Cooperativas respondem por 43% da coleta seletiva do País
Cooperativas respondem por 43% da coleta seletiva do País
Cada vez mais brasileiros estão aderindo à coleta seletiva de lixo. É o que revela pesquisa realizada pelo Cempre - Compromisso Empresarial pela Reciclagem, entidade sem fins lucrativos que reúne diversas empresas privadas. Segundo o levantamento, a coleta seletiva de lixo no Brasil aumentou 38% nos dois últimos anos, e 43,5% dos programas existentes no País mantêm relação direta com cooperativas de catadores.
“As cooperativas são uma forma eficaz das prefeituras administrarem a coleta seletiva porque resolvem um problema social já que a organização dos trabalhadores gera trabalho e melhora sua renda além de reduzir os custos do processo da operação para o poder público” disse Edivaldo Del Grande, presidente do Sistema Ocesp/Sescoop-SP (Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo e Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo).
Em São José dos Campos (SP), por exemplo, a prefeitura implantou em 2005 um programa de coleta seletiva baseado em cooperativas. Por meio de uma parceria com o Sescoop-SP foram ministradas oficinas para preparar os catadores para trabalhar de forma cooperada. Mais de 40 pessoas foram capacitadas e formaram a Cooperativa Futura. Os catadores trabalham de forma individual na coleta de materiais e vendem para os chamados sucateiros e o Sescoop-SP faz o monitoramento da gestão do empreendimento.
A partir da experiência em São José dos Campos, o Sescoop-SP instituiu um programa contínuo de fomento à formação de cooperativas de reciclagem em conjunto com instituições como prefeituras, Ongs e entidades sociais. O serviço foi tão procurado que só poderá atender novos projetos em 2007.
Outro modelo bem-sucedido vem da Coopamare (Cooperativa de Catadores Autônomos de Papel, Papelão, Aparas e Materiais Reaproveitáveis). Funciona há mais de 15 anos no bairro de Pinheiros na capital paulistana, conta com 80 catadores fixos e com 120 avulsos, e realiza importante trabalho social, ao promover cursos que valorizam o trabalho do catador.