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O presidente da Ocesp, Edivaldo Del Grande, avalia que a eleição de José Serra ao governo de São Paulo deve fortalecer as cooperativas do Estado. Ele acredita que o novo governador, eleito neste domingo (1º) no primeiro turno, atenderá às demandas do movimento cooperativista paulista, representado por mais de 2,6 milhões de cooperados. “A eleição de Serra poderá se configurar como um governo de continuidade das ações do PSDB que, nos últimos anos, tem colaborado com nossas iniciativas. No início de 2006, o governador Alckmin aprovou a Lei 12.226/06, de apoio ao cooperativismo. Agora, esperamos sua regulamentação para fortalecer ainda mais a atuação das cooperativas”, diz Del Grande.
O fortalecimento, segundo a Ocesp, poderá se dar por meio do incentivo ao estudo do cooperativismo nas escolas estaduais, pela maior participação das cooperativas nas licitações públicas do Estado e pela exigência do registro na Ocesp, conforme determina a Lei Federal 5764/71.
Dos nove candidatos a deputado federal que constam na lista dos mais indicados pelas cooperativas de São Paulo cinco obtiveram êxito: Mendes Thame (205.462 votos), Arnaldo Jardim (187.427), Duarte Nogueira (170.319), Nelson Marquezelli (118.721) e Dr. Nechar (42.173). Na esfera estadual, dois candidatos de uma relação de cinco nomes foram eleitos para a Assembléia Legislativa: Barros Munhoz (114.009) e Vitor Sapienza (64.918). Entre os que não conseguiram votos suficientes para a Câmara dos Deputados estão Cláudio Miranda, Medeiros, Tirso Meirelles, Walter Barelli. Para a Assembléia , Francisco Jardim, Julião e Milton Flávio não foram eleitos . (Fonte: Ocesp)
"A Federação e Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Rio de Janeiro (OCB/RJ) sediou na última quinta-feira (28/9), a 8ª Reunião de Núcleos Regionais Cooperativos. O encontro reuniu dirigentes das unidades estaduais do Sistema OCB/Sescoop das regiões Nordeste e Sudeste, que durante todo o dia discutiram propostas de interesse do Sistema Cooperativista.
Na abertura do encontro, os anfitriões Francisco de Assis França (foto) e Jacqueline Calçado, respectivamente, presidente e superintendente da OCB/RJ e do Sescoop/RJ, deram boas-vindas aos visitantes, destacando a importância de ações cujo objetivo seja criar uma identidade única para o Sistema OCB/Sescoop, tornando-o conhecido pela sociedade como um forte representante do cooperativismo no país.
Um dos objetivos do encontro foi apresentar as propostas discutidas durante as reuniões dos Grupos Técnicos de Apoio (GTAs). A 8ª Reunião de Núcleos Regionais contou ainda com duas palestras que ilustraram os temas que foram expostos e debatidos ao longo do dia. O consultor Alaor Sílvio Cardoso, da UnB, abordou o tema Inteligência Comercial, apontando dispositivos e estratégias que podem ser adotados pelas cooperativas para garantir expansão nos mercados interno e externo. E o professor Sigismundo Bialoskorski Neto, vice-reitor da FEA/RP (Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo, campus Ribeirão Preto), abordou o tema Identidade Cooperativa: Eficiência Econômica e Eficácia Comercial, colaborando para a formação de novos paradigmas dentro do cooperativismo brasileiro.
"O embaixador da Coréia do Norte no Brasil, Pak Hyok, visitou nesta sexta-feira (29), a sede da OCB/Sescoop, em Brasília (DF), para conhecer o sistema cooperativista brasileiro e seu modelo de organização. O presidente do Sistema OCB/Sescoop, Márcio Lopes de Freitas, demonstrou receptividade à proposta de um possível acordo de cooperação técnica entre cooperativas do Brasil e da Coréia do Norte.
Os cooperativistas norte-coreanos pretendem estabelecer parcerias para a promoção de intercâmbios técnicos. Eles estão preocupados com o fechamento das fronteiras comerciais com os Estados Unidos e têm interesse no sistema de produção das cooperativas agropecuárias brasileiras. Cerca de 80% do território da Coréia do Norte é montanhoso e necessita de técnicas especiais de cultivo. O Sistema OCB/Sescoop irá analisar a viabilidade das propostas e debaterá o assunto em reuniões futuras.
"As cooperativas que atuam no segmento leite participaram hoje (29) em Belo Horizonte (MG), do Seminário das Cooperativas Agropecuárias do Leite, promovido pelo Sistema Ocemg/Sescoop-MG. O presidente da entidade e vice-presidente do Sistema OCB/Sescoop, Ronaldo Scucato, e o secretário adjunto da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Marcelo Franco, fizeram a abertura do evento. O objetivo da ação é discutir a conjuntura, a evolução e as tendências da cadeia produtiva do leite, além de apresentar o Cileite – Centro de Inteligência do Leite, para as cooperativas que atuam no setor.
O chefe-geral do Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Leite da Embrapa, Paulo do Carmo Martins, apresentou o Centro de Inteligência do Leite como ferramenta para a tomada de decisões. O Cileite foi criado pela Embrapa no início deste ano. A programação do seminário incluiu palestras e debates sobre os temas: “Atualidades e perspectivas do setor leiteiro (Paulo Bernardes do Carmo, diretor executivo da CBCL); “Panorama do setor leiteiro” (Carlos Eduardo Borges, gerente técnico do Sistema Ocemg/Sescoop-MG); “Políticas públicas e incentivo ao setor leiteiro cooperativo em Minas Gerais (Marcelo Franco, secretário adjunto da Seapa/MG).(Fonte: Ocemg)
"Uma das grandes novidades da Fenacoop 2006 - Feira Internacional das Cooperativas, Fornecedores e Serviços será o pavilhão criado para atender às cooperativas produtoras de frutas, o Fruticoop. Segundo o gerente da Central de Serviços do Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf), Maurício de Sá Ferraz, o cooperativismo na fruticultura possibilita a inserção do produtor em diversos mercados, pois há uma escala de produção elevada. “Se a cooperativa tiver produtores de diferentes culturas é possível evitar o intermediário e negociar direto com o cliente final e, com isso, conseguir melhores contratos na compra de insumos devido a maior quantidade demandada”.
O Brasil está entre os três maiores produtores de frutas do mundo. Em 2005, foram exportados quase US$ 1,5 bilhão em frutas processadas e mais de US$ 440 milhões em frutas frescas. A balança comercial de frutas frescas registrou um saldo positivo de US$ 315 milhões em 2005. O segmento é responsável por 27% dos empregos agrícolas no País, segundo dados do Ibraf. A cada US$ 10 mil investidos em fruticultura são criados três postos de trabalho diretos e permanentes e duas vagas de trabalho indiretas.
A importância e variedade de produtos consumidos no mercado interno e exportados para diversos países estarão presentes na Fenacoop 2006. As cooperativas de frutas contarão com um espaço exclusivo de 150m2 para expor sua produção. O Fruticoop foi projetado em parceria com o Ibraf.
A Fenacoop conta com o apoio do Sistema OCB, que terá estande institucional, além de espaço especial dedicado às unidades estaduais e cooperativas do Rio Grande do Norte, Maranhão, Piauí, Pernambuco, Sergipe e Paraíba.
"O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) quer fortalecer o sistema de vigilância agropecuária frente às responsabilidades inerentes ao controle do trânsito internacional de produtos e insumos agropecuários. Para isso, promove entre os dias 3 e 6 de outubro, no Hotel Tambaqui, em Maceió (AL), reunião técnica com 27 chefes de serviços de gestão do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) lotados nas Superintendências Federais de Agricultura nos Estados.
O secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Gabriel Alves Maciel, fará abertura do encontro técnico, que contará com a presença do superintendente Federal de Agricultura de Alagoas, José Évio Lopes Lima, e do coordenador Geral do Vigiagro, Oscar de Aguiar Rosa Filho.
A reunião irá discutir os principais assuntos que estão sendo tratados no âmbito da vigilância agropecuária internacional, entre os quais: planejamento estratégico; oficialização das unidades do Vigiagro; criação da Zona Primária de Defesa Agropecuária e Corredores de Importação; plano de contingência da Influenza Aviária; auditorias internas e auditoria do Tribunal de Contas de União (TCU); e infra-estrutura operacional.
Os técnicos do Vigiagro vão discutir o planejamento das ações necessárias ao aprimoramento das atividades de fiscalização e estruturação do sistema. As propostas que forem elaboradas durante a reunião serão levadas ao conhecimento e deliberação da Secretaria de Defesa Agropecuária e ao Comitê Gestor do Vigiagro, que se reunirá em Brasília entre os dias 6 e 10 de novembro. (Fonte: Mapa)
"Para encerrar o ciclo de cursos para Multiplicadores de Capacitação de Conselheiros Fiscais, o Sistema OCB/Sescoop está realizando a última etapa do treinamento com um grupo formado por técnicos das Unidades Estaduais da Região Norte, na Casa do Cooperativismo, em Brasília (DF). As aulas acontecem de hoje (27) à sexta-feira (29) e são ministradas pelo professor João Vitorino Benato, especialista em custos e em cooperativas.
O curso tem como objetivo formar técnicos das unidades estaduais para atuarem no treinamento de conselheiros fiscais das cooperativas. O cargo de conselheiro fiscal é o único dentro das cooperativas que exige, por lei, um curso de capacitação profissional. Em vista disso, a Gerência de Apoio ao Desenvolvimento em Gestão do Sistema OCB/Sescoop estruturou um cronograma de treinamentos.
A primeira fase do curso aconteceu de 11 a 13 deste mês com técnicos das unidades estaduais da Região Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Já a segunda etapa, reuniu técnicos das unidades estaduais da Região Nordeste entre os últimos dias 18 e 20.
"A Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola (Coodetec) de Rio Verde vai repetir na safra 2006/2007 o volume de sementes certificadas de soja vendidas na safra anterior: 300 mil sacas. O motivo, que já preocupa a gerência da cooperativa, é o aumento do volume do comércio de semente pirata nas regiões produtoras de Goiás. “O produtor está se iludindo optando em economizar centavos num produto que nunca lhe dará a mesma produtividade”, disse Gaspar José Zawadzki, supervisor regional de vendas da Coodetec Rio Verde, informando que a diferença média de preço entre a semente certificada e pirata está em torno de 50 centavos por quilo.
A Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem) estima que o Brasil perde cerca de 40% de sua produção agrícola em função de doenças provocadas pelo uso de sementes ilegais. Ainda segundo dados da Abrasem, o país produz cerca de 1,8 milhão de toneladas de sementes por ano, número que vem ficando cada vez mais longe de ser utilizado.
O supervisor da Coodetec não sabe precisar as perdas da cooperativa com a pirataria, mas estima “por baixo” que cerca de 30 mil hectares só na cultura de soja deixe de receber sementes do selo Coodetec na safra que se inicia em outubro. “Isso não inclui nossos concorrentes no negócio, o que eleva muito esse índice e preocupa a todos”, complementou Zawadzki informando que as sementes da cooperativa que mais sofrem a concorrência desleal do sementeiro ilegal são as cultivares de soja do tipo CD 219 RR, CD 217, CD 211. “A soja e o trigo são as cultivares mais exploradas pelo mercado negro, mas a de algodão não fica muito atrás”, teoriza.
O tempo médio de pesquisa para se desenvolver uma cultivar é de oito anos, informa Gaspar Zawadzki. Estudos da Abrasem mostram que a produtividade média cai cerca de 32% com a utilização de sementes piratas. No Mato Grosso e Paraná, por exemplo, com 90% de sementes certificadas, a produtividade alcança de 2,8 mil a 3,2 mil quilos por hectare, em média, dependendo da região.
"O Rio Grande do Sul, que usa cerca de 95% das sementes piratas, tem produtividade entre 1,7 mil e 2,1 mil quilos por hectare", afirmou Ywao Miyamoto, presidente da Abrasem. “Há que se considerar ainda que o sementeiro informal não investe em tecnologia, não paga imposto e não tem garantia nenhuma de padrão de germinação das plantas”, completou o supervisor da Coodetec dizendo que só o aumento da fiscalização dos órgãos públicos pode inibir o avanço das sementes piratas na lavoura. (Fonte:OCB-GO)
"O apoio do governo federal à comercialização de produtos agrícolas em 2006 alcançou R$ 1,9 bilhão até agora, valor suficiente para sustentação de 17,3 milhões de toneladas de produtos. A expectativa é que o total em prêmios ultrapasse os R$ 2 bilhões com os próximos leilões. Serão ofertadas 3 milhões de toneladas de soja e 54 mil toneladas de milho, amanhã e sexta-feira, respectivamente. Uma nova rodada acontece na próxima semana.
Dados da Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apontam que, em volume, a soja foi o produto que mais se beneficiou com as ações de apoio do governo até agora. Do início do ano até o dia 27 de setembro, foram comercializadas 8,6 milhões de toneladas da oleaginosa, o equivalente a R$ 611,7 milhões pagos em prêmios.
Apenas no Mato Grosso foram leiloadas cinco milhões de toneladas de soja. Os instrumentos mais utilizados para negociação do grão foram o Leilão de Prêmio de Risco para Opção Privada de Venda (PROP) e o Prêmio de Escoamento de Produto (PEP).
O milho aparece em segundo lugar entre os produtos que receberam apoio mais reforçado do governo, com 6,7 milhões de toneladas equalizadas e um valor total de R$ 753,4 milhões em prêmios. Mato Grosso, Paraná e Goiás ofertaram os maiores volumes. Também merece destaque o algodão, com um milhão de toneladas apoiadas, o equivalente a R$ 217,6 milhões.
Em 2005, foram pagos R$ 1,2 bilhão em prêmios e apoiadas 5,1 milhão de toneladas para garantir renda ao produtor. De acordo com técnicos da SPA, o aumento do apoio em 2006, tanto em valores quanto em volume, se deve a três fatores: a valorização do real, com reflexos nas cotações internas dos produtos exportáveis; as dificuldades de liquidez enfrentadas pelos produtores rurais e o aumento do custo do frete, resultado da elevação do preço do petróleo e deficiências de infra-estrutura das rodovias brasileiras. (Fonte: Mapa)
Maior rigor do Ministério da Agricultura na fiscalização das fraudes nos produtos lácteos. É a principal reivindicação de mais de 300 lideranças da cadeia produtiva de leite que estiveram reunidas nesta terça-feira (26), em Brasília (DF), para discutir a situação do setor e a crise de preços pagos aos produtores. Dirigentes de cooperativas dos estados de Mato Grosso, Minas Gerais, Rondônia, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo participaram do encontro que ocorreu na sede da OCB, pela manhã, e na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
“A violenta oscilação de preços e o ‘efeito sanfona’ prejudicam os produtores que não têm estabilidade econômica”, declarou o presidente do Sistema OCB/Sescoop, Márcio Lopes de Freitas, na abertura da reunião na Casa do Cooperativismo. Ele afirmou que é preciso acabar com a fraude no leite assim como acabaram com o café “milhorado”, quando ocorria a adição de até 60% de milho queimado em sacas de café. “Conseguimos extinguir essa ação ilegal no café, porque não poderemos fazer o mesmo no mercado de leite ?”
Freitas lembrou ainda que é necessário às entidades de representação do setor desenvolver a capacidade de pensar estrategicamente em ações em prol do desenvolvimento de toda a cadeia. “Desde o início da minha gestão na OCB/Sescoop, há cinco anos, tenho procurado criar mecanismos para transformarmos a teia em uma grande rede cooperativista organizada”, declarou. Ele assinalou a importância de parcerias com entidades como a CNA, Confederação Brasileira das Cooperativas de Laticínios (CBCL), Embrapa Gado de Leite e Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Universidade de São Paulo.
Segundo o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Rodrigo Alvim, a adição de soro no leite, que caracteriza a fraude, não traz riscos à saúde da população, mas representa um crime econômico, pois oferece um produto com menor valor nutricional e não esclarece a alteração na composição aos consumidores. Com a mistura de soro, sacarose, amido e outros, o leite in natura é substituído por produtos ou subprodutos mais baratos, aumentando a lucratividade da indústria fraudadora.
Há quatro anos, CNA, OCB, CBCL, Leite Brasil, Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Estado de Minas Gerais (Silemg) e a Associação Brasileira das Indústrias de Leite Desidratado (ABILD) assinaram um termo de cooperação técnica com o Ministério da Agricultura para a melhoria da qualidade do leite. O trabalho mostrou que, das 1.833 amostras de leite pasteurizado, UHT e em pó coletadas em 213 indústrias, 81 indústrias apresentaram resultado positivo para fraude, o que representa 37% do total.
Após dois anos de vigência do termo, o percentual de fraudes identificadas já teria caído para 3%. Para os representantes dos produtores e de suas cooperativas, é fundamental que o Mapa tenha estrutura para continuar fiscalizando com rigor o produto oferecido à população, mas com poderes legais para punir os fraudadores.
"Pela primeira vez em seis anos, o valor bruto da produção de leite será menor que o ano anterior. A previsão de crescimento da balança comercial de lácteos já caiu pela metade e os preços médios pagos aos produtores foram reduzidos em 27%, de R$ 0,59 para R$ 0,50, de junho de 2005 a janeiro deste ano.
Para evitar que esse quadro se agrave ainda mais no período de safra, que começa agora em outubro na região Centro-Sul, cerca de 300 líderes do setor de pecuária de leite cobraram a adoção de medidas imediatas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Em documento encaminhado ao ministro Luís Carlos Guedes, nesta terça-feira (26), os representantes do setor pediram apoio especialmente no lançamento do Prop-Leite e na fiscalização das fraudes no leite e derivados, além de pedir apoio à prorrogação das tarifas antidumping sobre o leite em pó importado da Nova Zelândia e da Europa.
A exemplo do que ocorre com produtos como algodão, milho, soja e arroz, o Prop-Leite (Prêmio de Risco para Aquisição de Produto Agropecuário Oriundo de Contrato Privado de Opção de Venda) é uma indicação de política pública, como lembrou o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, que falou à imprensa na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). “Custa muito menos do que programas de aquisição do governo federal. É uma sinalização do governo que vai amparar a sustentação de preço ao produtor na época da safra. É isso o que precisamos”, afirmou Freitas.
Outra medida importante para setor é a adoção de maior rigor na fiscalização das fraudes nos produtos lácteos, prática criminosa que reduz a demanda por leite in natura. Além de prejudicar os pecuaristas que investem na qualidade do produto, as fraudes enganam o consumidor. “A adição de soro no leite não traz riscos à saúde da população, mas representa um crime econômico, pois oferece um produto com menor valor nutricional sem esclarecer o consumidor a respeito dessa alteração”, explicou Rodrigo Alvim, presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite, da CNA. Segundo Alvim, as fraudes ocorrem tanto no leite quanto nos derivados lácteos. Já chegaram inclusive ao leite condensado. “Alguns produtos possuem mais açúcar do que o que consta na composição.”
O presidente da OCB lembrou que, há 20 anos, as cooperativas produtoras de laticínios no Brasil chegaram a 65% na captação de leite. “Viemos perdendo espaço para empresas mercantis, para empresas que suspeitamos praticar atos não muito lícitos para poder prevalecer. Hoje temos uma participação de 35%”, disse Freitas. “Atuamos para oferecer bons produtos e remunerar adequadamente o produtor. Não podemos freqüentar esse ambiente e sobreviver a ele.”
Diretor executivo da Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (CBCL), Paulo Roberto Bernardes foi incisivo ao cobrar tais medidas do Mapa. “Queremos que o ministro atual diga que não vai aviltar o preço do leite, porque os preços aviltados prejudicam principalmente os pequenos agricultores”.
Na coletiva, o governo esteve representado pelo secretário de Defesa Pecuária da Mapa, Gabriel Alves Maciel. Ele apoiou a iniciativa das lideranças dos produtores e disse que, se for o caso, o ministério vai acionar a Polícia Federal para punir as empresas que fraudam o leite. Quanto à fiscalização, Maciel contou que o Mapa gastou R$ 37 bilhões na compra de equipamentos de laboratório para analisar a composição dos produtos que entram no mercado. No entanto, ainda falta capacitar os profissionais que vão operacionalizar esses equipamentos.
"Dirigentes do Sistema OCB/Sescoop das regiões Sudeste e Nordeste participam nesta quinta-feira (28), no Rio de Janeiro (RJ), da 2ª etapa da Reunião de Núcleos Regionais Cooperativos. Presidentes e superintendentes irão discutir, sugerir e aprovar as propostas e produtos desenvolvidos pelos Grupos Técnicos de Apoio (GTAs), que vêm se reunido desde maio deste ano.
A primeira etapa, que reuniu dirigentes das unidades estaduais das regiões Norte, Sul e Centro-Oeste foi realizada na última quinta-feira (21), em Brasília (DF). Na programação, palestras sobre os temas: Promoção Comercial com ênfase na Inteligência Comercial, com o professor do Centro de Ensino Unificado de Brasília (Ceub), Alaor Cardoso, e Identidade cooperativa: eficiência empresarial e eficácia social, com o professor da Universidade de São Paulo (USP), Sigismundo Bialoskorski. Os dois assuntos foram abordados nas discussões dos GTAs Mercados e Identidade Cooperativa, respectivamente. Os dois outros GTAs deste ano debateram ações visando ao alinhamento institucional e aperfeiçoamento da gestão cooperativista no Sistema OCB/Sescoop.
O encontro contará, na abertura, com a presença do presidente da OCB-RJ, Francisco de Assis França e do superintendente Administrativo da OCB, Luís Tadeu Prudente. Na ocasião, o superintendente Técnico da OCB, Ramon Belisário, fará uma apresentação sobre o Ciclo de Estudos do Cooperativismo, que envolve o trabalho dos GTAs e reuniões de Núcleos. A versão final das propostas será discutida entre lideranças cooperativistas no Seminário Tendências do Cooperativismo Contemporâneo, que realiza sua 5ª edição de 27 a 30 de novembro, em Manaus (AM).
"O produtor rural precisa reconhecer o trabalho de parlamentares que se dedicam às causas do cooperativismo e da agricultura. Pensando nisso, entidades representativas do setor no Paraná, como Ocepar, Fecoopar e Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) estão desenvolvendo uma campanha junto aos produtores rurais do estado para que, nas eleições de 1° de outubro, sejam eleitos candidatos comprometidos com o campo. De acordo com a Ocepar -que conta com 68 cooperativas agropecuárias associadas, formadas por 200 mil produtores - o objetivo é desenvolver ações de conscientização dos cooperados e seus familiares sobre a importância da participação em ações políticas que fortaleçam a Frencoop – Frente Parlamentar do Cooperativismo, evitando a dispersão de votos.
“Como estamos em ano de eleições gerais, é importante que todos os cooperativistas tenham informações adequadas para exercer o seu direito de votar naqueles candidatos que efetivamente defendem os interesses de nossa classe”, comentou o presidente da entidade, João Paulo Koslovski. Por sua vez, a campanha da Federação da Agricultura do PR, envolve mais de 150 sindicatos rurais paranaenses. De acordo com o presidente da entidade, Ágide Meneguette. “Estamos pedindo mais do que o voto consciente e o da família, pedimos que o produtor escolha seus candidatos e trabalhe por eles, divulgue seus nomes e peça a seus amigos que votem neles”. A entidade está distribuindo milhares de adesivos com a frase: “Produtor rural, mexa-se. Nessas eleições derrote quem prejudica a agropecuária”. (Fonte: Ocepar)
"A Cooperativa dos Produtores de Algodão de Acreúna (All Cotton) lançou no último sábado (23), em Acreúna, a pedra fundamental da construção da maior usina de biodiesel de Goiás. O projeto prevê o processamento de 500 mil toneladas de grãos de soja e caroço de algodão e produzir 114 milhões de litros de biodiesel por ano, quando atingir sua capacidade máxima. Segundo o presidente da cooperativa, João Pereira Matos, o início das obras terá início imediato e a usina começará a operar no início de 2008, mas obtendo o biodiesel a partir do óleo de soja.
“Nosso projeto compreende duas fases. A primeira prevê o processamento a partir do óleo de soja e só depois dos13 meses iniciais de operação começar o esmagamento das matérias-primas”, disse Matos informando que a decisão veio do estudo de mercado do projeto, que apontou alto índice de ociosidade das plantas de óleo de soja instaladas num raio de 150 km da All Cotton. “Fica mais barato começar com essas parcerias”, justifica o presidente da cooperativa. Para isso, a All Cotton está negociando com seis empresas produtoras de óleo de soja da região para colocar em prática a primeira fase da usina. O investimento total do projeto é R$ 150 milhões, captados em parceria com as empresas B2br e Meena Finance.
A usina da All Cotton é o nono projeto anunciado em Goiás nos últimos meses para a produção de biodiesel. O volume de investimentos destes projetos ultrapassa R$ 400 milhões e deve representar uma produção de 662 milhões de litros de biodiesel. Na segunda fase do projeto, explica Matos, os produtores associados vão abastecer a usina de matéria-prima, a maior parte (cerca de 70%) com soja e caroço de algodão (30%). “Como nossa produção cooperada não será suficiente, vamos buscar os outros produtores da região para completar o abastecimento, mas fazendo isso sempre que possível por intermédio de nossos cooperados”, informou o presidente da All Cotton. A estratégia da nova usina será destinar a produção para o mercado interno e exportar apenas o excedente. (Fonte: OCB-GO)
"A elevação de 10% nos custos dos insumos utilizados pelos pecuaristas de leite e a queda de 15% nos preços pagos aos produtores, de janeiro a agosto deste ano, geram um quadro de falência no setor. Esse quadro vai trazer a Brasília (DF), mais de 300 lideranças de produtores e suas cooperativas, que se reunirão nesta terça-feira (26), para cobrar uma resposta do governo à solicitação, já encaminhada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), de adoção de um mecanismo de sustentação de preços para o leite. Esse mecanismo seria baseado naqueles já existentes para produtos como soja, arroz e milho.
O encontro será realizado em duas etapas. A primeira, a partir das 10h, vai reunir as Câmaras de Leite da OCB – Organização das Cooperativas Brasileiras e da CBCL – Confederação Brasileira das Cooperativas de Leite. Seus integrantes vão conhecer a previsão de preços ao produtor para os próximos 90 dias, avaliar a conjuntura do mercado de leite e derivados, discutir a renovação das medidas antidumping sobre as importações de leite em pó e harmonizar a demandas relativas ao combate às fraudes nos produtos lácteos e Prop-Leite. Essa primeira etapa da reunião vai acontecer na sede da OCB, no Setor de Autarquias Sul, Quadra 04, Bloco I.
À tarde, a reunião vai continuar na sede da e a da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), no Setor de Grandes Áreas Norte, Quadra 601, Lote K. Além das duas Câmaras de Leite da OCB e CBCL, o encontro vai contar com os integrantes da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA. Em pauta, o combate às fraudes nos produtos lácteos, manifestações dos secretários de Defesa Agropecuária, Gabriel Alvez Maciel, e de Política Agricola, Sílvio Farnese, ambos do Mapa, e um painel sobre a “Política de Sustentação de Preços Pagos aos Produtores de Leite”.
Uma coletiva à imprensa está programada para às 15h30, na sede da CNA, com o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas; o diretor-executivo da CBCL, Paulo Roberto Bernardes, e o presidente da CNPL/CNA, Rodrigo Alvim.
"O Sistema OCB/Sescoop está empenhado no voto consciente por parte do eleitor, que deve depositar seu voto naqueles candidatos afinados com o cooperativismo. A afirmação é do presidente do Sistema OCB/Sescoop, Márcio Lopes de Freitas, que vem participando de diversos eventos cooperativistas, nos quais alerta os participantes sobre o voto nas próximas eleições.
Embora ressalte o princípio da neutralidade racial, religiosa e política que orienta a atuação das cooperativas, diferentemente das empresas mercantis, o Sistema OCB/Sescoop, segundo Freitas, não apóia nenhuma bandeira partidária. “É importante eleger representantes nos níveis federal, estadual e municipal, efetivamente comprometidos com as idéias cooperativistas”, disse o presidente.
Ao destacar que o Paraná está realizando uma campanha nesse sentido, Freitas afirmou que a idéia de elegar candidatos comprometidos com o cooperativismo está disseminada por todo o País. Contudo, fez uma ressalva: “Todos os candidatos são cooperativistas desde criança, mas o Sistema quer algo mais sério, ou seja, os estados estão relacionando as prioridades aos candidatos e mais do que o envolvimento, busca-se o compromisso firmado com as organizações cooeprativistas.”
A maior demanda do Sistema Cooperativista Brasileiro aos candidatos ao Executivo federal, segundo Freitas, refere-se à nova lei geral das cooperativas. “Sem o viés ideológico e foco concentrado nas cooperativas, sejam elas pequenas, médias ou grandes, pois a tentativa de segmentação foi o principal empecilho à tramitação este ano, do PL 171/99 no Congresso Nacional”, destacou o presidente do Sistema OCB/Sescoop.
Para ele, é importante o reconhecimento do Ato Cooperativo para efeito de tratamento tributário. Por isso, é fundamental ter representantes preparados para defender os interesses das cooperativas em Brasília e em todos os estados, assinalou. Afinal, são cerca de 7 milhões de associados às 7.518 cooperativas, ou aproximadamente 28 milhões de pessoas direta ou indiretamente ligadas ao Sistema, em 13 ramos de atividades, em todas as 27 unidades da Federação. “Se temos força econômica, precisamos ocupar lugar também na política”, assinalou.
"Engajamento cívico do movimento cooperativista nas eleições deste ano e uma campanha contra o voto nulo e o voto em branco. Essas são as orientações da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc) às 252 cooperativas catarinenses filiadas que, juntas, reúnem mais de 670 mil associados e, consideradas as famílias, representam um terço da população catarinense.
“Somos contra o voto nulo e em branco”, resumiu o presidente da Ocesc, Neivor Canton. O dirigente identifica na sociedade uma predisposição pelo voto branco ou nulo gerada pela apatia e pelo descontentamento com a classe política, mas prega o contrário: “O voto é nossa arma para a construção de um país com o qual sonhamos e dele não podemos abrir mão.”
A Ocesc aproveitou todos os eventos voltados ao cooperativismo para falar sobre a importância do voto e alertar sobre a importância da escolha de candidatos éticos e comprometidos com a causa cooperativista. “Diante da crise que o país atravessa, principalmente aquela de origem ética, entendemos que precisamos avançar mais, partir para ações concretas que irão reforçar esse discurso. Temos que fazer valer a força do voto para que possamos reverter o quadro de dificuldades vivenciado pelas cooperativas, seja nas questões tributárias como naquelas relativas a legislação adequada às especificidades do sistema cooperativista em todos os seus ramos.”
A Ocesc orienta as cooperativas para a realização de reuniões e debates sobre a importância das eleições, com a participação de associados, colaboradores e familiares e com representantes da comunidade de abrangência da cooperativa. Estimula encontros com candidatos a deputados para apontar, aos postulantes, o rumo que as cooperativas darão ao voto: mostrar que estão dispostas a apoiar quem defende a causa cooperativista e a trabalhar contra as candidaturas corruptas e as que são contra o cooperativismo.
Neivor Canton enfatiza que está proibida a cultura do esquecimento e, por isso, quer o acompanhamento das ações dos candidatos eleitos com o voto dos cooperativistas. “É hora de mostrar, com o nosso voto, a força e poder transformador do cooperativismo.” O faturamento global das cooperativas catarinenses totalizou mais de R$ 6,9 bilhões em 2005. Esse movimento econômico representa 12% do PIB estadual. (Fonte: Ocesc)
"Cooperativistas do ramo Transporte se reuniram com representantes de instituições públicas no II Seminário Estadual do Ramo Transporte do Ceará para discutir a situação e as perspectivas da atividade. O evento (foto) aconteceu nesta sexta-feira (22), no auditório do Sebrae-CE, em Fortaleza (CE).
“Acho importante a realização de um evento como esse em que vai se discutir os desafios da categoria”, falou Ivan Moreira que representou o presidente do Sebrae-CE, Alci Porto Gurgel, na abertura do seminário. Ele frisou ainda a parceria do Sescoop/CE com o Sebrae-CE no desenvolvimento de ações de estruturação das cooperativas, visando à melhor prestação de serviço.
O presidente da Etufor - Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza S/A, Ademar Gondim, presente à abertura aproveitou a oportunidade para falar das ações planejadas para o setor, como cursos e treinamentos, alguns realizados em parceria com a Secretaria do Desenvolvimento Econômico (SDE). Segundo ele, uma das principais metas da Etufor é combater a informalidade, mas dando condições para a formalização.
Para o representante da prefeitura de Fortaleza, Flávio Eduardo de Patrício, presidente da AMC - Autarquia Municipal de Trânsito, o seminário é um grande marco para a cidade. Patrício enfatizou que a prefeitura estará aberta a todas as idéias que vierem a melhorar o transporte público e o trânsito da cidade.
O presidente da OCB/CE João Nicédio Alves Nogueira, parabenizou a todo o ramo Transporte pela realização do Seminário, em especial a representante estadual do ramo, Silvanês Pires. Além de palestras e painéias, os participantes conheceram experiências exitosas, como das cooperativas paulistas Transcooper e Coopsuporte, e da Agepan - Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul. O diretor da OCB/CE Frederico Joffily, que também é vice-presidente do Sicoob Central Nordeste, ministrou a palestra Intercooperação entre Cooperativas de Crédito e Cooperativas de Transporte.
Cerca de 90 pessoas prestigiaram o evento, entre cooperativistas do Ceará e de outros estados como São Paulo, por exemplo. O representante do ramo Transporte no Rio Grande do Norte Genário Torres da Silva também esteve presente. (Fonte: OCB/CE)
"Ótimo e bom foram os conceitos predominantes nas avaliações feitas pelos presidentes e superintendentes das regiões Norte, Sul, Centro-Oeste, além da Paraíba e Minas Gerais, que participaram da 8ª Reunião de Núcleos Regionais Cooperativos do Sistema OCB/Sescoop, realizada ontem (21), em Brasília (DF). O presidente da OCDF, Roberto Marazzi, deu as boas vindas aos participantes do evento, que aconteceu no hotel Grand Bittar.
Todos avaliaram positivamente a organização do evento e, principalmente, os trabalhos apresentados pelos representantes dos Grupos Técnicos de Apoio (GTAs) – Gestão, Identidade, Mercados e Alinhamento Institucional. “O sentimento é de gratidão diante dos resultados apresentados”, disse o presidente do Sistema OCB/Sescoop, Márcio Lopes de Freitas, ao encerrar o evento. Diferente do ano passado, a reunião foi realizada em apenas um dia, com muita objetividade, conforme o desafio colocado pelo presidente na abertura dos trabalhos. Nesse sentido, Freitas ressaltou a maturidade do grupo, a intercooperação e o foco nas cooperativas e seus associados.
Em sua avaliação, o superintendente Técnico do Sistema OCB/Sescoop, Ramon Belisário, que coordenou a realização da reunião, ressaltou o envolvimento dos representantes de cada uma das cinco regiões nos GTAs e a visilibidade do trabalho desenvolvido por esses grupo, proporcionada aos presidentes das organizações estaduais presentes ao encontro.
Ainda na programação, palestras sobre os temas: Promoção Comercial com ênfase na Inteligência Comercial, com o professor do Centro de Ensino Unificado de Brasília (Ceub), Alaor Cardoso, e Identidade cooperativa: eficiência empresarial e eficácia social, com o professor da Universidade de São Paulo (USP), Sigismundo Bialoskorski. Os dois assuntos foram abordados nas discussões dos GTAs Mercados e Identidade Cooperativa, respectivamente. Os dois outros GTAs deste ano debateram ações visando ao alinhamento institucional e aperfeiçoamento da gestão cooperativista no Sistema OCB/Sescoop.
Os dirigentes das unidades estaduais de Minas Gerais e da Paraíba participaram da reunião antecipadamente, devido à superposição de agendas na próxima etapa da 8ª Reunião, programada para o dia 28 deste mês, na OCB/RJ.
"As exportações das cooperativas paulistas tiveram uma variação positiva de 42,5% nos oito primeiros meses de 2006, em comparação com o mesmo período de 2005, segundo os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. As exportações das cooperativas renderam para o Estado US$ 695 milhões, puxadas principalmente pela cadeia sucroalcooleira.
Os números positivos das cooperativas aparecem nas exportações do agronegócio paulista, que aumentaram 17,4% nos primeiros oito meses de 2006, em relação ao mesmo período do ano passado, segundo estudo do Instituto de Economia Agrícola (IEA), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Os embarques somaram US$ 9,10 bilhões e as importações, US$ 2,73 bilhões (acréscimo de 14,7%). O saldo de US$ 6,37 bilhões representa crescimento de 18,6% sobre o mesmo período de 2005.
Para o presidente da Ocesp, Edivaldo Del Grande, “os números positivos da balança comercial demonstram que os produtores estão respondendo a compromissos firmados no ano passado, mas não se pode ignorar que a renda do produtor está caindo”. Para Del Grande, “a situação do campo é muito grave e infelizmente o governo ainda não tomou providências para resolver os enormes problemas que envolvem o produtor rural”.
A projeção da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), anunciada nesta quinta-feira, 21/9, de que o PIB do agronegócio deve recuar 1,88% em 2006, é um indicador de que a situação do campo tende a se agravar em 2007, como conseqüência da diminuição da produtividade, já que o agricultor está em sua maioria endividado e sem condições para investir.
Para Del Grande, a valorização desproporcional do real frente ao dólar e as perdas em função dos eventos climáticos complicaram ainda mais o quadro, pois em algumas culturas a comercialização sequer cobre o custo de produção. O presidente da Ocesp se diz pessimista em relação às tendências para o setor e afirma que, em algumas culturas, principalmente grãos, “de exportadores podemos virar importadores. Em São Paulo, a valorização da cana no mercado externo motiva produtores rurais a arrendarem suas propriedades para a produção de cana em detrimento do milho, soja e outras culturas”, alerta. (Fonte: Ocesp)