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Cooperativismo destacou necessidade de ações eficazes para enfrentar impactos das enchentes
Comissão externa sobre danos causados pelas enchentes no Rio Grande do Sul A Comissão externa sobre danos causados pelas enchentes no Rio Grande do Sul da Câmara dos Deputados realizou, nesta terça-feira (13), audiência pública para debater a retomada da atividade econômica e reconstrução dos municípios gaúchos. A discussão contou com a participação do gerente de Relações Institucionais e Sindicais da Ocergs, Tarcísio Minetto.
Tarcísio Minetto, representando o cooperativismo gaúcho, expressou preocupações sobre a necessidade de aprovação de medidas que realmente atendam às dificuldades enfrentadas no estado. Para ele, o cenário exige agilidade e uma urgente desburocratização do acesso aos recursos anunciados pelo governo federal.
"O que conquistamos até agora é insuficiente para atender a gravidade da situação no Rio Grande do Sul. Esperamos que novas MPs sejam regulamentadas para atender às cooperativas e, em especial, os cooperados que precisam ajustar suas contas com as instituições onde solicitaram crédito", disse. Ressaltou, ainda, que o Sistema OCB está trabalhando para buscar alternativas que contemplem as necessidades específicas do setor.
O ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, Carlos Fávaro,também participou da audiência e parabenizou a iniciativa da comissão e destacou a necessidade de uma comunicação contínua sobre as tarefas necessárias para a implementação das medidas no estado. “É essencial mantermos a comunicação e o diálogo aberto para garantir que as medidas sejam implementadas de forma eficaz, principalmente para as cooperativas. A Ocergs está participando das negociações para repactuar e reestruturar as dívidas dos produtores que sofreram com as enchentes", declarou.
Após a audiência pública, parlamentares gaúchos e entidades do estado participaram de reunião com o ministro Carlos Fávaro para dar prosseguimento ao debate sobre as medidas necessárias ao processo de retomada econômica dos municípios.
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Segmento é considerado fundamental para alcance de resultados positivos pela instituição
Coletiva para divulgação dos resultados do BNDES no 2º trimestre de 2024. Foto: Rossana Fraga - BNDES / DivulgaçãoA participação das cooperativas de crédito no repasse de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES) foi destacada nesta terça-feira (13) durante coletiva de imprensa realizada para divulgar os resultados da instituição no 2º trimestre de 2024, com a participação do presidente Aloizio Mercadante e dos diretores Alexandre Abreu, Nelson Barbosa, Maria Fernanda Coelho, Luciana Costa, Tereza Campello, Helena Tenório e José Luis Gordon.
Segundo Alexandre Abreu, diretor Financeiro e de Crédito Digital para Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs), somente para o segmento, as aprovações de crédito no período totalizaram R$ 29,3 bilhões, valor 53,2% superior ao do 1º semestre de 2024, quando atingiu R$ 19,1 bilhões. “A melhoria do resultado é consequência direta da volta do BNDES como repassador de recursos para a economia. A atuação das cooperativas de crédito tem se destacado no repasse de recursos principalmente neste segmento. Isso explica porque estamos tão fortes no apoio às MPMEs e no Crédito Rural, dois grupos atendidos pelas cooperativas", pontuou.
O aumento dos repasses feitos por intermédio das cooperativas de crédito foi de 128% em relação ao 1º semestre de 2023. Para a superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, a parceria com o BNDES tem sido fundamental para a democratização do crédito no país. “As cooperativas de crédito possuem maior capilaridade quando comparadas as instituições financeiras tradicionais, atendem em localidades pouco exploradas por elas e oferecem crédito para pequenos empreendedores que muitas vezes são excluídos do mercado financeiro. Essas características permitem uma pulverização dos recursos com impactos positivos importantes para o desenvolvimento socioeconômico da população”, declarou.
Lucro
O BNDES obteve, no 1º semestre de 2024, lucro líquido recorrente de R$ 7,2 bilhões, um crescimento de 94% frente ao mesmo período de 2023 (R$ 3,7 bilhões). O resultado financeiro foi concentrado principalmente em ganhos de crédito e tesouraria.
Já o resultado operacional apontou que as aprovações de crédito, no 1º semestre de 2024, superaram as marcas dos últimos 6 anos, somando R$ 66,5 bilhões (aumento de 83% em relação ao mesmo período de 2023). Os desembolsos do BNDES, que totalizaram R$ 49,3 bilhões no 1º semestre de 2024, mantém uma trajetória de crescimento, com um aumento de 21% frente ao mesmo período de 2023.
O volume total de aprovações do Banco cresceu expressivamente em todos os recortes setoriais, com destaque para o aumento nas aprovações de infraestrutura (R$ 26,3 bilhões) e na indústria (R$ 14,5 bilhões), seguidos comércio e serviços (R$ 11,4 bilhões) e em agropecuária (R$ 14,2 bilhões). O resultado inclui operações diretas e indiretas (via agentes financeiros repassadores de recursos do BNDES).
“Os resultados do primeiro semestre de 2024 comprovam que, no governo do presidente Lula, o BNDES retomou o seu papel como o principal instrumento de promoção do desenvolvimento do Brasil. Em janeiro de 2023, encontramos o Banco com funding e liquidez comprometidos. Agora, alcançamos a maior carteira de crédito dos últimos seis anos, com inovações importantes para captação de recursos sem impacto primário, como a ampliação do Fundo Clima, a Letra de Crédito do Desenvolvimento e o Fundo Investimento em Infraestrutura Social”, afirma o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
*Com informações do BNDES
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Impactos negativos e soluções para preservação na qualidade dos serviços da agência foram abordados
Em resposta ao recente decreto que contingenciou e bloqueou cerca de R$ 20 milhões do orçamento da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), O Sistema OCB foi convocado, nesta segunda-feira (12), para uma reunião que debateu as possíveis consequências da medida. A determinação foi publicada no dia 30 de agosto, como parte de uma contenção orçamentária maior realizada pelo governo federal, que resultou na redução dos recursos disponíveis para a agência. O objetivo da ANTT foi solicitar apoio das entidades parceiras.
Tiago Barros, analista técnico da Gerência de Relações Institucionais do Sistema OCB, destacou a preocupação com os possíveis efeitos adversos do corte. “A reunião reuniu diversas entidades de representação do transporte, do agronegócio, ferroviários e órgãos com os quais a ANTT mantém relações diretas e indiretas. A preocupação é que, além do impacto imediato, o corte possa resultar em perdas ainda maiores a médio prazo”, afirmou.
Durante o encontro, foi ressaltado que o corte de recursos terá impactos significativos nas atividades da agência. “Todas as despesas que possuímos na agência, são despesas de custeio e não recebemos investimentos diretos. A redução de recursos compromete a qualidade do serviço prestado e poderá trazer consequências negativas para todo o segmento”, alertou Rafael Vitalli, diretor geral da ANTT.
Em nota oficial, a agência alertou sobre possíveis prejuízos. "Haverá novos impactos nas atividades de fiscalização, no cronograma de novos leilões e repactuações de concessões rodoviárias e nas renovações contratuais de ferrovia, que representam bilhões em investimentos na infraestrutura do país".
Todas as entidades presentes na reunião prestaram apoio à ANTT e reforçaram que irão colaborar com articulação política e diálogo com frentes parlamentares para sensibilizar os legisladores sobre a necessidade de reverter os cortes.
Para Tiago, o esforço conjunto visa garantir que a ANTT possa continuar a desempenhar o seu papel crucial na regulação e fiscalização do setor de transportes. '"Vamos colaborar para que a qualidade e a eficiência dos serviços oferecidos sejam preservados", disse.
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- Ministério dos Transportes recebe demandas do coop
- Senado aprova redução de imposto para transporte de passageiros
- Sistema OCB e ANTT deliberam sobre desafios do Ramo Transporte
Reunião elegeu coordenador da Câmara e abordou dados do setor, diretrizes e Reforma Tributária
A Câmara Temática de Geração Distribuída se reuniu, nesta sexta-feira (09), e tratou de temas importantes para o setor, a exemplo da eleição do coordenador do colegiado, divulgação dos dados do Anuário do Cooperativismo 2024, contexto regulatório da Geração Distribuída, Reforma Tributária e assuntos gerais.
Alexandre de Jesus Coelho Machado, da Cooperativa de Infraestrutura Sustentável Ambiental (Cisa) do Distrito Federal foi eleito como o coordenador. Ele será responsável por organizar as reuniões, manter contato com os membros da CT e coordenar as iniciativas necessárias para o seu funcionamento adequado. “Trabalhar como coordenador é uma oportunidade de atuar de forma mais ativa na Câmara e em prol do nosso segmento de geração distribuída de energia”, destacou Alexandre.
Hugo Andrade, coordenador de Ramos do Sistema OCB, parabenizou Alexandre pela eleição e ressaltou a importância do trabalho de um coordenador para o bom andamento da CT. “A disponibilidade para ocupar esse cargo é essencial para o melhor funcionamento da Câmara. Portanto, agradeço a participação de todos e, principalmente, do novo coordenador”.
A reunião deu destaque aos dados relevantes do Ramo Infraestrutura no Anuário de 2024, que conta, atualmente, com 1,5 milhões de cooperados e 276 cooperativas. Ele emprega 7 mil pessoas e possui ativos de R$ 10,5 bilhões, além de ter tido ingressos de R$ 5,55 bilhões no exercício de 2023.
Também foi feito um panorama geral acerca do processo 005.710/2024-3, que está investigando indícios de comercialização ilegal de créditos da MMGD. O posicionamento foi de que o Sistema OCB tem monitorado, de perto, o processo, com a finalidade de garantir a transparência e a conformidade com as regulamentações do setor de geração distribuída.
Outro ponto discutido foi a Energia Cooperativa, tendo em vista que o cooperativismo brasileiro ainda está em fase inicial na transição energética, mas, ainda assim, integrado à vida das pessoas que buscam ser agentes de mudança. Thayná Cortês, analista técnico-institucional do Sistema OCB explicou que, em 2023, as cooperativas investiram significativamente na geração de energia, com 736 cooperativas operando unidades próprias, 3.554 empreendimentos de geração e uma potência instalada de 244 MW.
Foram anunciados dois novos recursos importantes: o Manual de Organização de Cooperativa de Geração Distribuída, disponível para todas as OCEs e, ainda, a Cartilha 2.0: Guia de Constituição de Geração Distribuída. Ambos os materiais visam apoiar as cooperativas na estruturação e gestão de suas operações de geração distribuída.
E, ao final do encontro, os próximos passos da Reforma Tributária em tramitação no Senado Federal foram explicados. A partir de agora, as ações incluem levantamento de possíveis emendas, mapeamento dos senadores e mobilização contínua, com a atualização do site destinado à reforma, publicação de artigos em veículos de comunicação de grande circulação e a manutenção da estratégia de discursos e materiais unificados.
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Evento abordou questões sobre conscientização e capacitação no trabalho
Participantes do workshop participaram de diversas dinâmicas on-lineMembros dos comitês nacionais de mulheres (Elas pelo Coop) e de novens (Geração C), participaram, nesta quinta-feira (01), do workshop Inclusão, Diversidade e Equidade – uma liderança transformadora promovido pelo Sistema OCB. O evento faz parte da pauta ESG da entidade e foi pensado com o objetivo de implementar estratégias práticas e efetivas que despertem a conscientização e, também, capacitem os participantes sobre a importância e os benefícios concretos de atuar com essas temáticas.
Para os participantes, o workshop proporcionou um espaço valioso para a troca de experiências e o desenvolvimento de um plano de ação que fortaleça a equidade no ambiente cooperativista. As discussões foram enriquecidas por dinâmicas interativas, que permitiram o compartilhamento de perspectivas pessoais e profissionais.
Gisele Gomes, CEO da Parônima, uma consultoria especializada em Culturas Inclusivas, Equidade e Diversidade nas Organizações foi a responsável pela condução das atividades. Durante as dinâmicas, os participantes discutiram a importância da empatia no ambiente corporativo e como a diversidade pode influenciar positivamente na performance e na criatividade, além de explorar temas de sustentabilidade e desenvolvimento responsável. Foram abordadas questões relacionadas à raças, gêneros e orientação sexual, com destaque para a importância do pertencimento no ambiente de trabalho.
Para Gisele, a agenda de inclusão, diversidade e equidade é um imperativo ético, moral e mercadológico que precisa ser trabalhado em todas as cooperativas, uma vez que elas se diferenciam como entidades abertas para todas as pessoas.. "A inclusão vai além da legislação e demanda ações concretas para criar um ambiente verdadeiramente abrangente e integrado", afirmou.
Luzi Vergani, coordenadora-geral do comitê nacional Elas pelo Coop, ressaltou a importância da tarde de aprendizados. "A jornada que temos pela frente, para incluir pessoas e praticar a diversidade, é muito importante", disse. Já Dorinha Madeira, que também faz parte do comitê, destacou a necessidade de internalizar os conceitos absorvidos durante o workshop, no cotidiano. "Nós, como agentes do cooperativismo, precisamos ter esses conceitos inseridos no nosso contexto de vida, de trabalho e de propósito".
Alana Adinaele, coordenadora do Geração C, por sua vez, considerou a experiência enriquecedora. “Fiquei especialmente reflexiva sobre como a inclusão verdadeira vai além do ingresso nas cooperativas”. Segundo ela, os dados apresentados refletem que ao adotarem práticas inclusivas, as coops também atraem talentos diversificados e possuem melhores desempenhos econômicos e sociais. "Saí do evento inspirada e motivada a aplicar essas abordagens na minha atuação profissional, convencida de que a diversidade é um dos pilares fundamentais para o sucesso sustentável das cooperativas”, declarou.
Gerente de Desenvolvimento de Cooperativas , Débora Ingrisano, enfatizou a importância de as OCEs implementarem a iniciativa. “Essa temática abarca pilares fundamentais para o crescimento sustentável do cooperativismo. O workshop oferece ferramentas práticas e eficazes para capacitar nossos líderes e promover um ambiente mais diverso, para que possamos fortalecer ainda mais a nossa rede de cooperação e inovação"
Divani Ferreira, analista da Gerência de Desenvolvimento de Cooperativas, destacou a importância do engajamento contínuo para que as práticas discutidas no workshop sejam efetivas. "Estamos no início de um processo que demanda paixão pelo tema e um compromisso por parte dos comitês. Precisamos incorporar esses valores em todas as nossas ações, para garantir que cada cooperativa seja um espaço onde todos possam pertencer e prosperar. A transformação não acontece da noite para o dia, mas com dedicação e perseverança, podemos criar um ambiente mais justo e inclusivo para todos", declarou.
Além do workshop nacional, o Sistema OCB também apoia as Organizações Estaduais e suas cooperativas para a realização de eventos locais. Para agendar, basta entrar em contato com a entidade e se comprometer com a organização e custeio da logística do evento, incluindo o convite para as cooperativas. As despesas da consultoria são custeadas pela unidade nacional
Para os interessados, também está disponível o Guia Prático de Implantação de Estratégias em Inclusão, Diversidade e Equidade, que visa estimular a inclusão e valorização de pessoas (cooperados e empregados) diversas, com pluralidade de ideias, personalidades e vivências, de forma respeitosa e equânime. A publicação apresenta conceitos e sugestões, modelo de política e estudos de casos.
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Evento marcou novo ciclo para o plano cooperativo da organização estadual e compromissos políticos
A superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, participou do Fórum dos Presidentes das Cooperativas Paranaenses, realizado pelo Sistema Ocepar nesta segunda (29) e terça-feira (30). O evento marcou o lançamento do novo ciclo do Plano Paraná Cooperativo (PRC), planejamento estratégico de desenvolvimento sustentável do movimento na região.
A abertura do evento contou com a presença do vice-governador do estado, Darci Piana, do vice-presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), Sérgio Souza, e da Frente da Agropecuária (FPA), Pedro Lupion, que falaram sobre os principais projetos de interesse do coop em tramitação no Congresso Nacional. Parlamentares que integram as duas frentes como Dilceu Sperafico, Reinhold Stephanes Junior, Beto Preto e Leandre Dal Ponte (licenciada e atual secretária de Estado da Mulher e Igualdade Racial do Paraná) também participaram do evento.
Tania Zanella mediou painel no Fórum Tania destacou a relevância do trabalho realizado pela OCB na organização do setor e na promoção da educação política. “O nosso trabalho é intenso. Buscamos aproximar as cooperativas dos parlamentares e dar apoio para as causas do nosso movimento", disse. Ao mencionar a tramitação do projeto de Reforma Tributária na Câmara dos Deputados, Tania afirmou que os parlamentares trabalharam em parceria com o Sistema OCB. "Os deputados foram aguerridos ao defender o ato cooperativo e mostraram um compromisso firme com os princípios e valores do coop, que são essenciais para o desenvolvimento sustentável do nosso setor", declarou.
O deputado Sérgio Souza representou a Frencoop no eventoO deputado Sérgio Souza lembrou que o projeto de lei da Reforma Tributária, encaminhado pelo governo, era muito restritivo às cooperativas. “Sem o nosso apoio, o projeto não passaria e defendemos o direito de ter todas as cooperativas respeitadas no ato cooperativo”, declarou. Ele enfatizou que isso só é possível pelo sistema representativo e pela organização. “O que vem das cooperativas, chega à Ocepar, chega à Frencoop e à FPA. Quem não tem essa organização, não consegue”, frisou. Segundo Souza, além de organizados, os deputados das duas frentes são muito bem assessorados pela Ocepar e pela OCB, com dados e informações que sustentam as defesas do setor.
Deputado Pedro Lupion representou a FPA no FórumLupion, também elogiou o trabalho das equipes da OCB e Ocepar que, constantemente, prestam apoio aos políticos. Ele mencionou alguns progressos, como a questão do ato cooperativo, a integração entre produtores e indústrias, e a inclusão da proteína animal na cesta básica. "Embora não tenhamos avançado na Câmara em relação aos pleitos das cooperativas de saúde, há uma expectativa positiva para a tramitação no Senado", afirmou.
José Roberto Ricken, presidente do Sistema Ocepar, destacou que as cooperativas do Paraná, de diferentes setores, movimentaram mais de R$ 200 bilhões em 2023. Para ele, o apoio do Sistema OCB e dos deputados faz toda a diferença para o crescimento do setor na região. "Nosso objetivo é reconhecer e valorizar o apoio daqueles que nos respaldam", afirmou.
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Anuário do Cooperativismo 2024 aponta que 23% da população ocupada está associada ao movimento
Brasil possui mais de 23,45 milhões de cooperadosA relevância socioeconômica do modelo de negócios cooperativista continua crescendo e se torna cada vez mais representativa. O Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2024, divulgado nesta quarta-feira (31) pelo Sistema OCB, aponta que o país já soma 23,45 milhões de cooperados, o que equivale a 11,55% da população, com base no último censo do IBGE. O número é 14,5% superior ao registrado em 2023, quando o total de cooperados atingiu 20,5 milhões de brasileiros. Além disso, o movimento engloba 23% da população ocupada, emprega 550.611 profissionais e sua movimentação financeira alcançou R$ 692 bilhões.
“Estamos muito felizes com os resultados deste último levantamento. Eles demonstram que estamos cada vez mais próximos dos números da meta BRC 1 TRI de prosperidade. Além disso, os resultados apontados no AnuárioCoop nos ajudam a aprimorar nossa atuação na representação institucional do cooperativismo e a dar a visibilidade que ele merece para envolver ainda mais pessoas nesse ciclo virtuoso”, afirmou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
São 4.509 cooperativas no total, sendo que a maior concentração está no Ramo Agropecuário, que soma 1.179 coops, seguido pelos ramos Transporte (790); Saúde (702); Crédito (700); Trabalho; Produção de Bens e Serviços (641); Infraestrutura (276); e Consumo (221). O modelo de negócios está presente em 1.398 municípios brasileiros. A região Sudeste conta com o maior número de cooperativas (1.605), enquanto a Nordeste aparece em segundo (856) e a Sul em terceiro (825). As regiões Centro-Oeste e Norte abrigam 619 e 504 coops respetivamente.
A distribuição por gênero dos cooperados se manteve estável em 2023. A participação feminina permanece em 41% contra 59% dos homens. Os principais ramos em que elas atuam continuam sendo Consumo (45%), Crédito (43%), Saúde (46%) e Trabalho, Produção de Bens e Serviços (55%).
Já o número de empregos gerados pelas cooperativas saltou para 550.611 em 2023, um aumento de 5% em relação ao ano anterior quando o quantitativo ficou em 524.322. Enquanto o Brasil registrou redução de 27,52% no saldo de empregos formais no período entre 2022 e 2023, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o cooperativismo apresentou resultado positivo no mesmo período.
Na distribuição por gênero, por sua vez, o número de mulheres empregadas atingiu 52% do total, índice que era de 49% em 2021. Os ramos que mais congregam profissionais femininas são Consumo (57%), Crédito (60%), Saúde (75%) e Trabalho, Produção de Bens e Serviços (56%). No geral, o maior número de empregados está concentrado no Ramo Agropecuário com 257.137 trabalhadores, seguido pelos de Saúde (139.772) e Crédito (111.911).
Os indicadores financeiros também evidenciam a força do movimento. Em 2023, os ativos totais do setor atingiram R$ 1,16 trilhões, um aumento de 17% comparado a 2022, quando o montante foi de R$ 999,6 bilhões. O capital social foi contabilizado em R$ 94 bilhões, com um acréscimo também de 17% em relação ao período anterior. Em ingressos, que é de fato a movimentação financeira do setor, foram R$ 692 bilhões, 6% superior a 2021. As sobras do exercício, por sua vez, atingiram R$ 38,9 bilhões. Aos cofres públicos, o cooperativismo injetou mais de 33,9 bilhões em tributos, um aumento de 70% em relação a 2022 e outros de R$ 31,7 bilhões foram para pagamento de salários e outros benefícios concedidos aos colaboradores.
Exportação
O Anuário 2024 traz ainda números expressivos do cooperativismo no mercado internacional. Apoiadas pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), as cooperativas brasileiras somaram US$ 8,3 bilhões em negócios em 2023. Com a participação, 2,5% de tudo o que foi vendido pelo Brasil ao exterior foi exportado por cooperativas, enquanto 7,1%dos embarques do agronegócio também foi feito por uma coop. No total, 96 cooperativas são apoiadas pela ApexBrasil e 81 realizaram exportações. Dentre elas, aproximadamente 75% estão localizadas nas regiões Sul e Sudeste. Os principais produtos comercializados são carnes de aves, soja triturada, café não torrado e carne suína.
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Comitiva conheceu produção que mantém floresta intacta e promove desenvolvimento econômico
Os membros da comitiva da Imersão Pré-COP 29 puderam conhecer o trabalho cooperativista feito em Xapuri, no AcreA Jornada cooperativista rumo à COP 29 encerrou sua programação no município de Xapuri, Acre, na sexta-feira (26), com visitas à reserva ambiental Chico Mendes e à Cooperativa agroextrativista de Xapuri (Cooperxapuri). O último dia de atividades proporcionou aos participantes da comitiva formada por representantes de ministérios do governo federal, organizações parceiras e órgãos internacionais uma compreensão do processo agroextrativista da castanha e da borracha, além de reforçar o compromisso das cooperativas com a sustentabilidade.
A Reserva Extrativista Chico Mendes, uma conquista dos seringueiros, está situada na região Sudeste do Acre e abrange seis municípios. As atividades produtivas são direcionadas para a economia e o sustento das comunidades tradicionais que vivem na área. Criada em 2018, a Cooperxapuri conta com cerca de 200 sócios, que atuam na comercialização de castanha, borracha, polpa de frutas e café. O objetivo da cooperativa é organizar, beneficiar e comercializar a produção agroextrativista, com a garantia de que a floresta permaneça intacta e promovendo o desenvolvimento socioeconômico das famílias cooperadas.
Tião Aquino, presidente da Cooperxapuri, explicou a abordagem da cooperativa com produtos de extrativismo que se renovam naturalmente. "Os ciclos da castanha e da borracha possuem mais de 100 anos e, sendo assim, é um produto naturalmente renovável. Nossas atividades são sempre focadas na sustentabilidade e temos como desafio mostrar que nossas cooperativas possuem potencial para serem rentáveis", destacou.
Para Dalci Bagolin, coordenador-geral de Promoção Comercial do Ministério da Agricultura (Mapa), as visitas foram fascinantes. "Ver as cooperativas do Acre dando ênfase à sustentabilidade durante a produção é uma vivência que será guardada e que impactará de forma positiva para que o cooperativismo seja um foco central nas COP 29 e 30, especialmente esta última, uma vez que será realizada no Brasil", afirmou.
A representante do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Rebeca Souza Rocha, valorizou a experiência de conhecer diferentes regiões do Brasil. "O Brasil é muito diverso e muito grande. Os formuladores de políticas públicas precisam conhecer mais sobre a Amazônia e as diversas realidades do país. Esta jornada trouxe, para perto, as experiências da realidade brasileira e como o cooperativismo funciona no Brasil", concluiu.
Toda a jornada teve como objetivo passar uma visão ampla e detalhada do impacto positivo das cooperativas em prol da conservação e harmonia do meio-ambiente, ao mesmo tempo em que geram desenvolvimento social e crescimento inclusivo, a partir da contribuição do movimento nas discussões globais sobre mudanças climáticas. “Durante uma semana, o grupo conheceu cooperativas que são referência em boas práticas sustentáveis. Isso reforça o papel do movimento como um modelo de negócios moderno e inovador", ressaltou João Marcos Silva Martins, coordenador de Relações Internacionais do Sistema OCB.
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Visita ao Sicredi BiomasA Jornada cooperativa rumo à COP 29, organizada pelo Sistema OCB chegou ao seu quarto dia de atividades e levou os representantes nacionais e internacionais ao Acre, na região Amazônica, para mostrar casos de sucesso que atestam como as cooperativas atuam em prol da conservação e harmonia do meio-ambiente, ao mesmo tempo em que geram desenvolvimento social e crescimento inclusivo, além de se encaixar nas mais diferentes realidades sociais, geográficas e culturais do país.
Nesta quinta-feira (26), os participantes da jornada tiveram a oportunidade de conhecer as práticas de sustentabilidade do Sicredi Biomas, Sicoob UniAcre e Sicoob Credisul. A comitiva também visitou a Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Acre (Cooperacre), onde foram apresentados produtos provenientes da floresta cultivados pelos cooperados, como castanha e borracha, e as práticas de extração que preservam o meio ambiente.
Yann Sena, gerente regional administrativo financeiro do Sicredi Biomas, destacou a importância das das cooperativas de crédito na região. "O impacto positivo das nossas ações é muito grande e, por isso, a atuação do Sicredi não é só emprestar dinheiro aos cooperados, mas também influenciar todo um ecossistema e colaborar com as comunidades que recebem o auxílio da instituição financeira de crédito. O cooperativismo é certamente uma ferramenta social e econômica muito importante para o desenvolvimento da nossa sociedade aqui e no Brasil", afirmou.
Por sua vez, Murilo Aluizio, gerente regional do Sicoob Credisul, explicou que a prioridade da instituição é focada na cooperação com a comunidade e a conformidade com as legislações ambientais. "Nós estamos comprometidos em apoiar a comunidade em todas as nossas operações, sempre de acordo com as leis. Incentivamos nossos cooperados a seguir práticas de conservação ambiental, florestas, rios e solos", disse.
O presidente da Cooperacre, José Rodrigues de Araújo, expressou satisfação em receber a comitiva da jornada e compartilhou as práticas sustentáveis da central. "Recebê-los representa um momento muito feliz. Na Cooperacre, extraímos os produtos e cuidamos do produtor e do meio ambiente, com base nos três pilares ESG, social, econômico e ambiental. Os produtos que extraímos e comercializamos não afetam a floresta. Mantemos ela em pé e nos preocupamos em evitar o desmatamento, ao mesmo tempo que entregamos renda para os nossos cooperados", declarou.
Sediada em Rio Branco, a Cooperacre é atualmente responsável pela maior produção de castanha beneficiada do país, com presença em 18 municípios do estado e mais de 2,5 mil famílias cooperadas. De acordo com José Rodrigues, sua fundação, em 2001, atendeu à necessidade de existência de uma entidade central que reunisse as cooperativas de extrativistas do estado para garantir melhores oportunidades de negociação de seus produtos.
Wenyan Yang, das Nações UnidasEm 2003, a cooperativa abriu sua primeira indústria de beneficiamento de castanha-do-Brasil. Com o sucesso, uma nova planta foi concedida e entrou em operação. A terceira fábrica foi inaugurada em 2016 e, hoje, a produção de castanha é da ordem de 5 mil toneladas/ano. Nessas fábricas, as castanhas são armazenadas, limpas, quebradas, secas e empacotadas. As cascas também são usadas para produzir o biocombustível empregado na própria atividade industrial. Com isso, a Cooperacre torna todo o seu processo industrial ainda mais limpo.
Wenyan Yang, chefe da divisão de Participação Social sobre o Desenvolvimento das Nações Unidas, comentou sobre a experiência da jornada no Acre. "Incrível. Foi possível ver de perto como as cooperativas financeiras são muito importantes para o desenvolvimento local, de forma social e econômica. Conhecer e entender como a Cooperacre funciona é muito valioso. É bonito ver como as iniciativas sustentáveis colaboram com as pessoas e, ao mesmo tempo, cuidam do meio ambiente. O mercado que é criado, pensando nos trabalhadores e também na floresta, é muito interessante".
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Representantes nacionais e internacionais puderam conhecer a Casa do CooperativismoNo terceiro dia da Jornada cooperativa rumo à COP 29, os representantes nacionais e internacionais envolvidos com a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas tiveram a oportunidade de visitar a sede da Casa do Cooperativismo, em Brasília. A entidade recebeu a comitiva para realizar uma apresentação sobre o movimento, feita pela gerente-geral do Sistema OCB, Fabíola Nader Motta. Também foram destacados os programas ESG coordenados pelo Sistema OCB, e projetos de sustentabilidade das cooperativas de crédito da Cresol.
Fabíola explicou os principais princípios do cooperativismo e ressaltou que o modelo de negócios transforma o mundo em um lugar mais justo e próspero, com melhores oportunidades para todos. "O cooperativismo pode ser uma força poderosa para a inclusão social e econômica, promovendo um desenvolvimento sustentável que beneficia não apenas os cooperados, mas toda a sociedade," afirmou.
A gerente também falou sobre a importância de entender o cooperativismo como uma resposta às necessidades do novo consumidor, como um indivíduo com aspirações próprias. “Ele é crítico, substitui a posse pelo suso, se preocupa com a sustentabilidade e quer conhecer a história por traz do processo de produção. Características estas que fazem parte do propósito natural do cooperativismo”. Ela enfatizou ainda 2025 como Ano Internacional do Cooperativismo, declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Para Fabíola, será um marco para as cooperativas, com a promoção do movimento globalmente e celebração de suas contribuições para a inclusão social e econômica.
Em seguida, a gerente de Desenvolvimento de Cooperativas, Débora Ingrisano, enfatizou a contribuição do cooperativismo brasileiro para a sustentabilidade. "Nossos projetos ESGCoop e NegóciosCoop são exemplos de como estamos avançando. Unimos esforços para implementar práticas sustentáveis, mostramos que é possível gerar impacto positivo e duradouro nas comunidades e no meio ambiente. Nos comprometemos em continuar liderando pelo exemplo e promovendo um futuro mais sustentável para todos".
Coordenador de Programas na Cresol Instituto, Felipe Alessio, falou sobre as instituições financeiras cooperativas. "Contribuímos de forma direta com a economia verde e a agricultura familiar. Nosso foco é apoiar práticas agrícolas sustentáveis que beneficiem o meio ambiente e promovam a prosperidade das comunidades rurais. Por meio de financiamentos acessíveis e programas de desenvolvimento, conseguimos capacitar os agricultores a adotarem tecnologias inovadoras e métodos de cultivo mais eficientes", salientou.
Daniel PeterOs participantes da jornada voltaram a elogiar as experiências que estão sendo vivenciadas com as visitas incluídas na programação. Para Isabel Nobre, consultora da iniciativa da Amazônia do BID Invest, o envolvimento das cooperativas com a comunidade chama a atenção. "A Coopfam, por exemplo, mostrou diversos projetos nesse sentido. Pudemos observar que esta preocupação está no DNA da cooperativa, que possui vertente social forte e vários projetos para crianças e idosos. É inspirador ver como transformam vidas e reforçam o papel do cooperativismo no desenvolvimento sustentável e na promoção do bem-estar social", declarou.
Já Daniel Peter, diretor da Secretaria de Povos e Comunidades Tradicionais, do Ministério do Meio Ambiente (MMA), destacou o potencial de crescimento do cooperativismo. "Fica muito claro com as visitas que fizemos até aqui, que o movimento enfrenta o mercado bravamente, colocando a lógica com base, no cooperado. Isso demonstra a força e a resiliência do modelo de negócios em criar soluções sustentáveis que beneficiam tanto o meio ambiente quanto as comunidades locais".
João Marcos Silva Martins, coordenador de Relações Internacionais do Sistema OCB, falou sobre a riqueza das experiências vividas durante a jornada e as expectativas para os próximos dias. "Cada visita tem sido uma oportunidade única para mostrar o impacto positivo das cooperativas em suas comunidades. A interação direta com os cooperados e a visualização dos projetos em andamento reforçam a importância do movimento como um modelo sustentável e eficiente de negócios. No Acre, os participantes terão uma visão ainda mais forte dessas características", afirmou.
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Prioridades para retomada das atividades foram apresentadas ao governo
Tania Zanella participou de reunião com Dario Durigan, secretário-executivo do Ministério da FazendaA superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, participou nesta terça-feira (23) de reunião com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan. Em conjunto com o presidente do Sistema Ocergs, Darci Hartmann, do diretor-executivo, Sérgio Luís Fetralco, e do conselheiro da Fecoagro RS, Nei Mânica, foram apresentadas prioridades do setor para a retomada da produção e dos empregos nas cooperativas agropecuárias gaúchas, após a catástrofe climática que assolou o Rio Grande do Sul, em maio.
Os ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e do Ministério Extraordinário de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, além de representantes do Tesouro Nacional também participaram do encontro.
Hartmann destacou a importância de facilitar o acesso ao crédito e renegociação das dívidas para retomada das atividades e apoio aos afetados pelas chuvas. “As cooperativas do agro tiveram faturamento de R$ 48,6 bilhões em 2023, o que representa 7,5% do PIB do estado. As medidas pleiteadas têm grande capacidade de garantir os empregos de mais de 259 mil cooperados para a retomada da economia do estado com mais dinamismo", completou o presidente.
Como sugestões, o Sistema Ocergs apresentou ao governo federal propostas para a criação de linhas de crédito para renegociação de dívidas das cooperativas, redução de burocracias para acessar os recursos e o alongamento dos créditos com instituições financeiras.
O governo federal informou que está trabalhando em medidas que devem incluir mecanismos para tratar dos créditos das cooperativas. A União se comprometeu também em contemplar soluções de apoio para evitar o endividamento dos agricultores do Rio Grande do Sul.
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Processo de produção sustentável desenvolvida pela coop encanta visitantes
Visita permitiu conhecer a realidade dos cooperados da CoopfamA Cooperativa dos Agricultores Familiares de Poço Fundo e Região (Coopfam) foi a responsável por receber a comitiva da Jornada Cooperativa Rumo à COP 29 nesta terça-feira (23). O grupo formado por representantes de sete ministérios, organizações parceiras e órgãos internacionais conheceu de perto a realidade de famílias cooperadas que produzem café certificado e de alta qualidade por meio da agricultura sustentável.
“Estou saindo transformada dessa experiência e espero poder levar todo esse aprendizado para o meu trabalho na formulação de políticas públicas. É uma visão muito qualificada da realidade com resultados extremamente positivos”, resumiu Caroline Sanematsu, coordenadora de Responsabilidade Social e Desenvolvimento Sustentável, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).
A Coopfam foi criada oficialmente em 2003 para organizar e potencializar a produção de café local, mas desde a década de 1980 famílias da região já se reuniam por meio da Pastoral da Terra para, juntas, buscar soluções para melhorar as condições de vida dos produtores. “A cooperativa nasceu da tomada de consciência de alguns produtores sobre a possibilidade de fazer as coisas diferentes e, assim, ter uma vida melhor. Essa ideia foi sendo compartilhada e cresceu baseada no princípio de que para ser bom para um tem que ser bom para todos”, descreveu Vânia Lúcia Pereira da Silva, presidente da Coopfam.
Vânia Pereira, presidente da CoopfamCooperado desde 2003, Carlos Henrique Nogueira, conta que a vida de sua família mudou completamente com o apoio da Coopfam. “Eu era um produtor que usava muito químico e ouvi falar de um grupo que trabalhava de forma diferente. Meu filho tinha acabado de nascer e eu não oferecia para ele meus produtos. Conversando com minha esposa, concluímos que estávamos fazendo errado, uma vez que não queria para minha família o que produzia para outras. Foi assim que entrei para a cooperativa, cresci pessoal e profissionalmente e vi a vida da minha família, assim como o meu sítio, serem totalmente transformadas para melhor”.
Uma das características que chamaram a atenção do grupo durante a visita foi a visão da Cooperfam sobre uma produção que vai muito além da qualidade do grão e do café que chega às xícaras dos consumidores. “Buscamos criar consciência e mudar mentalidades e atitudes, começando por nossos cooperados, para criar uma uma força coletiva. É uma cadeia do bem para transformar o pessoal, o meio, a cidade e o mundo. E todos o processo de produção faz parte desse movimento que busca o melhor para todos”, complementa a presidente Vânia.
Para o desenvolvimento dos projetos sustentáveis, a Coopfam conta com um departamento sócio ambiental que se dedica exclusivamente a iniciativas como a instalação de biodigestores, contemção de água de chuva e replantio de árvores em nascentes, por exemplo. O sombreamente das áreas de produção para evitar que a seca, o calor e outras questões climáticas interferim na qualidade dos grãos é um dos principais programas implementados nos últimos três anos. “Começamos a registrar queda na produção por conta dessas questões e o sombreamento foi a solução encontrada”, disse Vânia.
Inclusão
Degustação de cafés produzidos pela CoopfamA Coopfam também lidera movimentos para inclusão feminina no setor cafeeiro, a partir do projeto Mulheres Organizadas em Busca da Igualdade (Mobi). A iniciativa foi criada em 2006 para lidar com um problema diagnosticado ainda nos primeiros anos de operação da cooperativa: as trabalhadoras rurais produziam juntas com os esposos, mas não podiam desfrutar de uma série de benefícios, já que não tinham documentações de atividade rural. De acordo com Vânia, elas se sentiam apenas ajudantes, não se viam como produtoras.
“Foi quando uma dessas mulheres ficou viúva e precisou regularizar sua situação para se associar à cooperativa e dar continuidade aos negócios da família. Junto com ela, várias outras mulheres também fizeram sua filiação, gerando um movimento que estimula a equidade de gênero e o protagonismo feminino no campo e nos mais diversos espaços da sociedade”, descreveu Vânia.
Como resultado, a cooperativa possui um linha específica de café feminino que valoriza o trabalho que a mulher desenvolve no campo e proporciona empoderamento financeiro e social para as produtoras cooperadas. Esses cafés foram servidos durante a Copa do Mundo de 2014, sediada no Brasil, assim como nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016. Em 2018, o café feminino produzido pelo Mobi recebeu menção honrosa no concurso Saberes e Sabores, organizado pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Comitiva da jornada cooperativa rumo à COP 29Wenyan Yang, chefe da Divisão de Participação Social da ONU, se mostrou encantada com o que viu na Coopfam. “Trabalho com questões sociais e as iniciativas que vi aqui me mostraram que não estou sozinha nessa jornada. Essa visita foi muito especial. Fiquei absolutamente encantada com o que pudemos vivenciar”, afirmou.
Secretária-executiva do Fórum Ciência-Política-Empresas da ONU sobre o Meio Ambiente, Shereen Zorba, compartilhou o sentimento de Wenyan. “Foi uma experiência maravilhosa. O trabalho de educação e empoderamento dos produtores, assim como a busca constante em certificações de excelência são exemplos que precisa ser seguidos e nos mostrou oportunidades importantes que podemos apoiar em um futuro próximo”.
“Com certeza tem superado nossas expectativas. Temos visto trabalhos fenomenais que apresentam um potencial incrível de fortalecimento e crescimento”, completou Felipe Ribeiro de Sousa, analista de Programas de Cooperação Técnica Internacional da Agência Brasileira de Cooperação (ABC).
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Evento realizado na Costa Rica discutiu melhorias para a produção agroalimentar
Fecagro realiza evento que discute desafios de segurança alimentar e mudanças climáticasO Encontro de Federações Agrícolas das Américas, organizado pela Federación de Câmaras Del Agro (Fecagro), aconteceu no dia 22 de julho de 2024, na sede central do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), em São José, na Costa Rica. O evento reuniu cerca de 20 federações agrícolas para discutir os grandes desafios da segurança alimentar e das mudanças climáticas, com foco na inovação, novas tecnologias e ciência como bases para aumentar, com sustentabilidade, a produção e a produtividade dos sistemas agroalimentares.
O encontro buscou fomentar o diálogo e a colaboração entre as federações agrícolas das Américas, com o objetivo de enfrentar os desafios da agricultura sustentável e promover o desenvolvimento do setor na região. Durante o dia, os participantes discutiram as oportunidades e os desafios da agricultura sustentável e elaboraram uma proposta conjunta para promover o setor.
João Prieto, coordenador do Ramo Agro do Sistema OCB, ressaltou a importância do evento. "Essa é uma oportunidade ímpar para fortalecer a colaboração entre as federações agrícolas das Américas e discutir soluções inovadoras para os desafios que enfrentamos na agricultura. A troca de experiências e a construção de uma rede de diálogo público-privado são essenciais para promover a sustentabilidade e a segurança alimentar em nossa região. Estamos comprometidos em contribuir com ações concretas que resultem em um setor agroalimentar mais resiliente e produtivo", disse.
Tendo em vista que as Américas enfrentam diversos desafios na agricultura, incluindo mudanças climáticas, escassez de água e degradação dos solos, o evento defendeu que a agricultura sustentável surge como solução para esses desafios e como garantia para segurança alimentar e promoção da sustentabilidade econômica, social e ambiental.
Ainda durante o encontro, foi discutida a criação de uma rede hemisférica de diálogo público-privado sobre agricultura sustentável. A rede permitirá a troca de experiências e boas práticas, fortalecendo a colaboração entre os países das Américas.
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Visitas permitiram explorar soluções de sustentabilidade que minimizam impactos ambientais
Jornada Cooperativa para à COP 29 chegou à Minas GeraisO primeiro dia de visitas da Jornada cooperativa rumo à COP 29 aconteceu nesta segunda-feira (22) na cidade de Guaxupé, Minas Gerais. A primeira etapa foi marcada por uma reunião de alinhamento entre os representantes dos ministérios, agências governamentais e organizações internacionais que fazem parte do programa e a equipe do Sistema OCB Nacional e do Sistema Ocemg.
A organização estadual também apresentou o Programa Minas Coop Energia, que incentiva a instalação de usinas fotovoltaicas pelas cooperativas para ampliação da geração de energia solar no Brasil. “O excedente é doado a instituições filantrópicas e o programa é reconhecido como exemplo de combate às mudanças climáticas no estado. Juntas, as 27 instituições beneficiadas acumulam uma economia anual superior a R$ 1 milhão em suas contas de luz. São hospitais, unidades de pronto atendimento à saúde (Upas), creches e asilos, entre outras associações, que atendem uma média de 4 milhões de pessoas por ano”, descreveu Lucas Lag, analista da Ocemg e membro do Comitê do MinasCoop Energia.
Em seguida, o Sicoob Agrocredi recebeu a comitiva da jornada em sua sede para destacar suas práticas em sustentabilidade. O vice-presidente do Conselho de Administração da entidade, Luís Alberto Andrade, detalhou os principais números da cooperativa. “Somos 86 mil cooperados e nossos ativos totais somam R$ 2, 6 bilhões. Nossas operações de crédito estão na ordem de R$ 913 milhões e o resultado acumulado já ultrapassa os R$ 52 milhões”.
Entre as ações ambientais, Luís Alberto listou a instalação de usinas fotovoltaicas, a redução no consumo de papel, reciclagem e otimização de recursos naturais. “Tudo isso por meio da tecnologia ofertada aos cooperados para fazerem a gestão de suas financas por meio de canais digitais. É para ser uma instituição financeira melhor para o mundo que o Sicoob Agrocredi trabalha e se movimenta. Nossa política é sistêmica e inclui responsabilidade social, ambiental e climática”, concluiu.
A programação da jornada continuou com a visita técnica à Cooxupé, cooperativa de cafeicultores que reúne mais de 19 mil produtores rurais. O grupo pode conhecer as diversas formas de apoio aos cooperados, desde processos de certificação, apoio a infraestrutura, garantia de qualidade, exportação e assistência técnica.
O Protocolo de Gerações, ferramenta de melhoria continua de sustentabilidade é dos destaques. “Esse protocolo avalia a produção considerando a realidade de cada produtor nas questões ambientais, sociais e econômicas, e fornece informações para a cooperativa se preparar para atender às demandas de clientes quanto à procedência e origem dos cafés produzidos de acordo com padrões de sustentabilidade”, explicou Carlos Augusto Melo, presidente da cooperativa.
O Complexo Industrial e de Armazenagem Japy, uma das unidades industriais da Cooxupé, foi o último ponto de parada do dia. Nela, os participantes da jornada conheceram diversos processos importantes, como por exemplo, a classificação em degustação ao preparo do café que é exportado para 49 países dos cinco continentes.
A unidade também se destaca pela possibilidade do produtor entregar o café a granel, iniciativa que garantiu a redução de custos e mais qualidade para a atividade cafeeira. O empreendimento conta ainda como um Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação (Redex), que agiliza o processo de expedição dos contêineres ao Porto de Santos.
Para os participantes da jornada, as visitas do dia foram extremamente proveitosas. Isabela Leão, especialista sênior em Desenvolvimento Rural do Banco Mundial, declarou que a experiência tem sido muito importante para o trabalho que desenvolve. “Conhecer práticas de cooperativas que alcaçaram sucesso em suas atividades é muito significativo. Espero aprender ainda mais e levar esse conhecimento par outras regiões do mundo”.
Já Marcelo Strama, diretor de Fomento na Secretaria Nacional do Artesanato do Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Memp), afirmou que os impactos dos cooperativismo são muito positivos para o país. “É meu papel como gestor público incentivar iniciativas como as que estamos acompanhando de perto nesta jornada. Temos visto que o cooperativismo é bom para o Brasil e para todo o mundo”, declarou.
Paulo Antônio Viana Júnior, subchefe da Divisão de Promoção de Indústria e Serviços do Ministério das Relações Exteriores (MRE) ressaltou que a jornada tem se mostrado uma oportunidade única. “Tem sido, até aqui, a experiência mais fantástica da minha vida profissional como diplomata. Meu trabalho envolve a promoção do Brasil e ver como setor produtivo conduzido por cooperativas funciona é muito especial”, argumentou.
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Capacitação realizada em Washington aprimorou técnicas de atuação em relações institucionais
Missão Internacional buscou capacitar os participantes que atuam na área de Relações Institucionais Entre os dias 15 e 19 de julho, o Sistema OCB realizou a 1ª Missão Internacional do Programa de Educação Política. A iniciativa reuniu membros da Unidade Nacional e 13 Organizações Estaduais (OCEs), com um total de 25 participantes. A missão proporcionou uma imersão em lobby e advocacy nos Estados Unidos, com o objetivo de capacitar os participantes que atuam na área de relações institucionais em suas organizações.
Inicialmente, os representantes participaram de um curso especialmente desenhado pela George Washington University, uma das maiores referências em educação política dos Estados Unidos. O programa foi apresentado em uma agenda com abordagens acerca das práticas de lobby e advocacy na perspectiva americana. A capacitação teve como objetivo aprimorar as habilidades dos representantes brasileiros, tendo em vista uma atuação mais eficaz em suas atividades.
Na manhã do segundo dia, a delegação visitou a sede da Associação Nacional das Cooperativas Americanas (NCBA), onde foi apresentado o trabalho de representação institucional do cooperativismo nos Estados Unidos. Durante a tarde, os participantes estiveram em reunião com representantes da Associação Nacional das Cooperativas Agropecuárias (NCFC), , onde puderam conhecer mais sobre as práticas e desafios enfrentados no cenário americano.
O terceiro dia começou em uma reunião na Comissão de Agricultura, Nutrição e Silvicultura do Senado dos Estados Unidos, onde os participantes tiveram a oportunidade de discutir políticas de apoio ao cooperativismo e entender melhor o funcionamento do Congresso Americano. Na parte da tarde, a delegação se reuniu com representantes do Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito (Woccu), para conhecer sua estratégia de atuação.
A programação do quarto dia começou na Embaixada do Brasil em Washington e contou com uma apresentação da adida agrícola do Brasil nos Estados Unidos sobre defesa dos interesses do setor agropecuário brasileiro, além de debate com representante do Conselho Internacional de Desenvolvimento de Cooperativas (OCDC). Na parte da tarde, a comitiva participou de Reunião na Divisão de Cooperativismo do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). .
No último dia, a delegação retornou à George Washington University para concluir o curso de capacitação. Na ocasião foram abordados conceitos de lobbying, relações públicas, liderança e estratégias digitais de Comunicação.
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Prêmio foi concedido pela atuação do parlamentar em defesa das cooperativas de crédito
O deputado Arnaldo Jardim (SP), presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), foi agraciado nesta segunda-feira (22) com o Prêmio Serviços Destacados (DSA) 2024, na categoria individual, concedido pelo Conselho Mundial de Cooperativas de Crédito (Woccu), durante conferência da entidade realizada em Boston, nos Estados Unidos. “Saúdo, cortejo e celebro as cooperativas de crédito como um movimento global que transcende fronteiras, une comunidades e promove o desenvolvimento sustentável e inclusivo em todo o mundo”, disse Jardim ao receber a homenagem.
Jardim foi indicado pelo Sicredi e escolhido por unanimidade pelo Conselho de Administração do Woccu por sua atuação continuada em projetos de defesa ao movimento internacional de cooperativas de crédito que influenciaram positivamente seu desenvolvimento, inclusive fora de seu país de origem. De acordo com a entidade, o parlamentar trabalhou “notavelmente como um importante porta-voz das cooperativas de crédito durante as discussões que culminaram em seu tratamento tributário apropriado na Reforma Tributária do Brasil”.
Deputado Arnaldo Jardim recebe Prêmio Serviços Destacados no Woccu 2024Para o deputado, o prêmio é reflexo do trabalho conjunto e do compromisso de todos aqueles que dedicam suas vidas a fortalecer o movimento cooperativista. “No Brasil, o cooperativismo não é apenas uma prática econômica, mas um verdadeiro pilar de transformação econômica e social. Temos o privilégio de contar com uma das maiores redes de cooperativas do planeta, que desempenham um papel crucial na democratização do crédito, na promoção da justiça social e no fortalecimento da economia local”, destacou o deputado.
Ainda segundo ele, o sistema de cooperativas de crédito no Brasil alcançou um crescimento substancial nos últimos anos, com mais de 15 milhões de associados, 99 mil empregos diretos e uma participação significativa no mercado financeiro nacional, com uma carteira de crédito de mais de R$ 361 bilhões. “Estas cooperativas não apenas oferecem taxas competitivas e serviços personalizados e humanizados, mas também reinvestem seus lucros nas comunidades locais, fortalecendo o desenvolvimento regional de maneira sustentável e responsável”.
O parlamentar finalizou seu discurso agradecendo a homenagem. “Agradeço sinceramente pelo apoio e pela confiança depositada em mim, e reafirmo meu compromisso contínuo em promover políticas públicas que favoreçam o crescimento e a sustentabilidade do cooperativismo de crédito no Brasil e no mundo”. Além do deputado, Timothy O’Sullivan, da Irlanda, também recebeu a honraria concedida a apenas duas personalidades do mundo em cada edição da conferência.
O Sicoob, por sua vez, foi homenageado com o Prêmio Crescimento Digital 2024 pelo desenvolvimento e implementação do Sipag 2.0, um sistema digital que permite que micro e pequenas empresas em áreas rurais aceitem pagamentos eletrônicos a um custo acessível, permitindo-lhes expandir seus negócios, alcançar o cliente e aumentar as vendas.
Sicoob recebe Prêmio Crescimento Digital 2024
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Sicoob e Cresol passam a fazer parte do conselho mundial, que já contava com Sicredi
Cooperativismo de crédito brasileiro se destaca no cenário internacional
O cooperativismo de crédito brasileiro se destacou no cenário internacional com a inclusão de duas importantes instituições no Conselho Mundial de Cooperativas de Crédito (Woccu): o Sicoob e a Cresol. Além disso, ocorreu a reeleição de Manfred Alfonso Dasembrock, do Sicredi, como representante da entidade. O anúncio aconteceu durante a Conferência Mundial de Cooperativas de Crédito, que está sendo realizada em Boston, nos Estados Unidos.
O Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito (Woccu) trabalha para promover a inclusão financeira através das coops de crédito e, recentemente, anunciou a entrada do Sicoob, um dos maiores sistemas cooperativos financeiros da América Latina, e da Cresol, instituição financeira cooperativa com mais de 900 mil cooperados, como seus novos membros.
A gerente de Relações Institucionais do Sistema OCB, Clara Maffia, ressaltou que a inserção reforça a potência do cooperativismo de crédito brasileiro no cenário mundial. "É um reflexo da maturidade normativa e do nosso país. A presença no colegiado é uma consequência natural do protagonismo das nossas cooperativas no desenvolvimento de atividades econômicas inclusivas, financiamento de projetos sustentáveis e desenvolvimento das comunidades, especialmente em áreas remotas", disse.
O Sicredi, membro direto do Woccu há mais de 20 anos, também celebrou a reeleição de seu representante no Conselho. A conquista abre espaço para que outros sistemas cooperativistas possam integrar o Woccu como membros associados. Para o presidente da Central Sicredi PR/SP/RJ, Manfred Alfonso Dasenbrock, a união de forças em pautas comuns, principalmente regulatórias, fortalece o setor e amplia a representação global.
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Imersão inclui visitas para apresentação de iniciativas sustentáveis em Minas Gerais e Acre
Palestra inicial da jornadaO Sistema OCB iniciou nesta segunda-feira (22) mais uma imersão no modelo de negócios cooperativista. A Jornada Cooperativa rumo à COP 29 reúne formadores de políticas públicas, organizações parceiras e órgãos internacionais em um programa de visitas nos estados de Minas Gerais e Acre que segue até a próxima sexta-feira (26). O objetivo é apresentar casos de sucesso que mostram como as cooperativas atuam em prol da conservação e harmonia do meio-ambiente, ao mesmo tempo em que geram desenvolvimento social e crescimento inclusivo, além de permitir que os participantes vivenciem como o cooperativismo se encaixa nas diferentes realidades sociais, geográficas e culturais do país.
“Queremos mostrar a relevância das nossas cooperativas para o desenvolvimento sustentável do Brasil e colocar a pauta do cooperativismo na COP 29. Nosso objetivo é ter um Dia do Cooperativismo durante o evento, para ressaltar o impacto econômico e social das cooperativas e o quanto elas podem fazer a diferença nos debates sobre as mudanças climáticas. Iniciamos a imersão com visitas a cooperativas de crédito e de produção de café no Sul de Minas e, em seguida, vamos para o Acre, onde outras cooperativas de crédito e do agro também serão conhecidas em detalhes”, explicou o coordenador de Relações Internacionais do Sistema OCB, João Marcos Silva Martins.
Participam da jornada representantes de sete ministérios do governo federal (Agricultura; Desenvolvimento Agrário; Meio Ambiente; Desenvolvimento, Comércio e Indústria; Relações Exteriores; e Empreendorismo, Microempresa e Empresa de Pequeno Porte), da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e de seis organizações internacionais, sendo elas o Banco Mundial; o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID); a Organização das Nações Unidas (ONU), o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma); a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO); e o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (Undesa).
A 29ª edição da Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP 29) acontece entre os dias 11 e 24 de novembro em Baku, capital do Azerbaijão. O país espera a participação de 80 mil delegados e 200 chefes de estado nos debates sobre mudanças climáticas deste ano. A conferência reunirá, assim como nos anos anteriores, além de agentes governamentais, representantes de organizações da sociedade civil de todo o planeta.
Participantes da jornada cooperativa rumo à COP 29Para Isabel Nobre, consultora da Iniciativa Amazônia do BID Invest, a imersão promete aprendizado e troca de experiências significativas. “O BID tem uma tem uma relação super estreita, duradoura e sinérgica com cooperativas, porque os valores do movimento e os do banco são totalmente relacionados. Ambos acreditam muito na cooperação e no multilateralismo para impactar, gerar novos negócios e oportunidades. Estamos aqui para aprender, trocar experiências e levar essas vivências de sucesso como assistência técnica para todos os nossos projetos”, afirmou.
Coordenador-geral de Cooperativismo e Agregação de Valor do Ministério da Agricultura, Nelson Andrade Júnior acredita que a imersão permitirá uma visão ainda melhor sobre o cooperativismo brasileiro. “O modelo tem um papel fundamental na organização da produção sustentável de uma forma muito objetiva e esse papel precisa ser levado não apenas para a COP29, mas também para a preparação da COP 30, que será no Brasil”, declarou.
Já Paulino Tavares, chefe de Divisão do Cooperativismo também no Ministério da Agricultura, considera que a experiência será muito importante para ajudar a pensar políticas públicas voltadas para o modelo de negócios. “Nem sempre nossas ideias estão alinhadas com a realidade. Acredito que será também uma aprendizagem rica, não só para o Ministério, para o governo, mas também para as próprias organizações, e também para as pessoas que fazem as organizações movimentar e ir para frente. Eu acredito que essa imersão vai ser muito boa”.
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Superintendente destacou desafios e oportunidades oferecidos pela política pública do governo
O Sistema OCB esteve presente na Reunião do Conselho Superior do Agronegócio (Cosag), realizada nesta segunda-feira (22). A entidade foi representada pela superintendente Tania Zanella que comentou sobre o Plano Safra 2024/25, logo após a participação do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Ela abordou as percepções gerais sobre a política pública e os desafios e oportunidades para as cooperativas agropecuárias.
Tania Zanella foi convidada para falar sobre o Plano Safra 2024/25Para Tania, é apesar de reconhecer os esforços do Ministério da Agricultura em apresentar um Plano Safra mais robusto em volume de recursos, a manutenção das taxas de juros para praticamente todas as linhas é um ponto desafiador, principalmente para os investimentos, já que havia uma expectativa de redução de ao menos 2 pontos percentuais. “Entendemos a opção por um maior volume de recursos, que forçou a persistência das taxas, mas sabemos também que essa decisão representa um desafio importante para as cooperativas”.
No que diz respeito à construção e ampliação de armazéns, Tania destacou a adequação de linhas prioritárias, como o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA). “Os gargalos vivenciados nos últimos anos geram impactos logísticos significativos e, por isso, o investimento nesse setor é fundamental. Ficamos satisfeito com o aumento do limite de contratação para as cooperativas, que passou de R$ 50 milhões para R$ 200 milhões e possibilita uma melhor estruturação dos projetos para a expansão da capacidade de armazenagem”.
Demonstrando preocupação com a agricultura familiar, Tania reconheceu que a questão não está ligada diretamente ao Mapa, mas reforçou que conta com a compreensão da pasta para atender melhor esse público. “O quadro social das cooperativas brasileiras é majoritariamente formado por agricultores familiares. Nossa grande preocupação é a exigência atual para acesso ao Pronaf, de um percentual mínimo de 75% desses agricultores, fato que inviabiliza muitos projetos de agregação de valor à produção da agricultura familiar por cooperativas. Por isso, contamos com o apoio da pasta para o pleito de reduzir esse percentual”, completou.
O ministro Carlos Fávaro destacou em sua fala que o Plano Safra 2024/25 é o maior da história. Ele ressaltou que as linhas de crédito para investimentos dos produtores rurais aumentaram 16,5%, atingindo R$ 107,3 bilhões, o que representa uma parte significativa dos R$ 400,59 bilhões destinados ao financiamento total. "O setor cresceu 20% em 2023. Somos hoje o maior exportador de carnes do mundo e conquistamos a certificação de país livre da febre aftosa sem vacinação. Os recursos ofertados nesse plano são 32% superiores aos de dois anos atrás e temos certeza de que continuarão proporcionando as oportunidades que os produtores precisam para manter sua trajetória de crescimento", afirmou.
Doença de Newcastle
Após a reunião do Cosag, o ministro Carlos Fávaro reuniu representantes de entidades do setor produtivo, entre elas a OCB, para tratar dos impactos da suspensão das exportações de carne de frango em decorrência da doença de Newcastle identificada no Rio Grande do Sul. Durante o encontro, Tania Zanella ressaltou a importância de iniciativas rápidas e eficazes para minimizar os impactos sobre o cooperativismo agropecuário, que responde por mais de 50% da produção nacional de frango.
A superintendente destacou a necessidade de apoio do governo e de estratégias claras para a retomada das exportações, especialmente para mercados chave como a China. "A detecção da doença representa um desafio significativo para o setor agropecuário brasileiro. Temos trabalhando em parceria com o Mapa e outras entidades para garantir a implementação das soluções necessárias para conter a disseminação da doença e retomar as exportações o mais rapidamente possível”, afirmou.
Desde a confirmação da doença, o Mapa declarou estado de emergência zoossanitária no estado gaúcho, implementando uma série de medidas para conter a disseminação da doença. Segundo o ministro, em breve a pasta pretende anunciar medidas extras a fim de prevenir impactos nos mercados para os quais o Brasil exporta.
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Novela da Globo mostra como cooperativas de crédito promovem o desenvolvimento local
O cooperativismo de crédito está de volta à televisão e será apresentado em cenas da novela No Rancho Fundo, exibida às 18h, na TV Globo. A iniciativa tem o objetivo de fortalecer a mensagem do cooperativismo financeiro, com destaque para os benefícios econômicos e sociais do modelo de negócio.
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, destaca a importância dessa ação. "A presença do cooperativismo de crédito em uma novela de grande audiência é uma excelente oportunidade para mostrar ao público brasileiro os valores e os benefícios do cooperativismo financeiro. O cooperativismo é uma comunidade de pessoas unidas por objetivos comuns, que promove a inclusão e o desenvolvimento local. Essa iniciativa reforça nosso compromisso de transformar vidas e construir um futuro mais justo e próspero para todos", afirmou.
As cenas da novela mostram como uma cooperativa de crédito, no caso o Sicoob, pode gerar benefícios econômicos aos seus cooperados, por meio de produtos, serviços com taxas mais acessíveis, contribuição para o desenvolvimento local, a educação financeira, a geração de empregos e renda, e a promoção na melhoria da qualidade de vida nas comunidades.
Uma das mensagens-chave levadas ao público é que, no cooperativismo financeiro, não existem clientes, mas sim donos. O conceito reforça a ideia de que cada cooperado é parte essencial da instituição, com voz ativa nas decisões e participação direta dos resultados.
“A teledramaturgia é uma ferramenta de comunicação extremamente poderosa, com alcance e influência significativos. Nossa participação na novela é uma ação de endosso de marca, que reflete nossa estratégia de conectar o Sicoob ainda mais com a realidade das brasileiras e dos brasileiros e demonstrar a contemporaneidade, a qualidade e o alcance do nosso modelo de negócio”, disse Ênio Meinen, diretor de Coordenação Sistêmica, Sustentabilidade e Relações Institucionais do Sicoob.
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