Transformando passivos ambientais em energia limpa e renovável

No cooperativismo, inovação e sustentabilidade andam de mão dadas. Em prol da geração de energia elétrica limpa e confiável, a Coopavel decidiu investir em um sistema de biodigestores capaz de transformar dejetos animais em eletricidade com valor mais acessível, gerada por fontes renováveis. Com um único investimento em sua Unidade de Produção de Leitões (UPL), a cooperativa agregou valor à sua atividade e promoveu o saneamento ambiental da suinocultura. Além disso, reduziu os custos com energia elétrica e incentivou as boas práticas de sustentabilidade e proteção do meio ambiente. O biodigestor é um equipamento fechado no qual ocorre a decomposição da matéria orgânica hidratada através da digestão anaeróbia, ou seja, na ausência de oxigênio, bactérias anaeróbias decompõem a matéria orgânica úmida presente no equipamento. Isso ocorre através de um processo de fermentação cujos principais produtos são o biogás e biofertilizante. Os resíduos orgânicos utilizados no biodigestor podem ser os de produção vegetal (folhas, palhas, restos de cultura), de produção animal (como esterco e urina), de atividades humanas (fezes, urina, lixo doméstico) e resíduos industriais. Inovação e exemplo No caso da Coopavel, são utilizados os dejetos vindos da produção de porcos. O projeto foi implantado como uma referência de inovação para as suinoculturas parceiras que sofrem com a falta de energia elétrica e acumulam perdas de produtividade. O intuito é servir de modelo e fonte de informação para que os produtores invistam em sistemas similares preservando o meio ambiente, gerando a sua própria energia e transformando um passível ambiental em lucro. Na Coopavel, o projeto gerou um rápido retorno financeiro: em 15 meses, a Unidade de Produção de Leitões registrou ganhos de produtividade e redução de perdas de animais que costumava ocorrer devido à constante falta de energia por parte da concessionária. Com a sustentabilidade energética da unidade, 51% da energia total consumida agora vem do sistema de biodigestão. Até o momento, a cooperativa contabiliza 19 mil horas de geração de energia e 1.127.869 KWh gerados com o biogás. Os valores gerados com a produção do biogás chegam a R$ 600 mil.
MEIO AMBIENTE AGRADECE
Além da cooperativa, a comunidade é beneficiada pela redução na liberação de gases que são nocivos ao meio ambiente e a diminuição dos maus odores. Os cooperados têm à disposição informações que podem viabilizar a implantação de projetos semelhantes e a referência de um sistema que funciona plenamente. Já os funcionários e colaboradores são beneficiados, principalmente, nos dias de falta de energia, pois a geração própria supre a demanda evitando que muitas tarefas automatizadas tivessem que ser realizadas manualmente.
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Objetivo: Promover a viabilidade socioeconômica e ambiental da comunidade por meio da geração de renda e da produção de alimentos em sistemas agroflorestais. Resultados: Renda contínua para os cooperados no curto, médio e longo prazos. Garantia de venda dos produtos produzidos. Aumento da sustentabilidade da produção, já que não há necessidade de desmatamento. Recuperação da biodiversidade, fauna e flora, pelo reflorestamento da região. Melhoria no microclima da região. Fim do uso do fogo nos sistemas produtivos. Geração de emprego e qualificação, pois o sistema agroflorestal necessita de mão de obra especializada nos tratos culturais. Adoção de tecnologia que possibilita acesso a instrumentos econômicos, como o pagamento por serviços ambientais e crédito de carbono. Proximidade com a economia circular, com a busca de eficiência na cadeia produtiva e no aproveitamento de resíduos sólidos e líquidos para a produção de fertilizantes.
Região: Sudeste Categoria: Resíduos Sólidos Ação: Integração da cafeicultura à economia circular, com base no reuso, reciclagem e destinação adequada dos resíduos decorrentes da atividade agrícola. ODSs: 2 - Fome zero e agricultura sustentável 11 - Cidades e comunidades sustentáveis 12 - Consumo e produção responsáveis Resultados: Os resíduos orgânicos gerados na indústria cafeeira da Coopfam são usados pelos produtores cooperados no processo de adubação de suas terras. Materiais recicláveis são coletados e destinados à usina local de reciclagem. Resíduos que não podem ser reutilizados ou apresentam risco de contaminação ao ambiente têm a destinação adequada. Lixo eletrônico é comercializado para empresas especializadas, gerando recursos para outras aplicações ambientais.
Ação da cooperativa paranaense prevê a formação de grupos de trabalho para divulgar e implementar as regras de segurança ocupacional e as consequências das infrações, bem como criar uma cultura de segurança e prevenção em todas as áreas da operação.