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Cooperativismo se posiciona como solução para crise climática

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Movimento reforça sua relevância estratégica nas discussões globais sobre desenvolvimento sustentável 

O Brasil sediará, entre os dias 10 e 21 de novembro, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), em Belém (PA). Com 12% da água doce do planeta, uma das maiores biodiversidades do mundo e uma economia fortemente conectada ao uso da terra, o país tem papel central nas negociações ambientais globais — e o cooperativismo quer estar no centro dessas discussões como parte da solução. 

Cooperativismo se posiciona como solução para crise climática Com esse objetivo, o Sistema OCB vem promovendo uma série de ações preparatórias, incluindo a elaboração do Manifesto do Movimento Cooperativista Brasileiro para a COP30, que reúne as principais contribuições e propostas do setor para a agenda climática. A iniciativa foi destaque no site da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), que entrevistou a gerente-geral da OCB, Fabíola Nader Motta, sobre as expectativas e prioridades das cooperativas brasileiras para o evento. 

Na entrevista, Fabíola destaca que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 14 e 15 — que tratam da vida na água e da vida terrestre, respectivamente — são particularmente importantes para o cooperativismo brasileiro, especialmente pelas ações das cooperativas agropecuárias.  

“As cooperativas ajudam os produtores a adotarem tecnologias mais eficientes, que reduzem o impacto ambiental. Ninguém valoriza mais o meio ambiente do que o agricultor, porque ele quer garantir sua produção para as próximas gerações. As cooperativas se preocupam genuinamente com a prosperidade do meio ambiente e das comunidades onde atuam”, reforça. 

O Brasil conta hoje com mais de 1 milhão de produtores rurais cooperados, que têm acesso facilitado a boas práticas e inovações sustentáveis por meio do modelo cooperativista. “O que queremos mostrar na COP30 é que as cooperativas são instrumentos de solução. Levamos uma mensagem clara ao governo: estamos prontos para ajudar o país a alcançar suas metas climáticas”, afirma Fabíola. 


Manifesto e articulação com o governo
 

Para fortalecer essa mensagem, a OCB está articulada com diversos grupos de trabalho e lideranças cooperativistas, promovendo pesquisas e debates sobre os principais desafios e oportunidades do setor. O resultado desse esforço coletivo foi a elaboração do Manifesto do Cooperativismo Brasileiro para a COP30, que apresenta cinco eixos estratégicos: 

  1. Segurança alimentar, tecnologia e agricultura de baixo carbono; 

  1. Valorização das comunidades e financiamento climático; 

  1. Transição energética e desenvolvimento sustentável; 

  1. Bioeconomia como vetor de desenvolvimento; 

  1. Adaptação e mitigação dos riscos climáticos. 

Além disso, o Sistema OCB trabalha para garantir um pavilhão próprio na COP30, onde serão apresentadas experiências reais de cooperativas que já promovem práticas sustentáveis no Brasil e no mundo. Muitas dessas histórias já estão disponíveis no portal da COP30  lançado recentemente, que reúne cases, boas práticas e aprendizados do cooperativismo na agenda ambiental. 


Financiamento para escalar impacto
 

Outro ponto crucial destacado por Fabíola é a necessidade de acesso a financiamento para que as cooperativas ampliem seu impacto positivo, especialmente em regiões como a Amazônia. “Todos olham para as árvores e os rios da Amazônia, mas esquecem das pessoas que vivem lá. Sempre dizemos que uma árvore em pé precisa valer mais do que uma derrubada — e as cooperativas são um ótimo caminho para tornar isso realidade. Mas, muitas vezes, esses empreendimentos não conseguem acesso ao crédito necessário para manter seus negócios e sustentar suas famílias. Isso precisa mudar”, defende. 


Presença nas discussões globais
 

A entrevista também destaca a importância de o cooperativismo brasileiro participar ativamente das negociações internacionais, como a COP30 e a Cúpula Social Mundial, que acontecerá em Doha uma semana antes. Segundo Fabíola, esse engajamento é essencial para que o movimento seja reconhecido como agente de transformação. “Se não estivermos presentes, não seremos lembrados. As cooperativas oferecem soluções para problemas ambientais, sociais e econômicos. Precisamos mostrar do que somos capazes e buscar o apoio necessário para escalar nosso impacto”, conclui. 

No Brasil, o Sistema OCB trabalha para fortalecer redes de cooperação entre as 4,5 mil cooperativas existentes, com ações de planejamento, articulação institucional e compartilhamento de soluções. Um exemplo disso foi o Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC), evento promovido em 2024, que reuniu mais de 3 mil lideranças cooperativistas para debater o futuro do movimento. 

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