Começa vazio sanitário da soja em Goiás
Com a finalidade de evitar que o produtor goiano tenha um prejuízo de cerca de R$ 642 milhões com danos causados pela ferrugem asiática, inicia-se hoje o vazio sanitário da soja em Goiás. O período se estende até 30 de setembro. O alerta é uma iniciativa da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) e da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seagro).
De acordo com estimativas da Faeg, a ferrugem causa uma perda média de 5% da produção, fora os gastos com combate à doença. A projeção para a próxima safra é de que Goiás tenha um aumento de 2% da área plantada, de 2,605 milhões de hectares atuais para 2,652 milhões de hectares. Se mantida a produtividade de 3,2 mil quilos por hectare e caso o produtor não realize um vazio sanitário adequado, a perda pode ser de 424,3 mil toneladas de soja, ou 7 milhões de sacas.
O valor perdido só pela doença seria de R$ 247 milhões que se somaria aos gastos com controle da ferrugem, de R$ 395 milhões. Na safra 2009/2010, os 5% perdidos com a doença corresponderam a 6,5 milhões de sacas de 60 quilos, com prejuízo de R$ 227 milhões. “Já o custo pelo controle da soja correspondeu naquela safra a R$ 148,96/hectare, o que gerou um prejuízo de R$ 379 milhões. Totalizando R$ 606 milhões”, calcula o assessor técnico da Faeg, Leonardo Machado.
Segundo ele, foram registrados em Goiás na safra 2009/2010, 510 casos de ferrugem asiática na soja. Na última safra, os casos registrados totalizaram 69 casos. Essa queda se deve a um bom cumprimento das regras do vazio sanitário e, principalmente, pelas condições climáticas que antecederam a safra, em 2009/10 o ciclo foi antecedido por um alto volume de chuva, o que não permitiu um vazio sanitário eficiente, o que não ocorreu na última safra, que foi precedida de pouco ou nenhum volume de chuva. (Fonte: Seagro)