Agricultores do PR recebem bons preços pelo trigo e feijão
O feijão e o trigo são os produtos que estão oferecendo melhor remuneração aos agricultores do Paraná nos dois últimos meses. Os preços pagos pela saca de 60 quilos de feijão de cor registraram alta de 42% em julho e de 26% em agosto deste ano, se comparado ao mesmo período do ano passado. Já o feijão preto valorizou 41% e 49%, respectivamente. “As cotações do feijão, tanto preto e cores, estão positivas e são reflexo do aperto no abastecimento interno devido aos problemas de clima que tivemos na safra 2012/13”, esclarece o analista técnico e econômico da Ocepar, Robson Mafioletti.
Trigo - Em relação ao trigo, os agricultores paranaenses receberam 56% e 51% a mais pela saca de 60 quilos comercializada em julho e agosto deste ano, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2012. De acordo com Mafioletti, para o cereal, o cenário de preços é favorável no mercado internacional, mesmo com as recentes estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda), que prevê aumento da produção mundial nesta safra em 50,1 milhões de toneladas, em comparação com a safra passada, podendo totalizar 705,4 milhões de toneladas. “No entanto, os estoques finais irão reduzir em 1,4 milhão de toneladas. No mercado interno, os preços estão positivos. Porém, os produtores paranaenses têm pouca produção de trigo, devido à quebra expressiva na safra ocasionada pelas geadas do final de julho”, ressalta o analista.
Soja e milho – Já as cotações de soja e milho registraram queda no mercado interno, com preços 10% e 19% mais baixos para a soja, nos meses de julho e agosto, em comparação ao mesmo período do ano passado. Os preços do milho reduziram 19% e 34%, respectivamente, nesse mesmo intervalo de tempo. “Em relação à soja e ao milho, nossos principais produtos, a situação de preços se deteriorou nos últimos 12 meses. Era uma situação já previsível pelo mercado devido às estimativas de safra cheia nos Estados Unidos e demais países da Europa e Ásia. Os estoques mundiais destes produtos irão aumentar em 10 milhões de toneladas de soja e de 27,1 milhões de toneladas no milho, o que bate direto nos preços”, acrescentou Mafioletti.
Detalhes - Confira aqui mais detalhes do levantamento feito pela Gerência Técnica e Econômica da Ocepar (Getec), com base nos dados do Departamento de Economia Rural da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab/Deral). Já as cotações internacionais são da Bolsa de Chicago (Cbot). (Informativo OCEPAR)