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Audiência no Senado debate Plano Clima e alerta para riscos ao agro
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Audiência no Senado debate Plano Clima e alerta para riscos ao agro

Sistema OCB defendeu transparência e justiça na distribuição das metas de redução de emissões 

A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal promoveu, nesta quarta-feira (27), audiência pública para discutir os impactos do Plano Clima, política nacional que orientará as ações do Brasil no enfrentamento às mudanças climáticas até 2035. O debate reuniu representantes de órgãos governamentais, do setor produtivo e de entidades da sociedade civil, incluindo a participação de Leonardo Papp, consultor ambiental do Sistema OCB. 

Elaborado pelo governo federal, o Plano Clima está estruturado em propostas setoriais e temáticas que definem compromissos de mitigação e adaptação, em consonância com as metas assumidas pelo Brasil no Acordo de Paris. O país se comprometeu a reduzir em 53% as emissões de gases de efeito estufa (GEE) até 2030 e a alcançar a neutralidade climáticaAudiência no Senado debate Plano Clima e alerta para riscos ao agro até 2050. 

No entanto, a proposta de Plano Setorial de Agricultura e Pecuária tem gerado preocupação entre especialistas e representantes do setor produtivo. Isso porque atribui ao agro a maior parcela de responsabilidade pelas reduções de emissões — até 54% do total —, enquanto outros segmentos, como o de energia, chegam a ter permissões para ampliar emissões em até 44% no mesmo período. 

Segundo Leonardo Papp, essa desproporção ameaça a credibilidade e a efetividade da política. “Está no DNA do cooperativismo contribuir com o Brasil em sua prosperidade econômica, social e ambiental. O setor agropecuário é parte da solução climática, mas o Plano Setorial, da forma como está desenhado, acaba tratando-o como culpado”, afirmou. 

O consultor do Sistema OCB chamou atenção para dois pontos centrais. O primeiro diz respeito à inclusão, no balanço do agro, de emissões que não são de responsabilidade direta do setor, mas de políticas públicas governamentais. “Não podemos admitir que os produtores sejam responsabilizados por situações que fogem ao seu controle. Isso distorce os dados e amplia artificialmente a participação do setor nas metas”, criticou. 

O segundo ponto destacado foi a previsão de redução até mesmo da chamada “supressão legal” da vegetação — desmatamentos permitidos pela legislação — sem que haja garantias de instrumentos de incentivo, compensação ou recursos suficientes para apoiar o produtor rural. “Se queremos avançar, é fundamental que os instrumentos de valorização cheguem até quem preserva e mantém ativos ambientais dentro de sua propriedade. Do contrário, criamos obrigações sem oferecer condições reais para cumpri-las”, alertou Leonardo. 

O consultor ainda defendeu maior transparência no processo de elaboração do Plano Clima. Ele citou o uso de bases de dados não oficiais. Para ele, “qualquer compromisso internacional precisa estar ancorado em informações oficiais e auditáveis. Só assim teremos confiança e legitimidade para avançar”. 

Outro aspecto considerado essencial é a participação do Congresso Nacional na discussão e validação do Plano. Apesar de tratar de compromissos internacionais e de impor metas relevantes ao patrimônio nacional, o texto foi elaborado, conforme afirmou Papp, sem a presença efetiva do Legislativo. “Não é adequado que tamanhas responsabilidades sejam assumidas sem a devida deliberação democrática. O Parlamento precisa estar no centro desse debate”, reforçou. 

Ao final, Papp defendeu a criação de um plano setorial específico para tratar do desmatamento, dado o peso que o tema representa no cenário nacional e internacional. “Esse é um desafio que precisa ser tratado com a seriedade que merece, de forma separada e transparente, sem sobrecarregar injustamente um único setor econômico”, disse. 

A audiência pública contou também com representantes da Casa Civil, do Ministério do Meio Ambiente, do Ministério da Agricultura e Pecuária, do Ministério da Ciência e Tecnologia, da Embrapa e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)

O Sistema OCB tem atuado de forma articulada com as Frentes Parlamentares do Cooperativismo (Frencoop) e da Agropecuária (FPA), e com outras entidades do setor produtivo, para garantir que o Plano Clima seja justo, equilibrado e baseado em dados oficiais. Dentre as propostas prioritárias, estão a participação democrática, a valorização do agro como parte da solução climática e a criação e implementação de instrumentos econômicos verdes que apoiem os produtores no cumprimento das metas.

 

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Evento celebra Dia do Cooperativismo Feminino no Pará
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Evento celebra Dia do Cooperativismo Feminino no Pará

Mulheres do coop participaram de encontro virtual que celebrou conquistas e avanços 

O cooperativismo feminino ganhou destaque em um encontro virtual que reuniu lideranças, cooperadas e representantes do setor em alusão ao Dia do Cooperativismo Feminino no Pará, instituído pela Lei 9.107/2020. O evento ocorreu nesta terça-feira (26), com o objetivo de ampliar o alcance da celebração e valorizar conquistas históricas no movimento cooperativista feminino. 

A programação contou com momentos de reflexão sobre a trajetória feminina no cooperativismo, além de debates sobre desafios e oportunidades para aumentar a presença das mulheres em espaços de decisão. Para a analista da Gerência de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, Divani Ferreira, que representou a entidade no encontro, eventos como esse ajudam a manter viva a memória de marcos importantes e reforçam o protagonismo feminino noEvento celebra Dia do Cooperativismo Feminino no Pará setor. 

“O 14º Congresso Brasileiro do Cooperativismo marcou um divisor de águas: vimos o cooperativismo transformado pela força e voz das mulheres. E foi desse ambiente que nasceu o Comitê Nacional Elas pelo Coop, outra conquista significativa. Desde então, ganhamos espaço real para construir diretrizes, fomentar lideranças e consolidar nossa presença em todos os níveis do sistema”, afirmou. 

Divani ressaltou que o Comitê tem sido uma ferramenta estratégica para consolidar avanços: “O Elas pelo Coop trouxe representação institucional, intercooperação, elaboração de diretrizes e formação. É a partir desses eixos que as iniciativas vêm ganhando força — seja com a criação de comitês estaduais ou com a ampliação de programas que inspiram mais mulheres a ocuparem espaços de decisão.” 

Ainda segundo ela, a aprovação da Lei 9.107 no Pará é uma grande conquista para o cooperativismo feminino. “Ela simboliza o reconhecimento da nossa atuação e cria um espaço oficial para refletirmos sobre os desafios e avanços da participação das mulheres no movimento cooperativista”, concluiu a analista. 

Durante o encontro, o presidente da OCB/PA, Ernandes Rayol, fez questão de destacar a contribuição feminina para o crescimento e fortalecimento do movimento. “Parabéns a todas as mulheres cooperativistas do Pará e do Brasil. Sua força, competência e solidariedade sustentam o cooperativismo como projeto de vida e de futuro. Vocês são inspiração e motivação para que o sistema cresça com justiça, equidade e parceria. Este dia é todo de vocês — celebrado, vivido e construído por suas mãos”, declarou. 

Trajetória e conquistas 

O cooperativismo feminino no Brasil tem se fortalecido especialmente nas últimas décadas, fruto da mobilização das próprias cooperadas e do apoio institucional. A criação do Comitê Nacional Elas pelo Coop, em 2020, após o 14º Congresso Brasileiro do Cooperativismo, foi um marco nessa trajetória. O comitê estruturou diretrizes e abriu caminho para a formação de lideranças femininas, hoje presente em diversos estados. 

 Além de celebrar avanços, o encontro também lançou olhares para o futuro, com a apresentação de novas iniciativas de capacitação, fortalecimento de redes e incentivo à participação feminina em instâncias decisórias. 

O Dia do Cooperativismo Feminino no Pará é um chamado para que o cooperativismo continue a investir na equidade de gênero, garantindo que o movimento seja cada vez mais justo, plural e representativo. 

 

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Imprensa vivencia impacto do cooperativismo em preparação para a COP30
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Imprensa conhece o coop rumo à COP30

Jornalistas conheceram coops que unem desenvolvimento, inclusão social e preservação ambiental 

Impresa a caminho da visita na TuriarteImpresa a caminho da visita na TuriarteA Press Trip Coop na COP30, promovida pelo Sistema OCB, reuniu, entre os dias 17 e 21 de agosto, jornalistas de alguns dos principais veículos de comunicação do país em uma jornada pelo Pará, entre Santarém, Alter do Chão, Belém e Tomé-Açu. Durante cinco dias, a imprensa pôde vivenciar de perto o impacto do cooperativismo brasileiro em diferentes
setores da economia e compreender como esse modelo de negócios está na linha de frente das soluções para os desafios ambientais, sociais e econômicos globais. 

A iniciativa integrou as ações preparatórias do Sistema OCB para a COP30, que acontece em novembro, em Belém, e coincide com a celebração de 2025 como Ano Internacional das Cooperativas. Segundo a gerente de Marketing eImprensa vivencia impacto do cooperativismo em preparação para a COP30Produtos cooperativos Comunicação da entidade, Samara Araujo, oferecer essa imersão à imprensa cumpriu um papel fundamental ao aproximar o jornalismo das histórias reais do setor.  

“Queríamos mostrar que o cooperativismo brasileiro não é apenas um modelo de negócios, mas uma forma de transformar comunidades, gerar renda digna e preservar o meio ambiente. Cada visita foi uma oportunidade de revelar histórias inspiradoras, que agora ganharão ainda mais visibilidade e contribuirão para expandir o reconhecimento do modelo de negócios junto à sociedade”, afirmou.  

Instalações da COP30Instalações da COP30Samara também destacou o papel estratégico da imprensa na ampliação dessa mensagem. “O jornalismo tem o poder de ampliar vozes e conectar pessoas. Ao vivenciarem o cotidiano das cooperativas, os repórteres puderam perceber que soluções locais já estão acontecendo, com potencial de serem replicadas em todo o mundo. Essa experiência certamente resultará em narrativas mais fortes, humanas e transformadoras antes, durante e depois da COP30”.  

 


Turismo e artesanato na Turiarte
 

Artesanato produzido na TuriarteArtesanato da TuriarteA cooperativa Turiarte, especializada em turismo de base comunitária e artesanato autêntico da Amazônia foi a primeira a ser visitada pelo grupo. Localizada as margens do Rio Arapiuns, no Distrito de Alter do Chão, em Santarém, a 1,2 mil quilômetros a oeste de Belém (PA), ela oferece uma vivência única na comunidade de Anã, com um roteiro que inclui experiências em psicultura e melicultura.  

Extração de melExtração de melOs cooperados da cooperativa simbolizam o poder dos povos da Amazônia com a produção de cerca de mil peças decorativas por mês, que utilizam a palha seca do tucumã e se transformam em mandalas, porta-copos, sousplats e cestos, entre outros objetos. A coloração é feita com tinta de sementes e plantas encontradas no próprio local como açafrão, jenipapo e urucum, entre outros. Outros cooperados atuam na psicultura, na produção do mel proveniente de abelhas sem ferrão e como guias nas rotas de turismo que mostram o cotidiano da comunidade.  

 

 
Bioeconomia e agroflorestas na Camta 

Visita ao Sistema SAF Dendê na propriedade do cooperado Ernesto SuzukiVisita ao Sistema SAF DendêEm Tomé-Açu, os jornalistas conheceram a trajetória da Camta, cooperativa agroindustrial com quase um século de história. Reconhecida internacionalmente, ela é referência no uso de sistemas agroflorestais (SAFs), que conciliam produção agrícola com conservação ambiental. A Camta exporta frutas tropicais e derivados para Europa, Ásia e América do Norte, levando a marca da Amazônia para o mundo com rastreabilidade e compromisso socioambiental. O modelo adotado recupera áreas degradadas, protege a biodiversidade e assegura renda a centenas de agricultores familiares. 

Frutos colhidos no Sistema SAF DendêFrutos colhidos no Sistema SAF DendêAs visitas incluíram as propriedades dos cooperados Ernesto Suzuki,  Kazoburo e Armando Mineshita. Na primeira foi possível conhecer as propriedades do SAF Dendê, que cria condições ideais para a produção da planta em conjunto com outras culturas como o cacau e o açaí de forma sustentável e sem degradação da floresta. Já na segunda, o Sistema Agroflorestral de Tomé-Açu, o Safta, foi o destaque. Nele, várias culturas também são desenvolvidas em conjunto, criando um microclima diferenciado e que mantém a floresta em pé, gera renda perene e garante a prosperidade dos produtores envolvidos.  


Inclusão social e reciclagem na Concaves
 

Débora Bahia, presidente da ConcavesDébora Bahia, presidente da ConcavesNa capital paraense, a Concaves, cooperativa formada por catadores de materiais recicláveis que se consolidou como exemplo de economia solidária e inclusão socioprodutiva, apresentou como a união e o trabalho coletivo contribuíram para transformar a vida de seus cooperados. A atuação da cooperativa envolve a coleta seletiva, triagem e comercialização de resíduos, garantindo renda digna a trabalhadores que antes viviam na informalidade. Além disso, a cooperativa será uma das responsáveis pela coleta seletiva de parte dos resíduos da COP30, reforçando o protagonismo dos catadores na construção de cidades mais sustentáveis. 

 

 

Crédito cooperativo como motor de desenvolvimento 

Imprensa acompanha apresentação das coops de créditoImprensa acompanha apresentação das coops de créditoA imersão também apresentou experiências de cooperativas de crédito — Sicredi, Sicoob e Cresol — que vêm ampliando o acesso a serviços financeiros em regiões antes desassistidas. Essas cooperativas reinvestem seus resultados nas próprias comunidades, gerando um ciclo virtuoso de desenvolvimento local. No Pará, sua atuação têm fortalecido agricultores familiares, empreendedores e comunidades tradicionais, oferecendo crédito acessível, educação financeira e projetos sociais. 


Coop como resposta global
 

Com mais de 4,3 mil cooperativas, 25,8 milhões de cooperados e cerca de 578 mil empregos diretos, o cooperativismo brasileiro se apresenta como uma força capaz de aliar crescimento econômico à preservação ambiental e à inclusão social. Ao abrir suas portas à imprensa nacional, o Sistema OCB reforçou a mensagem de que o setor está pronto para contribuir de forma ativa e concreta com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e com a agenda climática global. 

A Press Trip Coop na COP30 demonstrou, na prática, que o coop brasileiro é feito de histórias reais, de gente que transforma seu território e projeta o Brasil como referência mundial em desenvolvimento sustentável. 

Fotos: Cleyton Silva

 

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Sistema OCB debate com Mapa reabertura de mercados e tarifas dos EUA
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Sistema OCB debate com Mapa reabertura de mercados e tarifas dos EUA

Reunião abordou suspensão da China à carne de frango e impactos tarifários na piscicultura

O Sistema OCB realizou, nesta terça-feira (19), reunião com o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, e Carlos Goulart, secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O encontro teve como foco a defesa dos interesses das cooperativas agropecuárias, em especial diante da suspensão das exportações de carne de frango para a China e das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre o pescado brasileiro, com forte impacto na cadeia da piscicultura do Paraná.

O encontro reuniu dirigentes cooperativistas para discutir alternativas que garantam previsibilidade e estabilidade aos produtores. A pauta foi marcada por dois pontos centrais: a reabertura do mercado chinês para a carne de frango e a avaliação das medidas norte-americanas, que afetam diretamente a competitividade da tilápia brasileira.

Embargo chinês ao frango brasileiro

As vendas de carne de frango para a China foram suspensas após a confirmação de um foco de gripe aviária em Montenegro (RS), em maio deste ano. Embora o Brasil tenha seguido todos os protocolos internacionais de biossegurança, as autoridades chinesas solicitaram informações adicionais sobre a situação sanitária no país.

Enquanto as tratativas avançam, os prejuízos já são significativos. Entre janeiro e julho, o Brasil exportou 228,7 mil toneladas de carne de aves para a China, uma queda de 32,2% em relação ao mesmo período de 2024. Desde a adoção do embargo, o recuo acumulado nas exportações já supera 200%.

Piscicultura pressionada pelas tarifas dos EUA

Outro ponto central da reunião foi a taxação dos pescados brasileiros pelos Estados Unidos. Em 2024, o país norte-americano absorveu 89% das exportações nacionais, sendo o Paraná responsável por 64% da produção, com forte participação das cooperativas.

A medida afeta de forma mais intensa os pequenos produtores, que enfrentam dificuldade para escoar sua produção e ameaças concretas à viabilidade econômica da atividade. O bloqueio do mercado europeu desde 2017 agrava o cenário e reforça a necessidade de diversificação dos destinos internacionais.

Durante a reunião, o secretário Luis Rua esclareceu que, no caso do pescado, o MAPA está focado exclusivamente na busca por novos mercados para escoar a produção brasileira. As tratativas diretas com os Estados Unidos, por sua vez, estão sob responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), conduzidas pelo vice-presidente Geraldo Alckmin.

Segundo a superintendente do Sistema OCB e presidente do Instituto Pensar Agropecuária (IPA), Tania Zanella, o papel do cooperativismo é essencial para manter a competitividade e a sustentabilidade da produção nacional. “Estamos trabalhando junto ao governo federal para assegurar que nossos produtores tenham condições justas de competir no mercado internacional. No caso do frango, é fundamental que as negociações avancem com a China para que possamos retomar rapidamente o fluxo de exportações. Já no pescado, precisamos de alternativas urgentes que evitem prejuízos irreversíveis para a cadeia produtiva, especialmente no Paraná, onde as cooperativas são protagonistas”, afirmou.

 

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STF confirma constitucionalidade da exigência de registro de cooperativas na OCB
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STF confirma constitucionalidade da exigência de registro de cooperativas na OCB

O Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu, por unanimidade, a constitucionalidade da exigência de registro das cooperativas na Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) ou na respectiva organização estadual como condição para inscrição no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC), da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

O julgamento do Agravo em Recurso Extraordinário nº 1.280.820/DF foi finalizado em 8 de agosto, no Plenário Virtual da 2ª Turma do STF. O acórdão acaba de ser publicado, no início desta semana.

Os ministros do STF confirmaram a validade do artigo 107 da Lei nº 5.764/1971, que determina o registro das cooperativas na OCB ou em entidade estadual.

Relator do processo, o Ministro Gilmar Mendes destacou que a exigência de registro na OCB não viola a liberdade de associação, mas se insere no dever estatal de fomentar e estruturar o cooperativismo, previsto no art. 174, § 2º, da Constituição Federal.

Segundo ele, o registro funciona como instrumento de organização, governança e transparência, permitindo articulação institucional e interlocução qualificada das cooperativas com o Estado e com a sociedade.

A OCB atuou no processo como amicus curiae, fornecendo informações relevantes sobre a estrutura e funcionamento do sistema cooperativista brasileiro. Os dados da atuação do Sistema OCB foram expressamente mencionados pelo Ministro relator em seu voto, reforçando a importância do registro como mecanismo de representação institucional das cooperativas.

O Sistema OCB agora aguarda o trânsito em julgado da decisão, momento que ocorre quando a decisão se torne definitiva.

Para acessar o acórdão na íntegra, clique aqui.

 

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ANTT e cooperativas de transporte e Agro avançam em soluções para multas
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ANTT e cooperativas de transporte e Agro avançam em soluções para multas

Reunião com a agência debateu segurança jurídica e prazos para defesa administrativa 

Na tarde desta quinta-feira (14), o superintendente de Transporte Rodoviário de Cargas e Multimodal da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), José Aires Amaral Filho,  participou de reunião virtual com representantes do cooperativismo de transporte e agropecuário para uma reunião considerada produtiva e estratégica. 

O encontro teve como pauta central as multas aplicadas às cooperativas, com discussões que abrangeram desde a legalidade das autuações até a necessidadeANTT e cooperativas de transporte e Agropecuárias avançam em soluções para multas de ajustes nas sistemáticas operacionais e a definição de prazos adequados para apresentação de defesas administrativas. 

A agenda integra o plano de trabalho do Ramo Transporte do Sistema OCB e atende a uma deliberação da última reunião do Conselho Consultivo do setor. Participaram virtualmente representantes de cooperativas de transporte e de Organizações Estaduais do Sistema OCB que reforçaram a importância de garantir segurança jurídica e tratamento justo às cooperativas diante das autuações. 

Também esteve presente representantes de cooperativas agropecuárias ampliando o diálogo entre diferentes ramos do cooperativismo. Além disso, demandas encaminhadas por e-mail e ofícios por cooperativas  foram debatidas e registradas, reforçando o alcance nacional da pauta. 

Segundo Tiago Barros, analista técnico da Gerência de Relações Institucionais do Sistema OCB, o espaço de diálogo com a ANTT foi fundamental para alinhar entendimentos e buscar soluções viáveis. “A possibilidade de apresentar defesas administrativas dentro de um prazo razoável é essencial para assegurar a ampla defesa e o contraditório, pilares do devido processo legal. É um avanço importante para que as cooperativas tenham previsibilidade e segurança jurídica”, destacou. 

Dentre os temas discutidos e que trazem situações problemáticas relacionadas a autuações aplicadas às cooperativas, muitas das vezes indevida, ainda foram discutidas questões referentes ao Pagamento Eletrônico de Frete (PEF), especificamente relacionados ao Código de Identificação da Operação do Transporte (CIOT) e a Política Nacional de Pisos Mínimos do Frete. 

O encontro evidenciou ainda o compromisso da ANTT em ouvir o setor e trabalhar conjuntamente por um ambiente regulatório mais equilibrado. “A construção de soluções conjuntas fortalece a relação entre o órgão regulador e as cooperativas, permitindo que a fiscalização cumpra seu papel sem prejudicar a operação de quem atua dentro da lei”, completou Barros. 

As tratativas sobre o tema continuarão ao longo do ano, com o objetivo de consolidar avanços e aperfeiçoar a relação entre cooperativas e fiscalização do setor. 

 

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Banco Central: Sistema OCB reforça temas de interesse do Ramo Crédito
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Banco Central: Sistema OCB reforça temas de interesse do Ramo Crédito

Encontro com o presidente da entidade tratou de temas de grande impacto para o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) 

O Sistema OCB se reuniu, nesta quinta-feira (14), com o presidente do Banco Central do Brasil, Gabriel Galípolo, para debater temas estratégicos da agenda regulatória do cooperativismo de crédito. O encontro reforçou a parceria histórica entre a entidade e a autoridade monetária, mantida desde 2010 por meio de um Acordo de Cooperação Técnica que já proporcionou avanços significativos no marco regulatório do setor. 

Durante a reunião, foram abordados três pontos de grande relevância: a solicitação de flexibilizações na aplicação da Resolução CMN nº 4.966/2021; os impactos da aplicação das exigibilidades sobre depósito à vista para cooperativas; e a atualização das regras de captação de recursos de entes públicos municipais. 

Segundo Tania Zanella, Superintendente do Sistema OCB, a interlocução com o Banco Central é fundamental para garantir um ambiente regulatório equilibrado. “O cooperativismo de crédito tem características próprias que precisam ser consideradas nas normas. Nosso objetivo é assegurar que a regulação preserve a solidez do sistema sem comprometer a capacidade de oferecer crédito em condições mais justas para os cooperados”, destacou. 

Ajustes regulatórios 

O Sistema OCB apresentou ao Banco Central, em junho deste ano, um conjunto de medidas de transição para suavizar os impactos da Resolução CMN nº 4.966/2021, que trata das regras de classificação e provisionamento de operações de crédito.  

“A aplicação integral e imediata dessas exigências pode elevar o custo do crédito e reduzir o apetite das cooperativas para financiar setores estratégicos, como o rural. As medidas que sugerimos permitem uma adaptação gradual, sem comprometer a saúde financeira das instituições”, explicou Borba. 

Exigibilidades sobre depósitos à vista 

Outro ponto discutido foi a aplicação das Resoluções CMN nº 5.210/2025,  nº 5.216/2025 e nº 5.227/2025, que tratam das exigibilidades sobre recursos à vista. 

A entidade propõe que a dedução de R$ 500 milhões da base de cálculo seja feita por cooperativa singular e não de forma consolidada por sistema, para evitar distorções e falta de isonomia.  

Captação de recursos municipais 

O terceiro tema em pauta foi a necessidade de atualizar as regras para captação de recursos de entes públicos municipais pelas cooperativas de crédito, regulamentada pela Resolução CMN nº 5.051/2022. A proposta do Sistema OCB busca flexibilizar limites prudenciais, ampliando a capacidade das cooperativas de utilizar esses depósitos para fomentar a economia local. 

“A captação municipal é uma ferramenta poderosa para gerar um círculo virtuoso de desenvolvimento. Os recursos ficam na própria comunidade, transformando-se em crédito, emprego, renda e novas oportunidades”, ressaltou Tania. 

A ampliação dos limites de captação, segundo estimativas da entidade, poderia gerar um funding adicional de até R$ 38 bilhões para o setor. Isso permitiria, por exemplo, abrir novos postos de atendimento, ampliar programas e investir em iniciativas de interesse comunitário, em consonância com os princípios cooperativistas. 

 

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Sistema OCB apresenta sugestões do agro ao ministro Carlos Fávaro
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Sistema OCB apresenta sugestões do agro ao ministro Carlos Fávaro

Reunião com a FPA discutiu ajustes no Plano Clima para garantir equilíbrio e justiça ao setor 

O Sistema OCB participou, nesta quarta-feira (13), de uma reunião junto à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e ao Instituto Pensar Agro (IPA) com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, para debater os pontos críticos do Plano Setorial de Agricultura e Pecuária, parte integrante do Plano Clima do governo federal. O encontro reuniu lideranças políticas, parlamentares e representantes de entidades do setor para alinhar contribuições que garantam maior equilíbrio na distribuição de responsabilidades climáticas entre os setores produtivos e preservem a competitividade do agronegócio brasileiro no cenário internacional. 

A superintendente do Sistema OCB e presidente do IPA, Tania Zanella, destacou a importância do diálogo para corrigir distorções que, segundo ela, comprometem a justiça e a efetividade do plano. “O Brasil pode e deve liderar a agenda climática mundial, mas é fundamental que as metas sejam construídas com base em dados transparentes, que reconheçam o papel do produtor rural na preservação ambiental e não penalizem quem cumpre a lei”, afirmou. 

O Plano Clima, política nacional que orientará o país no enfrentamento às mudanças climáticas até 2035, prevê ações de mitigação e adaptação em diversos setores da economia. A proposta, em consulta pública, atribui ao setor agropecuário a maior carga de obrigações — redução de até 54% das emissões de gases de efeito estufa (GEE) — enquanto o setor de energia, por exemplo, poderá aumentar suas emissões em até 44% no mesmo período. 

Outro ponto de preocupação é a inclusão, no cálculo de emissões atribuídas ao agro, de áreas e atividades que não estão sob responsabilidade direta do produtor rural, como assentamentos da reforma agrária, comunidades tradicionais, unidades de conservação e áreas suprimidas em conformidade com o Código Florestal. Segundo o levantamento apresentado pela FPA e pelo IPA, mais de 55% das emissões imputadas ao setor advêm de desmatamento, superando as emissões efetivas da produção agropecuária. 

As entidades também alertam que o plano ignora importantes ativos ambientais mantidos pelo setor, como áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente, além de práticas produtivas sustentáveis que removem grandes quantidades de carbono, como sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta, biocombustíveis e bioinsumos. “Não reconhecer e valorizar esses ativos é desconsiderar o esforço de milhares de produtores que preservam e inovam para produzir com sustentabilidade”, reforçou Tania Zanella. 

Entre as propostas levadas ao ministro Fávaro, estão a criação de um plano setorial específico para o desmatamento, a inclusão das remoções de GEE das propriedades privadas no balanço oficial, a garantia de incentivos e recursos para reduzir a supressão legal de vegetação e o uso exclusivo de dados oficiais e auditáveis na definição de metas. Além disso, o setor reivindica a participação efetiva do Congresso Nacional na formulação e aprovação das diretrizes, garantindo legitimidade e respaldo democrático às decisões. 

Para Tania, o alinhamento entre sustentabilidade e produção é possível e estratégico. “A transição para uma economia de baixo carbono precisa andar de mãos dadas com a segurança alimentar, a geração de renda e a competitividade. O produtor rural brasileiro já é parte da solução climática — e é isso que precisa ficar claro nas políticas públicas”, concluiu. 

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Sistema OCB  integra campanha pela inclusão produtiva de jovens
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Sistema OCB integra campanha pela inclusão produtiva de jovens

Ação nacional visa mudar a forma como a sociedade enxerga a juventude no mercado de trabalho 

O Sistema OCB participou, nesta terça-feira (12) do lançamento da campanha nacional Espelhos: sobre a inserção de jovens no mercado de trabalho. A iniciativa fez parte das comemorações do Dia Internacional da Juventude e integra as ações do Pacto Nacional pela Inclusão Produtiva das Juventudes. O movimento reúne governo, empresas, organismosSistema OCB  integra campanha pela inclusão produtiva de jovens internacionais e entidades representativas em torno de um objetivo comum: promover, até 2030, a inclusão produtiva de jovens em situação de vulnerabilidade, conectando-os a oportunidades de formação, emprego e empreendedorismo.  

O evento ocorreu no auditório do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em Brasília, com transmissão ao vivo pelo YouTube. Representantes de diversos setores estiveram presentes, incluindo o ministro Luiz Marinho, lideranças da Organização Internacional do Trabalho (OIT)Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Pacto Global – Rede Brasil

O papel do Sistema OCB no Pacto 

O Sistema OCB é membro ativo do Comitê Gestor do Pacto e contribui diretamente para ampliar as oportunidades para a juventude por meio de ações de formação e disseminação de conhecimento sobre o cooperativismo. No ambiente virtual do Pacto a instituição disponibiliza, na Biblioteca, materiais especialmente elaborados para três públicos estratégicos: 

  • Jovens: conteúdos que apresentam o cooperativismo como modelo econômico e social capaz de gerar trabalho decente, renda e protagonismo. 

  • Entidades formadoras: orientações e ferramentas para preparar a juventude para ingressar e prosperar no mercado de trabalho cooperativista. 

  • Cooperativas: informações e boas práticas para integrar jovens aos seus quadros e ampliar sua participação na gestão e nas operações. 

Além disso, estão disponíveis links para cursos gratuitos e de fácil acesso por meio da plataforma CapacitaCoop, que oferece trilhas de aprendizado sobre temas como gestão, inovação e desenvolvimento pessoal, sempre com foco no fortalecimento do modelo cooperativista. 

Para Bruno Vasconcelos, coordenador de Relações Trabalhistas e Sindicais da CNCoop, a participação no Pacto é uma oportunidade de mostrar como o cooperativismo pode ser protagonista na geração de oportunidades para a juventude. “O cooperativismo tem capacidade de unir desenvolvimento econômico e impacto social. Ao oferecermos formação e conteúdo de qualidade, mostramos para os jovens que é possível construir carreiras sólidas e, ao mesmo tempo, contribuir para comunidades mais justas e colaborativas”, afirmou.  

Já Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, destacou o valor estratégico dessa atuação. “Estar no Comitê Gestor do Pacto nos permite levar a perspectiva cooperativista para um espaço onde políticas e ações para a juventude estão sendo desenhadas. Ao compartilhar nossos materiais e cursos, oferecemos ferramentas concretas para que jovens, cooperativas e entidades de ensino transformem potencial em oportunidade real”. 

Campanha Espelhos: mudar o olhar sobre a juventude 

A campanha lançada hoje é um dos braços mais visíveis do Pacto. A Espelhos foi desenvolvida para provocar uma mudança de percepção da sociedade em relação aos jovens, desconstruindo estereótipos e destacando exemplos positivos de inserção produtiva. A mensagem central busca demonstrar que quando recebem apoio e acesso a oportunidades, os jovens podem contribuir de forma decisiva para o desenvolvimento do país. 

 

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Sistema OCB e MME discutem políticas públicas para o setor mineral
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Sistema OCB e MME discutem políticas públicas para o setor mineral

Entidade busca articulação com MME como estratégia para o fortalecimento das cooperativas minerais junto a outros órgãos

O Sistema OCB se reuniu, nesta quinta-feira (7), com a secretária nacional de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia (MME), Ana Paula Bittencourt, para apresentar os principais pleitos das cooperativas minerais organizadas no entidade. O encontro teve como foco o fortalecimento institucional do setor, com ênfase na construção de uma agenda conjunta voltada à segurança jurídica, desenvolvimento sustentável e valorização da pequena mineração legal no Brasil. 

A reunião marcou mais um passo na atuação institucional do Sistema OCB junto ao poder público para garantir condições adequadas à operação das cooperativas minerais, que desempenham um papel estratégico na formalização da atividade garimpeira, no desenvolvimento de comunidades locais e na geração de renda em áreas remotas do país. 

Atualmente, o Sistema OCB representa 82 cooperativas minerais, que reúnem mais de 38 mil cooperados em diversos estados e que atuam com diferentes substâncias minerais. Apenas em 2024, essas cooperativas comercializaram cerca de 6,9 milhões de toneladas de minérios, entre ouro, estanho, quartzo, calcário, tântalo, argila, diamante e areia. O setor também é responsável pela arrecadação de R$ 34,8 milhões em Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), contribuindo diretamente com os cofres públicos. 

Agenda cooperativista Sistema OCB e MME discutem políticas públicas para o setor mineral

Durante o encontro, a OCB apresentou quatro eixos prioritários para o avanço do setor: 

  • Construção conjunta de políticas públicas específicas para a mineração de pequeno porte, com foco na realidade das cooperativas e dos garimpos legais; 

  • Protocolo de fiscalização específico para o garimpo legal, com diferenciação clara em relação às operações ilegais; e 

  • Apoio à rastreabilidade do ouro, para assegurar a comercialização de forma transparente e segura. 

A analista técnica do Sistema OCB, representante do segmento mineral, Letícia dos Reis Monteiro, reforçou o compromisso do cooperativismo com a legalidade e a sustentabilidade na mineração. “As cooperativas são a principal via de formalização do garimpo no Brasil. Elas atuam com responsabilidade, geram oportunidades e promovem o desenvolvimento onde o Estado muitas vezes não chega. Mas, para isso, precisam de segurança jurídica e de políticas públicas que respeitem suas especificidades”, afirmou. 

Ainda segundo ela, o objetivo do cooperativismo é construir, junto ao Ministério, um ambiente regulatório que reconheça o potencial transformador da mineração cooperativa, que contribui com arrecadação, geração de renda e inclusão social. 

Diálogo com o governo 

A secretária Ana Paula Bittencourt, com trajetória sólida nas áreas jurídica e econômica, ouviu atentamente as demandas apresentadas e demonstrou abertura para a construção de soluções conjuntas. O Sistema OCB propôs o estabelecimento de uma agenda técnica permanente com a Secretaria Nacional de Mineração, como forma de garantir continuidade aos diálogos e avanços nas pautas prioritárias do setor. 

Durante a reunião, também foi possível apresentar as principais demandas das cooperativas minerais no que se refere à interlocução com outros órgãos do governo, em especial os de fiscalização. O Ministério demonstrou disposição em acompanhar a entidade  em reuniões com essas instituições, com o objetivo de promover uma aproximação que permita maior compreensão sobre o modelo de negócios do movimento.  

Além disso, foi proposta a retomada de um acordo de cooperação técnica entre o Ministério e o Sistema OCB, com o propósito de atuar conjuntamente na formulação de políticas públicas que fortaleçam o setor cooperativista mineral. 

Entre os temas destacados, a rastreabilidade do ouro foi apontada como uma das principais preocupações das cooperativas, que têm enfrentado dificuldades para comercializar o produto mesmo quando operam dentro da legalidade. O Sistema OCB defendeu que as futuras regulamentações sobre o tema devem preservar o direito à liberdade econômica, respeitar os modelos associativos e evitar medidas que penalizem as operações legais — muitas vezes tratadas de forma indistinta em relação ao garimpo ilegal. 

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Nova lei permite que coops recebam recursos para inovação e tecnologia
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Nova lei permite que coops recebam recursos para inovação e tecnologia

Acesso aos recursos do FNDCT é mais uma vitória histórica para investimentos em pesquisa e projetos 

O cooperativismo brasileiro alcançou, nesta segunda-feira (4/8), uma conquista histórica na área de ciência, tecnologia e inovação. O presidente da República sancionou o Projeto de Lei nº 847/2025, que garante às cooperativas o acesso direto ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), principal instrumento de financiamento de pesquisas e projetos de inovação do país. 

A mudança corrige uma lacuna antiga na legislação. Até então, mesmo com grande potencial inovador, as cooperativas não podiam acessar diretamente os recursos do Fundo devido a entraves jurídicos. Com a nova lei, elas passam a ter o mesmo direito que empresas, universidades e institutos de pesquisa já possuíam, fortalecendo sua capacidade de investir em soluções tecnológicas e ampliar a competitividade em diferentes setores da economia. 

A cerimônia de sanção contou com a presença da superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, que acompanhou de perto toda a tramitação da proposta no Congresso Nacional. O avanço é resultado de uma articulação conjunta entre o Sistema OCB e a senadora Tereza Cristina (MS), vice-presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), autora da emenda que incluiu formalmente as cooperativas como beneficiárias do Fundo. O relatório final foi elaborado pelo senador Rogério Carvalho (SE), que acatou a proposta e defendeu a relevância do setor para o desenvolvimento econômico.  

 “Essa conquista abre portas para o futuro. As cooperativas brasileiras têm enorme capacidade de gerar soluções inovadoras, seja no agro, na saúde, na energia ou no crédito. Agora,Nova lei permite que coops recebam recursos para inovação e tecnologia                                                 Foto: Ricardo Stuckert / PR com acesso direto ao FNDCT, teremos mais condições de transformar ideias em projetos concretos, que impactam a vida de milhões de brasileiros. Hoje, somos 25,8 milhões de cooperados em 4.384 cooperativas, e essa nova política pública será um marco para que possamos investir ainda mais em tecnologia, gerar produção sustentável e fortalecer o setor em todo o país”, destacou Tania. 

O trabalho para viabilizar a aprovação do PL 847/2025 envolveu meses de diálogo com parlamentares e órgãos do governo. Um dos principais desafios foi superar a interpretação jurídica que excluía as cooperativas dos beneficiários do FNDCT.  

Com a lei em vigor, o próximo passo será a regulamentação. O Sistema OCB já iniciou conversas com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) para assegurar que o novo dispositivo seja implementado de forma eficiente e permita que as cooperativas apresentem projetos de maneira ágil e com segurança jurídica. 

O acesso ao FNDCT é especialmente relevante para o setor cooperativista em áreas estratégicas. Na agroindústria, por exemplo, os recursos poderão apoiar o desenvolvimento de tecnologias voltadas à produção sustentável, rastreabilidade e modernização de processos. No Ramo Saúde, as cooperativas médicas poderão investir em telemedicina, equipamentos avançados e integração digital de serviços. Já as cooperativas de crédito poderão aprimorar plataformas tecnológicas e criar soluções para inclusão financeira. 

“Estamos diante de uma conquista que beneficia as cooperativas e o Brasil como um todo. A inovação com base em modelos colaborativos é um caminho para gerar desenvolvimento econômico com sustentabilidade e inclusão social”, finalizou a superintendente. 

 
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Sistema OCB participa de reunião com Alckmin sobre tarifas dos EUA
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Sistema OCB participa de reunião com Alckmin sobre tarifas dos EUA

 Encontro discutiu medidas para reduzir impactos da nova alíquota americana 

O governo federal intensificou o diálogo com representantes do setor produtivo para enfrentar os impactos das tarifas de importação que os Estados Unidos passarão a aplicar sobre produtos brasileiros. Na tarde desta segunda-feira (4), o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, recebeu lideranças empresariais e de entidades setoriais em Brasília. O Sistema OCB esteve presente na reunião, representado pelo Coordenador do Ramo Agro, João José Prieto. 

O encontro teve como foco a busca por soluções para minimizar os efeitos da alíquota de 50% anunciada pelos EUA, que começa a valer nesta quarta-feira (6). A medida atingeSistema OCB participa de reunião com Alckmin sobre tarifas dos EUA produtos estratégicos da pauta exportadora brasileira, como frutas, peixes, café e mel, segmentos nos quais as cooperativas agropecuárias têm participação relevante e direta.

“O momento exige união e agilidade. O Sistema OCB está mobilizado para contribuir com soluções que protejam nossos produtores e cooperativas”, afirmou Prieto durante o encontro. 

As cooperativas produzem e também exportam diretamente, gerando divisas, empregos e desenvolvimento regional. Segundo Prieto, medidas que preservem esse fluxo são fundamentais para evitar prejuízos à economia de centenas de municípios dependentes da atividade agroexportadora. 

 

Diálogo permanente 

Desde o anúncio da medida, o comitê criado pelo governo para tratar do tema já realizou 25 reuniões, envolvendo cerca de 200 representantes de mais de 120 empresas e entidades. A estratégia é coordenar ações que envolvam negociações diplomáticas, medidas de mitigação econômica e diversificação de mercados para os produtos brasileiros. 

“As cooperativas são relevantes na exportação de produtos estratégicos para o Brasil. Por isso, participar dessas discussões é essencial para que o setor seja considerado na construção de soluções, tanto para minimizar prejuízos quanto para aproveitar novas oportunidades”, completou João Prieto. 

Apesar do cenário adverso, o governo destacou avanços recentes em outros mercados. No mesmo dia em que os EUA confirmaram as tarifas, a China autorizou a habilitação de 183 novas empresas brasileiras de café, com validade de cinco anos. Embora a participação chinesa ainda seja modesta – seis vezes menor que a dos americanos –, a abertura oferece oportunidades para diversificação e redução da dependência de um único destino. 

Com a proximidade da entrada em vigor das tarifas, o Sistema OCB seguirá articulado com o governo federal e demais entidades representativas para garantir que o cooperativismo seja ouvido nas decisões estratégicas. 

A reunião também contou com lideranças de associações de diferentes cadeias produtivas, como carnes, frutas, pescados, móveis, curtumes, madeira processada e café.  

 
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Campa SomosCoop: histórias mostram como o coop muda vidas no Brasil
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Bora Cooperar? 27 histórias mostram como o coop muda vidas no Brasil

Segunda fase da campanha SomosCoop traz um case inédito por dia em agosto  

Durante todo o mês de agosto, o Sistema OCB vai apresentar 27 histórias reais de cooperativas, uma de cada estado brasileiro, na segunda fase da Campanha SomosCoop. A ação evidencia como o modelo de negócios cooperativista gera oportunidades, fortalece comunidades e transforma a vida das pessoas, mostrando na prática o impacto da cooperação no país. 


O
Brasil que coopera 

Os vídeos capturam histórias diversas: cooperativas que impulsionam a economia local, profissionais da saúde e da educação que se unem para oferecer serviços de qualidade, agricultores familiares que encontraram na união uma forma de crescer de forma sustentável, e empreendimentos coletivos que valorizam a cultura e geram oportunidades. Bora Cooperar? 27 histórias mostram como o coop muda vidas no Brasil

Para Samara Araujo, gerente de Marketing e Comunicação do Sistema OCB, o objetivo dessa fase é tornar visível o impacto real do cooperativismo na vida das pessoas.

“Queremos mostrar na prática como ele transforma realidades. Cada história apresentada é uma prova de que, quando cooperamos, todos prosperam”, destaca. 

No primeiro semestre, o SomosCoop lançou a fase inicial da campanha, com forte apelo inspiracional, convidando a sociedade a refletir sobre os impactos da cooperação com o mote Bora Cooperar por um mundo melhor?

Agora, o movimento avança para o momento de evidenciar resultados concretos. A cada episódio, o público vai conhecer pessoas que encontraram no cooperativismo soluções para desafios econômicos e sociais, reforçando que a cooperação é um modelo de negócios que coloca as pessoas no centro das decisões. 

 

Sustentabilidade

E vem mais por aí! A terceira fase da campanha já está em preparação e vai mostrar como as cooperativas transformam seus valores em ações que impactam positivamente o planeta e as comunidades.

O foco será em práticas ligadas à sustentabilidade e ao ESG, em sintonia com a agenda global e com a proximidade da COP30, reforçando que cooperar também é um caminho para construir um futuro melhor. 

Essas histórias também conectam a campanha aos números do AnuárioCoop 2025, lançado nesta quinta-feira (31) pelo Sistema OCB, que mostra a força do cooperativismo brasileiro: mais de 25,8 milhões de cooperados, presença em 64% do território nacional e atuação em oito ramos de atividade, que vão do agro à saúde, passando por crédito, transporte, infraestrutura, seguros, trabalho e consumo.

“A campanha une dados e emoção. O anuário mostra a dimensão do cooperativismo no Brasil, e as histórias traduzem isso em rostos, ações e impactos reais nas comunidades”, reforça Samara. 


Interação
 

O público poderá acompanhar diariamente os episódios em formatos curtos e envolventes, pensados para mostrar o cotidiano das cooperativas e como elas impactam positivamente a vida de milhões de brasileiros. Além de assistir, quem acompanha o movimento poderá compartilhar as histórias e ampliar a mensagem da campanha. 

“O cooperativismo é feito por pessoas e para pessoas. Quando mostramos histórias reais, aproximamos o público e convidamos cada brasileiro a fazer parte dessa transformação. Esse é o espírito do ‘Bora Cooperar’”, conclui Samara Araújo. 

 

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IFWY: juventude das Américas se une para influenciar agenda global
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IFWY: juventude das Américas se une para influenciar agenda global

Encontro reuniu jovens latino-americanos e caribenhos para debater desenvolvimento social  

O cooperativismo brasileiro teve papel de destaque no Encontro Regional das Américas do Fórum Internacional Nós, a Juventude (IFWY), realizado em São Paulo nos dias 28 e 29 deIFWY: juventude das Américas se une para influenciar agenda global julho. O evento foi promovido pelo Instituto de Pesquisa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Social (UNRISD) em parceria com a ACI Américas, e integra uma iniciativa global que busca mobilizar jovens para propor soluções aos desafios do século XXI, com foco em desenvolvimento sustentável, inclusão social e inovação. 

O encontro reuniu jovens da América Latina e do Caribe, em uma programação intensa de debates, oficinas e grupos de trabalho, resultando na Declaração Regional das Américas, documento que sintetiza as principais demandas e propostas da juventude da região. Este texto fará parte de um posicionamento global a ser apresentado na Conferência Mundial do IFWY, que ocorrerá em outubro, em Seul, na Coreia do Sul, reunindo contribuições das quatro regiões participantes — Américas, Europa, África e Ásia-Pacífico. 

Com o tema Nosso futuro sustentável: paz e cooperação, o fórum incentiva que jovens de 18 a 35 anos levem suas ideias transformadoras a espaços estratégicos de decisão. Além de consolidar um documento oficial, o IFWY atua como plataforma de liderança juvenil, com potencial de repercutir em agendas internacionais como a 2ª Cúpula Social da ONU, G20 e COP30

Cooperativismo brasileiro em destaque 

O Sistema OCB participou do evento em duas frentes: como representante institucional, fortalecendo o vínculo do IFWY: juventude das Américas se une para influenciar agenda global cooperativismo brasileiro com a ACI Américas, e como mobilizador de jovens brasileiros, que vivenciaram a experiência de construir políticas e propostas em escala internacional. 

Jovens do Brasil participaram do processo seletivo com projetos inovadores em áreas como justiça social, desenvolvimento sustentável, inclusão financeira e educação cooperativa. Após análise técnica e votação pública, 12 jovens foram escolhidos para representar o país no encontro regional. Durante dois dias de atividades, eles integraram grupos de trabalho e plenárias, contribuindo diretamente para o conteúdo da Declaração das Américas, que expressa a visão da juventude sobre trabalho decente, integração regional, economia social e solidária, educação inclusiva e ação climática. 

Para o presidente da ACI Américas, José Alves, a etapa brasileira do fórum refletiu o poder de mobilização e influência da juventude na construção de agendas transformadoras. “A juventude das Américas demonstra aqui sua capacidade de articulação e visão de futuro. Este encontro vai muito além da troca de experiências, é um espaço onde ideias se tornam propostas concretas, capazes de influenciar fóruns globais. O cooperativismo, com sua essência solidária, é um instrumento poderoso para transformar essas ideias em ações reais e duradouras”, declarou. 

Voz da juventude  

O grande resultado do encontro foi a Declaração Regional das Américas, que consolida os pleitos e propostas da juventude latino-americana e caribenha. O documento traz recomendações sobre políticas públicas e práticas sociais que reforçam a importância da cooperação internacional, da sustentabilidade e da inclusão de jovens em processos decisórios. 

Cada uma das quatro regiões do IFWY apresentará uma declaração semelhante. Na conferência global em Seul, os textos serão consolidados em uma Declaração Mundial daIFWY: juventude das Américas se une para influenciar agenda global Juventude, que servirá de referência para agências da ONU, governos e organizações internacionais, demonstrando que os jovens não apenas querem ser ouvidos, mas estão prontos para liderar mudanças concretas. 

A participação no IFWY permitiu que jovens brasileiros compartilhassem experiências vividas em cooperativas e conhecessem realidades de outros países, fortalecendo uma rede internacional de liderança juvenil. Para muitos, representar o Brasil em um fórum global foi uma oportunidade de aprendizado e também de orgulho pelo cooperativismo nacional. 

Para Luiza Cascaes, analista de Marketing e Planejamento, o evento foi uma experiência de crescimento pessoal e profissional. “Foram dias de muito aprendizado e networking. Ver jovens que não conheciam o cooperativismo saindo encantados e perceber tanto engajamento foi inspirador”. 

A conexão em torno de um mesmo propósito marcou a experiência de Thereza Raquel, analista de Relações Governamentais. “Apesar das diferenças culturais, o cooperativismo nos une e nos faz acreditar que é possível construir um futuro melhor juntos”. 

Com olhar voltado à inovação, Eduardo Sampaio, analista de Inovação, destacou o impacto prático do encontro. “Co-criamos ideias e propostas que podem influenciar políticas públicas e estratégias para o futuro. A juventude está pronta para transformar”. 

Para Yann Teixeira, analista Tributário, o fórum foi um exemplo de cooperação global.  “Suplantamos diferenças culturais e linguísticas para criar propostas voltadas ao desenvolvimento sustentável, mostrando que os valores cooperativistas podem inspirar ações transformadoras em escala local e global”. 

Já Pedro Garcia, analista de Licitações e Compras, definiu o encontro como um marco. “O que mais me marcou foi a potência do trabalho coletivo. A juventude está preparada para liderar processos de mudança, e este fórum mostrou que há instituições dispostas a apostar no nosso protagonismo. Saí inspirado e comprometido em transformar essas ideias em ações reais”. 

    

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AnuárioCoop 2025: 25,8 milhões de brasileiros escolhem cooperar
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AnuárioCoop 2025: 25,8 milhões de brasileiros escolhem cooperar

Cresce participação no movimento que já congrega 12% da população do país 

Mais de 25 milhões de brasileiros já escolheram o cooperativismo como caminho para empreender, crescer e transformar realidades. O Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2025, divulgado pelo Sistema OCB nesta quinta-feira (31), mostra que o número de cooperados atingiu a marca histórica de 25,8 milhões em 2024, o que representa 12,14% da população do país. Trata-se de um crescimento de 66% nos últimos cinco anos, um reflexo direto da confiança da sociedade em um modelo de negócios que alia desenvolvimento econômico, inclusão social e sustentabilidade. 

O Anuário revela uma expansão consistente em praticamente todos os indicadores do setor. As 4.384 cooperativas registradas no país geraram 578 mil empregos diretos em 2024, com um crescimento de 5% em relação ao ano anterior — percentual que supera a taxa de crescimento da força de trabalho nacional, que foi de 1,4% no período, segundo dados do IBGE. Com presença em 3.586 municípios, as cooperativas seguem como protagonistas do desenvolvimento regional, oferecendo soluções concretas nas áreas de crédito, saúde, transporte, agricultura, consumo, infraestrutura, trabalho e serviços. 

AnuárioCoop 2025: 25,8 milhões de brasileiros escolhem cooperarO desempenho econômico do cooperativismo também impressiona. Os ingressos do setor somaram R$ 757,9 bilhões no ano, um aumento de 9,5% em relação a 2023 — crescimento quase três vezes superior à alta do PIB nacional no mesmo intervalo. As cooperativas distribuíram R$ 51,4 bilhões em sobras, valor 32% maior que o registrado no ano anterior, e aplicaram R$ 41,5 bilhões no pagamento de salários e encargos, alta de 30,9%. Desde 2019, esses valores mais que dobraram, refletindo o crescimento da força de trabalho e o investimento contínuo na valorização das pessoas. 

Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, os números reforçam a vocação do cooperativismo para gerar prosperidade compartilhada e oportunidades reais para milhões de brasileiros. “O AnuárioCoop mostra que o cooperativismo segue como uma das principais forças motrizes da economia brasileira. Estamos presentes em todos os estados, promovendo desenvolvimento com justiça social e compromisso com as pessoas. Esses resultados são fruto de um modelo de negócios que une competitividade e sustentabilidade”, afirma. 

A edição de 2025 do Anuário também revela avanços importantes na inclusão. As mulheres já representam 52% do quadro de empregados nas cooperativas, consolidando uma tendência positiva de maior equidade. Entre os cooperados, 42% são mulheres, número que vem crescendo gradualmente e reflete o protagonismo feminino nas decisões e nos resultados do setor. 

No campo, as 1.172 cooperativas agropecuárias continuam sendo uma potência. Elas respondem por mais da metade da produção nacional de grãos e fibras no Brasil. Em 2024, geraram R$ 438 bilhões em ingressos e R$ 30 bilhões em sobras. Segundo o presidente Márcio, “o cooperativismo agropecuário segue fazendo o que faz de melhor: cultivando desenvolvimento e colhendo prosperidade mesmo em momentos de incerteza. As cooperativas do ramo mais uma vez apresentaram suas virtudes, levando escala, infraestrutura e assistência técnica ao campo, com foco na perenidade dos negócios dos cooperados”. 

Outros ramos também se destacaram em 2024. As cooperativas de crédito consolidaram-se como a maior rede física de atendimento financeiro do Brasil, com 10.220 pontos de atendimento e presença exclusiva em 469 municípios, promovendo a inclusão bancária e o acesso ao crédito em regiões muitas vezes esquecidas pelo sistema tradicional. No setor de saúde, 16 das 18 operadoras médico-hospitalares com nota máxima da ANS são cooperativas Unimed, reforçando a excelência do modelo cooperativista na saúde suplementar. Já no Ramo Infraestrutura, as cooperativas permanecem entre as 20 distribuidoras de energia elétrica mais bem avaliadas do país, de acordo com o índice de satisfação da Aneel. 

Para o gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB, Guilherme Costa, ao reunir e organizar os principais dados do setor, o AnuárioCoop se firma como uma ferramenta estratégica de gestão, representação e comunicação. “Essa publicação é uma base sólida para decisões que fortalecem o cooperativismo como política pública e como escolha de vida para milhões de brasileiros. A informação é um dos nossos maiores ativos para crescer com propósito”, ressalta. 

 

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Superintendente do Sistema OCB abre Encoopal e fala sobre futuro  
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Superintendente do Sistema OCB abre Encoopal e fala sobre futuro  

Com programação diversa, evento busca fortalecer redes produtivas e políticas públicas 

O Encontro do Cooperativismo Alagoano (Encoopal) 2025 ocorre nesta terça-feira (22), no Palácio República dos Palmares, em Maceió, com uma programação dedicada ao fortalecimento do setor no estado. Realizado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Sedics), o evento tem como tema Cooperativas: promovendo soluções inclusivas e sustentáveis por um mundo melhor e reúne representantes de cooperativas, gestores públicos e lideranças nacionais. 

Superintendente do Sistema OCB abre Encoopal e fala sobre futuro  A solenidade de abertura contou com apresentações culturais e a participação de autoridades, entre elas a superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella. Em sua fala, Tania destacou o papel estratégico do cooperativismo na construção de uma economia mais justa e resiliente. “O cooperativismo é uma força capaz de transformar comunidades. Mais do que números e indicadores, falamos de pessoas que se unem para gerar oportunidades, reduzir desigualdades e cuidar do meio ambiente. É isso que nos move e nos permite ser parte ativa das soluções que o mundo precisa”, afirmou. 

A programação do Encoopal inclui palestras temáticas, rodas de conversa e relatos de experiências bem-sucedidas no estado, além de debates sobre políticas públicas para o setor. Segundo o secretário executivo do Cooperativismo em Alagoas, Benedito Júnior, o evento é um espaço de diálogo e construção coletiva. “Estamos investindo no fortalecimento das redes produtivas com base na agroecologia e no protagonismo das cooperativas da agricultura familiar. O Encoopal é um território de formação e escuta ativa para consolidar o cooperativismo como motor do desenvolvimento sustentável”, disse. 

Tania também reforçou o momento histórico vivido pelo setor com o Ano Internacional das Cooperativas. “Este é um marco que amplia nossa visibilidade no Brasil e no mundo. Queremos aproveitar essa oportunidade para mostrar como as cooperativas brasileiras já entregam soluções concretas para os desafios globais, seja no campo, na saúde, no crédito ou em tantos outros segmentos onde atuamos”, pontuou. 

Atualmente, o Brasil conta com mais de 4,5 mil cooperativas, que reúnem 23,4 milhões de cooperados e gera cerca de 550 mil empregos diretos. Em Alagoas, o modelo tem se destacado pelo impacto positivo em comunidades rurais e urbanas, fortalecendo cadeias produtivas e promovendo inclusão financeira e social. 

O Encoopal 2025 segue ao longo do dia com painéis voltados à promoção de boas práticas, integração institucional e celebração das conquistas do cooperativismo em Alagoas.  

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Sistema OCB destaca presença brasileira na WCUC 2025
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Sistema OCB destaca presença brasileira na WCUC 2025

Evento reuniu lideranças de 60 países para debater inovação, inclusão e futuro do coop de crédito  

Clara Maffia durante sua fala na WCUC 2025Clara Maffia durante sua fala na WCUC 2025Entre os dias 14 e 16 de julho, Estocolmo, na Suécia, sediou a 20ª edição da Conferência Mundial de Cooperativas de Crédito (WCUC 2025), promovida pelo World Council of Credit Unions (WOCCU). O evento, considerado o principal encontro global do cooperativismo de crédito, reuniu mais de 1,8 mil participantes de cerca de 60 países, incluindo lideranças cooperativistas, autoridades regulatórias e especialistas em inovação, sustentabilidade e inclusão financeira. 

O Sistema OCB foi representado pela gerente de Relações Institucionais, Clara Pedroso Maffia, que conduziu uma sessão no dia 16 de julho com o tema Colaboração Pacífica: Como política e crescimento caminham juntos. A apresentação de Clara trouxe reflexões sobre o papel das cooperativas de crédito no Brasil e sua capacidade de dialogar com políticas públicas para impulsionar o desenvolvimento econômico sustentável. 

Durante sua participação, Clara abordou a importância de políticas públicas alinhadas ao cooperativismo, destacando o modelo brasileiro como um exemplo de equilíbrio entre solidez financeira e impacto social. “As cooperativas de crédito brasileiras têm mostrado como é possível crescer de forma sustentável, mantendo os princípios de cooperação e a proximidade com os cooperados”, afirmou. 

A gerente também destacou que o trabalho unificado pelo Sistema OCB, como representante máximo do cooperativismo no Brasil, tem contribuído fortemente para a construção de um ambiente normativo e regulatório favorável ao desenvolvimento das cooperativas e para que elas possam desempenhar melhor seu papel de inclusão financeira. “A lei que atualizaram o Sistema Financeiro de Crédito Cooperativo (SFCC) é um exemplo importante dessa atuação, descreveu.  

Para Clara, o evento foi uma oportunidade estratégica de elevar o protagonismo do cooperativismo de crédito brasileiro no cenário internacional. “Ao trazer nossa experiência em governança, tecnologia e inclusão financeira, mostramos que o cooperativismo brasileiro tem muito a oferecer e tem sido reconhecido globalmente”, ressaltou. 

Ela também ressaltou que o tema O Futuro é Cooperativo, escolhido pela conferência para celebrar as duas décadas de realização do evento, reflete o momento de transformação e resiliência pelo qual passa o setor. “Participar desta edição em Estocolmo, principalmente em ano tão simbólico para o cooperativismo, com a declaração de Ano Internacional das Cooperativas pela ONU, reforça nosso compromisso com uma agenda global baseada na confiança e na inovação”, completou a dirigente. 

A programação incluiu momentos marcantes, como a tradicional cerimônia das bandeiras, que celebrou a diversidade dos países participantes, e a divulgação da nova estratégia trienal do WOCCU, com foco em ampliar o advocacy internacional junto a organismos como a ONU, o G20 e o Comitê de Basileia

O Brasil se destacou em diversos momentos. Representantes de cooperativas brasileiras compartilharam cases sobre o uso de inteligência artificial, inclusão financeira e programas de educação para jovens. Para Clara Maffia, essas trocas fortalecem o movimento. “O Brasil apresentou soluções que unem tradição e tecnologia, desde o uso de IA para otimizar o atendimento até projetos sociais que levam educação financeira a milhares de pessoas. Esses cases mostram como o cooperativismo pode ser uma ferramenta poderosa de transformação”, afirmou. 

Além dos debates, as sessões Connect & Collaborate possibilitaram o encontro entre profissionais de cooperativas de diferentes continentes para compartilhar experiências sobre cibersegurança, compliance e inclusão digital. 

A conferência também valorizou o investimento em novas lideranças e diversidade. Iniciativas como o Global Women’s Leadership Network (GWLN) e o Young Credit Union Professionals (YCUP) deram espaço a jovens e mulheres de diferentes países, incluindo o Brasil, que receberam reconhecimento por projetos de impacto social e inovação. 

A WCUC 2025 destacou ainda a necessidade de o movimento cooperativista se posicionar de forma estratégica em debates internacionais e ampliar sua presença nos fóruns globais. “A participação na WCUC 2025 nos conecta ao que há de mais atual no cooperativismo de crédito. Saímos com ideias e parcerias que podem fortalecer ainda mais o modelo brasileiro, tanto no campo regulatório quanto em inovação tecnológica”, concluiu Clara Maffia. 

 

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ONU: cooperativismo é exemplo de inclusão e desenvolvimento
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ONU: cooperativismo é exemplo de inclusão e desenvolvimento

Evento em Nova Iorque mostrou como cooperativas transformam economias e comunidades 

Fabíola em pronunciamento no evento da ONUFabíola em pronunciamento no evento da ONUO Sistema OCB marcou presença em um importante espaço de diálogo internacional promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU). A gerente-geral da OCB, Fabíola Nader Motta, foi uma das painelistas do evento paralelo do Fórum Político de Alto Nível sobre Desenvolvimento Sustentável (HLPF), realizado em comemoração ao Ano Internacional das Cooperativas, nesta sexta-feira (18), em Nova York. 

Sob o tema Cooperativas: promovendo a justiça social, o trabalho digno e a democracia econômica, o encontro reuniu lideranças cooperativistas das Américas, representantes de governos e organismos internacionais para compartilhar experiências e debater soluções para reduzir desigualdades e fomentar o desenvolvimento sustentável. 

Durante sua participação no painel Trabalho decente e economia do cuidado, Fabíola destacou o protagonismo das cooperativas brasileiras na geração de empregos, no fortalecimento de políticas públicas inclusivas e no enfrentamento dos desafios da agenda climática. “O cooperativismo é, por essência, um modelo de desenvolvimento que coloca as pessoas no centro, promovendo oportunidades de trabalho digno, inclusão social e desenvolvimento sustentável nos territórios onde atua”, afirmou. 

Fabíola apresentou os dados do estudo conduzido pelo Sistema OCB em parceria com Fundação Instituto de Pesquisa (Fipe), que evidenciam o impacto positivo das cooperativas na economia brasileira. “A presença de uma cooperativa em uma cidade eleva em mil dólares o PIB per capita local. Além disso, cada real investido em produtos e serviços cooperativos gera R$ 1,65 em produção econômica”, explicou. “Esses números comprovam que as cooperativas geram empregos, movimentam o comércio e aumentam as exportações, promovendo prosperidade urbana e rural”, acrescentou.  

A gerente-geral também ressaltou o momento estratégico para o setor, com proclamação do Ano Internacional das Cooperativas e a realização da COP30 no Brasil em novembro. “Essa é uma oportunidade única para demonstrar a capacidade do nosso modelo de negócios para responder às emergências climáticas e promover um modelo econômico inclusivo, democrático e sustentável. Queremos que mais países adotem políticas que permitam às cooperativas expandirem seu potencial transformador”, disse. 

 

Manifesto para a COP 30 

Durante sua fala, a gerente-geral apresentou o Manifesto do Cooperativismo para a COP 30, elaborado a partir de uma ampla escuta junto a lideranças do setor. O documento, disponível em três idiomas, propõe cinco eixos estratégicos para o fortalecimento do cooperativismo na agenda climática: Segurança alimentar e agricultura de baixo carbono; Acesso ao financiamento climático para comunidades; Transição energética justa e inclusiva; Bioeconomia como vetor de desenvolvimento sustentável; e Adaptação e resiliência climática.   

Entre as iniciativas destacadas pela gerente-geral estiveram o Programa ESGCoop, que apoia cooperativas com diagnósticos, capacitações e consultorias em sustentabilidade como as soluções Neutralidade de carbono e Eficiência energética e o Programa NegóciosCoop, voltado para ampliar a presença dos produtos cooperativos nos mercados nacional e internacional, especialmente as de pequeno porte da agricultura familiar, artesanato e reciclagem. 

“Já temos iniciativas reais que sustentam essas propostas e pedimos a inclusão do cooperativismo nos planos climáticos nacionais, no acesso ao financiamento internacional e nos diálogos que vão moldar a nova governança global. Juntos, queremos garantir que a voz cooperativista seja ouvida e o nosso movimento, fortalecido. O verde precisa ser reconhecido como valor econômico e social. E o cooperativismo é o caminho para viabilizar essa transição com justiça e participação”, concluiu Fabíola. 

 

Papel estratégico 

Representando o governo brasileiro, o embaixador Norberto Moretti destacou o papel estratégico das cooperativas na promoção do desenvolvimento sustentável e inclusivo. Ele ressaltou que o país vem avançando em políticas públicas de apoio ao setor. “O governo brasileiro está comprometido com o fortalecimento do marco legal e institucional de apoio ao cooperativismo. As cooperativas estão no centro dos esforços para reduzir a pobreza rural e fortalecer as economias locais”, afirmou.  

O evento foi organizado pela Missão Permanente do Chile junto à ONU e pelo Escritório Regional das Américas da Aliança Cooperativa Internacional (ACI-Américas). A iniciativa buscou fortalecer o intercâmbio entre cooperativas, governos e o sistema ONU, além de propor recomendações para políticas públicas voltadas à justiça social, trabalho decente e democracia econômica. 

Representantes do Uruguai, Paraguai, Equador e Estados Unidos também compartilharam experiências sobre como o modelo cooperativo contribui para reduzir desigualdades e estimular o crescimento econômico local. O painel reforçou ainda a importância da economia do cuidado, com destaque para a resolução da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que reconhece o papel das cooperativas na promoção da igualdade de gênero e acesso a serviços de qualidade. 

 

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Sistema OCB participa da organização da 2ª Conferência do Trabalho
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Sistema OCB participa da organização da 2ª Conferência do Trabalho

Regimento da Comissão foi aprovado em reunião no Ministério do Trabalho e Emprego 

 

Sistema OCB participa da organização da 2ª Conferência do TrabalhoO Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) sediou, nesta quinta-feira (17), a primeira reunião da Comissão Organizadora Nacional (CON) da 2ª Conferência Nacional do Trabalho. O encontro marcou o início oficial da organização da conferência, que será realizada em março de 2026, em São Paulo. O Sistema OCB, por meio da Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop), tem participação ativa na CON, com assento titular na bancada dos empregadores. 

Coordenado pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, o encontro teve como pauta principal a aprovação do regimento interno da Comissão, que será publicado nos próximos dias no Diário Oficial da União. A CON é de caráter tripartite e reúne representantes do governo federal, das centrais sindicais e das confederações de empregadores. 

Durante a reunião, também foi definido o calendário das conferências estaduais e distrital, que ocorrerão entre os dias 15 de setembro e 12 de dezembro de 2025. Essas etapas preparatórias vão subsidiar os debates da fase nacional, prevista para a segunda semana de março de 2026. 

Para o coordenador de relações trabalhistas e sindicais da CNCoop, Bruno Vasconcelos, o clima de cooperação entre os membros da Comissão reforça a importância da construção coletiva. “A transparência e o diálogo permanente, buscando sempre o consenso, serão fundamentais para que a etapa nacional tenha bons debates em prol do aprimoramento das relações de trabalho”, afirmou. 

A participação do Sistema OCB na CON é estratégica para garantir que os interesses do setor cooperativista estejam representados nas discussões que impactam diretamente as relações de trabalho no país.  

A Conferência Nacional do Trabalho reunirá cerca de 700 delegados de todo o Brasil para discutir políticas públicas de emprego e trabalho decente. O evento visa desenvolver diretrizes que impactem as políticas públicas do trabalho e o programa geral de governo relacionado ao mundo do trabalho.  

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