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SABER COOPERAR
17/12/2025
Memes potencializam presença digital das cooperativas
A palavra meme entrou para o vocabulário de quem usa redes sociais há alguns anos e o conceito se tornou uma ferramenta estratégica de comunicação digital, inclusive no cooperativismo. De acordo com os dicionários, trata-se de “breve imagem, vídeo, texto ou semelhante, com efeito humorístico ou satírico, que se propaga rapidamente através das redes sociais, muitas vezes com pequenas variações”. Na prática, um meme tem poder para impulsionar a presença digital de uma pessoa comum, de um influenciador ou até de uma instituição com conteúdos que viralizam, geram engajamento e ampliam o alcance da mensagem. Apesar de estarem constantemente relacionados à diversão e entretenimento, os memes também têm uma função importante de construção de identidade coletiva por meio de uma linguagem própria e uso de símbolos culturais, políticos ou sociais. Por toda essa abrangência, os memes chegaram para ficar na comunicação cooperativista. De forma descontraída, eles transmitem mensagens complexas de maneira envolvente e têm ganhado espaço entre as contas institucionais de cooperativas que buscam inovar e se aproximar do público. “Os memes são uma ferramenta poderosa quando falamos de estratégia de comunicação. Esse tipo de linguagem causa impacto e ajuda a aproximar a mensagem do cooperativismo de mais pessoas, conectando gestão estratégica e propósito dentro do movimento cooperativista”, destaca a gerente de Comunicação e Marketing do Sistema OCB, Samara Araujo. Segundo ela, na era da cultura digital, com várias páginas e conteúdos competindo para se destacar, o uso dos memes pode ser uma estratégia valiosa para o cooperativismo, para gerar engajamento e nas redes sociais, desde que usados com critério. O poder das trends Como usar os memes na comunicação da sua cooperativa? Para começar, é preciso entender a diferença entre eles e as trends, outra ferramenta de engajamento digital: As trends são mobilizações amplas e repetidas nas redes sociais. Tradução em inglês da palavra tendência, elas se referem a um comportamento que ganha popularidade de forma rápida e exponencial nas redes sociais. Um exemplo foram os desenhos feitos pela inteligência artificial inspirados em um estúdio de cinema japonês, que viralizaram no primeiro semestre deste ano. A página do SomosCoop no Instagram embarcou na trend dos animes e fez a sua versão com os personagens da série SomosCoop na Estrada. Já os memes têm como característica principal o humor ou a ironia e, muitas vezes, são conteúdos culturais, reproduzidos em várias versões e contextos. Um exemplo que vem do coop é a publicação do Sicoob Credsaopaulo no Instagram, que utilizou o meme em que a personagem Nazaré Tedesco parece confusa em meio a números para falar sobre educação financeira e a importância das cooperativas de crédito nesse processo. “Que tal não ficar mais assim igual a icônica Nazaré Tedesco, tentando lembrar onde gastou o dinheiro? Conte conosco para te ajudar na educação financeira!”, dizia a legenda do post. Mais engajamento para o coop O uso dos memes e trends como estratégia de comunicação também vem sendo colocado em prática pelo Sistema OCB em suas redes sociais oficiais com resultados expressivos. Em abril, um vídeo sobre como a Geração Z descreveria o cooperativismo fez sucesso na página @somoscoop no Instagram, com mais de 8 mil curtidas e cerca de mil comentários. O post agregou diversas gerações que se sentiram representadas pelo gerente financeiro do Sistema OCB, Fabio Luis Trinca, surpreendido com as gírias da nova geração para falar sobre o cooperativismo de forma leve e divertida. Depois do post do SomosCoop, várias cooperativas também entraram na trend, como a Viacredi, do Sistema Ailos. O escolhido para apresentar o cooperativismo no estilo da Geração Z foi o diretor executivo da coop, Marcelo Cestari, que conquistou quase 2 mil likes com sua atuação descontraída. Em setembro, o @somoscoop trouxe a série Wandinha, sucesso nos streamings, para conectar o público mais jovem ao cooperativismo. Com o mote “A Wandinha virou coop?”, o post abordou o tema de pertencimento, senso de coletividade e o carimbo SomosCoop de forma criativa e original. Em várias partes do Brasil, cooperativas também têm se destacado na publicação de memes, utilizando a linguagem das novas gerações para apresentar os diferenciais do coop. Em outubro, a Sicredi Vale do Jaguari Zona da Mata inovou em um post com a temática do Halloween. A coop publicou um vídeo sobre educação financeira com o personagem Drácula e gerou muito engajamento da comunidade. Nacionalmente, o Sicredi também tem produzido conteúdo engraçado a partir da linguagem de memes que tem atraído o público que ainda não tinha ouvido falar sobre o cooperativismo de crédito. O vídeo “Assombrações da vida adulta” é um exemplo de conteúdo que recebeu o seguinte comentário: “Adorei! Só comecei a seguir o Sicredi por conta do Coala 😂😂😂😂 show de bola o vídeo”. A Viacredi Alto Vale - Ailos decidiu falar sobre a proximidade com o cooperado em suas agências por meio do humor e da identificação com a cultura da região. A coop utilizou como estratégia um vídeo leve e acolhedor que encantou os seguidores gaúchos pela identificação com o sotaque típico do Rio Grande do Sul. “O bom mesmo é saber que tu está num lugar que se importa contigo, que te trata com respeito, carinho e te chama pelo nome, não por número!”, diz a legenda da publicação que teve mais de 13 mil curtidas e 358 comentários. Na Cresol, os escolhidos para levar a mensagem do coop para mais brasileiros foram bichinhos muito amados nas redes sociais: os gatos. No vídeo “Gatinhos explicando o cooperativismo de crédito”, o sistema cooperativista narra de forma simples – e fofa – as vantagens de ser coop e ter acesso a serviços financeiros justos, direito a voto nas decisões e participação nas sobras. Estratégia digital Em Minas Gerais, o Sicoob Crediriodoce vem dando o que falar em suas redes sociais. Este ano, a equipe de comunicação da cooperativa decidiu intensificar o uso de memes no Instagram após perceber que conteúdos com linguagem mais leve geravam maior conexão, interação e identificação. A analista de Marketing da coop, Ester Ferraz, explica que foi feita uma análise do comportamento do público na página e do que ele costuma consumir nas redes sociais. “Adaptamos então nossa comunicação para formatos que entregam informação de maneira mais próxima e compatível com o que as pessoas já estão habituadas a ver”, conta. O levantamento mostrou que os seguidores da cooperativa nas redes buscam conteúdos com os quais consigam se identificar e que sejam interessantes de acompanhar, um desafio para os gestores diante da quantidade de informações disponíveis para navegar. “Por isso, adequar nossa mensagem aos formatos que despertam interesse é fundamental. Os memes acabam sendo uma porta de entrada para apresentar conceitos do cooperativismo de forma mais leve e acessível”, afirma Ester Ferraz. A coop hoje trabalha com três linhas principais de conteúdo: educativo, comercial e interativo. Cada uma tem objetivos diferentes e, por isso, gera engajamentos distintos, sendo que os conteúdos baseados em humor e em situações de identificação registram métricas superiores, especialmente em interação e compartilhamentos. “Isso reforça a conexão com o público e amplia nosso alcance. Na última publicação desse tipo, por exemplo, mais de 70% das visualizações vieram de não seguidores, o que demonstra o potencial do formato para aumentar o reconhecimento da marca”, destaca a comunicadora cooperativista. Segundo Ester, o trabalho de criação desses posts inclui pesquisas, análise de mercado e acompanhamento constante das tendências. No dia a dia, várias páginas e criadores são monitorados para identificar o que está em alta e avaliar como adaptar essas oportunidades às pautas do mês, sempre alinhadas ao planejamento estratégico da cooperativa. Para conteúdos com temas financeiros, a equipe de comunicação conta também com o apoio da área comercial para validação técnica. Uso com moderação Apesar do sucesso, o uso dos memes deve ser cuidadosamente avaliado nas estratégias de comunicação cooperativista. É preciso estar atento ao uso do humor, evitar preconceitos, estereótipos e ofensas a pessoas ou grupos. Segundo Ester Ferraz, do Sicoob Crediriodoce, nem todo meme pode ser utilizado por uma cooperativa. “É importante ter cautela, porque conteúdos desse tipo podem gerar repercussões tanto positivas quanto negativas. O ideal é manter atenção ao tom da comunicação, evitar temas polêmicos e priorizar leveza e bom senso. A mensagem precisa refletir cuidado, empatia e responsabilidade, garantindo que o conteúdo contribua para aproximar o público da marca e não para criar ruídos e descrédito”, afirma. Além disso, os memes têm vida curta, por isso é fundamental acompanhar as tendências com agilidade e publicar o material em tempo hábil para a compreensão do seu público, ou seja, sem parecer forçado ou desconectado.
SABER COOPERAR
09/12/2025
Mercado de carbono: como as cooperativas fazem parte dessa estratégia climática?
Um dos principais legados da COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas) foi a operacionalização do Artigo 6.4 do Acordo de Paris com um mecanismo global para o mercado de carbono.
Você sabe o que significa esse conceito? É um sistema internacional que permite gerar e negociar créditos resultantes da redução ou remoção de gases de efeito estufa. Esses créditos podem ser usados por países ou empresas para cumprir metas de redução de emissões, incentivando investimentos em projetos de mitigação.
Os créditos são gerados em projetos que reduzem, evitam ou removem gases de efeito estufa, como iniciativas de reflorestamento (porque as árvores capturam CO2), de energia renovável (que emitem menos que combustíveis fósseis), ou de tratamento de resíduos (que evitam as emissões produzidas em aterros). E é aqui que as cooperativas entram nessa história.
No Brasil, a lei que regulamenta o mercado de carbono nacional e estabelece o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE) foi sancionada em dezembro do ano passado e está em fase de regulamentação, ou seja, da definição de como vai funcionar. Por enquanto, as instituições brasileiras que geram ou compram créditos de carbono já atuam em mercados internacionais voluntários.
Segundo estudo recente da ICC Brasil e da Way Carbon, o Brasil pode gerar até US$ 100 bilhões de receitas em créditos de carbono até 2030. O enorme potencial do país nesse mercado está diretamente ligado à agropecuária sustentável, às energias renováveis e à preservação e recuperação de florestas, atividades com grande capacidade de geração de créditos de carbono. E o cooperativismo está em todas elas. Na agropecuária, por exemplo, mais da metade da produção de grãos do país passa pelas cooperativas.
Durante a COP de Belém, o cooperativismo participou de debates sobre o mercado de carbono nas duas principais áreas da conferência: a Blue Zone, onde ocorrem as negociações oficiais entre os países; e na Green Zone, que reúne contribuições da sociedade civil e do setor produtivo para o enfrentamento das mudanças climáticas.
Em painel realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) na Blue Zone, o consultor ambiental do Sistema OCB, Leonardo Papp, destacou que o mercado de carbono só será bem-sucedido se equilibrar eficiência econômica e equidade social e que é preciso tropicalizar as metodologias utilizadas para adequar o sistema de créditos à realidade brasileira.
Já no Pavilhão do Coop, na Green Zone, cooperativas de diferentes regiões do país participaram do painel Cooperativas e descarbonização: protagonismo na transição energética justa, em que apresentaram soluções concretas em energia renovável, setor com grande potencial no mercado de carbono.
Conheça dois exemplos de cooperativas brasileiras que atuam no mercado de carbono em diferentes estágios:
Da floresta ao mercado global
Na Ponta do Abunã, em Rondônia, um grupo de agricultores familiares fundou há mais de três décadas a Cooperativa Agropecuária e Florestal do Projeto RECA. Desde o início, o propósito foi claro: produzir sem destruir. A estratégia foi apostar em sistemas agroflorestais, recuperando áreas degradadas e preservando as matas nativas da Amazônia.
Com o tempo, esse compromisso se transformou em ativo ambiental. Em parceria com a Natura, a cooperativa deu origem a um dos primeiros projetos de carbono do Brasil, que recompensa o esforço de conservação realizado pelos cooperados.
O projeto mede o carbono estocado nas florestas preservadas e converte essa quantidade em créditos de carbono. Esses créditos são adquiridos pela Natura, que os utiliza para neutralizar parte de suas emissões. O valor arrecadado retorna aos agricultores da cooperativa, fortalecendo a renda e estimulando novas práticas de conservação.
“O projeto de carbono veio para valorizar o esforço de conservação das áreas que os produtores sempre cuidaram”, explica Gicarlos Souza, gerente comercial e coordenador da cooperativa. “O resultado é triplo: ambiental, social e econômico. A cooperativa ganha mais um produto no portfólio e reafirma seu papel como referência em sustentabilidade”.
A Cooperativa Agropecuária e Florestal do Projeto RECA foi uma das representantes do cooperativismo brasileiro na COP30.
Fazendas mais verdes
No interior de São Paulo, a Fundação Coopercitrus Credicitrus (FCC) está ajudando produtores rurais a replantar o futuro. Ligada a duas cooperativas – Coopercitrus e Sicoob Credicitrus – a instituição atua em uma das regiões com maior déficit de cobertura vegetal do estado e oferece suporte técnico para que propriedades rurais participem do mercado de carbono.
"Nosso papel é articular e mobilizar diferentes parceiros e recursos que viabilizem e impulsionem a restauração ambiental", explica Bóris Alessandro Wiazowski, consultor de sustentabilidade da Coopercitrus. A fundação conecta produtores rurais interessados em recuperar suas Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Reservas Legais a um ecossistema de apoio. A FCC elabora o projeto técnico, oferece acompanhamento de engenheiros florestais e estrutura a iniciativa para gerar créditos de carbono a partir de metodologias com reconhecimento internacional.
Ao aderir ao programa, o produtor rural cooperado ganha em diversas frentes: recebe apoio técnico especializado, tem parte do reflorestamento custeado, vê sua propriedade se valorizar e, em muitos casos, observa o aumento do fluxo de água com a recuperação de nascentes.
"Nos últimos três anos, restauramos mais de 350 hectares e recuperamos mais de 1 mil nascentes. Com o mercado de carbono ganhando força, temos a oportunidade de buscar novos investidores e alavancar o alcance e os benefícios desse projeto", complementa Wiazowski.
A meta é ambiciosa: restaurar mais de 50 mil hectares nos próximos anos, um resultado com impacto direto para o produtor e para toda a sociedade. Além disso, com a participação de dois cases da cooperativa na COP30, a expectativa é que as possibilidades de parcerias na geração de créditos de carbono sejam ampliadas em breve.
“Já temos o conhecimento da área de atuação, das áreas a serem restauradas, dos produtores interessados, de parceiros para a restauração e para a validação técnica do projeto, permitindo a geração dos créditos de carbono. Estamos trabalhando de forma ativa na busca de recursos financeiros que permitam expandirmos as áreas a serem reflorestadas”, pontua o consultor.
Apoio especializado
Para que as cooperativas desenvolvam projetos como esses, fazendo a sua parte para enfrentar a crise climática, é preciso medir, relatar e reduzir suas emissões de gases de efeito estufa (GEE) com padrão internacional. Para isso, o Sistema OCB lançou, em 2023, a Solução Neutralidade de Carbono, iniciativa que oferece ferramentas para esse processo.
Atualmente, 18 cooperativas participam da solução, com inventários de gases de efeito estufa publicados no Registro Público de Emissões e com relatórios de oportunidade de descarbonização."Só se gerencia aquilo que é medido e essa solução tem promovido uma mudança cultural importante, ajudando as cooperativas a comprovar sua contribuição para descarbonizar a economia e gerando oportunidades de compensação. Na COP30 já apresentamos alguns exemplos reais dessa transformação sustentável”, destaca Alex Macedo, coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB.
Além do apoio técnico, o Sistema OCB atua na esfera regulatória e defende, ativamente, que a implementação do mercado de carbono nacional – chamado de Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE) – reconheça as particularidades do cooperativismo, que é formado por milhões de pequenos e médios produtores. “Defendemos um modelo com transparência e integridade, a integração com mercados internacionais e o desenvolvimento de métricas adaptadas à realidade brasileira”, explica Macedo.
Saiba mais sobre as ações do cooperativismo brasileiro para combater as mudanças climáticas e a participação na COP30 no site especial Coop na COP.
SABER COOPERAR
26/11/2025
Comunidades virtuais fortalecem conexões e inovação no cooperativismo
O que as comunidades virtuais e o movimento cooperativista têm em comum? Na era da comunicação digital, elas reúnem pessoas que interagem e compartilham interesses e objetivos em comum em plataformas como redes sociais, aplicativos de mensagens e fóruns. As cooperativas têm aproveitado essa ferramenta para levar o sétimo princípio do cooperativismo – Interesse pela comunidade – para o ambiente virtual, construindo redes de diálogo e apoio para aproximar colaboradores, cooperados e parceiros.
De acordo com a gerente de Comunicação e Marketing do Sistema OCB, Samara Araujo, as comunidades virtuais também ajudam a difundir conhecimento, mobilizar ações coletivas e reforçar a identidade cooperativista. Em um país tão grande e diverso como o Brasil, a colaboração on-line fortalece a competitividade, amplia a capacidade de inovação e permite que soluções bem-sucedidas sejam replicadas em diferentes contextos pelo país.
“Compartilhar boas práticas evita retrabalho, otimiza recursos e reforça a cultura de intercooperação, que é um dos princípios fundamentais do movimento cooperativista”, lista a gestora.
A criação de comunidades virtuais no cooperativismo é uma forma de aproximar o movimento do público externo e o caminho para que os produtos e serviços coop sejam ainda mais reconhecidos e valorizados. Segundo o diretor de Marketing da Vulcabras, Márcio Callage, especialista em comunidades virtuais e palestrante da Semana de Competitividade 2025, o sucesso de uma marca está em criar conexões afetivas com suas comunidades, o que também vale para o coop.
“Uma marca forte nasce quando o que ela fala é coerente com o que ela faz – princípio que também move o modelo cooperativista. No cooperativismo, a escuta ativa também é um diferencial competitivo. Quem entende a base, entrega com mais verdade”.
Para Callage, não é preciso estar em todos os lugares, mas nos lugares certos, falando a verdade e se conectando com o público, que muitas vezes vai enxergar na marca valores simbólicos. No caso das cooperativas, que muitas vezes enfrentam o desafio da visibilidade diante de grandes empresas, ele recomenda “usar a força da comunidade, a escuta ativa e o propósito como estratégia de diferenciação”.
Comunidade Sistema OCB
Para colocar em prática essa tendência de comunicação, desde 2023, o cooperativismo brasileiro conta com uma rede de apoio digital especializada, a Comunidade Sistema OCB no WhatsApp, criada para fortalecer a integração entre a Unidade Nacional e as Organizações Estaduais.
Com 837 integrantes de todos os estados e do Distrito Federal, a comunidade é um ambiente colaborativo de troca de informações estratégicas, alinhamento de ações e compartilhamento de boas práticas. Os participantes estão distribuídos em times temáticos de áreas como ESG, Comunicação, Relações Institucionais, Recursos Humanos, Planejamento, Inovação, entre outras. “O objetivo é transformar a comunicação em um instrumento de engajamento e cocriação, aproximando equipes que atuam em diferentes setores do cooperativismo”, explica Samara Araujo.
A Comunidade Sistema OCB oferece suporte aos cooperativistas conectados em cinco frentes: definição de metas e iniciativas prioritárias para cada time temático por meio do Plano de Ação; alinhamento e integração entre os participantes por meio das reuniões periódicas; organização de conteúdo, dados e insights para uso estratégico por meio da gestão do conhecimento; treinamentos e trilhas de aprendizagem para qualificar equipes por meio da capacitação; e garantia de espaço para debates, trocas de experiência e construção coletiva por meio do fórum de interação.
De acordo com Samara Araujo, os resultados dessa estratégia de integração digital do Sistema OCB já podem ser percebidos. Atualmente, a comunidade virtual contribui fortemente na mobilização para o Dia de Cooperar (Dia C), que envolve ações voluntárias alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). Mais recentemente, a rede foi fundamental no processo de seleção de cooperativas para representar o Brasil na 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), organizado com o apoio das comunidades para identificar cases notáveis de sustentabilidade e inovação em âmbito local.
Como criar comunidades virtuais na sua cooperativa
Assim como ocorre na articulação nacional, as Organizações Estaduais e cooperativas também devem se apropriar das comunidades e criar seus próprios espaços para engajar equipes e fortalecer a identidade cooperativista.
Segundo Samara Araujo, as vantagens são diversas: “As comunidades virtuais dão agilidade à comunicação entre equipes dispersas geograficamente; fortalecem a cultura cooperativista, por meio da troca constante; promovem a integração tecnológica, que aproxima pessoas e processos; e ainda aumentam o engajamento ao criar um ambiente colaborativo e participativo”.
Confira o passo a passo para a criação de comunidades virtuais na sua cooperativa:
Primeiramente, defina o objetivo e público-alvo da comunidade
Crie a estrutura no WhatsApp, com grupos temáticos
É fundamental estabelecer regras de convivência para garantir a organização
Nomeie administradores responsáveis pela gestão
É importante integrar conteúdos relevantes e promover interações periódicas
Por fim, monitore o engajamento e ajuste estratégias conforme necessário
SABER COOPERAR
17/11/2025
O coop e o clima: propostas do cooperativismo brasileiro para a agenda climática
Neste infográfico, apresentamos as propostas do cooperativismo brasileiro para a agenda climática e mostramos como o modelo cooperativista torna possível unir desenvolvimento econômico e sustentabilidade. Com forte atuação em temas centrais como transição climática, bioeconomia e uso responsável dos recursos naturais reforçamos o papel das cooperativas como parte essencial das soluções para enfrentar a crise climática.
Vídeos Saber Cooperar
Representação política e institucional
O trabalho de representação política e institucional do Sistema OCB estabelece um diálogo estratégico e constante com os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, para defender os interesses do movimento cooperativista e promover um ambiente favorável ao desenvolvimento de políticas públicas que valorizem o cooperativismo brasileiro.O que é a intercooperação
A intercooperação abre portas para novos negócios e ajuda a ampliar a participação de mercado e os resultados das cooperativas envolvidas. Assista ao vídeo e veja como a união entre cooperativas pode potencializar os resultados dos negócios cooperativos.
Cooperativismo e ESG
Qual é a relação entre cooperativas e bioeconomia?
A onda verde chegou com força ao setor econômico. A chamada bioeconomia está em alta, mas você saber o que ela propõe, na prática?
Infográficos
O coop e o clima: propostas do cooperativismo brasileiro para a agenda climática
Neste infográfico, apresentamos as propostas do cooperativismo brasileiro para a agenda climática e mostramos como o modelo cooperativista torna possível unir desenvolvimento econômico e sustentabilidade. Com forte atuação em temas centrais como transição climática, bioeconomia e uso responsável dos recursos naturais reforçamos o papel das cooperativas como parte essencial das soluções para enfrentar a crise climática.
Como as cooperativas constroem um mundo melhor?
O cooperativismo é um modelo reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) por sua capacidade de promover desenvolvimento econômico com responsabilidade social e respeito ao meio ambiente. Essa atuação está diretamente conectada aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), uma série de metas para construir um mundo mais justo e próspero até 2030. Descubra no infográfico interativo como as cooperativas contribuem para cada ODS.