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18/07/2025
Sistema OCB destaca presença brasileira na WCUC 2025
Evento reuniu lideranças de 60 países para debater inovação, inclusão e futuro do coop de crédito
Clara Maffia durante sua fala na WCUC 2025Entre os dias 14 e 16 de julho, Estocolmo, na Suécia, sediou a 20ª edição da Conferência Mundial de Cooperativas de Crédito (WCUC 2025), promovida pelo World Council of Credit Unions (WOCCU). O evento, considerado o principal encontro global do cooperativismo de crédito, reuniu mais de 1,8 mil participantes de cerca de 60 países, incluindo lideranças cooperativistas, autoridades regulatórias e especialistas em inovação, sustentabilidade e inclusão financeira.
O Sistema OCB foi representado pela gerente de Relações Institucionais, Clara Pedroso Maffia, que conduziu uma sessão no dia 16 de julho com o tema Colaboração Pacífica: Como política e crescimento caminham juntos. A apresentação de Clara trouxe reflexões sobre o papel das cooperativas de crédito no Brasil e sua capacidade de dialogar com políticas públicas para impulsionar o desenvolvimento econômico sustentável.
Durante sua participação, Clara abordou a importância de políticas públicas alinhadas ao cooperativismo, destacando o modelo brasileiro como um exemplo de equilíbrio entre solidez financeira e impacto social. “As cooperativas de crédito brasileiras têm mostrado como é possível crescer de forma sustentável, mantendo os princípios de cooperação e a proximidade com os cooperados”, afirmou.
A gerente também destacou que o trabalho unificado pelo Sistema OCB, como representante máximo do cooperativismo no Brasil, tem contribuído fortemente para a construção de um ambiente normativo e regulatório favorável ao desenvolvimento das cooperativas e para que elas possam desempenhar melhor seu papel de inclusão financeira. “A lei que atualizaram o Sistema Financeiro de Crédito Cooperativo (SFCC) é um exemplo importante dessa atuação, descreveu.
Para Clara, o evento foi uma oportunidade estratégica de elevar o protagonismo do cooperativismo de crédito brasileiro no cenário internacional. “Ao trazer nossa experiência em governança, tecnologia e inclusão financeira, mostramos que o cooperativismo brasileiro tem muito a oferecer e tem sido reconhecido globalmente”, ressaltou.
Ela também ressaltou que o tema O Futuro é Cooperativo, escolhido pela conferência para celebrar as duas décadas de realização do evento, reflete o momento de transformação e resiliência pelo qual passa o setor. “Participar desta edição em Estocolmo, principalmente em ano tão simbólico para o cooperativismo, com a declaração de Ano Internacional das Cooperativas pela ONU, reforça nosso compromisso com uma agenda global baseada na confiança e na inovação”, completou a dirigente.
A programação incluiu momentos marcantes, como a tradicional cerimônia das bandeiras, que celebrou a diversidade dos países participantes, e a divulgação da nova estratégia trienal do WOCCU, com foco em ampliar o advocacy internacional junto a organismos como a ONU, o G20 e o Comitê de Basileia.
O Brasil se destacou em diversos momentos. Representantes de cooperativas brasileiras compartilharam cases sobre o uso de inteligência artificial, inclusão financeira e programas de educação para jovens. Para Clara Maffia, essas trocas fortalecem o movimento. “O Brasil apresentou soluções que unem tradição e tecnologia, desde o uso de IA para otimizar o atendimento até projetos sociais que levam educação financeira a milhares de pessoas. Esses cases mostram como o cooperativismo pode ser uma ferramenta poderosa de transformação”, afirmou.
Além dos debates, as sessões Connect & Collaborate possibilitaram o encontro entre profissionais de cooperativas de diferentes continentes para compartilhar experiências sobre cibersegurança, compliance e inclusão digital.
A conferência também valorizou o investimento em novas lideranças e diversidade. Iniciativas como o Global Women’s Leadership Network (GWLN) e o Young Credit Union Professionals (YCUP) deram espaço a jovens e mulheres de diferentes países, incluindo o Brasil, que receberam reconhecimento por projetos de impacto social e inovação.
A WCUC 2025 destacou ainda a necessidade de o movimento cooperativista se posicionar de forma estratégica em debates internacionais e ampliar sua presença nos fóruns globais. “A participação na WCUC 2025 nos conecta ao que há de mais atual no cooperativismo de crédito. Saímos com ideias e parcerias que podem fortalecer ainda mais o modelo brasileiro, tanto no campo regulatório quanto em inovação tecnológica”, concluiu Clara Maffia.
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16/07/2025
Crédito rural: Sistema OCB participa de workshop estratégico do Sicoob
Evento nacional debateu soluções para impulsionar o agro na Safra 2025/26
O Sistema OCB marcou presença, nesta terça-feira (15), na abertura do 16º Workshop Produtor Rural, promovido pelo Sicoob em Brasília. O encontro nacional reuniu lideranças do cooperativismo e representantes do governo para debater estratégias voltadas ao crédito rural e ao fortalecimento do agronegócio brasileiro, em especial diante do cenário desafiador previsto para a Safra 2025/26.
Representando o Sistema OCB, o presidente Márcio Lopes de Freitasparticipou da abertura e destacou a relevância do cooperativismo para garantir o acesso a financiamento de qualidade aos produtores rurais. “O crédito rural é um instrumento vital para o desenvolvimento do campo, e as cooperativas de crédito cumprem um papel estratégico ao atender com eficiência e condições justas quem mais precisa: os pequenos e médios produtores”, afirmou.
Ainda segundo ele, “o cooperativismo é diferente porque coloca o produtor rural no centro. Nosso compromisso é garantir que o crédito chegue na ponta, com custo adequado e capacidade de transformar a realidade das comunidades locias”.
Desafios e oportunidades
O Workshop aconteceu em um momento em que o Plano Safra 2025/26, anunciado recentemente pelo governo federal, é considerado limitado para atender todas as demandas do setor produtivo. Nesse contexto, as cooperativas de crédito do Sistema Sicoob reforçaram sua missão de apoiar o produtor rural com soluções ágeis e alinhadas à realidade do campo.
Durante o evento, o Sicoob anunciou a liberação de R$ 60 bilhões em crédito rural para a Safra 2025/26, uma alta de 8% em relação ao ciclo anterior. A previsão é que 30% desses recursos sejam destinados a pequenos e médios produtores, com R$ 7,2 bilhões voltados ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e R$ 10,8 bilhões ao Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp).
Cooperativismo como motor do agro
Ao longo da programação, o Sistema OCB reforçou o papel do cooperativismo no crescimento do agronegócio brasileiro. “As cooperativas de crédito são instrumentos de inclusão financeira e social. Elas possibilitam que o produtor continue investindo e inovando, mesmo em um cenário econômico desafiador”, complementou Márcio Lopes.
O Workshop Produtor Rural é uma iniciativa anual que reúne cooperativas ofertantes de financiamento agropecuário do Sicoob para compartilhar conhecimentos, experiências e inovações. Neste ano, os debates também abordam sustentabilidade e tecnologia como caminhos para manter o Brasil na liderança mundial do agronegócio.
O evento deste ano também contou com a participação de autoridades como Claudio Filgueiras, do Banco Central (Bacen), Guilherme Campos e Wilson Vaz, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), e Gilson Bittencout, do Ministério da Fazenda (MF), além de dirigentes das cooperativas que integram o sistema Sicoob em todo o país.
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14/07/2025
Sistema OCB debate fortalecimento do crédito cooperativo com o MIDR
Diálogo mira expansão da participação das cooperativas de crédito nos Fundos Constitucionais de Financiamento
O Sistema OCB deu mais um passo estratégico para ampliar a presença e a contribuição do cooperativismo de crédito nas políticas públicas de desenvolvimento regional. Em reunião nesta segunda-feira (14), com o secretário de Fundos e Instrumentos Financeiros do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), Eduardo Corrêa Tavares, a superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, apresentou as propostas construídas pelo setor para otimizar o uso dos Fundos Constitucionais de Financiamento (FCFs).
O encontro teve como objetivo alinhar agendas e reforçar o papel do cooperativismo como parceiro estratégico da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR). Para Tania Zanella, a atuação do setor é essencial para ampliar o alcance dos recursos públicos a comunidades e municípios das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste.
“Levamos ao ministério uma contribuição técnica que nasce da experiência prática das nossas cooperativas de crédito, que já operam os recursos dos fundos e conhecem de perto as necessidades das regiões. É uma pauta construída a várias mãos, com a participação dos principais sistemas cooperativos e das nossas organizações estaduais”, destacou Tania.
Atualmente, as cooperativas de crédito desempenham um papel crescente nos repasses dos Fundos Constitucionais. Dados apresentados durante a reunião mostram que, entre 2019 e 2024, a cobertura municipal do cooperativismo passou de 25,6% para 42,4% no Norte e de 59,3% para 78,8% no Centro-Oeste. Esse avanço se deve, em grande parte, ao aumento significativo da participação direta do sistema nos repasses, o que ampliou a inclusão financeira em áreas antes desassistidas.
Agenda propositiva
Entre os principais pontos discutidos com o secretário Eduardo Tavares, estão o reconhecimento formal do cooperativismo de crédito como parceiro estratégico da PNDR, a realização de um evento institucional no MIDR para entrega das propostas do setor, e o convite para participação do Sistema OCB nas reuniões dos Conselhos Deliberativos (Sudene, Sudam e Sudeco).
“O cooperativismo está pronto para contribuir ainda mais com o desenvolvimento regional. Nossas propostas visam melhorar a governança, dar mais previsibilidade e eficiência aos repasses e garantir equidade nas condições de acesso aos recursos”, explicou a superintendente.
O secretário Eduardo Tavares reconheceu o potencial transformador do setor e se mostrou receptivo às pautas apresentadas. Segundo ele, a integração do cooperativismo às políticas públicas pode ampliar o impacto social e econômico dos fundos.
As propostas apresentadas ao MIDR trazem medidas voltadas aos eixos legislativo e regulatório, com foco na melhoria da operacionalização dos fundos e na ampliação da participação do cooperativismo no planejamento e execução das políticas públicas. “A união de esforços entre bancos administradores e cooperativas é fundamental para otimizar os recursos e garantir que eles cheguem a quem mais precisa. Nosso compromisso é com uma política de desenvolvimento regional mais eficiente e inclusiva”, concluiu Tania.
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10/07/2025
TCU confirma: conselhos profissionais podem integrar coops de crédito
Decisão da corte reforça segurança jurídica e amplia possibilidades para o segmento
O Tribunal de Contas da União (TCU) reconheceu que os conselhos de fiscalização profissional podem integrar o quadro social de cooperativas de crédito e realizar operações financeiras nessas instituições. A decisão, que consta do Acórdão nº 1465/2025 – Plenário, representa uma conquista relevante para o segmento, consolidando a legalidade de uma prática defendida pelo Sistema OCB.
O entendimento do TCU decorre de uma consulta formulada pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados sobre a aplicação do §2º do artigo 4º da Lei Complementar 130/2009, incluído pela LC 196/2022. Esse dispositivo legal autorizou expressamente os conselhos profissionais a se associarem a cooperativas de crédito, superando restrições anteriores que limitavam o relacionamento financeiro de autarquias com instituições não bancárias.
Apesar da alteração legislativa, aa ausência de um posicionamento consolidado do TCU dificultava a adoção da medida por parte das autarquias profissionais.
Agora, com o acórdão, o TCU pacifica a questão ao afirmar que “os conselhos de fiscalização profissionais estão autorizados a integrar o quadro social de cooperativa singular de crédito, podendo, por consequência, realizar movimentação financeira nessas instituições”.
Participação estratégica do Sistema OCB
A decisão é fruto de um trabalho consistente do Sistema OCB, que atuou intensamente na construção da LC 196/2022.
“Essa conquista demonstra a importância de uma atuação estratégica e técnica em defesa do cooperativismo. Com a confirmação do TCU, ampliamos a segurança jurídica para que os conselhos profissionais possam acessar os benefícios do sistema cooperativo, como taxas mais competitivas, proximidade e reinvestimento local”, afirmou Tania Zanella, superintendente do Sistema OCB.
Para o cooperativismo de crédito, a medida tem potencial para fortalecer ainda mais a capilaridade do setor, especialmente em municípios onde as cooperativas são a única alternativa presencial para serviços financeiros. Dados do Banco Central mostram que as cooperativas de crédito estão presentes fisicamente em mais da metade dos municípios brasileiros, sendo responsáveis por promover inclusão financeira em regiões desassistidas por outros agentes do Sistema Financeiro Nacional.
“Além de permitir uma gestão mais eficiente dos recursos das autarquias, a decisão do TCU valoriza o papel das cooperativas como agentes de desenvolvimento local e inclusão econômica. É mais um passo para consolidar o modelo cooperativo como parte essencial do Sistema Financeiro Nacional”, reforçou Tania.
Riscos e responsabilidades
Apesar do reconhecimento legal, o TCU ressaltou que a decisão de associação e movimentação financeira cabe à administração de cada conselho profissional, que deve avaliar com cautela os riscos envolvidos. Os gestores das autarquias precisam fundamentar suas decisões para evitar prejuízos que possam ensejar responsabilização pessoal.
Caminho percorrido até aqui
O Sistema OCB trabalhou na construção da LC 196/2022, mobilizando parlamentares e apresentando argumentos técnicos que demonstraram a viabilidade e a segurança do relacionamento entre conselhos profissionais e cooperativas de crédito. O dispositivo incluído na lei em 2022 foi considerado um marco para o setor, por permitir que mais recursos possam ser movimentados dentro do sistema cooperativo.
Para o Ramo Crédito, a decisão reforça a credibilidade do modelo cooperativista, que alia solidez financeira e compromisso com o desenvolvimento das comunidades onde atua. “As cooperativas de crédito são instituições sólidas, regulamentadas e fiscalizadas pelo Banco Central, e com um modelo de negócio baseado na mutualidade e na participação ativa de seus associados. Isso oferece uma combinação única de segurança e benefícios para os entes públicos e privados que integram seu quadro social”, concluiu Tania Zanella.
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02/07/2025
Cooperativismo em destaque no Summit de Governança Sicredi
Sistema OCB convida lideranças a aproveitarem protagonismo do Ano Internacional das Cooperativas
Nos dias 2 e 3 de julho, lideranças do cooperativismo de crédito se reuniram em Foz do Iguaçu (PR) para o Summit de Governança Sicredi 2025, encontro que discutiu os rumos da governança no setor. Reunindo presidentes, diretores, conselheiros de administração e fiscal de 31 cooperativas Sicredi PR/SP/RJ, o evento colocou em evidência os avanços, os desafios e as oportunidades do movimento cooperativista, com a participação da superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella.
Na quarta-feira (02), Tania conduziu a palestra O cooperativismo no cenário brasileiro e traçou um panorama sobre a força do setor no país e no mundo. Logo de início, ela lembrou que 2025 foi proclamado pela ONU como o Ano Internacional das Cooperativas, um reconhecimento que reforça a importância global do modelo cooperativo. “Estamos vivendo uma oportunidade histórica. O cooperativismo é reconhecido pelas Nações Unidas como parte da solução para os grandes desafios da humanidade. Agora, é hora de mostrar do que somos capazes e ampliar nosso impacto”, afirmou.
A superintendente destacou os números que comprovam a relevância do movimento no Brasil: 4,5 mil cooperativas em atividade, mais de 23 milhões de cooperados — cerca de 11% da população brasileira — e um faturamento de R$ 692 bilhões. Além disso, o setor gera mais de 550 mil empregos diretos. “Esses resultados refletem nossa capacidade de transformar realidades com base na cooperação, no compromisso com o coletivo e na construção de um país mais justo e próspero”, pontuou.
Com forte ênfase nas cooperativas de crédito, Tania ressaltou o papel estratégico do ramo para a inclusão financeira, sobretudo em regiões com menor presença de instituições tradicionais. “Enquanto bancos privados exigem cidades com alto PIB e população mínima de 8 mil habitantes, as cooperativas conseguem estar onde ninguém mais está. São a única instituição financeira presente em 368 municípios brasileiros. Isso é compromisso com o desenvolvimento local”, destacou.
A apresentação também trouxe uma convocação às lideranças cooperativistas para se engajarem nas ações do Sistema OCB em torno do Ano Internacional das Cooperativas. Tania falou sobre as campanhas institucionais do movimento SomosCoop, materiais de apoio para as cooperativas, ações nas redes sociais e a presença ativa do cooperativismo na COP30, que acontece em novembro, em Belém (PA). “Temos uma agenda estratégica em andamento. Nossa missão é fazer com que mais pessoas conheçam o cooperativismo e se reconheçam nele como agentes de transformação social e econômica”, explicou.
Por fim, a superintendente reforçou o papel da governança como pilar para a sustentabilidade do movimento. “Governança não é só sobre regras e estruturas, é sobre coerência entre o discurso e a prática. É isso que garante a confiança dos cooperados, a longevidade das nossas instituições e a força do nosso modelo”, concluiu.
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26/06/2025
Plenário da Câmara dos Deputados aprova MP do consignado
Texto segue para o Senado e garante manutenção do modelo de negócios já adotado pelas cooperativas
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (25), o Projeto de Lei de Conversão (PLV) 1/2025, originário da Medida Provisória (MP) 1.292/2025, que moderniza as regras do crédito consignado para trabalhadores celetistas. O texto, já aprovado na semana passada pela Comissão Mista do Congresso, permite que as cooperativas de crédito continuem operando no modelo anterior a plataforma do E-Consignado. Agora, o projeto segue para análise no Senado Federal e precisa ser aprovado até o dia 9 de julho para não perder a validade.A alteração no texto representa uma conquista importante para o cooperativismo, visto que, com a manutenção dos contratos bilaterais, as cooperativas continuam podendo firmar acordos diretamente com os empregadores.
Essa preservação do modelo anterior garante segurança jurídica e operacional às cooperativas e protege um canal de crédito fundamental, especialmente em regiões menos atendidas pelo sistema financeiro tradicional. “Essa é mais uma conquista fundamental para o cooperativismo brasileiro. Com ela, será possível continuar entregando crédito responsável, com taxas mais justas e próximo das pessoas”, afirmou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
Acesso ampliado ao crédito
A medida também amplia o acesso ao crédito consignado para diversos segmentos de trabalhadores. Além dos celetistas, passam a ter direito ao benefício empregados domésticos, rurais, diretores não empregados com FGTS e, por emenda aprovada na comissão, motoristas e entregadores por aplicativo.
Outro ponto importante aprovado é a permissão para que serviços de proteção ao crédito, como Serasa e SPC, acessem dados do sistema (com autorização do trabalhador) para monitorar riscos de superendividamento. “Tem nos preocupado o superendividamento das famílias. Do jeito que está hoje, os dados estão fragmentados. É fundamental que as agências de crédito tenham acesso a essas informações, para orientar e alertar as pessoas. Quanto mais dados houver, maior a possibilidade de redução nas taxas de juros”, defendeu o senador Efraim Filho (PB), que integra a diretoria da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop).
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24/06/2025
30 anos de Cresol: uma história construída com cooperação e propósito
Superintendente Tania Zanella participou de painel especial sobre o futuro do cooperativismo
Nesta terça-feira (24/6), o Sistema OCB participou do Seminário 30 Anos Cresol, realizado em Francisco Beltrão (PR). O evento reuniu lideranças do cooperativismo nacional para celebrar a trajetória de uma cooperativa que vem se consolidando como referência no segmento de crédito no Brasil e para discutir os desafios e oportunidades do setor. Representando a entidade, a superintendente Tania Zanella marcou presença no painel Cresol 30 anos: construindo futuros cooperativos, em um formato descontraído de bate-papo, que contou ainda com representantes do BNDES, Banco Central, Sicoob e da própria Cresol.
No auditório da Cresol Confederação, os participantes compartilharam experiências, memórias e visões de futuro. A conversa foi conduzida pelo presidente da Cresol Confederação, Cledir Magri, e pelo vice-presidente, Adriano Michelon. Também estiveram presentes o diretor executivo da instituição, Márcio Falcão, e outras lideranças do setor cooperativista.
Para Tania Zanella, participar desse momento foi, acima de tudo, uma forma de reconhecer a contribuição da Cresol para o desenvolvimento socioeconômico de milhares de brasileiros. “Celebrar os 30 anos de uma instituição como a Cresol é celebrar também a força do cooperativismo de crédito no Brasil. A Cresol é fruto de um sonho coletivo que não apenas sobreviveu, mas prosperou, construindo um sistema robusto, comprometido com o desenvolvimento local e com a inclusão financeira de verdade”, afirmou.
O seminário ganhou ainda mais relevância por acontecer justamente em 2025, declarado pela ONU como o Ano Internacional das Cooperativas. “Esse reconhecimento global só reforça o papel estratégico das cooperativas na construção de um mundo mais sustentável, resiliente e humano. E a Cresol é uma prova viva disso”, destacou Tania.
Durante sua fala, a superintendente do Sistema OCB também lembrou o papel do cooperativismo de crédito na promoção da cidadania econômica. “Estamos falando de acesso a crédito justo, educação financeira e apoio direto a quem empreende do país. É um trabalho silencioso, mas transformador.”
Ao final do painel, Tania reforçou o compromisso do Sistema OCB com a promoção de políticas públicas que favoreçam o crescimento do cooperativismo no Brasil. “Seguiremos juntos, trabalhando pela representatividade, inovação e fortalecimento das nossas cooperativas. Os próximos 30 anos serão ainda mais promissores”, completou.
A celebração dos 30 anos da Cresol reafirmou o papel essencial do cooperativismo de crédito no Brasil e o compromisso contínuo das entidades representativas com a construção de um futuro mais justo e colaborativo.
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17/06/2025
Chamada Pública apoia novos Centros de PD&I cooperativos
Cooperativas agroindustriais podem submeter propostas até 30 de junho
O Sistema OCB divulga a chamada pública conjunta lançada pelo BNDES e pela Finep para fomentar a criação e a expansão de Centros de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PD&I) no Brasil. A iniciativa integra a Política Nova Indústria Brasil (NIB) e destina-se a empresas e cooperativas agroindustriais que queiram fortalecer sua atuação em inovação. As propostas podem ser submetidas até o dia 30 de junho de 2025, por meio do site da Finep.
Com recursos estimados em até R$ 3 bilhões, a chamada visa estimular a implantação de centros próprios de PD&I, voltados a atividades relacionadas a pelo menos uma das seis missões definidas pela NIB. Os projetos devem prever crédito superior a R$ 10 milhões para empreendimentos localizados nas regiões Norte e Nordeste e acima de R$ 20 milhões para as demais regiões do país. O prazo máximo de execução é de 36 meses.
As propostas devem contemplar, entre outros aspectos, contratação e fixação de equipes técnicas, aquisição de equipamentos, instalação de plantas piloto, e parcerias com universidades e centros de pesquisa. É necessário que os centros tenham, no mínimo, 500 m² (implantação) ou expansão de 250 m², além da contratação de pessoal técnico qualificado.
O gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB, Guilherme Souza Costa reforça a importância dessa iniciativa para o fortalecimento da inovação no setor cooperativista. “Essa chamada representa uma oportunidade estratégica para as cooperativas agroindustriais ampliarem sua capacidade de gerar valor, diversificar produtos e incorporar novas tecnologias”, afirma.
Além disso, Guilherme destaca o papel da inovação como eixo transversal da agenda do Sistema OCB. “Inovar é essencial para garantir competitividade e sustentabilidade no médio e longo prazo. E iniciativas como essa contribuem para posicionar o cooperativismo no centro da transformação produtiva que o país precisa.
Segundo a gerente de Relações Institucionais do Sistema OCB, Clara Maffia, o lançamento da chamada pública é resultado direto de um trabalho institucional articulado entre o Sistema OCB, a Finep e o BNDES. “A construção dessa agenda com os dois órgãos foi fruto de um diálogo constante, com o objetivo de ampliar o acesso das cooperativas às políticas públicas de fomento à inovação”, explica.
Clara também ressalta que o alinhamento com a Nova Indústria Brasil representa uma janela de oportunidade importante para o cooperativismo. “Esse é um passo concreto no esforço de aproximar o setor cooperativo das políticas de inovação industrial que estão em curso no país.”
A avaliação das propostas será conduzida por um grupo de trabalho formado por representantes do BNDES e da Finep, que selecionará os projetos com maior aderência às diretrizes da chamada. As empresas também poderão submeter um vídeo institucional de até cinco minutos como parte do processo seletivo.
As cooperativas interessadas devem acessar o formulário eletrônico de submissão e consultar os detalhes nos sites do BNDES e da Finep.
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13/06/2025
Portaria libera acesso ao crédito do trabalhador via cooperativas de crédito
Medida atende demanda do Sistema OCB e viabiliza habilitação sem necessidade do código CBC
Foi publicada, nesta quarta-feira (11), em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), a Portaria MTE nº 1.039, que altera as regras para habilitação de instituições financeiras na Plataforma Crédito do Trabalhador. A principal mudança é a retirada da exigência do código CBC para o credenciamento de cooperativas de crédito — uma vitória importante conquistada pelo Sistema OCB junto ao governo federal, especialmente ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
A alteração foi formalizada por meio da modificação da Portaria MTE nº 434, de 20 de março de 2025, e representa um avanço significativo para garantir a inclusão plena das cooperativas de crédito, principalmente aquelas independentes, no programa que regulamenta a oferta de crédito consignado para trabalhadores celetistas.
O Programa Crédito do Trabalhador, instituído pela Medida Provisória (MP) 1.292/2025, estabelece um novo modelo de oferta de crédito com consignação em folha para empregados do setor privado. A proposta central do programa é permitir que o trabalhador tenha acesso a uma plataforma digital onde possa comparar diferentes ofertas de crédito das instituições financeiras habilitadas, promovendo mais transparência, concorrência e melhores condições ao consumidor.
Entretanto, a exigência do código CBC, que era inicialmente obrigatória para o credenciamento, impedia a participação de diversas cooperativas de crédito, especialmente as que não operam sob a estruturas sistêmicas verticalizadas. Com a exclusão desse requisito, o acesso dessas cooperativas ao programa foi destravado, ampliando a competitividade e o alcance do cooperativismo financeiro.
Segundo Clara Maffia, gerente de Relações Institucionais do Sistema OCB, a mudança é resultado de um esforço técnico e político liderado pela organização nos últimos meses: “A exclusão do código CBC da lista de exigências foi uma demanda direta do Sistema OCB, construída com diálogo técnico e institucional junto ao MTE. Essa conquista permite que mais cooperativas atuem no programa e reforça o compromisso do cooperativismo de crédito com a inclusão financeira dos trabalhadores brasileiros”, declarou.
Com a nova regra, todas as cooperativas de crédito interessadas poderão solicitar habilitação na Plataforma Crédito do Trabalhador, passando a oferecer a linha de consignado aos seus cooperados de forma segura, competitiva e alinhada aos princípios cooperativistas.
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12/06/2025
Sistema OCB e CT de Comunicação do Crédito alinham ações estratégicas
Reunião debate campanhas conjuntas, COP30, DICC e uso do carimbo SomosCoop
O Sistema OCB se reuniu com a Câmara Temática de Comunicação e Marketing do Ramo Crédito (CT de Comunicação), nesta quarta-feira (11), em Brasília, para alinhar os próximos passos de comunicação e atuação conjunta com o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC). A agenda do encontro contemplou temas estratégicos como a participação das cooperativas na COP30, as ações para o Dia Internacional do Cooperativismo (Coops Day), a campanha do Dia Internacional das Cooperativas de Crédito (DICC) e a continuidade do trabalho em torno do carimbo SomosCoop.
Um dos destaques foi o debate sobre a presença do cooperativismo na COP30, que ocorre em novembro em Belém (PA). Com base nas estratégias definidas pelo Sistema OCB, a CT alinhou a possibilidade das cooperativas de crédito utilizarem o material disponibilizado pelo Sitema OCB para que a identidade visual esteja integrada em todos os sistemas. Um pacote de peças personalizáveis que será disponibilizado nos próximos dias.
Na pauta do Coops Day, comemorado em julho, o grupo discutiu alternativas criativas e viáveis para ações de visibilidade, junto da ação coordenada proposta pelo Sistema OCB. Já em relação ao Dia Internacional das Cooperativas de Crédito (DICC), celebrado em 16 de outubro (sempre na terceira quinta-feira do mês), a reunião detalhou a campanha institucional coordenada pelo Sistema OCB, com base no conceito global definido pelo Conselho Mundial de Cooperativas de Crédito (Woccu) — Cooperação por um mundo próspero. O grupo avaliou a proposta de campanha que contará com filme institucional, influenciadores, creators, reels, intervenção urbana e um pacote digital com peças padronizadas. “Essa campanha tem o poder de transformar a percepção sobre as cooperativas de crédito. É sobre mostrar que uma simples escolha pode ter um impacto positivo imenso”, explicou Samara Araujo, gerente de Marketing e Comunicação do Sistema OCB, durante sua apresentação ao CT.
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11/06/2025
Cooperativismo se manifesta contra aumento do IOF e seus impactos
Freencoop se une a outras frentes do setor produtivo e manifesta repúdio à novas medidas fiscais
A Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), com apoio do Sistema OCB, uniu-se, nesta segunda-feira (9), a outras frentes do setor produtivo para manifestar repúdio às recentes medidas fiscais do governo federal. O foco da preocupação está na recalibragem do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que, segundo o setor, compromete investimentos, encarece o crédito e desestimula a geração de empregos.
O presidente da Frencoop, deputado Arnaldo Jardim (SP), afirma que a medida aprofunda a já grave asfixia econômica enfrentada por empresas e cooperativas. “Estamos diante de ações que vão na contramão da sustentabilidade fiscal de verdade. O aumento do IOF onera atividades essenciais e enfraquece a capacidade do país de investir, gerar empregos e competir em um cenário global”, afirmou o parlamentar.
De acordo com estimativas da Coalizão de Frentes, o reajuste do IOF resultará em um acréscimo de R$ 19,5 bilhões no custo de crédito, câmbio e seguros já em 2025. Em 2026, esse número poderá ultrapassar os R$ 39 bilhões, representando um aumento de mais de 110% ao ano apenas sobre os empréstimos para negócios.
Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, o impacto das mudanças fiscais é direto sobre o setor e seus beneficiários. “As cooperativas são protagonistas na inclusão produtiva e no desenvolvimento regional. O aumento do IOF penaliza quem trabalha, empreende e promove o crédito responsável no país. Um ambiente favorável ao crescimento precisa de diálogo, e não de aumento de impostos”, defendeu.
A superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, também alertou para os riscos que a medida representa ao sistema cooperativista, que atua em segmentos estratégicos como saúde, agro, crédito e infraestrutura. “O aumento do IOF enfraquece a economia real. Precisamos de previsibilidade fiscal, não de mais instabilidade. O Brasil precisa incentivar o investimento e a inovação, não os restringir com mais tributos”, enfatizou.
O manifesto assinado pela Frencoop e outras frentes parlamentares critica a lógica fiscal adotada pelo governo, apontando que o país já está entre os que mais tributam no mundo sem a devida contrapartida em serviços públicos de qualidade. Além disso, destaca que a proposta não representa um avanço na responsabilidade fiscal, mas sim a continuidade de uma estratégia que transfere ao setor produtivo a conta do desequilíbrio fiscal.
O texto denuncia que, desde o início de 2023, o governo federal já aumentou ou criou impostos ao menos 24 vezes — média de um novo aumento a cada 37 dias. Entre as medidas previstas como compensatórias à mudança do IOF estão o fim da isenção do Imposto de Renda sobre Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA), o aumento da tributação sobre apostas esportivas, a padronização do sistema financeiro e o possível aumento do IR sobre Juros sobre Capital Próprio (JCP).
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30/05/2025
Prepare-se para o Dia Internacional das Cooperativas de Crédito 2025
Mensagem global destaca o papel das cooperativas de crédito no desenvolvimento.
Em 2025, o cooperativismo de crédito mundial tem um novo convite à reflexão, à união e à ação: Cooperação por um mundo próspero. Esse é o tema oficial do Dia Internacional das Cooperativas de Crédito (DICC), divulgado pela World Council of Credit Unions (Woccu).
A data será celebrada no dia 16 de outubro, tradicionalmente na terceira quinta-feira de outubro, como ocorre todos os anos. A escolha do tema reforça a essência do cooperativismo de crédito: gerar prosperidade por meio da cooperação, da inclusão financeira e da valorização das pessoas — pilares que fortalecem comunidades e constroem um futuro mais justo e equilibrado.
Instituído para celebrar as conquistas e o impacto das cooperativas de crédito ao redor do mundo, o DICC é um momento simbólico de reconhecimento ao trabalho que transforma vidas. Com mais de 393 milhões de cooperados em 118 países, segundo dados da Woccu, o sistema de crédito cooperativo é uma força global que cresce com base na confiança, na solidariedade e no compromisso com o bem comum.
O tema de 2025 dialoga com os grandes desafios globais — como redução das desigualdades, sustentabilidade econômica, acesso ao crédito e fortalecimento da cidadania — e posiciona o cooperativismo de crédito como agente ativo de mudança. A mensagem também convida as cooperativas a refletirem sobre seu papel na construção de soluções coletivas, sempre com foco na prosperidade compartilhada.
A identidade visual elaborada pela Woccu, em português, também foi disponibilizada às cooperativas, e o Sistema OCB está trabalhando em uma adaptação própria, que será divulgada em breve — fortalecendo ainda mais a conexão com a realidade brasileira e com a identidade do movimento SomosCoop.
O Dia Internacional das Cooperativas de Crédito é uma iniciativa de longa data, celebrada desde 1948, e se consolidou como uma oportunidade anual de engajar cooperados, dirigentes, colaboradores e comunidades em torno dos valores e princípios do cooperativismo de crédito.
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28/05/2025
Cooperativas de Crédito sugerem ajustes na MP do Consignado
Sistema OCB defende a faculdade para poder operar no modelo bilateral e flexibilização para integração à nova plataforma
Thiago Borba apresenta sugestões do cooperativismo para o novo crédito consignado. Foto: Andressa Anholete/Agência SenadoA Comissão Mista que analisa a Medida Provisória (MP) 1.292/2025 promoveu, nesta quarta-feira (28), uma audiência pública para discutir os impactos das novas regras sobre o crédito consignado. A MP enviada pelo governo federal altera a forma como essas operações são feitas, ao exigir que passem a ser realizadas por meio de plataforma digital, com a promessa de ampliar o acesso, garantir mais segurança e dar eficiência ao processo.
Durante o debate, o coordenador do Ramo Crédito do Sistema OCB, Thiago Borba Abrantes, destacou o papel estratégico das cooperativas de crédito no Brasil, que somam cerca de 750 instituições e 10 mil postos de atendimento em todo o país, oferecendo um portfólio completo de produtos e serviços financeiros. A principal diferença em relação aos bancos é que as cooperativas não têm finalidade lucrativa, por determinação legal e pela própria lógica de funcionamento do modelo de negócios. “A operação entre cooperado e cooperativa visa atender às necessidades financeiras dos associados, e não gerar lucro. É uma relação baseada na mutualidade, respaldada pela Constituição, que prevê apoio e estímulo do Estado”, explicou.
Thiago também destacou que a iniciativa do Crédito Trabalhador, prevista na MP, é meritória por promover a democratização do acesso a crédito barato para os trabalhadores celetistas, público que antes contava com opções mais limitadas nesse tipo de operação. Mas, segundo ele, há entraves práticos importantes que precisam ser resolvidos, especialmente em relação às cooperativas independentes — cerca de 203 instituições, criadas dentro de empresas por grupos de trabalhadores para atender aos seus colegas. “Essas cooperativas têm uma estrutura mais simples e, em 99% dos casos, o consignado privado é a principal linha de atuação, que já vinha sendo operada antes da plataforma criada pelo governo”, relatou.
A nova plataforma, de acordo com o coordenador, exige que as cooperativas tenham um código CBC, o que representa um alto custo e complexidade para essas instituições de menor porte. “Muitas delas atuavam por meio de terceiros bancarizadores — prática que agora está inviabilizada — e, com isso, estão há 60 dias impedidas de realizar novas concessões de crédito.
Pedidos
Diante do novo cenário, Thiago apresentou três pleitos principais do cooperativismo aos parlamentares:
Viabilizar a entrada das cooperativas independentes na plataforma, levando em consideração sua estrutura operacional simplificada;
Permitir que essas cooperativas também possam operar no modelo anterior, de forma facultativa e com garantias de segurança jurídica e da informação. O modelo bilateral permite condições de crédito mais vantajosas e menor custo para o cooperado;
Prorrogar de 120 para 180 dias o prazo para averbação das operações feitas antes da MP, permitindo que as cooperativas regularizem o chamado "legado", ou seja, contratos anteriores à nova regra, considerando que muitas ainda não conseguiram se habilitar na plataforma.
Além disso, o coordenador reforçou a importância de se respeitar as condições originais das operações já pactuadas, reconhecendo o “ato jurídico perfeito” e evitando insegurança jurídica aos cooperados.
Thiago afirmou ainda que o Ministério do Trabalho tem se mostrado sensível aos desafios das cooperativas independentes e está dialogando com o setor para encontrar soluções viáveis. No entanto, ele reforçou a importância de que essas sugestões sejam incorporadas diretamente ao texto da Medida Provisória, a fim de garantir segurança e previsibilidade para as operações no futuro. “Nosso objetivo é contribuir para o aprimoramento da MP, preservando os princípios do cooperativismo e garantindo que o sistema continue sendo uma alternativa viável, acessível e justa para milhões de trabalhadores brasileiros”, finalizou.
Aprimoramento
O relator da Medida Provisória, senador Rogério Carvalho (SE), destacou que as contribuições apresentadas durante a audiência são fundamentais para o aprimoramento do texto. “Essas apresentações ajudam muito a aperfeiçoar o cenário dessa nova modalidade de crédito consignado. O objetivo é que esse produto não seja imposto ao trabalhador com taxas de juros elevadas, mas que haja competição e que cada um possa buscar a melhor taxa possível, dentro de sua realidade. Saio muito satisfeito com o que foi apresentado aqui”, declarou.
Já o relator revisor, deputado Giacobo (PR), foi mais crítico à proposta. Segundo ele, a MP ainda não apresentou benefícios concretos, especialmente no que diz respeito às altas taxas de juros praticadas no mercado. “Confesso que sou contra essa medida, mas ela está posta e em vigor. Ainda não vejo vantagem nenhuma no que foi colocado. As taxas de juros médias estão ultrapassando 4% ao mês — isso é agiotagem legalizada”, criticou o parlamentar.
Giacobo ressaltou que o debate agora entra em duas fases: a aprovação da MP e, posteriormente, a normatização da proposta. E destacou quatro pontos que considera essenciais para o aprimoramento do modelo: controle das taxas de juros; aprimoramento da portabilidade; controle do endividamento; e combate à fraude. “Nosso papel nesta comissão não é proteger esse produto, mas aprimorar o que o governo federal nos mandou”, concluiu.
Os requerimentos para a realização da audiência foram apresentados pelos deputados Kiko Celeguim (SP) e Capitão Alberto Neto (AM).
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Notícias representação
23/05/2025
Sistema OCB defende inclusão de coops no novo crédito consignado
Live destacou importância de garantir condições equitativas de participação no novo programa
O sistema OCB realizou hoje uma live para discutir soluções para a adequada integração das cooperativas independentes no Programa Crédito do Trabalhador, a live contou com a participação de representantes do Ministério do Trabalho, do Congresso Nacional e de lideranças do cooperativismo de crédito. O encontro contou com mais de 270 participantes. O Programa Crédito do Trabalhador é uma política pública lançada pelo governo federal para facilitar o acesso ao crédito consignado por trabalhadores do setor privado com vínculo empregatício formal e é essencial que as cooperativas possam operar na plataforma, sendo um dos principais atores na promoção da democratização do crédito.
Na abertura, o deputado federal Arnaldo Jardim (SP), presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), destacou a importância de garantir condições equitativas de participação para todas as cooperativas, inclusive as independentes. “O cooperativismo é uma forma de produzir e distribuir que orgulha o Brasil. E as cooperativas de crédito independentes — que não estão vinculadas às grandes centrais — não podem ser deixadas de lado. Precisamos da atuação delas para que o programa funcione na prática, com capilaridade e taxas mais acessíveis”, afirmou.
O deputado elogiou o empenho técnico do Sistema OCB na articulação e destacou que a atuação conjunta será em duas frentes: no Executivo, pressionando pela rápida publicação da portaria que permitirá a habilitação das cooperativas de crédito sem exigência do código bancário; e no Legislativo, e com a apresentação de emendas à Medida Provisória 1.292/2025, que regula o programa. “Já perdemos o mês de maio. Precisamos que essa portaria saia o quanto antes para que em junho essas cooperativas já estejam operando”, completou.
Sandro Pereira, diretor de Gestão de Fundos do Ministério do Trabalho e Emprego, reconheceu as dificuldades enfrentadas pelas cooperativas de crédito e confirmou que a nova portaria está em fase final de elaboração. “As cooperativas são fundamentais para ampliar o alcance do programa e reduzir a taxa de juros média. Os dados mostram que elas já praticam as menores taxas. Queremos que participem ativamente, e a portaria trará essa flexibilidade”, garantiu.
A gerente-geral da OCB, Fabíola Nader, reforçou que muitas cooperativas estão há três meses sem operar, o que ameaça sua sustentabilidade e o atendimento de milhares de cooperados. “Além da impossibilidade de operação, há uma série de cooperados impedidos de acessar crédito por falhas na integração da base legada. Isso contraria os princípios do programa e expõe esses trabalhadores a práticas abusivas de instituições que cobram juros muito mais altos”, explicou.
Durante a live, a analista do Ramo Crédito, Feulga Abreu, detalhou junto com Fabíola os principais pleitos levados pelo Sistema OCB à Comissão Mista do Congresso que analisa a MP 1.292.
Audiência
O sistema OCB será expositor na audiência pública da Comissão Mista marcada para o dia 28 de maio e já realizou articulações com o relator da matéria, senador Rogério Carvalho (SE), e com o presidente da comissão, deputado Fernando Monteiro (PE), apresentando todos os pleitos e dados técnicos que justificam a importância das cooperativas no programa.
“Estamos atuando em todas as frentes: Ministério do Trabalho, Dataprev, Congresso Nacional e associações do sistema financeiro. E faremos uma mobilização estratégica com base cooperativa quando for o momento certo, com texto único e argumentação sólida. Precisamos de união para sermos ouvidos”, destacou Fabíola.
A expectativa é que a nova portaria seja publicada ainda em maio.
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23/05/2025
Cooperativismo de crédito é protagonista em premiação do BNDES
Instituições são reconhecidas por impulsionar crédito, inovação e apoio à reconstrução no RS
O cooperativismo de crédito brasileiro demonstrou mais uma vez sua força e protagonismo no desenvolvimento econômico e social do país. Durante o evento Reconhecimento BNDES 2025 – Agentes Financeiros Destaque 2024, realizado em São Paulo, cooperativas de crédito foram amplamente premiadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pelo desempenho de destaque no repasse de recursos e na ampliação do acesso ao crédito em todo o território nacional.
A cerimônia, que chegou à sua 4ª edição, homenageou 17 instituições financeiras que se destacaram nas 12 categorias estabelecidas pelo Banco, com atenção especial à inovação, sustentabilidade, apoio às micro, pequenas e médias empresas, empreendedorismo feminino e ações emergenciais no Rio Grande do Sul. Os agentes financeiros credenciados foram responsáveis, em 2024, por mais de 357 mil operações de crédito e 145 mil operações de garantia, alcançando 93% dos municípios brasileiros.
O Sicredi foi reconhecido em oito categorias e líder em seis delas: Mulheres empreendedoras, Apoio a Micro e Pequenos Negócios, Destaque em linhas agropecuárias, Atendimento ao cliente, Reconstrução RS e Finame 60 anos. A instituição ainda conquistou o segundo lugar na categoria Mais Verde e o terceiro lugar em Canal MPME.
A gerente de produtos do Sicredi, Mariana Zaniol, ressaltou o papel do cooperativismo diante dos desafios enfrentados pelos empreendedores gaúchos. “É um momento para celebrarmos esta parceria forte que temos com o BNDES e pela qual liberamos R$ 2 bilhões em crédito em 2024 para essas companhias que trabalham para retomar a normalidade de suas operações. É essa a essência do cooperativismo, a de estarmos próximos dos nossos associados e ágeis na solução de suas demandas”, afirmou.
Com uma base de mais de 8,8 milhões de cooperados, o Sicoob também foi destaque na premiação. A instituição ficou em primeiro lugar na categoria +Verde, evidenciando sua liderança no apoio a iniciativas sustentáveis e de preservação ambiental. No total, o Sicoob foi reconhecido em cinco categorias, incluindo o segundo lugar em Linhas Agropecuárias, Finame 60 anos e Atendimento ao Cliente, além do terceiro lugar em Apoio a Micro e Pequenos Negócios.
Para Francisco Reposse Junior, diretor Comercial e de Canais do Sicoob, as conquistas reafirmam a confiança do BNDES no modelo cooperativista. “Essas conquistas representam o esforço coletivo de nossas cooperativas e colaboradores, além de reafirmarem a confiança do BNDES em nosso modelo de atuação. Seguimos empenhados em transformar crédito em desenvolvimento, com impacto positivo e duradouro na vida das pessoas e no crescimento do país”, destacou.
O Sistema Cresol também, por sua vez, foi reconhecido em três categorias: Apoio a micro e pequenos negócios, Mulheres empreendedoras e Linhas agropecuárias. A parceria com o BNDES, que em 2024 completou 25 anos, rendeu números expressivos: 117 mil contratos aprovados no ano passado, totalizando R$ 7,6 bilhões em crédito.
O presidente da Cresol Confederação, Cledir Magri, reforçou a importância histórica da relação com o banco. “Quando estamos em um evento desta magnitude, demonstramos a materialidade de uma parceria sólida. Portanto, nos cabe agradecer e parabenizar a cada um, cada uma que ajudou a construir as ações que nos levaram a receber esses prêmios. Esta premiação fortalece ainda mais nossa relação histórica com este parceiro estratégico que é o BNDES”.
Já o Sistema Ailos foi reconhecido como o terceiro melhor agente financeiro do país na categoria Atendimento. Em 2024, o sistema movimentou R$ 1,03 bilhão em operações com recursos do BNDES, atendendo 11.110 tomadores e firmando mais de 13 mil contratos. Adriane da Costa Nunes, gerente de Produtos de Crédito da Central Ailos, comentou o reconhecimento. “A conquista nos deixa orgulhosos e destaca a dedicação e o relacionamento próximo que nossas cooperativas singulares têm junto aos nossos cooperados, oferecendo soluções financeiras adequadas às suas necessidades”.[Quebra da Disposição de Texto]
Protagonismo que transforma
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, destacou o papel essencial do cooperativismo de crédito no processo de interiorização do desenvolvimento econômico e social. “As cooperativas de crédito estão presentes onde muitas vezes nenhuma outra instituição financeira chega. Elas democratizam o acesso ao crédito e promovem desenvolvimento com raízes profundas na comunidade. O reconhecimento do BNDES comprova que o modelo cooperativista é eficiente, resiliente e transformador”.
Com atuação descentralizada, capilaridade e compromisso com o desenvolvimento local, as cooperativas de crédito reforçam sua importância estratégica para a economia nacional — especialmente no apoio a quem mais precisa: micro e pequenos empreendedores, agricultores familiares, cooperadas e cooperados em todas as regiões do Brasil.
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22/05/2025
CoopTech25: Sistema OCB reforça seu papel no futuro do ramo crédito
Evento reuniu líderes e especialistas para debater crescimento, regulação e inovação no setor
O Sistema OCB participou da CoopTech Crédito 2025, realizada nos dias 21 e 22 de maio em São Paulo. O evento, promovido pela Coonecta, é hoje uma das principais plataformas de discussão sobre inovação, tecnologia e tendências no cooperativismo de crédito brasileiro, reunindo mais de 400 participantes, 40 palestrantes e uma programação intensa voltada para os desafios e as oportunidades do segmento no cenário atual.
Representando o Sistema OCB, Thiago Borba Abrantes, coordenador do Ramo Crédito, esteve presente na sessão de abertura, que trouxe reflexões importantes sobre o futuro do setor, com foco em crescimento sustentável, profissionalização e intercooperação. “Foi extremamente relevante compartilhar as perspectivas e cenários para evolução contínua do segmento e para o fortalecimento da atuação do cooperativismo em um cenário financeiro em constante transformação”, destacou. Ele também ressaltou que o momento é de expansão, mas com atenção redobrada à governança e à inclusão, principalmente nas cooperativas singulares independentes.
Outro destaque foi a presença da analista de Relações Institucionais do Sistema OCB, Feulga Abreu dos Reis, na Arena de Debates. Feulga compôs o painel sobre os impactos da Resolução CMN 4.966, que redefiniu regras importantes para a governança das cooperativas de crédito. A discussão girou em torno das adaptações nos primeiros meses de vigência da norma, tanto em termos de processos internos quanto de investimentos tecnológicos. “A presença do Sistema OCB nesse debate é estratégica diante dos impactos da resolução. Apresentamos nossa atuação técnica e institucional para garantir que as especificidades do modelo societário das cooperativas sejam consideradas e assegurem o equilíbrio regulatório e a sustentabilidade para o segmento”, afirmou.
A CoopTech 2025 abordou temas estratégicos como o uso da inteligência artificial no atendimento ao cooperado, open finance, digitalização de processos, novas regras do crédito consignado e o papel das cooperativas nas finanças sustentáveis. Foram mais de 25 sessões de conteúdo distribuídas em dois palcos — a plenária e a arena de debates — em um ambiente que favoreceu o networking e a construção de soluções colaborativas.
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20/05/2025
Cooperativas de crédito ganham protagonismo na Marcha dos Prefeitos
Deputado Domingos Sávio defende que municípios ampliem a movimentação de recursos nas cooperativas
O cooperativismo de crédito foi destaque no debate sobre estratégias para o fortalecimento das economias locais durante a XXVI Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. No painel Retenção de Riqueza nos Municípios e Desenvolvimento Local, lideranças políticas e institucionais defenderam a ampliação da captação de recursos públicos por cooperativas de crédito, prática que tem se mostrado eficaz para gerar emprego, renda e desenvolvimento nas cidades brasileiras.
O deputado federal Domingos Sávio (MG), coordenador do Ramo Crédito da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), relembrou a importância da Lei Complementar 161/2018, de sua autoria, que autorizou os entes públicos municipais a manterem suas disponibilidades de caixa em cooperativas de crédito. Antes da norma, mesmo com estrutura, segurança e capilaridade, as cooperativas eram legalmente impedidas de captarem recursos das prefeituras, o que limitava sua atuação no setor público.
Com a regulamentação da LC 161/2018, pelo Conselho Monetário Nacional, essa realidade começou a mudar. Hoje, cerca de 2830 municípios já movimentam suas finanças por meio de cooperativas de crédito, somando mais de R$ 3,5 bilhões apenas em 2024.
“Defender o cooperativismo é defender o municipalismo”, destacou o deputado Domingos Sávio. “Tem prefeitura que ainda paga seus servidores em bancos de cidades vizinhas. Isso significa que o dinheiro que poderia circular no município, fomentar o comércio e fortalecer o desenvolvimento local está sendo desviado para fora. Nós mudamos essa realidade com a LC 161/2018, mas ainda temos um caminho a percorrer para ampliar essa movimentação”, complementou.
Durante o painel, o pesquisador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), Alison Pablo de Oliveira, apresentou dados que comprovam os impactos positivos da presença de cooperativas nas cidades. Segundo ele, municípios com cooperativas de crédito têm maior PIB per capita, mais empregos formais, aumento de arrecadação local e federal, maior produtividade agrícola e queda na vulnerabilidade social — com menos famílias no Cadastro Único e mais jovens no ensino superior.
Alessandro Chaves, representante do Sistema Nacional de Crédito (SNCC), pontuou que o modelo de captação de recursos municipais via cooperativas financeiras já está consolidado do ponto de vista estrutural e jurídico, mas ainda enfrenta desafios operacionais. Entre eles, a necessidade de rever exigências de limites fixos para movimentação. “Com pequenos ajustes regulatórios, podemos ampliar ainda mais o alcance e o impacto do cooperativismo de crédito nos municípios”, defendeu.
Ao final do painel, o coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, Eduardo Queiroz, destacou o papel estratégico das cooperativas como parceiras do setor público. “A parceria das cooperativas de crédito com prefeituras e demais entes públicos municipais tem se mostrado uma alavanca poderosa para o fortalecimento da economia local. Isso porque os recursos movimentados permanecem e são reinvestidos no próprio município, gerando emprego, renda e desenvolvimento”, afirmou.
Ele também ressaltou o trabalho que o Sistema OCB tem feito em diálogo com o Banco Central. “Temos trabalhado ativamente junto ao Banco Central para aprimorar o ambiente regulatório e ampliar essa estratégia, que é fundamental para promover a inclusão financeira e impulsionar o desenvolvimento local e regional em todo o país”, concluiu.
O evento também contou com a participação do analista de Desenvolvimento Territorial e coordenador de Compras Públicas e Acesso à Crédito do Sebrae Nacional, Hudson Costa, que destacou a importância das cooperativas de crédito para o empreendedorismo e inclusão financeira para pequenos e médios negócios.
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19/05/2025
BNDES destaca impactos do cooperativismo de crédito
Estudo apresentado em seminário revela benefícios sociais e econômicos das cooperativas de crédito
O BNDES publicou entrevista com o economista e pesquisador Alison Pablo de Oliveira, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), responsável pelo estudo que analisou o impacto das cooperativas de crédito na economia brasileira. A conversa, publicada no blog oficial da instituição, destaca os principais resultados do levantamento, que mostra como a presença dessas cooperativas está relacionada ao desenvolvimento econômico, social e institucional dos municípios.
Segundo o pesquisador, os dados apontam efeitos consistentes na geração de empregos, no aumento da renda local, no fortalecimento do agronegócio e na redução da pobreza. Há também reflexos positivos em áreas como educação e inclusão produtiva. “As cooperativas de crédito promovem círculos virtuosos. Elas não só intermediam recursos, mas também induzem desenvolvimento regional com efeitos duradouros”, afirmou Alison na entrevista.
A pesquisa revelou que municípios com atuação cooperativista têm aumento médio de 23% no valor da produção agrícola, redução no número de famílias atendidas por programas sociais e mais matrículas no ensino superior. Durante a entrevista, Alison também trata do papel das cooperativas em momentos de crise — como durante a pandemia — e das possibilidades do modelo de negócios frente aos desafios climáticos.
O conteúdo reforça o destaque que o estudo teve durante o seminário O impacto do cooperativismo no desenvolvimento do Brasil e o apoio do BNDES, realizado em abril, no Rio de Janeiro. O evento foi promovido pelo Sistema OCB em parceria com o banco estatal, e contou com a assinatura de um acordo de cooperação entre as duas instituições. Alison foi um dos palestrantes e apresentou os principais dados do estudo durante o painel sobre crédito cooperativo.
Quer saber mais como o cooperativismo financeiro transforma realidades? Acesse a entrevista completa com Alison no blog do BNDES, e entenda os principais impactos nas comunidades brasileiras.
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07/05/2025
Comissão Mista vai analisar crédito consignado digital
Sistema OCB articula agenda para garantir participação do cooperativismo no novo modelo
Parlamentar da comissão mista que vai analisar crédito consignado digital. Foto: Andressa Anholete/Agência SenadoFoi instalada, nesta quarta-feira (7), a Comissão Mista responsável por analisar a Medida Provisória (MP) 1.292/2025, que trata da operacionalização das operações de crédito consignado por meio de sistemas ou de plataformas digitais. A MP altera a Lei 10.820/2003 e propõe a realização das operações na modalidade crédito consignado em plataformas digitais geridas por agentes públicos.
Os parlamentares eleitos para conduzir as atividades da comissão foram o deputado Fernando Monteiro (PE), escolhido como presidente; o senador Rogério Carvalho (SE), como relator; e o deputado Giacobo (PR), como relator-revisor. Rogério Carvalho anunciou que deve apresentar o plano de trabalho detalhado nas próximas semanas.
O Sistema OCB acompanhou a instalação da Comissão e dialogou com o presidente do colegiado, deputado Fernando Monteiro, a fim de assegurar que os pleitos do cooperativismo de crédito sejam considerados no relatório final da Medida Provisória. Uma reunião com o parlamentar será realizada nos próximos dias para apresentação detalhada da pauta cooperativista.
“Nosso objetivo é assegurar que as cooperativas de crédito, sobretudo as independentes, não fiquem de fora do novo modelo e continuem contribuindo com a inclusão financeira de milhares de brasileiros. Por isso, desde já, queremos apresentar nossos pleitos à Comissão e trabalhar para que as especificidades dessas cooperativas sejam respeitadas”, destacou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
O Sistema OCB, juntamente com os parlamentares da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), seguem acompanhando a tramitação da medida, com foco na valorização do papel das cooperativas de crédito.
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17/04/2025
Cooperativismo apresenta propostas para o Plano Safra 2025/26
Sistema OCB detalha sugestões estratégicas para o crédito rural em reunião com o Mapa
O Sistema OCB participou, nesta quarta-feira (16/04), da reunião do Grupo de Trabalho de Crédito Rural do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), com o objetivo de apresentar as principais propostas do cooperativismo para o Plano Safra 2025/26. O encontro reuniu mais de 40 representantes do governo e do setor, entre eles o secretário de Política Agrícola da pasta, Guilherme Campos. Clara Maffia, gerente de Relações Institucionais, e João Prieto, coordenador do Ramo Agropecuário, além de integrantes do GT de Crédito Rural representaram a Casa do Cooperativismo.
As propostas estratégicas discutidas durante a reunião foram construídas em conjunto pelo Sistema OCB, as Organizações Estaduais (OCEs) e as cooperativas dos Ramos Agropecuário e Crédito. João Prieto detalhou as prioridades que orientaram o planejamento, divididas em quatro eixos principais:
Ampliação dos limites de contratação por tomador: demanda essencial para garantir maior capacidade de investimento das cooperativas e seus cooperados;
Aumento do volume de recursos disponíveis: medida necessária para atender à crescente demanda do setor;
Manutenção da atual arquitetura do crédito rural: estrutura considerada bem-sucedida e que garante previsibilidade, segurança e organização ao sistema;
Redução das taxas de juros: fator decisivo para garantir a competitividade dos produtores rurais, especialmente os cooperados.
O principal desafio apontado foi o de conciliar os recursos orçamentários disponíveis com as necessidades do setor agropecuário. Para Guilherme Campos, o cooperativismo é um importante parceiro do Mapa nas discussões em torno da política agrícola nacional. “Nós, enquanto Ministério da Agricultura e Pecuária, estamos de portas abertas para debates construtivos, tais como o de hoje, tendo em vista a busca por um setor mais forte e produtivo”, afirmou.
Um dos temas de destaque da reunião foi o Seguro Rural, com ênfase no Programa de Subvenção ao Seguro Rural (PSR), o Proagro e outros mecanismos da política de gestão de riscos. A Secretaria de Política Agrícola expressou preocupação com a sustentabilidade dessas ferramentas diante das incertezas fiscais, reconhecendo, no entanto, sua importância estratégica para o fortalecimento do setor e proteção aos produtores.
Os representantes das cooperativas participantes do GT de Crédito Rural do Sistema OCB puderam trazer suas demandas específicas, com diferentes perspectivas sobre as realidades regionais e setoriais. Para Clara Maffia, “o trabalho conjunto entre cooperativas, OCEs e o governo federal é essencial para construir políticas públicas mais eficientes e alinhadas às necessidades reais do campo. O Plano Safra é uma das ferramentas mais importantes nesse sentido”, concluiu.
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