AGE da CNCoop define prioridades da atuação sindical para 2026
Plano inclui cursos EaD, materiais orientativos, apoio técnico e modernização da estrutura sindical
A Assembleia Geral Extraordinária (AGE) da Confederação Nacional do Cooperativismo (CNCoop), realizada nesta terça-feira (9), apresentou as ações prioritárias para 2026 e reforçou a agenda de modernização da representação sindical das cooperativas, com foco na qualificação contínua das lideranças, no reforço à segurança jurídica e na ampliação do apoio técnico às negociações trabalhistas em todo o país.
Entre os principais encaminhamentos anunciados está a disponibilização de novos cursos de educação a distância voltados às atualizações da NR-1, especialmente com relação ao mapeamento dos riscos psicossociais no ambiente de trabalho — tema que passa a exigir atenção redobrada das cooperativas a partir do próximo ano. Direcionadas a dirigentes e equipes de federações, sindicatos e cooperativas, as formações buscam fortalecer a capacidade de atuação das entidades e aprimorar sua preparação frente às mudanças normativas.
A AGE também apresentou a proposta de elaboração de um conjunto de materiais orientativos que será lançado em 2026, incluindo vídeos, cartilhas e conteúdos técnicos que apoiarão a adequação das cooperativas às alterações da NR-1 e às novas obrigações previstas.
Outro eixo relevante foi o debate sobre o apoio técnico às negociações coletivas de trabalho, atividade que continuará sendo reforçada por meio de análises especializadas, acompanhamento jurídico e suporte direto às lideranças sindicais e cooperativistas. A publicação mensal da Análise Trabalhista e Sindical seguirá como instrumento estratégico para orientar decisões, detectar tendências e ampliar a previsibilidade das negociações trabalhistas.
Na mesma direção, a AGE aprovou ações voltadas ao fortalecimento do Centro de Serviços Compartilhados Trabalhista e Sindical, que terá papel ampliado especialmente no apoio técnico de demandas trabalhistas, incluindo a celebração de instrumentos coletivos de trabalho firmados nos estados. O objetivo é garantir maior padronização, segurança e transparência no processo de negociação em âmbito nacional.
As iniciativas se somam ainda ao apoio direto à criação e consolidação de sindicatos específicos de representação das
cooperativas, estratégia que reforça a autonomia, a legitimidade e a capacidade de interlocução do setor — medida que já avança em diferentes unidades da federação e deverá ganhar nova tração em 2026.
Durante a reunião, foram apresentados também os ajustes referentes à contribuição confederativa, corrigida pelo INPC/IBGE, além das diretrizes orçamentárias que nortearão a execução das ações previstas para o próximo ano.
Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, o conjunto de entregas representa um avanço estruturante para o cooperativismo. “O cooperativismo tem desafios trabalhistas e sindicais específicos, que exigem preparo técnico, segurança jurídica e uma representação forte”, afirmou.
Ainda segundo ele, as iniciativas previstas para 2026 consolidam esse compromisso: “Estamos ampliando a formação, qualificando a negociação coletiva e fortalecendo a estrutura sindical que representa o setor em todo o país. Os avanços previstos — como o lançamento dos cursos EaD, novos materiais orientativos e o fortalecimento do Centro de Serviços Compartilhados — demonstram que estamos olhando para o futuro. Queremos um movimento sindical cooperativista mais moderno, mais preparado e mais conectado às necessidades reais das cooperativas”, completou.
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