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OCB debate Plano Safra

Brasília (5/7/21) – A OCB promoveu hoje a live Plano Safra e o Cooperativismo, com o objetivo de aprofundar um pouco mais a discussão sobre o anúncio feito no dia 22/6 para as cooperativas. A transmissão contou com a participação da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, do presidente do BNDES, Gustavo Montezano, e do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.

Apresentando as expectativas mais técnicas sobre o impacto do Plano Safra 2021/2022, também estiveram presentes o coordenador nacional do Ramo Agropecuário, Luiz Roberto Baggio e o coordenador nacional do Ramo Crédito, Marco Aurélio Almada.

O presidente Márcio Lopes de Freitas reconheceu que a elaboração do plano exigiu muita habilidade da ministra Tereza em negociar as posições em prol do agricultor brasileiro, nesse momento difícil de pandemia e dificuldades econômicas. Para ele, o plano atende as necessidades das cooperativas, mas há alguns ajustes de rota que devem ser feitos especialmente no que se refere à montantes disponibilizados e em desdobramentos práticos, como os custos cartorários que aumentaram para os produtores.

Também reforçou que o BNDES é um player importantíssimo para o progresso do cooperativismo agropecuário e disse ter muito orgulho de a OCB ser parceira da Instituição no processo de desenvolvimento do país.

 

MINISTÉRIO

A ministra da Agricultura destacou o papel importante das coops nos resultados do setor agropecuário. “Para esta safra, esperamos um novo recorde, pois sabemos da força dos nossos produtores e, claro, da pujança das cooperativas, que são fundamentais no resultado final de cada safra. É por isso que o fortalecimento das cooperativas é uma das nossas prioridades no MAPA”, destaca.

Sobre o Plano Safra, Tereza Cristina disse que ele nasceu num contexto complicado, ainda pior do que foi no anterior. “Gostaríamos que fosse mais amplo, mas dentro do que se tinha, conseguimos um plano que vai nos atender”.

Sobre a operacionalização do crédito rural, Tereza Cristina reforçou a relevância das coops de crédito. “São elas que chegam verdadeiramente lá na ponta, facilitando a vida do pequeno agricultor. Por isso, é muito importante a participação das cooperativas de crédito, pulverizando os recursos e contribuindo com os produtores”, reconhece.

 

INTERLOCUÇÃO

Segundo a Ministra da Agricultura, graças à interlocução frequente com a OCB, tem conseguido manter sempre as ações da pasta em sintonia com o setor e, assim, endereçar as questões para fortalecer a agropecuária brasileira.

Ela também comentou que o estímulo dado pela OCB ao programa Agro Fraterno tem feito muita diferença. “Também quero agradecer profundamente à OCB pelo apoio que tem dado ao Agro Fraterno. Certamente teremos resultados muito bons. Vocês atenderam ao chamado de ajudar a quem precisa e estão fazendo um belo trabalho. Minha admiração pelas cooperativas que são tão importantes pra nós. As coops agro e as de crédito fazem um trabalho imprescindível. Oxalá tenhamos cooperativas pelo Brasil todo”.

 

BNDES

Gustavo Montezano, presidente do BNDES, enalteceu a parceria com o Sistema OCB. “As cooperativas são parceiras de longa data do BNDES e queremos nos aproximar cada vez mais para ajudar nosso produtor rural a chegar no lugar de destaque que ele merece, tanto no Brasil quanto no mundo”.

Segundo ele, os recursos do Plano Safra 21/22 passam a ser operados na próxima quarta-feira, dia 7/7. “Usem o BNDES! Somos um banco que trabalha pelo produtor, especialmente o pequeno. Nossa principal aposta para este ano é de que o crédito seja descentralizado e, para isso, contamos com as cooperativas de crédito. Vejam o BNDES como alguém que quer muito apoiar o setor agropecuário brasileiro no processo de redução de custo e descentralização de crédito”, enfatiza.

De acordo com o executivo, no ano passado, o volume de recursos liberados pelo banco para financiar a safra do país girou em torno de R$ 20 bilhões, valor que deve se repetir neste ano. Além disso, ele também informou que, em 2020, o valor desembolsado pelo Banco com recursos próprios foi de R$ 3,6, mas que “para este ano, não tem limitação orçamentária, o que pode beneficiar ainda mais produtores, um dos objetivos do BNDES.”

 

COOPS AGRO

O coordenador nacional do Ramo Agropecuário, Luiz Roberto Baggio, endossou o agradecimento feito pelo presidente do Sistema OCB ao Mapa, ao Banco Central e ao Ministério da Economia. “Sabemos que é um momento difícil para o país, por isso, reconhecemos que este é o melhor plano que podia ser oferecido. Foi muito importante manter a estrutura de crédito no plano, em especial para as coops que não fazem captação de recursos no mercado de capitais, não realizam IPO, etc. Ele é essencial, pois se constitui fonte primordial de recurso para elas.”

Umas das palavras de ordem do Plano Safra 21/22 é sustentabilidade – muito destacada, aliás, nas falas da Ministra da Agricultura e do presidente do BNDES. Sobre essa questão, Baggio disse o seguinte: “a sustentabilidade custa caro, mas as coops têm feito esse investimento nos últimos anos. É preciso que o mundo olhe para a agricultura brasileira com reconhecimento ao esforço e aos resultados alcançados”, argumenta.

 

COOPS DE CRÉDITO

Por fim, o coordenador nacional do Ramo Crédito, Marco Aurélio Almada, destacou que, no último Plano Safra, as coops de crédito financiaram algo em torno de R$ 47,5 bi. “Esse resultado, nos colocou na segunda posição no ranking de pulverização do crédito, financiando 22% do total da safra. Temos agora um desafio: ultrapassar a marca dos R$ 60 bi.”

Segundo ele, a taxa de crescimento nas operações de crédito envolvendo o financiamento da safra foi superior a 40%. Isso mostra a relevância das coops de crédito como agentes de distribuição dos recursos de uma política agrícola. Não somos apenas agentes financeiros, mas instrumentos dos cooperados para terem acesso às políticas públicas, com interesse no desenvolvimento tanto das coops quanto do país.

 

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E para conhecer a análise do Plano Safra 21/22, feita pela OCB, clique aqui.

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