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Notícias inovação

 

Radar oferece fontes de fomento à inovação e ESG

O Sistema OCB oferece, a partir desta sexta-feira (7), um novo produto para as cooperativas regulares que pretendem captar recursos para o fomento de ações direcionadas à inovação e a aplicação de estratégias ESG (respeito ambiental, cuidado social e boa governança). Trata-se do painel Radar de Financiamento.

Tela inicial do Radar de Financiamento
Tela inicial do Radar de Financiamento

A iniciativa já está disponível na plataforma InovaCoop e ensina os caminhos para que a cooperativa acesse da melhor maneira a Lei do Bem - Lei de Incentivo fiscal para empresas que investem em tecnologia (11.196/05); o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); e outros agentes de apoio às iniciativas inovadoras, ampliando a capacidade de execução de projetos para gerar mais resultados com menor custo.

Segundo o gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação, Guilherme Costa, mais de 70% dos gastos em iniciativas inovadoras no Brasil são feitos exclusivamente com recursos próprios e o painel significa uma chance de redução de custos ao utilizar instrumentos já disponíveis para tirar as boas ideias do papel.

“O Radar facilita a visualização de um mundo de oportunidades quando se pensa em financiamento e fomento a projetos de inovação. Este é o primeiro passo para adotar estratégias de captação de recursos para ações inovadoras e sustentáveis que são tão essenciais para impulsionar a competitividade das cooperativas nos mais variados ramos”, explicou o gerente.

Um tutorial detalhando como utilizar as informações do painel também já está disponível no InovaCoop. O Radar de Financiamento está dividido em três funcionalidades principais: conhecimento das modalidades de financiamento e fomento; acompanhamento do número de instrumentos disponíveis em um BI – painel demonstrativo; e detalhes de cada oportunidade divulgada pelos investidores, fundos e órgãos de fomento.

Além disso, para quem quiser se aprofundar ainda mais, o Sistema OCB disponibilizará, em breve curso em EAD na plataforma Capacitacoop, no qual serão explicados os principais conceitos, tipos de apoio, elegibilidade, classificações, órgãos de fomento, entre outros.

CapacitaCoop oferece trilha de aprendizagem em Design Thinking

A metodologia de solução de problemas complexos mais utilizada na atualidade em processos de inovação de produtos e serviços, Design Thinking já está disponível na plataforma CapacitaCoop. A trilha de aprendizagem é direcionada às cooperativas e Organizações Estaduais do Sistema OCB para que possam percorrer uma jornada de conhecimento com foco nas diferentes etapas do método.

Com abordagem didática, conteúdo conceitual e prático, e rigor na utilização de fontes de referência científica, a trilha é gratuita e o aluno receberá o certificado assim que concluir o aprendizado (aulas, avaliação de aprendizagem e avaliação de reação). 

A trilha está dividida em seis etapas com os cursos de Introdução ao Design Thinking; Entendimento & Empatia aplicados ao Design Thinking; Definição Aplicada ao Design Thinking; Ideação; Prototipagem; e Teste Aplicado ao Design Thinking.

O aluno certificado terá, ao final da trilha, aprendido sobre a cultura de criação de valor, criatividade, práticas de empatia junto ao usuário, análise de soluções, geração de ideias e utilização de inovação na solução de problemas complexos.

Para cursar basta ter acesso à internet e acessar as aulas pelo computador, celular ou tablet.

Empresa chinesa líder em energia renovável visita a Casa do Cooperativismo

Dirigentes da empresa chinesa Chint Power realizaram nesta sexta-feira (26) visita de cortesia a Casa do Cooperativismo. O presidente Márcio Lopes de Freitas, representando os interesses das cooperativas que atuam na transição energética renovável, participou de reunião para discutir possíveis colaborações da empresa com o cooperativismo brasileiro.

A Chint Power é especialista em importação de placas solares, desenvolve plataformas de aplicação inteligente de tecnologia e dados que são usados em aplicativos e serviços digitais, tanto internos quanto externos. Fundada em 1984, está presente em 140 países, com mais de 30 mil funcionários, e é uma das 100 maiores empresas privadas da Ásia. Líder mundial em geradores de baixa tensão, detém 20% do mercado de energia residencial da China. É da empresa o inversor trifásico mais vendido nos Estados Unidos.

Na China, o cooperativismo é pujante, com mais de 1 milhão de cooperativas e 100 milhões de cooperados. O país é também o maior destino das exportações de cooperativas brasileiras.

28ª Agrishow: Cooperativismo prestigia maior feira de agronegócios da América Latina

A 28ª edição da Agrishow 2023, principal feira de tecnologia do setor no Brasil, que terminou na última sexta-feira (5) em Ribeirão Preto (SP), alcançou volume recorde de R$ 13,290 bilhões de negócios gerados e intenções de compra em máquinas agrícolas, de irrigação e de armazenagem.

“Para as cooperativas, as novidades expostas nas feiras agropecuárias ao redor do Brasil, inclusive na Agrishow, representam a possibilidades para alavancar seus negócios em benefício de seus cooperados. Outra satisfação é ver o cooperativismo de crédito ofertando soluções financeiras para todo o segmento agropecuário”, ressaltou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.

O evento reuniu cooperativas agropecuárias e de crédito, produtores rurais, profissionais do campo, indústrias, empresas, fornecedores de serviços e tecnologias, institutos de pesquisas, órgãos governamentais, academia e startups para reforçar que o país está preparado para atender as demandas, por exemplo, de alimentos, fibras e energia sustentável.

Além da presença das cooperativas, o movimento também esteve presente por meio da tradicional Casa do Cooperativismo, local de referência para produtores rurais cooperados e suas cooperativas. Iniciativa do Sistema Ocesp destinada a promoção do movimento cooperativista e recebimento das caravanas de cooperativas, além de autoridades políticas e do setor agropecuário, com atendimento personalizado para visitantes.

Para elas            

Durante a feira, foi divulgada a abertura das inscrições para a sexta edição do Prêmio Mulheres do Agro. A premiação realizou sua primeira edição em 2018 e já reconheceu histórias inspiradoras de 45 mulheres à frente dos negócios, atuando com gestão inovadora e sustentável em pequenas, médias e grandes propriedades rurais.

“As mulheres estão ocupando cada vez mais espaços e cargos estratégicos. Essa premiação demonstra como elas estão promovendo verdadeiras transformações para o agro e para o Brasil. São mulheres incríveis e o reconhecimento estimula outras de nós não apenas no segmento agro, mas na gestão e governança de cooperativas e de empresas”, destacou a superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella.

As inscrições seguem até 15 de agosto. Podem participar mulheres que gerenciam propriedades agrícolas com base nos pilares ESG – respeito ambiental, cuidado social e boa gestão. As premiadas serão reveladas em outubro durante o Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio.

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Câmaras temáticas de Transporte debatem atualizações para o segmento

A atualização de pareceres técnicos elaborados pelas câmaras temáticas do Conselho Consultivo do Ramo Transporte, sob a ótica das resoluções e normativos publicadas pelos órgãos de controle e fiscalização que afetam diretamente o cooperativismo de transporte, foi o tema inicial de reunião do colegiado, nesta quarta-feira (3). As câmaras balizam as ações do conselho em defesa da plena atuação das coops de transporte.

Entre os pareceres analisados estão os que dispõem sobre a dispensa do contrato de arrendamento; sobre a não necessidade da dupla emissão do Código Identificador da Operação de Transporte (Ciot); sobre a subcontratação no transporte rodoviário de cargas; e sobre a participação de Pessoa Jurídica (PJ) no quadro social de coops de transporte, dentre outros já elaborados para o ramo.

“A essência destes documentos não será alterada, apenas atualizada. O debate foi proveitoso e pudemos ouvir a opinião dos membros sobre o tipo de alteração necessária em cada um desses pareceres”, esclareceu o coordenador Nacional do Ramo Transporte, Evaldo Moreira Matos.

O grupo falou ainda sobre a atualização dos manuais técnicos de práticas contábeis, tributárias e operacionais do ramo. “São nossos grandes balizadores. Por isso, contratamos uma consultoria especializada para fazer um estudo técnico da necessidade de cada um dos três manuais que temos. Por se tratar de documentos mais complexos, com mais de 150 páginas, a consultoria se faz necessária para uma análise minuciosa”, contou Matos.

O acordo de cooperação técnica com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o estudo técnico sobre e-commerce foi outro tema tratado no encontro. O colegiado está elaborando um fluxograma operacional com o passo a passo da cadeia de e-commerce.

“Esse documento vai demonstrar para a agência como a lógica do e-commerce é funcional. Vamos sanar dúvidas sobre a emissão de documentos necessários, processo de contratação, entrega de produtos, armazenamento e outras questões. É um estudo complexo que estamos construindo junto à ANTT, que também vai averiguar a parte prática com visita em cooperativas e reuniões com embarcadores de grandes plataformas”, disse o coordenador.

Outro tema validado pelo colegiado foi a Guia de Orientações para Embarcadores de Cooperativas de Transporte de Cargas. Esse documento servirá como orientador para os contratantes de serviços de cooperativas, e fonte de informações para mitigar eventuais dúvidas e interpretações equivocadas à respeito do modelo societário cooperativo.

Ao final da reunião, os dirigentes foram novamente informados sobre a necessidade de revalidação e atualização dos dados cadastrais das cooperativas de transporte de carga inscritas no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga (RNTRC).

Abertas as inscrições para submissão de artigos para o EBPC 2023

Estão abertas, até 15 de maio, as inscrições para submissão de trabalhos para o 7º Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo (EBPC), que será realizado pelo Sistema OCB em setembro. Com o tema Sustentabilidade no cooperativismo: competitividade, inovação e diversidade, a entidade pretende estimular estudos que visem maior eficácia e eficiência nos processos das cooperativas para que atinjam novo patamar de competência por meio da percepção, avaliação e compartilhamento de conhecimentos e experiências.

O evento, que acontece a cada dois anos, é aberto ao público que pode conhecer o que vem sendo realizado pelo coop. No entanto, o EBPC é direcionado aos pesquisadores, gestores e dirigentes de cooperativas, profissionais do sistema de aprendizagem e representação, e elaboradores de políticas públicas.

“Este é o único evento direcionado exclusivamente para pesquisadores em cooperativismo. Pretendemos, novamente, alcançar toda a comunidade acadêmica, pesquisadores, universidades e Unidades Estaduais do Sistema OCB para que eles colaborem, por meio de seus artigos, com a apresentação de desafios e soluções para impulsionar o cooperativismo, em especial, nas questões de responsabilidade ambiental, cuidado social e gestão e governança, o nosso ESGCoop”, declarou o presidente do Sistema OCB, Marcio Lopes de Freitas.

Os pesquisadores podem se inscrever em três modalidades: artigo científico, artigo de iniciação científica e relatos de experiências nas seguintes áreas temáticas: Contabilidade, Finanças e Desempenho; Educação, Inovação e Diversidade; Governança e Gestão; Identidades Cooperativas e Direito Cooperativo; e Impactos e Contribuições Econômicas, Sociais e Ambientais.

De 3 de março a 15 de maio os artigos podem ser submetidos para avaliação. A divulgação dos trabalhos aprovados está prevista para 21 de julho. Entre 21 de julho e 21 de agosto os autores dos trabalhos selecionados poderão se inscrever também como participantes do EPBC. O público em geral poderá fazer inscrição para participar do encontro entre 21 de julho e 1º de setembro. O evento será realizado de 25 a 27 de setembro, no formato presencial, em Brasília.

Para estimular as contribuições acadêmicas sobre o coop, a plataforma CapacitaCoop lançou a trilha de aprendizagem Programa Pesquisa Científica do Cooperativismo, totalmente gratuita. A trilha é composta por cinco cursos: Estatística Básica; Fichamento, Resumo e Resenha; Como elaborar projetos de pesquisa; Escrita acadêmica; e Descomplicando o Lattes.

Sobre o EBPC

O primeiro EBPC aconteceu em 2010 e teve como objetivo fomentar o intercâmbio de pesquisadores e a produção técnica e científica sobre cooperativismo, em diversas áreas do conhecimento, além de promover uma maior integração entre as necessidades de pesquisa das cooperativas brasileiras e as pesquisas acadêmicas. O tema explorado foi a importância e a necessidade de adaptar os comportamentos das organizações ao novo paradigma da sustentabilidade.

A Organização das Nações Unidas (ONU) denominou 2012 como o Ano Internacional das Cooperativas e o EBPC, em sua segunda edição, explorou o tema da ONU: Ano Internacional das Cooperativas: cooperativas constroem um mundo melhor. A edição então se debruçou em promover reflexões sobre o papel das cooperativas no processo de desenvolvimento socioeconômico. Nos artigos foram abordadas as temáticas: Princípios, História e Doutrina Cooperativista; Cooperativismo, Economia e Desenvolvimento; Economia Social e Organizações Sociais; Governança Corporativa em Cooperativas; Finanças em Cooperativas; Legislação, Tributação e Direito em Cooperativas; Educação e Autogestão; e Responsabilidade e Sustentabilidade Social.

Já em 2014, o Encontro teve como objeto o Cooperativismo como Modelo de Negócios: as cooperativas conquistam desenvolvimento sustentável para todos. Os eixos explorados em palestras e mesas-redondas foram: participação; sustentabilidade; identidade; quadro legal; capital.

Em 2017, a quinta edição do EBPC, trouxe o slogan Desenvolvendo Negócios Inclusivos e Responsáveis: Cooperativas na Teoria, Política e Prática. O encontro contou com a parceria do Prêmio ABDE-BID 2019 - categoria Desenvolvimento e cooperativismo de crédito. Os eixos tratados foram: identidade e educação; quadro legal; governança e gestão; e capital e finanças.

Em 2019, o último encontro antes da crise sanitária que impediria a edição de 2021, tratou de Negócios sustentáveis em cenários de transformação. Em um ambiente favorável à criatividade, experimentação e implementação de ideias para unir competitividade e desenvolvimento sustentável nos eixos: identidade e cenário jurídico; educação e aprendizagem; governança, gestão e inovação; capital, finanças e desempenho; e impactos econômicos, sociais e ambientais.

Unimeds e Uniodontos são destaques em serviços de saúde suplementar

Os sistemas cooperativos atuantes na saúde suplementar são referências na prestação de serviços médicos e odontológicos. Esta constatação foi corroborada com a avaliação anual da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), publicada no final de dezembro passado. A notoriedade pode ser observada por meio do Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS) 2022, que teve como base o ano de 2021. As 235 operadoras do sistema Unimed foram classificadas em boas faixas de desempenho e, das 60 operadoras com nota máxima, 53 são operadoras Unimed. Já as Uniodontos somaram 13 das 18 maiores notas (acima de 0,9) das operadoras exclusivamente odontológicas.

A Seguros Unimed foi considerada a seguradora mais bem avaliada do mercado, com destaque nas dimensões de Sustentabilidade no Mercado, com pontuação máxima (a variação é de zero a um), Qualidade na Atenção à Saúde e Gestão de Processos e Regulação. O presidente da Seguradora, Helton Freitas, comemorou mais um ano de bons serviços prestados e reconhecidos pelos consumidores.

“A Seguros Unimed segue uma trajetória de crescimento sustentável há mais de três décadas, sempre com foco na satisfação dos clientes, na inovação a serviços do cuidado e na melhoria contínua dos seus processos e serviços assistenciais. Celebramos está boa notícia com a chancela do nosso órgão regulador, junto às demais empresas do Sistema Unimed, com 53 cooperativas figurando entre as operadoras de nota máxima na avaliação”, afirmou Freitas.

A Unimed Sul Capixaba, no Espírito Santo, também é destaque no relatório. Para o diretor-presidente da cooperativa, Fernando Lemgruber, "a avaliação com nota máxima no índice IDSS pelo quarto ano consecutivo consolida os nossos esforços em garantir a qualidade de atendimento e assistência em saúde na região Sul do Espírito Santo. Buscamos inovar e investir em nossa estrutura e equipe para oferecer a melhor experiência aos nossos clientes".

A Uniodonto Rio Claro (SP) ficou em terceiro lugar no ranking das operadoras exclusivamente odontológicas. Segundo a presidente da cooperativa, Rosangela da Silveira Freitas, “o IDSS é um índice no qual a Uniodonto de Rio Claro se baseia há muito tempo para realizar melhorias no atendimento dos clientes. A prevenção como promoção de saúde é uma regra entre nossos cooperados no atendimento aos beneficiários. A preocupação com a rede de atendimento e com a sustentabilidade no mercado são desafios constantes. Para uma gestão de processos e regulação, contamos com o apoio incondicional do Sescoop. Para que tudo isso funcione muito bem temos o excelente atendimento dos nossos cooperados e a eficiência dos nossos colaboradores”.

A iniciativa da ANS tem por objetivo estimular a qualidade dos planos de saúde, ampliar o acesso à informação e permitir que o consumidor compare os desempenhos das operadoras de saúde para fazer a melhor escolha quando necessita contratar serviços de assistência médica complementar.

O índice é calculado a partir de indicadores definidos pela agência e distribuídos em quatro dimensões: Qualidade em Atenção à Saúde, que avalia o conjunto de ações que contribuem para o atendimento do beneficiário com destaque na promoção, prevenção e assistência prestada; Garantia de Acesso, que trata das condições que possibilitam o atendimento abrangendo a oferta de rede de prestadores; Sustentabilidade no Mercado, que considera o equilíbrio econômico-financeiro, a satisfação do usuário e o compromisso com os prestadores; e Gestão de Processos e Regulação, que afere o cumprimento das obrigações junto à ANS.

Unimed - Com 55 anos de atuação, o Sistema Unimed é composto por 341 cooperativas, que congregam 118 mil médicos e atende cerca de 19 milhões de clientes em suas 150 unidades hospitalares e em seus mais de 29 mil hospitais, clínicas e serviços credenciados.

Uniodonto - O Sistema Uniodonto foi fundado em 1972. Atualmente, mais de 22 mil cirurgiões-dentistas compõe sua rede de atendimento que se organiza em 117 cooperativas, atendendo mais de 3 milhões de beneficiários em todo o território nacional.

Para saber mais sobre o IDSS, clique aqui.

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Sistema OCB comemora conquistas alcançadas em 2022

O ano de 2022 foi bastante produtivo e recheado de resultados positivos para as cooperativas, cooperados e colaborares do movimento. A participação em temas estratégicos tanto na política como nas relações institucionais no Brasil e no mundo acarretou novos negócios, produtos e serviços ofertados, melhorando o desempenho econômico e social do país.

Entre os principais destaques está o aumento do número de cooperados, que atingiu 18,8 milhões pessoas e já representa quase 8% da população brasileira, segundo dados do AnuárioCoop 2022. O número é 10% superior ao de 2020, quando foram registrados mais de 17 milhões de cooperados no país. O total de cooperativas subiu para 4.880. Outro dado importante é que a participação feminina em cargos de liderança passou de 17% para 20%.

A Casa do Cooperativismo também contribuiu significativamente para a construção de políticas públicas relevantes como o Projeto de Lei Complementar (PLP 27/20), que se transformou na Lei Complementar 196/22 e modernizou a legislação que rege a atuação das cooperativas de crédito, e a elaboração do Plano Safra 22/23, que destinou o montante de R$ 340,88 bilhões em financiamentos para apoiar o agro nacional, um aumento de 36% em relação ao ano anterior.

Além disso, o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo foi um dos principais pontos de debate da Reforma Tributária (PEC 110/2019), que continua em tramitação no Congresso Nacional e representa uma das demandas primordiais do movimento para manter sua competividade.

Institucionalmente, também foram promovidos diversos eventos como, por exemplo, a Semana de Competitividade, o lançamento da Agenda Institucional do Cooperativismo, o Dia C, a entrega do Prêmio SomosCoop Melhores do Ano, entre outros.

Para complementar, as publicações técnicas, jurídicas, e-books, boletins com estudos e tendências, bem como radar de boas práticas, foram outras atividades importantes para fortalecer o movimento ao longo do ano.  Os cursos de capacitação presenciais e em EAD integraram a pauta de formação e, permitiram, inclusive, que outros países fossem ajudados com as técnicas e táticas do coop brasileiro, em especial, nos ramos Agro e Crédito.

“Tivemos tantas vitórias, que temos certeza de que estamos no caminho certo. Os resultados deste ano expressam quão sólida é a base do nosso movimento e o quanto o nosso modelo de negócios tem sido cada vez mais acessado pela população. Mesmo diante de uma crise sanitária mundial criamos oportunidades, inovamos e nos fortalecemos. Está claro que somos essenciais para a retomada da economia brasileira, mas sobretudo, para levar prosperidade para o Brasil e para o mundo”, destaca o presidente, Marcio Lopes de Freitas.

Ele também agradeceu a cada cooperativa, cooperado e colaborador que atua em prol das ações e atividades do cooperativismo e renovou o desejo para que, juntos, seja possível continuar essa jornada por um mundo mais justo, equilibrado e feliz para todos.

O cooperativismo tem em sua natureza, o desafio de pensar o futuro a partir de perspectivas que contribuam para consolidar cada vez mais uma economia social, centrada no bem-estar da sociedade e no desenvolvimento sustentável. Acreditamos na prosperidade. E isso não significa apenas gerar riqueza. É muito mais. É um conjunto de boas práticas que transborda e derrama valores por onde passa e transforma a vida das pessoas”, complementou. 

Representação Internacional

Em âmbito internacional, o presidente Marcio Lopes de Freitas foi eleito, em junho, por maioria expressiva para compor o Conselho de Administração da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), órgão máximo do movimento em todo o mundo. A presença dele garantirá, entre outras possibilidades, acesso a novos mercados para o coop brasileiro. Atualmente, produtos de 508 cooperativas estão nas prateleiras dos mais diversos países. “Estamos trabalhando para fortalecer a cultura da cooperação e garantir mais legitimidade, maior representatividade e interlocução mais direta entre os países membros da ACI”, destacou o presidente.

A Aliança Cooperativa Internacional (ACI) tem 126 anos de existência e é uma organização não-governamental independente que reúne, representa e atende organizações cooperativas em todo o mundo. É a voz mundial das cooperativas e trabalha com governos e organizações globais e regionais para criar ambientes legislativos que possibilitem a formação e o crescimento das cooperativas. O Sistema OCB é filiado a ela desde 1989 e o primeiro presidente não europeu foi o cooperativista brasileiro Roberto Rodrigues.

Inovação

De acordo com dados do Sistema OCB, oito em cada dez cooperativas consideram a inovação fundamental e estratégica para aprimorar sua atuação nos mais variados ramos do coop. Para apresentar as principais tendências da atualidade, a entidade publicou, em abril, o livro Inovação no Cooperativismo: Um guia descomplicado para quem deseja inovar mais e melhor no universo coop.

A publicação oferece ao leitor uma experiência singular: a personagem Eliza, em homenagem à única mulher entre o grupo de fundadores do cooperativismo, Eliza Brierley. Por meio de QR Code, ela guia o leitor e conecta o texto impresso com a realidade aumentada. Na abertura de cada capítulo, Eliza se projeta nas telas dos smartphones e fala com o leitor.

 Outros e-books também foram publicados pelo Sistema OCB ao longo do ano para auxiliar as coops a inovarem, planejarem e otimizarem suas atividades. O Programa Conexão com Startups, por exemplo, foi transformado em livro digital para auxiliar e complementar as lacunas existentes dentro do ambiente cooperativista, especialmente com as oportunidades de investimento de recursos em temáticas de inovação e tecnologia.

Pesquisa

Em maio, o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) lançaram edital voltado às pesquisas científicas sobre o cooperativismo. O edital recebeu 131 projetos e selecionou 44. Com fomento de R$ 4 milhões, os pesquisadores podem custear bolsas, passagens, hospedagens, participação em congressos e até comprar equipamentos e materiais para execução do estudo.

A parceria entre o Sescoop e o CNPq teve início em 2017, quando foi assinado o Acordo de Cooperação Técnica e Financeira para a operacionalização de chamadas públicas para financiamento de projetos de pesquisa científica. O primeiro edital, em 2018, recebeu 374 inscrições. Foram contemplados 41 projetos, de 14 estados diferentes, com recursos que somaram R$ 2,8 milhões, repassados às universidades e institutos de pesquisa.

Ações sociais

O primeiro sábado de julho é marcado, anualmente, pelo Dia de Cooperar ou Dia C. Neste ano, a data foi celebrada com entusiasmo pelas Organizações Estaduais que compõem o Sistema OCB. Após dois anos da crise sanitária internacional da Covid-19, o evento voltou a contar com atividades presenciais e programação diversificada. Foram mais de 14 mil iniciativas que beneficiaram quase 25 milhões de pessoas.

Competitividade

Durante a Semana de Competitividade do Cooperativismo, evento realizado em agosto no formato híbrido (presencial e online), mais de 600 cooperativistas estiveram em Brasília para aprimorar seus conhecimentos sobre inovação, gestão e governança, além de divulgar seus produtos e serviços. Os comitês de jovens e mulheres, Geração C e Elas Pelo Coop, marcaram presença e tiveram a oportunidade de apresentar o Manifesto Coop, em defesa do movimento, para um auditório lotado.

O desafio BRC R$ 1 Tri de Prosperidade e o Programa ESGCoop também foram lançados durante o evento. O BRC tem por objetivo aumentar, até 2027, a movimentação financeira do coop para R$ 1 trilhão e o número de cooperados para 30 milhões. Já o ESGCoop pretende promover as estratégias de governança, respeito ambiental e cuidado social com indicadores do que comprovem as atividades nesse sentido já desenvolvidas e coordenadas pelo cooperativismo.

SomosCoop

Criado para difundir ainda mais o cooperativismo para a sociedade, o movimento SomosCoop, desenvolveu inúmeras estratégias durante o ano, como campanha publicitária com Guga Kuerten e o lançamento da primeira temporada da websérie SomosCoop na Estrada. Sob o comando da jornalista Glenda Kozlowski. Ela percorre todo o país para mostrar o dia a dia das cooperativas de forma descontraída, outra iniciativa importante para a divulgação dos benefícios que o cooperativismo oferece para a sociedade. Os dez episódios que contemplam todos os ramos do coop, conquistou adeptos em todo o Brasil.

Mundo

Missões Internacionais marcaram significativamente as atividades do Sistema OCB durante todo o ano. Além de recepcionar embaixadores, autoridades e dirigentes de outros países, a equipe técnica da Casa do Cooperativismo participou de inúmeros eventos e ofertou, inclusive, capacitação para cooperados de outras nações.

Um dos destaques da atuação da entidade foi a participação da superintendente e da gerente de Relações Institucionais, Tania Zanella e Clara Maffia, no Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito (Woccu), na Escócia. O Conselho engloba 86.451 cooperativas de crédito em 118 países, que atendem 375 milhões de pessoas e já implementou mais de 300 programas de assistência técnica em 90 países.

Outro destaque foi a participação das cooperativas de Cafeicultores e Agropecuaristas (Cocapec) e Prata da Cuesta Sustentavel (Coopercuesta) na feira de agronegócios Thaifex Anuga 2022, na Tailândia, o que representou um importante reconhecimento internacional dos produtos coop. A Thaifex atrai milhares de expositores e visitantes de todo o mundo e é considerada uma porta de entrada estratégica para negócios que visam capitalizar e crescer nos países do Sudeste Asiático.

Em Botsuana, na África, o Sistema OCB capacitou 26 representantes do governo local e da cooperativa de Kweneng Norte para fortalecimento do movimento no país. O foco do treinamento foi na área de contabilidade com explicações sobre demonstrações contábeis, balanço patrimonial e demonstrativo de resultados por exercício.

Além disso, a Reunião Especializada de Cooperativas do Mercosul (RECM), definiu o cronograma de trabalho para o próximo biênio (2023-2024) e ficou acordada a realização de missão internacional comercial conjunta à Ásia, com visitas à Singapura, Tailândia e Vietnã com o objetivo de impulsionar a exportação de produtos das coops do Mercosul: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.

Exportação

O convênio entre o Sistema OCB e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) avançou mais em 2022 com o Programa de Qualificação para Exportação direcionado ao coop, o Peiex-Coop. Cerca de 50 cooperativas com potencial de exportação, que atuam na produção de cafés especiais, frutas frescas, lácteos, meles e proteína animal, fazem parte dessa etapa do programa.

O Peiex permite que as coops iniciem seus processos de exportação de forma planejada e segura. Nos últimos quatro anos, a presença das cooperativas nas exportações brasileiras, independente do seu porte, tem se mantido estável. O objetivo é ampliar o número de coops exportadoras, bem como a atuação das que já acessam o mercado internacional.

Meio ambiente

O cooperativismo brasileiro foi convidado a integrar painel na 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP27, para falar sobre a contribuição das cooperativas para o alcance das metas globais de sustentabilidade e de desenvolvimento social. A indicação das coops foi feita pelos ministérios do Meio Ambiente (MMA) e de Minas e Energia (MME). CCPR (MG), Coopercitrus (SP), Cocamar (PR) e Coplana (SP) apresentaram suas ações em defesa de um ambiente produtivo mais sustentável.  Na ocasião, o coop reafirmou seu compromisso com a sustentabilidade, por meio do Manifesto publicado no site https://cooperacaoambiental.coop.br/

Capacitação

A plataforma CapacitaCoop atingiu 100 cursos ofertados e mais de 32 mil alunos cadastrados. Criada em 2020 para efetivar o 5º princípio do cooperativismo, que tem foco na educação, formação e capacitação, a iniciativa vem se consolidando como a principal estrutura de ensino à distância do coop brasileiro. Atualmente, quase três mil cooperativas utilizam a plataforma para ampliar os conhecimentos de seus cooperados e funcionários.

Melhores do Ano

A 13ª edição do Prêmio SomosCoop Melhores do Ano bateu recorde de inscrições com a 787 projetos e 431 cooperativas participantes de todos os estados da Federação. Destes, 18 foram escolhidos como finalistas e participaram da cerimônia de entrega dos troféus. Já o Influenciador Coop foi escolhido por meio de votação popular. Além dos troféus, os primeiros colocados de cada categoria também receberam bolsas para intercâmbios internacionais. Os projetos vencedores emocionaram e demonstraram a diversidade e a abrangência do movimento em todo o Brasil.

Filosofia de Gestão é tema de masterclass direcionada às cooperativas

O que começou como um experimento para as cooperativas goianas tornou-se um curso, em nível nacional, sobre Filosofia de Gestão (FG) voltado para o modelo de negócios cooperativista. O MasterClass FG Academy foi inaugurado, nesta terça-feira (25), com aula magna que contou com a participação do presidente do Sistema OCB, Marcio Lopes de Freitas. As soluções personalizadas são frutos de parceria, inicialmente, entre o Sistema OCB/GO e a empresa Thutor, especializada em técnicas de gestão com desenvolvimento de propósito.

Marcio parabenizou a iniciativa do presidente do Sistema OCB/GO, Luís Alberto Pereira, e os investimentos das coops em capacitação e formação de seus cooperados, bem como o monitoramento de suas atividades que, segundo ele, vêm apresentando sinais de desempenho cada vez mais positivos.

“É importante termos parceiros adequados para desenvolver permanentemente nosso modelo de negócios. O presidente Luís Alberto foi muito feliz em investir no principal capital da cooperativa, que são nossos cooperados. A humanidade não está satisfeita com os atuais modelos: capitalismo desenfreado ou socialismo concentrador. O coop tem tudo a ver com os anseios da população, que clama por uma economia mais compartilhada e isto está em nosso DNA. Claro, sem abrir mão da competitividade, da sustentabilidade e da eficiência em gestão. Todos esses pontos passam pela formação de nossos cooperados e dirigentes”, considerou o presidente Marcio.

O presidente do Sistema OCB também destacou o desafio BRC 1 Tri de Prosperidade, que tem entre seus objetivos, garantir o bem-estar de todas as pessoas e projeta como meta, somar 30 milhões de cooperados e movimentar R$ 1 trilhão nos próximos cinco anos (até 2027). “Somos capazes de gerar prosperidade para além do desenvolvimento econômico. Estamos empenhados nisto e, para alcançarmos essa meta, começamos formando gente. Com o FG Academy tenho certeza de que vamos mais rápido, sobretudo, nas nossas métricas ESGCoop. Desejo muito sucesso aos instrutores e aos participantes dessa formação. Vamos fazer um Brasil melhor para todos”, enfatizou.

As experiências com a Thutor motivaram o Sistema OCB/GO a aumentar o alcance da capacitação dentro do modelo de filosofia de gestão. “Queríamos construir uma base que fosse mais acessível para várias coops e, após nosso primeiro projeto, aperfeiçoamos algumas questões e lançamos o FG Academy. Eu reforço que é necessário que haja envolvimento dos dirigentes para avançarmos. Desejo bons estudos a todos neste curso, onde a felicidade das pessoas é o principal foco”, salientou Luís Alberto Pereira.

Segundo o fundador da Thutor, Marcio Fernandes, o coop é uma escolha consciente para um caminho de sucesso com prosperidade.  “O desafio BRC 1 Tri será atingido muito antes e com o FG Academy vamos perpetuar as conexões com as pessoas para melhor compreendê-las. Dá para ganhar dinheiro pensando em melhorar a qualidade de vida e alinhar isto ao dinamismo, inovação, resiliência, pensamento estratégico e foco nos resultados. É uma jornada de transformação cultural, e nela temos quatro pilares: acreditar, praticar, melhorar e compartilhar. Nosso curso é voltado para lideranças, gestores, presidentes, dirigentes e todas as pessoas que querem novas ferramentas no seu cinturão de habilidades”.

O presidente do Sistema OCB/MS, Celso Regis, avaliou que os desafios futuros exigem que as estratégias do coop precisam ser aperfeiçoadas. “Precisamos buscar errar menos para chegarmos a R$ 1 trilhão de prosperidade. Temos capacidade e empreendimentos cooperativos formidáveis aliados ao propósito de melhorar a qualidade de vida das comunidades onde estamos inseridos”.

O curso

O objetivo do curso é transferir conhecimentos sobre Filosofia da Gestão para as cooperativas de forma prática. Até três dirigentes de cada coop poderão acessar as aulas virtuais, os materiais didáticos e contar com as tutorias. A plataforma Wave foi criada para atender os alunos e funcionará, além de biblioteca com materiais necessários, como uma rede de conexão entre as coops.  Com duração de 36 meses, separados em três jornadas de aprendizado – 12 meses cada (200 horas) – os estudos estão alinhados com entendimentos comuns do Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas (PDGC). A cada módulo haverá avaliações.  Ao final dos 36 meses, as coops serão certificadas pela FG Academy.

Livro Inovação no Coop disponível em formato digital

O livro Inovação no cooperativismo — um guia descomplicado para quem deseja inovar mais e melhor no universo coop, já está disponível também em versão digital no site InovaCoop. A publicação, lançada em formato físico no início do ano, traz o que há de mais atual em estratégias e ferramentas para implementação de programas de inovação dentro das cooperativas. O e-book é mais uma ação de capacitação promovida pelo Sistema OCB.

“Este livro é fruto de um trabalho intenso focado em mostrar caminhos para que nossas atividades estejam sempre um passo à frente na missão de transformar o mundo em um lugar mais justo, equilibrado e com as melhores oportunidades para todos. Nossa história mostra que o cooperativismo sempre foi inovador. Esta publicação não é apenas uma fonte de consulta e de referência, mas um convite a assumirmos atitudes ousadas e inovadoras em nosso dia a dia. Agora, no formato digital, pode ser acessado mais rapidamente até mesmo no celular”, destaca o presidente Marcio Lopes de Freitas.

O livro, que amplia a visibilidade das boas práticas já desenvolvidas ou em andamento no coop, está dividido em seis partes que versam sobre a introdução ao tema, estratégias e metodologias e tendências de futuro. Cada capítulo traz ainda cases de sucessos e artigos assinados por especialistas no assunto como Martha Gabriel, Arthur Igreja, Jacson Fressatto, Samyra Ribeiro, Eduardo Damião e Mário De Conto. A publicação tem ainda um dicionário com os principais verbetes e conceitos relacionados ao coop.

“Inovar não significa criar sistemas totalmente novos, mas descobrir um jeito diferente de fazer as coisas, de forma mais simples e eficaz, com redução de custos e ganho de produtividade”, salienta o presidente.

Coops brasileiras visitam Israel para conhecer soluções de mobilidade

O sucesso em inovações no seguimento do transporte em Israel foi o mote da missão internacional organizada pelo Sistema OCB e que contou com uma comitiva de 25 dirigentes de coops do Ramo Transporte. Nove estados brasileiros participaram das agendas, que aconteceram entre os dias 6 e 10 de novembro, para conhecer com profundidade as soluções de mobilidade inteligente, utilização de novas ferramentas tecnológicas para a organização da cadeia logística do transporte de passageiros e cargas.

Em Israel, a comitiva fez reunião de alinhamento no escritório da Apex-Brasil, em Jerusalém, para conhecer as oportunidades de investimento e financiamento para o setor na temática de novas tecnologias. Os cooperativistas brasileiros visitaram a sede do Ministério de Transportes do país, em Tel Aviv, e conheceram a parceria público-privada Smart Mobility, que é liderada pelo Ministério. A atuação governo israelense está baseada em implementar soluções inteligentes e colocar o país como referência no segmento de transportes. Segundo relatado na visita, Israel está se preparando para viabilizar o tráfego de carros autônomos nos próximos anos.

Israel é considerado o terceiro maior ecossistema de startups do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e do Reino Unido. Por isso, a pequena nação do Oriente Médio, com uma população de apenas 10 milhões de pessoas, e o território menor que o do estado de Sergipe é considerada Nação Startup por ter este destaque internacional no estímulo à inovação. O grupo também se reuniu com a startup Mobileye, que é a maior empresa de sistema de sensores para automação de veículos do planeta

“Essa empresa tem tecnologia de câmeras nos carros que, por exemplo, detectam risco de colisão e aciona os freios evitando a batida. A delegação foi recebida na sede da empresa, em Jerusalém, com apresentação das tecnologias que poderiam ser levadas tanto para frotas de táxis, vans, transporte escolar, como de caminhões das cooperativas”, contou o Gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB, Robson Silva.

O grupo conheceu ainda a startup Nacional Central, que é uma organização da sociedade civil, que congrega as cooperativas israelenses. A delegação também teve a oportunidade de se reunir com a EcoMotion, aceleradora que reúne startups voltadas para o setor de transportes no país. Os israelenses apresentaram quatro startups alinhadas com os objetivos da missão brasileira, que tiveram a oportunidade de conhecer projetos de tecnologias de ponta e automatização de frota. O grupo foi recebido por executivos da Enigmatos, Make My Day, Imagry e RoadSense, empresas e startups de destaque no setor da inovação em transporte em todo o mundo.

Tráfego aéreo

A comitiva teve a oportunidade de conhecer a Iniciativa de Mobilidade Aérea Urbana de Israel (Naama), que tem, entre suas metas, estabelecer rotas nacionais para drones transportarem cargas leves. Em outro aspecto, o país quer incentivar a opção por veículos elétricos para a população. O coordenador de monitoramento do Sescoop/PR, João Gogola Neto, observou que a criação de plataformas que possibilite a operação de empresas do segmento em termos de infraestrutura e regulamentação foram outras reflexões da missão.

Outro programa apresentado aos brasileiros foi o Mazor Mishamayim (Alívio do Céu), ainda em fase piloto e que foi criado para enfrentar os desafios da crise sanitária provocada pela Covid-19. A iniciativa ajudou o Ministério da Saúde do país, bem como hospitais, farmácias e laboratórios no transporte de medicamentos e equipamentos. Desta forma, criaram uma rede nacional de transportes destes insumos.

Passageiros

A comitiva visitou o Egged Group, na cidade de Holon. A empresa, que já atuou como cooperativa e está em atividade há 90 anos, é considerada uma das maiores no ramo de transporte público do mundo. Nos últimos anos, ela ampliou suas atividades tanto em transporte público, como nas áreas de interface. Foi responsável pela construção e operação da Linha Vermelha para o sistema de transporte público e atua também em pesquisa, desenvolvimento e estabelecimento de redes de trânsito inteligentes, além de soluções de passeio sob demanda.

A empresa opera dentro e ao redor de Israel, presta serviço de manutenção, distribuição e produção para a indústria automotiva. Seus serviços são ofertados também na Europa e opera ainda no setor de turismo. A Egged é responsável por 30% do mercado, emprega nove mil pessoas em Israel e em outros países, além de faturar anualmente mais de U$ 1 bilhão com seus quatro mil ônibus de transporte coletivo.

Kibutz

Na cultura judaica há um movimento que significa proximidade e se chama Kibutz. O modelo surgiu em 1910 para aglutinar judeus em comunidades que cooperavam entre si. Desta forma, toda produção e geração de renda era feita em modelo cooperativista, especialmente na produção agrícola.

No contexto da missão de estudos, a comitiva brasileira visitou dois Kibutz e foi recebida pelo vice-Ministro da Economia de Israel, Yair Golan. Eles puderam dialogar sobre os desafios na elaboração de políticas públicas para as cooperativas no país. Na oportunidade, os dirigentes brasileiros participaram de curso voltado para liderança e fomento à inovação.

Já em visita ao Porto de Haifa, maior terminal portuário de cargas de Israel, e um dos maiores do Oriente Médio, os dirigentes conversaram sobre oportunidades de complementação de frete, ou seja, como inserir as coops brasileiras nesta logística internacional entre os dois países ou de empresas israelenses que atuam no Brasil.

Capacitação

O Sistema OCB promoveu, como parte da programação da missão de estudos, um workshop com uma das principais instrutoras e palestrantes israelenses sobre inovação no setor de transportes, Marina Smolyanov. Os delegados puderam discutir o papel do cooperativismo brasileiro no fomento à inovação no setor de transporte de passageiros e de carga em nosso país.

Museu do Amanhã sediou conferência internacional do coop de plataforma

As inovações estão presentes e são necessárias para melhorias em todos os segmentos econômicos. A utilização de plataformas para angariar novos clientes e otimizar suas atividades é tema em voga em todo o mundo. No coop não seria diferente. O movimento de vanguarda já vem se utilizando de recursos digitais para oferecer seus produtos e serviços, aumentando os ganhos das cooperativas e de seus cooperados.

Com o patrocínio do Sistema OCB e do Sistema OCB/RJ, a 7ª Conferência Internacional do Cooperativismo de Plataforma foi realizada no simbólico Museu do Amanhã, na capital carioca, entre os dias 4 e 6 de novembro. Para falar sobre o jeito coop de se fazer negócios, bem como as tendências já aplicadas pelo Sistema OCB, a gerente de Relações Institucionais, Clara Maffia, destacou as ações desenvolvidas para aumentar o reconhecimento do coop em nossa sociedade.

“Temos compromisso com o nosso modelo de negócios, que é voltado para as pessoas. Com o SomosCoop queremos que o cooperativismo brasileiro, que faz muito e faz bem, seja cada vez mais reconhecido por nossa sociedade. E para que o coop esteja sempre dentro das tendências de mercado, oferecemos cursos de capacitação e EAD, na nossa plataforma de aprendizagem CapacitaCoop. Dentro do nosso canal de inovações, o InovaCoop, disponibilizamos boas ideias já praticadas pelas cooperativas que podem e devem ser replicadas em benefício de todas as cooperativas”, destacou Maffia.

A gerente apresentou o case da cooperativa Fetrabalho, do Rio Grande do Sul, que participou da primeira edição do programa Conexão com Startups, do Sistema OCB. A coop tinha como desafio desenvolver um aplicativo com todo seu portfólio de produtos e serviços em um único lugar, justamente, para avançar no modelo de economia de plataforma. O aplicativo é referência para outras cooperativas brasileiras e tem sido a ponte para a venda não apenas para o povo gaúcho, como para todo o Brasil.

A Conferência

Esta é a primeira vez em que a Conferência Internacional do Cooperativismo de Plataforma é sediada em um país do chamado Sul Global. As outras edições foram realizadas em Nova York (EUA), Berlim (Alemanha) e Hong Kong (China). O evento contou com mais de 300 pessoas na plateia e abordou o cooperativismo de plataforma em amplo aspecto como: novos modelos para o futuro da economia; dualidade, diálogos e oportunidades; e alternativas para a economia digital.

A abertura ficou a cargo do superintendente do Sistema OCB/RJ, Abdul Nasser, que destacou a importância da mobilidade social trazida por este segmento comercial, que é a utilização de plataformas. Ele frisou que o evento é mais uma oportunidade para tornar mais conhecidos os princípios que norteiam o coop para que mais pessoas se engajem e alcancem objetivos comuns.

Logo na primeira mesa do encontro foram apresentadas iniciativas de sucesso como do coletivo Señoritas Courier, formada por mulheres e pessoas LGBTQIA+, que realizam entregas de bicicletas; e do assistente virtual Contrata quem Luta, desenvolvido pelo  Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, com a finalidade de conectar profissionais e clientes que necessitam de serviços de limpeza ou pintura.

Sistema OCB apoia HUB CNA Digital

Para identificar e disponibilizar soluções tecnológicas que conectem startups com as cooperativas, empresas, investidores, institutos de tecnologia e universidades, o Sistema OCB apoia e é parceira da iniciativa da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) denominada Hub CNA Digital. O espaço foi inaugurado, na terça-feira (26), e conta com estações de trabalho, salas de reuniões, cabines para conferências e espaços para convivência e eventos.

“Não tenho dúvidas de que o Hub de Inovação da CNA irá contribuir para acelerar a digitalização no campo. Na largada, já são cinco desafios importantes e todos em sinergia com as pautas do Ramo Agro do cooperativismo”, parabenizou Robson Silva, gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB.

Durante o evento foram lançados cinco desafios para que as startups apresentem soluções. São eles: conectividade no campo; seguro paramétrico; rastreabilidade animal; pagamento por serviços ambientais - crédito de carbono; e comércio eletrônico. Cada projeto receberá R$ 150 mil (de um total de R$ 750 mil) e terá 12 meses para desenvolvimento.

O presidente da CNA, João Martins, ressaltou que a agropecuária passa por um novo ciclo de desenvolvimento e carece que as tecnologias cheguem ao campo com mais velocidade e dinamismo, inclusive para pequenos produtores.

“Essa quarta revolução da agropecuária, chamada de Agro 4.0, apresenta mais um importante desafio: capacitar os produtores rurais e difundir tecnologia para o processo de digitalização das propriedades. As soluções tecnológicas aqui pensadas e desenvolvidas serão disponibilizadas de forma acessível e adaptada às diversas realidades brasileiras utilizando a rede de assistência técnica”, disse Martins.

Para o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes, o espaço será “um criadouro de startups”. Montes frisou que estas soluções, em especial, para a rastreabilidade da produção animal e vegetal, é fundamental, pois representa uma lacuna que abre espaço para críticas internacionais à sustentabilidade do agronegócio nacional.

*Com informações da assessoria da CNA

imagem site coop

CapacitaCoop oferta 100 cursos à distância

A CapacitaCoop, plataforma de aprendizagem do Sistema OCB, alcançou o número de 100 cursos à distância (EAD) ofertados nesta segunda-feira (3). Criada em 2020, a iniciativa vem se consolidando como a principal plataforma de ensino à distância do coop brasileiro, com mais de 32 mil alunos cadastrados desde seu lançamento.

Claudia Moreno, analista do Sistema OCB, atribui a alta adesão ao conteúdo robusto e ao design moderno e intuitivo, além da facilidade de acesso que pode ser realizado pelo computador, tablet ou celular. “Os recursos educacionais da CapacitaCoop materializam o 5º princípio do cooperativismo, que foca na educação, formação e informação de seus cooperados, ao promover a participação ativa do aluno em seu processo de aprendizagem”, diz.

Os diversificados cursos de gestão, finanças e tributação, comunicação, legislação, entre outros, representam mais uma conquista do coop brasileiro. A plataforma é um convite para cooperados, cidadãos comuns e alunos de países de língua portuguesa (Angola, Moçambique e Portugal) se capacitarem em diversos segmentos e receberem certificação.

Atualmente, quase 3 mil cooperativas utilizam a plataforma para ampliar os conhecimentos de seus cooperados e funcionários. Desde o lançamento, o índice de satisfação dos alunos é 9, em um total de 10.  

A CapacitaCoop é gratuita e quem não é ligado à uma cooperativa também pode fazer os cursos, além das Trilhas de Aprendizagem que foram planejadas cuidadosamente para cada tipo de necessidade. A plataforma conta com diferenciais como vitrine de informações dos cursos e trilhas; biblioteca atualizada com materiais sobre o coop; integração com sistema de web conferência; aplicativo para acessar conteúdo dos cursos, mesmo que o aluno esteja off-line; suporte técnico gratuito, pelo número 0800 642 4025; cursos com tutores para tirar dúvidas; e gameficação, para que o aluno que avance em seus estudos acumule pontos e suba no ranking geral da CapacitaCoop.

Até o final desde ano, serão lançados novos cursos que versam sobre Ética para as Cooperativas; Fundamentos de Marketing, Acesso a Crédito; Excelência no Atendimento a Clientes; Produtividade; Liderança; Comunicação; ESG; Vendas e Soft Skills. Será disponibilizada também uma trilha de aprendizagem voltada para pesquisadores do cooperativismo.

Acesse e comece a aprender agora mesmo: https://www.capacita.coop.br/  

WCM: tendências e inovações são foco da 8ª edição do evento

As cooperativas e representantes do Sistema OCB participaram da 8ª edição do World Coop Management (WCM), evento direcionado aos gestores e dirigentes de cooperativas que buscam se atualizar sobre o que há de mais novo em conceitos e estratégias de mercado. A imersão em conteúdos de gestão sobre tendências e inovações aconteceu, nesta segunda e terça-feira (17 e 18), em Belo Horizonte (MG).

Na abertura, o presidente do Sistema OCB, Marcio Lopes de Freitas, falou sobre a presença da estratégia ESG (cuidado ambiental, responsabilidade social e governança) no cooperativismo; sobre o Desafio BRC R$ 1 Tri - que instiga as cooperativas a alcançarem, até 2027, R$ 1 trilhão em prosperidade e 30 milhões de cooperados no mesmo período; e sobre a adesão mais acentuada do selo SomosCoop como forma de promover o reconhecimento do cooperativismo no país.

“O WCM, que já virou tradição, é de extrema relevância para o cooperativismo. Com estes olhares podemos trilhar novos caminhos para melhorar a vida das pessoas e das comunidades onde estamos inseridos. A tendência do mercado mundial incorpora os princípios ESG, já enraizados no cooperativismo”, afirmou. E acrescentou:

“Sabemos também do nosso papel nas políticas de combate à fome e na segurança alimentar do mundo. Em outro ponto de vista, tudo o que o coop gera retorna em benefício do cooperado, das comunidades, dos estados, do país e do mundo. Por isso, vamos atingir a meta de R$ 1 trilhão de prosperidade, que será revertida em emprego, renda, negócios e oportunidades para todos. Ressalto que prosperidade é muito maior que desenvolvimento econômico e social, porque promove verdadeira mudança na vida de todos.”

A conferência contou também com   a gerente de Desenvolvimento de Cooperativas, Débora Ingrisano que mediou um painel sobre ESG; da gerente de Marketing e Comunicação, Samara Araujo, sobre o movimento SomosCoop em produtos e serviços; e do analista de Inovação, Gustavo Farias, sobre programas de inovação, como o conexão com startups.

A organização do evento estima que mil cooperativas estiveram presentes durante todo o WCM, que contou ainda com dois eventos paralelos: o Cooptech, com iniciativas de inovação; e o CooperaRH, sobre gestão de pessoas.

Estande

O estande do SomosCoop no WCM foi uma parceria entre Sistema OCB e Sistema Ocemg. O espaço contava com jogo “Jornada Coop”, que apresenta ao usuário a situação da cooperativa em diversos programas do Sistema OCB para impulsionar os negócios, a exemplo do Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas (PDGC); o Sou.Coop; e a plataforma e-commerce NegóciosCoop.

 

 

Mapa publica portaria sobre registro de tratores que trafegam em vias públicas

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou, nesta quinta-feira (6), a Portaria 469/22, que prioriza os tratores e máquinas agrícolas, produzidos a partir de 2016, na obtenção do Registro Nacional de Tratores e Máquinas Agrícolas (Renagro). De acordo com a pasta, a prioridade tem por finalidade evitar acúmulo de solicitações.

O documento gratuito terá validade em todo o território nacional sem cobrança de taxa de licenciamento anual, ou necessidade de emplacamento. As solicitações podem ser efetuadas por meio da Plataforma Nacional de Registro e Gestão de Tratores e Equipamentos Agrícolas (IdAgro).

Números - De acordo com o Mapa, das 1,6 milhões de unidades de tratores e máquinas que transitam em via pública, 85 mil já foram cadastradas, sendo 80% de tratores e 20% de colheitadeiras. O registro para os tratores fabricados depois do ano de 2016 é obrigatório para aqueles que trafegam em vias públicas.

Coops podem se inscrever no Desafio Microcrédito do BNDES

As cooperativas que atuam com o microcrédito e que buscam inovar no mercado financeiro podem se inscrever no Desafio Microcrédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os projetos podem ser submetidos até o dia 20 de outubro e as três melhores propostas apresentarão suas soluções para a diretoria do Banco. A instituição oferecerá mentoria para detalhamento e aprofundamento das propostas, bem como criará oportunidades de negócios com redes parceiras.

O objetivo da iniciativa é contribuir para o aumento da escala do microcrédito produtivo. As propostas a serem inscritas podem sugerir políticas públicas, parcerias público-privadas e soluções de mercado que abordem problemas do microcrédito.

Os participantes deverão solucionar pelo menos um dos cinco desafios propostos, que são: atrair novos clientes para o microcrédito, fazê-lo chegar a regiões mais afastadas e aumentar o acesso por meio de plataformas; oferecer capacidade de gestão financeira, capacitação digital e profissionalização; aprimorar a análise de crédito, sem histórico bancário, reduzir custos para obtenção de dados para análise; desenvolver novas formas de atendimento para expandir o microcrédito, aumentar a capacidade e eficiência de atendimento dos agentes; e criar instrumentos financeiros inovadores e sustentáveis a longo prazo para apoiar o microcrédito e garantir a efetividade na aplicação dos recurso.

Segundo o edital, o julgamento das soluções será feito por uma comissão técnica e uma banca avaliadora.  Os concorrentes deverão obter boa pontuação em três critérios: Viabilidade da Solução Proposta e Capacidade de Execução; Impacto da Solução Proposta; e Criatividade e Originalidade. Os selecionados terão até cinco minutos para apresentar a proposta para a banca e podem receber 15 minutos adicionais para perguntas e respostas.

De acordo com o cronograma, no dia 10 de novembro serão anunciadas as classificações e os finalistas. Já no dia 30 de novembro serão realizados as bancas de avaliação e o evento de encerramento.

Economia colaborativa e proteção social fazem parte do DNA cooperativista

As novas tendências do trabalho em rede, onde as pessoas estão cada vez mais inseridas, de forma horizontal, no centro da tomada de decisão dos negócios, são parte da essência do movimento cooperativista. Por meio do empreendedorismo e da autogestão, o modelo de negócios coop está alinhado aos anseios das novas gerações por uma economia colaborativa e compartilhada. E é sobre esse aspecto que o quarto eixo da publicação Propostas para um Brasil Mais Cooperativo, elaborado pelo Sistema OCB, apresenta sugestões para o desenvolvimento de projetos, ações e políticas públicas.

“Pensar em cooperativismo é refletir sobre novas formas de se trabalhar em rede, conectar pessoas que somam esforços e dividem resultados”, garante Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB. Ele sugere ao próximo governo a adoção de propostas de incentivo às cooperativas como opção viável e sustentável para que milhares de trabalhadores tenham melhores condições de inserirem seus produtos e serviços no mercado.

Neste sentido, espera-se do governo o reconhecimento do tratamento diferenciado, simplificado e favorecido para que cooperativas de pequeno porte possam ser, cada vez mais, ferramentas para a inserção de trabalhadores no mercado. Além disso, o Sistema OCB busca o reconhecimento da contribuição das cooperativas de trabalho como opção sustentável para milhares de trabalhadores brasileiros, a partir da devida regulamentação da Lei 12.690/2012, a Lei das Cooperativas de Trabalho.

Proteção Social e Empreendedorismo Coletivo

A publicação reforça que o cooperativismo é a melhor ferramenta para a inserção de trabalhadores no mercado. O potencial das cooperativas vai além de gerar emprego e renda, cria também oportunidades de organização e ganho de escala para profissionais autônomos. São sugeridas também a promoção de políticas públicas para inclusão financeira e produtiva de jovens, mulheres e negros no modelo de negócios cooperativista. “É do DNA do cooperativismo focar em seu trabalhador, em seu cooperado, sem discriminá-lo por seu gênero, classe, raça, ideologia ou religião”, afirma Márcio.

A estruturação de caminhoneiros autônomos em cooperativas é outra recomendação do Sistema OCB. Com uma política específica, os caminhoneiros poderão ter acesso a melhores condições de contrato, a insumos, ganho de renda e de escala em suas operações. Além disso, a publicação destaca a necessidade de se reconhecer o cooperativismo para a emancipação e inclusão produtiva de garimpeiros, catadores e outros categorias de empreendedores, que, sozinhos, possuem maior dificuldade para atuarem em suas ocupações.

Plataformas da economia colaborativa

O aperfeiçoamento de políticas para o modelo cooperativista permite incentivar e explorar as novas tendências globais de se trabalhar em rede e conectar pessoas e serviços. Seja em plataformas de compras coletivas, ou na oferta de serviços via aplicativos, a autogestão está presente no movimento. Para ampliar os programas já desenvolvidos pelo Sistema OCB, a publicação sugere a possibilidade de startups cooperativistas receberem incentivos de investidores anjo.

Os diferenciais das cooperativas de consumo estão na qualidade dos produtos e no preço justo, além da promoção de um comércio sustentável. Para isso, o movimento cooperativista defende o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo, em tramitação na Câmara e no Senado em propostas que versam sobre a Reforma Tributária. O ato é a base para assegurar maior competitividade e justiça tributária para elas.

Em um mundo com grandes transformações tecnológicas e cada vez mais conectado, o cooperativismo possui um imenso potencial para organizar pessoas em plataformas e aplicativos, valorizando o seu trabalho e evitando que os resultados destas atividades sejam deslocados para poucos, em grandes centros urbanos, muitas vezes, em outros países. É a economia de propósito, em prol do desenvolvimento local e da atuação pela comunidade.

Coopavel e Coopapi são selecionadas para projetos de inovação no agro

Duas Cooperativas do Sistema OCB foram selecionadas no 2º edital do Programa Agro 4.0, que objetiva disseminar práticas de adoção e difusão de tecnologias para o agronegócio. O programa é uma promoção da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Nesta segunda-feira (12), foram divulgadas as oito iniciativas que receberão fatia de um total de R$ 1,65 milhão para colocar em prática ações de inovação no agro.

O coordenador de Meio Ambiente e Energia do Sistema OCB, Marco Morato, parabenizou as instituições pela promoção do edital e as cooperativas contempladas. Segundo ele, são exemplos assim que prometem dar capilaridade às tecnologias do Agro 4.0 para pequenos e médios produtores vinculados às coops do agro.

“Essa é uma iniciativa muito bem-vinda por nós, ainda mais quando se reconhece a capacidade de nossas cooperativas. Esses recursos são importantes e vão ajudar a evidenciar, ainda mais, as boas práticas do cooperativismo. Acredito que as selecionadas serão exemplo para que outras coops participem dos editais e busquem soluções que deem eficiência, sustentabilidade, inovação e acesso as tecnologias do chamado Agro 4”, afirmou.

Morato lembrou que no edital anterior também foram registradas a participação de duas cooperativas. “O programa vem, de fato, auxiliar na execução desses projetos de digitalização, automação, controles remotos e de eficiência produtiva voltada para a sustentabilidade e condução dessas tecnologias do Agro 4.0”, complementou.  

Projetos

Os projetos-pilotos das contempladas, Coopavel Cooperativa Agroindustrial (PR) e Cooperativa Potiguar de Apicultura e Desenvolvimento Rural e Sustentável (Coopapi) estão atribuídos a ambientes de inovação com uso de tecnologias de sensoriamento remoto, internet das coisas e inteligência artificial.

A Coopavel vai implementar um dispositivo de gestão e controle de produção para a avicultura 4.0. O aplicativo fornecerá informações sobre a qualidade do ambiente, consumo de ração, peso das aves e índices zootécnicos da produção. A avicultura 4.0 contará com soluções da chamada Internet das Coisas (IoT) congregada a softwares de gestão para a coop monitorar, em tempo real, o bem-estar das aves e a produtividade de cada uma. Além de auxiliar o produtor no manejo e na tomada de decisão, também contribuirá para que a equipe técnica da agroindústria possa desempenhar um trabalho mais eficiente no controle sanitário, reduzindo perdas e obtendo melhores resultados.

A Coopapi, por sua vez, implementará um sistema automatizado para o setor de frutas, que fará o controle da classificação da colheita até a qualidade do produto final, que será distribuído no Rio Grande do Norte e também na Paraíba. A automação será voltada ao processo de produção de polpas de frutas. A proposta é uma ferramenta que permite a classificação das frutas quanto ao tamanho, grau de maturidade e presença de imperfeições. Com a iniciativa, a coop quer garantir frutas sãs, limpas, isentas de matéria terrosa, parasitas e detritos de animais ou vegetais. O projeto pretende desenvolver também um sistema atrelado à Internet das Coisas para monitorar parâmetros físico-químicos da água utilizada no processo de produção como: pH, condutividade, salinidade e teor de sólidos dissolvidos.

ABDI e Mapa

O gerente da ABDI, Bruno Jorge, disse que, no primeiro edital, as iniciativas contribuíram para redução de 70% do uso de herbicidas nas lavouras e de 25% dos gases poluentes na pecuária. Para ele, as expectativas para este segundo edital são as melhores, tendo em vista que o programa abrange todo o setor produtivo.

A diretora do Mapa, Sibelle Silva, destacou que a primeira edição demonstrou, na prática, a sinergia dos aspectos de sustentabilidade, segurança alimentar e agricultura digital, além do potencial de todos os ecossistemas de inovação no agro de Norte a Sul do país.

Das oito propostas selecionadas, duas estão atreladas ao Ambientes de Inovação da região Sul, um do Sudeste, três do Centro-Oeste e dois do Nordeste. Os projetos desenvolvidos contarão com uso de tecnologias habilitadoras do Agro 4.0, como sensoriamento remoto (38%), visão computacional (25%), Internet das Coisas (13%), inteligência artificial (13%) e analytics (13%).

Primeiro Edital

Na primeira edição do Programa Agro 4.0, em 2020, a Cooperativa Agropecuária Industrial (Cotrijal) e a Cooperativa Agroindustrial Lar (LAR) foram as selecionadas. A Cotrijal integrou projeto que implementou um aplicativo para quantificar o nível tecnológico e o grau de informação dos produtores rurais em uma escala nacional, ao mesmo tempo em que indicou caminhos sólidos para adoção de tecnologias 4.0, respeitando a curva de aprendizagem e aumentando a eficiência dessas tecnologias.

Já a LAR, desenvolveu o projeto AvioT: Avicultura Conectada, Inteligente e Otimizada. O projeto implantou solução para monitoramento constante da produção e aplicação de técnicas de inteligência artificial e aprendizagem de máquinas para obter melhores parâmetros para produção de aves de corte.

Startups apresentam soluções para desafios de coops do agro

A 2ª edição do Programa Conexão com Startups, do Sistema OCB, realizou a apresentação de três soluções de desafios de cooperativas, nesta terça-feira (6). O evento ocorreu de forma virtual e é uma parceria entre o Sistema OCB e o Silo Hub (Hub de inovação originado da parceria entre a Embrapa e a Neo Ventures).  As cooperativas Cemil (MG), Coplana (SP) e Santa Clara (RS) foram selecionadas nesta segunda edição do programa, que é voltado para inovações no Ramo Agro.

Na abertura do encontro, a gerente geral do Sistema OCB, Fabíola Nader Motta, pontuou os avanços que a iniciativa proporciona para o cooperativismo como um todo e lembrou do Desafio BRC 1 Tri, lançado na Semana de Competitividade 2022, pelo presidente Márcio Lopes de Freitas. “É uma alegria ajudar a construir um agro cada vez mais inovador. Temos milhares de coops que fazem a diferença na produção brasileira. O cooperativismo quer ser sinônimo de inovação e, por isso, temos no nosso site InovaCoop uma série de conteúdos para estimular essa prática”.

Fabíola também destacou a importância dessa segunda edição do programa. “Esta edição voltada ao agro é para viabilizar desenvolvimento, aumentar a eficiência e reduzir custos. O Conexão com Startups é mais um programa que vem ao encontro do desafio de gerar R$ 1 trilhão em prosperidade e congregar 30 milhões de cooperados, em cinco anos. A inovação certamente vai nos ajudar a chegar lá”.

Coplana: A paulista Coplana lançou o desafio de estimar e prever a colheita de amendoim. O diretor comercial da startup Deadalus, Leonardo Moreno, apresentou a proposta para alcançar esse objetivo. “Nosso desafio era estimar de forma padronizada a produção e a colheita de amendoim da Coplana. Como solução, elaboramos um aplicativo capaz de calcular essa estimativa por meio de processamento de imagem. Conversamos com a equipe da Coplana para saber qual tipo de dado é coletado rotineiramente para direcionarmos a criação do app. Agora, o agrônomo registra dados no aplicativo, que é enviado para um servidor na nuvem”, disse Moreno.

Segundo explicado pelo diretor, o próprio aplicativo identifica a imagem coletada pelo produtor e faz a contagem automática de amendoins detectando quantas das vagens estão presentes na imagem. Então, há estimativa de sacas por hectares, por produção e perdas também. O desafio foi solucionado pela facilitação de coleta de dados e padronização dos processos envolvendo a produção do amendoim.

Eduardo Rodriguez, gerente de tecnologia e inovação da Coplana considerou que “os resultados são promissores. A solução superou nossas expectativas e fizemos mais do que foi desenhado. Estamos entusiasmados e queremos pôr em prática para valer”, comemorou.

Os próximos passos são a implementação da inteligência artificial e a coleta de mais dados para refinar modelos e adicionar campos de registro, além de treinamento de novos agrônomos para utilizarem o app.

Santa Clara: O desafio apresentado pela cooperativa gaúcha Santa Clara foi o desenvolvimento de uma cortadora de queijo para fracionar os produtos em pesos e formas variadas, evitando prejuízos e para adequar as porções aos padrões do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (InMetro). A startup Eixo Consultoria de dispões a elaborar uma máquina de corte com recursos de inteligência artificial que se encontra em fase de construção.

A diretora de projetos da Eixo, Rebeca Couto, explicou que a máquina vai fazer o corte preciso do queijo com auxílio de uma lâmina ultrassônica adequada as normas regulatórias vigentes. “O descarte relatado pela cooperativa e o desperdício de material são consideráveis. A máquina projetada conta com balança industrial e corta o queijo redondo ou quadrado a partir de leitura pelo sistema de automação com o auxílio de softwares que mensuram o volume e a altura, mesmo com as deformidades das peças. Estamos finalizando para colocarmos em testes e trazer os resultados de corte com maior velocidade, redução de desperdícios e automatização de processos repetitivos”, explicou Rebeca.

O supervisor de engenharia de processos da Santa Clara, Cleiton Nunes, declarou que está com fortes expectativas em relação aos resultados. “Esse fator inovação precisa estar dentro das instituições. O consumidor muda seus hábitos e a indústria precisa atender essas demandas. Nosso desafio é complexo, porque o produto tem inúmeras características, o que justifica os atrasos, mas é algo muito inovador. Estamos com enorme expectativa para vê-lo agindo e melhorando nossa competitividade”.

Cemil: a coop mineira precisava prever os preços de leite longa vida (UHT) desde o início da produção até a chegada ao varejo para ter mais competitividade. A startup UPTech aceitou o desafio. O diretor da startup, Gustavo Lenzi, explicou que, para a oscilação constante de preços, a assertividade na precificação e embasamento para a tomada de decisão, a solução proposta é um sistema integrado para precificação que também utiliza inteligência artificial.

“Trabalhamos em conjunto com a Cemil para levantar dados, estruturá-los e filtrar o que pode ser utilizado. Propomos o desenvolvimento de modelos matemáticos e métodos de inteligência artificial, a construção de relatórios e a validação do modelo junto a Cemil. Já geramos até aqui 10 relatórios, mas como queremos um modelo mais robusto estendemos para 15 a fim de consolidar os números”, explicou Lenzi.

Ainda segundo o diretor, com o número maior de variáveis foi possível prever um milhão de situações e resultados o que os levou a trabalhar com um valor médio. “Com todo esse processo garantimos 95% de assertividade e precisão. Este modelo matemático não é restrito ao leite, podemos aplicá-lo em outras commodities como café e soja”.

Além do preço determinado, a startup gerou médias de confiança, criando outros cenários baseados em econometria. O diretor de marketing da Cemil, Warlei Tana, agradeceu o empenho e declarou que a UPTech continuará com a Cemil nesta parceria. “Com os resultados conseguimos alcançar uma média e agora temos um modelo. Vamos maturá-lo muito mais a medida de em que a inteligência artificial for aprendendo. O modelo de leite é complexo e estamos em um ano atípico. Mesmo assim o software acompanhou cada dado”, ressaltou.