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Evento discutiu adoção de práticas para fortalecimento das cooperativas e das comunidades
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Sistema OCB destaca impacto ESG em fórum da Cresol 

  • Artigo Secundário 2

Evento discutiu adoção de práticas para fortalecimento das cooperativas e das comunidades

Aconteceu, nesta quinta-feira (3), o 1º Fórum de Sustentabilidade da Cresol. O evento, realizado em Francisco Beltrão (PR), contou com a participação da gerente-geral da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) Fabíola Nader Motta, que apresentou a palestra O impacto do ESG no Desenvolvimento do Cooperativismo. Representantes das cooperativas singulares das três centrais da Cresol: Cresol Baser, Cresol Sicoper e Central Brasil, além de integrantes do Comitê ESG da Cresol Confederação estiveram presentes, bem como o presidente do Cresol Instituto, Alzimiro Thomé. 

O principal objetivo do Fórum foi promover um alinhamento sobre a Estratégia de Sustentabilidade da Cresol, que evidencia a conexão entre ESG e o modelo de negócios cooperativo. Em sua participação, Fabíola destacou a importância dessa integração. Para ela, a adoção de práticas ESG não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para o fortalecimento e a sustentabilidade do cooperativismo.

Em um momento de talk show, também durante o evento, a temática O Impacto da Agenda ESG no Negócio, explorou como as iniciativas podem ser catalisadoras para o desenvolvimento das cooperativas. Perguntas sobre como podemos atuar de forma proativa para conectar o ESG à nossa atuação?  e qual é o papel das lideranças das cooperativas de crédito na estratégia ESG? permitiram um diálogo enriquecedor sobre as responsabilidades e oportunidades que surgem a partir da implementação dessas práticas.

Fabíola Nader Motta, gerente-geral do Sistema OCB, em Fórum sobre Sustentabilidade da CresolFabíola Nader Motta, gerente-geral do Sistema OCB, em Fórum sobre Sustentabilidade da CresolFabíola voltou a enfatizar que as cooperativas de crédito possuem um papel importante na promoção da Agenda ESG e contribuem para a gestão responsável e o fortalecimento das comunidades que atendem. "As estratégias ESG da Cresol estão fundamentadas em dez temas, que incluem empreendedorismo, educação financeira e inovação, com impacto diretamente em 14 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável", avaliou.  

Para ela, a relevância de incorporar abordagens ESG é clara. "A gestão de riscos nas operações de crédito, a atração de investidores e cooperados, e o fortalecimento da reputação institucional são apenas alguns dos benefícios. A integração da agenda ESG no cooperativismo de crédito oferece inúmeras oportunidades para promover a sustentabilidade e garantir a eficiência no mercado", concluiu.

 

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Evento internacional reforça que cooperativismo é chave para o futuro
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Evento internacional reforça que cooperativismo é chave para o futuro

  • Artigo Secundário 1

Sistema OCB defende relevância do movimento como solução para desafios sociais

A gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, Débora Ingrisano, participou do evento Cooperative Impact Conference, que aconteceu em Washington, nesta terça (01) e quarta-feira (02). Com o tema O Futuro é Cooperativo, a conferência se dedicou a discutir maneiras confiáveis e comprovadas de fazer negócios e fortalecer comunidades. 

José Alves de Souza Neto, presidente Aliança Cooperativa Internacional e, também, da Uniodonto do BrasilJosé Alves de Souza Neto, presidente Aliança Cooperativa Internacional e, também, da Uniodonto do BrasilA abertura do evento foi feita pelo presidente da Aliança Cooperativa Internacional para as Américas (ACI-Américas), José Alves de Souza Neto, que também é presidente da Uniodonto do Brasil. Ele lembrou que o Ano Internacional das Cooperativas declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2025 está se aproximando e que o movimento se prepara com uma visão continental, onde cada um dos países membro desempenha papel essencial no desenvolvimento do cooperativismo nas Américas. 

Débora Ingrisano, durante evento em WashingtonDébora Ingrisano, durante evento em Washington“Somos a economia do futuro. As cooperativas oferecem às pessoas a oportunidade de, por meio de ações coletivas, atender suas necessidades individuais, promovendo dignidade, acolhimento, desenvolvimento pessoal e cidadania. “Transformamos sociedades por meio da inclusão de indivíduos, contribuímos significativamente com impostos, reduzimos desigualdades, conquistamos direitos sociais, promovemos democracia econômica, apoiamos as comunidades e somos resilientes diante das crise”, afirmou. 

Débora integrou o painel Intensificando o Impacto das Cooperativas Enquanto Contribuímos para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Em sua participação, ela explicou que o propósito do cooperativismo é um diferencial poderoso na construção de impactos transformadores. "Esse modelo de negócios colabora para enfrentar os desafios mais urgentes da atualidade", afirmou. 

A gerente também citou um estudo realizado em 2022 pela Fundação Instituto de Pesquisa (Fipe), que aponta um aumento médio de R$ 5,1 mil no PIB, por habitante, em municípios que possuem cooperativas, e superam em mais de 18% a média nacional. “O cooperativismo é ideal para o que o mundo precisa hoje. É a chave para um futuro mais sustentável. O Sistema OCB busca trilhar um caminho firme nesse sentido. Desde 2019, começamos a integrar o ESG como um pilar estratégico das nossas operações”. 

Ainda segundo Débora, o pilar ganhou força com o 15º CBC, e, em 2022, a superintendente Tania Zanella se posicionou para que o movimento cooperativista no Brasil liderasse uma agenda mais sustentável, com a implementação do Programa ESGCoop. “Esse modelo de trabalho é poderoso, mas ainda queremos ampliar sua influência sobre todas as cooperativas brasileiras. Nosso objetivo é disseminar o coop para promover o progresso local e regional”, acrescentou.

Ela também destacou que o Sistema OCB procura por soluções de maneira autônoma, com respeito à diversidade cultural e econômica das regiões brasileiras. "Uma das ferramentas disponíveis é o Diagnóstico ESG, que permite a autoavaliação das cooperativas, sendo possível identificar os gaps e buscar por melhores práticas. Nosso intuito é que cada cooperativa consiga traçar seu caminho rumo a um futuro mais sustentável e justo”, concluiu. 

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Liderança feminina ganha força com o Comitê Elas pelo Coop

Liderança feminina ganha força com o Comitê Elas pelo Coop

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Crescimento do movimento nos estados foi destaque em reunião promovida pelo Sistema OCB

 

O Comitê Elas pelo Coop se reuniu, nesta sexta-feira (27), e reforçou, mais uma vez, o compromisso com a promoção da liderança feminina no cooperativismo, além de ressaltar a importância da formação e capacitação de mulheres, tanto como cooperadas quanto em posições de liderança. 

Durante o encontro, Divani Ferreira, analista de Desenvolvimento e Gestão do Sistema OCB, falou sobre o papel estratégico que cada representante desempenha no desenvolvimento e no fortalecimento da liderança feminina nas Organizações Estaduais (OCEs) e cooperativas de todo o Brasil. "Nossa presença e atuação são fundamentais para criar um ambiente mais inclusivo, que valorize e amplie o espaço das mulheres no cooperativismo", disse. 

Luzi Vergani, coordenadora do comitê e representante do Sicredi União MS/TO, destacou a força do grupo, composto por mulheres à frente de organizações, com representatividade significativa em seus estados. "Esse grupo é muito robusto. Somos mulheres líderes à frente de organizações com grande importância no país. Representamos nossos estados e seguimos firmes no fortalecimento da liderança feminina", enfatizou.

O crescimento dos comitês estaduais foi outro ponto de destaque. Vera Lúcia Ventura, vice- coordenadora do Comitê e coordenadora do colegiado da OCEB, compartilhou que já são 16 comitês estaduais ativos, que representam um salto de desenvolvimento do movimento Elas pelo Coop. "As mulheres estão cada vez mais motivadas para fortalecer o trabalho do Comitê, com grande impacto em suas regiões", pontuou.

Em eventos recentes, as ações do comitê focaram em temas como a saúde da mulher e a conscientização sobre os benefícios de participar de um grupo que promove o crescimento pessoal e profissional. Rosa Maria de Souza, da Cooperativa de Serviços em Saúde e Vida (Coopidade), enfatizou a importância dessas iniciativas, enquanto Cirede Carloto, coordenadora do Elas pelo Coop na região Norte, ressaltou o potencial das mulheres dessa região: "Trabalhamos com 150 mulheres que querem fazer a diferença e estão profundamente interessadas em participar desse movimento", afirmou.

Lys Andrade, representante do Sicredi de Sergipe, por sua vez, comentou sobre o lançamento do comitê no estado em setembro e deu destaque ao envolvimento crescente das mulheres cooperativistas local . "O engajamento das mulheres é cada vez mais notável, e o lançamento do comitê em Aracaju reforça essa mobilização".

O encontro também reforçou a importância de sensibilizar as participantes para a conclusão da trilha da Jornada de Formação em Liderança Feminina, como parte essencial para o desenvolvimento contínuo das mulheres nas cooperativas. “Buscar desenvolvimento é dar um passo essencial para fortalecer o protagonismo das mulheres no cooperativismo. Concluir essa etapa capacita e vai além. Ela inspira cada uma a ocupar mais espaços de decisão e liderança nas cooperativas em prol de um movimento contínuo de transformação", concluiu Divani. 

Ao final, Luzi Vergani fez um convite às participantes para que realizem também, na Capacitacoop, os cursos de uma das trilhas da temática ESG: ESG - Environmental, Social and Governance. 

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Sistema OCB debate atuação das coops na neutralização de carbono
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Sistema OCB debate atuação das coops na neutralização de carbono

  • Artigo Secundário 3

Mudanças Climáticas, neutralidade e economia de baixo carbono guiaram as discussões

 

Rebeca Rocha, do MMA, durante sua apresentaçãoRebeca Rocha, do MMA, durante sua apresentação

Nesta quarta-feira (25), o Sistema OCB realizou reunião da Câmara Temática da Conferência das Partes sobre as Mudanças Climáticas, em Belo Horizonte. O foco do encontro foi debater e alinhar as estratégias de atuação do cooperativismo brasileiro nas próximas edições das COPs 29 e 30, que irão discutir as ações globais em relação às mudanças climáticas. 

A COP 29 acontece entre os dias 11 e 24 de novembro em Baku, capital do Azerbaijão. O país espera a participação de 80 mil delegados e 200 chefes de estado nos debates. A conferência reunirá, assim como nos anos anteriores, além de agentes governamentais, representantes de organizações da sociedade civil de todo o planeta.  

A reunião contou com a participação de Rebeca Rocha, analista ambiental da Secretaria de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças do Clima (MMA). Ela trouxe uma visão clara das expectativas do governo brasileiro para a participação das cooperativas nas COPs, especialmente com foco na neutralidade de carbono e no combate às mudanças climáticas. Para ela, o modelo de negócios tem um papel central na estratégia climática do Brasil. "As boas práticas adotadas podem ser replicadas em diversos setores da economia, promovendo uma transição sustentável e de baixo carbono", disse.

A reunião também discutiu as estratégias de atuação do cooperativismo nas edições anteriores das COPs e como esse conhecimento será aplicado para fortalecer a participação do setor nas próximas conferências, especialmente na COP 30, que será realizada no Brasil. Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, afirmou que os resultados da Jornada rumo à COP  29 realizada em julho também foram discutidos. "Criamos um planejamento para fortalecer nossa atuação com foco na COP 30, com o objetivo de mostrar ao mundo o papel do movimento na agenda climática”, afirmou.

Segundo Débora, o MMA reconhece o potencial das cooperativas e está disposto a apoiar o setor na busca por maior representatividade nas discussões sobre mudança climática. “Estamos comprometidos em garantir que o cooperativismo brasileiro assuma novos compromissos com a sustentabilidade e contribua efetivamente com a neutralidade de carbono. Isso não apenas fortalece o setor no cenário internacional, como também demonstra a capacidade das cooperativas em liderar soluções inovadoras para os desafios ambientais", destacou.

Os representantes definiram que um dos compromissos do cooperativismo para a COP 30 será trabalhar a neutralização de suas emissões. Ao se posicionar, evidenciando que o cooperativismo está comprometido com a neutralidade de carbono, o grupo reforça que o compromisso é um passo fundamental para a construção de um movimento coletivo em prol da sustentabilidade, pontuou Fabíola Nader Motta, gerente-geral da OCB. “Ao firmar esse compromisso, as cooperativas se tornam protagonistas na luta contra as mudanças climáticas, demonstrando que a ação local pode ter um impacto global”.

A gerente destacou ainda que, “ao incentivar uma cultura de descarbonização dentro das cooperativas, estamos criando um ambiente propício para a inovação e a adoção de práticas sustentáveis. Isso não só beneficia as cooperativas em termos de eficiência operacional, mas também alinha seus objetivos à agenda climática global, contribuindo para a construção de um futuro mais sustentável”.

 

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CT Social alinha cooperativismo brasileiro aos objetivos da ONU
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CT Social alinha cooperativismo brasileiro aos objetivos da ONU

  • Artigo Secundário 2

Grupo debateu boas práticas para engajar movimento nas metas de sustentabilidade global

 

Aconteceu, nesta quarta-feira (25), a primeira reunião da Câmara Temática Social (CT Social) do Grupo de Trabalho ESGCoop do Sistema OCB, em Belo Horizonte. O Sistema OCB coordenou o encontro, que teve como foco o desenvolvimento de projetos de impacto social para o cooperativismo, além de discutir a importância do alinhamento das cooperativas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU).

Andrew Allimadi, representante ONU para assuntos de cooperativismoAndrew Allimadi, representante ONU para assuntos de cooperativismoO evento foi aberto com a participação de Andrew Allimadi, representante das Nações Unidas para assuntos de cooperativismo, que destacou a relevância das cooperativas no cenário global e sua capacidade de contribuir para a resolução de desafios sociais, econômicos e ambientais. Ele reforçou a importância do Pacto Global e dos ODS, além de ressaltar a declaração de 2025 como Ano Internacional das Cooperativas. 

De acordo com Andrew, ao escolher o cooperativismo como tema central, a ONU reafirma sua confiança no modelo de negócios como uma ferramenta eficaz para acelerar o cumprimento das metas globais de sustentabilidade. "O cooperativismo é visto pela ONU como um dos principais aliados na promoção de uma economia mais inclusiva e sustentável, capaz de enfrentar os grandes desafios globais”, afirmou.

Na sequência, Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, compartilhou as iniciativas que o Sistema OCB vem promovendo para engajar as cooperativas com a agenda ESG e os ODS. “Discutimos estratégias para a coleta de indicadores qualificados do cooperativismo, com o intuito de compilar informações que possam refletir o impacto social e ambiental das cooperativas. Isso é fundamental para alcançarmos um nível mais elevado de reconhecimento nacional e internacional, além de gerar dados consistentes para o primeiro relatório de impacto social do cooperativismo brasileiro, previsto para 2025", explicou.

Débora apresentou a Solução Gestão e Impacto Social, projeto sistêmico coordenado pelo Sistema OCB, que objetiva orientar sobre como organizar e relatar projetos, com registros detalhados sobre a transformação gerada por suas ações. A solução conta com cinco etapas.

“A plataforma visa aprimorar a qualidade dos projetos, dos relatórios e dos registros dos impactos sociais gerados pelas cooperativas. Além disso, a iniciativa oferece workshops de sensibilização dos envolvidos, com a promoção de uma gestão de comunidade, trilha de capacitação e organização do processo de monitoramento, que inclui uma avaliação contínua e o acompanhamento dos progressos realizados. O processo se consolida com a elaboração de um relatório anual de impacto social do cooperativismo, com resultados e, o mais importante, astransformações alcançadas”, descreveu Débora.

Aureo Gionco Jr, consultor da Bússola SocialAureo Gionco Jr, consultor da Bússola SocialAureo Gionco Jr, consultor da Bússola Social, também fez uma apresentação detalhada sobre o framework da plataforma de Gestão e Impacto Social, com destaque para a necessidade de uma definição clara dos problemas que os projetos buscam solucionar.

Ele afirmou que a inclusão de indicadores sociais específicos é essencial para garantir que os resultados reflitam o verdadeiro impacto social gerado pelas cooperativas. "O cooperativismo já representa o maior modelo de negócios de investimento social no Brasil, mas sem indicadores precisos e metas claras, esse impacto ainda não é totalmente reconhecido. O desafio é construir ferramentas que demonstrem, no curto e médio prazo, o alcance real das ações sociais e ambientais dessas organizações”.

Ao final do encontro, foram apresentados exemplos de cooperativas que já estão adotando práticas alinhadas aos ODS, e mostram que o setor está comprometido em promover um desenvolvimento sustentável e contribuir com as metas estabelecidas pela ONU.

 

 
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GT ESGCoop debate indicadores de sustentabilidade
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GT ESGCoop debate indicadores de sustentabilidade

  • Artigo Secundário 1

Métricas para mensurar impacto social, ambiental e de governança das cooperativas foram priorizadas

 

Débora Ingrisano em apresentação durante encontro do GTDébora Ingrisano em apresentação durante encontro do GTO Sistema OCB promoveu o encontro do Grupo de Trabalho ESGCoop, realizado em Belo Horizonte, nesta terça-feira (24). O evento reuniu representantes do cooperativismo e especialistas para debater os indicadores globais de sustentabilidade, que devem nortear o futuro das cooperativas no Brasil. Marcou também a importância da construção de uma estrutura robusta e organizada para a mensuração de impactos ESG, de forma a permitir o posicionamento competitivo e sustentável das cooperativas no cenário global.

A programação se desenrolou em formato de workshop, focado na priorização de indicadores ESG universais para o cooperativismo. O evento seguiu uma metodologia que partiu de uma visão geral acerca dos desafios e oportunidades ESG no planeta e no Brasil, até uma abordagem específica do projeto, com destaque para a relevância de definir evidências universais de mensuração das atividades desenvolvidas e da participação de cada um dos presentes no processo de reflexão e debate.

A primeira dinâmica abordou a problematização de temas específicos, guiando os grupos para uma reflexão sobre questões essenciais para o cooperativismo brasileiro, por meio de perguntas direcionadas. Em seguida, os grupos discutiram e apresentaram as principais questões ESG, trazendo à tona diferentes perspectivas. A segunda dinâmica focou na priorização dos indicadores, com o uso de critérios que consideraram a aplicabilidade universal a todos os ramos do cooperativismo.

Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, compartilhou as iniciativas que o Sistema OCB vem promovendo para engajar as cooperativas com a agenda ESG. “A reunião foi muito positiva. Foi marcada pela intercooperação e troca de conhecimentos entre os participantes. Discutimos estratégias e completamos a primeira etapa de definição dos indicadores qualificados do cooperativismo, com o intuito de compilar informações que possam refletir o impacto econômico, social e ambiental das cooperativas", explicou.

Participantes do encontroParticipantes do encontroAinda segundo a gerente, a ideia é transformar dados sobre as ações das cooperativas em relatórios claros e estratégicos, que possam ser utilizados em negociações e planejamentos, tanto em nível nacional quanto global. Para Débora, com esse esforço de coleta de indicadores qualificados, será possível alcançar o rating ESG do cooperativismo. "Até o final do Ciclo 2025, teremos em mãos o primeiro relatório de impacto social do cooperativismo brasileiro, que irá refletir a força do setor em promover um desenvolvimento sustentável", complementou.

O ESGCoop é uma solução do Sistema OCB que mapeia boas práticas e indicadores específicos, além de formar lideranças comprometidas com a sustentabilidade, tendo como intuito o desenvolvimento e a implementação de soluções alinhadas aos critérios ESG do cooperativismo.

No 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo, realizado em maio deste ano, foram estabelecidas diretrizes para comunicar à sociedade sobre os impactos positivos das iniciativas ambientais das cooperativas. No âmbito da agenda ESG,  foram definidas ações como a promoção da educação ambiental entre cooperados e colaboradores; o aprimoramento das lideranças com foco em gestão e tomada de decisões baseadas em dados; a implementação de programas de sucessão nas cooperativas; e a realização de estudos que comprovam os benefícios e impactos sociais que a atuação das cooperativas traz às comunidades onde estão presentes.

 

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Wenyan Yang, da ONU, destaca trabalho sustentável de cooperativas  
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Wenyan Yang, da ONU, destaca trabalho sustentável de cooperativas  

  • Artigo Secundário 1

Representante da entidade participa da Jornada rumo à COP 29 organizada pelo Sistema OCB 

Wenyan Yang é chefe da divisão de Perspectiva Social sobre o Desenvolvimento das Nações Unidas, onde atua na formulação e supervisão de políticas que promovem uma visão social do desenvolvimento. Formada em Economia, com especialização em desenvolvimento econômico e macroeconomia, ela também já foi responsável pela formulação de políticas e relatórios sobre temas de importância global para o desenvolvimento econômico e social no Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU (UN-DESA). 

Convidada para participar da Jornada cooperativa rumo à COP 29 organizada pelo Sistema OCB, Wenyan concedeu esta entrevista exclusiva um dia antes do início da programação do evento e compartilhou suas impressões sobre o modelo de negócios cooperativista e seu papel para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).  

Entre outros pontos, ela destacou como as cooperativas oferecem uma alternativa viável ao empreendedorismo tradicional, com equilíbrio entre resultados econômicos e responsabilidade social. A importância da próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29) e o impacto esperado com o Ano Internacional das Cooperativas em 2025 foram outros pontos abordados. 

Para Wenyan, a preparação e a implementação de ações para o alcance um futuro sustentável e inclusivo é uma necessidade constante e deve estar sempre em pauta. Confira a entrevista! 

1. Qual é a sua perspectiva sobre o modelo cooperativista? 

O modelo de negócio cooperativo é uma alternativa ao empreendedorismo tradicional movido pelo lucro. Cooperativas possuem um duplo propósito, sendo eles o aspecto econômico e a responsabilidade social. Além de uma característica especial, essa é também a vantagem do modelo. E este é o motivo pelo qual as  Nações Unidas colocam tanta energia e capital político na promoção do cooperativismo. 

2. Como o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU promove os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e como as cooperativas se encaixam nesse trabalho? 

O Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais é parte do Secretariado das Nações Unidas. No geral, apoiamos os Estados-membros em seus trabalhos. Isto é, na definição de padrões globais e normas em várias esferas, incluindo desenvolvimento econômico e social, que é nossa responsabilidade principal. 

Quando se olha para os ODS, vemos que a maior parte deles é voltada para o desenvolvimento socioeconômico ou interligados a ele. Nesse sentido, nosso departamento aborda três diferentes ângulos:  apoio aos Estados-membros para a criação de padrões e normas globais; análises de políticas públicas; e ainda, o componente de capacidade de desenvolvimento, isto é, um grupo técnico que apoia as nações diretamente em seus esforços de desenvolvimento nacional. Um outro ponto é a promoção das ODS a partir da conscientização. Também monitoramos os Estados-membros para avaliar o progresso nesses objetivos, para mobilizar a cooperação e o apoio global. 

As cooperativas, como mencionei, representam um modelo de negócios que possui como objetivo  favorecer o meio ambiente e a comunidade. Então então vemos as cooperativas como uma força muito importante para o desenvolvimento em termos de alcançar vários dos ODS. 

3. Estamos nos preparando para a COP 29 que será realizada em novembro do Azerbaijão. Como esse evento se relaciona com os ODS? E qual é o papel das cooperativas nesse processo?  

Em relação à contribuição das cooperativas, sabemos, primeiramente, que são elas que trabalham diretamente em setores e atividades que promovem gerenciamento sustentável dos recursos naturais. Em segundo lugar, penso que até mesmo as que não trabalham diretamente nessas áreas, devido ao seu foco na comunidade e no respeito à natureza, também contribuem para o desenvolvimento sustentável nessa dimensão ambiental.  

Também quero mencionar que a COP 29 está relacionada com outro setor da ONU, que é o Fórum Político de Alto Nível. Nesse ano de 2024, uma das áreas que o fórum irá revisar em detalhe é a ação climática. Nesse sentido, este é um ano muito importante para o meio ambiente. E, novamente, as cooperativas são parte desses agentes globais que fazem isso acontecer. Em termos de participação, muitos dos grandes eventos da ONU dão oportunidades e plataformas para partes interessadas da sociedade civil, inclusive cooperativas, para apresentar suas boas práticas e criar redes de contatos. Essas são, eu diria, oportunidades para o setor das cooperativas, e eu espero ver a participação ativa delas.

4. A ONU declarou  2025 como Ano Internacional das Cooperativas. Como se chegou a essa decisão, e o que isso representa? 

Sim, sobre isso, tenho que dizer que estou muito orgulhosa que nosso departamento contribuiu diretamente para esse ano internacional. A cada dois anos nosso departamento escreve um relatório para a Secretaria-geral sobre o papel das cooperativas no desenvolvimento social. No último relatório que apresentamos, recomendamos que se considerasse estabelecer outro ano internacional. Já houve um em 2012. A Assembleia Geral abraçou a recomendação, através de negociações com Estados-membros lideradas pela Mongólia e também o Quênia, com apoio de vários outros países, a resolução foi proclamada.  

A respeito do que esperar, penso, em primeiro lugar, na conscientização. Em segundo, gostaríamos de ver países legislando e regulando mais reformas para apoiar cooperativas. E não apenas fazer novas leis, mas também impor o que já está estabelecido. Em terceiro, também gostaríamos de ver o setor de cooperativas tomar essa oportunidade para crescer seus negócios e se tornar bem-sucedido, com uma força para o desenvolvimento econômico e social. 

5. Como você disse, esta é a segunda vez que a ONU proclama um ano internacional das cooperativas. O primeiro foi em 2012. Considerando o tema em comum desses dois anos, ou seja, Cooperativas constroem um mundo melhor, o que mudou nos últimos 12 anos para o cooperativismo em geral? 

Bem, primeiramente, em termos ecológicos, em 2012 ainda estávamos nos últimos passos dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Em 2015, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da agenda de 2030 se tornaram a meta global de desenvolvimento. Nesse sentido, houve uma mudança em como pensamos se compararmos os ODS aos ODMs. Há maior ênfase em uma abordagem integrada para o desenvolvimento. Em segundo lugar, os ODS enfatizam a ideia de não deixar ninguém para trás. Então, as ODS não serão alcançadas até que todos os países e todos os grupos de população desenvolvam efetivamente estes objetivos. Essa é uma diferença crucial, e importante de se manter em mente quando se pensa nesses últimos anos. É claro, o que não mudou foi o objetivo geral, e penso que as metas e princípios, os valores que promovemos não mudou, mas mudou nossa forma de fazer as coisas e a forma que pensamos como melhor fazê-las. Aprendemos com a experiência, com novas tecnologias. Eu diria que estamos em outro patamar.  

Para esse ano internacional, esperamos aproveitar as novas ferramentas e plataformas como mídias sociais, que são muito maiores agora. Em termos de promover conscientização, isso é algo que podemos fazer melhor, e também penso que aprender com a experiência é uma oportunidade de construir entendimento dos anos que passaram, o que funcionou e o que poderíamos fazer melhor. Por isso,  ter um segundo ano internacional é, para nós, uma grande oportunidade. Esperamos poder trabalhar com nossos parceiros de cooperativas neste ano para fazer ainda mais contribuições ao setor. 

6. Sendo 2025 o Ano Internacional das Cooperativas, o que as elas podem esperar, e como devem se preparar para o futuro? 

Essa é uma ótima pergunta. Primeiramente, em 2025, além de ano das cooperativas, será também o segundo ano da Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Socia e da quarta Conferência da ONU sobre Financiamento ao Desenvolvimento. São vários eventos importantes e por uma boa razão. Pnso que as cooperativas podem contribuir de forma bastante ativa. Quero mencionar que antes das grandes conferências da ONU, há uma prática padronizada de realizar uma espécie de fim de semana de pré-cúpula, onde queremos que as partes interessadas venham e expressem suas preocupações e perspectivas, e também para mostrar suas boas práticas. Quero enfatizar que essas são oportunidades que as cooperativas deveriam aproveitar para aumentar sua visibilidade e ter maior impacto no cenário global.  

Além disso,  2025 estará a 5 anos da data de entrega da agenda de 2030. Sabemos, do que vimos até agora, que a menos que aceleremos o progresso, as ODS não serão alcançadas até lá. Nesse sentido,  vejo dois passos: o primeiro é olhar o que precisamos fazer imediatamente para acelerar o andamento dos objetivos de desenvolvimento e para cuidado do meio ambiente. Ao mesmo tempo, precisamos de uma grande queda na extrema pobreza e na fome, e reduzir desigualdades nas nossas sociedades. Em todas essas frentes, precisamos acelerar o andamento. Essa é a ação imediata para além de 2025. Algo bastante voltado à ação. O segundo ponto é olhar para além de 2030. Os ODS possuem uma data final, mas o mundo e o desenvolvimento não param em 2030. 

7. Para além de 2030, o que se pretende  alcançar? Qual será o objetivo, a visão para o futuro? 

Penso que não é exagero dizer que 2025 é um ano muito importante tanto para o que está acontecendo na ONU quanto para o cenário global. E nós, pessoas que habitam esse planeta, precisamos pensar coletivamente para além de 2030 e o mundo que queremos, e o que devemos fazer para chegar a esse futuro. Sei que não é fácil, mas depende de nós, ninguém mais irá pensar por nós. Tudo isso para dizer que é uma oportunidade e ao mesmo tempo um desafio. Nunca é cedo demais para pensar sobre essas coisas adiante. Novamente, penso eu, e talvez também a ONU, no empreendimento das cooperativas como parceiros importantes nesse esforço. Estamos animados para trabalhar com as cooperativas não só do Brasil, mas de outros países também.  

 
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Sistema OCB/MT recebe workshop sobre inclusão, diversidade e equidade 

Sistema OCB/MT recebe workshop sobre inclusão, diversidade e equidade 

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Iniciativa reforça o compromisso do cooperativismo com um mundo mais justo e sustentável

O Sistema OCB/MT realizou, nesta sexta-feira (20), o workshop Inclusão, Diversidade e Equidade (ID&E) no Cooperativismo – uma liderança transformadora. Coordenado pelo Sistema OCB como parte da Agenda ESG, o evento reforçou o compromisso do cooperativismo com a promoção de práticas inclusivas e equitativas. A condução ficou por conta de Gisele Gomes, consultora especialista no tema e embaixadora da rede global de Mulheres Líderes. A iniciativa reuniu 47 participantes, entre gestores de cooperativas de diferentes ramos, coordenadores e mulheres do comitê estadual Elas Pelo Coop.

O objetivo central foi sensibilizar e capacitar os participantes em torno das questões de ID&E, a partir do letramento sobre o tema e orientações práticas para implementar essas estratégias no cotidiano das cooperativas. O Guia Prático de Implantação de Estratégias em Inclusão, Diversidade e Equidade foi apresentado como uma publicação que oferece modelos, conceitos e estudos de caso. A ferramenta é essencial para as cooperativas que buscam fomentar a valorização das pessoas, com respeito à pluralidade de ideias, personalidades e vivências.

Karla Silva, coordenadora de Promoção Social do Sistema OCB/MT, destacou a importância da entrega dessa solução para as cooperativas. “Essa iniciativa viabilizada pela Unidade Nacional é fundamental para fortalecer o compromisso das cooperativas com a inclusão, diversidade e equidade”, disse.

Divane Ferreira, analista de Desenvolvimento de CooperativasDivane Ferreira, analista de Desenvolvimento de CooperativasA analista da gerência de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, Divani Ferreira, afirmou que quando se fala de diversidade e inclusão, se fala de um todo. "É sobre todas as pessoas que fazem parte desse movimento. O cooperativismo, como modelo de negócios e movimento socioeconômico, tem em sua essência o desenvolvimento das pessoas. Por isso, a inclusão tem tudo a ver com o cooperativismo. Estamos comprometidos em criar espaços para refletir, debater e gerar conteúdo de qualidade sobre esse tema, tanto para o ambiente profissional quanto para a nossa vida cotidiana. Queremos aprender juntos como promover respeito e empatia".

Após  a facilitação de Gisele Gomes,  foi realizada uma atividade prática com o Grupo Netas. A dinâmica  trabalhou os diferentes perfis comportamentais, alinhados com a inclusão e a diversidade e permitiu evidenciar a pluralidade de perfis, bem como o quanto as atividades do dia a dia precisam encontrar lugar de empatia, compreensão e respeito.

Para Maria Gladis dos Santos, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB/MT, a unidade nacional está sempre em busca de melhorar as cooperativas e a evolução de cada uma delas. "A razão de existir do Sistema OCB são as cooperativas. Esse evento vem para apoiar cada uma das cooperativas no desenvolvimento da pauta ESG", afirmou.

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Integração entre conservação ambiental e geração de renda foi destaque no Fórum de Belém
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Sistema OCB reforça impactos positivos do cooperativismo na Amazônia

  • Artigo Secundário 1

Integração entre conservação ambiental e geração de renda foi destaque no Fórum de Belém

Participantes do painel Biodiversidade e Lucratividade: como empresas podem contribuir para a conservação da AmazôniaParticipantes do painel Biodiversidade e Lucratividade: como empresas podem contribuir para a conservação da AmazôniaO coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, Alex Macedo, participou, nesta sexta-feira (20),  do Fórum de Belém: Negócios e Estratégias Humanizados na Amazônia - Impactos do ESG nos Negócios da Amazônia e do Brasil, realizado pela Associação Brasileira de Recursos Humanos. Ele participou do painel Biodiversidade e Lucratividade: como empresas podem contribuir para a conservação da Amazônia e destacou o papel do cooperativismo na manutenção da floresta em pé e no desenvolvimento sustentável da região.

Alex Macedo, coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCBAlex Macedo, coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCBAlex ressaltou a importância da bioeconomia para enfrentar as mudanças climáticas. Para ele, a bioeconomia é um tema chave para a Amazônia. "No cooperativismo, ela sempre esteve presente, sendo associada ao uso sustentável dos recursos naturais com geração de valor. A conservação da floresta está diretamente ligada à inclusão social e à criação de oportunidades econômicas para as comunidades locais", disse. 

Além disso, ele explicou que, para as cooperativas, a sustentabilidade não é apenas uma meta; é parte integrante do modelo de negócios. "Estamos inseridos nas comunidades e, ao mesmo tempo, preservamos o meio ambiente, geramos renda e promovemos o desenvolvimento local", afirmou. 

Ainda durante a apresentação, o coordenador esclareceu como o cooperativismo na região Norte contribui, significativamente, para a preservação ambiental. "Aqui no Pará, por exemplo, a Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (Camta) é um excelente exemplo de como as práticas sustentáveis, como os Sistemas Agroflorestais, podem conservar a biodiversidade". 

Fundada em 1931 por imigrantes japoneses, a Camta colhe, atualmente, conforme contou Alex, os frutos do desenvolvimento do Sistema Agroflorestal de Tomé-Açu (Safta) inspirado na vivência dos povos ribeirinhos, habitantes das margens dos rios da Amazônia, que plantavam em seus quintais árvores frutíferas e florestais, imitando a floresta. “O local reúne um mosaico de plantações e é considerado um verdadeiro laboratório agroflorestal, gerando impactos positivos para mais de 10 mil pessoas”, acrescentou.

Ao final, Alex expressou a necessidade de que grandes e pequenos negócios façam a adesão aos critérios ESG. Para ele, a sustentabilidade é uma exigência do mercado global. "Não podemos mais ignorar os impactos das mudanças climáticas. As cooperativas possuem um papel fundamental em disseminar tecnologias limpas e acessíveis e conseguem garantir que o desenvolvimento da Amazônia aconteça de forma sustentável", concluiu. 

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CT de Distribuição de Energia discute desafios e oportunidades do setor
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CT de Distribuição de Energia discute desafios e oportunidades do setor

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Reunião tratou sobre impacto das mudanças climáticas e ambiente regulatório 

A Câmara Temática de Distribuição de Energia realizou reunião, nesta sexta-feira (13), com o objetivo de discutir os desafios e as oportunidades do setor. O coordenador do Ramo Infraestrutura do Sistema OCB, Jânio Stefanello, destacou os principais obstáculos enfrentados pelas cooperativas de distribuição de energia, como o impacto das mudanças climáticas, o aumento dos custos de energia e o ambiente regulatório do setor. 

As catástrofes climáticas no Rio Grande do Sul também foram destaque no encontro, tendo em vista os desafios enfrentados pelas cooperativas de distribuição e geração de energia da região, que lidam com prejuízos de milhões de reais pela destruição dos seus ativos e equipamentos. Além disso, a estiagem em várias partes do país tem comprometido a estabilidade e a capacidade de operação das cooperativas, agravando os problemas do setor.

O encontro também discutiu projetos estratégicos, como o convênio com o Sescoop Nacional para o desenvolvimento de um estudo sobre a abertura do Mercado Livre de Energia para consumidores de baixa tensão. O objetivo é promover um projeto piloto nas cooperativas, visando analisar o comportamento desses consumidores diante das oportunidades oferecidas pelo mercado livre de energia. 

Entre os demais projetos em andamento, destacaram-se o estudo sobre a regularização das cooperativas autorizadas e a análise das cooperativas permissionárias, com ênfase na modicidade tarifária. “Estamos progredindo em diversas frentes, como a abertura do mercado livre e os estudos técnicos sobre permissionárias e autorizadas. Esses avanços são essenciais para manter a competitividade das cooperativas", ressaltou Jânio.

O Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2024 foi apresentado para mostrar o crescimento e a relevância das cooperativas do Ramo Infraestrutura. Outro ponto discutido foi a Energia Cooperativa. Em 2023, as cooperativas investiram significativamente na geração de energia própria, com 736 delas operando unidades próprias, 3.554 empreendimentos de geração e uma potência instalada de 244 MW. 

Jânio ressaltou a relevância de que o Sistema também considere e integre de forma abrangente os dados das demais usinas do cooperativismo, que, por sua vez, atuam sob outros modelos de negócio. “Essa inclusão é fundamental para garantir uma visão mais completa e robusta do setor, fortalecendo ainda mais o papel das cooperativas na matriz elétrica limpa”, afirmou.

O PL 1.303/2022, que trata das cooperativas de telecomunicações também foi abordado. Jânio afirmou que as expectativas são positivas, pois o projeto visa melhorar as condições do setor e ampliar o acesso aos serviços no país. "É crucial que avancemos com este tema no Senado Federal, pois o cooperativismo pode desempenhar um papel fundamental na universalização da internet no campo. As cooperativas têm o potencial de serem grandes parceiras na expansão da conectividade, oferecendo soluções inovadoras e acessíveis que podem levar a internet de qualidade a regiões rurais", destacou.

O Fórum Latino-Americano de Energia Cooperativa foi mencionado, para destacar  a participação de mais de 200 representantes, de 24 estados e 7 países. Para Hugo Andrade, coordenador de Ramos do Sistema OCB, o evento trouxe troca de experiências e inovações na área de energia, com fortalecimento  da integração entre cooperativas de diferentes nações.

 

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Projeto Neutralidade Carbono ganha destaque no GHG Protocol

Projeto Neutralidade Carbono ganha destaque no GHG Protocol

Resultados iniciais comprovam compromisso das coops com práticas sustentáveis e redução de emissões 

 

O evento anual da Faculdade Getúlio Vargas (FGV), que marca o encerramento do Ciclo 2024 do Programa Brasileiro GHG Protocol (PBGHG), reuniu, nesta quarta-feira (21), especialistas e representantes de diversas organizações para celebrar a publicação dos novos inventários de emissões de gases de efeito estufa (GEE) e compartilhar aprendizados e boas práticas adquiridas ao longo do ciclo. 

Desde a sua criação, em 2008, o programa desempenha papel importante na adaptação dos métodos de inventário de GEE ao contexto brasileiro, além de fornecer ferramentas essenciais para a medição e a divulgação desses gases no país.

Como parte de seu compromisso com a sustentabilidade e o combate às mudanças climáticas, o Sistema OCB lançou o projeto piloto Neutralidade Carbono, uma iniciativa pioneira que visa inventariar e mensurar a pegada de carbono das cooperativas brasileiras, com foco em compreender o balanço de emissões de seus cooperados. O projeto, que começou com a participação de três cooperativas do Ramo Agro: Cooperativa Central dos Produtores Rurais — (CCPR/MG), Cooperativa Agropecuaria do Oeste da Bahia (Cooproeste/BA) e Cooperativa Witmarsum/PR, já demonstra resultados significativos.

As cooperativas participantes publicaram seus inventários no Registro Público de Emissões, plataforma que assegura transparência na divulgação dos dados. As três obtiveram destaque e alcançaram o selo prata, uma conquista considerada notável entre as que estão em seu primeiro ciclo. "O selo prata reforça o compromisso da CCPR em adotar práticas ambientais cada vez mais responsáveis para todo o sistema. Ao inventariarmos nossas emissões de carbono, aceleramos nossa agenda ESG, identificando ações que garantam mais eficiência em nossos processos e gerem valor a quem mais precisa: o nosso cooperado", afirmou Marcelo Candiotto, presidente da CCPR.

O gerente Comercial da Cooproeste, Thiago Peres, ressaltou que o treinamento ajudou os cooperados com as ferramentas práticas para calcular e neutralizar suas emissões CO2, alinhando suas operações com as exigências crescentes dos mercados por processos mais sustentáveis. “Além disso, o projeto impulsionou a adoção de boas práticas ambientais, como a gestão adequada de resíduos e a promoção de energias renováveis, preparando a Cooproeste para acessar mercados que valorizam a sustentabilidade e a responsabilidade socioambiental". Depoimento do Gerente Comercial da Cooproeste, Thiago Peres.

Já para Rafael Wollmann, diretor de operações da Witmarsum, o reconhecimento do inventário é um marco importante e demonstra o compromisso de garantir qualidade e produtividade para as próximas gerações. “Nós, como cooperativa e agroindústria, acreditamos que esse selo é um primeiro passo no caminho para mostrar que o agro tem um papel de protagonismo positivo nas questões climáticas. O baixo carbono se mostra como uma estratégia valiosa, porque o mercado está buscando mais sobre o tema, além de ser uma alternativa para o produtor e todos os elos da cadeia produtiva realizarem um melhor manejo dos seus sistemas produtivos", ressaltou. 

Alex Macedo, coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, afirmou que é vital atender às exigências dos mercados globais e garantir a competitividade e a transparência das cooperativas brasileiras. "A importância do Projeto Neutralidade Carbono vai além da simples mensuração de emissões. Ele destaca a necessidade de integração das cooperativas com a neutralidade de carbono e as pautas ESG de maneira transversal em suas operações", disse. 

O projeto também inclui componentes essenciais de capacitação, como formação em inventário de carbono, cursos de mensuração de carbono no solo, instrutoria para coleta de amostras e a introdução de tecnologias avançadas para a aplicação do GHG Protocol na agricultura e pecuária. Esses elementos são complementados por workshops que visam auxiliar as cooperativas na neutralização de suas emissões.

Com base nos resultados alcançados, o Sistema OCB planeja expandir o Projeto Neutralidade Carbono para todo o Brasil. "A partir deste ano, pretendemos oferecer o projeto em âmbito nacional, utilizando os resultados e aprendizados obtidos até agora para aperfeiçoar a solução e disponibilizá-la para mais cooperativas", destacou Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas.

Para conhecer mais detalhes sobre as ações desenvolvidas pelas cooperativas envolvidas no projeto para reduzir as emissões de gases do efeito estufa, confira os inventários publicados:

 

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Jornada rumo à COP 29 deixa saudades

Jornada rumo à COP 29 deixa saudades

Experiência revelou importância de políticas públicas ambientais e sociais para o cooperativismo

Comitiva conheceu, de perto, o funcionamento de uma cooperativaComitiva conheceu, de perto, o funcionamento de uma cooperativaA comitiva que participou da Jornada cooperativista rumo à COP 29, organizada pelo Sistema OCB entre os dias 21 e 27 de julho, já deixou saudades. Os participantes tiveram a oportunidade de aprender e trocar experiências significativas sobre os princípios e práticas sustentáveis do modelo de negócios, além de destacar o poder transformador do movimento. "Foi uma jornada incrível. Ver como as cooperativas contribuem para o desenvolvimento local, tanto social quanto econômico, foi uma experiência valiosa. Entender como suas iniciativas sustentáveis colaboram com as pessoas e o meio ambiente foi realmente inspirador”, salientou Wenyan Yang, chefe da divisão de Participação Social sobre o Desenvolvimento das Nações Unidas. 

Considerada uma vitrine para que representantes nacionais e internacionais de órgãos do governo, organizações internacionais e entidades parceiras possam vivenciar diretamente a realidade dos benefícios oferecidos pelo coop, a jornada também busca colocar o movimento como protagonista na conferência mundial sobre mudanças climáticas. Para o coordenador de Relações Internacionais, João Marcos, a  jornada é fundamental para mostrar o impacto positivo do coop no Brasil. "É uma oportunidade para que cada vez mais pessoas possam aprender com as boas práticas do movimento e reconheçam a importância das nossas atividades como uma solução sustentável e eficaz para os desafios globais", afirmou. 

A jornada começou em Minas Gerais, onde os visitantes conheceram as cooperativas Coopfam, que busca organizar e potencializar a produção de café local, e Cooxupé, que oferece apoio aos cooperados, desde processos de certificação até assistência técnica. Essas visitas proporcionaram uma visão aprofundada das práticas sustentáveis e da força do cooperativismo na região. Ainda em terras mineiras, eles passaram pelo Sicoob Agrocredi, que apresentou a instalação de usinas fotovoltaicas que buscam reduzir o consumo de papel, reciclagem e otimização de recursos naturais. Em seguida, o grupo se dirigiu à Brasília, onde foi o processo de representação institucional foi detalhado na sede do Sistema OCB, a Casa do Cooperativismo brasileiro.

Visitantes passaram por cooperativas de crédito Visitantes passaram por cooperativas de crédito A última etapa da jornada levou os participantes ao norte do Brasil, no Acre. Eles foram até a Reserva Extrativista Chico Mendes e a Cooperxapuri, onde observaram de perto o processo agroextrativista da castanha e da borracha. Também visitaram a Cooperacre, que se destaca pela comercialização de produtos da floresta, todos extraídos de maneira sustentável. Além disso, as instituições financeiras Sicredi Biomas, Sicoob UniAcre e Sicoob Credisul foram apresentadas aos participantes, destacando suas práticas de sustentabilidade e apoio às comunidades locais.

A jornada apresentou indicadores ambientais, exibiu cases e boas práticas, e demonstrou a força do cooperativismo brasileiro, como descreveu Nelson Andrade Júnior, coordenador-geral de Cooperativismo e Agregação de Valor do Ministério da Agricultura. "Acredito que a imersão permitiu uma visão ainda melhor sobre o cooperativismo brasileiro". Já a representante do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Rebeca Souza Rocha, valorizou a experiência. "Foi enriquecedor ver de perto a diversidade do nosso país e entender como o cooperativismo atua de maneira eficaz em contextos tão distintos. Essa imersão nos mostrou a importância de compreender as realidades locais para formular políticas públicas mais inclusivas e eficientes."

O diretor da Secretaria de Povos e Comunidades Tradicionais do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Daniel Peter, ressaltou o potencial de crescimento do cooperativismo. "O cooperativismo tem um potencial imenso para crescer, se fortalecer e contribuir significativamente para o desenvolvimento sustentável". 

 Imersão proporcionou conhecimento acerca da base cooperativista Imersão proporcionou conhecimento acerca da base cooperativisRepresentantes de diversas organizações e ministérios estiveram presentes na imersão,  incluindo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa); do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA); do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic); do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Memp); das Minas e Energias (MME); das Relações Exteriores (MRE); Agência Brasileira de Cooperação (ABC), Fórum de Ciência Política-Empresas da ONU sobre o Meio Ambiente, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a Organização das Nações Unidas (ONU), o Centro Internacional de Comércio (ITC), o Banco Mundial (BIRD) e o BID Invest.

 

 

 

 

 

 

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Dia C: cooperativas promovem solidariedade em todo o Brasil
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Dia C: cooperativas promovem solidariedade em todo o Brasil

Ações sociais renovam compromisso do movimento com a construção de um mundo melhor

Dia C: cooperativas promovem solidariedade em todo o BrasilNeste sábado, 6 de julho, cooperativas de todo o Brasil realizam as ações de celebração do Dia de Cooperar ou Dia C. A data reúne atividades solidárias, voluntárias e gratuitas nas principais cidades do país, com iniciativas nas áreas de saúde, educação, trabalho, lazer e cultura. Para este ano, o tema escolhido foi Atitudes simples movem o mundo e busca demonstrar como pequenas ações podem fazer grande diferença na vida das pessoas. 

O Dia C é a demonstração do sétimo princípio do coop sendo aplicado: o interesse pela comunidade. Os festejos realizados simultaneamente em todas as regiões são realizados a partir de ações de responsabilidade social que contribuem para promover cidadania entre os beneficiados e são organizadas pelas cooperativas e Organizações Estaduais (OCEs) do Sistema OCB. 

“Essa é uma data muito especial para o nosso movimento porque representa o momento em que nos unimos para incentivar ações solidárias e confirmar nosso comprometimento com a construção de um mundo melhor para todos. É também uma oportunidade única para demonstrar à sociedade um pouco do que o cooperativismo faz, na prática, para transformar e garantir mais prosperidade para as pessoas”, destaca o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas. 

Confira como serão as comemorações coordenadas pelas Organizações Estaduais do Sistema OCB:  

Amazonas: Em Manaus haverá distribuição de alimentos, serviços como corte de cabelo, aulas de maquiagem, atendimento médico e vacinação, testagem para doenças, vagas de emprego, consultoria financeira, oficina de artesanato, lazer infantil com zumba, brinquedoteca, pintura e prática de esportes. 

Bahia: as atividades serão realizadas em Salvador, Lauro de Freitas, Feira de Santana e Porto Seguro.  Contação de histórias, doação de sangue, vacinação, exames médicos, orientações jurídicas, cortes de cabelo, e diversão para crianças com algodão-doce, pula-pula, pipoca e picolé estão na programação. Também haverá ações de solidariedade, musicoterapia e cuidados com saúde física e emocional. 

Ceará: a Praça dos Mártires, no Centro de Fortaleza, terá um espaço especial dedicado à saúde bucal, com um Odontomóvel da Uniodonto para oferercer orientações de higiene bucal, aplicação de flúor e distribuição de kits dentais e brindes. Haverá ainda apresentações culturais, distribuição de lanches e frutas, sorteio de cestas básicas, e distribuição de mudas de plantas medicinais. Serviços de saúde, vacinação, teste de glicemia, orientação psicológica, cinema para crianças e atividades recreativas também serão oferecidos. 

Distrito Federal: a celebração do Dia C acontece na região administrativa de São Sebastião, na praça em frente à sede administrativa da cidade. Estão programados atendimentos em educação financeira, ambiental, saúde, tecnologia, entretenimento e cultura.

Espírito Santo: a programação prevê a realização de ações principalmente em Cariacica e Mimoso do Sul. Serão oferecidos serviços de saúde, como vacinação humana e antirrábica para cães e gatos, consultas médicas e testes de HIV/Aids. Serviços de cidadania, como emissão de carteiras de identidade, cadastro de vagas de emprego e cortes de cabelo também estarão disponíveis, além de atividades de educação financeira, lazer com música ao vivo, mágica e teatro, e distribuição de alimentos. 

Goiás: as atividades acontecem em diversos muncípios do estado como Goiânia, Morrinhos, Rio Verde, Cristalina, Aparecida de Goiânia, Quirinopolis, Itumbiara, Piracanjuba, Campinorte, Uruaçu, Ceres, Goianésia, Porangatu, Bela Vista, Mineiros e Ceres. As ações incluem doação de sangue, educação financeira, arrecadação de alimentos, doação de leite e fraldas, cuidados com a saúde, atividades de lazer, oficinas e workshops, teatro a céu aberto, doação de óculos e mudas, feira de adoção de animais, shows com artistas locais e exposição de produtos reciclados. 

Maranhão: Imperatriz, Açailândia, São Luís e Barreirinhas são as principais cidades contempladas pelas ações do Dia C deste ano. Serão realizadas visitas a centros de apoio com doações, consultas, atividades recreativas, cursos profissionalizantes, cuidado com idosos e deficientes, além de fomento à abertura de novas cooperativas. 

Mato Grosso: haverá vacinação, aferição de pressão e glicemia, testes sanguíneos, atendimento odontológico, orientações sobre habitação, dúvidas jurídicas e cadastro para empregos. As cidades de Sinop, Lucas do Rio Verde e Primavera do Leste foram as escolhidas para a realização das atividades. 

Mato Grosso do Sul: a revitalização de locais em Campo Grande incluirá pintura de paredes, quadras e vestiários, recreação para crianças, educação financeira, boas práticas de higiene, campeonato de futsal, doação de mudas frutíferas, cortes de cabelo, doação de livros, escovação bucal e alimentação. Também vai acontecer arrecadação de doações para o Rio Grande do Sul, corrida, torneio de futebol, revitalização da APAE e trilha ecológica. Além de Campo Grande, Dourados, Três Lagoas, Naviraí, Maracaju, Novo Horizonte do Sul, Deodápolis, Angélica, Batayporã, São Gabriel do Oeste, Corumbá também recebem ações do Dia C. 

Paraíba e Piauí: a Sicredi Evolução irá coordenar as ações sociais em 18 cidades dos dois estados. Um dos destaques é a realização do Pedal Cooperativo, corrida de bicicletas que promete agitar as cidades. 

Rio de Janeiro: a capital do estado terá atividades como  educação financeira para crianças, oficinas de música e tecnologia, aferição de pressão arterial, vacinação contra gripe, higiene bucal, aula de fitdance, recreação infantil, massoterapia e serviços de beleza. 

Rio Grande do Sul: A Cooperlíquidos receberá as ações do estado que incluem a prestação de contas da campanha Coopera RS para auxiliar vítimas das enchentes com cobertura midiática, presença de micro influenciadores, reconhecimento aos voluntários, apresentação musical e painéis com doadores e entidades beneficiadas. 

Rondônia: a programação em Porto Velho conta com campanha de doação de sangue, corrida intercooperativa, ação solidária Dia S, atendimentos médicos e odontológicos, assistência financeira, passeio ciclístico, atividades físicas e recreação com idosos e crianças, campanhas contra dengue e arrecadação de brinquedos, além do Dia de Autocuidado para a comunidade. 

 

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Coops Day celebra a construção de um futuro melhor 

Coops Day celebra a construção de um futuro melhor 

Data reforça contribuição do cooperativismo para um mundo mais sustentável e próspero 

Neste sábado (6), ao redor de todo o mundo, é comemorado o Dia Internacional das Cooperativas 2024 (DIC) ou Coops Day. A data, celebrada anualmente no primeiro sábado do mês de julho, tem como tema, este ano, Cooperativas constroem um futuro melhor para todos e reflete o compromisso do movimento em implementar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).  

“A data representa uma oportunidade de mostrar à sociedade que o cooperativismo possui força e é um bom caminho para a prosperidade. Com sua abordagem centrada nas pessoas e na comunidade, elas são capazes de buscar soluções sustentáveis e impactos socioeconômicos positivos para todos”, afirmou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.  

Para celebrar o Coops Day, o Sistema OCB preparou uma série de ações especiais. Entre elas, uma ação de mídia para mostrar a grandiosidade do cooperativismo brasileiro pôde ser observada por quem passou na Times Square, em Nova Iorque (EUA), nos últimos dias. A projeção em telões da famosa praça americana se transformará, ainda, em um videocase a ser exibido no Portal Metrópoles, e em posts para as redes sociais do SomosCoop.   

Além disso, uma produção especial vai contar os 180 anos de história do cooperativismo, com vídeos gravados direto de Rochdale, o berço do cooperativismo na Inglaterra. Em uma série de vídeos exclusivos, será possível entender como tudo começou, com destaque para a trajetória de sucesso ao longo dos anos. Para completar, grandes portais como o G1 e UOL também vão veicular conteúdos especiais sobre o movimento,  com abordagens sobre o passado, o presente e o futuro do modelo de negócios.  

O tema do Coops Day deste ano também está alinhado com os objetivos da próxima Cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o futuro, que busca soluções colaborativas para um mundo melhor. Ao adotar práticas de desenvolvimento inclusivo e sustentável, as cooperativas se tornam agentes ativos na preservação do meio ambiente e aliadas na luta contra as mudanças climáticas.  

O relatório do Secretário-Geral da ONU de 2023 sobre Cooperativas no Desenvolvimento Social reconheceu o histórico das cooperativas na promoção do desenvolvimento econômico e social, inclusive para grupos marginalizados. Segundo o documento, elas demonstram resiliência em tempos de crises sociais e econômicas, sendo vistas como parceiras fundamentais na promoção do desenvolvimento sustentável. 

Conscientização 

Celebrado desde 1923 em todo o mundo e oficialmente reconhecido pela Assembleia Geral das Nações Unidas no centenário da Aliança Cooperativa Internacional (ACI) em 1995, o Coops Day busca aumentar a conscientização sobre as cooperativas, com destaque para suas contribuições, bem como resolver os principais problemas abordados pela ONU, em prol de fortalecer e ampliar as parcerias entre o movimento cooperativo internacional e outros atores. Esse ano, a celebração marca o 30º Dia Internacional das Cooperativas, reconhecido pelas Nações Unidas e o 102º Dia Internacional Cooperativo.  

Em novembro de 2023, a Assembleia Geral da ONU adotou a resolução sobre a colaboração das cooperativas no desenvolvimento social e convocou a proclamação de 2025 como Ano Internacional das Cooperativas. A resolução incentiva todos os estados-membros e todos os outros interessados a aproveitar o período como uma forma de promover o coop e aumentar a conscientização sobre sua contribuição para a implementar os ODS e, também, ir em busca de desenvolvimento social e econômico mundial. 

O Sistema OCB, como membro da ACI desde 1989, participa ativamente da celebração e busca reforçar o compromisso das coops brasileiras com o desenvolvimento sustentável, a segurança alimentar, os princípios ESG, a inclusão financeira e a construção de um futuro melhor para todos. 

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Especialistas trataram sobre a importância do conceito para mitigar riscos e aproveitar oportunidades

Papel da governança no ESG ganhou destaque no 15º CBC

Especialistas trataram sobre a importância do conceito para mitigar riscos e aproveitar oportunidades

 

Durante o segundo dia do 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC), os participantes foram convidados a participar de uma série de palestras que traçaram perspectivas para o futuro do cooperativismo. Em um ambiente propício à troca de ideias e conhecimentos, os congressistas tiveram a oportunidade de participar de salas temáticas, cada uma com foco em temas importantes para o avanço do movimento cooperativista. 

O tema ESG se subdividiu em Social, Ambiental, Governança e Gestão. Na sala de Governança, o painel O papel da governança na Agenda ESG, permitiu aos presentes aprofundar seus conhecimentos sobre sua função na implementação eficaz de processos administrativos. Foram convidados para a discussão, Rosilene Rosado, consultora em ESG, e Marcelo Cerino, superintendente da Frimesa. Os dois esclareceram pontos de entendimento acerca de como as cooperativas podem integrar a agenda da sustentabilidade em suas práticas de negócios.

Rosilene Rosado ressaltou a importância do ESG dentro das organizaçõesRosilene Rosado ressaltou a importância do ESG dentro das organizaçõesRosilene Rosado contextualizou o conceito e deu destaque para a relevância crescente do tema nas organizações. Ela enfatizou que o ESG vai além de simples critérios e representa uma abordagem que visa mitigar riscos e promover uma atuação sustentável e ética. Com exemplos práticos e análises de regulamentações globais, ela mostrou como a governança desempenha papel fundamental na gestão dos riscos e oportunidades, protegendo os interesses dos cooperados e demais partes interessadas. "A governança representa uma atuação ética, que minimiza riscos e impulsiona uma performance equilibrada. Nesse contexto, ela gerencia os impactos que podem se traduzir em riscos financeiros e que exige dos membros uma capacidade de identificação e avaliação precisa desses fatores", disse. 

Para ela, a temática possui uma responsabilidade que inclui a definição de diretrizes claras, a supervisão eficiente e metas tangíveis para a mitigação dos desafios. "A transparência e a conformidade são pilares fundamentais que garantem que a prestação de contas esteja alinhada com os padrões internacionais, enquanto a busca pela melhoria contínua impulsiona o aprimoramento do desempenho", concluiu. 

A Frimesa é uma das principais cooperativas agroindustriais do Brasil. Sediada no Paraná, é reconhecida pela sua produção diversificada de lácteos, carnes suínas e aves. Com modernas instalações de processamento e uma cadeia de produção integrada, a coop mantém um compromisso crescente com a sustentabilidade e a responsabilidade social corporativa. Seus programas de ESG abordam questões ambientais, sociais e de governança corporativa. 

Marcelo Cerino, superintendente da Firmeza falou compromisso da coop com a sustentabilidadeMarcelo Cerino, superintendente da Firmeza falou compromisso da coop com a sustentabilidadePara Marcelo Cerino, reduzir o impacto ambiental, promover o bem-estar das comunidades locais e garantir práticas éticas de negócios, são pontos relevantes para a execução dos programas de ESG. "A Frimesa alinha seu crescimento com valores de sustentabilidade e responsabilidade. Buscamos uma governança sólida e responsável para garantir operações sustentáveis em todos os níveis da organização e da cadeia de valor", afirmou. 

Além disso, ele enfatizou a necessidade de estabelecer objetivos claros, métricas e metas ESG, bem como promover a transparência e a prestação de contas para todas as partes interessadas.

 

 

 

 

 

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Imagem estática com escrita Diagnóstico Coop
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GT ESGCoop busca congregar as boas práticas do cooperativismo

Intuito é alinhar projetos e implementar soluções para as dimensões ambientais, sociais e de governança

 

Débora Ingrisano explica os objetivos do Grupo de Trabalho ESGCoop Débora Ingrisano explica os objetivos do Grupo de Trabalho ESGCoop O Grupo de Trabalho ESGoop se reuniu nesta quarta-feira (07). O GT marca um importante passo em direção à ampliação do Programa para o movimento cooperativista. A gerente-geral da OCB, Fabíola Nader Motta, realizou a abertura do encontro e enfatizou a importância do diagnóstico. "A análise envolve a atuação da cooperativa na agenda ESG, considerando sua singularidade, e se torna coletiva ao avaliar o cooperativismo por ramo de atividade e de forma sistêmica. O objetivo é alavancar práticas sustentáveis em todas as cooperativas e gerar impactos positivos nas questões ambientais, sociais e de governança", disse. 

O programa ESGCoop visa capacitar lideranças e técnicos, mapear boas práticas e implementar soluções em consonância com os critérios ESG, para que as cooperativas possam atuar de forma comprovadamente sustentável e, ainda, estejam aptas a divulgar, por meio de relatórios qualificados, suas práticas nas três dimensões. Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, destacou o papel do GT e explicou que reunir os representantes das cooperativas e entidades sistêmicas colabora para a identificação das necessidades e soluções que aprimoram o ESG. "Os grupos de trabalho, em consonância com os princípios cooperativistas, promovem a intercooperação, a educação, a formação e a informação. O intuito é beneficiar o cooperado, ao final do processo", explicou. 

Ainda segundo ela, a análise realizada pelo GT ESGCoop vai consolidar a conexão entre cooperativismo e sustentabilidade. "É possível medir como o cooperativismo contribui para o ESG em razão do seu modelo de negócio, que busca, por princípio, ser ambientalmente correto e socialmente justo, ao mesmo tempo em que é economicamente viável".

Tomás Nascimento, analista do Sistema OCB, explicou o funcionamento do Avaliacoop ESG, sistema que abrange e avalia o grau de aderência das cooperativas à agenda ESG. "Trata-se de um questionário com perguntas sobre as práticas e/ou processos de desenvolvimento nas três dimensões e um quarto bloco com perguntas transversais a toda pauta ESG. Está dividido em 22 critérios + questões complementares. São cerca de cem perguntas, dependendo do ramo de atuação da cooperativa, e com quatro opções de resposta para a maioria delas. O Diagnóstico visa mapear, sugerir ações e contribuir para o próximo passo que é o desenvolvimento da relação de temas materiais e prioritários (Matriz de Materialidade)”.

O diagnóstico piloto promovido pelo Programa ESGCoop analisou 365 cooperativas de 19 estados. Seus resultados mostraram uma aderência ESG de 51,37%. 

O encontro continua nesta quinta-feira (08), quando serão apresentados cases de sucesso sobre sustentabilidade e ESG. Os cases comprovam que as soluções implementadas pelas cooperativas participantes do programa são efetivas e eficientes.  

 
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Gestores do Sistema OCB acompanham workshop sobre Materialidade ESG

Workshop capacita gestores em Materialidade ESG

  • Nenhum

Programação focou na responsabilidade socioambiental

 

Gestores do Sistema OCB acompanham workshop sobre Materialidade ESG

O Sistema OCB, em parceria com a consultoria Gália, promoveu nos dias 25 e 26 de janeiro o workshop Análise de Materialidade. Voltado para analistas das áreas de gestão e negócios do Sistema OCB o evento teve como principal foco a construção da Materialidade ESG (Ambiental, Social e Governança).

O esclarecimento de conceitos fundamentais sobre os impactos reais ou potenciais do ESG no meio ambiente, nas pessoas e na economia esteve no centro da primeira parte do workshop. A abordagem sobre as contribuições do desenvolvimento sustentável destacou a diferenciação entre o Triple Bottom Line e ESG, sendo, esse último, focado na ideia de que as organizações precisam avaliar os resultados ambientais e sociais, juntamente com os financeiros, para que seja alcançado um desenvolvimento sustentável.

O conceito de materialidade foi contextualizado a partir da definição feita pela Securities and Exchange Commission (SEC), em 1940, e que se refere a informações relevantes no contexto de demonstrações financeiras. Na esfera da sustentabilidade, a International Financial Reporting Standards (IFRS) expandiu esse conceito para incluir a dupla materialidade e reconheceu o impacto das empresas no mundo, indo além das finanças. Assim, ficou explícito que a materialidade deve ser vista como a base para um amplo processo de gestão estratégica, que considera os impactos e riscos associados.

Segundo a Global Reporting Initiative (GRI), a materialidade, em um contexto de sustentabilidade, envolve temas que, de acordo com as partes interessadas, podem afetar significativamente a capacidade da organização de entregar valor a curto, médio e longo prazo. Durante o workshop, foi explorada a cadeia de valor do Sistema OCB em relação aos impactos ambientais, sociais, econômicos e de governança. De acordo com a declaração de valores da entidade, há o compromisso de fortalecer o cooperativismo como um modelo socioeconômico, sendo capaz de transformar o mundo em um lugar mais justo e com melhores oportunidades para todos é que mais se destaca nesse contexto.

Guilherme Souza Costa, gerente de Inteligência e Núcleo de Inovação, explicou que a expectativa do Sistema OCB é funcionar como uma bússola para o cooperativismo brasileiro. "A ideia é apontar caminhos para um mundo mais ESG e ser um exemplo para que todas as cooperativas desenvolvam iniciativas mais sustentáveis", disse. Ele reforçou que a materialidade é uma das frentes de trabalho do ESGCoop e que a edição do programa piloto envolve, além da Unidade Nacional, uma organização estadual e dez cooperativas na construção de suas materialidades. "Essa iniciativa reforça o compromisso do cooperativismo brasileiro com a transparência e a responsabilidade socioambiental", completou. 

A programação tratou ainda da possibilidade de um mapeamento de stakeholders de relacionamento. Para as próximas etapas, ficou definido que serão feitas consultas aos públicos de contato com o Sistema OCB, avaliação dos resultados, homologação e divulgação dos temas priorizados.  

 

Saiba Mais: 

Câmara Temática discute desafios da Geração Distribuída no Brasil 

Reunião tratou sobre avanços para o desenvolvimento das cooperativas no segmento

 

Na última quinta-feira (25), a Câmara Temática de Geração Distribuída (GD) promoveu uma reunião repleta de discussões e análises sobre o atual cenário do segmento no Brasil, com foco nas cooperativas que fazem parte do setor. O encontro contou com a participação de representantes cooperativistas de diversas regiões do país e especialistas do Sistema OCB para tratar de temas que impactam diretamente o desenvolvimento desse setor.

Thayná Côrtes, analista trainee do Ramo de Infraestrutura, ressaltou que o ano de 2023 foi marcado por avanços significativos no programa de Geração Distribuída (GD) no Brasil. Ela pontuou que a implementação de mais de 625 mil sistemas de Micro e Minigeração Distribuída (MMGD) adicionou expressivos 7,4 GW de potência ao setor. "Essa ascensão é atribuída à Lei 14.300/2022, que promoveu alterações no Marco Legal da Geração Distribuída. A legislação estabeleceu normas e permitiu que os consumidores pudessem gerar sua própria energia para economizar na conta de luz, por meio do sistema de compensação de créditos", afirmou. 

Ainda de acordo com Thayná, a partir do ponto de vista da Geração Distribuída, o cooperativismo brasileiro obteve um crescimento notável em todos os ramos. O número de cooperativas que geram sua propria energia saltou de 725 para 820 entre julho de 2023 e janeiro de 2024. Esse crescimento representa 17,5% do total de cooperativas brasileiras que geram sua própria energia, com uma soma de potência instalada de 70,3 MW. Os ramos Agro e Crédito também se destacaram. O Agro, que contava com 185 cooperativas de Geração Distribuída, passou a ter 215, enquanto o Crédito cresceu de 218 para 251 cooperativas em sete meses. Entre os estados, Minas Gerais  contabilizou um aumento significativo de 19 para 24 cooperativas de Geração Distribuída entre setembro de 2023 e janeiro de 2024.

Desenvolvimento

Comprometido com o desenvolvimento das cooperativas de Geração Distribuída, o Sistema OCB lançou o Projeto Piloto de Energias Renováveis, desenvolvido pelo Grupo de Trabalho Ambiental, que busca aprimorar a identidade cooperativista, oferecer instrução, planos de ação, execução e acompanhamento trimestral às cooperativas participantes. Além disso, promove a troca de boas práticas entre cooperativas de diferentes ramos.

O diagnóstico assistido, parte do projeto conduzido pelas consultoras da Confederação Alemã das Cooperativas (DGRV) Tatiana Francisco e Fabíula Torres, é uma ferramenta que colabora com a autoavaliação das cooperativas. Essa é uma metodologia que envolve mobilização, reúne documentação, realiza reuniões de repasse, elabora um plano de ação, faz devolutivas e acompanhamento trimestral dos inscritos. Os resultados desse processo são revertidos na conformidade legal, aproximação com dirigentes, compreensão do modelo de negócios e  fortalecimento do cooperativismo no setor de energia renovável.

 

Ambiente regulatório

Em uma análise do contexto regulatório, foi destacada a tomada de subsídios 018/2023, feita pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A iniciativa quer explorar as questões que se relacionam com a comercialização de excedentes ou créditos de energia na Geração Distribuída. A discussão enfatizou a necessidade de padronizar os entendimentos e conceitos de cooperativismo no setor, tendo em vista a redução de empresas que se autodenominam cooperativas sem o devido registro no Sistema OCB. 

A intenção da Aneel é receber esclarecimentos acerca de temas como situações de mercado que se enquadram como comercialização de energia e compreender quais são os elementos indicativos desse processo, como a viabilidade de contratos padronizados e o tratamento regulatório em relação à vedação de divisão. Para o coordenador de Meio Ambiente e Energia do Sistema OCB, Marco Morato, a tomada de subsídios é o início de um processo que reforça a importância de compreender como a Geração Distribuída funciona no âmbito cooperativo. "Existe a necessidade de criar mecanismos para evitar conflitos de interesse, especialmente quando consumidores também são investidores. O intuito é garantir que exista segurança jurídica para o modelo de negócios cooperativista de Geração Distribuída", enfatizou.

Saiba Mais: 

- Câmara de Geração Distribuída ouve pleitos de dirigentes estaduais

- Sistema OCB promove capacitação sobre geração distribuída  

 

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Cooperativismo ressoa sua voz na COP 28

Participação reafirmou protagonismo do movimento na busca por um mundo mais sustentável

 

A participação de representantes do Sistema OCB e das cooperativas brasileiras na COP 28, realizada entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos,  representou mais um marco importante do movimento na busca por uma sociedade mais justa, equilibrada e sustentável. A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas possibilitou o compartilhamento de boas-práticas que ressoaram em todo o mundo e reafirmaram o protagonismo do cooperativismo com a preservação dos recursos naturais e a produção responsável, inclusiva e ambientalmente correta.

Sob a coordenação do Sistema OCB e o apoio da ApexBrasil, o primeiro painel, intitulado Cooperativas: Aliadas da sustentabilidade ambiental e segurança alimentar, apresentou evidências de que o crescimento sustentável passa necessariamente pelo cooperativismo. Tania Zanella, superintendente do Sistema OCB, enfatizou a natureza tripla do modelo de negócios como socialmente justo, economicamente viável e ambientalmente correto. “O cooperativismo é extremamente importante nas ações para enfrentar as mudanças climáticas e a participação ativa das pessoas comuns é essencial para atingir, por exemplo, a neutralidade de carbono”, explicou.

O painel também contou com a participação de Sebastião Nascimento de Aquino, membro do conselho da Cooperativa Central de Comercialização Extrativista no Acre, a Cooperacre; de Marcelo Cerino, superintendente de Logística Integrada da central cooperativa Frimesa; e de Ênio Meinen,  diretor de Coordenação Sistêmica e Relações Institucionais do Sicoob, que apresentaram cases de sucesso no desenvolvimento sustentável no agronegócio e as contribuições do cooperativismo de crédito para a agenda. Contou ainda com relatos de representantes da Aliança Cooperativa Internacional (ACI) da África e Europa.

Em painel coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MME)  e pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS) com o tema Proteção, Promoção e Participação de Povos e Comunidades Tradicionais na construção da agenda climática global, a analista de Sustentabilidade do Sistema OCB, Laís Nara Castro, enfatizou a participação ativa das comunidades na construção da agenda climática global. "O cooperativismo gera renda para a população, preserva a cultura dessas comunidades e garante a proteção das florestas, que são seus principais ativos econômicos", afirmou.

Promovido pela Organização Mundial do Comércio (OMC), o painel As contribuições da Economia Social e Solidária para os ODS: o papel da política comercial (em inglês), contou com a participação de  Fabíola Nader Motta, gerente-geral do Sistema OCB. Ela destacou os diferenciais do cooperativismo na busca pelo desenvolvimento sustentável e enfatizou a necessidade de maior reconhecimento sobre os benefícios oferecidos pelas cooperativas, bem como da inclusão do movimento na formulação de políticas públicas. "Os formuladores de políticas públicas precisam entender que nosso modelo de negócios leva algo a mais para a mesa e que ele deve ser incluído e não excluído dessas políticas. Esse é, com certeza, o principal obstáculo que precisamos vencer”.

O comprometimento do movimento com uma agricultura mais resiliente, rentável e capaz de mitigar as emissões dos gases de efeito estufa foi o tema do painel Plano ABC+ e seu papel na segurança alimentar, promovido pelo Ministério da Agricultura (Mapa). A gerente-geral, Fabíola Nader Motta, foi a representante do Sistema OCB também nesse debate e lembrou que o cooperativismo é um aliado fundamental para o alcance dos objetivos do programa. “A transição para uma economia verde exige o envolvimento não só de governos ou organizações, mas das pessoas como um todo. O cooperativismo é um caminho importante nesse sentido. Ele se destaca ao congregar pessoas e oferecer conhecimentos e assistência necessária para alcançarmos os objetivos de uma economia verde e sustentável”, ressaltou.

Gerente Geral da OCB, Fabíola Nader, sentada junto com os outros participantes do painel

Cooperativas impulsionam Plano ABC+

Exemplos de sucesso foram apresentados pelo Sistema OCB na COP 28.

As cooperativas agropecuárias são protagonistas na adoção de práticas que garantem a preservação ambiental e a sustentabilidade da produção rural. Ações voltadas para a baixa emissão de carbono, por exemplo, fazem parte do cotidiano das atividades desenvolvidas há décadas. Em painel promovido  nesta segunda-feira (11) pelo Ministério da Agricultura (Mapa), durante a 28ª Conferência sobre Mudanças Climáticas da ONU, a COP 28, a gerente-geral do Sistema OCB, Fabíola Nader Motta, apresentou cases de sucesso que demonstram o comprometimento do movimento com uma agricultura mais resiliente, rentável e capaz de mitigar as emissões dos gases de efeito estufa.

O tema abordado pelo painel foi Plano ABC+ e seu papel na segurança alimentar. Fabíola lembrou que o Plano ABC+ é primordial para a segurança alimentar e que a transição para uma economia verde exige o envolvimento não só de governos ou organizações, mas das pessoas como um todo. Para ela, o cooperativismo é um caminho importante nesse sentido. “As cooperativas se destacam ao congregar as pessoas e oferecer os conhecimentos e assistência necessária para alcançarmos os objetivos de uma economia verde e sustentável. A força do cooperativismo permite levar as melhores tecnologias aos produtores. Temos nove mil extensionistas no nosso quadro, o que torna o produtor cooperado o mais assistido no Brasil”, ressaltou.

A proteção da vegetação nativa, a geração de emprego e renda e a prosperidade impulsionadas pelas cooperativas, inclusive para as comunidades onde estão inseridas, foi salientada por Fabíola como fatores importantes para garantir o desenvolvimento sustentável e as seguranças alimentar, energética e climática. “A busca pela preservação faz parte da natureza do cooperativismo. Temos o prazer de fazer parte dessa iniciativa do Plano ABC+ desde o início da sua implementação, em 2011, e os impactos desse programa são evidentes. Nossos cooperados se tornaram, com certeza, mais produtivos, utilizam as melhores tecnologias e são ainda mais sustentáveis”, acrescentou.

Entre as histórias de sucesso, Fabíola citou a Cooperativa Agrícola Água Santa (Coasa), a Cocamar Cooperativa Agroindustrial e a Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (Camta).  Localizada no Rio Grande do Sul, a Coasa adota, desde 1995, a Operação 365, que mantém a cobertura verde no solo todos os dias do ano. As técnicas utilizadas promovem a redução de fertilizantes sintéticos, preservam a umidade da terra e aumentam a qualidade química, física e biológica da produção, garantindo maior estabilidade em todo o processo de plantio e colheita. “Os cooperados da Coasa possuem um mote muito significativo, que permeia todas as suas atividades: o solo é o maior bem de um produtor”, explicou a gerente.

A Cocamar, do Paraná, por sua vez, utiliza a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta ILPF) em suas 110 unidades operacionais para garantir a policultura. De acordo com Fabíola, essa tecnologia permite o cultivo de diferentes grãos em uma mesma área, evitando esgotamento do solo e reduzindo a emissão de gases que contribuem para o efeito estufa. “Além disso, ela reduz em cerca de 30% os gastos com energia elétrica, ação fundamental para a transição da economia verde. Até 2030, a Cocamar planeja alcançar 35 milhões de hectares plantados com a tecnologia”.

Já a Camta, conforme apresentou a gerente, é referência em sustentabilidade econômica e ambiental a partir do Sistema de Agroflorestal de Tomé-Açú (Safta), no qual as culturas semeadas convivem em harmonia, dividindo terreno umas com os outras e também com a floresta nativa. “Essa tecnologia, desenvolvida exclusivamente pela cooperativa, auxilia na recuperação da biodiversidade porque mantém o solo úmido e fértil, respeita o clima, aumenta a produtividade e reduz em mais de cinco vezes a emissão de gases poluentes. Outros países, como a Bolívia, aprenderam e adotaram a técnica em suas lavouras também.

A adoção de matrizes energéticas sustentáveis também foi citada por Fabíola. “A produção de biogás, biogás, biometano e CO² , bem como investimentos em energia solar são algumas das iniciativas adotadas pelas cooperativas brasileiras para a ampliação de projetos de energia renovável”, completou.

O painel também contou com a participação de Ratan Lal, professor da Univesidade de Ohio e embaixador da Boa Vontade do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) para o desenvolvimento sustentável. Ratan também é prêmio Nobel da Paz pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) em 2007 e laureado pelo Prêmio Mundial de Alimentação (World Food Prize) em 2020. Para ele, o Brasil é uma força agrícola mundial e um exemplo a ser seguido. “Fico impressionando ao observar a como o país transformou seu mode de produção ainda na década de 1960 e se tornou o maior exportador de alimentos líquidos do globo”, afirmou.

O professor elogiou o Plano ABC+ e reafirmou seus benefícios para a redução das emissões de gases de efeito estufa, aprimoramento das práticas agrícolas e o aumento do armazenamento de carbono. “As estratégias adotadas incentivam o crescimento da proteção ambiental, geram renda para a população rural e reduzem o desmatamento nos biomas da Amazônia e Cerrado. O Plano ABC é, portanto, um instrumento efetivo para a promoção de uma agricultura sustentável que adota estratégias reais para a mitigação dos gases de efeito estufa”, acrescentou.

Bruno Brasil, diretor do Departamento de Produção Sustentável e Irrigação do Mapa foi o responsável pela mediação da apresentação. O debate também contou com a participação de Ana Paula Mello, assessora de Sustentabilidade da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Saiba mais sobre a presença do cooperativismo na COP 28 no site Cooperação Ambiental.