Notícias
O projeto "Brasil Livre de Febre Aftosa", que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) vêm desenvolvendo nas regiões do Baixo e Médio Amazonas, no Pará, já levou informações sobre educação sanitária a mais de 2.600 pessoas nesta segunda etapa, que começou dia 18 de abril.
Nos 11 municípios (Aveiro, Forlândia, Alenquer, Curuá, Nhamundá, Faro, Terra Santa, Juruti, Oriximiná, Óbidos e Santarém) já visitados pelas equipes do projeto, foram realizados seminários sobre sanidade animal e palestras para alunos do ensino fundamental sobre riscos, sintomas da doença, os prejuízos que pode trazer à economia local e nacional, bem como as formas mais adequadas de combate e prevenção.
A veterinária Maria Antonieta Priante, coordenadora do Programa Estadual de Educação Sanitária da Adepará, lembra que além das orientações sobre aftosa, a equipe do projeto vem informando produtores rurais, pescadores e a população sobre outras doenças como brucelose, tuberculose e raiva, esta última transmitida pelo morcego.
Esta semana iniciam as visitas aos municípios de Gurupá, Porto de Moz, Almeirim, Prainha e Monte Alegre, onde foi registrado o foco de aftosa que acabou provocando, no ano passado, o fechamento do mercado russo para as exportações de carne brasileira.
Segundo Maria Antonieta a expectativa para a campanha deste mês é de atingir, pelo menos, uma cobertura vacinal de 90% do rebanho nas regiões do Baixo e Médio Amazonas. Formadas por 16 municípios elas detém um rebanho superior a 1,5 milhão de cabeças de bovinos e bubalinos.
O projeto, que vai cobrir os 16 municípios, foi lançado em novembro de 2004 em Santarém pelo ministro Roberto Rodrigues. Na época, foram escolhidas três cidades para a implantação do projeto-piloto (Santarém, Monte Alegre e Oriximiná), que registraram significativa melhora nos índices da cobertura vacinal já naquela etapa.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) decidiu nesta quinta-feira (5/5) suspender temporariamente a emissão de certificados sanitários para 28 estabelecimentos que exportam carne bovina para os Estados Unidos. A medida, que entra em vigor a partir de agora, se justifica, segundo o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), para que sejam promovidas adequações no serviço de inspeção sanitária e nas operações desses frigoríficos apontadas como necessárias, tanto pelo Mapa, quanto pela missão americana que esteve no Brasil no período de 9 de março a 14 de abril.
A decisão foi anunciada por meio de um ofício do Dipoa encaminhado hoje às Superintendências Federais de Agricultura nos estados. Segundo o diretor do Dipoa, Nelmon Oliveira da Costa, a medida é temporária e deve ser brevemente suspensa, tão logo sejam corrigidas as não conformidades com as exigências previstas no acordo sanitário Brasil/EUA apontadas pela missão americana. Na semana de 16 a 20 deste mês, uma nova missão americana virá ao país para reavaliar a equivalência dos Serviços Oficiais de Inspeção dos dois países.