Lar cria cadeia de avicultura que gera renda para produtores e impulsiona desenvolvimento regional
Contexto e desafios
Com mais de meio século de história e sendo a cooperativa singular que mais emprega no Brasil, a Lar tem sua trajetória consolidada na agricultura. No entanto, na década de 1990, o cenário econômico instável do país, marcado pela hiperinflação e pela estabilização trazida pelo Plano Real em 1994, exigiu que a cooperativa buscasse novas estratégias para garantir a estabilidade e a competitividade de seus mais de 15 mil associados, em sua maioria pequenos e médios produtores.
A dependência exclusiva da agricultura deixava os cooperados vulneráveis. Era essencial diversificar as atividades para fortalecer a base produtiva, criar novas fontes de renda e reduzir o êxodo rural, mantendo as famílias no campo.
Foi nesse contexto que a Lar iniciou estudos para identificar uma nova atividade com alto potencial de rentabilidade e que pudesse ser adaptada à realidade das pequenas propriedades.
Objetivos
O projeto nasceu com o objetivo principal de diversificar as alternativas de renda para os associados, oferecendo suporte para que pequenas propriedades pudessem explorar novas oportunidades de negócio.
A meta era identificar uma atividade pecuária com potencial de agregação de valor e que pudesse ser verticalizada, ou seja, controlada pela cooperativa desde a produção no campo até a indústria, garantindo melhores resultados para o produtor.
A partir de estudos e planejamentos estratégicos, a avicultura de corte foi escolhida como a nova aposta. O objetivo era transformar o cenário econômico local, criando uma rede de apoio que estimulasse o crescimento regional. A iniciativa visava integrar desenvolvimento econômico, valorização da pecuária e fortalecimento social, consolidando o papel da Lar como um agente transformador.
Desenvolvimento
A cooperativa estruturou suas ações em fases distintas, com foco em fortalecer as pequenas propriedades e gerar desenvolvimento econômico sustentável. Inicialmente, buscou novas alternativas para viabilizar a atividade agrícola em pequenas propriedades, identificando oportunidades com maior potencial de rentabilidade. Esse estudo levou à escolha da avicultura de corte como nova atividade estratégica para os associados.
Em seguida, foi implementada a indústria de abate. Em 9 de setembro de 1999 a Unidade Industrial de Aves em Matelândia (PR) realizou seu primeiro abate, marcando o início da verticalização da produção. Assim nasceu uma cadeia produtiva integrada que permitisse agregar valor à produção e gerar resultados mais consistentes para os produtores.
Paralelamente à construção da indústria, a cooperativa investiu em infraestrutura, tecnologia e capacitação das pessoas, garantindo que o crescimento do setor fosse sustentado por recursos modernos e mão de obra qualificada.
Com essas iniciativas, a cooperativa adotou uma abordagem gradual e planejada que integrava análise de oportunidades, implementação industrial e desenvolvimento humano, a fim de trazer resultados consistentes e duradouros para a região e para os associados.
Na capacitação de recursos, foram mobilizados fornecedores de insumos e genética, parceiros tecnológicos, órgãos reguladores e instituições financeiras para dar o suporte necessário ao projeto.
Resultados e impacto
Após 25 anos, a aposta na avicultura transformou a Lar e toda a sua região de atuação. O projeto, que começou com um abate de 40 mil aves por dia, hoje supera a marca de 1 milhão de aves abatidas diariamente, considerando a atuação em 136 cidades do Paraná e Rio Grande do Sul.
Assim sendo, a Lar se tornou a terceira maior empresa de abate de aves do Brasil e a quarta da América Latina, com seus produtos reconhecidos em mais de 90 países. No Paraná, a cooperativa responde por 15,35% de todas as exportações de carne de frango do estado.
O impacto social e econômico também é expressivo. A atividade pecuária da cooperativa, que hoje inclui também suínos e peixes, gera uma remuneração mensal de R$ 61,5 milhões aos produtores integrados. Além disso, a iniciativa impulsionou a região com o crescimento das cidades, o surgimento de novos comércios e a melhoria na qualidade de vida.
Você também tem um case ou uma história de sucesso?
Conte-nos sua história
Veja mais
Para melhorar sua gestão de resíduos, a Unimed Chapecó desenvolveu o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS). A cooperativa subsidia a elaboração do planejamento de descarte de resíduos nas clínicas e consultórios de seus cooperados. A adesão é voluntária. Em 2016, o projeto chegou a atender 129 postos de coleta e contou com a participação de 188 cooperados.
A Cooxupé criou o Protocolo Gerações para fortalecer a resiliência climática de seus mais de 20 mil cooperados, dos quais 97% são agricultores familiares. A iniciativa funciona como um "guarda-chuva" de projetos que apoia os produtores na transição para práticas de baixo carbono e regeneração do solo, garantindo a continuidade da produção e o acesso a mercados internacionais exigentes.
Visando aproximar a cooperativa e colaboradores aos cooperados, a Unimed Circuito das Águas desenvolveu o Projeto Conviva. A iniciativa realiza encontros e atividades sociais e educativas envolvendo cooperados e colaboradores.
Definição de um modelo de gestão, denominado MGC - Modelo de Gestão Castrolanda, simples e padronizado, que busca integrar os diferentes programas e projetos, alinhar continuamente os diferentes níveis de gestão (estratégico, tático e operacional) e direcionar esforços para o que é mais importante.