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Com origem cooperativista, o embaixador do Reino Unido, Alan Charlton, parabenizou a iniciativa da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) pelo trabalho de inserção do setor no mercado de crédito de carbono. “Meu pai trabalhou com cooperativismo durante 54 anos, na Inglaterra. A participação das cooperativas, dos produtores rurais, é fundamental para a recuperação de carbono, e o programa MDL Florestal está totalmente ligado a esta questão. São ações pelo combate às mudanças climáticas”, disse.
Charlton participou da abertura do Workshop Internacional de Créditos de Carbono para o Sistema Cooperativista, em Brasília (DF). “Esta é uma oportunidade para se discutir a viabilidade do mercado, as formas de financiamento para esse tipo de atividade e exemplos de ações para mitigação dos efeitos gerados pela emissão de carbono”, concluiu.
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“A preocupação com a comunidade, com o futuro das gerações futuras, é um princípio do cooperativismo. Seguindo esta linha de pensamento, o Sistema Cooperativista Brasileiro defende como fundamental a responsabilidade na preservação do meio ambiente com iniciativas como os mecanismos de desenvolvimento limpo”. Foram estas as palavras do presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, na abertura do Workshop Internacional de Créditos de Carbono para o Sistema Cooperativista, que começou nesta quarta-feira (11/11), na sede da instituição, em Brasília (DF).
Para Freitas, a idéia é, com o apoio de aliados, propagar essas iniciativas, a partir, inicialmente, do desenvolvimento de projetos pilotos por todo o sistema cooperativista. “Precisamos, efetivamente, sair do discurso e partir para a prática. Nossa intenção é que, com a assinatura de um protocolo de intenções entre as instituições parceiras aqui representadas, tenhamos políticas públicas concretas e definidas para amparar esse processo de desenvolvimento”, conclui.
Além do presidente da OCB, fizeram parte da mesa de abertura o embaixador do Reino Unido, Alan Charlton, o vice-presidente de Agronegócio do Banco do Brasil, Luís Carlos Guedes Pinto, o presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), deputado federal Odacir Zonta, e o consultor da Secretaria da Agricultura Familiar, Alexandre Gomes, que representou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel.
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Nos 50 municípios que mais desmataram, crescimento de emprego e renda foi 35% maior que média regional, e índice de saúde, 63% menor
EDUARDO SCOLESE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O avanço do desmatamento na Amazônia Legal provoca uma disparada econômica dos municípios, mas não melhora os indicadores sociais. Nas localidades que mais desmatam, os índices de emprego e renda aparecem acima da média da região, enquanto os dados de educação e saúde engatinham.
Esse quadro aparece no cruzamento, realizado pela Folha, entre dados de desmatamento, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), e o Índice de Desenvolvimento Municipal criado pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro). Ambos têm como recorte o período de 2000 a 2006 (quando há dados disponíveis nessas fontes).
No caso do desmate, foram usados dois recortes no levantamento: os 50 municípios que mais desmataram em extensão e os 50 que mais desmataram em termos proporcionais (em relação à própria superfície).
Um exemplo da discrepância é que, no índice de emprego e renda, os 50 municípios da Amazônia Legal que mais desmataram em extensão entre 2000 e 2006 avançaram 35% acima da média regional. Já no indicador de saúde, os mesmos 50 municípios cresceram 63% abaixo da média da Amazônia Legal (Região Norte, Mato Grosso e parte do Maranhão).
A disparidade é ainda maior quando a média da região é comparada com os 50 municípios que mais desmataram em relação às suas superfícies. Entre 2000 e 2006, o índice de emprego e renda dessas localidade subiu 81% acima da região, enquanto seu indicador social (educação e saúde) cresceu 36% abaixo da média local.
Líder em desmatamento, São Félix do Xingu (PA) viu seu índice de emprego e renda crescer 9% acima da média da região, mas o de saúde ficou 17% abaixo. Segundo colocado na extensão do desmatamento, Paragominas (PA) tem perfil semelhante: índice de emprego e renda 14% acima da média, e o de saúde 83% abaixo.
Para especialistas e representantes de entidades ouvidos pela Folha, o desmatamento concentra renda e gera empregos de forma passageira. Segundo eles, o anúncio de oportunidades de emprego atrai trabalhadores migrantes e, com isso, deixa em colapso os sistemas de saúde e educação.
"É uma espécie de febre. No período do desmatamento tem a venda da madeira, tem emprego para formar pasto. Mas, depois que colocou os bois, ninguém ganha mais nada", afirma José Eli da Veiga, da Faculdade de Economia da USP.
"Onde não respeitam a lei ambiental, dificilmente irão respeitar leis trabalhistas, podendo colocar em risco a saúde do trabalhador, com consequências sobre os índices", diz Patrick Carvalho, chefe de Estudos Econômicos da Firjan.
O avanço do desmatamento não está apenas ligado à atividade madeireira clandestina. Com ele, disparam também projetos de mineração e de geração de energia. "É uma riqueza, mas concentrada. Saneamento básico, saúde pública, educação e outros direitos sociais inexistem", diz José Batista, da Pastoral da Terra.
Como muitos dos empregos criados na região estão ligados ao desmatamento, cria-se um dilema entre uma atividade ilegal e a única opção de renda. No ano passado, uma operação federal no Pará contra a exploração ilegal de madeira motivou protestos da população.
"A Amazônia está encalhada. Há uma luta contra o desmatamento, mas ainda não existe uma economia para substituir essa velha prática predatória e ilegal", afirma Adalberto Veríssimo, pesquisador do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia).
Lula rejeita os planos de Minc e de Stephanes
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Na reta final para decidir as mudanças na legislação ambiental, o presidente Lula decidiu rejeitar a proposta da Agricultura de isentar os pequenos produtores da exigência de reserva legal.
Mas, num revés para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento Agrário, retirou das negociações o conceito de "agricultura familiar". A partir de agora, toda a discussão sobre o Código Florestal terá como base as pequenas propriedades: áreas de até quatro módulos fiscais ou 150 hectares (vale a maior).
O conceito de agricultura familiar fora incluído na proposta do Meio Ambiente por conta da participação de entidades do setor (Contag, Fefraf) nas negociações. A definição de agricultor familiar inclui o tamanho da propriedade (até quatro módulos) e informações de renda e posse do estabelecimento (tudo centralizado na família).
Essas decisões foram as duas tomadas em reunião de Lula, anteontem, com os ministros Reinhold Stephanes (Agricultura) e Carlos Minc (Meio Ambiente). F"
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, defendeu, hoje (11/11), que a prática sustentável da produção agrícola é um dos instrumentos para garantir o uso responsável dos recursos naturais e a preservação do meio ambiente. Ele participou do Workshop Internacional de Créditos de Carbono para o Sistema Cooperativista, na sede da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em Brasília (DF).
“O solo, em si, já é um depósito de carbono e, em cima dele também há carbono. A agricultura é responsável por metade das emissões desse gás”, disse Stephanes para uma plateia de representantes do setor, tanto do País como do exterior. Ao adotar o plantio direto na palha, sequestra-se carbono, porque a terra revolvida provoca esse efeito e o bom manejo do solo também é um grande aliado, destacou o ministro, que defende tecnologias da Embrapa para estabelecer critérios que garantam uma agricultura sustentável.
Stephanes enfatizou, no entanto, que a agricultura não pode ser a única responsável pelos problemas do meio ambiente. O ministro voltou a falar da necessidade de atualização do Código Florestal. “Tem que ser amplamente discutida a nova lei e é necessário que haja a participação do produtor rural, do Ministério da Agricultura e de ambientalistas”. A legislação que existe hoje não é satisfatória para o produtor, pois foi elaborada somente por pessoas que atuam na área ambiental, ressaltou Stephanes.
O pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária, de Campinas (SP), Eduardo Delgado Assad apresentou nesta terça-feira (10/11), durante audiência pública na Câmara dos Deputados, sugestões para reverter a situação de áreas degradadas. Essas sugestões, a seu ser, vão transformá-las de áreas emissoras em sequestradoras de carbono.
Entre as propostas, estão o incentivo à recuperação de pastos degradados; o incentivo à integração da lavoura/agropecuária, para evitar o aumento da área devastada; e o fortalecimento e a ampliação do uso do plantio direto (semeadura de planta sem o preparo do solo).
A audiência para debater o tema foi promovida pela comissão especial que analisa propostas de alteração do Código Florestal (Lei 4.771/65). A comissão também analisa a revogação desse código e sua substituição por um Código Ambiental.
Assad ressaltou que o Brasil tem 27 milhões de hectares que usam o plantio direto. Com esse tipo de plantio, observou, o carbono é retido no solo; já quando se faz aragem, joga-se carbono na atmosfera. Segundo Assad, o solo é considerado o maior fixador de carbono.
Aumento da temperatura - O pesquisador da Embrapa afirmou ainda que a temperatura tem subido mais no Brasil do que em outros países devido ao desmatamento. Ele explicou que temperaturas mais altas estão se deslocando para o sul de Minas Gerais. E, no oeste de São Paulo, os produtores já estão enfrentando dificuldades na plantação de café.
Assad alertou que, com o aumento da temperatura, a tendência até 2070 é que o País perca 40% do plantio de soja e 33% do plantio de café arábico. No entanto, afirmou o pesquisador, a Embrapa estuda a adaptação do milho e da soja, por meio do melhoramento genético, para tolerar mudanças climáticas e evitar a perda de produção.
Produção x preservação - Para o pesquisador da Embrapa Florestas, de Colombo (PR), Gustavo Ribas Cursio os sistemas de preservação (APPs) devem harmonizar-se com os de produção. Mas, é preciso respeitar, no seu entendimento, as declividades às margens dos rios. Nesses casos, explicou, quanto maior for a declividade nas margens dos rios, maior deverá ser o sistema de preservação dessas áreas.
O relator da comissão, deputado Aldo Rebelo (SP), ressaltou que as soluções apresentadas pela Embrapa são avançadas, mas não conseguem preencher todas as lacunas da agricultura e da pecuária do Brasil. Na sua avaliação, apenas uma parcela do produtor rural seria beneficiada pela proposta, enquanto outra ficaria em situação difícil.
O relator solicitou que a Embrapa envie à comissão sua opinião sobre temas como reserva legal e qual o tamanho da área para atividades agrícola e pastoril na Amazônia legal. Essas informações, de acordo com Rebelo, são importantes para os debates. (Agência Câmara)
"Em visita à sede do Sistema OCB-Sescoop/RJ nesta terça-feira (10/11), a comitiva italiana da Coop Consumatori Nordest / Legacoop - Liga Nacional das Cooperativas e Mutualidades, com cerca de 30 diretores e representantes, conheceu exemplos brasileiros de sucesso e enfatizou a importância de visitas técnicas e de aproximação. Participaram da recepção o presidente da OCB/RJ, Wagner Guerra, o conselheiro do Sescoop/RJ, Ismael Silva Lisboa, além de técnicos da instituição.
O representante nacional do ramo Trabalho, Geraldo Magela, fez a apresentação da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), junto com analista tributário da Gerência de Mercado da OCB, Edimir Oliveira Santos. Eles falaram do funcionamento do Sistema Cooperativista brasileiro e traçaram um panorama geral do cooperativismo, em seus diversos segmentos.
O diretor presidente da Usimed Petrópolis (Cooperativa de Usuários de Assistência Médica), Marcus Berardinelli Camargo, apresentou o caso de sucesso da cooperativa, que conquistou o Prêmio Cooperativa do Ano 2009 na modalidade Consumo. Logo após, o presidente da cooperativa de consumo de Barra Mansa, Casmadin, Jonas Marins trouxe o histórico da cooperativa e relatou como é seu funcionamento.
O presidente da Coop Consumatori Nordest, Marco Pedroni, enfatizou que os bons exemplos brasileiros serão estudados e que missões como esta são importantes, para uma aproximação e troca de conhecimentos de ações do setor.
A Coop Consumatori Nordest é uma das mais importantes cooperativas de consumo do nordeste da Itália, com mais de 540 mil membros. São cerca de cinco mil empregados em 84 centros comerciais, 75 supermercados e nove hipermercados administrados pela cooperativa. É líder da cadeia de distribuição alimentícia italiana, com mais de um milhão de euros negociados em 2008. (OCB/RJ)
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O encontro é dirigido a líderes cooperativistas agropecuários, empresas, federações e confederações do agronegócio. Também devem participar agentes financeiros, investidores e representantes do governo federal, além de especialistas do mercado de carbono e de convidados internacionais da Embaixada do Reino Unido. Clique aqui para acessar a programação do evento.
Já está à disposição, para consulta pública, a lista preliminar de produtos importados dos Estados Unidos, que poderão sofrer retaliação a partir de 2010. A medida, publicada pela Câmara de Comércio Exterior (Camex) por meio da Resolução nº 74, decorre de deliberação da Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre o painel do algodão. Em agosto deste ano, em decisão final, a OMC foi favorável à aplicação de sanções pelo Brasil aos Estados Unidos, em função dos prejuízos causados aos cotonicultores nacionais em decorrência dos subsídios concedidos pelo governo norte-americano aos seus produtores.
Até 30 de novembro, a lista com 222 itens fica em consulta pública para sugestões e críticas. Desse total, 57 se referem ao algodão, seus subprodutos e manufaturados. Outros 34 produtos também são agrícolas, como frutas, soro de leite, trigo e preparações para bebidas.
Todos os produtos incluídos foram importados dos EUA em 2008. “A relação representa um fluxo de comércio de US$ 2 bilhões. Quando a lista definitiva for publicada, deveremos ter, pelo menos, US$ 460 milhões em volume de comércio, que é valor mínimo estabelecido pela OMC para a retaliação brasileira em bens”, explica o secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Célio Porto.
Painel - O primeiro painel sobre o assunto foi concluído em 2005. Na época, foi estipulado o prazo de dois anos para que os EUA adotassem as recomendações da organização. Como não foram cumpridas, o Brasil apelou novamente à OMC resultando em decisão anunciada em junho de 2008, confirmando a ilegalidade dos subsídios norte-americanos aos produtores de algodão. Em 31 de agosto deste ano, a OMC divulgou decisão final autorizando o Brasil a aplicar as retaliações aos Estados Unidos. (Fonte: Mapa).
"Mais de 60 técnicos da África, América, Ásia e Oceania conhecerão a experiência brasileira na produção sustentável do etanol, a partir da cana-de-açúcar, na 2ª Semana do Etanol: compartilhando a experiência brasileira, de 16 a 20 de novembro, em Ribeirão Preto(SP). O curso, promovido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), é a segunda edição do programa de treinamento oferecido a representantes do governo, entidades privadas e empresários de regiões em desenvolvimento no setor sucroenergético.
O Brasil é líder mundial em produção de açúcar e etanol de cana-de-açúcar. “A nossa experiência com o etanol combustível tornou-se referência mundial no campo das energias renováveis, como forma de reduzir as emissões de gases de efeito estufa e a dependência de combustíveis fósseis”, ressalta o diretor de Cana-de-açúcar e Agroenergia do Mapa, Alexandre Strapasson. Segundo ele, a produção canavieira no País tem crescido 11% ao ano, mesmo em períodos de crise. Em 2008, foram investidos, aproximadamente, R$ 9 bilhões na construção de 30 novas usinas.
“A proposta do treinamento é atender às demandas de países como Vietnã, Etiópia, Egito, Indonésia, entre outros, por informações e capacitação técnica na área de produção e uso de etanol como combustível”, explica Strapasson. E, para transformar o etanol em commodity, segundo o diretor do Mapa, é fundamental que outros países também sejam grandes produtores, criando, assim, um mercado internacional forte e competitivo para o setor sucrenergético.
Assuntos relacionados à cadeia produtiva do etanol, financiamentos, novas oportunidades e tecnologias, mudanças climáticas, cooperações internacionais e uso automotivo do etanol serão abordados na capacitação. As delegações estrangeiras contarão com serviço de tradução simultânea para o inglês. (Fonte: Mapa)
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Segundo ela, percentual não será meta, mas só objetivo voluntário de redução de gases-estufa; antes governo evitava compromisso formal
FERNANDO BARROS DE MELLO
DA REPORTAGEM LOCAL
Classificando de um "objetivo voluntário" e não de meta obrigatória, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) admitiu ontem que o governo deve levar um número de corte das emissões dos gases-estufa à conferência da ONU sobre mudanças climáticas, a ser realizada em dezembro em Copenhague.
O valor pode ficar em cerca de 40% de redução até 2020. O anúncio oficial está previsto para o fim desta semana. "Não estamos distantes disso: pode ser 38%, 42%", disse a ministra após reunião no gabinete da Presidência em São Paulo.
Além de Dilma e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, participaram do encontro os ministros Carlos Minc (Meio Ambiente), Reinhold Stephanes (Agricultura) e Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário), assim como representantes do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, coordenado por Luiz Pinguelli Rosa, professor da Coppe-URFJ.
"Ninguém desmaiou quando eu projetei 40%. Antes desmaiava. Os 40% estão assimilados como uma possibilidade. Agora, o governo quer uma justificativa técnica", disse Pinguelli Rosa, segundo quem 20% serão por conta da queda do desmatamento na Amazônia e o resto viria da queda de desmatamento do cerrado brasileiro, racionalização de transporte e outras medidas. "Se é meta ou objetivo não interessa, o que interessa é um número", completou o professor.
Na semana passada, o governo havia sinalizado que poderia não apresentar um número de redução. A ONU cobrou uma meta clara do Brasil.
Ontem pela manhã, em seu programa de rádio "Café com o Presidente", Lula disse que o país "está disposto a estabelecer um acordo com outros países para que a gente mostre para a humanidade a nossa disposição de diminuir as emissões de gases de efeito estufa".
Para Dilma, o governo não pode "achar" que é possível atingir uma meta, mas tem de realizar estudos para prever um número "factível". A ministra cobrou ainda que países desenvolvidos tenham responsabilidade direta pela redução da emissão de gases no mundo.
"A postura do Brasil é que os países em desenvolvimento assumam uma posição forte", disse Dilma. Ela explicou que, pelas regras atuais, apenas os países do anexo 1 (países industrializados) têm a obrigação de apresentar metas.
Prazos
Também foram discutidas a regulamentação e modificações no Código Florestal, de 1965, e o decreto presidencial que, a partir de 11 de dezembro, prevê multa a proprietários rurais que não formalizarem um compromisso com a reserva legal (área de floresta).
Não há consenso sobre a entrada em vigor do decreto (ruralistas querem prorrogá-lo por até três anos). A ministra disse que Lula anunciará uma decisão nos próximos dias.
Dilma também elogiou o plano de redução de emissões de 20% anunciado ontem pelo governador de São Paulo, José Serra (PSDB) -seu provável adversário na campanha presidencial de 2010-, mas disse que os cálculos seguem metodologias e bases diferentes e, por esse motivo, não é possível fazer comparações. Segundo ela, os valores são distantes e os cortes federais serão maiores.
Mesmo assim, Dilma afirmou esperar que os governos dos Estados tomem iniciativas desse tipo e se comprometam com questões ambientais.
Veículo: Folha de S.Paulo
Publicado em: 10/11/2009
Nesta terça-feira (10/11), o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, participou do II Fórum Econômico Brasil-Itália, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O evento contou com seminários, palestras e rodada de negócios. Participou uma comitiva com mais de 400 empresários da Itália, entidades e representantes dos governos italiano e brasileiro.
A iniciativa é do Instituto Italiano para o Comércio Exterior (ICE), em conjunto com os Ministérios Italianos do Desenvolvimento Econômico e das Relações Exteriores, com a Confederação Italiana das Indústrias (Coreplaceustria) e com a Associação de Bancos Italianos (ABI). O objetivo é promover o desenvolvimento econômico e reforçar o interesse da indústria da Itália em fomentar negócios.
As oportunidades de negócios abrangem grandes áreas da indústria como infraestrutura, construção civil, energia, ambiente, bens de consumo, agroindústria, máquinas, equipamentos e componentes mecânicos, indústria têxtil, química e tecnologia, além da presença de diversos consórcios e associações de empresas multisetoriais e prestadores de serviço na área de gestão e internacionalização. Também participou do Fórum o secretário executivo da OCB, Renato Nobile.
"“A Produção Sustentável de Carne Suína para Pequenos Produtores na Região Sul do Brasil” será o tema apresentado por Danilo Miranda, diretor da Ambiente Gestão em Sustentabilidade, no Workshop Internacional de Créditos de Carbono para o Sistema Cooperativista. O evento será realizado na sede Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em Brasília (DF), nesta quarta e quinta-feira (11 e 12/11).
Segundo Danilo Miranda, que desenvolve junto com a OCB , um projeto- piloto na Cooperativa Agrícola Mista Rondon (Copagril), no Paraná, um dos exemplos que será apresentado é o projeto de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), implantado em 16 propriedades de associados da Copagril que trabalham com a suinocultura, por meio de biodigestores. Miranda também vai falar da importância da participação dos associados, bem como de todos os ganhos para aqueles que aderem à iniciativa desta natureza.
Durante dois dias do evento, a programação prevê palestras e painéis, além da apresentação de casos de sucesso. Serão apresentados painéis sobre “Políticas públicas em mudanças climáticas e desenvolvimento de MDL no Brasil”, “Experiências técnico-institucionais no mercado de carbono”, “Cases de sucesso do cooperativismo” e “Financiadores e investidores de projetos de MDL – comercialização de Reduções Certificadas de Emissões (RCE) nos mercados de Quioto e Não-Quito”.
O encontro, promovido pela OCB, reunirá líderes cooperativistas, entidades do agronegócio, agentes financeiros, investidores e governo, além de especialistas do mercado de carbono e convidados internacionais da Embaixada do Reino Unido. Mais informações podem ser obtidas no portal Brasil Cooperativo (www.brasilcooperativo.coop.br).
Pesquisadores da Embrapa serão ouvidos nesta terça-feira (10/11) pela comissão especial que analisa propostas de alteração do Código Florestal (Lei 4.771/65). A comissão também analisa a revogação desse código e sua substituição por um Código Ambiental.
Dentre os expositores convidados para o encontro estarão presentes Eduardo Delgado Assad, pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária (Campinas/SP); Gustavo Ribas Cursio, pesquisador da Embrapa Florestas (Colombo/PR); e Celso Manzato, chefe da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna/SP).
A comissão especial foi criada para analisar o Projeto de Lei 1876/99, do ex-deputado Sérgio Carvalho, que revoga o Código Florestal, e outras cinco propostas apensadas (PLs 4524/04; 4395/08; 5020/09; 5226/09 e 5367/09).
A reunião será realizada às 14 horas no plenário 11, da Câmara dos Deputados.
Mais de 400 pessoas, entre autoridades, empresários, produtores rurais, profissionais de imprensa foram convidados a participar no próximo dia 20, no Grêmio Recreativo Pinhalense, em Pinhalzinho, da solenidade de lançamento do Itaipu Rural Show 2010, exposição-feira de difusão tecnológica do agronegócio em Santa Catarina. O lançamento consistirá de pronunciamentos, apresentação da programação científica da expo-feira, exibição de audiovisual e coquetel de confraternização.
A 12ª edição do Itaipu Rural Show está programada para o período de 27 a 30 de janeiro de 2010, reunindo mais de 160 empresas que demonstrarão os últimos avanços da ciência e da indústria fornecedora de insumos para o agronegócio. A expectativa é que a expo-feira atraia um publico aproximado de 40.000 visitantes e proporcionará negócios superiores a 10 milhões de reais.
O público-alvo é formado por produtores rurais de pequeno e médio porte, técnicos e dirigentes originários do grande oeste de Santa Catarina, do noroeste do Rio Grande do Sul e do sudoeste do Paraná, além de Mato Grosso do Sul e países como Paraguai e Argentina.
A feira ocupará uma área territorial de 18,5 hectares do Centro de Treinamento e Difusão de Tecnologias Cooperitaipu, localizado no quilômetro 580 da rodovia federal BR-282, a um quilômetro do trevo oeste da cidade de Pinhalzinho, no oeste de Santa Catarina.
Além dos atrativos das edições anteriores, neste ano haverá ampliação da premiação do Clube da Bezzera; Exposição do Projeto Royal (Genética Semex), projeto Resgatando Valores, em parceria com a prefeitura; lançamento de livro; espaço família; ampliação dos hortos (plantas medicinais), entre outros.
A iniciativa da Cooperativa Regional Itaipu tem o patrocínio da Nutro Alimento, Ceraçá e Creditaipu e apoio dos governo federal, estadual e municipal, Sescoop/SC, Sebrae/SC e Senar/SC. (Fonte: Boletim Faesc)
Dois leilões para apoiar a comercialização do trigo estão programados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio de Prêmio de Escoamento do Produto (PEP), para quinta-feira (12). Serão ofertadas 315 mil toneladas do cereal.
Na sexta-feira (6), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ofertou 244 mil toneladas de trigo, do total de 315 mil toneladas previstas, garantindo a venda do grão pelo preço mínimo fixado pelo governo e seu deslocamento para regiões deficitárias. Foram beneficiados os produtores rurais da Bahia, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
O Prêmio para Escoamento de Produtos (PEP) visa garantir ao produtor o preço mínimo. O governo paga o prêmio ao comprador que garanta ao produtor o preço mínimo e encaminhe o produto para uma região pré-determinada, de acordo com as necessidades de abastecimento do País. Com esse mecanismo, o governo pode conduzir a política de abastecimento das regiões deficitárias e melhorar a distribuição dos produtos agrícolas, sem a necessidade de comprá-los. (DéboraPinheiro)
Acesse informações sobre os leilões nos avisos publicados pela Conab: N.º 357/09 e N.º 358/09
"O novo presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Airton Pissetti e o diretor de planejamento, José Moraes Neto, estiveram na sede do Sistema Ocepar, na tarde de quinta-feira (05/11), quando foram recebidos pelo presidente, João Paulo Koslovski. Na ocasião, Pissetti fez questão de ressaltar que as cooperativas paranaenses são modelos para o restante do país, especialmente pela forma com que são administradas.
"Nós temos aqui no estado o melhor modelo de cooperativismo do Brasil, com a mais moderna e avançada agricultura e por isso estamos discutindo, junto com o presidente da Ocepar, um plano de apoio às cooperativas para uma atuação mais forte junto ao setor", disse.
Crise - Pissetti frisou que, mesmo num ano de crise, o banco esteve ao
lado das empresas paranaenses. "Ao contrário de muitos bancos privados, o BRDE nunca deixou de apostar no desenvolvimento do setor produtivo paranaense, principalmente no período em que a crise se mostrou mais forte, chamamos nossos técnicos para que encontrassem formas de auxiliar, ajudar, as cooperativas, indústrias e demais clientes.
O resultado disso foi que neste ano de crise econômica mundial, batemos todos os recordes de investimentos. Nossa visão da crise foi de acreditar, investir. Nossa média anual de investimentos sempre foi de R$ 350 a R$ 400 milhões e neste ano foram investidos um total de R$ 1,060 bilhão no Paraná, um número que revela como o BRDE reage diante de uma crise", lembrou Airton Pissetti.
Fomento - Já o diretor de planejamento do banco, José Moraes Neto, o banco pode se reafirmar como uma importante instituição pública de formento neste ano de 2009. "Os números apresentados pelo presidente Airton Pissetti, mostram a visão que o BRDE tem em aplicar seus recursos nas empresas que realmente ajudam a impulsionar o desenvolvimento na região aonde o banco atua, ou seja, nos estados do Paraná Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul".
Moraes explica que parte dos recursos repassados pelo banco, tem como origem programas do governo federal, especialmente através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "Também temos recursos próprios, os quais, procuramos investir em programas complementares, voltados ao interesse das empresas desses quatro estados. Estamos discutindo outras fontes de recursos para que possamos ampliar a capacidade de alavancar o desenvolvimento para esses estados" , lembrou Moraes Neto. (Fonte: Ocepar)
A segunda rodada da série de seminários CNA Discute o Brasil ocorre nesta terça-feira, 10 de novembro, às 14h, na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília. Nesta edição será abordado o tema “Direito de Propriedade e Índices de Produtividade”, com quatro debatedores que representam opiniões divergentes sobre o assunto proposto. Estarão presentes o deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE); o jurista Dalmo Dallari; o filósofo Denis Rosenfield e o professor de Direito da Universidade Federal de São Paulo (USP) Roger Leal. A proposta da série de seminários CNA Discute o Brasil é aprofundar as discussões sobre assuntos que afetam o setor produtivo e a sociedade em geral, estabelecendo desafios para o futuro.
O seminário é direcionado a parlamentares, jornalistas, estudantes do ensino superior e formadores de opinião. A idéia é garantir uma oportunidade que permita ampla análise e discussão de novas idéias e propostas sobre os assuntos colocados em pauta. Na primeira parte do evento, cada um dos expositores terá 20 minutos para fazer uma apresentação sobre o tema. Em seguida, será aberto o debate, quando os especialistas respondem perguntas dos participantes. As discussões serão coordenadas pelo advogado e ex-ministro da Previdência Social Roberto Brant.
O resultado final será registrado pelo Instituto CNA, que depois preparará uma publicação com a condensação dos principais pontos discutidos e das propostas acordadas entre os participantes. A idéia da realização dos seminários é centrar os debates nas teses da Escola do Pensamento Agropecuário, fórum permanente de discussão proposto pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) focado em seis temas: abastecimento e renda; desmatamento zero; trabalho decente; pobreza rural; educação e qualificação no campo e direito de propriedade.
O II seminário CNA Discute o Brasil que vai abordar o tema “Direito de Propriedade e Índices de Produtividade” será realizado no auditório principal da sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília (SGAN 601, Módulo K, Edifício Antônio Ernesto de Salvo). As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site www.canaldoprodutor.com.br ou na própria sede da CNA, no dia do evento. O público presente receberá certificado de participação no seminário. (Fonte: CNA)
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De olho na convenção de Copenhague, em dezembro, o governo tem pressa para costurar um acordo entre ruralistas e ambientalistas
EDUARDO SCOLESE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Lula terá de arbitrar cinco pontos de divergência entre os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente sobre mudanças e ajustes na legislação ambiental do país.
Na semana passada, sob mediação da Casa Civil, encerrou-se a fase de discussões entre as equipes técnicas das pastas. Hoje, com um mapa dos impasses em mãos e em busca de um complicado consenso, Lula terá uma primeira reunião com os ministros Carlos Minc (Meio Ambiente) e Reinhold Stephanes (Agricultura).
Na pauta estão a regulamentação e modificações no Código Florestal, de 1965, e o decreto presidencial que, a partir de 11 de dezembro, passa a multar os proprietários rurais que não formalizarem um compromisso com a reserva legal (área de floresta) de seus imóveis.
Segundo o código, a reserva legal na Amazônia representa 80% da propriedade. No Cerrado da Amazônia Legal, 35%, e nas demais áreas do país, 20%.
Stephanes teme que pequenos e médios produtores que desmataram legalmente suas propriedades para o avanço de lavouras sejam agora colocados na ilegalidade, enquanto Minc rechaça a eventual revogação de leis de proteção ambiental.
Como a entrada em vigor do decreto coincide com o início da conferência da ONU sobre mudanças climáticas, em Copenhague, o governo tem pressa para um acordo entre ruralistas e ambientalistas.
Será ruim para o governo discutir metas internacionais sobre emissão de gases-estufa sem uma definição sobre a sua própria legislação ambiental.
Minc reúne propostas do Ministério do Desenvolvimento Agrário e de entidades e sindicatos de trabalhadores rurais e da agricultura familiar. Já Stephanes concentra propostas da bancada ruralista e de entidades do agronegócio. São cinco os pontos sem acordo.
Divergências
Há falta de consenso sobre a entrada em vigor do decreto (ambientalistas querem mantê-lo para 11 de dezembro, enquanto os ruralistas, prorrogá-lo por até três anos) e a exigência de reserva (Agricultura defende a anistia para pequenas e parte das médias propriedades, e Meio Ambiente quer a obrigatoriedade para todas as áreas).
Outro ponto de divergência está na compra de cotas para compensar a insuficiência de reserva legal numa propriedade. Por exemplo: um produtor que tenha desmatado parte da reserva poderá compensar o restante ao adquirir cotas de floresta de um proprietário que tenha excesso de reserva.
Para o Meio Ambiente, essa negociação de cotas florestais deve estar restrita a uma mesma bacia hidrográfica. Já para a Agricultura, o comprador e o vendedor devem pertencer apenas ao mesmo bioma.
Há também embate sobre a possibilidade de incluir as APPs (áreas de preservação permanente) no cálculo do tamanho da reserva legal. Para Stephanes, essa autorização deveria ser estendida a todas as propriedades do país, independentemente de seu tamanho. Por ora, Minc admite apenas aos agricultores familiares e aos demais proprietários (pequenos e médios) com área de até 150 hectares.
Ainda sobre APPs, existe um impasse sobre legalizar ou não plantações e outros usos (como a pecuária) nas encostas. O Meio Ambiente cedeu um pouco e já admite oficializar plantações permanentes, como de maçã, uva e café, enquanto a Agricultura briga para considerar como definitivas também as lavouras temporárias, como a cana, e a pecuária.
Serra sanciona lei de mudança climática para contrapor Dilma
Tucanos já elencam temas considerados positivos para tratarem durante a disputa eleitoral de 2010
DA REPORTAGEM LOCAL
De olho na provável candidatura presidencial do próximo ano, aliados do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), já elencam temas considerados positivos para tratar na disputa eleitoral de 2010.
Serra e aliados se preparam para um possível embate com a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). Um exemplo é a Política Estadual de Mudanças Climáticas, que será sancionada hoje, com festa na sede do governo paulista. Em encontro na semana passada no PSDB-SP, tucanos enviaram mensagens on-line cobrando uma comparação maior nessa área.
Na avaliação de aliados de Serra, é possível aproveitar o fato de o governo federal ter sinalizado que pode não apresentar um compromisso de redução das emissões dos gases-estufa na conferência do clima, em Copenhague. A ONU cobrou uma meta clara de corte.
Questionado pela Folha, o líder do governo Serra na Assembleia, deputado Vaz de Lima (PSDB), provoca: "São Paulo prova que é possível ter crescimento com sustentabilidade. Nós temos coragem de apresentar uma meta de redução de 20% até 2020".
Outros temas apresentados nas"
Nos dias 19 e 20 de novembro o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) vai promover o II Encontro Nacional de Contadores do Sescoop, na sede da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em Brasília (DF). O evento é para técnicos e contadores das unidades nacional e estaduais do Sescoop.
A intenção é divulgar aos contadores das unidades nacional e estaduais as novas regras contábeis, com ênfase nas leis 11. 638/07, 11.941/09 e IN RFB nº. 949/09. Também serão apresentadas, de forma clara e objetiva, as novas demonstrações financeiras, principalmente o fluxo de caixa e valores adicionados, bem como orientação quanto à retenção dos tributos federais.
Nesta quinta-feira (5/11), a Comissão de Infraestrutura (CI), no Senado Federal, discutiu em Audiência Pública questões relevantes à legalização do setor de mineração brasileiro. Também foram pautadas sugestões de medidas para incentivar o consumo de cimento e a produção nacional de fertilizantes.
Além de senadores, estiveram presentes no encontro o diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Paulo Camilo Vargas; o presidente do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), Sérgio Maçães; e o diretor-executivo da Associação Nacional das Entidades de Produtores de Agregados para Construção Civil (ANEPAC), Fernando Mendes Valverde.
Segundo Paulo Vargas (IBRAM), o setor de mineração poderá retomar, a partir de 2011, o volume de exportações de minérios verificado antes da crise econômica. O senador Delcídio Amaral, no entanto, defendeu que o setor precisa da atuação de uma agência reguladora que acompanhe o mercado minerador e que agilize os procedimentos de licenciamento das lavras.
Já o senador Gilberto Goellner, membro da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), afirmou que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento deve finalizar os estudos sobre a localização de jazidas de potássio e que o Brasil necessita reduzir urgentemente sua dependência externa na área de fertilizantes, pois essa interfere diretamente no custo dos alimentos.
Atualmente, o país possui dificuldade para reduzir sua dependência externa de minérios e fertilizantes, uma vez que importa 70% do nitrogênio, 50% do fósforo e 90% do potássio utilizados no país.