Mulheres da Coopfam se mobilizam para aumentar protagonismo feminino no campo

Fomentando o protagonismo feminino
“Na cooperativa temos um grupo que é composto apenas por mulheres e são discutidos programas de desenvolvimento rural, pessoal e profissional. Esse grupo foi formador de lideranças atuais e em gestões passadas, de forma que, temos nele um grande esteio para despertar nas mulheres a vontade de viver o cooperativismo em suas diversas faces e também participar do processo produtivo em suas lavouras em todas as etapas”, conta Renata de Fátima Pires Tavares, técnica do departamento socioambiental da Coopfam. Dessa forma, por meio desse grupo, a cooperativa desenvolve projetos específicos para o desenvolvimento de equidade de gênero, protagonismo feminino dentro do campo e em espaços diversos dentro da sociedade. A grande iniciativa de sucesso, nesse sentido, é a criação de uma linha específica de café feminino que valoriza o trabalho que a mulher desenvolve no campo e proporciona empoderamento financeiro e social para as produtoras cooperadas. Esses cafés foram servidos durante a Copa do Mundo de 2014, sediada no Brasil, assim como nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016. “Hoje contamos com um maior número de mulheres em todas as áreas relacionadas a nossa cooperativa”, revela Fátima. Para ela, ao dar protagonismo às mulheres, a Coopfam engaja as famílias no cooperativismo, o que afeta positivamente o processo de sucessão familiar das propriedades. “Socialmente, esses temas são de grande importância, pois estamos trabalhando com grupos minoritários e empoderando as mulheres do campo em busca da realização de diversos sonhos que são pensados por cada uma delas”, complementa a técnica. A cooperativa conta com 523 cooperados, dentre os quais 89 são mulheres. Em 2018, o café feminino produzido pelo MOBI recebeu menção honrosa no concurso Saberes e Sabores, organizado pela ONU. No ano seguinte, Vânia Lúcia Pereira da Silva tomou posse como a primeira presidente mulher da Coopfam.
Mulheres cooperativistas
“Vemos o orgulho que nossas cooperadas sentem ao produzir um café que considera a inserção delas no processo. Essa é, sem dúvidas, nossa maior conquista”, diz Fátima ao discorrer sobre o sucesso do MOBI. Fátima relata que, com frequência, as mulheres se identificavam somente como ajudantes de seus maridos na atividade agrária. Com isso, elas ficavam alheias ao processo produtivo e pouco participavam da vida financeira das propriedades. As mulheres se viam como donas de casa, e não como profissionais do campo. Até mesmo as mulheres que estavam à frente dos negócios de suas propriedades não se viam como empreendedoras e produtoras de café. “A baixa autoestima causada por uma sociedade que oprime os sonhos e desejos das mulheres, sobretudo das mulheres rurais, deu espaço a um lugar de fala que somente mulheres da roça sabem contar”, descreve. “Estourar as correntes do patriarcado, romper com a ideia de estigma que permeia a mulher rural e lutar por espaço e visibilidade do trabalho na zona rural são pautas do nosso trabalho para desenvolvimento de todas as cooperadas, além do lado financeiro que não é menos importante, pois, empoderar financeiramente as mulheres é critério básico de progresso para todos os outros tipos de desenvolvimento que a humanidade pode exercer”, conclui Fátima.Você também tem um case ou uma história de sucesso?
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Transição energética impulsiona uso de energia limpa na frota da Coopmetro
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Produção sustentável para crescer
Objetivo: Promoção da producão sustentável da soja por meio da certificação de pequenos agricultores em critérios de sustentabilidade. Resultados: Repasse de R$ 889 mil em prêmios pela certificão RTRS (Round Table on Responsible Soy). Incremento médio anual de R$ 13.443,27 na renda das famílias cooperadas. 29.111 toneladas de soja certificada 100% nos padrões RTRS, com base nos critérios de sustentabilidade do bioma cerrado. 24 famílias certificadas e comprometidas, em uma área produtiva total de 9.758,10 hectares. Aumento de 24,5% nas operacões de crédito e promocão de assistência técnica e extensão rural para 259 famílias na área de atuacão da Cresol Goiás.

Cuidar para não faltar
Objetivo: Recuperação de nascentes para a promoção de programas de sustentabilidade socioambientais, buscando disseminar esta prática nos municípios da área de atuação da cooperativa. Resultados: Nascentes recuperadas: 30 (antes do projeto), 90 (após o projeto). Conscientização ambiental de produtores. Plantio de mudas nativas: 4.500 (antes do projeto), 230 mil (após o projeto).

Aprender cooperando
Objetivo: Disseminar o conceito de Sustentabilidade e Educação Ambiental no contexto escolar por meio de um projeto de Geração Solar Fotovoltaica com a implantação de um Sistema Off-Grid. Resultados: Capacitação de alunos e professores no desenvolvimento de projetos voltados à geração de energia limpa. Premiação em eventos científicos externos à escola na categoria Engenharia e Ciências da Natureza pelos alunos na forma de pesquisa científica. Valores doados em equipamentos para o projeto: R$ 3.600,00. Avaliação dos participantes do projeto em relação à satisfação em ter participado: 92%.