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Edital seleciona planos de negócio em áreas estratégicas da Nova Indústria Brasil
Está aberta a Chamada Pública Nordeste, uma iniciativa conjunta do BNDES, Finep, Banco do Brasil, Banco do Nordeste e Caixa Econômica Federal, com apoio técnico da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (CNE). O objetivo é selecionar Planos de Negócio com foco em investimentos estratégicos na região, vinculados às missões da Nova Indústria Brasil (NIB).
O Sistema OCB incentiva a participação por considerar que a chamada representa uma oportunidade inédita para as cooperativas brasileiras, que poderão apresentar projetos individuais ou em consórcio. O valor mínimo de cada proposta é de R$ 10 milhões, e a estimativa global de recursos disponíveis chega a R$ 10 bilhões.
Setores prioritários
As propostas devem se enquadrar em uma das seguintes áreas:
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Energias Renováveis (armazenamento): soluções inovadoras para ampliar a autonomia da matriz elétrica sustentável.
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Bioeconomia (fármacos): desenvolvimento de medicamentos e terapias a partir de recursos biológicos renováveis.
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Hidrogênio Verde: produção e uso do H2V em escala, com foco em eficiência e redução de custos.
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Data Center Verde: implantação de estruturas de baixo impacto ambiental e alta eficiência energética.
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Setor Automotivo (incluindo máquinas agrícolas): inovações em combustíveis limpos, novas propulsões e produtividade.
Como participar
A inscrição deve ser feita até 15 de setembro de 2025, às 18h, por meio do formulário eletrônico disponível no portal da Finep. Além do envio do plano de negócios, é obrigatório anexar um vídeo de até dez minutos, apresentando a relevância do projeto e a capacidade técnica e operacional da cooperativa proponente.
O processo de seleção será conduzido por um Grupo de Trabalho formado (GT) pelas instituições financeiras parceiras. Os critérios de análise incluem a aderência às missões da NIB, a consistência técnica e financeira do plano, além da capacidade de execução e de cooperação com universidades e centros de pesquisa.
Modalidades de apoio
Os projetos aprovados terão diferentes modelos de financiamento. Após a seleção, cada proposta dará origem a um Plano de Suporte Conjunto (PSC), que indicará os instrumentos mais adequados às suas necessidades, podendo incluir crédito, participação acionária, subvenção econômica ou recursos não reembolsáveis destinados a projetos cooperativos com instituições tecnológicas.
Prazos e resultados
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Inscrição: até 15/09/2025, às 18h
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Divulgação dos resultados: até 28/11/2025
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Estruturação dos Planos de Suporte: até 15/01/2026
Dúvidas podem ser encaminhadas aos e-mails
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Encontro discutiu novos modelos societários e parceria institucional entre as entidades
Na última quinta-feira (21), o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, recebeu, na sede da entidade, o superintendente da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Alessandro Octaviani. A reunião marcou um passo importante para o avanço da regulamentação e do fortalecimento da atuação das cooperativas no setor securitário brasileiro.
Durante o encontro, Octaviani apresentou um panorama das principais mudanças legais e regulatórias ocorridas em 2024 e 2025, bem como o esforço da Susep em preparar o setor para recepcionar novos modelos societários que deverão compor o mercado de seguros nos próximos anos. Ele destacou a importância do cooperativismo como alternativa inovadora e democrática para a ampliação da oferta de serviço.
Segundo o superintendente, a Susep está empenhada em assegurar um ambiente regulatório adequado às especificidades do cooperativismo, favorecendo tanto a solidez quanto a competitividade. Nesse sentido, ele antecipou que, nos próximos dois meses, a regulamentação voltada especificamente às cooperativas de seguros deve entrar em consulta pública, um avanço aguardado por todo o setor.
O presidente Márcio ressaltou a relevância dessa agenda e a necessidade de construir um ambiente institucional seguro para o desenvolvimento das novas cooperativas. “A regulação é um marco essencial para que as cooperativas de seguros possam nascer e se consolidar com solidez, transparência e segurança jurídica. O que estamos discutindo aqui é uma base que permitirá ao cooperativismo ampliar sua atuação em um setor estratégico para a sociedade brasileira”, afirmou.
Ele lembrou ainda que o cooperativismo já tem atuação consolidada em outros segmentos regulados, como o crédito e a saúde, o que reforça sua capacidade de se adaptar e prosperar em ambientes de alta exigência normativa. “Nestes segmentos, o cooperativismo brasileiro já mostrou sua força e sua capacidade de oferecer soluções competitivas e inclusivas. Temos confiança de que o mesmo acontecerá no setor de seguros, desde que estejamos amparados por uma regulação moderna e adequada”.
A reunião também foi uma oportunidade para consolidar a parceria institucional entre o Sistema OCB e a Susep. “Estamos iniciando uma relação muito positiva com a Superintendência, baseada em diálogo, confiança e respeito mútuo. Essa parceria é fundamental para que as cooperativas de seguros surjam fortes e bem estruturadas, prontas para atender às demandas da sociedade”, reforçou o presidente.
O Sistema OCB se comprometeu a acompanhar de perto os próximos passos do processo regulatório, oferecendo suporte técnico às cooperativas já existentes e orientando novos grupos interessados em constituir cooperativas de seguros. A entidade também seguirá atuando como interlocutora qualificada junto à Susep, para que as especificidades do modelo cooperativo estejam refletidas na regulamentação.
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Iniciativa reforça compromisso do Sistema OCB em qualificar continuamente suas equipes estaduais
Com foco na profissionalização da gestão cooperativista, o Sistema OCB, com o apoio do Sescoop/PE, promoveu na semana passada, em Recife, dois dias de treinamento para equipes técnicas das OCEs do Nordeste. O evento, que teve início na quinta-feira (21), reuniu técnicos, analistas e coordenadores da região com o objetivo de capacitar as equipes na utilização de três ferramentas fundamentais para a atuação da entidade nacional: Arrecadação, SouCoop e Desempenho.
Para Guilherme Souza Costa, gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB, a iniciativa reforça o papel da entidade em qualificar continuamente suas equipes. “Esse treinamento representa um passo importante para a profissionalização do cooperativismo brasileiro. Quando fortalecemos o conhecimento das nossas equipes estaduais, ampliamos a capacidade de atender às cooperativas de forma mais estratégica, entregando informações consistentes e apoio qualificado para a tomada de decisão”, afirmou.
Ele também destacou o impacto direto das ferramentas digitais na rotina das cooperativas. “As plataformas SouCoop e Desempenho nasceram com o propósito de trazer mais transparência, agilidade e visão estratégica para as cooperativas. Quanto mais bem preparadas estiverem as equipes que as operam, maior será o impacto positivo na ponta, no dia a dia das nossas cooperativas”, completou.
Na avaliação de Fábio Trinca, gerente Financeiro do Sistema OCB, o encontro contribuiu para nivelar o conhecimento entre os colaboradores das OCEs. “O treinamento foi uma oportunidade valiosa para que os colaboradores, tanto os mais experientes quanto os recém-chegados, pudessem se familiarizar com a operação desses sistemas, compreendendo sua relevância e a legislação que os rege. A iniciativa reforça o compromisso do Sistema OCB em equipar suas equipes com as ferramentas necessárias para um trabalho de excelência”, destacou.
Sistemas estratégicos
O SouCoop é a principal plataforma de gestão e atualização de dados das cooperativas. Por meio dela, as organizações mantêm suas informações em dia e têm acesso a serviços e soluções oferecidos pelo Sistema OCB. Além disso, a ferramenta concentra três processos essenciais para a representação do setor: o registro das cooperativas, a atualização cadastral e a consolidação dos dados que compõem o Anuário do Cooperativismo Brasileiro.
O Desempenho, por sua vez, possibilita que as cooperativas acompanhem, em tempo real, seus indicadores econômico-financeiros e realizem benchmarking com organizações de todo o país. A plataforma apoia os gestores em tomadas de decisões mais assertivas, fomenta a autogestão, promove a transparência e contribui diretamente para a sustentabilidade dos negócios cooperativos.
Já o Arrecadação garante maior organização e padronização na gestão das obrigações financeiras das cooperativas, para manutenção da adimplência e regularidade do junto à OCB.
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Sistema OCB reforça contribuição do setor para resiliência e sustentabilidade
O 3º Workshop de Seguros para Jornalistas, promovido pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), reuniu especialistas, autoridades e representantes de diversos setores nesta sexta-feira (22), no Rio de Janeiro. O encontro teve como foco os desafios da transição climática e o papel do seguro na construção de resiliência frente aos eventos extremos que afetam cada vez mais a sociedade e a economia.
O Sistema OCB foi representado por Alex Macedo, coordenador de Meio Ambiente, que apresentou a visão do cooperativismo para a agenda climática e destacou propostas que podem fortalecer a proteção de produtores e comunidades frente às mudanças globais.
Segundo Alex, o cooperativismo brasileiro já atua de forma estruturada em iniciativas de mitigação e adaptação, com projetos em eficiência energética, neutralidade de carbono e inovação em modelos produtivos. No campo dos seguros, ele ressaltou que a ampliação da proteção e da previsibilidade orçamentária do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) é um passo essencial para garantir segurança alimentar e estabilidade econômica.
“As cooperativas estão na linha de frente da produção de alimentos e da geração de energia limpa. Para que possam continuar a exercer esse papel estratégico, é fundamental que os instrumentos de seguros climáticos sejam fortalecidos e acessíveis. O risco climático não é mais um evento isolado, mas uma realidade contínua que exige redes de proteção cada vez mais robustas”, afirmou.
De acordo com dados da CNSeg, os eventos climáticos extremos expõem uma lacuna preocupante na cobertura securitária. Em 2024, as perdas globais chegaram a US$ 368 bilhões, mas apenas 40% desse valor estavam segurados, o que deixou um déficit de proteção de cerca de US$ 211 bilhões. No Brasil, a situação é semelhante: entre 2013 e 2022, os prejuízos no setor privado somaram R$ 320 bilhões, 90% concentrados na agricultura e pecuária. Mesmo diante desse cenário, apenas 7,7% da área agrícola cultivada do país conta hoje com seguro rural, o que evidencia a importância de fortalecer programas como o PSR e discutir novas soluções, como o Seguro Social Catástrofe, voltado para grandes desastres. As enchentes no Rio Grande do Sul, por exemplo, geraram perdas estimadas em R$ 100 bilhões, mas apenas 6% desse total estavam amparados por seguros
Durante sua participação, o coordenador destacou ainda que o reconhecimento das cooperativas como atores estratégicos da política climática é indispensável. Isso inclui tanto a valorização de práticas sustentáveis quanto a ampliação do acesso a mecanismos de financiamento verde e ao mercado de créditos de carbono.
O representante do Sistema OCB também apresentou propostas que deverão ser defendidas pelo movimento cooperativista na COP30, a ser realizada em Belém, em 2025. Entre elas, a criação de um seguro social catástrofe, voltado a eventos de grande impacto, e o desenvolvimento de sistemas avançados de monitoramento e alerta precoce, capazes de reduzir perdas e melhorar a resiliência das comunidades.
“O cooperativismo oferece soluções práticas e inovadoras para enfrentar a crise climática. Ao integrar seguros, financiamento e sustentabilidade, mostramos que é possível proteger o presente e construir um futuro mais resiliente para todos”, completou.
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Sistema OCB destacou importância de alinhar princípios, pessoas e sustentabilidade
A Cooperforte completou 41 anos de história com um evento especial que reuniu cooperados, dirigentes e convidados, nesta quinta-feira (21). A celebração foi marcada por reflexões sobre a trajetória da cooperativa e os caminhos para garantir a longevidade e a relevância das organizações cooperativas no cenário atual.
A programação contou com a participação da gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, Débora Ingrisano, que conduziu a palestra Princípios que guiam, pessoas que transformam: a chave para a longevidade das empresas. Em sua fala, Débora destacou a importância de aliar valores cooperativistas a uma gestão voltada para as pessoas e para a sustentabilidade.
Segundo ela, a força das cooperativas está no protagonismo dos cooperados. “Ao contrário das empresas tradicionais, cujo objetivo é o lucro dos acionistas, as cooperativas existem para beneficiar todos os seus membros. Isso garante não só desenvolvimento econômico, mas também inclusão social e fortalecimento das comunidades”, afirmou.
Durante sua apresentação, a gerente também trouxe números que demonstram a relevância do modelo no Brasil e no mundo. Globalmente, já são 3 milhões de cooperativas, com mais de 1 bilhão de cooperados e 280 milhões de empregos gerados. No Brasil, segundo AnuárioCoop 2025, o setor responde por mais de 578 mil empregos diretos, ativos que somam R$ 1,39 trilhão e mais de 25,8 milhões de cooperados.
Para Débora, a longevidade das organizações cooperativas está diretamente ligada à sua capacidade de adaptação e ao cuidado com as pessoas. “Empresas longevas são aquelas que mantêm relevância ao longo do tempo. No caso das cooperativas, o segredo está em alinhar princípios, sustentabilidade e cultura organizacional, colocando sempre as pessoas no centro”, destacou.
O evento também foi oportunidade para resgatar a trajetória da Cooperforte, fundada em 1984 e hoje consolidada como uma das maiores cooperativas de crédito do país. Ao longo de mais de quatro décadas, a instituição se manteve próxima dos cooperados e ampliou sua atuação, reforçando o compromisso com o desenvolvimento sustentável e com o fortalecimento do cooperativismo financeiro no Brasil.
Ao encerrar sua participação, Débora reforçou a relevância da data e do papel da Cooperforte no sistema. “A história da Cooperforte é a prova de que cooperativas constroem um mundo melhor. Mais do que números, é sobre pessoas que transformam realidades e garantem um futuro mais justo e sustentável”, concluiu.
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Evento em Goiânia aproximou cooperativas de startups para inovação
O Pitch Day do ConexãoCoop reuniu cooperativas e startups nesta quarta-feira (20), em Goiânia, na sede da OCB/GO. A iniciativa colocou frente a frente o Sicoob Engecred, CAGEL, COVAL e Uniodonto Goiânia com empresas inovadoras, que apresentaram soluções para desafios estratégicos lançados previamente pelas cooperativas.
Durante a dinâmica, cada startup teve a oportunidade de apresentar suas propostas para atender diretamente às demandas apresentadas pelas cooperativas, evidenciando o objetivo central do programa: conectar o setor cooperativista a tecnologias, metodologias e serviços capazes de gerar resultados concretos e fortalecer a competitividade.
Representando o Sistema OCB nacional, o gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação, Guilherme Souza Costa, participou da abertura do encontro e destacou a importância da iniciativa para transformar os gargalos em oportunidades. “A pesquisa de inovação no cooperativismo mostra que 37% das cooperativas ainda não buscam parcerias fora da organização para inovar, e 42% alegam que falta tempo, ideias e organização para tirar projetos do papel. Então, iniciativas como o Conexão Coop trazem uma metodologia eficiente para superar os principais gargalos das nossas cooperativas quando o assunto é inovar”, ressaltou Costa.
Ele também reforçou que a aproximação com startups fortalece a cultura de inovação dentro do movimento cooperativista:
“Quando aproximamos as cooperativas de startups, abrimos espaço para soluções criativas e ágeis, que ajudam a enfrentar desafios estratégicos de forma prática e eficiente. Essa conexão é essencial para que o cooperativismo continue crescendo e se mantendo competitivo em um mercado cada vez mais dinâmico”, afirmou.
Além das apresentações, o Pitch Day também teve caráter de construção colaborativa, estimulando a troca de experiências entre cooperativas e startups. As soluções mais bem avaliadas foram da Connector Soluções e Serviços e da Especialista AI, que agora terão a oportunidade de desenvolver seus projetos diretamente com as cooperativas participantes.
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Lideranças nacionais alinham propostas conjuntas para fortalecer economia e sustentabilidade
A defesa da competitividade, do emprego e do desenvolvimento sustentável esteve no centro das discussões do Fórum das Confederações, realizado nesta quarta-feira (20), em Brasília. O encontro, sediado na Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), reuniu presidentes de seis entidades representativas do setor produtivo nacional.
Participaram da agenda Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB; José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac; João Martins, presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA); Ricardo Alban, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI); Vander Costa, presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT); e Dyogo Oliveira, presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg). O grupo reforçou a importância do alinhamento institucional para a construção de propostas conjuntas, capazes de fortalecer a economia brasileira e ampliar a geração de oportunidades.
Na avaliação das lideranças, o Fórum das Confederações tem se consolidado como um espaço de articulação estratégica. “O Fórum das Confederações é reconhecido como espaço de diálogo e alinhamento estratégico entre os diferentes setores representados pelas entidades nacionais. A cada reunião, reafirmamos o papel do colegiado de articulação institucional e de busca por soluções conjuntas, contribuindo para levar a voz dos setores produtivos do Brasil a um debate cada vez maior”, afirmou José Roberto Tadros.
Representando o cooperativismo, o presidente Márcio destacou que a atuação conjunta amplia a capacidade de defesa dos interesses nacionais. “O cooperativismo se soma a esse esforço coletivo, trazendo a experiência de um modelo que está presente em diversos segmentos da economia e que tem na geração de empregos, renda e desenvolvimento regional sua principal marca. Estar nesse fórum é garantir que a voz das cooperativas também contribua para a construção de um Brasil mais competitivo e sustentável”, afirmou o presidente.
Entre os temas em debate, ganharam destaque propostas voltadas à modernização da legislação, ao estímulo à inovação e à criação de condições mais favoráveis às empresas brasileiras. Também foi apresentado o evento CNC Global Voices, que contará com a participação de palestrantes internacionais renomados, como os economistas Paul Michael Romer, Prêmio Nobel de 2018, e James Robison, Prêmio Nobel de 2024.
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Sistema OCB amplia acesso a soluções de crédito no estado
O Sistema OCB e a OCB/AM, em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Sebrae e a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), promoveram nesta quarta-feira (20) a edição amazonense do BNDES Mais Perto de Você. A iniciativa reuniu cooperativas e empresários locais interessados em ampliar o acesso a soluções de crédito e financiamento para impulsionar negócios e fortalecer o desenvolvimento sustentável na região.
A ação integra o Acordo de Cooperação Técnica (ACT) firmado entre o Sistema OCB e o BNDES, que tem como objetivo aproximar o banco das cooperativas brasileiras e ampliar o alcance de linhas de crédito mais inclusivas, voltadas tanto para capital de giro e aquisição de equipamentos quanto para investimentos em inovação, eficiência energética e sustentabilidade.
“Compartilhando as possibilidades oferecidas pelo banco, acreditamos que podemos avançar em novos projetos de financiamento e impulsionar diferentes setores do Amazonas. Queremos fomentar novos negócios no estado, de forma que o BNDES siga cumprindo sua missão de promover o desenvolvimento econômico e socioambiental”, destacou Arthur Rezende Pinto, chefe do Departamento de Relacionamento do BNDES.
Cooperativismo no centro da agenda
No Amazonas, onde o cooperativismo está presente em setores como crédito, agropecuária, saúde, transporte e consumo, a aproximação com o BNDES representa mais oportunidades de investimento e competitividade.
“Graças à essa parceria conseguimos ampliar as oportunidades de financiamento para as nossas cooperativas. Isso significa mais desenvolvimento para o estado, geração de emprego e renda para os amazonenses e fortalecimento de um modelo econômico que alia crescimento com inclusão social e sustentabilidade”, afirmou Tania Zanella, superintendente do Sistema OCB .
Preparação para a COP30
O ciclo BNDES Mais Perto de Você também integra a preparação do banco para a COP30, que será realizada em novembro, em Belém (PA). Até lá, o BNDES pretende percorrer todos os estados da Amazônia Legal, para promover o diálogo com empreendedores e cooperativas sobre linhas de crédito e financiamento climático.
Desde 2024, o projeto já passou por 11 capitais brasileiras, consolidando-se como um espaço de aproximação entre instituições financeiras, cooperativas e empresas de diferentes portes. No Amazonas, o encontro reafirmou a importância da união entre setor público e privado para promover um desenvolvimento econômico alinhado aos desafios socioambientais da região.
“Esse evento em Manaus é mais um passo dentro do ACT que temos com o BNDES. Nosso compromisso é garantir que as cooperativas tenham acesso facilitado ao crédito e possam se preparar para o futuro com mais competitividade e sustentabilidade”, concluiu Tania.
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Evento reforça integração nacional e fortalece a gestão estratégica das OCEs
O Sistema OCB abriu, nesta terça-feira (19), em Brasília, o primeiro encontro presencial do Time de Planejamento, grupo que reúne representantes das Organizações Estaduais de Cooperativas (OCEs) e da Unidade Nacional com foco em gestão estratégica. O evento, coordenado pela Gerência de Planejamento, marca o novo ciclo do Plano Estratégico 2025-2030 e transforma o alinhamento institucional em ações concretas para fortalecer o cooperativismo em todo o país.
Na abertura, a gerente-geral do Sistema OCB, Fabíola Nader Motta, destacou a importância do momento como espaço de integração e visão de futuro. “Estamos aqui para aprender uns com os outros, cocriar soluções e reforçar a gestão estratégica. Nosso desafio é transformar dados em conhecimento, e conhecimento em capacidade de ação. O cooperativismo brasileiro conta com a nossa conexão e disposição para evoluir sempre”, afirmou.
O Time de Planejamento nasceu como uma comunidade colaborativa no WhatsApp, criada pela OCB Nacional, e hoje conta com 146 integrantes. O grupo já realizou dois encontros virtuais, mas este é o primeiro em formato presencial, que reúne 63 representantes das OCEs e cerca de 15 da Unidade Nacional. Até o fim do ano, está previsto mais um encontro on-line.
Ao longo de dois dias, os participantes terão uma programação intensa que combina oficinas práticas, dinâmicas e momentos de troca de experiências. Entre os destaques, está a aplicação do Guia Prático para o Desdobramento da Estratégia do Sistema OCB, ferramenta que orienta as OCEs na adaptação do Plano Estratégico nacional às realidades locais e promove alinhamento, inovação e impacto.
O primeiro dia é marcado pela apresentação do Guia e por uma palestra sobre gestão da estratégia, além de dinâmicas voltadas à implementação. Já o segundo, se concentra no aprofundamento das práticas, na consolidação das atividades coletivas e em uma roda de conversa para troca de experiências e boas práticas.
Para Fabíola, cada participante tem um papel essencial nesse processo. “Cada voz aqui importa. Cada ideia pode se transformar em ação concreta para fortalecer o Sistema como um todo. É a partir desse engajamento que conseguimos prever cenários, nos preparar e agir antes, em vez de apenas reagir”, ressaltou.
Segundo o gerente de planejamento, Fábio Estorti, “o encontro contribuirá para consolidar uma rotina sistêmica de gestão da estratégia, com práticas de monitoramento, avaliação e compartilhamento de aprendizados. Dessa forma, cada OCE pode levar para seu contexto local iniciativas alinhadas, adaptadas às suas necessidades, o que assegura coerência e, ao mesmo tempo, identidade própria”.
Para os participantes, trata-se de um espaço para criar referências, trocar experiências e fortalecer a integração nacional. “O Sistema OCB é um só corpo, com diferentes realidades em cada estado. Nossa força está na capacidade de agir conectados”, concluiu Fabíola.
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Chamadas vão escolher cooperativas para os painéis temáticos; protagonismo climático é destaque
O maior evento climático do planeta será palco para mostrar ao mundo a força transformadora do cooperativismo brasileiro. Em 2025, a cidade de Belém (PA) sediará a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), e o Sistema OCB acaba de lançar o edital que vai selecionar cooperativas para representar o setor em diferentes espaços da conferência. A iniciativa reforça o compromisso do movimento com a transição climática justa e oferece às cooperativas a chance de dar visibilidade internacional a suas soluções sustentáveis.
O regulamento completo para a participação em painéis temáticos do cooperativismo, promovido pelo Sistema OCB na programação oficial da COP30, estão disponíveis aqui.
“É a primeira vez que o cooperativismo brasileiro terá uma presença tão estruturada na COP. Queremos mostrar, com dados, experiências e resultados, como as cooperativas já são protagonistas na adaptação e mitigação climática, além de oferecerem alternativas concretas de desenvolvimento territorial sustentável”, destacou Tania Zanella, superintendente do Sistema OCB.
Painéis Temáticos: experiências de todos os ramos
A chamada é aberta a cooperativas de todos os ramos, desde que desenvolvam iniciativas com impacto climático positivo alinhadas aos eixos do Manifesto do Cooperativismo para a COP30. Entre os temas elegíveis estão agricultura de baixo carbono, bioeconomia, energia limpa, financiamento climático e soluções de adaptação e mitigação de riscos.
As cooperativas interessadas devem estar regulares junto ao Sistema OCB e apresentar iniciativas comprovadas, com potencial de replicabilidade, impacto mensurável e conexão com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Os projetos selecionados serão apresentados ao público internacional e brasileiro durante a conferência, em painéis organizados pelo Sistema OCB em espaços de alto nível de interlocução.
“Essa é uma oportunidade única de mostrar ao mundo que o cooperativismo é solução real. A COP30 não é apenas um espaço de fala: é uma vitrine de credibilidade. Por isso, estamos buscando cases que tenham inovação, impacto e resultados concretos”, reforça Tania.
Inscrições e prazos
As inscrições devem ser feitas por meio de formulário eletrônico, disponível no site Coop na COP30. As cooperativas deverão apresentar iniciativas e ter disponibilidade para a participação presencial em Belém, entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025. A data final para envio das propostas é em 8 de setembro.
A seleção será feita por uma comissão técnica independente, que avaliará as iniciativas com base em critérios objetivos, como inovação, impacto, alinhamento estratégico e participação em programas do Sistema OCB (como ESGCoop e soluções climáticas). “Queremos garantir uma presença diversa, representativa e qualificada do cooperativismo brasileiro na COP30. É hora de ocuparmos esse espaço com a força que temos na prática e no território”, finaliza Tania.
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Programa fortalece habilidades humanas e estratégicas de quem quer liderar com propósito
Dois dias de reflexões profundas, vivências transformadoras e trocas significativas marcaram a Oficina da Solução Futuras Lideranças, promovida pelo Sistema OCB nacional e capixaba. Voltada a líderes cooperativistas em diferentes estágios da jornada de desenvolvimento, a atividade integrou diferentes gerações, unindo jovens em formação e lideranças experientes comprometidos com a diversidade, inclusão e sustentabilidade.
A oficina integra a jornada prática do módulo Perenidade e Sustentabilidade da Cooperativa: Entendendo a Diversidade, Equidade e Inclusão, que compõe o programa nacional Futuras Lideranças. A proposta é preparar líderes mais conscientes, conectadas com os desafios contemporâneos da gestão de pessoas e da governança nas cooperativas.
No primeiro dia, a oficina foi dirigida para os líderes inclusivos: dirigentes e gestores que atuam como mentores dos jovens participantes. O segundo dia foi voltado os jovens selecionados por meio edital para participar da Solução Futuras Lideranças.
Para Janine Durand, educadora e instrutora da HSM, o trabalho realizado ultrapassa o desenvolvimento de competências. “Estamos aqui para alargar o olhar, abrir espaço para a diversidade real e pensar quais mudanças precisamos provocar em nós e nos ambientes que ocupamos. O cooperativismo já nasce da potência das pessoas — nosso papel é ampliar essa potência para que caibam todas as vozes, ideias e histórias.”
Segundo Janine, pensar em sucessão não é só preparar um nome para assumir um cargo, mas construir espaços mais humanos, plurais e preparados para lidar com a complexidade do mundo atual. “A liderança cooperativista precisa ser consciente, ética, empática e propositiva. Essa jornada é um convite à transformação pessoal e institucional”, completou.
Transformações reais e compartilhadas
Para os participantes, o programa tem representado uma virada de chave — tanto na forma de se perceber como líder quanto na maneira de lidar com desafios cotidianos nas cooperativas.
O coordenador de Desenvolvimento Humano e Social da OCB/ES, Marcos Vinicius Martins dos Passos, ressaltou que o programa é uma ferramenta estratégica para preparar as novas gerações. “Com o programa Futuras Lideranças, nosso objetivo é preparar jovens cooperativistas para os desafios contemporâneos do cooperativismo, fortalecendo sua confiança e segurança para assumirem posições de liderança e conduzirem suas cooperativas rumo ao futuro. Nesta semana, avançamos para o quarto módulo, que trouxe reflexões profundas sobre ‘Diversidade, democracia e quebra de paradigmas’. Esses temas são fundamentais para a formação de lideranças conscientes, capazes de ouvir com atenção, compreender diferentes perspectivas e promover ambientes de trabalho mais empáticos, inclusivos e eficazes. Estamos formando líderes preparados para transformar o cooperativismo com sensibilidade, visão e propósito.”
“Estou no cooperativismo há 35 anos, mas aqui estou revendo vários conceitos. Tive que ter coragem para abrir minha mente. Coisas que eu achava normais, percebi que não são. E isso muda tudo: muda como eu lidero e como posso apoiar minha equipe a crescer”, contou Darinete Buss Nascimento, gerente de agência no Sicoob Coopermais no ES.
Hugo Pimentel Comarela, do Sicoob Sul Serrano, também compartilhou os impactos da formação. “O programa me ajuda a ser uma metamorfose. Se alguém conversou comigo no início, vai perceber que hoje sou uma pessoa diferente. As ferramentas, os estudos e a mentoria me ajudam a lidar melhor com conflitos e inspirar a equipe. É uma mudança constante.”
A analista da Gerência de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, Divani Ferreira, destacou que a Solução Futuras Lideranças é estratégica para a sustentabilidade do cooperativismo: “A proposta é apoiar a sucessão, identificar talentos diversos e formar lideranças alinhadas à agenda ESG. Isso passa por inclusão, diversidade e equidade — elementos centrais para a perenidade dos negócios e das relações.”
Formação baseada em estratégia e valores
A Solução Futuras Lideranças foi construída de forma colaborativa entre 2022 e 2023, inspirada nas experiências dos projetos Somos Líderes e Semeando Futuros, além das contribuições de um Grupo de Trabalho formado por representantes das OCEs. O objetivo foi desenvolver uma proposta nacional voltada para enfrentar os desafios da Sucessão na Gestão para Perenidade das Instituições Cooperativistas.
A solução está alinhada com as Diretrizes do 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC), que apontaram a sucessão, a governança e a diversidade como pilares para o futuro do setor.
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Visita integra ações do Programa Sinergia, que premia boas práticas em sustentabilidade
As cooperativas premiadas pelo Programa Sinergia, do Sicoob SC/RS, estiveram nesta quinta-feira (14), na sede do Sistema OCB para uma imersão sobre a atuação estratégica da entidade na defesa e no fortalecimento do cooperativismo brasileiro. A visita fez parte da agenda nacional organizada pela Confebras, com atividades em instituições de referência do setor, e reuniu cerca de 30 lideranças cooperativistas.
Durante sua apresentação, o coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, Eduardo Queiroz, fez um panorama amplo do cooperativismo no Brasil e no mundo, e destacou a importância do Sistema OCB para promover maior competitividade para as cooperativas. Hoje, são mais de 3 milhões de cooperativas no mundo, que reúnem mais de 1 bilhão de cooperados — o equivalente a 12% da população mundial — e geram 280 milhões de empregos. No Brasil, o setor movimenta R$ 757,9 bilhões por ano e tem forte presença em áreas estratégicas: responde por 53% da produção nacional de grãos, 25% da capacidade de armazenamento do país, 38% da saúde suplementar e transporta 450 milhões de toneladas de cargas anualmente.
Para encerrar, o coordenador ressaltou a importância da participação do cooperativismo na COP30, em 2025, e o reconhecimento da ONU ao declarar 2025 como Ano Internacional das Cooperativas. “Temos uma oportunidade única de mostrar ao mundo que o cooperativismo brasileiro é inovador, competitivo e comprometido com o desenvolvimento sustentável”, concluiu.
Força do cooperativismo de crédito
Em seguida, a analista de relações institucionais do Ramo Crédito, Feulga Reis, falou sobre o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC), que já reúne 21,3 milhões de cooperados, 10.220 pontos de atendimento e ativos totais de R$ 885,3 bilhões. “O cooperativismo de crédito está presente em 469 municípios onde não há outra instituição financeira, garantindo inclusão e desenvolvimento. É um segmento sólido, competitivo e com forte impacto econômico e social”, declarou.
Feulga apresentou dados que mostram o diferencial do modelo: municípios com cooperativas de crédito têm PIB per capita 10% maior, taxa de emprego formal 15% superior e massa salarial 23% mais elevada que a média. Além disso, registram redução significativa na vulnerabilidade social, com menos famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza.
Ele também destacou iniciativas estratégicas, como o Projeto Conhecer para Cooperar, que promove intercâmbio de experiências com sistemas cooperativos no Brasil e no exterior, e as ações conjuntas com o Banco Central para promover um ambiente regulatório adequado para o cooperativismo de crédito.
Intercooperação e reconhecimento
O Programa Sinergia reconhece e premia as cooperativas do Sicoob SC/RS que mais se destacam em ações de relacionamento com o cooperado e em práticas de sustentabilidade. Para as lideranças presentes, a troca de experiências em Brasília ampliou a visão sobre o papel estratégico da representação e pode inspirar novas iniciativas para fortalecer o vínculo com os associados e a comunidade.
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Medida busca mitigar impactos do tarifaço dos EUA e entidade avalia efeitos no agro
O Sistema OCB acompanhou, nesta quarta-feira (13), no Palácio do Planalto, a cerimônia de assinatura da Medida Provisória Brasil Soberano (MP1.309/2025), anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como resposta ao aumento de até 50% nas tarifas de importação aplicadas pelo governo dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A Medida foi publicada no período da tarde.
O chamado tarifaço entrou em vigor no último dia 6 de agosto. Os principais setores afetados incluem cadeias produtivas relevantes para o cooperativismo brasileiro, como proteína animal (peixes e carnes), lácteos, mel, frutas frescas e processadas, além de grãos e derivados. Segmentos industriais ligados ao agro, como máquinas e equipamentos, também estão entre os mais atingidos, dada a dependência de parte de suas vendas para o mercado dos Estados Unidos.
A Medida Provisória estabelece um conjunto inicial de medidas para mitigar os prejuízos, entre elas uma linha de crédito de R$ 30 bilhões voltada a empresas atingidas pela decisão norte-americana. Além do crédito, o pacote inclui a ampliação de compras governamentais — com foco em gêneros alimentícios que seriam exportados — para abastecer programas sociais, e uma estratégia de abertura de novos mercados para reduzir a dependência comercial em relação aos EUA.
Segundo o presidente Lula, o valor inicial poderá ser reforçado, caso necessário, para garantir a manutenção de empregos e da atividade produtiva. A atenção será especial às pequenas e médias empresas com maior dependência do mercado norte-americano, que exportam produtos como tilápia, mel, frutas e itens industrializados.
O plano de contingência inclui, ainda, a possibilidade de acionar a Organização Mundial do Comércio (OMC) e de aplicar a chamada Lei da Reciprocidade (15.122/2025), avaliando eventuais medidas que o Brasil poderá adotar em contrapartida. O presidente também ressaltou que o diálogo com os EUA seguirá aberto.
Para o Sistema OCB, a MP Brasil Soberano é um movimento relevante diante do cenário de instabilidade gerado pelo tarifaço e será analisada com atenção para mensurar seus efeitos sobre o agronegócio cooperativo.
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Premiação reconhece artigos sobre cooperativismo de crédito e desenvolvimento
O Prêmio ABDE-BID de Artigos de Desenvolvimento, promovido pela Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pelo Sistema OCB, chega à sua 11ª edição. A iniciativa reafirma seu papel como uma das mais importantes iniciativas de valorização da produção acadêmica e técnica voltada ao desenvolvimento sustentável no Brasil. Com inscrições abertas de 13 de agosto a 12 de outubro de 2025, a premiação contempla três categorias, incluindo uma exclusiva voltada ao desenvolvimento e cooperativismo de crédito.
Desde 2017, o Sistema OCB é parceiro do prêmio, mantendo essa categoria específica como forma de incentivar a reflexão qualificada sobre o papel das cooperativas de crédito na inclusão financeira e no fortalecimento das economias locais. O objetivo é criar conexões entre o setor cooperativista, a academia e o Sistema Nacional de Fomento (SNF), gerando conhecimento aplicado e inspirando políticas públicas mais efetivas.
Categoria 3: Desenvolvimento e Cooperativismo de Crédito
A categoria exclusiva do Sistema OCB em 2025 vai priorizar trabalhos que abordem temas emergentes e estratégicos para o setor, como:
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Inovação e transformação digital;
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Intercooperação e parcerias estratégicas;
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ESG e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS);
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Bioeconomia aplicada ao crédito cooperativo;
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Participação ativa das cooperativas em políticas públicas.
Além da categoria dedicada ao cooperativismo de crédito, o Prêmio conta com outras duas frentes temáticas: Financiamento ao Desenvolvimento Sustentável, Inclusivo e Inovativo e Promoção da Bioeconomia como Estratégia de Desenvolvimento. Juntas, as três categorias contemplam assuntos estratégicos para o futuro do país.
Sinergia com outras iniciativas
A participação no Prêmio ABDE-BID se soma a um conjunto de ações estruturantes de fomento à pesquisa em cooperativismo já conduzidas pelo Sistema OCB.
Entre elas está o Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo (EBPC), realizado bienalmente, que se consolidou como um espaço de excelência para o debate científico sobre o cooperativismo. “A conexão entre o EBPC e o Prêmio ABDE-BID amplia o alcance e a visibilidade das pesquisas, além de reconhecer o trabalho de pesquisadores que contribuem para o aprimoramento das cooperativas”, afirma Guilherme Costa, gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB.
Outra iniciativa complementa as chamadas públicas de apoio à pesquisa em cooperativismo, uma parceria entre Sescoop e CNPq que, desde 2019, financiam projetos dedicados à geração de conhecimento estratégico para o movimento. O Prêmio ABDE-BID atua como vitrine e espaço de valorização para os resultados dessas pesquisas, reforçando a cultura de inovação, avaliação de impacto e disseminação de boas práticas.
Cronograma do Prêmio ABDE-BID 2025
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Envio dos trabalhos: 13/08 a 12/10/2025
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Avaliação da banca: 13/10 a 10/11/2025
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Divulgação dos vencedores: 14/11/2025
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Entrega da premiação: 02/12/2025
Os interessados devem submeter seus artigos pelo site oficial da ABDE. Podem participar pesquisadores, professores, estudantes, técnicos e profissionais de diferentes áreas que tenham interesse em discutir e propor soluções para o desenvolvimento econômico, social e sustentável do Brasil a partir da perspectiva do cooperativismo de crédito.
Reconhecimento e impacto
Além de ampliar a visibilidade dos autores e de suas pesquisas, o Prêmio ABDE-BID fortalece a integração entre teoria e prática. Ao estimular estudos aplicados, a premiação contribui para que as cooperativas aprimorem seus modelos de gestão, inovem em seus produtos e serviços e reforcem seu compromisso com o desenvolvimento regional.
Se você pesquisa ou atua na área de cooperativismo de crédito, essa é a oportunidade de mostrar seu trabalho, contribuir para o avanço do setor e fazer parte dessa rede de transformação. Inscreva-se!
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Lideranças debatem produtividade do setor e lança plataforma inédita com dados abertos
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, participou, na quinta-feira passada (7), da abertura do Encontro Nacional sobre Governança Educacional, promovido pela Associação De Olho no Material Escolar, em Brasília. O evento reuniu autoridades e representantes de instituições públicas e privadas para debater o papel da educação como motor de produtividade e de transformação social no Brasil.
Com o tema Educação e produtividade: desafios e oportunidades para o Brasil, o encontro foi palco do lançamento do Painel da Educação, uma plataforma pública, online e gratuita que reúne dados abertos de diversas fontes nacionais e internacionais — como o Censo Escolar, Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), Estudo Internacional de Progresso em Leitura (PIRLS), Estudo Internacional de Tendências em Matemática e Ciências (TIMSS) e Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa).
A ferramenta permite segmentar e comparar indicadores de desempenho da educação básica de forma acessível e interativa, representando um avanço na transparência e no uso de evidências para a formulação de políticas públicas.
Conexão
Em nome do cooperativismo brasileiro, o presidente Márcio destacou a conexão entre educação de qualidade e os valores que movem o setor. “A base do cooperativismo é a cooperação entre pessoas. E essa cultura só se constrói com educação. Formar cidadãos críticos, capazes de empreender, inovar e colaborar é essencial para as cooperativas, mas também para o desenvolvimento sustentável do país como um todo”, afirmou.
Ele também ressaltou a importância de que os materiais escolares reflitam, com equilíbrio e base científica, o papel dos diferentes setores da economia, inclusive o cooperativismo. “A escola precisa estar conectada à realidade dos estudantes e do país. E isso passa por reconhecer a contribuição do agro, da indústria, do crédito e de tantos outros ramos onde o cooperativismo atua e gera impacto”, disse Márcio.
Estiveram presentes no evento o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban; o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Vital do Rêgo; e o ministro do TCU e embaixador da Rede Governança Brasil (RGB), Augusto Nardes. A mesa de abertura também contou com a presidente da Associação De Olho no Material Escolar, Letícia Jacintho, e a diretora adjunta do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Fabíola Bontempo.
Compromisso permanente
O Sistema OCB tem atuado ativamente para aproximar o setor educacional do universo cooperativista. “Quando o Brasil aposta na educação, está investindo na sua própria capacidade de crescer com equidade, inovação e justiça social. O cooperativismo entende isso como parte da sua missão — por isso estamos aqui, para contribuir com essa construção coletiva”, concluiu Márcio.
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Evento reunirá pesquisadores e lideranças para debater ciência, inovação e futuro do cooperativismo
As inscrições para o 8º Encontro Brasileiro de Pesquisa em Cooperativismo (EBPC) estão oficialmente abertas! A partir desta segunda-feira, 11 de agosto, os interessados em participar da edição de 2025 já podem garantir presença em um dos principais fóruns científicos dedicados ao cooperativismo no Brasil. O evento será presencial, com realização em Brasília (DF), e promete ser um espaço de trocas valiosas entre academia, setor produtivo, poder público e sociedade civil.
Promovido pelo Sistema OCB, o EBPC tem como proposta estimular a produção e o compartilhamento de conhecimentos aplicados à realidade cooperativa, fortalecendo a ponte entre teoria e prática. A cada edição, o encontro amplia sua relevância, consolidando-se como referência nacional em pesquisa, inovação e estratégias para o desenvolvimento do movimento cooperativista.
A edição deste ano será marcada por painéis com especialistas, apresentação de pesquisas selecionadas, lançamento de publicações e momentos de conexão entre os participantes. A programação completa será divulgada nas próximas semanas, mas o público já pode se inscrever gratuitamente no site oficial do EBPC.
A lista completa dos trabalhos selecionados para apresentação no EBPC 2025 também já está disponível. Clique aqui e veja se o seu foi aprovado. As inscrições para o público geral seguem abertas até 1º de outubro de 2025, com vagas limitadas. Já os autores de trabalhos aprovados poderão se inscrever de 11 a 31 de agosto.
O evento é voltado a um público diverso, que inclui pesquisadores, estudantes, lideranças cooperativistas, técnicos, gestores públicos e privados, comunicadores, consultores e profissionais interessados em temas como desenvolvimento regional, sustentabilidade, governança, economia e impacto social. Todos têm papel essencial na construção de soluções inovadoras para os desafios do setor.
Além das atividades presenciais, o encontro também será uma vitrine para os resultados mais recentes da produção científica voltada ao cooperativismo. A expectativa é de que os debates contribuam para influenciar políticas públicas, aprimorar práticas de gestão e ampliar o reconhecimento do modelo cooperativo como alternativa moderna e sustentável para o desenvolvimento do país.
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Com recorde de submissões, edição de 2025 destaca ciência, diversidade e impacto social
Palestra e painel reforçam importância do modelo de negócios na economia brasileira
O cooperativismo é uma das principais forças capazes de impulsionar o crescimento do Brasil. Essa foi a mensagem central da palestra magna apresentada por José Roberto Mendonça de Barros, economista e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, durante o evento SomosCoop + B3 – Uma Celebração do Ano Internacional das Cooperativas.
Com ampla experiência em políticas públicas e no mercado financeiro, Mendonça de Barros traçou um panorama econômico realista e, ao mesmo tempo, otimista, reforçando que o modelo cooperativista reúne os elementos mais importantes para o avanço sustentável da economia brasileira.
“O caminho de liderança do cooperativismo é o que o Brasil precisa para crescer. Ele viabiliza produção, inovação, acesso ao crédito e inclusão produtiva. É essa combinação que pode puxar a economia do país para um novo patamar”, afirmou o economista.
Ele comentou o que chamou de “arraso do PIB” neste ano, citando os impactos de uma safra mais fraca e de um cenário global desafiador. Ainda assim, a MB Associados, consultoria da qual é fundador, projeta um crescimento de 2,2% para o PIB brasileiro em 2025, impulsionado principalmente pelo agronegócio.
Segundo Mendonça de Barros, o setor agropecuário segue como principal motor da atividade econômica — e as cooperativas são protagonistas nesse processo. “O cooperativismo agropecuário lidera esse avanço. São as cooperativas que expandem a produção com escala, tecnologia e eficiência, e que levam crédito onde os grandes bancos não chegam.”
O economista destacou também que o Brasil é o país com as melhores condições para seguir aumentando sua produção de alimentos, com vantagens como clima, solo, tecnologia e uma juventude engajada no campo.
Transformações no agro lideradas pelo coop
“O agro brasileiro vai continuar sendo protagonista, mas é o cooperativismo que garante que esse protagonismo seja inclusivo, moderno e sustentável”, afirmou Mendonça de Barros, ao apontar alguns avanços em curso no setor agropecuário, tais como: expansão da agricultura de precisão e digitalização; avanço na utilização de big data para gestão de riscos e finanças; melhorias nos sistemas integrados de produção (lavoura, pecuária, pastagem); intensificação no uso de bioprodutos e defensivos naturais; e crescimento da agricultura regenerativa, com foco em sustentabilidade.
Mesa-redonda reforça papel das coops no mercado financeiro
Logo após a palestra, o evento seguiu com a mesa-redonda Oportunidades e Desafios para o Modelo de Negócios Cooperativista, que reuniu representantes do cooperativismo, da Comissão de Valores Mobiliados (CVM), da B3 e da Anbima para debater o fortalecimento das cooperativas no mercado de capitais e no financiamento do agro.
Representando o movimento cooperativista, Vladimir Duarte, atual coordenador do GT Executivo do CECO e CEO da Unicred, foi direto ao ponto: “O PIB do Brasil tem sido um sucesso com ajuda direta do cooperativismo. Hoje, cerca de 7% da população brasileira já participa de uma cooperativa de crédito. Somos muito mais do que uma alternativa — somos reguladores do mercado, com práticas sólidas, presença capilar e foco em resultados sustentáveis”.
Fabio Hull, diretor de relacionamento da B3, trouxe dados que comprovam o avanço das cooperativas no mercado financeiro. “A colaboração das cooperativas com a B3 tem sido essencial para consolidar um ambiente de negócios mais transparente e eficiente. Temos mais de R$ 500 milhões em RBDs de cooperativas registradas e mais de R$ 50 bilhões em empréstimos via CPR. São números que refletem uma parceria sólida, construída com proximidade, empenho e confiança mútua.”
Superintendente de Reprsentação da Ambima, Tatiana Matie Itikawa, ressaltou que as cooperativas são um exemplo de como é possível aliar governança, inclusão e resultado financeiro. “O papel do cooperativismo no mercado é fundamental para ampliar o acesso a investimentos com responsabilidade e propósito”, declarou.
Já Bruno de Freitas Gomes, superintendente de agro da CVM, fechou o painel destacando o papel das cooperativas como elo essencial para o financiamento agrícola. “Pelo agro, temos observado com clareza como as cooperativas são fundamentais para fazer o capital chegar na ponta. Elas representam um canal confiável, transparente e em expansão. O avanço regulatório deve acompanhar essa evolução, apoiando um modelo que entrega desenvolvimento local com estrutura e responsabilidade.”
A mesa-redonda reafirmou que o cooperativismo, especialmente nas áreas de crédito e agro, está preparado para integrar-se com força e consistência ao mercado financeiro — sem abrir mão de sua essência baseada na confiança, inclusão e sustentabilidade.