Comunicar também é cooperar: especialistas citam estratégias de sucesso
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Ações que conectam pessoas e negócios foram destaque em plenária da Semana de Competitividade
Finalizando três dias repletos de aprendizados e imersão, a Semana de Competitividade trouxe, na manhã desta quarta-feira (11), uma discussão essencial para o futuro do cooperativismo: o papel estratégico da comunicação. Na plenária Comunicar para cooperar: estratégias que conectam pessoas e negócios, especialistas compartilharam suas visões e sugestões práticas sobre como a comunicação pode ser a ponte entre os valores do cooperativismo e o engajamento de públicos diversos.
A mediação ficou por conta de Samara Araujo, gerente de Marketing e Comunicação do Sistema OCB e uma das responsáveis pela produção do livro Comunicação e Marketing no Cooperativismo, lançado no início da plenária. A obra foi elaborada pelo Sistema OCB com o objetivo de apoiar as cooperativas na construção de estratégias de comunicação mais eficazes. Artigos de especialistas, cases inspiradores e orientações práticas sobre os principais pilares da comunicação cooperativista: branding, comunicação, publicidade e propaganda, planejamento, marketing e relacionamento e storytelling foram reunidos com uma linguagem acessível e inspiradora.
Samara resumiu a importância do tema para o setor: “Como mostrar a beleza do nosso modelo cooperativo, seus princípios e valores — e, mais do que isso, a diferença que ele faz na vida das pessoas — sem uma comunicação clara, estratégica e inspiradora?” O painel reuniu Samira Cardoso, CEO da Layer Up e especialista em publicidade; Patrícia Marins, sócia da Oficina Consultoria e referência em gestão de crises de reputação; e Renan Silvestre, fundador da Deep Metrics e especialista em marketing analítico e dados. Juntos, eles apresentaram perspectivas complementares sobre como as cooperativas podem se comunicar melhor em tempos de hiperconexão, múltiplos canais e públicos exigentes.
Com foco em ações práticas, os especialistas abordaram temas como gestão de reputação, publicidade eficaz, uso de dados em estratégias de marketing e os desafios de comunicar com consistência em um setor marcado pela diversidade. Eles reforçaram ainda que comunicar é também uma forma de cooperar. E que, ao dominar a linguagem da conexão e da estratégia, o cooperativismo pode ocupar com mais força e clareza seu espaço no imaginário social — e no coração das pessoas.
O recado final dos especialistas foi de que é necessário conectar planejamento com dados e propósito. Segundo eles, com esses três itens, a comunicação cooperativa, com certeza chegará mais longe e atingirá seus objetivos.
Para a comunicação institucional, Patrícia Marins reforçou que o ecossistema plural do cooperativismo precisa ter uma voz única e trabalhar seu público-alvo de forma segmentada como determina a sociedade hiper conectada da atualidade. “A capilaridade do cooperativismo é um ativo fundamental. E uma voz uníssona também. Mas é importante salientar que a comunicação precisa ser segmentada. Precisa ser feita pelo canal em que o público está. É o que chamo de nanocomunicação”.
Samira lembrou que hoje o usuário trilha seu próprio caminho e que é necessário resgatar insights que tragam o propósito da comunicação como um valor indispensável. “Não são só transações. É necessário criar conexão genuína com o público e isso só acontece se a comunicação conseguir reverberar o propósito do negócio cooperativista”.
Já Renan afirmou que o marketing é uma das principais funções de qualquer organização. E que o uso de dados de forma adequada e estratégica contribui para comprovar essa premissa. “Faz com que possamos nos sentar à mesa de decisões. Então, utilizem os dados para que eles sejam fontes de informação e planejamento imprescindíveis”.