Mesa do Presidente leva aos líderes do Sicredi Biomas um feedback direto dos colaboradores e associados
Contexto e desafios
Desde sua fundação, em 1989, a cooperativa de crédito Sicredi Biomas tem crescido de maneira ágil, mas nos últimos três anos, o crescimento se tornou exponencial, com a expansão da área de atuação, inicialmente limitada ao Mato Grosso, para os estados do Acre e do Amazonas. Hoje, a cooperativa tem 27 agências distribuídas em 25 municípios destes três estados brasileiros.
Com o crescimento veio também uma maior preocupação com a qualidade do atendimento ao associado e com a adequação dos produtos e serviços às reais necessidades deles. A Mesa do Presidente foi a forma encontrada pela cooperativa para ir ao encontro dessas demandas.
O projeto prevê um dia de reuniões entre líderes da instituição, incluindo o presidente, e os colaboradores e associados, a fim de ouvir suas sugestões, críticas, impressões ou reclamações. A ideia é melhorar a comunicação entre as partes interessadas e encontrar soluções para problemas que podem passar despercebidos pelos olhos da alta gerência.
A Mesa do Presidente é realizada em todos os municípios de atuação do Sicredi Biomas e acontece uma vez por ano desde 2019, sempre entre junho e dezembro. A prática está alinhada aos princípios cooperativistas de “Gestão democrática”, “Autonomia e independência” e “Educação, formação e informação”.
Desenvolvimento e metodologia
Participam da Mesa do Presidente o presidente da cooperativa, o vice-presidente, o conselheiro de Administração do Sicredi Biomas na cidade em questão e o diretor executivo e assessor de Desenvolvimento do Cooperativismo. O evento é dividido em três momentos:
- Bate-papo com colaboradores e coordenadores de núcleo: nesta etapa cada um dos participantes, que ficam sentados em círculo, faz uma apresentação. Eles falam sobre suas experiências, suas trajetórias com o Sicredi e suas expectativas para os próximos anos. Após esta introdução, os participantes são convidados a se reunirem em grupo para discutir o que pode ser melhorado na agência/cooperativa. Eles anotam os tópicos e depois fazem uma apresentação daquilo que anotaram. Diversas sugestões de melhoria foram colhidas nesses dois anos do projeto, sendo que boa parte já foi solucionada. Esse momento é realizado antes da abertura de agência para atendimento ao público.
- Atendimento/conversa com associados: após o bate-papo com colaboradores e coordenadores de núcleos, vem o momento de conversar com o associado, ouvir seus anseios, expectativas, sugestões e reclamações. Esta etapa se estende desde o início do atendimento ao público até o encerramento.
- Visita a associados e prospects: na sequência do atendimento dentro da agência, são realizadas visitas a associados, buscando ouvir aqueles que não foram à agência ao longo do expediente. Também se procura falar um pouco mais sobre o cooperativismo para aqueles que ainda não conhecem o tema, prospectando assim novos associados.
Resultados e aprendizados
Ouvir o associado e os colaboradores significa dar mais oportunidades a eles de participar da gestão da cooperativa. Isso implica olhar com mais atenção para pontos que, por diversos motivos, são atropelados pelas atividades do dia a dia.
Em 2019, quatro temas apareceram em todas as agências do Sicredi Biomas durante a Mesa do Presidente: Autoatendimento, Cheque Especial, Convênio Médico e problemas nos sistemas.
As demandas ligadas ao Autoatendimento levaram à contratação de estagiários para todas as agências; aquelas ligadas ao Cheque Especial resultaram na isenção de juros para pagamento em até sete dias; e as demandas por Convênio Médico levaram à realização de um convênio com a Unimed Vale do Jauru. Os associados do Sicredi Biomas receberam mais de 20% de desconto no valor praticado em balcão para os planos da Unimed. Já as demandas ligadas aos sistemas foram encaminhadas pelo Sicredi Biomas para o Centro Administrativo Sicredi (CAS), localizado em Porto Alegre.
A predisposição em resolver o que estava afetando os associados teve reflexos diretos na forma como eles percebem o Sicredi Biomas. De acordo com dados da cooperativa, o índice que mede a satisfação dos associados (NPS) aumentou de 74,4% em 2018 para 76,1% em 2019, e o resultado financeiro e a confiança do associado na cooperativa acompanharam essa melhoria.
CONTATO DA COOPERATIVA
Renan Gomides, assessor de Comunicação e Marketing - renan_gomides@sicredi.com.br
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O Bate-Papo Cooperativo é uma prática iniciada em abril de 2023 que fortalece a governança da Cooperativa, capacitando os Coordenadores de Núcleo como referências de conhecimento sobre o cooperativismo e a cooperativa. Além disso, estabelece uma ponte entre os associados e a diretoria.
Regiões: Sul e Nordeste Categoria: Resíduos Sólidos Ação/projeto: O Batalhão do Bem emprega a economia circular para reutilizar resíduos têxteis oriundos de fardas e vestimentas militares. Além do meio ambiente, o projeto atua, ainda, em prol da educação e geração de renda. ODSs: 1 - Erradicação da pobreza 4 - Educação de qualidade 5 - Igualdade de gênero 12 - Consumo e produção responsáveis 17 - Parceria e meios de implementação Resultados: Mais de 2 mil peças e 600 pares de calçados foram doados. Outras 500 peças passaram pelo processo de descaracterização e reaproveitamento. A iniciativa realiza cursos de customização, microempreendedorismo e reciclagem profissional, com participação feminina majoritária.
A Central Sicredi Centro Norte, que atende mais de 770 mil associados, investiu R$ 70 milhões na construção de um complexo de usinas solares no Mato Grosso, Pará e Acre. A iniciativa visa acelerar a transição energética, reduzir a emissão de carbono e gerar uma economia de R$ 22,8 milhões por ano para suas cooperativas, demonstrando o protagonismo do cooperativismo de crédito na agenda climática.
Objetivo: Gerar energia limpa e renovável por meio da biodigestão anaeróbia dos dejetos e resíduos da agroindústria, minimizando os impactos ambientais da atividade de produção de alimentos, promovendo e incentivando as boas práticas de sustentabilidade e proteção do meio ambiente. Resultados: Projetos implantados em função da capacitação: • COOPERATIVA C. VALE Sede: Palotina, Oeste do Paraná Volume produzido: Entre 1500 a 2000 m³/dia para energia elétrica e 1050 m³/hora para uso térmico. Fonte de material utilizado: Dejetos suínos (geração energia elétrica) e efluente industrial de produção de amido de mandioca (uso térmico). COOPERATIVA CASTROLANDA Sede: Castro, Leste do Paraná Volume produzido: 12.593 nm³/dia de metano. Fonte de material utilizado: Lodo biológico ETE, Lodo tridecanter frigorifico, resíduo de batata lavador, glicina vegetal, resíduo de cerveja, ovos, óleo fritadeira, casca de batata, batata frita, farelo de fritadeira, dejetos e carcaça de suínos. COOPERATIVA COPACOL Sede: Cafelândia, Oeste do Paraná Volume produzido: Não possuem informação em volume de biogás gerado. Contudo, nos últimos três meses a geração de energia média com biogás foi de 88.116 kWh/mês. Fonte de material utilizado: Dejetos de suínos de uma Unidade de Produção de Leitões com 4.300 matrizes. COOPERATIVA FRÍSIA Sede: Carambeí, Leste do Paraná Volume produzido: 86.457 m³/mês. Fonte de material utilizado: Dejetos e carcaças provenientes da atividade de suinocultura. COOPERATIVA LAR Sede: Medianeira, Oeste do Paraná Volume produzido: 3.126.438,00 metros cúbicos de biogás, convertido em energia elétrica equivalem a 1.334.801 KWh de bioenergia (evitando a emissão de 1.719.540,9 metros cúbicos de gás metano). Fonte de material utilizado: Dejetos suínos. A unidade de produção localizada no município de Serranópolis do Iguaçu (PR) tem 3 biodigestores e produz 52% da energia consumida. Para 2021, a expectativa é produzir 100% da energia elétrica por meio do biogás.