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O futuro do cooperativismo

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O cooperativismo vem se firmando como um dos principais segmentos da vida econômica e social do Brasil. Em Minas Gerais, um novo cenário se projeta ano após ano, mostrando que as cooperativas já fazem parte do ranking das maiores empresas do país: somos 810 cooperativas que respondem por 26 mil empregos diretos e contribuem com 7% para o PIB estadual, representando mais de R$ 10 bilhões. 

Essa posição de destaque foi comprovada na maior pesquisa realizada no estado, quando o EM divulgou, no último dia 13 de dezembro, edição especial contendo as 300 maiores empresas de Minas.  O estudo avaliou 26 setores da economia mineira, levando-se em conta a receita operacional bruta das empresas. O setor cooperativista mostrou sua competência quando foram mencionadas 36 cooperativas no ranking das maiores empresas mineiras, 12% do contexto global.  No ramo do agronegócio, a Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (Itambé) liderou o topo na lista, seguida pela Cooperativa Regional dos Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé). Na classificação geral, a Itambé ocupou a 23ª colocação, a Cooxupé ficou em 24º lugar e a Unimed-BH na posição número 34.


Os números citados, apesar de aparentemente animadores, não refletem nosso estado de espírito quanto aos rumos do cooperativismo mineiro e nacional. Se as cooperativas têm conseguido sobressair às dificuldades, o mérito está na capacidade de mobilização do setor, e não em função de políticas públicas. O presidente Lula já conhece de perto nossas demandas e está  consciente de que elas exigem urgência no atendimento. Veja por exemplo a Lei 5.764, uma norma defasada, inadequada para os tempos atuais. Mesmo assim, sua substituição por outra condizente com a nova realidade das cooperativas vem sendo sucessivamente postergada. 

Outra questão que não pode mais ser empurrada é a legislação para as cooperativas de trabalho. O ramo é importante para a geração de emprego, setor no qual o Brasil enfrenta muitas dificuldades, como todos sabem, porém as cooperativas sofrem restrições e, até mesmo, perseguição por falta de uma definição legal que as regulamente. Também urge uma definição quanto ao tratamento apropriado ao ato cooperativo.  

De outra parte, em que pese a grande contribuição do agronegócio para o país, setor no qual se concentram cooperativas de porte em nossa economia, a agricultura continua sendo relegada a segundo plano. Aqui, uma das grandes falhas, ao lado da falta de incentivos, diz respeito à infra-estrutura. Estradas em péssimo estado, projetos de ferrovias que não deslancham e a ausência de linhas de crédito adequadas à realidade do produtor são, entre outros, fatores que prejudicam a produção e dificultam o  escoamento da safra, onerando o consumidor e solapando os ganhos  do agricultor.

Lula, alçado a um novo mandato, volta a falar em apoio às cooperativas, desta vez em seu primeiro pronunciamento depois de eleito. De nossa parte, preferimos acreditar que suas palavras não serão mera reprise das promessas do primeiro mandato. Ainda que com certo e justificado ceticismo, mais uma vez, apostamos na esperança. Mas também não vamos aguardar de braços cruzados. O momento é de cobrar e trabalhar para que o setor não seja novamente alvo de acenos puramente demagógicos.

* Presidente do Sistema Ocemg/Sescoop-MG
(Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais  e Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo de Minas Gerais)

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