Panorama atual da cafeicultura é discutido em reunião da Cocapec

Os comitês educativos da Cooperativa dos Cafeicultores e Agropecuaristas de Franca (Cocapec) se reuniram nesta quarta-feira (26/11), no salão nobre da Unifacef, em Franca (SP). Maurício Miarelli, diretor presidente, e Anselmo Magno de Paula, gerente de comercialização de café da cooperativa, mostraram informações referentes à atual crise econômica mundial, os reflexos no mercado de café e as perspectivas para cenários futuros. Foram apresentadas, ainda, as ações propostas pelas instituições representativas do setor cafeeiro ao Ministério da Agricultura.

“Não estou pessimista, mas recomendo ao cafeicultor que seja realista, que continue investindo nas lavouras, mas que otimize seus custos de produção, que tenha cautela, principalmente em novos investimentos. Que não invista em lavouras improdutivas. Vale mais arrancar lavouras que dão prejuízos do que investir onde não vai ter retorno”, orientou Miarelli.
 
Anselmo Magno de Paula apresentou cenários do mercado de café, comprovando que mesmo em época de crise mundial, o café continua sendo uma excelente atividade. “O consumo mundial de café continua estável até mesmo para os mais pessimistas. Os preços das commodities estão abaixo das médias históricas, mas o do café vem se mantendo estável desde o começo do ano. Não melhorou de preço, mas não despencou como a soja, o milho, o petróleo, etc.”, afirmou Anselmo.

Falta de crédito - De acordo com o gerente, o cafeicultor deve ficar atento ao cenário atual do café: custo de produção alto, oferta curta, estoques baixos e demanda estabelecida. Ele enumerou as ações já tomadas pelas instituições que representam a cafeicultura no Brasil, em destaque as medidas apresentadas ao ministro Reinhold Stephanes, como a correção de preços mínimos, alocação de recursos de financiamentos, garantia de recursos suficientes para custear a safra 2008/2009, agilidade na formalização de operações de crédito.

Ao encerrar, o diretor presidente da Cocapec reforçou o pedido de cautela para os cafeicultores, mas que não deixassem de investir na atividade. “Os reflexos desta crise na cafeicultura poderiam ter sido muito piores se os cafeicultores não estivessem reunidos em cooperativas. Apenas como exemplo, os fertilizantes praticamente dobraram de preço da safra passada para esta. Mas através de ações da Cocapec, o aumento ficou na casa dos 30% apenas”, afirmou. (Fonte: Cocapec)