Educação, questão de sobrevivência
A educação cooperativa é a ferramenta adequada para transformar o Brasil
A pratica da ajuda, vivenciada na família, exerce grande influência no processo de aprendizagem. A soma dos atos, experiências e trabalhos em conjunto promovem o crescimento moral e intelectual, dando sentido de unidade. Bons exemplos são as melhores estratégias de educação. Idéias, atitudes, formas de pensar, de ser e de agir influem diretamente no comportamento, podendo ser somadas, ou até multiplicadas durante a interação com outras pessoas que fazem parte de seu ambiente familiar, social e cultural. A educação participativa oportuniza novos caminhos e novas formas de convivência. Desenvolve a igualdade e a liberdade no direito de pensar, ouvir, questionar, analisar, aprovar, avaliar e decidir. Com o trabalho cooperativo as pessoas passam a descobrir seu potencial e desenvolvem valores e atitudes de respeito que contribuem para melhorar a qualidade de vida. A partir do momento em que a pessoa descobre o cooperativismo, vai perceber que não está sozinha e que tanto suas ações, quanto seus pensamentos, vão estar em contato com as ações e pensamentos de outras pessoas e que, juntas partilharão do mesmo sucesso como verdadeiros empreendedores.
A educação é a base para explorar as potencialidades e habilidades do individuo e fazer com que o ser humano pense, reflita, discuta e aja conscientemente dentro de uma analise critica em toda e qualquer decisão.
Os processos educativos do cooperativismo são os meios pelos quais ocorre a transmissão das idéias, dos valores, dos princípios e das ações próprias do cooperativismo. Por isso há estreitos vínculos entre cooperativismo e educação.
A educação cooperativa é um dos pilares do cooperativismo, desde os Pioneiros de Rochdale. A educação cooperativa sempre esteve em destaque e foi reafirmada nos três congressos do Sistema Cooperativo Brasileiro que trataram especificamente dos princípios do cooperativismo. Ela é a mola mestra, o pré-requisito para que a cooperativa cumpra com todas as suas funções sociais. Porém, se na teoria se exalta à importância da educação, na pratica pouco se faz a favor da mesma. A educação está sendo menosprezada nas cooperativas. O que se encontra são alguns casos isolados de cooperativas que se ocupam com o tema, mas que pouco ou nada se refletem no todo do movimento. Diz Laidlaw: ‘ Enquanto a empresa comercial progride e avança na cibernética, a educação cooperativista continua na idade da pedra (1980,57). Com isso, as novas gerações perdem a oportunidade de familiarizar-se com a identidade cooperativista. Com a criação do SESCOOP - Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo, foi fortalecida as Organizações das Cooperativas Estaduais, para um maior investimento em termos de um trabalho sistemático, doutrinariamente adequado, e em condições de dar respostas às demandas de educação e capacitação do Sistema cooperativo dos mais diversos ramos.
*Superintendente da OCEB - Sindicato e Organização da Cooperativas do Estado da Bahia e do SESCOOP - Ser"