conforme exige o artigo 10 da Portaria.
“Acreditamos que o cooperativismo é uma poderosa ferramenta de transformação social, especialmente para os jovens em fase de iniciação profissional. Com essa parceria, estamos ajudando a construir um futuro mais colaborativo, justo e sustentável”, afirma Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB.
“A parceria com o Sescoop reforça o compromisso do CIEE em oferecer conteúdos de qualidade aos aprendizes. O cooperativismo é um tema fundamental e crucial para o desenvolvimento econômico e social do país e passar esse conhecimento para a juventude é imprescindível”, ressalta Elaine Bancalá, gerente Nacional de Aprendizagem do CIEE.
A ação também reforça o compromisso das instituições com a qualificação profissional da juventude brasileira e com a disseminação dos princípios cooperativistas como alternativa viável e promissora de geração de renda, inclusão produtiva e protagonismo juvenil.
O cooperativismo emprega, segundo o Anuário do Cooperativismo 2024, mais de 550 mil pessoas em todo o Brasil e as perspectivas de crescimento são expressivas. São 23,4 milhões de cooperados que geraram R$ 692 milhões em movimentação financeira em 2023. Com o desafio BRC 1 TRI, o objetivo até 2027, é chegar a 30 milhões de cooperados e R$ 1 trilhão em movimentação.
O CIEE, por sua vez, tem 61 anos de atuação e é a maior ONG de inclusão social e empregabilidade jovem da América Latina dedicada à capacitação profissional de jovens e adolescentes. A instituição, responsável pela inserção de 7 milhões de brasileiros no mundo do trabalho, mantém uma série de ações socioassistenciais voltada à promoção do conhecimento e fortalecimento de vínculos de populações prioritárias.
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26/06/2025
NEGÓCIOS
Cooperativas ganham destaque na Naturaltech 2025
Maior feira de alimentos naturais da América Latina reuniu 800 expositores e 1,7 mil marcas
O cooperativismo brasileiro marcou presença na 19ª edição da Naturaltech & Bio Brazil Fair, realizada entre os dias 11 e 14 de junho, no Distrito Anhembi, em São Paulo. Considerada a maior feira de alimentos naturais, orgânicos e saudáveis da América Latina, a Naturaltech reuniu mais de 800 expositores e 1,7 mil marcas, com expectativa de atrair mais de 50 mil visitantes ao longo do evento.
Pelo segundo ano consecutivo, o Sistema OCB participou da Naturaltech com o estande institucional SomosCoop – Cooperativas do Brasil, reforçando o compromisso com a promoção de negócios, visibilidade de marca e acesso a mercados estratégicos. A ação foi coordenada pela área de Negócios da entidade, que busca fortalecer a presença cooperativista em segmentos promissores da economia.
“O cooperativismo tem muito a contribuir com o mercado de produtos naturais, e eventos como esse são fundamentais para mostrar a qualidade, a diversidade e o potencial comercial das nossas cooperativas. A Naturaltech é um espaço estratégico para ampliar conexões, gerar negócios e promover a marca cooperativista no cenário nacional e internacional”, destacou Jean Fernandes, analista da Coordenação de Negócios do Sistema OCB.
Participaram da feira 12 cooperativas de diferentes estados brasileiros (BA, ES, MG, PA, PR, RS, SC e SP), com produtos que vão de cafés especiais a sucos, vinhos, espumantes, doces, queijos, mel e frutas nativas. O estande recebeu grande fluxo de consumidores, distribuidores, redes varejistas e representantes de food service, com destaque para negociações com grandes players como Sam's Club, Outback e rede Zeferino.
A engenheira de alimentos Leidiane Vieira, da Cooperlad (BA), destacou a importância da participação na Naturaltech. “Foi uma oportunidade grandiosa para nós. Fizemos contatos com compradores, apresentamos amostras de polpas de frutas e projetamos a criação de um centro de distribuição em São Paulo. Isso representa mais trabalho, renda e desenvolvimento para nossos cooperados”.
Carlos Lima, presidente da CONAP (MG), celebrou os resultados obtidos durante a feira. “Tivemos a chance de dialogar com redes varejistas, exportadores e consumidores que valorizam um produto diferenciado. Essa interação direta reforça a importância de investir na apresentação, na padronização e na expansão da presença dos nossos produtos no mercado nacional e internacional”, declarou.
Para Eliane Lopes, da Cooperativa Vinícola Nova Aliança (RS), a Naturaltech foi estratégica. “Levamos nossa missão junto com nossos produtos. Estabelecemos contatos com distribuidores e exportadores, recebemos feedback positivo e saímos com importantes insights para o desenvolvimento de novos produtos”.
Já Giulia Castellani, do setor comercial da CAISP (SP), reforçou o impacto institucional da presença no evento. “Participar de uma feira dessa magnitude fortalece nossa marca e nos conecta com consumidores, varejistas e potenciais parceiros. O apoio da OCB tem sido essencial para nosso posicionamento no mercado”.
A participação também foi comemorada por Alysson Kaiper, da Sanjo (SC). “Tivemos a visita de clientes estratégicos e potenciais novos parceiros. A estrutura e o suporte da OCB nos permitiram mostrar a força da nossa cooperativa. Esperamos estar nas próximas edições”, salientou.
As cooperativas participantes foram: Cafesul, Amazoncoop, Cocamar, Witmarsum, Nova Aliança, CCGL, Vinícola Aurora, Sanjo, Coopafasb Caisp, Conap e Cooperlad.
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18/06/2025
NEGÓCIOS
Sistema OCB lança rodada internacional de negócios para coops de café
Evento coordenado pela área de Negócios será realizado em Belo Horizonte no dia 4 de novembro
Com o objetivo de ampliar a presença internacional das cooperativas brasileiras e gerar novas oportunidades comerciais no mercado externo, o Sistema OCB realizará, no dia 4 de novembro de 2025, em Belo Horizonte (MG), a 1ª Rodada de Negócios Internacional para Cooperativas Produtoras de Café. A iniciativa integra o Programa NegóciosCoop – Mercado Internacional e acontecerá na véspera da abertura da Semana Internacional do Café (SIC), um dos maiores eventos do setor no país.
A rodada contará com uma estrutura completa de apoio às cooperativas selecionadas, incluindo consultoria especializada para prospecção de compradores internacionais, sessões de preparação, tradução durante as negociações e custeio de passagem aérea para um representante por cooperativa. Serão até 15 cooperativas escolhidas para participar da ação, com base nos critérios definidos no regulamento da chamada. As inscrições estão abertas até o dia 30 de junho, por meio de formulário.
Segundo Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, a iniciativa marca um avanço importante na estratégia de internacionalização do cooperativismo agropecuário. “Essa rodada representa uma grande oportunidade para as cooperativas que desejam exportar e se posicionar no mercado internacional. É um espaço estratégico para gerar negócios, ampliar conexões e mostrar a força e a qualidade do café cooperativista brasileiro”, destacou.
A proposta pretende conectar diretamente as cooperativas com compradores internacionais alinhados com a sua oferta de produtos, promovendo a geração de negócios e a inserção do cooperativismo no mercado global. Além disso, as cooperativas participantes terão acesso a sessões preparatórias com foco em formatação de proposta comercial, precificação para exportação e estratégias de negociação internacional.
“Queremos que nossas cooperativas estejam cada vez mais preparadas para acessar o mercado externo com segurança, qualidade e profissionalismo. Essa rodada internacional foi pensada para oferecer suporte real às cooperativas, desde a preparação até o momento da negociação”, reforçou Débora.
O Programa NegóciosCoop – Mercado Internacional é uma das frentes de atuação do Sistema OCB voltadas ao fortalecimento da competitividade das cooperativas brasileiras. Por meio de soluções como Qualificação para Exportação e Promoção Internacional, o programa oferece formação técnica, apoio logístico e oportunidades reais de negócios em feiras, missões e rodadas comerciais.
Podem participar da seleção cooperativas agropecuárias produtoras de café, regularmente registradas no Sistema OCB, que atendam aos critérios mínimos de elegibilidade — como ter material promocional em inglês, certificações de qualidade, café beneficiado (torrado, moído ou em cápsulas) e participação em programas de qualificação do Sistema OCB. A presença de mulheres em cargos de liderança e o domínio do inglês pelo representante indicado também contam pontos no processo seletivo.
As cooperativas interessadas devem estar atentas aos prazos e às responsabilidades previstas no regulamento. Após a seleção, será necessário assinar o termo de compromisso, participar das sessões preparatórias e apresentar documentação de viagem para prestação de contas.
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18/06/2025
Todos os ramos
Agropecuário
Consumo
Crédito
Infraestrutura
Saúde
Seguros
Trabalho, Produção de Bens e Serviços
Transporte
ESG
21/10/2025
Sistema OCB lança guia que ensina coops a contabilizarem GEE
Publicação orienta passo a passo para inventário e gestão das emissões de Gases de Efeito Estufa
O Sistema OCB lançou, em parceria com a Ambipar, o Guia Metodológico do Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), uma publicação técnica que faz parte da Solução Neutralidade de Carbono, do Programa ESGCoop. O material foi desenvolvido para apoiar as cooperativas de todos os ramos na estruturação, coleta, tratamento e reporte de informações sobre suas emissões, de forma padronizada e transparente.
O guia é um passo importante na jornada das cooperativas rumo à sustentabilidade,à gestão climática eficiente e à neutralidade de carbono Elaborado com base nas metodologias ABNT NBR ISO 14064-1:2019 e no Programa Brasileiro GHG Protocol (PBGHGP) — referências internacionais no tema —, o documento apresenta orientações detalhadas sobre os três escopos de emissões (diretas, indiretas de energia adquirida e indiretas na cadeia de valor) e traz instruções práticas para o uso da ferramenta oficial do GHG Protocol.
“O inventário de emissões é uma ferramenta fundamental para compreender o impacto climático das atividades da cooperativa e identificar caminhos para reduzir esse impacto. Medir é o primeiro passo para gerenciar, e esse guia vem justamente para facilitar esse processo, tornando-o acessível e confiável”, explica Débora Ingrisano, Gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB.
O guia descreve todas as etapas do processo — desde a definição dos limites organizacionais e operacionais até a consolidação e o reporte dos dados —, sempre alinhado aos princípios de relevância, integralidade, consistência, transparência e exatidão. A publicação também orienta sobre o armazenamento de evidências, essencial para auditorias e verificações independentes, além de indicar boas práticas que permitem às cooperativas buscar o Selo Ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol, o mais alto nível de conformidade metodológica no país.
“O diferencial do material é traduzir uma metodologia internacional para a realidade das cooperativas brasileiras. Ele oferece um passo a passo prático, com linguagem acessível e foco na aplicabilidade. A ideia é apoiar desde cooperativas que estão iniciando sua jornada de sustentabilidade até aquelas que já têm um inventário consolidado e buscam aprimoramento”, acrescenta Débora.
A publicação se integra à agenda ESG do Sistema OCB, que busca ampliar o engajamento do movimento cooperativista nas ações de mitigação das mudanças climáticas e de transição para uma economia de baixo carbono. “As cooperativas têm um papel estratégico nessa agenda. Elas já nascem com uma lógica de uso responsável dos recursos e de geração de valor coletivo. Agora, com ferramentas como o Guia Metodológico, poderão mensurar e comunicar esse valor de forma ainda mais robusta e transparente”, completa a gerente.
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17/10/2025
Solução Eficiência Energética: coops ampliam ganhos sustentáveis
Workshop do Sistema OCB destaca resultados, aprendizados e novos passos da iniciativa
Com foco em inovação, economia e impacto ambiental, o Sistema OCB realizou, nesta sexta (17), o Workshop da Solução Eficiência Energética, uma das iniciativas do Programa ESGCoop. O encontro online contou com representantes de organizações estaduais, gerentes de Desenvolvimento de Cooperativas, integrantes do GT ESGCoop e parceiros técnicos para debater os resultados do ciclo 2025, os aprendizados das cooperativas-piloto e as perspectivas de expansão da solução.
Desenvolvida em parceria com a Stride Consultoria, a Solução Eficiência Energética tem como objetivo apoiar as cooperativas na identificação de desperdícios, otimização do consumo e redução de custos operacionais, promovendo, ao mesmo tempo, a diminuição das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE).
Na abertura do encontro, Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, destacou que a eficiência energética é um dos pilares mais estratégicos da sustentabilidade. “Assim como a agenda de carbono, a eficiência energética é essencial para a competitividade e a perenidade das cooperativas. Ela transforma responsabilidade ambiental em economia real e fortalecimento de imagem. É um tema que une propósito, inovação e resultado”, afirmou.
Segundo ela, a solução é um exemplo prático de como o Sistema OCB está apoiando as cooperativas na consolidação de suas agendas ESG. “Nosso objetivo é mostrar que eficiência energética é mais do que apenas uma pauta ambiental, é uma oportunidade concreta de inovação e de ganho econômico. As experiências que já estão em andamento comprovam o potencial transformador dessa iniciativa”, completou.
A analista de sustentabilidade, Laís Castro, apresentou o panorama geral da solução, que já conta com 14 cooperativas-piloto de oito estados. “Os resultados são expressivos: identificamos reduções médias de consumo em torno de 22%, chegando a mais de 30% em alguns casos. Além da economia direta, há ganhos intangíveis importantes — como o engajamento das lideranças e a mudança de cultura organizacional em relação ao uso e gestão da energia”, explicou.
Laís ressaltou que a iniciativa complementa outras ações do ESGCoop. “Enquanto a Neutralidade de Carbono mede e reporta as emissões, a Eficiência Energética atua diretamente na redução delas. As duas soluções se conectam e fortalecem o posicionamento do cooperativismo frente à agenda climática e à COP30”, destacou.
Alex Macedo, coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, reforçou o papel estratégico da energia no modelo de negócio das cooperativas. “A energia é um insumo central em todos os ramos. Trabalhar com eficiência é reduzir custos, aumentar competitividade e contribuir de forma efetiva para o enfrentamento das mudanças climáticas. É um investimento que gera retorno ambiental e financeiro”, afirmou.
Durante o workshop também foi anunciado que, em novembro, o Sistema OCB irá lançar cartilhas e ebooks que reúnem orientações técnicas e cases de destaque das cooperativas participantes.
“Essa é uma iniciativa de transformação cultural. Queremos inspirar cada cooperativa a tratar a energia como um ativo estratégico, e não apenas como um custo operacional”, concluiu Débora.
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Sistema OCB anuncia cooperativas que representarão o Brasil na COP30
Painéis temáticos darão visibilidade internacional a experiências sustentáveis de todos os ramos
O cooperativismo brasileiro já está praticamente de malas prontas para marcar presença na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém (PA), de 10 a 21 de novembro. O Sistema OCB divulgou, nesta sexta-feira (17), o resultado da seleção de cooperativas para os painéis temáticos do cooperativismo na COP30.
A chamada pública, lançada em agosto, teve como objetivo identificar e selecionar experiências concretas de cooperativas de todos os ramos que contribuem para o enfrentamento das mudanças climáticas, com base nos cinco eixos estratégicos do Manifesto do Cooperativismo Brasileiro para a COP30:
Segurança alimentar e agricultura de baixo carbono
Financiamento climático e valorização das comunidades
Transição energética e desenvolvimento sustentável
Bioeconomia e uso eficiente dos recursos naturais
Adaptação e mitigação de riscos climáticos
As cooperativas escolhidas participarão de painéis temáticos promovidos pelo Sistema OCB durante a conferência, em espaços oficiais de destaque, além de atividades paralelas nos pavilhões do governo brasileiro, coordenados pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), e em espaços de parceiros institucionais.
Cooperativas selecionadas
A lista de cooperativas que representarão o cooperativismo brasileiro na COP30 contempla os ramos do cooperativismo, com projetos que envolvem desde produção agropecuária de baixo carbono, energia renovável e eficiência energética, até finanças verdes, bioeconomia e recuperação de áreas degradadas. “Nosso papel é mostrar ao mundo que o cooperativismo brasileiro já entrega soluções concretas para a transição climática justa”, destacou Tania Zanella, superintendente do Sistema OCB.
Os cases selecionados terão duas formas de participação:
Apresentação presencial, em painéis e debates nos espaços do cooperativismo na COP30;
Exposição digital, com conteúdo exibido nos totens do evento e no portal Coop na COP30, além de campanhas e materiais de divulgação institucional.
A proposta é ampliar o alcance das boas práticas cooperativistas e reforçar a imagem do cooperativismo como modelo de negócios sustentável, inovador e alinhado aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). “Estamos construindo uma presença plural e representativa. A COP30 será o palco para mostrar a força das cooperativas brasileiras e como elas já contribuem, na prática, para o desenvolvimento de uma economia verde e inclusiva”, reforçou Tania.
Confira a lista das cooperativas selecionadas:
Cases com presença física na COP30
Cooperativa
Título do Case
Sicredi Confederação
Projetos de financiamento do empreendedorismo feminino, transição energética
Sicoob Confederação
Captações Temáticas: impulsionando inclusão social e promovendo a transição para uma economia verde
Cresol Confederação
Experiências de microcrédito para agricultura sustentável.
Coopatrans
Case chocolates da Cacauway, um negócio de impacto social
Coopsertão
Produção Sustentável na Caatinga: Agroecologia, água e solo
Cooxupé
Protocolo Gerações - Resiliência Climática e Sustentabilidade na Cafeicultura Cooperativista
Sicoob Credip
Robustas Amazônicos: cooperação e investimento em tecnologias mudam a realidade da agricultura, geram integração e salvam a floresta
Sicredi Confederação
Quantificação de Riscos Climáticos como Ferramenta Estratégica para Proteção das Culturas Agrícolas dos associados
CCPR
Enxergando Sentido Global – Práticas Nota 10
Cooperativa Vinícola Aurora Ltda
Estratégias para minimizar os impactos das mudanças climáticas na viticultura da Serra Gaúcha
COASA
Nosso Solo, Nossa Colheita. Um case cooperativo que cultiva a sustentabilidade na agricultura
CAMTA
Referência em produção a partir de sistemas agroflorestais, com manejo sustentável na Amazônia
Lar
Programa de qualificação e certificação sustentável da produção de alimentos
SICOOB COOESA
Cooperativa Mirim Marajoara: crianças e adolescentes unidos pela cooperação, cultivando futuro sustentável no Marajó
Recicle a Vida Cooperativa De Catadores do DF
“Recicle a Vida: Economia Circular, Inclusão Social e Inovação na Reciclagem de Plásticos”
Cresol Encostas da Serra Geral
Case Abelhas Nativas, Cooperativismo e Impacto: da Capital Nacional da Meliponicultura ao Protagonismo Internacional em Sustentabilidade, Educação e Renda
Central Sicoper-Cresol
Cresol Siga: financiamento para saneamento, infraestrutura e gestão da água
Sicredi Confederação
Programa de Captações Sustentáveis
Sicoob Confederação
Projetos de apoio inclusivo ao desenvolvimento sustentável das cadeias produtivas de cafeicultura e pecuária bovina
Cooperativa Agropecuaria Mista Terranova Ltda
Energia solar como alternativa para reduzir custos na produção leiteira
Creral
Bioroz e Cinroz: Biopolímeros sustentáveis a partir da casca e cinzas de casca de arroz associado a produção de energia pela casca de arroz
Sicredi Confederação
Café Carbono Neutro
Sicoob São Miguel SC/PR/RS
COOPENAD: Cooperação que ilumina um futuro sustentável
Sicredi Confederação
Sicredi pelo Rio Grande: solidariedade e reconstrução após o desastre climático
Cresol Horizonte
Incentivo a boas práticas ambientais na cadeia produtiva de bubalinos
Coomflona
Manejo Florestal Sustentável na Flona do Tapajós
Coopercitrus
Restauração que transforma: cooperação e parcerias pela água, floresta e clima
Cooperativa Agropecuária e Florestal do Projeto RECA
Fortalecimento da Bioeconomia na Amazônia por Meio do Cooperativismo Sustentável
Cooperacre
Arranjo produtivo da sociobioeconomia na Amazônia
Coopmetro
PAV – Programa de Renovação de Frota: mobilidade sustentável e fortalecimento da economia local
Primato Cooperativa Agroindustrial
SUÍNO VERDE - Energia Limpa do Campo ao Transporte
Sistema Ocemg
Programa MinasCoop Energia
Coopernorte
Cooperação Embrapa–COOPERNORTE: inovação e resiliência climática para a Amazônia
Coplana
Tecnologias de agricultura de precisão, bioinsumos e soluções em baixo carbono
Cocamar
Práticas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e produção sustentável em larga escala
Cases com conteúdo na COP30
Cooperativa
Título do Case
Sicoob Credicenm
Formando Cidadãos Conscientes: Cooperativas Mirins e o Futuro Sustentável
CCPR
Enxergando Sentido Global – Logística Nota 10
CCPR
Enxergando Sentido Global – Usina Fotovoltaica
CCPR
Enxergando Sentido Global – Cooperando Com O Planeta
Sicredi Confederação
Complexo Solar Sicredi Confederação
CCPR
Enxergando Sentido Global – Recicla Mais
Sicoob Aracoop
Fortalecimento Sustentável da Cadeia Produtiva da Piscicultura em Morada Nova de Minas
Sicoob Aracoop
Financiamento de Usina Fotovoltaica para o Cooperativismo de produção de frutas em Pirapora MG
Sicoob Credinacional
Micro Usinas Sicoob Credinacional: Energia Limpa e Impacto Social
Sicoob Coopemata
Transformação Sustentável: Neutralização de CO₂ e Reflorestamento para um Futuro Verde
Sicoob Credialto
Compartilhando Energia, Multiplicando Saúde: Cooperando por uma Saúde Sustentável
Sicoob Centro
Do cacau ao chocolate: cooperar é coisa nossa
Sicoob Montecredi
O despertar de uma Terra Adormecida: A Fazenda Três Meninas, a cafeicultura regenerativa no Cerrado Mineiro e sua contribuição para o produtor, o consumidor e o planeta
Unicred União
Projeto Integrado de Energia Renovável: Microusinas e Intercooperação da Unicred União
Cooperconcórdia
Programa multiplicadores lixo zero
Turiarte
Geração de renda sustentável com artesanato e turismo comunitário na Amazônia
Coopric
Café com identidade: Sustentabilidade e resiliência na Chapada Diamantina
Copercampos
Uma cooperativa sustentável – Ação local, impacto global
Coopercitrus
Sistematização agrícola de precisão: transformando paisagens, reduzindo emissões e multiplicando renda
Coopernorte
Programa de Produtividade COOPER+: inovação, sustentabilidade e aumento da produtividade no campo
Coopernorte
CPAC – Pesquisa aplicada e resiliência climática para a agricultura cooperativa amazônica
Coopernorte
Agroindústria COOPERNORTE: agregação de valor, segurança alimentar e sustentabilidade para o Pará
Cresol Confederação
"Geração de Renda Sustentável contribuindo com a Valorização da Cultura Quilombola na Comunidade Vargem do Sal através do Artesanato em Licuri''
Cresol Confederação
Transição Agroecológica Participativa para Cadeias Hortícolas e Frutícolas no Brasil e Uruguai
Cresol Evolução
Projeto Tampinhas Solidárias - Projeto de reciclagem de tampinhas
FECOGAP
O Garimpo como Aliado do Desenvolvimento Sustentável e da Inclusão Social na Amazônia
Lar
Cadeia de Proteína Animal da Lar Cooperativa: um Modelo de organização social e de desenvolvimento econômico
Lar
Alimentação animal sustentável e de baixo carbono aliada á eficiência produtiva
Lar
Lar Cooperativa: eficiência no uso dos recursos e geração de energia a partir de resíduos
Lar
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Lar
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Lar
Da Fonte à Vida: Protegendo e Recuperando Nascentes
Lar
Ferramenta de Impacto Sustentável com ênfase na agricultura de Precisão, redução de GEE e gestão de carbono no solo
Lar Cooperativa Corretora de Seguros
Gestão inteligente de riscos climáticos com seguro agrícola
Sicoob Conexão
Reinholz Chocolates: Empoderamento Feminino e Sustentabilidade no Campo
Sicoob Confiança
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14/10/2025
ESG
ESGCoop: Unicred aposta em eficiência energética para reduzir impactos
Diagnóstico identificou oportunidades de melhoria e reforçou compromisso com práticas ESG
Nos dias 8 e 9 de outubro, a Unicred do Brasil recebeu a equipe do Programa ESGCoop, do Sistema OCB, para a realização da terceira fase da Solução Eficiência Energética, uma iniciativa que busca promover o uso mais racional e sustentável da energia nas cooperativas. As atividades ocorreram em Florianópolis (SC), com visitas às cooperativas Unicred Valor Capital, Unicred Coomarca e ao Núcleo Conexão.
A agenda reuniu representantes do Sistema OCB, do Sistema Ocesc, da consultoria Stride e da Unicred, além das equipes técnicas das cooperativas, que acompanharam todo o processo. A etapa teve como objetivo realizar um diagnóstico detalhado de eficiência energética, identificando oportunidades de melhoria, padronização e aprimoramento da gestão.
De acordo com a analista de Meio Ambiente do Sistema OCB, Laís Castro, a presença da equipe em campo é um passo essencial para o avanço da Solução. “Essa fase é fundamental para compreender a realidade de cada cooperativa e construir, de forma conjunta, estratégias que tragam resultados efetivos. O engajamento das equipes locais mostra o comprometimento do cooperativismo de crédito em unir sustentabilidade e eficiência operacional”, destacou.
Durante os dois dias de trabalho, foram mapeados processos internos e levantadas informações sobre o consumo e o gerenciamento de energia em diferentes unidades. O resultado será consolidado em um plano de ação a ser implementado com o acompanhamento técnico da consultoria especializada.
Para Ana Paula Martello Rodrigues, coordenadora técnica do Sistema Ocesc, a iniciativa reforça o papel de liderança do cooperativismo catarinense na agenda ESG. “As cooperativas Unicred Valor Capital e Unicred Coomarca reafirmam seu compromisso com a sustentabilidade e a otimização do uso de recursos ao participarem da Solução Eficiência Energética. A iniciativa reforça o alinhamento com as diretrizes ESG e evidencia o protagonismo do cooperativismo de crédito na promoção de práticas responsáveis”, destacou.
A diretora de Sustentabilidade e Supervisão da Unicred do Brasil, Silvana Parisotto Agostini, falou sobre a importância do projeto no contexto estratégico da instituição.“O projeto une pilares fundamentais da atuação cooperativista: sustentabilidade, viabilidade financeira, inovação e impacto ambiental positivo. Ao investir em soluções que otimizam o consumo de energia, a instituição reduz custos operacionais e reafirma seu compromisso com a responsabilidade ambiental”.
A Solução Eficiência Energética faz parte do Programa ESGCoop, coordenado pelo Sistema OCB, que apoia cooperativas de todos os ramos na implementação de práticas sustentáveis e de governança. A iniciativa fortalece o compromisso do cooperativismo com o desenvolvimento econômico aliado à responsabilidade ambiental e social.
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13/10/2025
ESG
Solução Neutralidade de Carbono: Cooperativas avançam na agenda climática
Workshop do Sistema OCB destaca resultados de 2025 e presença estratégica na COP30
Nesta sexta-feira (3), o Sistema OCB realizou o Workshop da Solução Neutralidade de Carbono: do projeto piloto ao palco internacional, com a participação de dirigentes e técnicos de cooperativas, representantes das organizações estaduais e parceiros estratégicos. O encontro online marcou a consolidação dos resultados do ciclo 2025 do projeto e apontou os próximos passos da iniciativa, que ganhará visibilidade internacional na COP30, em Belém (PA).
Na abertura, Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, destacou a importância do engajamento coletivo. “Este projeto só existe porque as cooperativas acreditaram e se engajaram. Hoje, temos a materialização prática do princípio da intercooperação. Juntos conseguimos negociar melhor, aprender juntos e avançar em uma pauta que parecia distante, mas que agora é realidade para o cooperativismo brasileiro”, afirmou.
A solução já conta com a adesão de 18 cooperativas, que realizaram seus inventários de emissões de gases de efeito estufa e publicaram no Registro Público de Emissões. Para Débora, esse movimento fortalece a imagem do cooperativismo como regime produtivo sustentável, capaz de responder a um dos maiores desafios globais. “Estamos saindo do discurso para a prática, e é essa experiência que queremos levar para a COP30. O cooperativismo brasileiro tem muito a mostrar ao mundo”, acrescentou.
Resultados e avanços
A apresentação dos resultados ficou a cargo de Laís Nara Castro, analista de sustentabilidade do Sistema OCB. Ela explicou que todas as cooperativas participantes conquistaram, no mínimo, o Selo Prata no Programa Brasileiro GHG Protocol – reconhecimento que certifica a qualidade dos inventários de emissões.
Segundo Laís, a Solução Neutralidade de Carbono vai além da mensuração: oferece consultoria, ferramentas tecnológicas, capacitação e suporte metodológico, e cria condições para que as cooperativas avancem na redução de emissões e no desenvolvimento de projetos de descarbonização.
“O inventário funciona como um diagnóstico. A partir dele, conseguimos identificar oportunidades de melhoria de processos, redução de custos e até acesso a novos mercados e linhas de crédito. Mais do que uma exigência de mercado, a descarbonização se mostra como um diferencial competitivo para as cooperativas”, explicou.
Laís também apresentou o guia metodológico desenvolvido em parceria com a Ambipar, que orienta passo a passo o processo de inventário e será disponibilizado às organizações estaduais e às cooperativas interessadas.
Narrativa estratégica
Para o coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, Alex Macedo, o maior desafio é construir uma narrativa clara e acessível para a alta liderança das cooperativas. “Carbono não é algo tangível, mas precisamos traduzir esse tema em valor: em redução de custos, reputação, novos negócios e acesso facilitado ao crédito. Esse é o papel da solução: apoiar tecnicamente e ajudar a comunicar de forma simples e direta o valor da descarbonização”, destacou.
Alex reforçou ainda que a agenda climática é um caminho sem volta, seja por demanda dos consumidores, exigências regulatórias ou pressão do mercado financeiro. “As cooperativas que quiserem se manter relevantes e competitivas precisam começar agora. E o Sistema OCB está preparado para apoiá-las nessa jornada”.
Conexão com a COP30
Um dos pontos altos do workshop foi a discussão sobre a presença do cooperativismo na COP30, marcada para novembro de 2025, em Belém. O Sistema OCB terá participação em diferentes espaços de debate e articulação, com destaque para o AgriZone, em parceria com a Embrapa e cooperativas de crédito, e para o pavilhão de Negócios de Impacto, em cooperação com uma entidade da ONU.
“Não basta estar presente fisicamente. Precisamos ocupar espaços de diálogo e decisão, levando propostas e mostrando a relevância do cooperativismo na agenda climática”, afirmou Débora Ingrisano.
Próximos passos
Além dos reconhecimentos já conquistados, o Sistema OCB projeta a evolução da solução, para incentivar as cooperativas a darem continuidade ao processo de inventário e implementação de ações de descarbonização. Também foi anunciado que cursos do CapacitaCoop e o novo guia metodológico estarão disponíveis para ampliar a capilaridade do tema e dar suporte técnico às organizações.
“A COP30 não é um ponto de chegada, mas parte de um processo de fortalecimento da agenda climática dentro das cooperativas. O Sistema OCB seguirá ao lado das cooperativas brasileiras, potencializando a jornada rumo à neutralidade de carbono”, concluiu Alex Macedo.
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03/10/2025
ESG
C.Vale avança na Solução Eficiência Energética do Programa ESGCoop
Diagnóstico presencial identificou oportunidades de melhoria na gestão de energia
A cooperativa C.Vale, com sede em Palotina (PR), recebeu entre os dias 16 e 18 de setembro a visita de equipes do Sistema OCB, do Sistema Ocepar e da consultoria Stride para a realização da terceira fase da Solução Eficiência Energética, iniciativa do Programa ESGCoop. O trabalho faz parte de um ciclo de ações voltadas a apoiar cooperativas de diferentes ramos na adoção de práticas de gestão mais sustentáveis, eficientes e alinhadas às demandas do futuro.
Nesta etapa, foi aplicado um diagnóstico presencial nas unidades de recria e produção de aviários da cooperativa. O objetivo foi identificar oportunidades de melhoria, padronização e aprimoramento da gestão energética, considerando tanto aspectos técnicos quanto de rotina operacional. A programação incluiu reuniões com a diretoria, visitas de campo acompanhadas pelas equipes técnicas e, ao final, a apresentação dos resultados e das recomendações iniciais.
Segundo o cronograma da solução, a partir do diagnóstico será elaborado um plano de ação específico para a C.Vale, que contará com acompanhamento técnico da consultoria para sua implementação. A expectativa é que os ganhos ultrapassem a economia direta de energia e tragam impactos positivos também na competitividade, na sustentabilidade e na cultura organizacional.
Para o CEO da C.Vale, Édio José Schreiner, a iniciativa reflete a forma como a cooperativa enxerga seu compromisso diário com a eficiência. “Na C.Vale acreditamos que cultura é construída todos os dias, pela forma como cada um conduz o seu trabalho. Eficiência energética é parte desse compromisso: melhorar continuamente, aprender sempre e assumir a responsabilidade pelo resultado. Quando cada colaborador age com senso de dono, a cooperativa se fortalece, cresce e garante um futuro de sucesso para todos”, destacou.
A percepção de que a eficiência energética se constrói a partir de atitudes simples e disciplina diária também foi ressaltada por Felipe Ferreira, supervisor de Gestão de Energia da cooperativa. “O diagnóstico em campo nos mostrou que eficiência energética nasce do simples: atenção aos detalhes, disciplina diária e responsabilidade no uso de cada kWh. Quando fazemos o básico bem-feito, abrimos espaço para grandes resultados. Essa é a nossa contribuição direta para tornar a cooperativa mais competitiva e sustentável”, declarou.
O Sistema OCB avaliou que a visita reforçou o papel estratégico do cooperativismo na construção de um modelo de desenvolvimento mais responsável. “A visita aos aviários da C.Vale evidencia, na prática, que a eficiência energética é um caminho estratégico para aliar produtividade, redução de custos e compromisso com a sustentabilidade no campo”, afirmou Thayná Côrtes, analista técnico-institucional.
Para a analista de desenvolvimento técnico Bruna Mayer, o diagnóstico realizado permitiu identificar oportunidades que vão além da manutenção e operação, oferecendo uma visão ampla dos principais consumidores de energia da unidade. “Ficou claro que os maiores gargalos muitas vezes resultam de pequenas ações que, somadas, geram grandes impactos. Parabenizamos a C.Vale pela iniciativa e a OCB por disponibilizar uma ferramenta tão relevante para a eficiência energética e o enfrentamento às mudanças climáticas.”
A Solução Eficiência Energética já vem sendo aplicada em cooperativas de diferentes ramos, sempre com foco em gerar indicadores, orientar investimentos e apoiar gestores na adoção de melhores práticas. A iniciativa integra o conjunto de soluções do Programa ESGCoop, criado para apoiar o cooperativismo brasileiro no avanço de práticas ambientais, sociais e de governança. A proposta é que cada ação tenha caráter prático, aplicável ao dia a dia das cooperativas, permitindo resultados concretos e mensuráveis.
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ESG
GT ESGCoop inicia construção dos indicadores do Ramo Agro
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O cooperativismo agropecuário brasileiro deu mais um passo estratégico rumo à consolidação de sua agenda de sustentabilidade. Foi realizada nesta terça-feira (16) e quarta-feira (17), em Brasília, o encontro do Grupo de Trabalho ESGCoop dedicado à construção dos indicadores ESG do Ramo Agro. A iniciativa, conduzida pelo Sistema OCB em parceria com a Gália Consultoria, reúne cooperativas de diferentes segmentos do agro e Organizações Estaduais (OCEs) para debater e consolidar parâmetros que possam traduzir, em números e evidências, a atuação sustentável do setor.
O objetivo é criar indicadores específicos para o Ramo Agro, capazes de refletir toda a sua complexidade produtiva e regional. Participaram representantes de cooperativas de café, grãos, leite, proteína animal, fiação, flores, vinhos, citros e cana, entre outros. A diversidade de perfis assegura uma visão ampla e inclusiva sobre os desafios ambientais, sociais e de governança enfrentados pelo agro cooperativo.
A gerente-geral da OCB, Fabíola Nader Motta, destacou o caráter estratégico do encontro. “Estamos construindo uma base sólida de indicadores que darão visibilidade ao compromisso do cooperativismo agropecuário com a sustentabilidade. Nosso desafio é traduzir práticas em métricas que possam ser medidas, acompanhadas, comunicadas e reconhecidas pela sociedade, pelos mercados e pelos formuladores de políticas públicas”, afirmou.
O encontro integra a estratégia do ESGCoop de definir indicadores globais e setoriais para todos os ramos do cooperativismo. A ideia é construir um conjunto de métricas que permita aferir, com transparência e comparabilidade, o impacto positivo das cooperativas em diferentes áreas.
Até o momento, já foram desenvolvidos os indicadores globais e os específicos do Ramo Crédito, enquanto os do Ramo Saúde estão em fase final de elaboração. Agora, com o início da construção dos indicadores para o Ramo Agro, o movimento se expande para contemplar também a diversidade produtiva do campo. Ainda este ano, será dado início ao processo de definição dos indicadores voltados aos ramos Transporte e Infraestrutura, consolidando o compromisso do cooperativismo em mensurar e comunicar, de forma cada vez mais precisa, seus impactos socioambientais e de governança.
Também esteve em destaque, durante a agenda, uma reunião conjunta das Câmaras Temáticas Ambiental e COP30, que buscou ampliar o diálogo sobre sustentabilidade e reforçar a participação do cooperativismo nos debates globais de clima e governança.
Entre as cooperativas presentes estiveram Cooabriel (ES), Comigo (GO), CCPR (MG), Cooxupé (MG), Copasul (MS), Agrária (PR), Copacol (PR), Cocamar (PR), Frimesa (PR), Frísia (PR), Integrada (PR), Aurora Vinícola (RS), Coasa (RS), Cotripal (RS), Santa Clara (RS), Fecoagro/RS, Cooper A1 (SC), Coopercitrus (SP), Coplacana (SP), Holambra Agro Industrial (SP), Veiling Holambra (SP) e Cooperfrigu (TO). Além delas, dirigentes e técnicos das OCEs de nove estados também contribuíram com o debate.
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ESG
ESGCoop: diagnóstico impulsiona modernização no Sicoob Confederação
Levantamento aponta avanços e novas oportunidades para gestão sustentável dos data centers
O Sicoob Confederação concluiu, no início de setembro, o diagnóstico de eficiência energética promovido pelo Sistema OCB, por meio do Programa ESGCoop. A iniciativa avaliou de forma detalhada a operação dos data centers da instituição e a estrutura predial identificando pontos de modernização e oportunidades de melhoria nos processos, com foco na redução de custos, no consumo consciente de energia e na sustentabilidade.
Entre os aspectos observados no diagnóstico, estiveram temas como a operação manual da climatização, revisão de isolamentos, limpeza por performance em vez de periodicidade fixa da usina fotovoltaica, uso de motores de altíssima eficiência, free cooling e maior automação na gestão dos sistemas. O levantamento destacou que, embora os avanços sejam consistentes, o fortalecimento da padronização e da melhoria contínua são práticas universais para garantir resultados duradouros em gestão energética.
Para Alex Macedo, coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, o projeto é um marco na integração entre sustentabilidade e competitividade no cooperativismo financeiro. “O diagnóstico no Sicoob demonstra que a eficiência energética é um caminho estratégico para reduzir custos, inovar e, ao mesmo tempo, contribuir para a descarbonização. Essa iniciativa reforça a importância de soluções que gerem retorno econômico e fortaleçam a agenda socioambiental das cooperativas, alinhando o setor às metas globais de transição energética e neutralidade de carbono.
Emanuelle Marques, gerente da área de Cidadania e Sustentabilidade do Sicoob, considerou que a adoção da solução representa um movimento estratégico. “Ela contribui diretamente para a redução de custos operacionais, fortalece nosso compromisso com a sustentabilidade e nos posiciona de forma responsável frente aos desafios climáticos. Ao aplicar essa solução, demonstramos que é possível unir eficiência e impacto positivo, reforçando nosso papel como cooperativa financeira comprometida com o desenvolvimento sustentável”, declarou.
Já Janderson Facchin, da Diretor da área Administrativa e Financeira do Sicoob, destacou a integração de múltiplos fatores no projeto. “Essa iniciativa fortalece nossa atuação como cooperativa financeira que valoriza o desenvolvimento sustentável, ao mesmo tempo em que nos posiciona de forma proativa frente aos desafios climáticos contemporâneos. Ao integrar tecnologia, inovação, eficiência energética, automação e consciência ambiental em um único projeto, demonstramos que é possível transformar modernização em impacto positivo, tanto para o Centro Cooperativo Sicoob quanto para as demais cooperativas e comunidades que servimos”.
O superintendente de Infraestrutura e Operações de TI, Dênio Rodrigues, reforçou que os resultados já começam a ser percebidos. “A consultoria de eficiência energética promovida pela OCB, por meio do ESGCoop, foi muito importante para reforçar que estamos trilhando o caminho certo na gestão sustentável dos nossos data centers, nos apoiando no aprimoramento de indicadores táticos operacionais, na priorização de investimentos e no alinhamento às melhores práticas de mercado. Resultado das ações empreendidas pelo Centro Cooperativo (CCS), fomos classificados como finalistas do DCD Latam Awards 2025 nas categorias Enterprise Data Center Evolution e Energy Impact. Parceiras como essa são fundamentais para ampliar a cultura da eficiência em todo o sistema cooperativo nacional, integrando tecnologia, propósito e responsabilidade socioambiental”, concluiu.
Além de sua ampla presença territorial, o Sistema Sicoob é coordenado pelo Centro Cooperativo Sicoob (CCS), com sede em Brasília (DF). Reunindo mais de 9,1 milhões de cooperados, o Sicoob está presente em todas as 27 unidades federativas e possui atuação direta em 2.452 municípios, por meio de 14 cooperativas centrais, 323 cooperativas singulares e 4.685 agências. A instituição também emprega mais de 38 mil colaboradores, que atuam tanto nas unidades físicas quanto nos canais digitais, garantindo atendimento próximo, personalizado e eficiente. Paralelamente, investe continuamente na expansão e no aprimoramento de seus canais digitais, assegurando praticidade e acesso facilitado aos seus serviços.
Essa estrutura sólida permite ao Sicoob aliar capilaridade, eficiência operacional e proximidade com seus cooperados, fortalecendo sua capacidade de desenvolver e implementar projetos de inovação, sustentabilidade e educação financeira em escala nacional.
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18/09/2025
Todos os ramos
Agropecuário
Consumo
Crédito
Infraestrutura
Saúde
Seguros
Trabalho, Produção de Bens e Serviços
Transporte
SABER COOPERAR
26/11/2025
Comunidades virtuais fortalecem conexões e inovação no cooperativismo
O que as comunidades virtuais e o movimento cooperativista têm em comum? Na era da comunicação digital, elas reúnem pessoas que interagem e compartilham interesses e objetivos em comum em plataformas como redes sociais, aplicativos de mensagens e fóruns. As cooperativas têm aproveitado essa ferramenta para levar o sétimo princípio do cooperativismo – Interesse pela comunidade – para o ambiente virtual, construindo redes de diálogo e apoio para aproximar colaboradores, cooperados e parceiros.
De acordo com a gerente de Comunicação e Marketing do Sistema OCB, Samara Araujo, as comunidades virtuais também ajudam a difundir conhecimento, mobilizar ações coletivas e reforçar a identidade cooperativista. Em um país tão grande e diverso como o Brasil, a colaboração on-line fortalece a competitividade, amplia a capacidade de inovação e permite que soluções bem-sucedidas sejam replicadas em diferentes contextos pelo país.
“Compartilhar boas práticas evita retrabalho, otimiza recursos e reforça a cultura de intercooperação, que é um dos princípios fundamentais do movimento cooperativista”, lista a gestora.
A criação de comunidades virtuais no cooperativismo é uma forma de aproximar o movimento do público externo e o caminho para que os produtos e serviços coop sejam ainda mais reconhecidos e valorizados. Segundo o diretor de Marketing da Vulcabras, Márcio Callage, especialista em comunidades virtuais e palestrante da Semana de Competitividade 2025, o sucesso de uma marca está em criar conexões afetivas com suas comunidades, o que também vale para o coop.
“Uma marca forte nasce quando o que ela fala é coerente com o que ela faz – princípio que também move o modelo cooperativista. No cooperativismo, a escuta ativa também é um diferencial competitivo. Quem entende a base, entrega com mais verdade”.
Para Callage, não é preciso estar em todos os lugares, mas nos lugares certos, falando a verdade e se conectando com o público, que muitas vezes vai enxergar na marca valores simbólicos. No caso das cooperativas, que muitas vezes enfrentam o desafio da visibilidade diante de grandes empresas, ele recomenda “usar a força da comunidade, a escuta ativa e o propósito como estratégia de diferenciação”.
Comunidade Sistema OCB
Para colocar em prática essa tendência de comunicação, desde 2023, o cooperativismo brasileiro conta com uma rede de apoio digital especializada, a Comunidade Sistema OCB no WhatsApp, criada para fortalecer a integração entre a Unidade Nacional e as Organizações Estaduais.
Com 837 integrantes de todos os estados e do Distrito Federal, a comunidade é um ambiente colaborativo de troca de informações estratégicas, alinhamento de ações e compartilhamento de boas práticas. Os participantes estão distribuídos em times temáticos de áreas como ESG, Comunicação, Relações Institucionais, Recursos Humanos, Planejamento, Inovação, entre outras. “O objetivo é transformar a comunicação em um instrumento de engajamento e cocriação, aproximando equipes que atuam em diferentes setores do cooperativismo”, explica Samara Araujo.
A Comunidade Sistema OCB oferece suporte aos cooperativistas conectados em cinco frentes: definição de metas e iniciativas prioritárias para cada time temático por meio do Plano de Ação; alinhamento e integração entre os participantes por meio das reuniões periódicas; organização de conteúdo, dados e insights para uso estratégico por meio da gestão do conhecimento; treinamentos e trilhas de aprendizagem para qualificar equipes por meio da capacitação; e garantia de espaço para debates, trocas de experiência e construção coletiva por meio do fórum de interação.
De acordo com Samara Araujo, os resultados dessa estratégia de integração digital do Sistema OCB já podem ser percebidos. Atualmente, a comunidade virtual contribui fortemente na mobilização para o Dia de Cooperar (Dia C), que envolve ações voluntárias alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). Mais recentemente, a rede foi fundamental no processo de seleção de cooperativas para representar o Brasil na 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), organizado com o apoio das comunidades para identificar cases notáveis de sustentabilidade e inovação em âmbito local.
Como criar comunidades virtuais na sua cooperativa
Assim como ocorre na articulação nacional, as Organizações Estaduais e cooperativas também devem se apropriar das comunidades e criar seus próprios espaços para engajar equipes e fortalecer a identidade cooperativista.
Segundo Samara Araujo, as vantagens são diversas: “As comunidades virtuais dão agilidade à comunicação entre equipes dispersas geograficamente; fortalecem a cultura cooperativista, por meio da troca constante; promovem a integração tecnológica, que aproxima pessoas e processos; e ainda aumentam o engajamento ao criar um ambiente colaborativo e participativo”.
Confira o passo a passo para a criação de comunidades virtuais na sua cooperativa:
Primeiramente, defina o objetivo e público-alvo da comunidade
Crie a estrutura no WhatsApp, com grupos temáticos
É fundamental estabelecer regras de convivência para garantir a organização
Nomeie administradores responsáveis pela gestão
É importante integrar conteúdos relevantes e promover interações periódicas
Por fim, monitore o engajamento e ajuste estratégias conforme necessário
SABER COOPERAR
17/11/2025
O coop e o clima: propostas do cooperativismo brasileiro para a agenda climática
Neste infográfico, apresentamos as propostas do cooperativismo brasileiro para a agenda climática e mostramos como o modelo cooperativista torna possível unir desenvolvimento econômico e sustentabilidade. Com forte atuação em temas centrais como transição climática, bioeconomia e uso responsável dos recursos naturais reforçamos o papel das cooperativas como parte essencial das soluções para enfrentar a crise climática.
SABER COOPERAR
Na COP30, cooperativas vão mostrar que soluções locais geram impacto global
A capacidade das cooperativas de promover ações sustentáveis e sua forte conexão com as comunidades colocará o movimento cooperativista em destaque na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30). Realizado pela primeira vez no Brasil, em Belém (PA), o evento buscará o comprometimento de líderes mundiais com ações urgentes para conter a crise climática, além da garantia de financiamento para adaptação em regiões e comunidades mais afetadas pelas mudanças do clima.
As cooperativas darão sua contribuição ao debate com soluções concretas em energia limpa, agricultura de baixo carbono, gestão de resíduos, finanças sustentáveis, segurança alimentar e bioeconomia. “Vamos apresentar propostas e posicionamentos construídos coletivamente no Manifesto do Cooperativismo Brasileiro para a COP30 e cases que mostram como ações locais de combate à mudança do clima geram impactos globais”, antecipou o coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, Alex Macedo.
De 10 a 21 de novembro, o cooperativismo participará da COP30 tanto no espaço oficial de negociação, a Blue Zone, quanto na área dedicada à sociedade civil, Green Zone; além de presença estratégica na Agri Zone, organizada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e em eventos de instituições parceiras do coop.
Leia a entrevista completa com o coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, Alex Macedo:
Sistema OCB: Qual será o papel do cooperativismo COP30?
Alex Macedo: A COP30 é o maior evento global sobre mudanças climáticas e, por ser realizada em Belém (PA), no coração da Amazônia, representa um marco simbólico e estratégico para o Brasil. A participação do cooperativismo brasileiro na COP30 tem como objetivo posicionar o setor como parceiro estratégico da transição climática global, reforçando sua contribuição para uma economia de baixo carbono e sua inserção nos mecanismos internacionais de financiamento e governança ambiental.
Em quais espaços as cooperativas brasileiras estarão representadas no evento?
O Sistema OCB coordenará a presença das cooperativas em múltiplos ambientes. Na Agri Zone (Embrapa), por exemplo, teremos o Pavilhão do Cooperativismo, um espaço de 300 metros quadrados (m²) que funcionará por duas semanas com exposições, oficinas, feiras, painéis e encontros institucionais, destacando o papel das cooperativas do agro e do crédito.
Já nosso espaço na Green Zone foi construído em parceria com a ONU. Trata-se de um pavilhão próprio de 100 m² e uma programação de painéis temáticos, alinhados aos eixos do Manifesto do Cooperativismo Brasileiro (transição energética, segurança alimentar, bioeconomia, adaptação climática e financiamento sustentável).
Além disso, teremos na Green Zone participação em painéis promovidos por parceiros como o Consórcio Amazônia, ABDI, CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) e Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). Adicionalmente, haverá presença das coops no Pavilhão Brasil, na Casa do Seguro, reforçando o vínculo entre inovação, mitigação de riscos climáticos e proteção da produção agrícola.
Quais as atividades do Sistema OCB programadas para a COP30?
A programação está estruturada em torno de um plano que combina representação institucional, disseminação de conhecimento e exposição de cases. As atividades confirmadas até agora são:
Painéis temáticos nos espaços oficiais, com a presença de representantes das coops e especialistas em sustentabilidade;
Apresentações de casos de sucesso, selecionados a partir de um edital nacional que recebeu 100 cases de 60 cooperativas;
Exposição e comercialização de produtos e marcas cooperativas nos pavilhões oficiais;
Ações de relacionamento e imprensa, garantindo ampla cobertura midiática e visibilidade internacional;
Eventos comemorativos pelo Ano Internacional das Cooperativas, reforçando o papel do setor como vetor da transição justa e sustentável.
Como foi a escolha dos cases cooperativistas para a COP30?
Selecionamos casos que representam não só inovação e impacto, mas também diversidade de ramos e de territórios. Os critérios de escolha das coops consideram cinco dimensões principais: impacto ambiental mensurável; potencial de replicabilidade e contribuição à agenda climática global; inovação tecnológica e integração com as metas de neutralidade de carbono; engajamento comunitário e inclusão social; e aderência aos eixos do Manifesto do Cooperativismo Brasileiro para a COP30.
Quais são os resultados esperados pelo cooperativismo brasileiro na COP30?
Com a participação das coops, o Sistema OCB busca o reconhecimento e a valorização do cooperativismo como aliado da transição justa. Nesse sentido, o movimento deve ser reconhecido como ator estratégico dessa transição, representando milhões cooperados e produtores – sobretudo pequenos e médios – que estão na base da segurança alimentar, da conservação ambiental e da inovação rural. E um dos motivos é que as cooperativas já desenvolvem soluções práticas de mitigação e adaptação climática, promovendo inclusão, geração de renda e sustentabilidade territorial.
Além disso, esperamos que as cooperativas sejam integradas de forma estruturada à implementação das NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas) e aos espaços de governança climática, em níveis nacional e subnacional, pois essa inclusão amplia a capilaridade e legitimidade das políticas públicas, garantindo que as ações climáticas cheguem aos territórios, propriedades e comunidades locais. Acreditamos que o cooperativismo oferece infraestrutura institucional, escala e capacidade técnica para apoiar metas de energia renovável, bioeconomia, manejo sustentável e restauração de áreas degradadas, consolidando a ideia de que a ação climática eficaz depende da ação coletiva e organizada. Por fim, defendemos que haja financiamento e valorização econômica da sustentabilidade, pois ela precisa ser reconhecida não como custo, mas como modelo de negócio do futuro.
Quais as contribuições do cooperativismo para a agenda climática?
As cooperativas promovem inclusão social, desenvolvimento territorial e organização social nas comunidades onde estão inseridas. A sua capilaridade e o alcance das suas redes de assistência permitem que o cooperativismo se torne uma plataforma poderosa para o financiamento climático e a implementação de práticas sustentáveis em áreas como agricultura, energia renovável, gestão de resíduos e conservação ambiental.
Nas cooperativas agropecuárias, práticas de agricultura de baixo carbono, integração lavoura-pecuária-floresta e uso eficiente da água reduzem emissões e aumentam a resiliência do solo. No setor energético, cooperativas têm instalado usinas solares e biodigestores, para levar energia limpa a comunidades inteiras. No crédito, as coops democratizam o acesso a recursos climáticos e fomentam projetos de descarbonização.
Além disso, o cooperativismo atua na capacitação e conscientização: programas como a Solução Neutralidade de Carbono e os cursos ambientais da plataforma CapacitaCoop têm preparado centenas de cooperativas para medir emissões, desenvolver inventários e criar planos de mitigação.
Portanto, ao integrar a agenda ambiental em suas práticas, as cooperativas desempenham um papel crucial na justiça climática, promovendo a adaptação das comunidades, a mitigação dos impactos ambientais e a ampliação do acesso a recursos e tecnologias mais sustentáveis.
Como esse impacto cooperativo na ação climática se dá em âmbito local?
Ao nascerem das necessidades das próprias comunidades, as cooperativas assumem como prioridade a sustentabilidade do território em que atuam. Em pequenas comunidades rurais, por exemplo, vemos cooperativas que implantam sistemas agroflorestais e projetos de bioeconomia, que conciliam a geração de renda e a preservação da biodiversidade. Em áreas urbanas, cooperativas de catadores transformam resíduos em fonte de renda e reduzem a poluição.
Essas ações locais geram impactos globais. Uma usina solar que abastece uma escola em Santarém (PA) ou uma cooperativa que implanta biodigestores em Assis Chateaubriand (PA), reduzindo custos ou emissões, vão além – elas mostram que é possível um desenvolvimento que respeita os limites do planeta.
O cooperativismo, nesse sentido, é uma verdadeira ponte entre o local e o global: soluções que nascem na comunidade, mas reverberam em todo o planeta. O futuro será cooperativo ou simplesmente não será sustentável, porque só a cooperação é capaz de equilibrar o que produzimos, o que consumimos e o que deixamos como legado.
06/11/2025
SABER COOPERAR
PodCooperar: nova temporada mostra que o futuro sustentável passa pelo cooperativismo
A nova temporada do PodCooperar, podcast produzido pelo Sistema OCB, apresenta histórias reais de como o cooperativismo brasileiro tem promovido a transformação sustentável em todos os setores em que atua, com boas práticas, inovação e inclusão.
“Falar sobre ações ambientais, sociais e de governança hoje é comum. O que muita gente não sabe é que o cooperativismo já vive essa realidade, na prática, há muito tempo. E não poderia haver momento melhor para contar essas histórias do que no Ano Internacional das Cooperativas, e quando o Brasil recebe pela primeira vez a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30)”, explica a gerente de Comunicação e Marketing do Sistema OCB, Samara Araujo.
Em oito episódios, a nova temporada do PodCooperar conduz os ouvintes em uma viagem pelo Brasil que dá certo com o cooperativismo. A série passa pela Amazônia, onde as coops promovem a bioeconomia que protege a floresta, mostra a força de mulheres que lideram a produção de cafés sustentáveis em Minas Gerais e apresenta inovações cooperativistas para transformar resíduos em energia no Sul do país. Os episódios também contam histórias sobre construções verdes, mobilidade sustentável e boas práticas de governança.
“Esta temporada do PodCooperar reforça a iniciativa e o propósito movimento SomosCoop para dar visibilidade a um modelo de negócios que une desenvolvimento econômico e impacto social e ambiental. Os novos episódios mostram como os princípios do cooperativismo se conectam diretamente às práticas ESG, com histórias de comunidades e regiões que foram transformadas por meio das práticas cooperativistas”, acrescenta Samara Araujo.
O primeiro episódio da nova temporada do PodCooperar, sobre a Cooperacre, já está disponível no Spotify. A próxima história, da Cooates, vai ao ar na próxima quinta-feira (6/11). Ao longo do mês de novembro, dois novos programas serão lançados a cada semana.Conheça os novos episódios do PodCooperar:
Ep. 1 — Floresta em pé (Cooperacre)
Você vai conhecer a história da Cooperacre, uma central de cooperativas no Acre que prova que é possível gerar riqueza e manter a floresta em pé. A trajetória de extrativistas como Seu Raimundo apresenta como a coop aprendeu, com a natureza, produzir sem desmatar. Além disso, você vai descobrir parcerias inovadoras, que valorizam desde a borracha sustentável até a castanha, estão garantindo renda para centenas de famílias e, ao mesmo tempo, incentivando a preservação.
Ep. 2 — Inovação a favor da sustentabilidade (Cooates)
Do verde da Amazônia, viajamos para o litoral sul de Pernambuco. Lá, a Cooates se tornou uma referência em recuperação ambiental. O episódio vai revelar como a cooperativa assumiu a gestão do maior viveiro de mudas do Nordeste, no Complexo do Porto de Suape, e está reflorestando áreas degradadas da Mata Atlântica e da Caatinga. Você vai entender como eles transformaram agricultores em verdadeiros "produtores de água", remunerados para recuperar nascentes, e como a inovação na apicultura está levando o mel de floradas nativas para o mercado internacional.
Ep. 3 — Bioenergia no combate ao aquecimento global (Frimesa)
Como uma das maiores processadoras de carne suína do Brasil pode liderar a transição para uma matriz energética 100% limpa? O terceiro episódio responde a essa pergunta ao apresentar o case da Frimesa, no Paraná. A cooperativa transformou um desafio ambiental do descarte de dejetos da produção em uma solução energética revolucionária. Ao converter resíduos em biogás para substituir combustíveis fósseis em suas operações, a Frimesa não apenas reduziu drasticamente suas emissões de gases de efeito estufa, mas também preservou a economia.
Ep. 4 — Arquitetura do futuro (Sicredi Dexis)
Este episódio conta a história da sede da Sicredi Dexis, o primeiro prédio verde do interior do Paraná, com certificações de sustentabilidade do mais alto nível mundial: o LEED Platinum. O edifício gera sua própria energia, capta água da chuva e foi projetado para garantir o máximo de bem-estar para colaboradores e associados.
Ep. 5 — Inclusão feminina no campo (Coopfam)
As montanhas de Poço Fundo, em Minas Gerais, trazem histórias de superação, igualdade e sabor com as mulheres da Coopfam, que transformaram a dor da perda em um movimento de empoderamento. Lideradas por pioneiras como Dona Maria José, elas criaram o "Café Feminino Sustentável", um produto orgânico e de alta qualidade, 100% produzido por elas.
Ep. 6 — Extraindo jóias da floresta (Xambiart)
Este episódio nos leva para conhecer a biodiversidade do Tocantins, com a Xambiart. A cooperativa transforma sementes, fibras, cocos e madeiras locais em peças de artesanato únicas, que carregam a identidade cultural da região. Além de ser premiada por suas práticas de economia solidária, a Xambiart também mostra como é possível gerar trabalho e renda de forma sustentável, valorizando os recursos naturais sem esgotá-los e fortalecendo os laços comunitários por meio da arte.
Ep. 7 — Frota verde (Coopmetro)
A redução de emissão de gases do efeito estufa é um dos principais desafios ambientais do ramo Transporte. Em Minas Gerais, a maior cooperativa de transporte de cargas do Estado mostrou ser possível mudar de rota. O episódio detalha a jornada de transição energética da cooperativa, que começou com a substituição de veículos a diesel por versões mais limpas, movidos com gás natural, etanol e até energia elétrica. Já são mais de 1.600 veículos rodando com fontes de energia mais ecológicas — combustível para um futuro com menos impacto ambiental.
Ep. 8 — Resultados transparentes (Unimed do Brasil)
Saiba como uma gigante do cooperativismo de saúde, a Unimed do Brasil, aplica os princípios ESG em sua essência. O episódio vai além dos consultórios para mostrar como o investimento em ações sociais, culturais e de valorização das equipes se traduz em bem-estar para toda a comunidade, além dos resultados dos relatórios de sustentabilidade.
Ouça o PodCooperar no Spotify ou acesse o podcast no site do SomosCoop.
03/11/2025
SABER COOPERAR
Cooperativismo brasileiro é destaque em prêmios nacionais e internacionais de sustentabilidade
Às vésperas da COP30, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que será realizada em Belém (PA), o papel do cooperativismo para um futuro mais sustentável ganha destaque - especialmente por sua contribuição para a ação climática. As cooperativas estão na linha de frente da transição energética, bioeconomia e agricultura de baixo carbono, além de atuarem em outras frentes de descarbonização da economia.
Além da ação climática, as coops brasileiras têm se dedicado a adotar práticas que conciliam desenvolvimento econômico, preservação ambiental e bem-estar social, contribuindo para a sustentabilidade em todas as suas dimensões. Essa atuação consistente é reconhecida dentro e fora do país, com projetos e iniciativas premiadas.
Conheça 5 cooperativas brasileiras premiadas por ações sustentáveis:
1 - Crédito verde
Um dos desafios para que as ações de combate às mudanças climáticas saiam do papel é o financiamento. Pelo seus esforços em apoiar projetos que têm a sustentabilidade como pilar, o Sicredi foi premiado, em 2023, com o Environmental Finance Impact Awards, na categoria Lender of the Year, ou “Credor do Ano”.
O reconhecimento é resultado da atuação do sistema cooperativista no financiamento de projetos de impacto ambiental em todo o Brasil, entre eles iniciativas de energias renováveis, eficiência energética, agricultura sustentável e pequenas e microempresas. O prêmio é concedido pela revista britânica Environmental Finance, especializada em conteúdo voltado para investimentos sustentáveis. A honraria valoriza o trabalho de investidores de impacto em todo o mundo, destacando as melhores práticas em diferentes setores e regiões do mundo. O júri é composto por investidores, juntamente com a equipe editorial da revista.
2 - Floresta em pé
A produção sustentável, com respeito aos saberes tradicionais e ao manejo florestal, é o foco do trabalho da Cooperativa Reca - Reflorestamento Econômico Consorciado e Adensado, fundada no fim da década de 1980 por agricultores familiares de Rondônia. No município de Nova Califórnia, na divisa entre Rondônia, Acre, Amazonas e Bolívia, a cooperativa produz polpas de frutas, óleos e sementes que são vendidos para todo o país.
O sistema de agroflorestas, que gera renda para cerca de 300 famílias da região – ao mesmo tempo em que preserva a mata nativa – foi reconhecido em 2023 em um prêmio concedido pela Natura, uma das maiores empresas de cosméticos do mundo. A premiação celebra organizações, dentro e fora do Brasil, que se destacam em um dos pilares que compõem o programa EMBRACE, voltado aos fornecedores de matérias-primas utilizadas nos produtos da marca. A Cooperativa Reca foi reconhecida por fornecer insumos de alta qualidade, a partir de práticas inovadoras voltadas para a preservação ambiental e a promoção da sociobiodiversidade na Amazônia.
3 - Produção sustentável
No Paraná, a Coopavel iniciou suas atividades na década de 1970 focada na produção de grãos. Hoje, com quase 5 mil cooperados e presença em mais de 20 municípios paranaenses, a cooperativa tem forte atuação na suinocultura e avicultura, com um olhar atento para as práticas sustentáveis. Em 2024, uma dessas ações – a modernização da Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) de uma unidade de produção em Juvinópolis – levou a coop ao primeiro lugar da Open Farm Awards, promovido pela multinacional Cargill.
Com a implantação do projeto, os efluentes líquidos gerados na produção de suínos passam por um tratamento para que sejam adequados ao padrão de lançamento, sem causar danos ao meio ambiente. O sistema permite o reuso de parte do efluente tratado em outras atividades da unidade, como a higienização das instalações, reduzindo o consumo de água potável. O biogás extraído do processo também é reaproveitado na geração de energia.
4 - Controle de poluentes
Em mais um exemplo de alinhamento do cooperativismo agropecuário brasileiro com a produção sustentável, a Aurora Coop conquistou o primeiro lugar do 30º Prêmio Expressão de Ecologia, na categoria “Controle da Poluição”. A iniciativa é uma das maiores premiações ambientais do país no segmento empresarial.
A Aurora Coop é uma central que reúne 14 cooperativas singulares, presentes nos estados de Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul, em mais de mil municípios. O projeto que levou a Aurora ao pódio foi o de modernização e ampliação das estações de tratamento de efluentes líquidos em unidades no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Foram investidos mais de R$ 40 milhões na mudança, que marcou a história da cooperativa pela adoção de novos conceitos e tecnologias que devem ser replicados em futuras instalações.
5 - Tecnologia com propósito
O investimento consistente do Sicoob em tecnologia nos últimos anos levou a cooperativa a se tornar pioneira em várias soluções que oferece ao mercado e aos seus cooperados. O resultado também se reflete na área da sustentabilidade, com reconhecimento internacional. O sistema cooperativista esteve entre os finalistas do DCD Latam Awards 2025, promovido pelo Data Center Dynamics.
O Sicoob se destacou em duas categorias: Enterprise Data Center Evolution e Energy Impact, com projetos que buscam modernizar os seus data centers, com melhorias que visam a inovação, sustentabilidade e consumo energético eficiente.
31/10/2025
SABER COOPERAR
Parcerias que transformam: com intercooperação, cooperativas colocam ODS 17 em prática
Enfrentar desafios globais como fome, pobreza, desigualdade e mudanças climáticas exige colaboração. Para mobilizar recursos, conhecimento e tecnologias para essa tarefa, a Organização das Nações Unidas (ONU) definiu o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 17, que trata de parcerias para viabilizar as demais metas e construir um mundo melhor. No cooperativismo, essa aliança tem nome: intercooperação. Por meio dela, o setor implementa ações que geram impacto econômico, social e desenvolvimento sustentável.
“As cooperativas são fundamentais para o cumprimento dos ODS e podem fortalecer os meios de implementação com seus valores e princípios, tornando os processos mais eficazes e participativos”, destaca o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
Maior mobilização de voluntariado do cooperativismo brasileiro, o Dia de Cooperar (Dia C) é um exemplo nacional de parceria pelo bem comum. Todos os anos, milhares de cooperativas se unem para realizar ações socioambientais que, apenas em 2024, beneficiaram 5,54 milhões de pessoas, segundo dados do AnuárioCoop 2025.
O Sicoob Central ES, sistema regional com atuação no Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia, participa do Dia C com ações sociais articuladas entre suas seis cooperativas. Este ano, os voluntários promoveram mais de 70 projetos – como atividades culturais, serviços gratuitos, lazer e educação – alcançando diretamente cerca de 25 mil pessoas em 57 municípios. As ações estão ligadas ao ODS 3 – Saúde e bem-estar, ODS 4 – Educação de qualidade, ODS 10 – Redução das desigualdades, entre outros.
“Mais do que somar esforços, a intercooperação representa o entendimento de que o desenvolvimento sustentável depende da articulação entre atores locais comprometidos com a transformação social”, afirma a diretora de Recursos Humanos e Sustentabilidade da central, Sandra Kwak.
Além das ações conjuntas internas, o Sicoob Central ES atua com outras cooperativas e parceiros institucionais para promoção de ações sociais e comunitárias, em uma articulação multissetorial, uma das ferramentas previstas no ODS 17. No programa Bikes, por exemplo, a central de cooperativas de crédito viabiliza, junto com a Unimed e a empresa Serttel, o compartilhamento de bicicletas para melhorar a mobilidade urbana em Vitória e Vila Velha, contribuindo para o ODS 11 – Cidades e comunidades sustentáveis.
“A intercooperação faz parte da nossa essência como instituição cooperativa. Acreditamos que parcerias são fundamentais para promover o desenvolvimento sustentável e ampliar nosso alcance social. Essas experiências demonstram que, ao unirmos competências e propósitos, conseguimos gerar transformações significativas para os territórios onde atuamos”, destaca a gestora.
Desde 2019, o Sicoob Central ES também apoia instituições do terceiro setor por meio do Edital de Projetos Sociais, que financia ações de cultura, empreendedorismo, educação e esporte. O programa já investiu quase R$ 20 milhões e impactou diretamente cerca de 500 mil pessoas, fortalecendo instituições comprometidas com o desenvolvimento das regiões onde atuam.
Intercooperação no campo
No Sul do Brasil, a Central de Negócios da Federação das Cooperativas Agropecuárias de Santa Catarina (Fecoagro) atua com intercooperação para melhorar a produtividade e os resultados de 72 mil produtores rurais cooperados, contribuindo para o ODS 2 – Fome zero e agricultura sustentável, ODS 8 – Trabalho decente e crescimento econômico e ODS 12 – Consumo e produção responsáveis.
A central realiza negociações conjuntas que superaram R$ 1,64 bilhão em 2024, com R$ 47,8 milhões em economia gerada no período. De acordo com o diretor executivo da federação, Ivan Ramos, a união fortalece a competitividade das cooperativas agropecuárias catarinenses e amplia sua capacidade de investimento e inovação.
“A Fecoagro conecta suas ações regionais às metas globais de desenvolvimento sustentável, entre elas o ODS 17, que trata de intercooperação. Essas práticas reforçam nosso compromisso em gerar valor compartilhado, equilibrando resultados econômicos, inclusão social e preservação ambiental”.
Em outra frente de cooperação para apoiar os produtores, a federação tem parcerias institucionais como o Programa Terra Boa, junto ao Governo de Santa Catarina, que facilita o acesso a sementes, fertilizantes e outros insumos para melhorar a produtividade e a renda. Há mais de 25 anos, a aliança entre o poder público e a cooperativa vem gerando impacto econômico e social em larga escala e já beneficiou mais de 58 mil agricultores da região.
“A atuação da Fecoagro dialoga com a Agenda Global de Sustentabilidade e foi estruturada a partir de uma rede de parcerias com outras cooperativas, governo e outras instituições, mostrando que o trabalho em conjunto gera impacto econômico e social significativo para a região e para as pessoas”, destaca Ramos.
Saiba mais sobre a contribuição do coop para os ODS no infográfico Como as cooperativas constroem um mundo melhor? Acesse aqui!
23/10/2025
SABER COOPERAR
“DICC é oportunidade de propagar cooperativas de crédito”, diz coordenador
Um futuro mais próspero começa com cooperação. Com esse olhar, o mundo celebra hoje (16/10) o Dia Internacional das Cooperativas de Crédito (DICC) – data que, desde 1948, reconhece a contribuição das instituições financeiras cooperativas para o desenvolvimento socioeconômico e seu papel como agentes de transformação.
Este ano, o mote da campanha global liderada pelo Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito (WOCCU, na sigla em inglês) é “Cooperação por um mundo próspero”. No Brasil, o Sistema OCB e os sistemas cooperativos de crédito se uniram em uma mobilização de intercooperação para aproximar o tema da realidade brasileira e mostrar o impacto do segmento para a inclusão e o desenvolvimento no país.
A ideia foi traduzida em uma pergunta simples e que está no cotidiano de milhões de pessoas, mas com uma resposta inovadora: “No crédito ou no débito? No coop!” Com linguagem acessível, a campanha lembra que escolher o cooperativismo tem um impacto coletivo: movimenta a economia, fomenta negócios locais e promove a prosperidade compartilhada.
“Com a ação unificada, queremos que nossas estruturas, nossas cooperativas, estejam alinhadas. Que as iniciativas sejam coordenadas e a gente consiga propagar de forma muito clara e didática para a sociedade o que é o cooperativismo de crédito, seus princípios, seus objetivos, e, claro, alcançar o maior número de pessoas”, explica o coordenador do Ramo Crédito no Sistema OCB, Thiago Borba.
A campanha para o DICC 2025 terá ações coordenadas nas redes sociais do SomosCoop, com postagens em colaboração com Sicoob, Sicredi, Unicred, Cresol, Ailos e Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop) e chamado ao engajamento de cooperativas de crédito, tanto as filiadas a sistemas quanto as independentes.
Em entrevista ao Sistema OCB, Borba explica a importância do DICC e de que forma o cooperativismo de crédito brasileiro gera prosperidade e transforma o futuro do país. Leia a seguir:
Sistema OCB: Qual é a importância de uma data mundial para celebrar o cooperativismo de crédito?
Thiago Borba: É um momento em que todos os envolvidos no cooperativismo de crédito, ou seja, um movimento de milhões de pessoas, relembram a causa que os une. O DICC é um movimento mundial que, pelo seu alcance, chama a atenção de toda a sociedade, inclusive de pessoas que ainda não estão dentro do cooperativismo. Nós mostramos que existe um modelo de instituição financeira que trabalha em uma linha mais democrática, sustentável e inclusiva.
Como o Sistema OCB mobiliza as cooperativas brasileiras para a data?
Isso acontece por meio de conversas nos fóruns em que os sistemas cooperativos de crédito estão presentes. Buscamos alinhar estratégias e a comunicação. É claro que cada coop e sistema tem a sua característica, sua particularidade, mas a intenção é garantir uma identidade. Também buscamos desenvolver ações e iniciativas de modo coordenado para engajar os diferentes públicos, de forma que nos dê mais força, mais alcance.
Quais os principais objetivos da mobilização nacional deste ano para o DICC?
O que nós sempre buscamos é o engajamento, esse ano não vai ser diferente. Que as iniciativas sejam coordenadas e a gente consiga propagar de uma forma muito clara e didática para a sociedade o que é o cooperativismo, seus princípios, seus objetivos e, obviamente, alcançar o maior número de pessoas. Precisamos fazer com que o cooperativismo de crédito seja mais conhecido pela sociedade, pelos gestores, pelos tomadores de decisão e criadores de políticas públicas. Temos que ser claros na nossa mensagem para explicar nossos diferenciais, porque não somos uma instituição financeira como outra qualquer.
O mote do DICC 2025 é o papel das cooperativas financeiras para um mundo próspero. Como isso acontece na prática?
Nosso propósito é estar presente onde instituições financeiras de outra natureza societária não estão. Essa forma de atuação mostra claramente a preocupação do cooperativismo de crédito com a inclusão financeira. E nós demonstramos isso por meio de números: fisicamente, as cooperativas de crédito estão em aproximadamente 60 a 70% dos municípios brasileiros. E mais: dos 5.570 municípios, em 469 deles, as cooperativas de crédito são a única instituição financeira no local. Então, em quase 10% dos municípios brasileiros, enquanto outros agentes bancários se retiram e migram para o virtual, nós permanecemos. Sabemos que, muitas vezes, o brasileiro não tem acesso a essas ferramentas digitais, por isso as cooperativas continuam expandindo a sua presença e a sua atuação, inclusive fisicamente.
No Brasil, a questão da inclusão financeira tem alguma particularidade em relação ao restante do mundo?
Essencialmente, a característica geográfica que a gente tem é um desafio. Estamos em um país de dimensões continentais, com culturas completamente distintas. A própria ocupação dos territórios é um traço que, muitas vezes, facilita ou dificulta a entrada do cooperativismo. Há algum tempo temos trabalhado no fortalecimento do cooperativismo de crédito de forma mais contundente nas regiões Nordeste e Norte. Com o propósito de levar a inclusão, bancarização e desenvolvimento local, temos trabalhado fortemente para que o cooperativismo se desenvolva cada vez mais nessas regiões. Muito em breve, teremos indicadores de market share, de penetração, similares ao que já temos no Sul e em alguns estados da região Centro-Oeste.
Como a estratégia de investir no atendimento físico, e não apenas nos serviços digitais, se conecta com os princípios do cooperativismo?
Nesse aspecto, temos o casamento de uma necessidade com um diferencial. Ainda temos a necessidade de comunicar para a sociedade o que é o cooperativismo. E a presença física tem esse potencial: “Olha, cheguei, estou aqui no seu município, sou o Sistema X, sou uma cooperativa de crédito”. E um traço muito característico do cooperativismo de crédito é a confiança. O relacionamento virtual ainda não está maduro o suficiente na sociedade brasileira para transmitir confiança entre partes, entre a instituição financeira e o seu cooperado. Essa presença olho no olho é importante, em especial para alguns públicos atendidos pelas cooperativas de crédito, como o cooperado rural, que tem essa necessidade do aperto de mão e da confiança, eles precisam desse acesso. Precisam conhecer quem é o presidente, o diretor, o gerente que o atende. Essas características continuam impulsionando o cooperativismo de crédito para que a gente avance na ocupação territorial física.
Como valorizar esses diferenciais das cooperativas de crédito e ampliar o conhecimento sobre elas?
Desde a pessoa que está ali no posto de atendimento, o segurança que cuida da porta giratória da agência, o presidente da cooperativa, as instituições de representação, sejam estaduais ou a OCB Nacional, todos têm que entender qual é o propósito da instituição em que trabalha. Temos que ter uma comunicação muito fluida, linear e homogênea sobre o que a gente é, porque existimos e qual é o nosso diferencial.
Assista ao vídeo da campanha do Dia Internacional das Cooperativas 2025:
16/10/2025
SABER COOPERAR
“Cooperativas são estratégicas para o desenvolvimento da Amazônia”, afirma pesquisador da UFV
Às vésperas da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém (PA), que colocará a Amazônia no centro das discussões sobre o futuro do planeta, o cooperativismo deve ser reconhecido como um agente estratégico para o desenvolvimento da região. A avaliação é do professor e pesquisador Alair Freitas, que há quase duas décadas se dedica ao estudo desse modelo de negócios e atualmente coordena o Centro de Referência em Empreendedorismo e Cooperativismo para o Desenvolvimento Sustentável da Universidade Federal de Viçosa (UFV).
“As cooperativas são fundamentais para a Amazônia porque estruturam a produção, viabilizam a comercialização e garantem renda a milhares de famílias que vivem da sociobiodiversidade. Elas são estratégicas para transformar o potencial econômico da floresta em pé em oportunidades concretas de desenvolvimento sustentável para a região”, afirmou Freitas em entrevista ao Sistema OCB.
A conclusão está em um estudo feito pelo pesquisador para o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com análises sobre o papel do cooperativismo entre produtores da agricultura familiar, povos e comunidades tradicionais na Amazônia. Além dessa contribuição, Freitas atua em pesquisas sobre o futuro do cooperativismo e afirma que o coop precisará ser mais empreendedor para garantir resiliência e competitividade.
Ex-aluno e docente do curso de Cooperativismo da UFV, que acaba de completar 50 anos, Freitas também destaca a importância da formação especializada no setor e defende a educação cooperativista como ferramenta de fortalecimento da gestão.
Leia a entrevista completa:
Sistema OCB: Qual o papel das cooperativas hoje no Brasil?
Alair Freitas: As cooperativas ocupam hoje praticamente todos os setores da economia brasileira, do agropecuário à saúde, do crédito ao consumo, do transporte à habitação. Essa presença difusa mostra que elas não são apenas alternativas, mas parte estrutural da economia nacional. O diferencial, no entanto, está no seu papel inclusivo: em um país com níveis históricos de desigualdade, as cooperativas têm se mostrado capazes de gerar trabalho e renda para famílias vulneráveis, abrir mercados para pequenos produtores e agricultores familiares, e proteger interesses coletivos diante de um mercado cada vez mais concentrado.
Elas também cumprem funções que extrapolam a dimensão econômica: atuam como mediadoras no acesso a políticas públicas, como estruturadoras de cadeias produtivas, e como indutoras de ciclos virtuosos em territórios, ao reinvestirem excedentes em atividades locais e em serviços relevantes para a comunidade. Esse efeito multiplicador é talvez a contribuição mais poderosa do cooperativismo ao Brasil contemporâneo: transformar resultados econômicos em desenvolvimento social e territorial.
Na Amazônia, essa relação entre cooperativas e desenvolvimento é mais direta? O que as cooperativas representam para as comunidades tradicionais?
Na região amazônica, o cooperativismo não é apenas uma opção, mas uma estratégia decisiva para garantir que a riqueza da floresta permaneça nas mãos das comunidades que a preservam. As cooperativas permitem que essas populações captem valor de forma organizada e coletiva, em vez de serem apenas fornecedoras periféricas de matérias-primas. Em muitos casos, já não se trata apenas de comercializar produtos extrativos, mas de coordenar cadeias inteiras, com controle sobre diferentes elos produtivos e de comercialização, garantindo maior autonomia e protagonismo aos extrativistas.
Esse movimento conecta-se diretamente às agendas globais de bioeconomia e de desenvolvimento sustentável. O fortalecimento do cooperativismo amazônico significa alinhar o Brasil a compromissos internacionais de preservação ambiental e justiça social, mas com um diferencial: a floresta viva se mantém não porque está intocada, mas porque as comunidades conseguem viver dela com dignidade e governar seus recursos de forma cooperativa. É nesse ponto que sustentabilidade deixa de ser discurso e se torna prática concreta.
Como as cooperativas contribuem para colocar a agenda sustentável em prática na região?
Elas não apenas valorizam os saberes tradicionais, mas podem ser instrumentos de proteção das comunidades e de seu patrimônio imaterial. O modelo cooperativo permite criar estruturas de governança adaptadas, nas quais as representações comunitárias participam efetivamente dos processos decisórios. Nos próximos anos, com o aumento da demanda por produtos rastreáveis, de origem sustentável e socialmente justos, as cooperativas podem se consolidar como meios privilegiados para conectar comunidades tradicionais a mercados globais, garantindo autonomia e evitando sua marginalização nas cadeias produtivas.
Quais são, na sua avaliação, os principais desafios que o movimento cooperativista tem hoje e que definirão seu futuro?
O cooperativismo brasileiro enfrenta hoje desafios que colocam em xeque sua vitalidade. O primeiro é profissionalizar a gestão sem perder a essência democrática. Isso implica repensar a governança para que, mesmo em organizações grandes e complexas, a participação real dos cooperados seja preservada e valorizada. A cooperativa precisa demonstrar, de forma concreta, que continua sendo cooperativa, que gera valor coletivo e que não se reduz a uma empresa convencional.
Outro grande desafio é a transformação digital e a inovação. Mas aqui o ponto central não é apenas incorporar tecnologia, e sim mudar o mindset organizacional, estimulando comportamentos mais criativos, colaborativos e abertos ao risco. A inovação será o motor da competitividade futura, e sua força está mais no campo cultural do que no tecnológico.
E talvez o desafio mais estratégico seja o da renovação geracional. Atrair, formar e engajar jovens não é apenas uma questão de continuidade, mas de sobrevivência. O cooperativismo precisa se mostrar relevante e desafiador para as novas gerações, sob pena de perder espaço na sociedade e se tornar irrelevante em poucos anos.
Quais os caminhos para o cooperativismo do futuro e como tornar o movimento mais conhecido pela sociedade?
O futuro do cooperativismo dependerá da sua capacidade de se posicionar de forma estratégica em um cenário de transformações aceleradas. Não basta reafirmar princípios; é necessário traduzi-los em práticas que dialoguem com os desafios contemporâneos. Isso significa consolidar o cooperativismo como estratégia de desenvolvimento sustentável e modelo de negócios de impacto, capaz de gerar valor econômico, social e ambiental de maneira integrada.
Um caminho decisivo é aproximar-se das agendas globais de sustentabilidade, transição ecológica e economia de impacto, comunicando melhor à sociedade o que o diferencia das empresas convencionais. Outro elemento central é a capacidade de se articular em redes e ecossistemas inovadores, fortalecendo parcerias com universidades, governos e empresas, e ocupando espaços estratégicos em políticas públicas.
Qual o papel da educação nessa missão de tornar o cooperativismo ainda mais relevante?
A educação cooperativista, em seu sentido amplo, precisa ser assumida como estratégia institucional, e não como atividade secundária. Em um mundo marcado pela digitalização dos negócios e pelas mudanças no comportamento de consumo, o que fidelizará o cooperado é a percepção clara do valor que a cooperativa gera para ele. A educação pode ser o principal instrumento para fortalecer esse vínculo, traduzindo princípios em práticas e qualificando a gestão. Além disso, precisamos impulsionar uma transformação empreendedora dentro das cooperativas. Isso começa pela mudança de mentalidade, e a educação é chave para catalisar essa transformação.
Por que a formação empreendedora é essencial para o cooperativismo?
A formação empreendedora prepara as cooperativas para os desafios de um mundo em constante transformação. Mais do que ensinar técnicas, ela desenvolve mentalidades criativas, colaborativas e proativas, fundamentais para que as cooperativas inovem sem perder sua essência participativa. Ela é o que conecta tradição e futuro: fortalece a identidade cooperativa ao mesmo tempo em que abre caminho para a profissionalização da gestão, o protagonismo da juventude e a inserção em mercados cada vez mais competitivos e exigentes. E essa necessidade não é apenas da juventude. As lideranças cooperativistas em geral também precisam assumir comportamentos mais empreendedores, exercitando criatividade, ousadia e proatividade no cotidiano das cooperativas. O cooperativismo do futuro terá que ser mais empreendedor para ser mais resiliente e competitivo.
13/10/2025
Todos os ramos
Agropecuário
Consumo
Crédito
Infraestrutura
Saúde
Seguros
Trabalho, Produção de Bens e Serviços
Transporte
LGPD
24/11/2025
Alerta para coops: ANPD lança Painel de Fiscalização
A Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD) disponibilizou publicamente seu novo Painel de Fiscalização, uma ferramenta interativa em Power BI que reúne dados consolidados sobre processos de monitoramento, fiscalização e procedimentos administrativos sancionadores. A iniciativa marca um avanço importante na transparência regulatória e permite que a sociedade identifique quais organizações (cooperativas, empresas ou órgãos públicos) estão respondendo a processos administrativos em razão de possíveis descumprimentos da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais – LGPD.
Os dados atualmente disponíveis no painel mostram que já foram instaurados 81 (oitenta e um) processos administrativos pela ANPD, com objetivo de monitorar atividades relacionadas ao tratamento de dados pessoais, fiscalizar e aplicar penalidades. Os 3 temas mais comuns relacionados aos processos são:
Direitos das pessoas: não atendimento dos direitos previstos na LGPD (como acesso aos dados pessoais, informações sobre compartilhamento, eliminação e outros) ou atendimento inadequado.
Bases legais e conformidade documental: ausência de bases legais (previstas nos artigos 7º e 11 da LGPD) para justificar atividades envolvendo tratamento de dados pessoais, bem como ausência ou insuficiência de detalhamento no Registro das Operações de Tratamento de Dados Pessoais (documento obrigatório para a conformidade com a LGPD).
Falhas de segurança e incidentes: ausência de medidas básicas de prevenção a incidentes de segurança ou ausência de comunicado adequado para ANPD, nos casos em que obrigatório (ou seja, naqueles em que o incidente pode causar danos ou riscos relevantes para as pessoas).
O Portal demonstra que a ANPD está ampliando a visibilidade e o acompanhamento externo de suas ações de fiscalização. Isso reforça que cooperativas que ainda não concluíram sua adequação à LGPD devem fazê-lo com a máxima urgência. O ambiente regulatório está mais transparente e estruturado, o que deve aumentar as consequências negativas para quem não está em conformidade.
O que as cooperativas devem fazer agora?
Reforçar seus programas de governança em privacidade e proteção de dados.
O DPO deve ser formalmente designado, com atribuições claras e acesso à alta administração (a cooperativa deve garantir que o encarregado possa exercer adequadamente sua função, o que inclui: autonomia técnica; recursos mínimos (humanos, financeiros e tecnológicos); não acúmulo de funções que gerem conflito de interesses; capacidade de interagir diretamente com a ANPD quando necessário; participação nos processos decisórios que envolvam dados pessoais; capacidade de atualizar políticas internas, bases legais, registro das operações e mecanismos de resposta a titulares.
Estruturar evidências de conformidade, já que a ausência de documentação é uma das causas frequentes de abertura de processos.
Preparar equipes e lideranças para responder a fiscalizações, que tendem a se tornar mais frequentes.
Com a atuação da ANPD cada vez mais visível e estruturada, a falta de adequação completa à LGPD ou a manutenção de práticas superficiais de governança expõe as cooperativas a um risco regulatório significativo. A boa notícia é que o risco pode ser integralmente tratado a partir da adoção das ações acima exemplificadas e de outras que apresentamos aqui no LGPD no Cooperativismo.
LGPD
23/11/2025
STF redefine a responsabilidade das plataformas digitais
O Supremo Tribunal Federal (STF) publicou recentemente o acórdão que confirma a decisão pela inconstitucionalidade parcial do artigo 19 do Marco Civil da Internet (Lei nº 12.965/2014).
LGPD
ECA Digital entra em vigor em março de 2026: o que as cooperativas precisam saber
No dia 17 de setembro de 2025, foi sancionada a Lei nº 15.211/2025, conhecida como ECA Digital, que moderniza a proteção de crianças e adolescentes em ambientes virtuais.
30/09/2025
LGPD
Videomonitoramento e proteção de dados
A presença de câmeras de segurança tem sido cada vez mais frequente em todos os lugares, inclusive nas cooperativas, que, evidentemente, se preocupam com a segurança de seus ambientes.
26/06/2025
LGPD
Agentes de Tratamento de Pequeno Porte
Todas as organizações, sem exceção, devem cumprir a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
29/05/2025
LGPD
Gestão de terceiros e LGPD
A proteção de dados pessoais não se limita apenas ao ambiente interno da cooperativa.
18/04/2025
LGPD
Cuidados com Dispositivos Móveis
Os dispositivos móveis estão cada vez mais presentes em nossas rotinas de trabalho. Hoje, nossos celulares são ferramentas indispensáveis, essenciais para contato com cooperados, clientes, colaboradores e parceiros.Mas temos de lembrar que os dispositivos móveis estão expostos a ameaças de segurança que podem comprometer dados pessoais e informações confidenciais. Não é à toa que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) fala muito em segurança, embora não nos diga quais medidas tomar para alcançá-la.Confira algumas das boas práticas em segurança de dispositivos móveis.
1. Mantenha Tudo Atualizado
Tanto o sistema operacional quanto os aplicativos devem ser mantidos atualizados. Atualizações não só adicionam novos recursos, mas também corrigem falhas de segurança. Sempre que uma vulnerabilidade é descoberta, os desenvolvedores correm para lançar uma atualização que a corrija. Se você deixa as atualizações do seu dispositivo em segundo plano, o seu dispositivo pode ser comprometido.
2. Bloqueio de tela
Além das ameaças que vem por meio da internet, também temos de pensar na segurança física do seu dispositivo. Isso começa no bloqueio de tela. Use algum método de bloqueio, de preferência uma senha. Essa é a sua primeira linha de defesa contra acessos não autorizados, especialmente em caso de perda ou roubo do dispositivo. Importante! Configure seu dispositivo para que ele seja automaticamente bloqueado após um período de inatividade.
3. Instale Apenas Aplicativos Oficiais
Evite colocar seu dispositivo em risco com aplicativos de fontes duvidosas. É recomendado baixar apps apenas das lojas oficiais (Google Play Store ou App Store). Se o dispositivo for corporativo, sempre consulte a equipe de TI antes de instalar novos aplicativos.
4. Remova Aplicativos Não Utilizados
Cada aplicativo instalado em seu dispositivo pode trazer consigo riscos e vulnerabilidades próprias. Muitos aplicativos pedem permissões excessivas ou não são mais atualizados, o que aumenta a superfície de ataque do seu dispositivo. Por isso, remova aplicativos que você não usa.
5. Cuidado com Redes Wi-Fi Públicas
Usar redes públicas de Wi-Fi, por exemplo, em restaurantes ou cafeterias, aumenta os riscos de segurança do seu dispositivo. Pessoas com acesso à mesma rede que você tem maior chance de interceptar informações e de comprometer o seu aparelho. Caso não tenha acesso a uma rede confiável, priorize o acesso à internet por dados móveis e evite ao máximo usar redes públicas.
6. Rastreamento de Dispositivo
Ative funções de localização remota em seu dispositivo. Ferramentas como "Encontrar Meu iPhone" (para iOS) ou "Encontre Meu Dispositivo" (para Android) permitem rastrear seu celular e bloquear o acesso em caso de roubo ou perda. Assim, mesmo que o dispositivo seja perdido, você terá a chance de proteger suas informações à distância.
7. Antivírus
A instalação de um antivírus no seu dispositivo móvel é recomendada para a proteção contra malwares. Ele oferece uma camada extra de segurança, especialmente quando você baixa aplicativos ou navega na internet. A proteção adicional pode prevenir ataques e manter seu aparelho mais seguro.
Não esqueça
A segurança dos dispositivos móveis da sua cooperativa depende das suas ações. Se você adotar as práticas indicadas acima, você diminuirá dramaticamente os riscos.Gostou do tema? Nos acompanhe e fique por dentro das melhores práticas em Segurança da Informação.
24/03/2025
LGPD
Avança a fiscalização do uso de dados pessoais no Brasil
O tratamento de dados pessoais, apesar de essencial para as atividades de qualquer cooperativa, é um risco crescente. As ações de fiscalização da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) têm se intensificado, e as organizações que não cumprirem com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) estão sujeitas a multas expressivas e sanções administrativas. Confira os recentes movimentos da ANPD:
1️⃣ Coleta da Íris
Uma empresa estrangeira chamada Tools for Humanity têm coletado imagens da íris de brasileiros, em troca de compensações financeiras. A ANPD determinou a suspensão dessas compensações pela entrega das imagens, visto que o incentivo financeiro pode ser prejudicial ao livre consentimento. Ocorre que o consentimento para o tratamento de dados pessoais deve ser dado livremente, e não em troca de vantagem financeira. Agravando a situação, a íris é um dado biométrico, considerado dado pessoal sensível pela LGPD, de modo que seu tratamento exige cuidados adicionais.
Saiba mais clicando aqui.
Para as cooperativas, essa ação da ANPD reforça a necessidade de cuidados específicos quando o tratamento de dados pessoais se justifica no consentimento. Há formas específicas de coletar o consentimento, que pode ser revogado a qualquer momento. Além disso, as cooperativas devem estar atentas que o tratamento de dados pessoais sensíveis exige cuidados redobrados e análises detalhadas dos riscos envolvidos no seu tratamento.
2️⃣ Redes de Farmácia
Em outro caso, a ANPD concluiu a fiscalização de redes de farmácias e exigiu ajustes como, por exemplo, facilitar o acesso dos titulares a informações sobre o tratamento dos seus dados. As farmácias também deverão entregar diversos documentos à Autoridade. Por ter identificado irregularidades, a ANPD também instaurou processo administrativo sancionador a fim de investigar a possibilidade de venda de perfis de consumo a partir do histórico de compras nas farmácias.
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Para as cooperativas, fica a lição de que dados pessoais devem ser tratados sempre com transparência e a partir de objetivos legítimos. Documentar as operações de tratamento de dados pessoais e adotar medidas efetivas de transparência é essencial para que a cooperativa se mantenha em conformidade com a lei.
3️⃣ Reconhecimento facial em estádios
A ANPD também está fiscalizando o uso de sistemas de reconhecimento facial por 23 clubes de futebol, que usam a tecnologia para a venda de ingressos e controle de entrada nos estádios. O reconhecimento facial depende do cadastro da biometria facial, que é um dado pessoal sensível. Por isso, seu tratamento exige uma série de cuidados especiais.
Saiba mais clicando aqui.
As cooperativas também usam dados pessoais sensíveis. Mesmo que a biometria não seja utilizada, informações de saúde, etnia ou eventual filiação sindical são dados pessoais sensíveis, e o tratamento deve ser realizado a partir de fundamentos legais específicos.
Vamos com calma!
Se a sua cooperativa tem dúvidas, não se preocupe. Cada uma dessas iniciativas da ANPD envolve novas tecnologias e complexidades. Além disso, aplicar a legislação de proteção de dados pessoais no contexto dessas tecnologias requer uma cautela ainda maior.
O importante é saber que a ANPD está vigilante em relação às organizações que utilizam dados pessoais, incluindo as cooperativas. Acompanhe nossas publicações para manter sua organização informada e preparada.
26/02/2025
Todos os ramos
Agropecuário
Consumo
Crédito
Infraestrutura
Saúde
Seguros
Trabalho, Produção de Bens e Serviços
Transporte
EVENTOS
27/11/2025
Cooperativismo leva 34 pleitos à Encontro Nacional do Agro
Sistema OCB reforça diálogo com adidos agrícolas e amplia articulação para acesso a mercados
O Sistema OCB marcou presença no Encontro Nacional do Agro e dos Adidos Agrícolas, realizado de 25 a 28 de novembro, em Brasília. A participação da entidade se concentrou nas reuniões individuais com os adidos agrícolas, agendadas para os dias 26 e 27, quando foram apresentados 34 pleitos construídos a partir das demandas encaminhadas por cooperativas de nove estados (BA, CE, ES, MT, MG, PE, RS, SC e SP).
O processo de levantamento das demandas envolve uma atuação coordenada entre as Organizações Estaduais e o Sistema OCB Nacional. As cooperativas enviaram seus pleitos relacionados à promoção comercial, abertura de mercados e aperfeiçoamento das condições de acesso ao comércio internacional. Após consolidação, o material foi encaminhado à organização do encontro, composta pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), responsáveis pela construção das agendas com os adidos de cada país.
Durante os dois dias de reuniões, representantes do Sistema OCB apresentaram e defenderam os pleitos diretamente aos adidos. As informações, respostas e orientações colhidas ao longo dos encontros serão posteriormente repassadas às Organizações Estaduais, que farão a devolutiva às cooperativas interessadas. A síntese completa das tratativas também integrará o Relatório dos Adidos Agrícolas, documento anual que consolida informações, análises e encaminhamentos.
O presidente do Sistema OCB, resumiu a importância do processo. “Além do trabalho concentrado durante o evento, a interlocução com os adidos agrícolas se mantém ativa ao longo do ano. Os escritórios de representação da Apex no exterior, assim como os adidos lotados nas embaixadas, permanecem disponíveis para apoiar demandas específicas do cooperativismo, contribuindo para a solução de barreiras, construção de oportunidades e fortalecimento da inserção internacional do setor”, afirmou.
O Encontro Nacional do Agro e dos Adidos Agrícolas também conta com apoio do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). A edição deste ano reuniu 54 adidos, 40 em missão e 14 recém-designados, além das equipes dos escritórios da ApexBrasil em Bogotá, Miami, Bruxelas, Moscou, Dubai, Lisboa e Pequim. A programação incluiu debates, painéis regionais e sessões de alinhamento estratégico com setores produtivos.
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EVENTOS
27/11/2025
Reunião com ANTT avança em soluções para multas e segurança jurídica
Encontro abordou dúvidas sobre fiscalizações e buscou soluções para reduzir autuações
Cooperativas de transporte rodoviário de cargas de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Mato Grosso participaram, nesta terça-feira (25), de uma reunião técnica com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O encontro, articulado pelo Sistema OCB e pelo Conselho Consultivo do Ramo Transporte, buscou esclarecer dúvidas e avançar em soluções para autuações e procedimentos fiscalizatórios que têm afetado o setor.
A reunião teve como eixo central temas ligados à aplicação da Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas (PNPM-TRC) e às novas regras do Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e). Também foram discutidas práticas de fiscalização adotadas pela agência, que vêm gerando penalidades consideradas, em algumas ocasiões, injustificadas pelas cooperativas.
Pela ANTT, participaram representantes de três áreas estratégicas: Superintendência de Serviços de Transporte Rodoviário e Multimodal de Cargas (Suroc), com a superintendente substituta Gizelle Coelho Netto e o coordenador Alamar Augusto Araújo Durce de Oliveira; Gerência de Processamento e Cobrança de Auto de Infração (Geaut), representada por Clarissa Fernandes dos Santos; e Superintendência de Fiscalização de Serviços de Transporte Rodoviário de Cargas e Passageiros (Sufis), com o superintendente Hugo Leonardo Cunha Rodrigues e o coordenador Geraldo Luiz Anselmo.
Os debates foram guiados pelos 22 questionamentos consolidados no Ofício 449/2025 – OCB, que reúne dúvidas recorrentes das cooperativas. Entre os pontos mais sensíveis estiveram a base de cálculo do frete mínimo, a retenção de INSS no valor do frete, a aplicação de multas em casos de repasse líquido abaixo do piso, questões relacionadas a CEP único e alteração de rotas, além das autuações no transporte classificado na tabela como “operações de alto desempenho”, . Problemas nos prazos e na tramitação dos processos recursais também foram abordados.
Durante a reunião, a ANTT demonstrou disposição para aprofundar o diálogo e aperfeiçoar orientações ao setor cooperativista. Os representantes da agência destacaram que ajustes operacionais e normativos serão avaliados, especialmente nos pontos em que há interpretações divergentes ou lacunas na regulamentação.
O Sistema OCB avaliou o encontro como um avanço na construção de um canal técnico permanente entre o cooperativismo de transporte e a ANTT.
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Sistema OCB acompanha sanção da nova lei de isenção do IR
Medida amplia faixa, reduz desigualdades e altera regras para altas rendas
O Sistema OCB acompanhou, nesta quarta-feira (26), a cerimônia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para trabalhadores que ganham até R$ 5 mil por mês. A medida, uma das mais aguardadas de 2025 na área econômica, também estabelece descontos para rendimentos de até R$ 7.350 e passa a valer para a declaração do próximo ano.
Segundo o governo, cerca de 15 milhões de brasileiros deixarão de pagar Imposto de Renda a partir da nova regra, 10 milhões tornam-se isentos e outros 5 milhões passam a ter redução significativa no imposto. Para evitar impacto fiscal, a lei aumenta a tributação sobre altas rendas anuais acima de R$ 600 mil, com cobrança progressiva e alíquota máxima de 10%. A estimativa é de que 140 mil contribuintes serão alcançados por essa mudança, sem afetar serviços públicos ou exigir cortes no orçamento.
A equipe econômica reforçou ainda que a nova configuração torna o sistema mais simples e mais progressivo, alinhado à capacidade contributiva de cada faixa de renda. Ao garantir maior proteção aos investimentos ligados ao agronegócio e ao mercado imobiliário, os novos dispositivos reforçam a segurança jurídica desses segmentos. Esse ambiente mais previsível favorece o investimento responsável e fortalece a atuação das cooperativas, que desempenham papel essencial na dinamização econômica e no desenvolvimento regional.
Para o Sistema OCB, a sanção representa um movimento importante para estimular renda, fortalecer consumo e ampliar a segurança econômica de milhões de brasileiros.
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27/11/2025
EVENTOS
Sistema OCB prestigia cerimônia de entrega do Prêmio CNA Agro Brasil
Deputado Arnaldo Jardim e Roberto Rodrigues foram reconhecidos por atuação estratégica no setor
A Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realizou, nesta terça-feira (25), em Brasília, a cerimônia de entrega do Prêmio CNA Agro Brasil 2025. O evento reuniu lideranças do setor produtivo, parlamentares, representantes de entidades e especialistas para reconhecer personalidades que contribuíram de forma decisiva para o desenvolvimento da agropecuária brasileira.
A superintendente do Sistema OCB e presidente do Instituto Pensar Agropecuária (IPA), Tania Zanella, participou da solenidade, que destacou nomes de forte atuação institucional e política, especialmente aqueles que dialogam diretamente com o cooperativismo. Entre os homenageados estiveram o deputado federal Arnaldo Jardim (SP), presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), na categoria Política; e Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura e referência global do agro, premiado na categoria Destaque.
Arnaldo Jardim foi reconhecido por sua atuação no Congresso Nacional em temas estruturantes para o desenvolvimento sustentável do setor. O parlamentar tem sido protagonista em pautas como o Fundo de Investimento das Cadeias Agroindustriais, o Programa de Aceleração da Transição Energética, a Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais e o Marco Regulatório do Hidrogênio Verde. À frente da Frencoop, tem reforçado o diálogo federativo e o papel do cooperativismo como vetor de inclusão produtiva e geração de oportunidades no campo.
Já Roberto Rodrigues recebeu o prêmio por sua trajetória marcada pela defesa do agro brasileiro e pela capacidade de articular o setor nos grandes debates internacionais. Sua participação na COP30 como enviado especial para Agricultura foi lembrada como um momento-chave para apresentar ao mundo a agenda de sustentabilidade, inovação e segurança alimentar construída pelo país. Rodrigues destacou que o agro tropical brasileiro se tornou referência internacional e pode ser um pilar para a paz, a segurança energética e o combate à fome.
Tania comentou a importância das homenagens. “Estamos falando de pessoas que dedicaram suas carreiras a ampliar oportunidades, promover inovação e abrir caminhos para o agro brasileiro. Esse reconhecimento também inspira o cooperativismo e o agro a seguirem contribuindo com soluções para os grandes desafios nacionais”, afirmou.
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Encontro dos Agentes de Inovação destaca potencial da gamificação
Cooperativismo encerra participação na COP30 com impacto social
26/11/2025
EVENTOS
Encontro dos Agentes de Inovação destaca potencial da gamificação
Reunião apontou como a abordagem potencializa aprendizagem, colaboração e participação
O quinto e último encontro de Agentes de Inovação do Sistema OCB em 2025, realizado nesta terça-feira (25), trouxe uma discussão prática e desmistificada sobre o uso da gamificação no ambiente de trabalho. A reunião contou com a participação de 21 agentes e a condução dos consultores da Go Gamers, empresa parceira que apresentou fundamentos, estratégias e casos de aplicação da abordagem em diferentes contextos corporativos.
O encontro buscou romper a percepção comum de que gamificação se limita a jogos ou dinâmicas recreativas. Ao contrário, os consultores reforçaram que o recurso, quando bem planejado, funciona como ferramenta estratégica para estimular comportamentos, facilitar aprendizagens e engajar pessoas em processos que, muitas vezes, são percebidos como rotineiros ou obrigatórios.
Durante a apresentação, foram discutidas formas de utilizar elementos de jogos para desenvolver competências, ampliar a participação de colaboradores em programas internos e fortalecer iniciativas de formação. A palestra também destacou como a lógica dos games contribui para treinar times, promover colaboração e criar experiências mais motivadoras, alinhadas aos objetivos institucionais.
Outro ponto central do encontro foi evidenciar que a gamificação pode ser aplicada em diferentes áreas das cooperativas, desde processos de gestão e capacitação até campanhas de mobilização e programas de inovação. A abordagem, segundo os consultores, ajuda a transformar tarefas recorrentes em experiências mais envolventes, permitindo que equipes avancem com maior motivação e clareza de propósito.
Ao longo do ano, a agenda dos Agentes de Inovação consolidou um espaço de troca permanente. O encerramento marca a preparação para novos desafios e aprendizados que serão retomados no próximo ano, com o objetivo de ampliar a integração nacional e o alinhamento das ações de inovação no cooperativismo.
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25/11/2025
EVENTOS
Cooperativismo encerra participação na COP30 com impacto social
Modelo evidencia sua força para gerar renda, proteger a floresta e impulsionar produção sustentável
O cooperativismo brasileiro encerrou sua participação na COP30 deixando um legado que ultrapassa os debates técnicos e alcança efetivamente o que move a transição climática: gente, território e pertencimento.
Ao longo de duas semanas, o movimento mostrou que a transformação que o mundo busca já acontece em milhares de comunidades brasileiras, onde a cooperação sustenta renda, preserva florestas, gera oportunidades e impulsiona inovação de forma coletiva.
Em Belém, ficou evidente que a força das cooperativas está além do que elas produzem. Está também no que elas provocam mudanças que nascem de baixo para cima, com impacto social profundo e duradouro.
Força motriz
A programação do setor — que ocupou espaços na Blue Zone, Green Zone e Agri Zone — apresentou ao público um mosaico de soluções que conectam ciência, tradição, governança e inclusão produtiva. Painéis sobre financiamento verde, agricultura de baixo carbono, energia renovável, bioeconomia, logística sustentável, segurança alimentar e adaptação climática reforçaram que o cooperativismo brasileiro é hoje um dos atores mais preparados para impulsionar práticas sustentáveis em larga escala.
Casos apresentados por cooperativas mostraram como o manejo florestal comunitário, os sistemas agroflorestais, a verticalização da produção e o fortalecimento de cadeias de sociobiodiversidade transformam territórios vulneráveis em modelos de desenvolvimento local. “As cooperativas brasileiras já são protagonistas da agenda climática. Elas representam o elo entre a economia real e os grandes compromissos globais, levando inovação, sustentabilidade e inclusão a quem está na base produtiva”, afirmou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
Ao mesmo tempo, debates conduzidos por lideranças do agro cooperativista deixaram claro que a transição para modelos regenerativos depende de políticas públicas consistentes, financiamento adequado e segurança jurídica — temas reforçados pelos representantes do Sistema OCB ao longo de toda a COP.
A superintendente do Sistema OCB e presidente do Instituto Pensar Agropecuária (IPA), Tania Zanella, destacou a importância dessa atuação institucional. “Nós saímos muito melhores do que entramos. Trouxemos informações, combatemos a desinformação e mostramos, com números e evidências, tudo o que o agro cooperativista já faz pelo clima e pelas pessoas. Agora seguimos para a etapa de alinhamentos e construção de políticas que permitam ampliar esse impacto”, declarou.
Impacto social
Para além das soluções ambientais e energéticas, a COP30 expôs o papel central das cooperativas na vida das pessoas. Em territórios da Amazônia, por exemplo, a organização coletiva garante renda para famílias extrativistas, valoriza saberes tradicionais e cria oportunidades para jovens que antes migravam por falta de perspectivas.
Em regiões do Sul e Centro-Oeste, sistemas cooperativos de produção animal, agricultura de precisão e biogás mostraram como a tecnologia pode ser democratizada quando compartilhada em rede. E nas cidades, cooperativas de saúde, crédito e infraestrutura ampliam acesso a serviços essenciais, contribuindo diretamente para o bem-estar das comunidades.
A participação das cooperativas de perfil social também teve papel decisivo para reforçar o impacto humano do movimento na COP30. Em oficinas de artesanato, turismo comunitário, biojoias e produtos da sociobiodiversidade, cooperados compartilharam como a organização coletiva transforma realidades locais.
Um dos depoimentos mais emblemáticos veio de Massao Shimon, da Copatrans, dona da marca Cacauway e uma das cooperativas expositoras no Espaço da Biodiversidade coordenado pelo Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Memp). Ele celebrou o alcance e o reconhecimento proporcionados pela conferência. “Foi maravilhoso, uma vitrine que a gente não imaginava”, declarou.
“Esse conjunto de iniciativas evidencia que o impacto do cooperativismo não se limita às metas de redução de emissões — ele fortalece autonomia, reduz desigualdades e amplia a resiliência dos territórios. Por isso, a presença do setor na COP30 também abriu portas para novas parcerias, programas de apoio à bioeconomia, aumento da visibilidade internacional e articulações com governos, bancos de desenvolvimento e organismos multilaterais. Encerrar a participação em Belém significa, para o movimento, iniciar um novo ciclo marcado por oportunidades concretas de ampliação de escala”, acrescentou Tania.
Na visão do presidente Márcio, esse é apenas o começo de uma agenda mais ambiciosa para o cooperativismo brasileiro: “O que apresentamos é só uma parte do que construímos todos os dias. A COP30 reforçou que cooperar é um caminho real para um futuro mais sustentável, inclusivo e próspero. Agora é hora de transformar a visibilidade conquistada em parcerias, investimentos e políticas que expandam esse modelo”, complementou.
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25/11/2025
EVENTOS
Portas Abertas: Sistema OCB recebe Sicoob Credi-Rural
Coop goiana conheceu a atuação da entidade e discutiu desafios e oportunidades do setor
O Sistema OCB recebeu, nesta terça-feira (18), representantes do Sicoob Credi-Rural para mais uma edição do Portas Abertas, iniciativa que aproxima cooperativas de todo o país da atuação institucional da entidade. Com forte presença em Goiás e expansão recente para o Mato Grosso, a Credi-Rural é uma das maiores cooperativas do Sicoob, sustentada por mais de três décadas de história, mais de 27 mil cooperados e resultados expressivos em crescimento, governança e participação comunitária.
A cooperativa, fundada em Rio Verde, vem se consolidando como referência no cooperativismo de crédito brasileiro. Nos últimos anos, ampliou sua rede de atendimento, modernizou estruturas físicas, fortaleceu programas de educação cooperativista e valorizou a participação dos associados em decisões estratégicas. Sua trajetória foi registrada no livro comemorativo de 35 anos da instituição, lançado em 2024.
Durante o encontro o Sistema OCB apresentou um panorama detalhado do cooperativismo no Brasil e no mundo, e destacou o papel da OCB na representação política, na articulação institucional e na oferta de soluções para gestão, educação e competitividade das cooperativas. A apresentação contextualizou o crescimento do movimento no país e reforçou a importância da intercooperação entre unidades estaduais, cooperativas singulares e a entidade nacional para enfrentar desafios comuns, especialmente em um ambiente regulatório e tecnológico em constante transformação.
Foram apresentados ainda os principais eixos estratégicos do Sistema OCB, incluindo inovação, educação, sustentabilidade, advocacy, modernização regulatória e fortalecimento político-institucional.
O grupo também acompanhou apresentações sobre a agenda legislativa e regulatória do Sistema OCB, com destaque para temas prioritários do ramo crédito, como aprimoramento do marco legal, segurança cibernética, educação financeira, capitalização, prevenção a fraudes e avanços recentes discutidos no âmbito do Conselho Consultivo Nacional do Ramo Crédito (CECO). A comitiva conheceu iniciativas estruturantes, como o Programa de Educação Política, o movimento SomosCoop, as diretrizes estratégicas do 15º CBC e as soluções oferecidas pela Unidade Nacional às cooperativas em todo o país.
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19/11/2025
EVENTOS
Saber ancestral e empreendedorismo movem oficinas na COP30
Experiências práticas mostram como produzir com sustentabilidade, gerar renda e preservação
A segunda semana de oficinas e exposições do cooperativismo na COP30 reforçou, mais uma vez, que o combate às mudanças climáticas só ganha escala quando encontra a força da economia real nos territórios.
Na Green e na Agri Zone, cooperativas amazônicas, do Nordeste, do Sudeste e do Sul do país mostraram que tradição, biodiversidade e empreendedorismo caminham juntas quando o trabalho coletivo sustenta oportunidades, renda e floresta em pé. Biojoias, artesanato, chocolate de origem, degustações, turismo comunitário e agricultura familiar estiveram no centro da programação — desta vez pelas mãos de mulheres, jovens e comunidades que vivem o cooperativismo no cotidiano.
Massao Shimon, da Coopatrans, dona da marca Cacauway, uma das cooperativas expositoras no Espaço da Biodiversidade coordenado pelo Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Memp), celebrou o impacto da iniciativa. “Foi maravilhoso, uma vitrine que a gente não imaginava. Estamos em várias frentes, mas com muito orgulho. As vendas superaram nossas expectativas”, afirmou.
Degustação e aprendizado
A artesã Sílvia Rodrigues Rosa, da Biojoias e Artesanato da Ilha do Combu, coordenou uma oficina de biojóias e emocionou o público ao explicar como transforma elementos descartados pela natureza em peças que carregam identidade ribeirinha e respeito ambiental. “A gente transforma o que a natureza descarta em arte. É o nosso jeito de manter as árvores em pé e mostrar que a floresta tem valor vivo”, contou. Para Sílvia, participar da COP30 foi um marco na trajetória da comunidade: “Estar aqui foi maravilhoso. Mostramos nosso trabalho para o mundo e a cooperativa constrói um futuro melhor para todos nós, ribeirinhos.”
A produtora Fabiane Rheinholz, da Rheinholz Chocolates (PR), apresentou chocolates elaborados com agricultura familiar e práticas sustentáveis. “Trazer nosso chocolate para um evento mundial é dizer que agricultura familiar e sustentabilidade podem andar juntas”, explicou. Ela reforçou a importância do cooperativismo na trajetória da empresa: “O cooperativismo transformou nossa vida empreendedora”.
Uma das cooperadas da Cacauway, apresentou a produção de chocolates que conta, inclusive, com integração de indígenas. “Foi uma grande satisfação trazer o chocolate produzido pelos cooperados da Transamazônica”, disse. “Essa ação colocou nosso produto nessa vitrine mundial e permitiu que nosso trabalho fique ainda mais conhecido e reconhecido”, descreveu.
Jailma Araújo, presidente da Comart explicou que a cooperativa de mulheres bordadeiras é de uma pequena cidade do interior do Rio Grande do Norte que tem conquistado cada vez mais espaço e notoriedade com seu trabalho. “É muito importante mostrar nosso trabalho na COP30. A Comart é o grande diferencial para o empreendedorismo na nossa cidade e, por isso, a cooperativa tem crescido e ganho mercados cada vez maiores tanto no Brasil quanto no mundo. Fomos responsáveis pelos bordados dos uniformes do Brasil nas Olímpiadas de Paris e, mais recentemente, pela roupa que o João Gomes usou no Grammy Latino”, descreveu.
A artesã Sandra Carolina de Oliveira, da cooperativa Turiarte, também brilhou ao apresentar o processo de produção do artesanato amazônico com palha de tucumã. “Eu não esperava tantas pessoas interessadas no nosso fazer. Esse reconhecimento fortalece a nossa cooperativa”, relatou emocionada. Sobre a técnica, ela explicou que a palha é retirada da palmeira, secada, beneficiada e tingida com folhas da própria natureza. “É um trabalho antigo, de muitas mulheres das comunidades”, complementou.
Entre as participantes das oficinas, a engenheira eletricista Alexia Ribeiro, 25 anos, moradora de Belém, viveu a experiência de acompanhar de perto o trabalho das artesãs da Turiarte — e saiu encantada. “Achei incrível. Amo artesanato e sempre procuro aprender”, disse. “Já tinha visto esse tipo de peça nas feiras locais, mas nunca tinha visto fazer. É a primeira vez.”
Ao descobrir que o tingimento e o processamento da palha são totalmente naturais, Alexia se surpreendeu: “É tudo natural, inclusive o tingimento. É lindo, é perfeito. Eu achei maravilhoso”. A jovem também revelou que não sabia que existiam cooperativas de artesanato: “Eu não sabia que dava para ter uma cooperativa de artesanato. Achei incrível. Tu juntas várias pessoas, várias formas de artesanato. É maravilhoso”, concluiu.
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