Sistema OCB destaca presença brasileira na WCUC 2025
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Evento reuniu lideranças de 60 países para debater inovação, inclusão e futuro do coop de crédito
Clara Maffia durante sua fala na WCUC 2025Entre os dias 14 e 16 de julho, Estocolmo, na Suécia, sediou a 20ª edição da Conferência Mundial de Cooperativas de Crédito (WCUC 2025), promovida pelo World Council of Credit Unions (WOCCU). O evento, considerado o principal encontro global do cooperativismo de crédito, reuniu mais de 1,8 mil participantes de cerca de 60 países, incluindo lideranças cooperativistas, autoridades regulatórias e especialistas em inovação, sustentabilidade e inclusão financeira.
O Sistema OCB foi representado pela gerente de Relações Institucionais, Clara Pedroso Maffia, que conduziu uma sessão no dia 16 de julho com o tema Colaboração Pacífica: Como política e crescimento caminham juntos. A apresentação de Clara trouxe reflexões sobre o papel das cooperativas de crédito no Brasil e sua capacidade de dialogar com políticas públicas para impulsionar o desenvolvimento econômico sustentável.
Durante sua participação, Clara abordou a importância de políticas públicas alinhadas ao cooperativismo, destacando o modelo brasileiro como um exemplo de equilíbrio entre solidez financeira e impacto social. “As cooperativas de crédito brasileiras têm mostrado como é possível crescer de forma sustentável, mantendo os princípios de cooperação e a proximidade com os cooperados”, afirmou.
A gerente também destacou que o trabalho unificado pelo Sistema OCB, como representante máximo do cooperativismo no Brasil, tem contribuído fortemente para a construção de um ambiente normativo e regulatório favorável ao desenvolvimento das cooperativas e para que elas possam desempenhar melhor seu papel de inclusão financeira. “A lei que atualizaram o Sistema Financeiro de Crédito Cooperativo (SFCC) é um exemplo importante dessa atuação, descreveu.
Para Clara, o evento foi uma oportunidade estratégica de elevar o protagonismo do cooperativismo de crédito brasileiro no cenário internacional. “Ao trazer nossa experiência em governança, tecnologia e inclusão financeira, mostramos que o cooperativismo brasileiro tem muito a oferecer e tem sido reconhecido globalmente”, ressaltou.
Ela também ressaltou que o tema O Futuro é Cooperativo, escolhido pela conferência para celebrar as duas décadas de realização do evento, reflete o momento de transformação e resiliência pelo qual passa o setor. “Participar desta edição em Estocolmo, principalmente em ano tão simbólico para o cooperativismo, com a declaração de Ano Internacional das Cooperativas pela ONU, reforça nosso compromisso com uma agenda global baseada na confiança e na inovação”, completou a dirigente.
A programação incluiu momentos marcantes, como a tradicional cerimônia das bandeiras, que celebrou a diversidade dos países participantes, e a divulgação da nova estratégia trienal do WOCCU, com foco em ampliar o advocacy internacional junto a organismos como a ONU, o G20 e o Comitê de Basileia.
O Brasil se destacou em diversos momentos. Representantes de cooperativas brasileiras compartilharam cases sobre o uso de inteligência artificial, inclusão financeira e programas de educação para jovens. Para Clara Maffia, essas trocas fortalecem o movimento. “O Brasil apresentou soluções que unem tradição e tecnologia, desde o uso de IA para otimizar o atendimento até projetos sociais que levam educação financeira a milhares de pessoas. Esses cases mostram como o cooperativismo pode ser uma ferramenta poderosa de transformação”, afirmou.
Além dos debates, as sessões Connect & Collaborate possibilitaram o encontro entre profissionais de cooperativas de diferentes continentes para compartilhar experiências sobre cibersegurança, compliance e inclusão digital.
A conferência também valorizou o investimento em novas lideranças e diversidade. Iniciativas como o Global Women’s Leadership Network (GWLN) e o Young Credit Union Professionals (YCUP) deram espaço a jovens e mulheres de diferentes países, incluindo o Brasil, que receberam reconhecimento por projetos de impacto social e inovação.
A WCUC 2025 destacou ainda a necessidade de o movimento cooperativista se posicionar de forma estratégica em debates internacionais e ampliar sua presença nos fóruns globais. “A participação na WCUC 2025 nos conecta ao que há de mais atual no cooperativismo de crédito. Saímos com ideias e parcerias que podem fortalecer ainda mais o modelo brasileiro, tanto no campo regulatório quanto em inovação tecnológica”, concluiu Clara Maffia.
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