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Definidas as diretrizes prioritárias para os próximos anos



Brasília (10/5/19) – Nesta sexta-feira, 10 de maio, ocorreu em Brasília o encerramento do 14º Congresso Brasileiro do Cooperativismo – o evento mais importante do setor no país. O congresso contou com a presença de um público formado por 1,3 mil pessoas, entre elas autoridades mundiais e nacionais do cooperativismo, dirigentes e cooperados, embaixadores, ouvintes e imprensa.

E como o tema do CBC é O cooperativismo do futuro se constrói agora, a sexta-feira foi marcada pela realização de uma plenária na qual os congressistas presentes votaram, dentre as diretrizes estabelecidas durante as sessões temáticas ocorridas na quinta, 9/5, aquelas consideradas prioritárias para os próximos anos. Todas as propostas que tiveram 50% + 1 dos votos nas votações da quinta-feira foram levadas à plenária, que também contou com a presença especial do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (leia mais).

Com base no grau do impacto que a diretriz tem para o cooperativismo como um todo e com a urgência na implementação, aquelas que alcançaram 75% ou mais na nota total máxima nos dois critérios foram consideradas prioritárias. Confira abaixo as diretrizes priorizadas para o cooperativismo brasileiro nos próximos anos:

 

COMUNICAÇÃO
  1. Ampliar o alcance de programas que trabalham conceitos de cooperativismo e cooperação nas escolas, como o Cooperjovem e cooperativas mirins;
  2. Divulgar o cooperativismo brasileiro e seus benefícios por meio de estratégias e ferramentas de comunicação, como mídia convencional, plataformas digitais, entre outras;
  3. Criação de uma campanha nacional de comunicação para estimular o papel das cooperativas escolares (mirins ou de alunos) na promoção do cooperativismo.

 

GOVERNANÇA E GESTÃO
  1. Identificar e promover boas práticas de governança e gestão em cooperativas de todos os setores e portes;
  2. Implementar mecanismos de governança cooperativa para relacionamento com os cooperados, como a Organização do Quadro Social, a educação cooperativista e a fidelização;
  3. Promover a importância do processo de sucessão nas cooperativas;
  4. Adotar sistema de qualificação em gestão “a distância” ou semipresencial para todos os gestores de cooperativas, em parceria com instituições de ensino reconhecidas e qualificadas;
  5. Estabelecer em estatuto social a capacitação obrigatória dos candidatos à conselheiros e dirigentes;
  6. Definir grade curricular mínima de capacitação para certificação de conselheiros, bem como definir ferramentas para avaliação de sua performance;
  7. Coibir a criação de cooperativas clandestinas por parte do Sistema OCB.

 

INOVAÇÃO
  1. Incentivar a capacitação de jovens sucessores para propiciar que estejam aptos a ocuparem cargos eletivos nas suas cooperativas;
  2. Criar um canal e-commerce para compras entre as cooperativas;
  3. Desenvolver programa de capacitação em inovação para conselheiros, dirigentes e colaboradores do Sistema OCB e das cooperativas;
  4. Incentivar startups e aceleradoras a desenvolver soluções para o cooperativismo;
  5. Promover a intercooperação para o compartilhamento e acesso a novas tecnologias.

 

INTERCOOPERAÇÃO
  1. Elaborar programa de intercâmbio de conhecimentos e boas práticas entre cooperativas;
  2. Atuar sobre a legislação para facilitar a intercooperação viabilizando o ato cooperativo;
  3. Promover negócios entre as cooperativas por meio de feiras, eventos e plataformas digitais;
  4. Criar mecanismos de comunicação para facilitar a troca de informações entre cooperativas do mesmo ramo e ramos diferentes;
  5. Instaurar fórum permanente de intercooperação no Sistema OCB.

 

MERCADO
  1. Adequar, aprimorar ou criar linhas de crédito adequadas para todos os segmentos do cooperativismo, sem interromper as atuais políticas de fomento ao modelo de negócio cooperativista;
  2. Criar e regulamentar instrumentos de capitalização e captação de investimentos pelas cooperativas, analisados por ramo;
  3. Fomentar a inserção de cooperativas no e-commerce;
  4. Obter o reconhecimento dos órgãos que contratam, bem como daqueles que fiscalizam os processos licitatórios, da possibilidade de participação de cooperativas em contratações públicas de bens e serviços, conforme previsto na legislação vigente (Lei 8.666/1993 e Lei 12.690/2012);
  5. Realizar parcerias entre cooperativas ou com terceiros para investimentos em logística, transporte, produção de insumos, terminais de distribuição de produtos e exportação.

 

REPRESENTAÇÃO
  1. Criar rede virtual com os parlamentares da Frencoop para municiá-los de informações e demandas do cooperativismo;
  2. Fortalecer a atuação de representação das OCEs e as Frencoops estaduais;
  3. Fortalecer a Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) no Congresso Nacional;
  4. Manter a atual Lei 5.764/1971, permitindo adequações por outras legislações, como a utilização de tecnologia para realização virtual de assembleias e adesão de cooperados, ampliando as fontes de financiamento, assegurando um procedimento semelhante a recuperação judicial, dentre outros pontos;
  5. Buscar reconhecimento, tanto na formulação de políticas como em processos de contratações públicas, do registro na OCB como um importante instrumento de verificação do cumprimento da legislação cooperativista;
  6. Interceder junto ao Governo Federal para estruturação de um programa de melhoria de infraestrutura da rede de internet para os municípios do interior e zona rural;
  7. Assegurar a participação de representantes do cooperativismo como vogais de juntas comerciais e garantir que as OCEs atuem como parceiras nas análises de atos constitutivos das sociedades cooperativas, de forma a ampliar o conhecimento dos órgãos de registro público sobre as especificidades do tipo societário cooperativo e adequar os procedimentos e exigências a realidade do setor;
  8. Reduzir a alíquota previdenciária para os cooperados autônomos;
  9. Atuar junto à Frencoop para que seja encaminhado para votação o adequado tratamento tributário do ato cooperativo (PLP 271/2005);
  10. Regulamentar o art. 79, da Lei 5764/1971, inserindo imunidade tributária às cooperativas com base nas instituições sem fim lucrativo;
  11. Reduzir a alíquota do ISSQN do trabalhador autônomo vinculado a cooperativas;
  12. Garantir maior representatividade da base de cooperativas nos conselhos especializados por ramos, com mecanismos que garantam que o representante dos estados colha a opinião da base, e implementar câmaras técnicas para o desenvolvimento de soluções para os ramos;
  13. Ampliar a participação do cooperativismo em conselhos nacionais, estaduais e municipais de interesse;
  14. Inserir na Diretoria da OCB representantes de cada um dos ramos do cooperativismo;
  15. Criar uma comissão técnica com a participação de representantes das cooperativas para acompanhar a modernização da legislação cooperativista, especialmente em relação à definição de ato cooperativo e impacto da reforma tributária no cooperativismo;
  16. Alterar o estatuto social da OCB Nacional para possibilitar a participação das cooperativas no processo de eleição da sua Diretoria e do seus Conselhos Fiscal e de Ética, garantindo que cada cooperativa, central, federação e confederação registradas tenham direito a voto;
  17. Ampliar os canais de comunicação entre o Sistema OCB e as lideranças cooperativas;
  18. Atuar junto ao Executivo para inserir na educação brasileira temas de cooperativismo e empreendedorismo coletivo;
  19. Ampliar os canais de comunicação do cooperativismo com o poder público, assegurando o papel da OCB como órgão técnico-consultivo do governo e representante nacional do segmento em todos os fóruns e instâncias de interesse, conforme prevê a Lei Geral das Cooperativas (art. 105 da Lei 5.764/1971);
  20. Tornar o Sescoop o centro de referência do cooperativismo, defender seus recursos e combater as iniciativas do governo e do Legislativo de estatização ou realocação dos recursos;
  21. Fomentar a criação de novas faculdades do cooperativismo, visando a criação posterior de universidades;
  22. Garantir a participação da Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop) nas instâncias governamentais de discussão e deliberação de temas trabalhistas e sindicais;
  23. Criar selo de qualidade para as cooperativas brasileiras.

 

COOPERATIVISMO FANTÁSTICO

Ao final na votação, o presidente do Sistema OCB, Márcio Freitas, reiterou que o sucesso do CBC deve ser creditado aos líderes cooperativistas que deixaram suas atividades para contribuir com seu tempo, dedicação, conhecimento e cooperação. E completou: “Vocês estão fazendo um cooperativismo fantástico. Tenho muita responsabilidade em representar vocês, mas é uma honra representar tudo isso que vocês fazem. Cada um do seu jeito, seu sotaque. Desde as cooperativas pequenas. Vocês são muito bons”.

Cooperativa de plataforma já é uma realidade



Brasília (10/5/19) – Uma ação idealista com um toque de inovação. Assim é o trabalho desenvolvido pelo professor Trebor Scholz e pela mestra em planejamento urbanístico Sylvia Morse com comunidades de diferentes países. Os dois participaram do 14º Congresso Brasileiro de Cooperativismo (CBC), na manhã da quinta-feira (9/5), e apresentaram exemplos de cooperativismo por plataforma, que tem um funcionamento semelhante ao de aplicativos de transporte, mas com um diferencial: a transparência.

Há 40 anos, Trebor iniciou uma cooperativa de alimentos junto com a vizinhança onde vive, em Nova Iorque. Hoje, acompanha projetos espalhados pelo mundo, alguns no Brasil. As cooperativas assistidas reúnem diferentes profissionais especializados em ramos diversificados de atividade.

Segundo ele, naturalmente, obstáculos são encontrados pelo caminho, alguns devido à cultura local. No caso das cooperativas por plataformas, até mesmo a própria tecnologia pode implicar em alguma dificuldade, dependendo do acesso que o grupo cooperado tem a essas novas ferramentas.

Em São Paulo, a equipe de Trebor trabalha com um grupo de catadores na elaboração de uma plataforma para coleta de resíduos. Também atuam junto a um grupo de mulheres na Índia, outro de refugiados na Alemanha. Ao todo, são 350 iniciativas internacionais espalhadas por 97 cidades de 26 países.

Esse movimento conta com a participação de muitos setores da sociedade. Em julho de 2018, o projeto obteve um financiamento do Google no valor de US$ 1 milhão para apoiar essas cooperativas de plataforma a iniciarem suas atividades. O investimento tem validade de dois anos, e deve encerrar em 2020.

Outro diferencial identificado nesse modelo de cooperativismo por plataformas é a colaboração e comprometimento entre cooperados, a conectividade entre eles, além da busca por qualificação. “As empresas precisam trabalhar juntas”, defende Trebor.

Esse sistema de organização também pode ser considerado um segundo pilar a ser pesquisado no século. Parte das cooperativas assistidas se tornaram parte de uma democracia social particular. Dessa experiência, Trebor espera que seja construída uma grande plataforma que possa ser utilizada em código aberto pelas cooperativas, inclusive as do Brasil.

A nova-iorquina Sylvia Morse trabalha com voluntariado desde 2012. Na economia cooperativa, atua junto a Center For Family Life in Sunset Park, que engloba uma comunidade de imigrantes, a maior parte deles de origem da América Latina e alguns chineses.

O programa desenvolvido com economia colaborativa começou em 2006 com essa organização, baseada em Nova Iorque. Há 12 anos, fornecem assistência técnica e treinamento para cooperados. O trabalho de Sylvia é recrutar os trabalhadores e realizar com eles os programas de capacitação. Nessa esfera, também acompanha outras empresas como, por exemplo, a Open & Go, plataforma colaborativa feita para pessoas que trabalham com bico, como trabalhadores domésticos.

Esse ecossistema trabalha com organizações não lucrativas e outras organizações ajudam. "É uma cooperativa de indivíduos e, também, ligada a outras cooperativas que se juntaram à nossa para poder competir melhor. O que estamos tentando oferecer é uma estrutura q desafie, busque ultrapassar outras plataformas de aplicativo que existem, e oferecer esse serviço aos trabalhadores com transparência", relata Sylvia.

Transparência é a palavra central nesse processo. "Trabalhamos com transparência de forma que fique claro qual porcentagem vai para a empresa e qual vai para o trabalhador. De modo que, no fim, o trabalhador saiba quanto vai receber", explicou.

Ao todo, são 340 trabalhadores que, segundo Sylvia, observaram o impacto do projeto do cooperativismo em suas vidas e, com qualificação, começam a ter maior oportunidade de trabalho. “Isso tem ajudado esses trabalhadores a terem mais oportunidades de trabalho e terem uma renda maior”, explicou Sylvia. "Agora, o objetivo é oferecer outros cursos, para que aprendam quais seus direitos e quais seus deveres. E, também, treinamento para líderes e para discursos em público."

Nos últimos dez anos a equipe de Sylvia pesquisou quais os limites e benefícios alcançados nesse trabalho, quando se tem mais voz na comunidade e quando as mulheres conquistam maior independência financeira. "As cooperativas de imigrantes têm crescido em, Nova Iorque, porque são negócios gerenciados pelos próprios trabalhadores, que não têm muitos recursos de capital." Segundo Sylvia, esse mercado ainda é composto basicamente por trabalhadores independentes, e tende a crescer no "boca a boca". Uma das estratégias para aumentar a produtividade das cooperativas por plataforma é fazer com que os profissionais comecem a trabalhar de modo menos informal.

Para o sucesso da empresa, também é importante fazer sempre a atualização das tecnologias, usar toda a estrutura disponível e desenvolver trabalhos em grupo e com outras cooperativas. Essas ações medem o sucesso e os impactos, quanto os trabalhadores estão ganhando, "e o resultado tem sido de aumento em 20% do que ganhavam anteriormente", afirmou Sylvia. "Temos programas para promover a cooperação entre os trabalhadores, onde eles atuam como consultores. Assim, eles se tornam mais produtivos."

Neste ano de 2019, o foco da Center For Family Life in Sunset Park está em aumentar as ferramentas para ampliar o número de pessoas trabalhando e fazer com que o futuro das plataformas seja mais amigável ao usuário, "para entender qual abordagem será menos custosa para os trabalhadores e para os empregadores e para nossa comunidade como um todo, visando diversificar nossos fundos, desenvolver novas tecnologias, fazer novos treinamentos e fazer nosso ambiente corporativo cada vez mais alto no ranking", concluiu.

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Onix Lorenzoni afirma: cooperativismo é o melhor caminho



Brasília (10/5/19) – O pronunciamento do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, diante de um público de mais 1,3 mil líderes cooperativistas, foi um dos momentos mais aguardados do último dia do Congresso Brasileiro do Cooperativismo, que ocorre em Brasília, desde a quarta-feira (8/5).

Em nome do presidente da República, Jair Bolsonaro, Lorenzoni agradeceu a atuação dos cooperativistas. “Em nome do Brasil, quero agradecer a cada um de vocês fazerem do nosso país um exemplo. O trabalho de vocês é muito importante para a nação”, reconhece.

 

ALIANÇA

O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, disse ao Ministro que as cooperativas também querem ver o país crescendo, assim como o governo, e que elas são aliadas naturais nesse processo, até porque, mesmo na crise, nunca deixaram de atuar por uma economia local mais forte, pela geração de emprego, trabalho e renda em todos os cantos do país.

Márcio Freitas disse, também, que o cooperativismo gera cerca de 400 mil empregos formais e movimenta mais R$ 420 bilhões anualmente. Além disso, segundo ele, os 1,3 mil congressistas presentes no CBC representam a força socioeconômica de mais de 50 milhões de brasileiros.

“É por isso, Ministro, que não queremos privilégios! Queremos apenas condições de trabalhar num cenário favorável ao desenvolvimento sustentável das cooperativas, especialmente pelo fato de que isso está previsto na Constituição Brasileira. Nós só queremos o bem de todos os brasileiros, assumindo nosso papel de parceiros na construção de um Brasil melhor.”

 

RESPEITO

Lorenzoni, por sua vez, destacou que, a fala do presidente do Sistema OCB é percebida pelo governo como “um pedido de respeito”. Além disso, o Ministro destacou que conhece o cooperativismo bem de perto.

“Durante quase 12 anos, no meu início de carreira, lá no Rio Grande do Sul, atendia muitas cooperativas da bacia leiteira em torno da cidade de Porto Alegre. Sei bem como é a vida do produtor rural. Também tive a experiência de ter a vida da minha mãe salva por uma Unimed e, se Deus quiser, em 2019 ela comemora 88 anos”, discursou emocionado.

 

CAMINHONEIROS

Sobre a crise no setor de transportes, o Ministro comparou os caminhoneiros a “mariscos” que sofrem a turbulência de um mar revolto, criado pelo monopólio dos combustíveis e dos grandes contratantes de serviços de transportes no país.

Sobre o assunto, Onyx Lorenzoni reconheceu que a melhor forma para solucionar a questão e dar dignidade a quem presta o serviço de transporte de cargas no país é, de fato, o cooperativismo.

“A alternativa mais viável para dar futuro à essas pessoas e suas famílias é o cooperativismo. Esse é o melhor caminho. O cooperativismo é algo que se renova, que gera emprego e renda e consolida os princípios que são a base de uma grande nação”, finaliza.

 

AGENDA



Ao final de sua participação no 14º Congresso Brasileiro do Cooperativismo, Onyx Lorenzoni recebeu, das mãos do superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, um exemplar impresso da Agenda Institucional, lançada na abertura do evento e que reúne as propostas e demandas das cooperativas do país para os Três Poderes da República.

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Futuro será mais competitivo

Brasília (8/5/19) – Emocionado durante a abertura do 14º Congresso Brasileiro do Cooperativismo o embaixador especial da FAO para o Cooperativismo, Roberto Rodrigues, relembrou o tempo que foi presidente da ACI Américas (1992 a 1997) e da OCB (mandatos de 1985 e 1991). A solenidade também prestigiou os 50 anos do cooperativismo no Brasil.

Para Rodrigues, uma das maiores lideranças cooperativistas do país, o futuro, tema escolhido para o evento, deve ser pensado pelo viés da competitividade, considerando que cooperativas são empresas e que devem agregar valores e princípios. Nesse cenário, ressaltou a importância de que os pequenos tenham acesso à mesma tecnologia que os demais, para que essas novas ferramentas sejam inclusivas e não exclusivas.

“As cooperativas são instrumento de uma doutrina universal una”, assim sendo fundamental que sejam organizadas de modo centralizado. Roberto Rodrigues manifestou ainda a preocupação com a preservação da "democracia transformada em rede, com princípios universais, como deve ser o cooperativismo". “Mais da metade da população do mundo está ligada ao cooperativismo”, completou.

Roberto Rodrigues propôs ao 14º CBC que cada cooperativa tenha uma mulher e um jovem na composição do seu conselho de administração. “Depois de mim, duas mulheres já foram presidente da ACI. Portanto, o espaço existe e é importante que ele seja concedido”, defendeu.

Ao observar as mudanças recentes no país e no mundo, com solvência de lideranças a nível global, Roberto Rodrigues alertou sobre a segurança alimentar, tema que segundo o embaixador deve ser pensado neste momento. Nesse âmbito, segundo a referência internacional, “para que o mundo tenha crescimento em 20%, o Brasil tem que crescer 40%”, citou. Daí a relevância do Brasil para o cenário internacional como um todo.

 

COOPERATIVISMO GLOBAL

Em seu discurso, o presidente da Aliança do Cooperativismo Internacional (ACI), Ariel Guarco, apresentou os números da ACI e destacou o reconhecimento que a Aliança alcançou no mundo, estando presente nos cinco continentes. O foco de atuação, segundo Ariel Guarco, é a responsabilidade social presente na empresa, respeitando também o consumo responsável, atuando em parceria com a OCB, com a FAO e uma rede intermediária. “Queremos demonstrar que é possível construir uma economia democrática”, afirmou.

Diante de uma era de transformações, Guaco defendeu que o pensamento no futuro deve passar pela profissionalização dos jovens. Em seu discurso, o presidente da ACI previu também mudanças nas formas de trabalho, onde trabalhadores são substituídos pelas ferramentas de automação.

Nesse sentido, Ariel Guarco defendeu que forças como a economia verde e a economia digital serão as criadoras de frentes de trabalho e o cooperativismo deve acompanhar esse movimento. Assim, “as cooperativas devem demonstrar que há outras formas de construir uma economia digital, de raízes”, defendeu. De acordo com Guarco, as cooperativas têm papel de construir um mundo melhor e, encerrando o discurso, convidou a todos para assumir esse protagonismo.

O desafio político cooperativo pelo qual a América passa foi o centro da apresentação da presidente da ACI Américas, Graciela Fernandez. Esses obstáculos pautam o trabalho do movimento cooperativo americano que, segundo Graciela, tem buscado o diálogo com os governos. São mais de 200 mil cooperativas de base, que visam o desenvolvimento de uma economia social. E o cooperativismo brasileiro é parte dessa organização.

Por fim, pela celebração dos 50 anos do Sistema OCB, a presidente da ACI entregou uma placa de homenagem ao presidente Marcio Lopes de Freitas.

 

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OCB lança Agenda Institucional do Cooperativismo



Brasília (8/5/19) – Após a solenidade de abertura do 14º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC), realizado de 8 a 10 de maio, em Brasília, foi lançada a Agenda Institucional do Cooperativismo para 2019. O documento visa pautar os temas mais importantes ao setor junto aos Três Poderes da República. Essa é a 13ª edição da agenda, que contém 36 prioridades a serem apresentadas no Congresso Nacional e 17 propostas a serem levadas ao poder Executivo. Além disso, cinco temas da agenda são acompanhados com repercussão nos Tribunais Superiores.

Na ocasião, o presidente Márcio Lopes entregou às autoridades presentes o documento elaborado pelo Sistema OCB contendo essas propostas. O papel da agenda é servir de instrumento para ratificar o compromisso do movimento cooperativista com o desenvolvimento do país. Ao todo, são 14,2 milhões de pessoas representadas por 6,8 mil cooperativas, todas focadas no crescimento sustentável. Essas cooperativas se ramificam em 13 ramos de atividades econômicas.

Entre os principais desafios propostos na Agenda estão a aprovação e sanção do Projeto de Lei 8.824/2017, que assegura serviços de telecomunicações por cooperativas; a aprovação de substitutivo do Projeto de Lei 519/2018, que visa regulamentar a operação de seguros por sociedades cooperativas; e o acesso ao crédito e a linhas de financiamento público para cooperativas.

 

DIRETORIA DA FRENCOOP

Em seguida, foi realizada a posse da Frente Parlamentar do Cooperativismo no Congresso Nacional (Frencoop), que contou com a presença de diversos membros da frente. Composta por mais de 300 deputados e 36 senadores, a Frencoop tem a missão de pautar os temas de interesse do cooperativismo no Congresso, divulgando e defendendo as principais ações para o desenvolvimento do setor no país.

 

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Mulheres e jovens desejam maior atuação

Brasília (8/5/19) – Quarenta jovens e mulheres embaixadores, vindos de diferentes regiões do país, tiveram um momento de destaque no primeiro dia do 14º Congresso Brasileiro de Cooperativismo (CBC), que é realizado de 8 a 10 de maio, em Brasília. São os vencedores da seleção Jovens Embaixadores Coop e Embaixadoras Coop, realizado pelo Sistema OCB.

Abraçar as oportunidades e "alçar vôos mais altos com a diversidade e a presença feminina em todas suas instâncias" é um desejo revelado pelo grupo de 20 mulheres embaixadoras na Carta Manifesto lida em plenária, durante a solenidade de abertura do 14º CBC.

No documento, estava expressa a sede por mudanças que essas mulheres dedicadas ao crescimento do cooperativismo no Brasil cultivam a cada dia. As alterações têm sido discutidas e sentidas, pois "cargos antes de posições exclusivamente masculinas passaram a ser desempenhados também por mulheres", diz trecho da Carta.

Embora as mulheres tenham assumido maior protagonismo no cooperativismo ao longo dos últimos anos, para as embaixadoras, o setor ainda é majoritariamente masculino, e segue apresentando desafios diários para as mulheres. “Para diminuir a disparidade de gênero dentro do cooperativismo, é necessário respeitar as diferenças biológicas, mas que estas não sirvam de pretexto para subordinar, mas sim valorizar as qualidades das mulheres”, reforça a carta ao propor maior incentivo da participação feminina no cooperativismo.

As mulheres cooperativistas buscam reconhecimento. Para isso, foram sugeridas ações como a criação de lideranças cooperativistas, comitês e projetos envolvendo mulheres, assim como investimento em formação e capacitação de lideranças femininas, com equiparação salarial, entre outros.

Mais de 170 jovens, com idades entre 18 e 20 anos, participaram do concurso para jovens embaixadores do Sistema OCB. Os anseios mais sensíveis desse grupo para o setor, também foi traduzido por meio de Carta Manifesto.

A paranaense Pamella Fernandes Lopes fez a leitura do documento, convidando aos presentes para que se lembrassem de sua juventude e dos desafios inerentes a esta época da vida, quando eram "cheios de sonhos, ambições, com garra para lutar pelo que é justo, pela igualdade social, por respeito".

Uma preocupação do grupo é com a qualificação do jovem para o cooperativismo. “Todos nós nascemos com espírito cooperativista, que é perdido com o tempo, em um mundo cada vez mais individualista”, afirmou ao defender a importância de se trazer a juventude para o cooperativismo do futuro, criando oportunidades. “Inserindo a educação cooperativista desde o início da formação seria uma boa alternativa para a inclusão da cultura do cooperativismo”, afirmou.

Leia abaixo a íntegra das duas Cartas Manifesto.

 

Carta manifesto Embaixadoras Coop

 

Prezadas lideranças cooperativistas,

 

As melhores oportunidades surgem na vida daqueles que lutam por elas. Eis que nós, Embaixadoras Coop 2019, vinte mulheres de todos os cantos do Brasil, inseridas no cooperativismo direta e indiretamente, ensejamos que através deste manifesto construído em conjunto, o sistema cooperativista possa perceber que pode alçar voos mais altos com a diversidade e a presença feminina em todas suas instâncias.

Nunca se falou tanto em igualdade de gênero e equidade entre homens e mulheres dentro da sociedade como ultimamente. A mudança vem ocorrendo, cargos antes de posições exclusivamente masculinas passaram a ser desempenhados também por mulheres, porém esse avanço está a passos lentos. Apesar de exemplos de sucesso, a porcentagem de liderança feminina ainda é muito menor em comparação aos homens e apesar dos resultados positivos e das conquistas, ainda há muito preconceito contra a mulher, e muitas dúvidas sobre sua capacidade de se entregar ao trabalho.

Nesse dilema cultural, homens e mulheres questionam a autoridade dela, que permanentemente tem de provar sua competência. Ver é acreditar, e ver mais mulheres em posições de liderança faz as demais acreditarem que é possível, para isso é preciso oportunizar espaço para elas. E é fundamental que mulheres líderes abram caminho para outras, praticando mais a sororidade.

Para diminuir essa disparidade de gênero dentro do cooperativismo é necessário respeitar as diferenças biológicas, mas que estas não sirvam de pretexto para subordinar, mas sim valorizar as qualidades das mulheres. Fazer uma gestão de pessoas justa, torna as relações de trabalho mais transparentes com oportunidades iguais para o crescimento de todos.

Mais do que homenagens mulheres merecem reconhecimento! A partir dessa percepção, para influenciar a participação das mulheres no cooperativismo, desafiamos e propomos às lideranças cooperativistas a criação de mais comitês e projetos envolvendo as mulheres; formação e capacitação das lideranças femininas; equiparação salarial e de quantidade das mulheres em suas instâncias de governança; campanhas e eventos de reconhecimento.

Todas essas ações promovem o empoderamento feminino e por consequência, trazem mais sucesso ao cooperativismo, que pode ser adotado como filosofia de vida, e através da intercooperação será possível ter maior representatividade feminina, garantindo a equidade dentro do cooperativismo brasileiro.

 

Carta Manifesto Jovens Embaixadores Coop
 

Reconhecendo a minha cota de responsabilidade com o futuro, em primeiro lugar solicito a todos os participantes do Congresso Brasileiro do Cooperativismo, que recordem inicialmente de quando eram jovens, cheios de sonhos, ambições, com garra para lutar pelo que é justo, pela igualdade social, por respeito. Este, que traz na veia a força e o espírito da revolução com uma energia inesgotável capaz de provocar as maiores mudanças. São nas pequenas coisas que sei que dentro de você existe um jovem adormecido.

Aposto que você canta no chuveiro, dança em frente ao espelho, sente o frio na barriga quando é desafiado e possui a capacidade de doar-se em prol daquilo que acredita. Você pode contar muitos anos de vida e ainda ser jovem. A idade cronológica não é mais importante. É essencial lembrar que a juventude não é uma época da vida, e sim um estado de espírito.

Todos nós nascemos com o espírito cooperativista, que é perdido com o tempo, em um mundo cada vez mais individualista. Já dizia Antoine de Saint-Exupéry, “todo homem traz dentro de si, o menino que foi”. Talvez o futuro esteja no resgate da essência infantil que coopera com o outro, sem esperar nada em troca, uma alma pura e genuína. É notório o envelhecimento do quadro social das cooperativas de todos os segmentos no cenário atual, logo, percebe-se a necessidade de trazer a jovialidade para o interior delas para atrair cada vez mais público.

Temos que nos perguntar quais as pessoas que estamos deixando para o mundo. Nossos jovens estão se preparando para o futuro? Formaremos seres individualistas, racionais, inteligentes e sem empatia? Inserindo a educação cooperativista desde o início da formação seria uma boa alternativa para a inclusão da cultura do cooperativismo, acompanhando até o final através de cursos de treinamentos, workshops dentro das faculdades, incentivando programas de trainees.

Dessa forma, o jovem começa a ser moldado desde seu início dentro das cooperativas criando um banco de oportunidades a nível nacional, com a possibilidade de alavancar a carreira profissional do mesmo. Eu quero fazer a diferença, prova disso, é que estou decidindo lutar pelo que é certo. Sei que já dei o primeiro passo e gostaria de continuar caminhando, despertando a essência de cada um, sendo um instrumento para as pessoas conhecerem e viverem o Cooperativismo.

Como diz Pietro Ubaldi, o próximo grande salto evolutivo da humanidade será a descoberta de que cooperar é melhor que competir. Que sejamos exemplos. Vamos aliar as habilidades individuais, extrair o melhor de todos, traçar objetivos que buscam o bem comum, afinal a união faz a força e juntos somos mais fortes.

Me deem espaço, mostrem o caminho, quero aprender com vocês, mas preciso de incentivo, oportunidade e de notoriedade. Peço que invistam em mim, não serei um custo e sim lucro para o futuro, desejo ser um líder como vocês para promover a perpetuidade do cooperativismo. Mas afinal, deves estar se perguntando quem sou eu.

Eu lhe respondo, eu sou a Pamella, a Daniele, sou o Cristofer, Victor, sou a Agatha, a Elida e a Jessyca, sou o Bruno, o Giordano e o Kaio, sou a Larissa, a Mariana e a Luana, sou o Neuryson, o Diego e o João, sou o Deivid e o Elias, enfim, eu sou a voz da Juventude.

 

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Valorização do ser humano: estratégia para o sucesso

Brasília (9/5/19) – Ariel Guarco, presidente da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), foi um dos principais convidados da 14ª edição do Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC) e participou da abertura do evento. A ACI tem um importante papel na defesa e preservação dos princípios do cooperativismo, promovendo intercâmbios e melhores práticas entre os cooperados em mais de 100 países ao redor do mundo. A presença da liderança internacional foi um dos pontos altos da mesa, pois tratou justamente da estratégia e dos desafios para setor.

Durante sua palestra, Ariel falou que um dos desafios está na valorização e cuidado com o ser humano – que é parte essencial da dinâmica do cooperativismo. Segundo o presidente, este deve ser o primeiro passo para alcançar o desenvolvimento econômico e social por meio da atividade cooperativista.

Ariel apontou que o modelo vem sendo procurado pelos jovens, que enxergam as cooperativas como uma oportunidade não apenas para seu crescimento profissional e pessoal, mas também para contribuir com o bem-estar do ambiente em que vivem.

O presidente da Aliança também destacou que estava muito feliz em participar do evento e por fazer parte da celebração histórica dos 50 anos de existência do Sistema OCB ao lado do presidente do Sistema, Márcio Lopes de Freitas.

 

Confira a íntegra da que ele disse:

 

Do ponto de vista do cooperativismo global – um movimento que representa mais de 1.200 pessoas – nossos desafios estão diretamente relacionados aos mesmos que enfrentamos como humanidade. Em primeiro lugar, temos de cuidar da casa: a casa comum, a casa global. Como definiu Papa Francisco, essa casa hoje está em risco, pois não estamos agindo como deveríamos. Consumimos sem responsabilidade e, assim, contribuímos para que os produtores rurais produzam da mesma maneira. Nesse sentido, o cooperativismo, a OCB, através desses 50 anos, tem dado claros sinais que há uma forma diferente de consumir e gerar.

Em segundo, precisamos cuidar de quem vive nesta casa: o ser humano, que sempre deve ser o centro de nossos objetivos. Somos um movimento humano, guiado por princípios e valores, com padrões internacionais. Nos diferenciamos por justamente priorizar o desenvolvimento do ser humano acima de tudo.

É tão comum vermos modelos econômicos que priorizam e valorizam o capital. Nós não negamos o capital, ele é necessário – dependemos dele como empresas. Nossas empresas devem um retorno à economia e à sociedade. Mas entendemos que o núcleo de todos os objetivos e preocupações tem que ser o ser humano e não o capital. Nesse sentido, vem nossa grande preocupação com o trabalho do futuro: quais serão os novos desafios, as formas de trabalho para os jovens que estarão ingressando nos próximos 10 ou 15 anos.

Para evoluir neste sentido, temos trabalhado em parceria com a Organização Internacional do Trabalho. Já tivemos conversas profundas com seu diretor-geral, Guy Ryder, e ele nos disse que enxerga as cooperativas como verdadeiras incubadoras de novas formas de trabalho. Isso é real. Todos os dias, jovens elegem o modelo cooperativo como organização. Eles entendem que o modelo permite o desenvolvimento profissional, agregando também o desenvolvimento de todo seu entorno.

Ninguém pode realmente viver uma vida feliz, de respeito ao meio ambiente – uma vida completa, plena e realizada se o meio ambiente e suas comunidades não estão se desenvolvendo de forma sustentável. Se não houver desenvolvimento, permanecemos cercados apenas pelas crises que temos enfrentado em todo o mundo.

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Cooperativas já usam carimbo SomosCoop

Brasília (9/5/19) – Despertar o orgulho de fazer parte de um dos modelos de negócios mais humanizados do mundo e, ainda, divulgar para a sociedade a importância das cooperativas – e seus produtos – para o país. Estes são objetivos do Movimento SomosCoop, tema de um dos painéis da 14ª edição do Congresso Brasileiro do Cooperativismo. O evento reúne mais de 1,5 mil pessoas de todos os cantos do país, em Brasília, para discutir as estratégias do cooperativismo do futuro.

E, como o Movimento SomosCoop está na fase de sensibilização das cooperativas para que usem o carimbo da campanha em seus produtos e serviços, a ideia de debater o assunto durante o CBC foi a de apresentar três casos de sucesso: o do Sistema Ocepar e o das cooperativas Cocamar e Unimed, que realizaram um trabalho intenso de mostrar, internamente, a necessidade de se fazer parte do movimento.

O painel contou com a participação da gerente de Comunicação Social do Sistema OCB, Daniela Lemke, e dos gestores de comunicação Samuel Milléo (Ocepar), Sabrina Morello (Cocamar) e Aline Cebalos (Unimed Brasil). Todos foram enfáticos ao afirmar que o cooperativismo é um movimento transformador de realidades, mas, para que isso ocorra, de fato, é necessária uma ação em rede, ou seja, integrada nacionalmente, mobilizando todas as cooperativas do país. Só assim, disseram, a sociedade poderá reconhecer a importância socioeconômica do cooperativismo brasileiro.

Para conhecer mais sobre o Movimento SomosCoop e baixar todo o pacote de informações sobre o uso do carimbo, clique aqui.

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Pedro Calabrez fala sobre liderança e protagonismo

Brasília (9/5/19) – O funcionamento do cérebro e sua influência no comportamento humano foi o foco da palestra Protagonismo e Transformação, ministrada pelo especialista Pedro Calabrez no segundo dia do 14º Congresso Brasileiro do Cooperativismo, realizado pelo Sistema OCB, de 8 a 10 de maio, em Brasília.

Com riqueza de detalhes e exemplos baseados em estudos científicos, Pedro Calabrez explicou como a emoção tem influência nas escolhas e atitudes do dia a dia. “As estruturas cerebrais carregam as nossas decisões com emoções.” Segundo o psiquiatra, “o valor das coisas está na produção emocional que existe sobre elas”.

Transportando esse entendimento para a esfera empresarial, Pedro orientou os cooperados presentes ao 14º CBC como adaptar as condições em favorecimento do seu produto. Nesse caso, é fundamental ter uma atuação de liderança, com aplicação de uma “inteligência de cooperação”, para se alcançar um bom protagonismo de transformação.

Liderança dissonante envolve a distância emocional, um líder frio, que lidera por meio do medo, usa motivadores extrínsecos, como dinheiro, gerando como consequência desconfiança e levando seus liderados a estágios de ansiedade, estresse, tédio e desmotivação diante de desafios.

Liderança ressonante envolve empatia, que ao contrário do que se pensa não é se colocar no lugar do outro, mas sim uma competência que envolve tentar sair de si mesmo e entender que o outro é outro, ter respeito. Essa liderança tem como motivadores intrínsecos como inspiração e propósito, dão “a sensação de que se a gente batalhar, a gente vai chegar longe”. Assim, esse líder leva as pessoas à transformação através da inspiração e do engajamento diante dos desafios. Isso ocorre porque ele tende a entregar desafios de acordo com as competências da equipe.

Estatisticamente, o Brasil registrou em 2014 índice de 6,5% em confiança, sendo um dos povos mais desconfiados do mundo. Conforme explicado por Pedro Calabrez, a confiança está diretamente relacionada com o sucesso econômico. Por essa razão, o modelo de liderança ressonante é o mais adequado ao cooperativismo brasileiro. Além do fato de que a ressonância gera confiança e respeito, valores sem preço.

Para reforçar essa teoria, Pedro elencou os benefícios do sentimento de confiança dentro de uma empresa. Um estudo realizado com mais de 500 empresas verificou que colaboradores manifestaram “106% mais energia, 76% mais engajamento, 50% mais produtividade, 60% de satisfação com o trabalho, 41% de percepção de conquista, 66% de proximidade com os colegas”.

O que se percebe é que o padrão ressonante agrega diversos benefícios a uma empresa, viabilizando um comportamento mais aberto e adaptável a mudanças e mais positivista diante de obstáculos.

 

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Cooperativa é guiada por relações de confiança

Brasília (9/5/19) – Ricardo Vandré, ainda criança, descobriu o quanto a timidez o atrapalhava. Entre frustrações escolares e diversos psicólogos o, hoje, ator e palestrante descobriu na atuação uma ferramenta de convivência social. Ao dividir parte de suas experiências da infância, Vandré explicou como se mostrar vulnerável é uma maneira de estabelecer uma ligação de confiança durante o primeiro dia do 14º Congresso Brasileiro de Cooperativismo (CBC), realizado entre 8 e 10 de maio, em Brasília.

Entre os conceitos compartilhados pelo palestrante durante a atividade interativa, estavam os pilares para uma construção de confiança: a voluntariedade e a vulnerabilidade. “Se mostrar vulnerável é uma maneira de se apresentar simples e igual. Dessa forma, conseguimos quebrar a individualidade presente no mundo atual”, destacou.

Conforme a evolução digital ultrapassa as telas dos smartphones e torna seres cada vez mais privados, as cooperativas andam no contrafluxo. “O cooperativismo prova que relações interpessoais podem evoluir para um modelo de negócio sustentável e estruturado. Utilizar de uma organização estabelecida na confiança entre os colaboradores é uma maneira de mostrar a face desse modelo”, explicou Ricardo.

Para a gerente de Desenvolvimento Social de Cooperativas do Sescoop, Geane Ferreira, o potencial cooperativista é baseado na boa relação entre os cooperados. “A sustentabilidade de uma cooperativa parte do princípio de uma boa relação com as pessoas que a cercam. Seja do interesse com as comunidades ou até mesmo de um bom relacionamento entre as equipes de trabalho. A partir do momento em que desenvolvemos a empatia e nos colocamos no lugar do outro, conseguimos identificar as vulnerabilidades. Será mudando a maneira de olhar e pensar que nos tornaremos ainda mais igualitários e plurais”, frisou Geane.

 

RESPONSABILIDADE

Os participantes têm aprovado o evento e, ainda, dizem-se mais comprometidos com o cooperativismo do futuro. “Saber da responsabilidade que temos neste congresso nos torna cientes de que somos capazes de mudar. Como cooperativista, sinto-me honrada em fazer parte desse movimento em um momento tão importante”, avalia a presidente da Coopcafa, Nadjanécia Santos, que, pela primeira vez, expõe as rapaduras e o açúcar produzido na cooperativa, em um evento de alcance nacional. Para conferir os produtos da Coopcafa e muitos outros, vindos de cooperativas de todas as partes do país, visite o estande do movimento Somoscoop, ao lado do auditório principal.

 

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Cartilha sobre o eSocial está disponível

Brasília (7/5/19) – Simplificação. Essa é a palavra que nos vem à mente quando o assunto é o eSocial, criado pelo decreto 8.373/2014, com o objetivo de unificar, em um único ambiente, o envio de todas as informações trabalhistas, previdenciárias, tributárias e fiscais de empresas e de cooperativas. E, como o assunto ainda gera dúvidas, o Sistema OCB acaba de disponibilizar a cartilha eSocial para cooperativas.

Segundo o superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, várias mudanças na cultura organizacional e nos procedimentos internos das cooperativas vêm por aí. “É por isso que elas devem estar preparadas para adaptar suas rotinas e buscar o aperfeiçoamento de colaboradores que irão lidar, direta ou indiretamente, com a implementação do programa do governo federal”, explica a liderança.

 

ACESSO

Para ter acesso e saber mais sobre os principais pontos do eSocial, clique aqui.

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Mulheres e jovens embaixadores iniciam CBC



Brasília (7/5/19) – Oficialmente, a programação do Congresso Brasileiro do Cooperativismo só começa amanhã, mas um grupo de cooperativistas muito especial já está em Brasília. São os vencedores da seleção dos Jovens Embaixadores Coop e das Embaixadoras Coop. Ao todo, 40 pessoas foram recebidas pela diretoria executiva do Sistema OCB nesta quarta-feira, na Casa do Cooperativismo.

O presidente Márcio Lopes de Freitas fez questão de agradecer o empenho de cada embaixador. “Nos sentimos muito honrados em receber todos vocês. Em nome de todo o movimento cooperativista brasileiro, agradecemos pelo empenho em contribuir com as discussões a respeito do futuro do nosso modelo de negócios. Sem dúvida alguma, as contribuições de vocês serão de grande valia para as cooperativas do país.

 

GRATIDÃO

“Quero parabeniza-los pela ideia de trazer jovens e de oportunizar a participação de mulheres nas discussões. Estou muito animada em poder fazer parte desse evento. Agradeço por essa oportunidade única”. Élida Nascimento Vieira, da cooperativa Sicredi MS/TO

“Estou muito feliz  por estar aqui e por poder conhecer tanta coisa interessante, como a realidade de outros ramos, por exemplo. Agradeço pela oportunidade, porque ela realmente é muito importante”. Deivid Milhomem dos Santos, da cooperativa Sicoob Unicentro Brasileira

 

LEIA MAIS

Clique nos links para saber mais sobre Jovens Embaixadores Coop e sobre as Embaixadoras Coop.

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Cooperativismo nas Américas será debatido no CBC



Brasília (7/5/19) – A programação do 14º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC) contará com a presença de especialistas nas áreas de gestão, inovação e, claro, cooperação. Além do presidente da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), Ariel Guarco, a presidente da ACI Américas, Graciela Fernández, também confirmou sua participação.

Ela falará sobre os desafios do presente e do futuro da modelo de negócios nas Américas e, ainda, como as cooperativas contribuem com a redução da pobreza, auxiliando, assim, com a implementação da Agenda 2030, da ONU.

O Congresso Brasileiro do Cooperativismo é uma realização do Sistema OCB e ocorre entre os dias 8 e 10 de maio, no Complexo Brasil 21, em Brasília-DF. O objetivo é estabelecer, de forma conjunta, as diretrizes estratégicas de desenvolvimento do cooperativismo no Brasil, ao longo da próxima década. O tema do Congresso deste ano é: O cooperativismo do futuro se constroi aqui.

O evento contará com 1,3 mil participantes, dentre eles: o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas; o presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), deputado Evair de Melo; e do embaixador do cooperativismo para a FAO, Roberto Rodrigues.

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Congresso Brasileiro debate o cooperativismo do futuro

Brasília (6/5/19) – O cooperativismo do futuro se constrói aqui. Esse é o tema da 14ª edição do Congresso Brasileiro do Cooperativismo – maior evento do país, destinado a debater o desenvolvimento sustentável das cooperativas brasileiras. Realizada pelo Sistema OCB, essa gigantesca reunião de trabalho ocorre nesta semana (de 8 a 10 de maio), no Centro de Convenções Brasil 21, em Brasília, reunindo mais de 1,3 mil pessoas.

Ao longo desses três dias, delegados indicados pelas cooperativas brasileiras irão debater questões ligadas à seis temas principais (Comunicação, Governança e Gestão, Inovação, Intercooperação, Mercado e Representação). Cada delegado pôde se preparar com antecedência por meio dos documentos-base, que trazem cenários e reflexões sobre cada assunto, além de sugestões de propostas, com o objetivo de ajudar a nortear os debates. O objetivo é propor as diretrizes estratégicas do setor para os próximos 10 anos. (Programação)

 

50 ANOS

O CBC, como é mais conhecido entre os cooperativistas, também marcará a celebração dos 50 anos da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) que, aliás, surgiu a partir de um consenso durante o 4º CBC, em 1969. A entidade realiza, desde então, a representação nacional e a defesa dos interesses das cooperativas junto aos Três Poderes da República.

 

AGENDA INSTITUCIONAL

Durante a abertura do CBC, a OCB fará o lançamento de sua 13ª Agenda Institucional, com as principais demandas e propostas do cooperativismo aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Esta edição do documento é focada no fomento da simplificação, desburocratização e melhoria do ambiente de negócios para a atuação das cooperativas.

Em um universo de 36 proposições ao Congresso Nacional, alguns desafios são focados na agenda de reformas estruturantes do governo, ao acesso ao crédito e linhas de financiamento público para cooperativas, além de pautas positivas como a geração de internet no campo e, ainda, a permissão para que cooperativas operem no mercado de seguros.

Vale destacar que essas pautas geram desenvolvimento em todas as partes do país, sem demandar novos investimentos por parte do governo federal.

 

POSSE

Logo após o lançamento da Agenda Institucional do Cooperativismo, será realizada a posse da nova Diretoria da Frente Parlamentar Cooperativista (Frencoop), bancada que já conta com mais de 300 deputados federais, 36 senadores e uma lista de grandes feitos em prol das cooperativas do país. À frente da presidência está o deputado Evair de Melo (PP/ES) – que integra o grupo de defesa dos interesses das cooperativas brasileiras desde o início de seu primeiro mandato, em 2015.

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Começa o maior evento do cooperativismo brasileiro

Brasília (8/5/19) – A união da família cooperativista foi celebrada pelo presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, na abertura do 14º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC), que ocorre de 8 a 10 de maio, em Brasília. Ao todo, cerca de 1,5 mil pessoas participam das atividades do evento, que também marca a comemoração dos 50 anos da OCB.

Estiveram presentes à solenidade de abertura o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em exercício, Marcos Montes, o presidente da Aliança Cooperativismo Internacional, Ariel Guarco, a presidente da ACI Américas, Graciela Fernandez, o presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), deputado Evair de Melo, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Paulo de Tarso Sanseverino, além de outros parlamentares.

Ao discorrer sobre o momento do cooperativismo, Márcio de Freitas discorreu sobre o slogan do 14º CBC – O cooperativismo do futuro se constrói aqui. Para o presidente da OCB, esse futuro almejado “é aquilo o que a gente desenha, imagina, sonha, compartilha e vai construir. O futuro não é um negócio que você fica esperando acontecer, precisa ser construído”, atestou.

 

SUPERANDO A CRISE

Segundo Márcio Lopes, mesmo nos momentos de crise as cooperativas têm se destacado. São mais de 6,8 mil cooperativas, 14 milhões de cooperados, que constroem um Brasil melhor. “Cooperativa é organização de gente, que cultiva, armazena e deposita confiança, indispensável na construção de um futuro melhor”, comenta.

Márcio defendeu que esse é o momento de discutir o futuro para as cooperativas com “integridade de valores e princípios” e em conjunto com a sociedade. Outro ponto fundamental é repensar a competividade com foco na geração de resultados.

 

METODOLOGIA

Na apresentação do 14º CBC, Márcio explicou aos presentes que o Congresso será composto de três dias de palestras e debates com especialistas renomados, culminando, na realização da plenária, na sexta-feira, onde serão definidas estratégias de atuação para as cooperativas construírem esse futuro “ousado, forte e inovador, dentro dessa nova revolução industrial, dessa revolução de gente”, afirmou.

 

VIVENDO NA PELE

A relevância do cooperativismo na sociedade foi ressaltada pelo ministro do STJ, Paulo de Tarso Sanseverino, que relembrou sua trajetória como juiz e magistrado no Rio Grande do Sul. Em seu discurso, o ministro afirmou ter vivido a experiência de ser cooperado e relatou que pôde “observar de perto a excelência e importância desse trabalho”.

 

DEFESA

O deputado Evair de Melo destacou a atuação do cooperativismo no seu estado de origem, o Espírito Santo, destacando a preocupação da Assembleia Legislativa da região em manter sempre uma comissão dedicada exclusivamente ao tema. “Que nós tenhamos dentro do parlamento brasileiro o empenho para fazer o que tem que ser feito para que o país possa se consolidar como um país cooperativo”. “Nós precisamos muito de vocês”, pontuou complementando o compromisso em defender o cooperativismo. “Não vai nos faltar coragem para fazer o que for preciso para isso.”

 

FUTURO É AGORA

Já o ministro da Agricultura em exercício, Marcos Montes, discursou celebrando os 50 anos do cooperativismo no Brasil. “Só posso imaginar que quem mexe com cooperativismo no Brasil tem visão”. Marcos Montes comentou o slogan escolhido para o 14º CBC e afirmou que “realmente, o futuro é agora”. “Hoje, o Brasil avança fortemente no cooperativismo” comentou ao citar o programa Brasil Mais Cooperativo. Diante disso, o entendimento do parlamentar é de que o setor precisa ser fortalecido no país. “Mas nada disso resolverá se nós não nos organizarmos para fazer do cooperativismo a força motriz”, afirmou.

 

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Vem aí o 5º EBPC



Brasília (29/4/19) – Vem aí o Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo (EBPC). Promovido pelo Sistema OCB, o evento já está na quinta edição e tem por objetivo estimular o desenvolvimento de pesquisas acadêmicas sobre as cooperativas do país. O encontro ocorrerá em Brasília, entre os dias 9 e 11 de outubro. O tema é Negócios sustentáveis em cenários de transformação.

“Esse encontro é de extrema relevância para a economia do país, já que estimula a investigação, com métodos científicos, do universo das nossas quase sete mil cooperativas. Com os resultados de cada trabalho, o movimento cooperativista se fortalece, passa a ser mais conhecido e reconhecido pela sociedade e, assim, contribui para a transformação socioeconômica das cidades onde o cooperativismo já é uma realidade”, explica Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB.

Atualmente, o cooperativismo brasileiro gera trabalho para cerca de 15 mil cooperados e 380 mil empregos diretos.

 

PESQUISADOR, PARTICIPE!

A programação do EBPC é totalmente estruturada no resultado dos trabalhos acadêmicos desenvolvidos nas instituições de ensino e pesquisa de todo o país, apresentado em forma de painéis ou de pôsteres. E o período de inscrição dos artigos está aberto até o dia 7 de junho.

Cada autor poderá inscrever até três artigos. O material pode ter no máximo cinco escritores. Os autores dos 50 melhores trabalhos virão apresenta-los em Brasília, com todas as despesas custeadas pelo Sescoop. A previsão da comissão organizadora é de que o resultado da seleção seja divulgado no dia 16 de agosto. Neste link estão todas as diretrizes!

Vale destacar que serão considerados válidos os trabalhos que se correlacionem com pelo menos um dos seguintes eixos:

  • Identidade e Cenário Jurídico;
  • Educação e Aprendizagem;
  • Governança, Gestão e Inovação;
  • Capital, Finanças e Desempenho;
  • Impactos Econômicos, Sociais e Ambientais.

 

OPORTUNIDADE DUPLA

Os interessados em participar do EBPC com um trabalho voltado ao cooperativismo de crédito também poderão se inscrever do Prêmio ABDE-BID 2019 (categoria: “Desenvolvimento e cooperativismo de crédito”). Os dois primeiros colocados terão os artigos publicados em livros e receberão, respectivamente, o prêmio de R$ 8 mil e R$ 4 mil. Um detalhe muito importante: para participar do ABDE-BID (com inscrições até 30 de junho) é necessário também participar do EBPC (com inscrições até 7 de junho). Então, fique ligado para não perder nenhum dos prazos.

 

PARTICIPANTES

E se você ainda não é pesquisador, mas tem interesse em participar do EBPC para conhecer o resultado dos trabalhos acadêmicos, inscreva-se também. O encontro receberá inscrições entre os dias 16 de agosto a 19 de setembro. (Clique aqui)

Cooperativas celebram Dia do Aprendiz

Brasília (24/4/19) – Um olho no futuro e outro no presente! É assim que o movimento cooperativista brasileiro comemora, nesta quarta-feira (24/4), o Dia do Aprendiz, data dedicada a celebrar a participação do jovem no mercado de trabalho. E, nas cooperativas, a presença dessa galera sempre foi e será muito bem-vinda.

Tanto é, que o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) desenvolve, há mais de dez anos, o Programa Aprendiz Cooperativo, voltado ao desenvolvimento profissional de estudantes com idades entre 14 e 24 anos, de Norte a Sul do Brasil, para atuarem nas cooperativas.

Segundo o superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, o objetivo é oferecer aos jovens uma formação completa, com base nos princípios e valores do cooperativismo. “É uma oportunidade de começar a exercer uma profissão e, ao mesmo tempo, vivenciar os diferenciais que têm tudo a ver com a cultura cooperativista e que ajudam a formar cidadãos mais conscientes e responsáveis. Temos a certeza de que estamos formando os futuros líderes do nosso movimento”, avalia Nobile.

O Programa Aprendiz Cooperativo – desenvolvimento de acordo com Lei da Aprendizagem – já formou mais de 50 mil jovens desde que começou. Só no ano passado, mais de 12 mil pessoas conheceram mais de perto aspectos como solidariedade, responsabilidade, democracia e igualdade.

Um desses jovens é Gabriel de Sousa Magalhães, de 16 anos. Ele acaba de assumir seu primeiro emprego na sede da unidade nacional do Sescoop e empolgação não falta. “Eu sempre quis trabalhar e hoje tem nove dias que cheguei aqui. Acho as pessoas muito compreensivas e me ensinam bastante. Estou pronto para aprender cada vez mais e trabalhar bastante e ser um bom profissional”, afirma o jovem.

 

NA PRÁTICA

“Em nossas organizações estaduais e cooperativas é possível ver, na prática, exemplos de valores contemporâneos. No cooperativismo, liderança compartilhada, comércio justo, economia do propósito e sustentabilidade fazem parte do nosso dia-a-dia. Assim, vamos construindo agora, e juntos, um futuro melhor para o cooperativismo e para o nosso país. A todos os jovens, parabéns!”, finaliza Renato Nobile.

O cooperativismo é o sistema mais fraterno

Brasília (24/4/19) – A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, participou nesta quarta-feira, em Brasília, da reunião mensal da diretoria da OCB e representantes da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop). Durante o evento, realizado na Casa do Cooperativismo, ela anunciou que nos próximos dias preparará a minuta do decreto do novo Selo Combustível Social, que deve beneficiar cerca de 40 mil produtores rurais da agricultura familiar ligados às cooperativas agropecuárias. (Leia mais)

Durante seu pronunciamento, a ministra da Agricultura apresentou sua visão do cooperativismo, explicou a necessidade das reformas e falou sobre desemprego e sobre como imagina o desenvolvimento do setor na região do semiárido brasileiro. Para ela, “o cooperativismo é o sistema mais fraterno de convivência da economia e das pessoas, de forma bem harmônica. E o resultado acaba sendo muito eficiente e eficaz”, confira!

 

COOPERATIVISMO

O cooperativismo só tem trazido coisas boas para a organização das pessoas em todo o nosso país. O cooperativismo é o sistema mais fraterno de convivência na economia, das pessoas e de forma bem harmônica. E o resultado acaba sendo muito eficiente e eficaz.

É claro que isso não é fácil. Há quantos anos a OCB vem lutando, junto com suas unidades nos estados para mudar a cultura de muita gente? No início teve um monte de cooperativas que não deu certo, porque não tinha o espírito cooperativo. Os cooperados desse tipo de cooperativa visavam outras coisas. Com os erros, todos aprendem e, hoje, temos um sistema cooperativo sólido, sendo exemplo para todo o país. Graças a esse trabalho da OCB, vemos que o movimento cooperativista está sólido, tem ética, valores e princípios que o Brasil está precisando muito, atualmente.

Acredito até que muitas coisas que estamos enfrentando hoje em dia, no país, têm a ver com o fato de as pessoas terem esquecido desses valores, enxergando só os benefícios mais fáceis de serem alcançados e é por isso que, nós, no Ministério, temos pedido sempre a colaboração da OCB para que a gente caminhe junto em alguns projetos que são extremamente importantes.

 

SEMIÁRIDO

Um exemplo é o desafio que temos no Nordeste brasileiro. O público que mais precisa de nós, hoje, são os pequenos produtores. Nós precisamos muito do sistema cooperativo para essa transição. Foi criado um projeto para que as cooperativas que deram certo, que já se estabeleceram no mercado, adotem uma cooperativa que está começando e que precisa de um apoio para ela se consolidar com esse espírito cooperativo, para poder, no futuro, também ter sucesso.

Nós já conhecemos bons exemplos lá no Nordeste e queremos expandir isso. Nós precisamos democratizar o sistema cooperativista em algumas regiões do país, porque eu acho que a solução de dignidade, de geração de renda, só virá por aí. Até mesmo para prestar assistência técnica, vamos precisar das cooperativas. Quero agradecer muito por essa parceria com a OCB. Podem ter certeza de que vamos avançar muito.

 

DESEMPREGO

Nós precisamos ganhar tempo. O Brasil precisa funcionar. Minha agenda no Ministério é bastante apertada, porque todos os dias eu recebo representantes dos setores produtivos, já que o agronegócio está em quase tudo. O que percebo é a ansiedade das pessoas em verem as coisas acontecerem, darem certo, mudarem de rumo e o Brasil voltar a crescer...

Um país como o Brasil, com o potencial que temos por aqui... com tudo o que Deus nos deu, e de graça, nós precisamos trabalhar, juntos, para fazer dar certo. É uma vergonha que o Brasil tenha 13 milhões de desempregados.

 

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Ontem, ficamos muito felizes com o primeiro resultado. Mas é bom lembrar que o Brasil não tem um plano B. Gostando ou não das reformas e começando pela Previdência, precisamos delas para destravar. O parlamento serve para resolver, mais para frente, as possíveis queixas dos grupos que se sentirem prejudicados. Neste momento, precisamos virar a chave do Brasil.

Precisamos fazer o país dar certo e ele só vai dar certo com esse passo que precisa ser dado pelo Congresso, mostrando independência e o quanto é patriota. Nós estamos votando pelo Brasil, não pelo Governo Bolsonaro, mas pelo nosso país. A reforma da Previdência é a primeira, porque nós precisamos fazer outras reformas. Aliás, eu acho que os próximos anos serão excitantes porque outras batalhas virão e nós vamos precisar de muita força e convicção de que o país precisa urgentemente dessas mudanças.

Num país como o nosso, todas as vezes que vejo na televisão o número dos milhões de desempregados eu tenho vergonha. Eu acho que a gente está fazendo pouco pelo nosso país. Eu acho que nós temos que ter isso em mente e fazer esse país avançar.

 

OPORTUNIDADE

A China está vivendo um problema seríssimo, que durante muito tempo esteve guardado, mas aflora: a peste suína. É triste e a China vai levar um tempo para se organizar. Se o Brasil tiver juízo e responsabilidade nós podemos ser os grandes fornecedores dessa proteína que a China vai demandar. Pelo tamanho do país e da população, eles podem ter problemas seríssimos como fome. O problema da China pode ser muito mais complicado do que estamos pensando comercialmente. Eles já estão vivendo um problema social, porque tiraram as pessoas do campo e trouxeram para viver nas cidades e todos precisam se alimentar.

Esse é um problema para a China, mas uma oportunidade para o Brasil. Precisamos estar todo mundo junto. Vamos precisar de todos para pensar sobre esse assunto e, assim, gerar emprego, agregar valor e aproveitar a oportunidade.

 

SELO BIODIESEL

A intenção do Ministério é colocar todos os que a gente puder, vendendo para quem quiser, e tendo o benefício desse Selo Combustível Social. Faremos isso via decreto e não mais via portaria. Vocês podem ter certeza de que será bem rápido e bem mais seguro. Se Deus quiser nós faremos isso nos próximos 10 dias e o presidente Jair Bolsonaro vai assinar. Essa é uma oportunidade única e o presidente gosta do setor. Ele é um apoiador do setor e para tudo que a gente leva ele tem um olhar diferente, especial e, graças a isso, a gente tem podido andar muito rapidamente. Podem ter certeza de que esse decreto será feito o mais rápido possível porque a gente conhece, sabe que tem uma janela e precisa que essa comercialização esteja andando... então, eu espero que a gente tenha mais de 40 mil inseridas nessa política que estamos destravando.

 

ENVIO DE DEMANDAS

O que estiver atrapalhando o desenvolvimento das cooperativas, como travas burocráticas, por favor, me passem. Vocês podem montar um grupo de estudos, já que têm gente capacitada para isso. Podem nos levar. O nosso jurídico vai avaliar e, se for possível, a gente vai resolver. É preciso destravar. As pessoas precisam produzir com seriedade, mas de maneira simplificada. Não podemos perder mais tanto tempo. A burocracia só atrapalha e tira emprego. Às vezes até duvidamos quando nos deparamos com coisas que estão aí há 20 anos atrapalhando e ninguém mexeu. Nós queremos trabalhar isso, mas precisamos de mão-de-obra, qualificada e séria, para que a gente possa caminhar de maneira mais célere, para que as pessoas consigam produzir e comercializar melhor, e todos da mesma maneira, independentemente de ser pequeno, médio e grande. Vai dar trabalho, mas vai dar certo!


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Cooperativas aprovam portal de compras públicas

Presidente da Cooates, Cláudio da Silva (esq), celebrando a assinatura de mais um contrato de prestação de serviços no Pernambuco



Brasília (26/4/19) – “Já vencemos quatro licitações que vão nos dar um fôlego importantíssimo e devemos isso ao portal criado pela OCB e que facilita bastante o monitoramento dos editais”. O depoimento acima é do presidente da Cooperativa Agrícola de Assistência Técnica e Serviços (Cooates), José Cláudio da Silva, que acaba de assinar um importante contrato com a Companhia de Saneamento Básico do Estado do Pernambuco, graças ao portal Cooperativas nas Compras Públicas.

O ambiente virtual foi lançado pela OCB em novembro do ano passado, com o objetivo de garantir a maior participação possível de cooperativas nessas concorrências públicas. Apesar de ter apenas cinco meses, o portal já tem ajudado muitas cooperativas do país a acessarem o mercado governamental, considerado o maior cliente do país.

Segundo estimativas da Organização, a cada ano, os entes públicos da União, dos estados e dos municípios investem cerca de R$ 500 bilhões no atendimento das necessidades de programas ou iniciativas que demandam, por exemplo, alimentos, serviços de tecnologia, limpeza ou higiene. Essas compras ocorrem após a realização de uma concorrência pública, cujas regras são definidas em editais.

 

COMO FUNCIONA

As cooperativas precisam apenas acessar o portal e preencher o cadastro, especificando quais produtos ou serviços deseja oferecer ao governo. É importante indicar o interesse em participar de concorrências em nível local, regional ou nacional. Após preencher essas informações, um consultor da OCB irá entrar em contato para finalizar o cadastro e explicar o funcionamento do serviço.

A partir daí as cooperativas passam a receber, por e-mail, alertas com as indicações dos editais, segmentados por região e ramos de atividades de interesse da cooperativa e com base nos produtos e serviços a serem ofertados. Também é possível acompanhar as oportunidades através de área específica do portal para cooperativas cadastradas. (Leia mais)

 

AVALIAÇÃO

Confira abaixo a avaliação feita por alguns presidentes de cooperativas a respeito do portal.

 

  • GANHO – “Esse sistema tem facilitado muito o nosso trabalho. Temos sido contemplados em alguns editais importantes e isso nos proporciona um ganho valoroso. Para nós, esse portal de compras públicas é um divisor de águas. É importante agradecer à OCB, por nos proporcionar um resultado tão fenomenal.” José Cláudio da Silva, presidente da Cooperativa Agrícola de Assistência Técnica e Serviços (Cooates)

 

  • FACILIDADE – “Como estamos sempre de prontidão, acessamos todos os dias, mas esse sistema de receber as notificações por e-mail facilita muito a vida.” Elza Pacheco Lopes Cançado, da Coopersystem - Cooperativa de Trabalho

 

  • VOLUME – “No passado, chegamos a contratar uma empresa para monitorar os editais dos órgãos de nosso interesse. Depois destacamos uma colaboradora para fazer isso. Hoje, com as notificações que chegam por email, nem estamos conseguindo dar conta de todos (risos).” Welllington Luiz Pompermayer, da cooperativa de trabalho e tecnologia do Espírito Santo (Coopttec)
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Tereza Cristina anuncia decreto do novo Selo Combustível Social



Brasília (24/4/19) – Cerca de 40 mil produtores rurais da agricultura familiar ligados às cooperativas agropecuárias devem ser beneficiados com o decreto do Selo Combustível Social, previsto para ser assinado pelo presidente da República em 10 dias. A ideia é que as cooperativas não detentoras de DAP Jurídica possam comercializar a produção de matérias-primas do biodiesel, tanto as de origem vegetal como as de procedência animal.

A informação é da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, e foi repassada nesta quarta-feira (24), na reunião mensal da Diretoria da OCB e deputados da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop). O evento ocorreu na Casa do Cooperativismo, em Brasília, e contou com a presença do secretário executivo do Ministério da Agricultura, Marcos Montes, do secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do ministério, Fernando Schawnke, de representantes de cooperativas agropecuárias e, também, da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA).

O Selo Combustível Social é uma ferramenta de fomento à inserção do agricultor familiar cooperado de forma organizada e qualificada no mercado do biodiesel. A cooperativa cria condições para a comercialização da matéria-prima de seus cooperados, em volume, para as empresas de biodiesel. Em contrapartida, recebe suporte técnico para que possa disponibilizar assistência técnica adequada e direcionada aos seus produtores.

 

AGILIDADE

Segundo a Tereza Cristina, no que depender do ministério, tudo será feito para agilizar o documento. “Podem ter certeza de que esse decreto será feito o mais rápido possível porque a gente precisa que essa comercialização esteja andando. Espero tenhamos até mais de 40 mil produtores inseridos nessa política”, anunciou a ministra, pedindo que a OCB produza documentos técnicos que apontem onde e como a pasta deve atuar para agilizar processos e, como ela mesmo disse: “destravar e desburocratizar”.

“O que estiver atrapalhando o desenvolvimento das cooperativas, como travas burocráticas, por favor, me passem. Vocês podem montar um grupo de estudos, temos gente capacitada para isso. Podem nos levar. O nosso jurídico vai avaliar e, se for possível, a gente vai resolver. É preciso destravar. As pessoas precisam produzir com seriedade, mas de maneira simplificada. Não podemos perder mais tanto tempo. A burocracia só atrapalha e tira emprego”, enfatiza.

Durante seu pronunciamento, a ministra da Agricultura também disse como vê o cooperativismo, explicou a necessidade das reformas e falou sobre desemprego e sobre como imagina o desenvolvimento do setor na região do semiárido brasileiro. (Leia aqui)

 

COMPROMETIMENTO

O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, agradeceu a presença da ministra e de sua equipe na reunião e fez questão de ressaltar que o cooperativismo e o governo federal querem a mesma coisa: “o bem-estar do cidadão brasileiro, por meio do fortalecimento da economia do país”.

Além disso, Márcio Freitas, também destacou que o momento político-econômico do país é de muita mudança. “Neste contexto de tanta disruptividade, às vezes, os setores podem se sentir inseguros, mas quando olhamos o eixo da agricultura, isso muda, porque temos a certeza de que o Ministério da Agricultura está comprometido com a recuperação econômica do país e, nesse processo, que é longo, contem com as cooperativas brasileiras. Afinal de contas, todas as sociedades evoluídas souberam organizar as pessoas, e o melhor jeito de fazer isso, de forma justa, equilibrada e eficaz, é via cooperativismo”, enfatiza o líder cooperativista.

 

DESENVOLVIMENTO

“Quando olhamos o cooperativismo, vemos que ele é o único setor que, ao longo de toda a sua trajetória conseguiu se manter intacto, graças a seus valores e princípios. É por isso que as cooperativas estão preparadas para contribuir com o processo de retomada do desenvolvimento do Brasil, afinal de contas, estão maduras para se aliarem ao governo pelas grandes causas do país”, presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo, Evair de Melo.

 

ELO

O presidente da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), Alceu Moreira, lembrou que, historicamente, as cooperativas são o único setor que resiste e cresce durante as crises que o Brasil enfrenta, especialmente, quando muitas empresas deixam de funcionar. “O cooperativismo é esse elo capaz de juntar os dois vieses do setor agropecuário: o público e o privado. Essa travessia precisa ser feita com muita convergência e o cooperativismo é extremamente bem-vindo em todo esse processo”, argumenta o parlamentar.


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