PCH Flor do Sertão desenvolve programa ambiental
O projeto de salvamento da flora e fauna da Pequena Central Hidrelétrica Flor do Sertão, que está sendo construída na região Oeste de Santa Catarina, teve início em junho e prosseguirá durante o enchimento do lago, previsto para o final deste mês. A ação está prevista no Plano Básico Ambiental da Maue Geradora e Fornecedora de Insumos, empresa responsável pelo empreendimento energético que pretende organizar e planejar ações em conjunto com entidades ambientais para amenizar o impacto antes, durante e após o enchimento do reservatório.
O trabalho de recuperação da flora compreende a coleta e o salvamento de bromélias e outros exemplares ameaçados de extinção, bem como o replantio dos exemplares coletados em local de igual importância ecológica. Na fauna, os trabalhos com os invertebrados estão sendo desenvolvidos com técnicas de procura aleatória e captura com armadilhas. Com os anfíbios, além da procura aleatória é feita a identificação dos sítios de reprodução. Com os répteis, todos os exemplares de serpentes serão capturados, fotografados, registrados e depositados em coleção científica.
No caso das aves serão coletadas as espécies já encontradas mortas ou seriamente machucadas em função de acidentes durante o desmatamento e o enchimento, certificadas por meio de laudo técnico veterinário, atestando a não condição de sobrevivência. No geral será dada maior ênfase aos mamíferos terrestres. No entanto, todas as espécies seriamente machucadas e mortas serão destinadas para depósito em coleção científica, em função de possíveis acidentes durante os trabalhos de desmatamento e enchimento do reservatório. O monitoramento de mamíferos será feito com técnicas de visualização direta, registro de vestígios (pegadas, fezes e animais mortos), captura com armadilhas e redes de neblina e entrevistas com moradores.
A PCH Flor do Sertão está sendo construída entre os municípios de Descanso e Flor do Sertão, região Oeste de Santa Catarina. As obras devem concluir-se em outubro de 2006. O empreendimento é sustentado por oito cooperativas catarinenses: Coopercentral Aurora e pela Cooperalfa (Chapecó); Ceraçá (Saudades), Cooper A-1 (Palmitos), CooperItaipu (Pinhalzinho), Copérdia (Concórdia), Coopercampos (Campos Novos) e Cooperativa Auriverde (Cunha Porã) que investem mais de R$ 40 milhões de reais na construção da usina hidrelétrica. A barragem gerará 16,5 MW, potência capaz de abastecer 40.000 residências. Recebeu todas as autorizações para ser concretizado no rio das Antas que tem como afluente o rio Sargento e integra a bacia hidrográfica do rio Uruguai.
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