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Artesanato, cacau e biojoias mostram potência do coop na COP30

Produtos da floresta conectam visitantes ao potencial econômico e ambiental do movimento 

A primeira semana da COP30 mostrou que, enquanto o mundo debate metas climáticas, a Amazônia já oferece soluções concretas por meio do cooperativismo. Nas oficinas oferecidas nos pavilhões instalados na Agri e Green Zones, e Artesanato, cacau e biojoias mostram potência do coop na COP30nas mostras de Biodiversidade coordenada pelo Memp (Green Zone) e em parceria com a Natura (Agri Zone), cooperativas de agricultura familiar, artesanato, biojoias, cacau, café e turismo comunitário apresentaram ao público práticas que conciliam geração de renda, preservação ambiental e identidade cultural.  

As experiências — conduzidas por mulheres artesãs, ribeirinhos, jovens empreendedores e produtores tradicionais — revelaram que a transição climática depende de modelos colaborativos capazes de manter a floresta em pé, valorizar saberes locais e fortalecer economias comunitárias. As oficinas e exposições de produtos continuam até o dia 21/11 e a expectativa é aumentar ainda mais o número de pessoas que se conectam ao coop a partir do conhecimento de seus produtos.  

Oficinas conectam saber ancestral, inovação e clima 

As oficinas de artesanato, gastronomia e biojoias reuniram cooperativas de diversas regiões, entre elas Sicredi (chocolates e biojoias), Mulheres de Barro, Cresol, Bordana, Copamart, Sicoob (degustação de café robusta, chocolate e queijo Canastra) e Renda. Crianças, jovens, pesquisadores, turistas e visitantes lotaram as atividades, que apresentaram desde técnicas dewhatsapp image 2025 11 17 at 11.54.33 c69ce cerâmica ancestral até bordados inspirados na fauna brasileira. 

A Cooperativa Mulheres de Barro, de Parauapebas (PA), emocionou os participantes ao mostrar a origem de suas peças, produzidas a partir de iconografias arqueológicas de mais de seis mil anos. A presidente, Sandra Santos, destacou a importância da presença na conferência. “Aprendemos que nosso lugar não é só na bancada produzindo. É também nas discussões de política pública. Estar na COP30 é mostrar que nosso artesanato tem história, identidade e um caminho sustentável.”, afirmou. 

Sandra explicou ainda o compromisso ambiental do grupo: coleta de argila apenas em obras licenciadas, pigmentos naturais produzidos com minérios descartados e embalagens sustentáveis com papelão reaproveitado e sementes de árvores nativas. 

A oficina da Bordana, de Goiás, atraiu visitantes brasileiros e estrangeiros. A presidente Celma Gracie reforçou a autonomia feminina proporcionada pelo modelo cooperativo, “Na Bordana, as mulheres aprendem a bordar e se tornam donas do próprio negócio. Estar na COP30 é estratégico para mostrar que o cooperativismo transforma vidas”, declarou.   

O estudante Luís Santos, da Universidade Federal do Pará, viveu sua primeira experiência com o bordado. “Nunca imaginei que pudesse existir uma cooperativa de artesanato assim. A oficina me trouxe calma e abriu minha cabeça para outras formas Artesanato, cacau e biojoias mostram potência do coop na COP30de viver da arte”, disse. O norte-americano Jesse Swann-Quinn, morador de Boston, também se surpreendeu. “Eu sempre admirei o bordado, mas nunca aprendi. Mesmo com pouco tempo, foi muito divertido. E pensar no cooperativismo aplicado às artes e ofícios é inspirador”, acrescentou. 

A Copamart, de Manaus, levou oficinas com sementes recicladas. “O artesanato está sendo valorizado, e isso nos faz muito felizes. Houve grande procura nas duas oficinas”, contou a presidente Terezinha Ribeiro. Entre os participantes estava a produtora Val Bezerra, de Roraima. Ela resumiu a experiência: “Estou amando. Descobri um mundo novo sobre cooperativismo, clima e respeito à natureza”.  

A Sicredi apresentou chocolates e biojoias produzidas por comunidades ribeirinhas. A artesã Sílvia Rodrigues Rosa, da Ilha do Combu, reforçou a importância do apoio da cooperativa. “O Sicredi não esquece da gente. Somos pequenos empreendedores e, graças a esse incentivo, conseguimos crescer mantendo a floresta em pé”, declarou.  

A oficina do Sicoob, por sua vez, virou ponto de encontro, com degustações de chocolate, café e o tradicional queijo Canastra. Igor Freitas, da Associação dos Produtores de Queijo da Canastra, celebrou a oportunidade. “Ver o cooperativismo num evento desse tamanho é fantástico. Lá na Canastra, a comunidade inteira vive o trabalho conjunto”, completou.  

Produtos da sociobiodiversidade encantam  

No espaço de Biodiversidade coordenado pelo Memp, cooperativas da Amazônia e de outras regiões como a Camta, Cooperacre, Recca, Coostafe, D’Irituia, Campax, Coopatrans e Turiarte — exibiram chocolates premium, biojoias, óleos vegetais, artesanato, produtos florestais não madeireiros e alimentos regionais. 

A coordenadora do Sistema OCB/PA, Alessandra Ribeiro, explicou a curadoria do espaço. “Queremos mostrar a força das cooperativas do Norte — do artesanato às cadeias agrícolas. A procura por sementes, biojoias e chocolates superou todas as expectativas. Já estamos repondo produtos que esgotaram”, contou entusiasmada.  

A presidente da Turiarte, Natália Dias, destacou o valor da participação. “Estamos fazendo networking, conquistando clientes e divulgando o turismo de base comunitária. Para uma cooperativa ribeirinha, estar aqui é trazer nossa voz para o mundo”, afirmou.  

 

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