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- Artigo Secundário 3
Trilha mostra como marcas cooperativas podem se destacar com estratégia e autenticidade
A trilha Marketing – Divulgar, engajar e converter oferecida no segundo dia da Semana de Competitividade 2025 reuniu especialistas com trajetórias sólidas para discutir como as marcas cooperativas podem se destacar em um cenário de excesso de informação e escassez de atenção.
A abertura ficou por conta de Ricardo Dias, CEO da Adventures, que explorou o tema Fale com quem importa: estratégias de segmentação de públicos e canais. Com base na chamada ‘economia da atenção’, Ricardo mostrou que a dinâmica do consumo mudou profundamente. “Hoje, os influenciadores organizam públicos e criam marcas do zero com engajamento massivo. O segredo é parar de interromper e começar a entreter”, afirmou. Ele destacou ainda que a construção de comunidades se tornou a base para o crescimento de novas marcas e que segmentar deixou de ser uma questão técnica e passou a ser uma questão de sobrevivência.
Em seguida, Giuliana Tranquilini, professora e colunista da StartSe University, trouxe uma perspectiva inovadora com o tema Collab de marca: oportunidade de intercooperação? A palestra apresentou o conceito de colaboração como ferramenta de inovação e ampliação de impacto, com foco em parcerias entre marcas com valores complementares. “Quando a comunicação colabora, o impacto multiplica. Uma história contada a muitas vozes tem mais alcance, mais memória e mais poder de transformação”, ressaltou. Giuliana provocou os participantes a pensar em campanhas colaborativas entre cooperativas, como forma de crescer com propósito e dividir protagonismo.
A cofundadora da Layer-Up, Samira Cardoso, por sua vez, assumiu o palco com o tema Comunicação que vende, abordando estratégias para posicionamento de marca e conversão de clientes. “Se sua marca não está clara para você, ela não estará clara para ninguém. Vender começa antes do produto, começa na percepção”, defendeu. Samira reforçou que o alinhamento entre discurso, experiência e entrega é o que gera credibilidade, confiança e, consequentemente, vendas.
À tarde, a trilha seguiu com a CEO da Sympla, Tereza Santos, falando sobre Marketing de relacionamento: como criar conexões duradouras. Tereza compartilhou sua experiência com grandes públicos e plataformas digitais e destacou o poder do encantamento. “Satisfazer é atender às expectativas. Encantar é superá-las. E encantamento não vem de scripts: vem da escuta real, da personalização e do cuidado genuíno”, disse. Para ela, a conexão emocional é o diferencial competitivo mais sustentável que uma marca pode ter.
O painel Conectando pessoas, criando movimentos, reuniu Claudio Halley, superintendente de estratégia e gestão do Sicoob, e João Gustavo Clark, superintendente de marketing e growth do Sicredi. A conversa abordou como a comunicação pode mobilizar, engajar e fortalecer vínculos dentro e fora das cooperativas. “O cooperativismo já é um movimento por natureza. A comunicação só precisa dar voz e visibilidade a isso”, destacou Halley. Clark reforçou: “mais do que campanhas, criamos jornadas de pertencimento. O marketing precisa ser tão cooperativo quanto o modelo que representa”.
Encerrando a trilha, Beatriz Guarezi, sócia da Bits to Brands, abordou ‘a crise da atenção’ e provocou o público com dados e reflexões sobre o comportamento digital. “Vivemos um paradoxo: nunca estivemos tão conectados e tão distraídos. Capturar atenção hoje é criar relevância, contexto e propósito — e isso exige consistência e criatividade em múltiplos canais”, afirmou. Para Beatriz, as marcas precisam parar de competir por cliques e começar a disputar significado.
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Valor das marcas fortes e autênticas foi foco de uma das trilhas da Semana de Competitividade
Na era da hiperconexão e da economia de atenção, o que torna uma marca verdadeiramente relevante? A trilha Branding – Construindo marcas que conectam, que integrou a programação do segundo dia da Semana de Competitividade 2025, propôs reflexões e práticas sobre como as cooperativas podem se destacar ao unir identidade, propósito e estratégia em suas marcas.
A programação foi pensada para provocar os participantes a repensar o papel das marcas além do logotipo ou da presença digital. A trilha começou com a historiadora Carolina Kuk, que trouxe à tona o papel da memória institucional como ativo estratégico. “Zelar pela história não é nostalgia. É construir reputação com base na identidade que foi forjada ao longo do tempo”, afirmou. Para ela, registros históricos, documentos e objetos guardam mais do que memórias: representam relações, valores e conquistas que sustentam a credibilidade de uma marca.
Na sequência, a trilha ganhou um tom mais prático com insights sobre storytelling, identidade de marca e posicionamento estratégico. A professora e consultora Martha Terenzzo destacou o poder das histórias como ferramenta de conexão emocional e inspiração. “Cooperativas já têm a matéria-prima principal para contar histórias: pessoas e causas reais”, reforçou. Ela apresentou técnicas fundamentais do brand storytelling e ressaltou que “histórias devem ser verdadeiras, relevantes e humanas”, conectando a essência emocional das marcas com suas audiências. Para ela, contar histórias é gerar legado. “Estamos fazendo como nossos antepassados: compartilhando histórias e gerando aprendizados”.
A escritora e especialista em branding, Tânia Savaget, trouxe uma análise sobre o papel das marcas no tempo presente. Em sua fala, destacou que marcas são construções de significado e que, hoje, elas representam “visões de mundo, filosofias de negócio e conjuntos de valores e competências”. Tânia também apresentou a evolução das marcas ao longo das décadas. “As grandes transformações da história humana são coletivas, colaborativas e cooperativas. Temos, como cooperativas, uma oportunidade real de construir marcas com propósito, cultura e competência”.
O especialista Felipe Schmitt-Fleischer reforçou a integração entre marca e estratégia de negócio. “A marca é a promessa. O negócio é quem cumpre”, explicou. Para ele, marcas bem-sucedidas criam diferenciação e tornam-se parte da memória afetiva das pessoas. Sua abordagem conectou o branding ao impacto direto nas decisões estratégicas das cooperativas.
O painel Força da marca cooperativa: conquistando corações e mercados trouxe exemplos concretos com Cristhian Jopia, gerente comercial da Coopexvale, e Neivor Canton, presidente da Aurora Coop. Jopia compartilhou a trajetória da Coopexvale, que une sabor e propósito para levar as uvas do Vale do São Francisco a mercados internacionais. “Mais do que uvas, entregamos histórias de cooperação, qualidade e paixão pelo que fazemos”, afirmou. Ele mostrou como a marca tem sido fortalecida com base em valores como sustentabilidade, ética e valorização humana, além do uso consistente do selo carimbo SomosCoop. Já Neivor destacou a importância de manter a identidade cooperativa como diferencial competitivo, ressaltando que “ser cooperativa é seguir um modelo de negócio, mas também uma bandeira que comunica confiança, qualidade e pertencimento”.
Encerrando a trilha, os designers Erika Martins e Rafael Todeschini, da Oblíquo Design, provocaram o público com uma reflexão sobre branding com propósito. Para eles, marcas com propósito são aquelas que sabem quem são, por que existem e o que defendem. “É preciso construir marcas que gerem impacto, que sejam relevantes e que reflitam os valores das comunidades a que pertencem”, afirmaram. Eles destacaram também a importância de alinhar cultura e comunicação como parte de uma mesma estratégia.
Fortalecer marcas cooperativas também passa por ampliar sua presença no ambiente digital — e o Sistema OCB tem investido nessa frente com o lançamento do MarketCoop, o primeiro marketplace exclusivo para produtos e serviços de cooperativas brasileiras. A iniciativa busca dar visibilidade às marcas do cooperativismo, conectando propósito e competitividade em uma vitrine online pensada para valorizar a identidade, a qualidade e a origem cooperativa. Além de impulsionar as vendas, o MarketCoop contribui para consolidar narrativas autênticas e estratégicas no universo digital, alinhadas ao movimento SomosCoop.
A trilha de Branding se consolidou como um convite à ação: construir marcas cooperativas autênticas, que inspirem confiança, gerem valor e deixem um legado duradouro para o movimento.
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Plenária destaca como a tecnologia pode ser usada para alavancar o cooperativismo
O segundo dia da Semana de Competitividade 2025 começou com um convite à reflexão profunda: como as cooperativas estão se preparando para o impacto transformador da Inteligência Artificial (IA)? A palestra Como a IA está moldando a nova lógica da competitividade, ministrada por Ricardo Cavallini, especialista em inovação e membro da global faculty da Singularity University, trouxe uma mensagem direta: ou evoluímos, ou ficamos para trás.
Com uma linguagem acessível e exemplos práticos, Cavallini alertou para a urgência do uso estratégico da IA. “Tudo o que a gente faz acabou de ficar medíocre. Porque agora existe um software novo, acessível, que pode deixar tudo mais inteligente, mais econômico, mais atrativo. E se a gente esperar cinco anos para usar, aí sim estaremos muito atrasados”, destacou.
Durante a apresentação, ele reforçou que a revolução tecnológica não está no futuro — ela já está acontecendo. “Tem drone colhendo fruta, robô fazendo distribuição, IA ajudando operadores no campo. Se até a Apple e o Google ficaram para trás, por que uma cooperativa não ficaria se não se atualizar?”, provocou.
A mensagem de Cavallini foi além do impacto tecnológico: ele enfatizou os riscos de aplicar Inteligência Artificial com um viés corporativo que não condiz com os princípios do cooperativismo. “Essas ferramentas foram treinadas com dados gringos, validadas por empresas com lógicas diferentes. A IA que está aí fora, foi feita para um mundo de comando e controle, e não para o modelo colaborativo das cooperativas. Se a gente usar do jeito errado, ela muda quem somos, em vez de nos ajudar a ser melhores”.
Para o especialista, o desafio é usar a IA sem renunciar à essência. “O cooperativismo é o que há de mais moderno em gestão. Vocês representam um modelo que preza por escuta, pertencimento e propósito. Não faz sentido adotar uma tecnologia que apague tudo isso”, declarou.
Cavallini apresentou ainda exemplos inspiradores de pequenas inovações feitas com IA que geraram impactos reais — desde curadoria de vídeos para economizar tempo até sistemas que economizam milhões em operações comerciais. “A grande virada está nas pequenas aplicações. A IA não precisa ser algo gigantesco. Muitas vezes, são soluções simples aplicadas com inteligência que transformam o negócio”.
Ele também desmistificou o uso da IA por pessoas que não são nativas digitais. “Quem tem mais de 30 anos pode achar que está em desvantagem, mas está em vantagem. Porque sabe fazer as perguntas certas e validar as respostas. Isso é o que faz toda a diferença no uso dessas ferramentas.”
A mensagem final de Cavallini foi clara: a IA não é inimiga, é ferramenta. Mas o cooperativismo precisa se apropriar dela de forma crítica, estratégica e consciente. “A dor de vocês é o que vai apontar onde aplicar a IA. Só vocês sabem onde ela pode transformar de verdade”, concluiu.
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Designer destaca força do movimento e poder do branding para transformar marcas
Fred Gelli, CEO da Tátil DesignO designer Fred Gelli, cofundador e CEO da Tátil Design, encerrou o primeiro dia da Semana da Competitividade 2025 com uma palestra inspiradora sobre branding, identidade e a construção de marcas com propósito. O evento, promovido pelo Sistema OCB, segue até quarta-feira (11) e reúne lideranças cooperativistas, especialistas e influenciadores em torno de debates sobre inovação, sustentabilidade e protagonismo na comunicação e no marketing das cooperativas brasileiras.
Responsável pela identidade visual dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 e eleito pelo Fórum Econômico Mundial como um dos dez designers mais influentes do mundo, Fred destacou a evolução do cooperativismo brasileiro como um ecossistema engajado e com forte conexão emocional com seu público. “Logo na chegada, vi uma galera empolgada tirando fotos, filmando e dizendo ‘SomosCoop!’. Isso não se compra com consultoria nem se inventa em planilha. Isso é construído com história, com entrega de valor real”, afirmou.
Durante sua apresentação, o designer abordou os desafios e oportunidades para o cooperativismo na construção de marcas relevantes, destacando que vivemos um momento propício para organizações com propósito claro e impacto positivo. “Existe uma geração inteira com apetite por transformação. E transformação é evolução. Isso o cooperativismo tem de sobra”, disse.
Fred também refletiu sobre o tema central do evento. “Quando ouvi pela primeira vez o nome Semana de Competitividade’, achei curioso ver essa palavra em um encontro de cooperativas. Parecia contraditório — mas não é. É provocativo. O que estamos dizendo é: como podemos competir cooperando?”, questionou.
Em sua fala, ele defendeu ainda uma abordagem mais sensorial e emocional para o branding. “O design é a alma visível do produto. Marcas não podem ser genéricas. Se você tapa o logo e não sabe quem está falando, essa marca não tem uma voz própria”, afirmou. E compartilhou experiências internacionais com design emocional e sustentável, ressaltando a importância da cultura e da autenticidade na criação de marcas memoráveis.
Segundo Fred, as marcas possuem três estágios de maturidade:
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Fortes: quando são lembradas por sua consistência e confiabilidade;
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Amáveis: que conquistam espaço afetivo e fidelizam emocionalmente o público.
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Campainistas: aquelas que existem para provocar transformação no mundo, com forte engajamento social e propósito.
Fred considera que o branding deixou de ser um “apêndice do marketing” e passou a ser uma ferramenta estratégica fundamental. “Branding é estratégia. É liderança. É cultura. É identidade. É a bússola que orienta o negócio”. E apresentou as quatro dimensões essenciais de uma marca: produto e serviço – a base de tudo é a qualidade; cultura – aquilo que se vive internamente reflete na percepção externa; relacionamento – como a marca se comunica e se posiciona; e simbologia – o lugar que ocupa no coração das pessoas.
Ao final, o designer reforçou que as cooperativas já possuem uma vantagem competitiva poderosa: a alma. “O mundo está cheio de coisas incríveis que não emocionam. O que emociona tem alma. E isso, vocês, cooperativistas, têm de sobra. Façam disso sua maior vantagem competitiva”, concluiu.
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Plenária destaca avanço do movimento e foco em conversão de consumo consciente
No primeiro dia da Semana de Competitividade 2025, a gerente-geral da OCB, Fabíola Nader Motta, conduziu a apresentação SomosCoop: o movimento que conecta e transforma com uma proposta clara e contundente: transformar reconhecimento em ação. Segundo ela, o cooperativismo já é valorizado por grande parte da sociedade — agora, o desafio é torná-lo cada vez mais presente nas escolhas de consumo dos brasileiros.
A plenária foi uma verdadeira viagem pela trajetória do movimento SomosCoop, iniciado em 2017 com o objetivo de unificar a comunicação do cooperativismo no país. De lá para cá, a marca se consolidou em campanhas memoráveis com o tenista Guga Kuerten, com a websérie SomosCoop na Estrada, apresentada pela jornalista Glenda Kozlowski e em ações como o Bora Cooperar, que aproximaram o setor da cultura pop, das redes sociais e dos consumidores de todas as regiões.
Com apoio de dados e pesquisas, Fabíola mostrou os avanços concretos dessa estratégia. Em 2018, uma pesquisa nacional mostrou que 56% dos brasileiros não conseguiam citar o nome de nenhuma cooperativa. Em 2023, em nova edição da pesquisa, esse número caiu para 23%. E mais: 63% dos entrevistados afirmaram que o fato de um produto ou serviço ser de uma cooperativa influencia sua decisão de compra. “Agora, chegou o momento de ativar o modo vendas. As pessoas já reconhecem a importância do cooperativismo. Precisamos garantir que elas saibam também como e onde escolher o coop”, afirmou Fabíola.
Esse novo momento do movimento SomosCoop se alinha a uma conquista global: o reconhecimento de 2025 como o Ano Internacional das Cooperativas, declarado pela ONU. Com o tema Cooperativas constroem um mundo melhor, a celebração inspira uma agenda ambiciosa no Brasil, liderada pelo Sistema OCB. Ações como o lançamento de livros, documentários, exposições e a presença estratégica na COP30 reforçam o papel das cooperativas na construção de um futuro mais justo e sustentável.
A campanha nacional de 2026, já anunciada, terá como mote Escolha o Coop, com foco direto no estímulo ao consumo consciente de produtos e serviços cooperativistas. Para que essa virada aconteça, Fabíola lançou um chamado claro às cooperativas. “A campanha Escolha o Coop só será efetiva se cada cooperativa fizer sua parte. Aplicar o carimbo é transformar um propósito em atitude concreta no mercado. O carimbo é mais do que uma marca visual. Ele é o nosso código de identificação com a sociedade. É o símbolo que conecta o consumidor ao propósito cooperativista”, complementou.
Para garantir o sucesso dessa nova fase do movimento SomosCoop, o engajamento da base é fundamental. Por isso, o Sistema OCB disponibiliza na Central da Marca, o manual de identidade visual um portfólio completo com peças de comunicação, materiais prontos para redes sociais, peças promocionais e sugestões de ativação para cooperativas de todos os ramos e portes. “O que temos construído é fruto de uma estratégia sólida, baseada em dados e escuta ativa. Cada campanha, cada projeto, foi pensado para fortalecer o cooperativismo como um modelo moderno e transformador”, concluiu Fabíola.
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Influenciadores exaltam o cooperativismo e o impacto da comunicação nas redes
Brasília recebeu nesta segunda-feira (9) a abertura oficial da Semana de Competitividade 2025, com um dos momentos mais aguardados da programação: o painel Comunicação com propósito, conduzido pela jornalista e apresentadora Glenda Kozlowski. Com um discurso inspirador, Glenda falou sobre o desafio e a responsabilidade de comunicar com impacto — principalmente em tempos de redes sociais polarizadas, desinformação e ascensão da inteligência artificial. “Comunicar com impacto é querer deixar um legado. E isso exige mais atenção, mais preparo, mais verdade”, afirmou ela logo no início, arrancando aplausos do público.
Em um tom leve e bem-humorado, Glenda refletiu sobre a complexidade da comunicação no mundo atual e destacou o papel estratégico do cooperativismo como modelo transformador de comunidades. “O cooperativismo é o que o mundo precisa: valores sólidos, comunidade, transformação. E tudo isso precisa ser comunicado com impacto. Eu vi de perto famílias inteiras mudando de vida por causa das cooperativas. Isso muda cidades inteiras”, disse.
Na segunda parte do painel, Glenda chamou ao palco influenciadores que colaboraram com o movimento SomosCoop, iniciativa que buscar aproximar o cooperativismo da sociedade. Participaram da conversa Betto Auge (gastronomia), Dani Colombo (finanças) e Mari Kruger (ciências) — cada um trazendo suas experiências sobre como produzir conteúdo informativo e responsável. “
Betto Auge, que cria conteúdo sobre gastronomia com foco em alimentação acessível e saudável, ressaltou o impacto de contar histórias reais. “Quando fui convidado para conhecer o trabalho das cooperativas, fiquei impressionado. Não era só sobre comida, era sobre vida. Mostrar isso com verdade foi transformador também para mim”, descreveu.
Já Dani Colombo, conhecida por popularizar a educação financeira nas redes sociais, falou sobre o papel social da comunicação. “As pessoas precisam entender que comunicação com propósito é uma escolha diária. E quando falamos de cooperativismo, falamos de gente que cuida, que compartilha, que transforma. Isso é muito potente.”
Mari Kruger, divulgadora que cria conteúdos sobre ciência de forma leve e acessível, por sua vez, destacou a importância de traduzir temas técnicos para o público geral. “O cooperativismo tem muitos termos que parecem distantes, mas quando a gente vê o impacto real — em comunidades, em escolas, no meio ambiente — tudo ganha sentido. Meu papel é justamente ajudar a conectar isso com mais pessoas”.
Os vídeos da campanha SomosCoop com os influenciadores foram exibidos no telão, emocionando a plateia.
Desafios da era digital
Em um dos momentos mais marcantes do painel, Glenda abordou a urgência de um olhar mais crítico sobre a comunicação digital, alertando para os riscos das fake news e da desinformação gerada por inteligência artificial. “Hoje a gente vive um tempo de atenção redobrada. Quem trabalha com comunicação precisa ter três vezes mais cuidado com o que compartilha. A IA pode ser maravilhosa — se usada para o bem. Mas também pode enganar. A responsabilidade está nas nossas mãos”, pontuou.
A jornalista também compartilhou sua trajetória dentro do movimento cooperativista. Desde que começou a trabalhar com o projeto SomosCoop, há cerca de três anos, Glenda afirma ter descoberto um novo sentido para suas atividades como comunicadora. “Hoje, quando falo de cooperativismo, falo com o coração. Porque vi com meus próprios olhos que esse modelo muda vidas. E é isso que eu quero comunicar”.
Glenda, Beto, Dani e Mari também compartilharam dicas práticas para iniciar trabalhos de divulgação com influenciadores e sobre como a produção de briefings deve deixar espaço para que cada convidado possa trabalhar suas características na hora de passar a mensagem desejada.
O painel encerrou com a exibição do teaser da 4ª temporada do SomosCoop na Estrada, que teve seu primeiro episódio divulgado também nesta segunda-feira (9). Neste ano, a websérie foca em histórias de impacto das cooperativas nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, com atenção especial às pautas de ESG e inovação.
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Abertura inspira mais de 800 participantes e reforça necessidade de engajamento da base
Com um auditório lotado e mais de 800 participantes, a Semana de Competitividade 2025 teve início nesta segunda-feira (9), em Brasília, com uma abertura vibrante e inspiradora. O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, deu as boas-vindas ao público convocando os comunicadores do cooperativismo a assumirem o protagonismo de uma verdadeira transformação: fazer com que todos os brasileiros conheçam e reconheçam o valor do modelo de negócios do movimento.
Para isso, ele reforçou a importância de 2025 no contexto nacional e internacional. “É um ano histórico. A ONU declarou o Ano Internacional das Cooperativas e o Brasil será sede da COP30. O mundo inteiro está em busca de novos caminhos para o desenvolvimento — e o cooperativismo tem as respostas”, afirmou. Com um discurso emocionado e firme, ele destacou que a comunicação precisa ocupar o centro da estratégia do movimento. “Não basta comunicar. É preciso emocionar. É preciso transformar”, disse, ao lembrar que comunicar bem é mais do que divulgar produtos: é falar sobre identidade, valores, propósito e o orgulho de ser coop.
Em sua fala, Márcio destacou quatro pilares que devem nortear a atuação do cooperativismo em 2025: sustentabilidade, inovação, valores e comunicação. “Quando falamos de sustentabilidade, falamos do futuro do planeta, mas também do futuro do nosso negócio, da sucessão no modelo cooperativista. Sustentabilidade é garantir que o cooperativismo continue sendo uma resposta viável e transformadora para as próximas gerações”, afirmou.
Sobre inovação, o presidente foi direto: “Quem não surfar essa onda, vai ser engolido por ela. O cooperativismo precisa se abrir para as novas ferramentas, para a inteligência artificial, para o que há de mais moderno. Não podemos ter medo de inovar”. Ele também fez um alerta sobre a importância de resgatar os princípios e valores do cooperativismo, muitas vezes esquecidos em meio à correria do dia a dia. “Nosso território é demarcado por valores. E é isso que nos diferencia. Precisamos lembrar quem somos e mostrar isso para todos”.
A plenária de abertura foi marcada ainda pela celebração dos avanços já conquistados na comunicação. No entanto, como o presidente pontuou, ainda há muito a ser feito: “A maioria dos brasileiros associa o coop à solidariedade, mas não à competitividade. Isso precisa mudar. E vai mudar com a força da nossa base.”
Com um chamado claro e entusiasmado, ele encerrou sua fala: “Vamos comunicar em rede, com estratégia, emoção e coragem. Juntos, vamos mostrar ao Brasil e ao mundo porque as cooperativas constroem um mundo melhor. A nossa capacidade de transformação é enorme”.
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Espaço SomosCoop reúne cooperativas, lideranças e destaca oportunidades para o movimento
O cooperativismo brasileiro demonstra sua força e relevância estratégica ao ocupar posição de destaque na edição 2025 do PECNORDESTE, que ocorre de 5 a 7 de junho, no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza. O Sistema OCB marca presença com o Espaço SomosCoop — uma área dedicada exclusivamente ao cooperativismo — e uma programação intensa que inclui debates, negócios, experiências interativas e o lançamento da nova Agenda Institucional do Cooperativismo para a região.
A iniciativa é liderada pelo Sistema OCB/CE, com apoio do Sistema OCB nacional e dos estados nordestinos, reunindo mais de 45 cooperativas de diversos ramos, além de organizações parceiras. O Espaço SomosCoop conta com arenas para palestras, estandes, estúdio de podcast, experiências gastronômicas, salão de rodadas de negócios, ambientes instagramáveis e atrações lúdicas para todos os públicos.
Um dos momentos mais aguardados foi o lançamento regional da Agenda Institucional do Cooperativismo 2025, realizado na Arena do Cooperativismo, com a presença de parlamentares, lideranças cooperativistas e representantes das entidades do setor. Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, a iniciativa é um marco no diálogo institucional com os poderes públicos. “A Agenda Institucional vai além de um conjunto de propostas. É o resultado da escuta ativa das nossas cooperativas, que apontam caminhos para um Brasil mais justo, produtivo e cooperativo”.
A programação técnica do Espaço SomosCoop evidenciou o protagonismo do Sistema OCB nos debates centrais do evento. Divani Sousa, especialista em diversidade do Sistema OCB, teve papel destaque ao mediar o Encontro Estadual da Juventude Cooperativista, que discutiu o futuro do setor com foco em inovação e protagonismo jovem. Divani também apresentou a trajetória do programa Elas pelo Coop, voltado ao empoderamento feminino no cooperativismo.
Ao longo dos três dias, o Espaço SomosCoop recebeu mais de 60 atividades. A Arena do Cooperativismo contou com conferências, como a que celebra o Ano Internacional das Cooperativas proclamado pela ONU, além de painéis com especialistas e nomes como o ex-ministro Roberto Rodrigues e o cientista político Felipe Nunes. A gerente-geral da OCB, Fabíola Nader Motta, atuou como mediadora da Conferência Internacional Cooperativas constroem um mundo melhor, que marca a abertura oficial da programação técnica com líderes nacionais e internacionais. O presidente Márcio Lopes apresentou os eixos estratégicos da publicação e destacou os avanços no diálogo com os Três Poderes. O Salão NegóciosCoop sedia encontros técnicos e rodadas de negócios que promovem a geração de parcerias e oportunidades para as cooperativas da região.
Por fim, Fabíola destacou o caráter estratégico da presença da entidade no evento. “O PECNORDESTE é uma oportunidade concreta de gerar conexões, fortalecer a presença regional e mostrar, na prática, como o cooperativismo contribui para o desenvolvimento econômico e social do país”.
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Espaços de cocriação e aprendizado são estratégias para impulsionar comunicação cooperativista
Falta pouco para a Semana de Competitividade 2025! O evento, que acontece entre os dias 9 e 11 de junho, reunirá mais de 700 comunicadores cooperativistas de todo o país, com uma programação rica em plenárias, palestras, trilhas e laboratórios — uma verdadeira imersão prática e estratégica nas principais tendências da comunicação cooperativista.
Trilhas temáticas: aprofundamento estratégico
As trilhas serão divididas em quatro eixos temáticos, cada um abordando aspectos essenciais para o fortalecimento da comunicação nas cooperativas:
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Planejamento e Dados: com foco em inteligência e estratégia, essa trilha discute experiências integradas, o uso de métricas relevantes, inteligência artificial e
antecipação de tendências no cenário comunicacional.
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Branding: dedicada à construção de marcas vivas e autênticas, que se conectam com os públicos e refletem os valores do cooperativismo.
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Comunicação Institucional: explora o papel da comunicação na construção de uma reputação sólida e na consolidação da imagem institucional das cooperativas.
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Marketing: traz à tona as melhores práticas de divulgação, engajamento e conversão, com foco em campanhas eficientes e conexão com os públicos estratégicos.
Cada trilha contará com a presença de especialistas de mercado e do universo cooperativista, que compartilham experiências, cases e boas práticas adaptáveis à realidade do movimento. Entre os convidados estão nomes como André Siqueira, Renan Silvestre, Gustavo Caetano e Mônica Magalhães, que enriquecem o debate com uma abordagem contemporânea e conectada às inovações da comunicação.
Laboratórios: prática, troca e cocriação
Os laboratórios — ou labs — são os espaços que complementam as trilhas com foco na aplicação prática dos conteúdos. Neles, os participantes vão desenvolver atividades colaborativas, experimentar novas abordagens e cocriar soluções para os desafios enfrentados em suas cooperativas.
Essa dinâmica ativa tem como objetivo consolidar os aprendizados e estimular a criatividade, em um ambiente que valoriza a troca de experiências e o protagonismo dos comunicadores cooperativistas. Os labs serão orientados por facilitadores experientes e que promovem um ambiente fértil para inovação, colaboração e conexão.
Comunicação como motor de transformação
A programação das trilhas e laboratórios acontece especialmente no dia 10 de junho, com sessões simultâneas e intensas ao longo do dia. Os participantes poderão escolher os temas que mais se conectam às suas realidades e retornar às suas bases com repertório renovado, estratégias aplicáveis e inspiração para inovar em suas práticas comunicacionais.
Para participar, é necessário fazer a inscrição diretamente pelo aplicativo EventosCoop, disponível para download nas lojas virtuais.
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- Artigo Secundário 2
Delegação participou do Fórum ASETT e conheceu experiências locais de sucesso no cooperativismo
O Sistema OCB participou, entre os dias 26 e 29 de maio, de uma missão internacional na Espanha promovida pela Aliança Cooperativa Internacional para as Américas (ACI-Américas). A iniciativa reuniu 21 participantes de 11 países latino-americanos em uma agenda voltada ao intercâmbio de experiências e ao fortalecimento de redes de inovação no cooperativismo.
Em Madrid, a delegação foi recebida pela Confederação Empresarial Espanhola da Economia Social (Cepes). Os participantes conheceram o panorama do cooperativismo espanhol, com destaque para as políticas públicas e estruturas institucionais que sustentam o setor no país. A Cepes representa mais de 43 mil empresas de economia social e é um dos principais interlocutores do segmento junto ao governo espanhol e à União Europeia.
Em seguida, a comitiva seguiu para o País Basco, onde visitou a cidade de Mondragón, considerada um dos principais polos de cooperativismo do mundo. O grupo conheceu a Corporación Mondragón, um complexo formado por cooperativas industriais, financeiras, educacionais e de serviços, que atua de forma interligada com foco em desenvolvimento regional e inovação. A visita permitiu observar, na prática, como o modelo cooperativo pode ser aplicado em larga escala e com alto nível de organização.
Durante a estadia no País Basco, os participantes também visitaram o Parlamento regional e participaram da cerimônia de entrega de um prêmio local que reconhece iniciativas cooperativistas de destaque. Na ocasião, houve um breve encontro com o presidente do País Basco, no qual foram apresentadas informações e propostas sobre o cooperativismo brasileiro.
Encerrando a missão, na quinta e na sexta-feira, a delegação participou do primeiro Fórum Internacional da ASETT – Estágio Formativo em Educação, Empreendedorismo e Incubação de Ecossistemas Cooperativos. O evento foi organizado pela Cepes, pelo Ministério de Transformação Digital da Espanha e pela União Europeia, com financiamento público.
A ASETT é uma organização espanhola criada como think tank de economia social — conceito que, no contexto espanhol, inclui as cooperativas como parte essencial da economia orientada ao bem comum. Assim, o fórum se apresentou como um importante espaço de debate, promoção e articulação do cooperativismo, com foco em políticas públicas, inovação e desenvolvimento sustentável.
Durante o fórum, a delegação da ACI-Américas teve uma reunião com Yolanda Díaz, segunda vice-presidente e ministra do Trabalho e da Economia Social do governo da Espanha. O encontro reforçou a interlocução do cooperativismo latino-americano com um dos governos mais atuantes na promoção da economia social na Europa.
“Foi uma honra participar do primeiro Fórum ASETT. Organizar e lançar espaços para a discussão do cooperativismo é sempre muito bem-vindo, tanto para as cooperativas nacionais quanto para o movimento no mundo. Espero que esse novo espaço promova o movimento cooperativista e fortaleça sua participação na economia espanhola”, destacou José Alves, presidente da ACI-Américas.
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- Artigo Inferior 3
Número de participações reflete engajamento com pesquisas sobre o cooperativismo
As submissões de trabalhos para o 8º Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo (EBPC) foram oficialmente encerradas neste domingo (1º). O resultado confirma o crescente interesse da comunidade científica pelo cooperativismo. Ao todo, foram 211 trabalhos submetidos, superando o número da edição anterior.
A edição de 2025 recebeu 180 artigos científicos e 31 trabalhos de Iniciação Científica, o que demonstra a diversidade de perfis entre os participantes — desde pesquisadores experientes até estudantes em formação. Os trabalhos foram enviados por autores de diferentes regiões do Brasil e abordam temáticas ligadas aos desafios, inovações e impactos do cooperativismo em suas mais diversas frentes.
Promovido pelo Sistema OCB, o EBPC tem como objetivo fortalecer a interface entre o meio acadêmico e o movimento cooperativista, ampliando o diálogo e a produção de conhecimento qualificado. O tema desta edição, Inovação, sustentabilidade e impacto: o papel das cooperativas no futuro que queremos, reflete a importância de pensar o cooperativismo como solução para os desafios contemporâneos.
O número expressivo de trabalhos recebidos é um reflexo do engajamento de pesquisadores e instituições de ensino que veem nas cooperativas um campo fértil para investigação e transformação social. Além disso, reforça a consolidação do EBPC como espaço estratégico para a troca de experiências, a construção de redes e o fortalecimento do cooperativismo baseado em evidências.
Os trabalhos agora passam por avaliação do comitê científico. O evento será realizado entre os dias 6 e 8 de outubro, em Brasília.
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- Artigo Secundário 3
Evento abordou recuperação judicial, crédito rural e regulamentações do Banco Central
Com foco na proteção ao ato cooperativo e nos desafios jurídicos enfrentados pelas cooperativas de crédito, o Sistema OCB/MS realizou, nesta sexta (30), o Encontro Jurídico do Cooperativismo. O evento reuniu dirigentes, assessorias jurídicas e especialistas no auditório da organização em Campo Grande (MS), para promover debates técnicos sobre recuperação judicial, crédito rural e regulamentações do Banco Central.
Entre os destaques da programação esteve a participação de Ana Paula Andrade, assessora jurídica do Sistema OCB. Em sua fala, Ana Paula apresentou um panorama da atuação institucional em defesa do cooperativismo de crédito no âmbito jurídico e regulatório, com ênfase nas frentes prioritárias do setor em 2025. Segundo ela, o cooperativismo, assim como em alguns outros ambientes, ainda precisa ser melhor compreendido em suas particularidades.. “É fundamental que o cooperativismo seja conhecido pelos julgadores, para então passar a ser reconhecido em seus papeis, inclusive para além do quadro social, afetando positivamente a comunidade em que se insere. Nosso trabalho tem sido fortalecer o entendimento do Judiciário sobre a natureza diferenciada das cooperativas, além da defesa técnica das nossas cooperativas”, destacou.
A assessora também abordou os avanços conquistados junto ao Poder Judiciário, como a recente decisão da 3ª Turma do STJ, que reconheceu que créditos decorrentes de contratos entre cooperativas de crédito e associados têm natureza de ato cooperativo e, portanto, não se submetem à recuperação judicial. Ana Paula destacou que o julgamento é um marco para o setor. “A decisão do STJ traz previsibilidade e reconhece a singularidade das relações cooperativistas. Nosso foco agora é garantir que esse entendimento siga sendo observado e replicado, sendo essencial uma unidade de tese e de atuação”, explicou.
Durante a apresentação, Ana Paula compartilhou os principais eixos de atuação jurídica da OCB Nacional, incluindo o trabalho dos Conselhos Consultivos e das Câmaras Temáticas, como a de Assuntos Jurídicos do Conselho Consultivo Nacional do Ramo Crédito (Ceco). Ela destacou ainda o esforço conjunto com escritórios especializados na produção de memoriais, realização de sustentações orais e interlocução direta com ministros de tribunais superiores.
O advogado integrante da equipe da Assessoria Jurídica, Paulo Portuguez, também representou o Sistema OCB no segundo painel do dia, debatendo com especialistas jurídicos do cooperativismo de crédito o tema da exclusão dos atos cooperativos da recuperações judiciais.
A programação do evento incluiu também apresentações de representantes dos sistemas de crédito, escritórios parceiros e debates sobre a prorrogação de crédito rural e os impactos do SCR (Sistema de Informações de Crédito) do Banco Central na gestão de riscos das cooperativas.
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Temas atuais e especialistas renomados trarão reflexões estratégicas para o futuro das cooperativas
Três dias intensos de troca, aprendizado e provocação. Essa é a proposta das plenárias da Semana de Competitividade, que acontecem de 9 a 11 de junho, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília. Com um time de especialistas de peso e temáticas que dialogam diretamente com os desafios e oportunidades do cooperativismo, os encontros prometem ser um dos pontos altos da programação. O encontro promete ser uma verdadeira imersão nas tendências que estão moldando o futuro da comunicação, do marketing e do branding no universo cooperativista.
A abertura, na segunda-feira (9/6), às 15h, será conduzida pelo presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, com uma fala institucional que marca o início das atividades presenciais da semana. Em seguida, às 15h30, o painel Comunicação com propósito promete aquecer os debates com mediação da jornalista Glenda Kozlowski e participações de Dani Colombo, Mari Kruger e Betto Auge — profissionais com trajetórias marcantes na construção de marcas e narrativas autênticas.
Logo depois, às 16h50, Fabíola Nader Motta, gerente-geral da OCB, sobe ao palco para compartilhar a força do movimento SomosCoop com a palestra SomosCoop: o movimento que conecta e transforma. A tarde ainda reserva um encontro especial com Fred Gelli, CEO da Tátil Design, que comanda a palestra Marcas que respiram, conectando criatividade, propósito e identidade.
E para fechar o primeiro dia com chave de ouro, um coquetel de integração será oferecido aos participantes a partir das 18h — um momento leve para fortalecer conexões e fomentar ideias em um ambiente colaborativo.
A terça-feira (10/6) começa com um olhar para o futuro: às 8h30, Ricardo Cavallini, global faculty da Singularity University, conduz a palestra Como a IA está moldando a nova lógica da competitividade, trazendo uma perspectiva inovadora sobre os impactos da inteligência artificial no mundo dos negócios e, claro, nas cooperativas. Ao longo do dia, os participantes poderão mergulhar nas Trilhas e Labs — espaços de cocriação e aprofundamento temático, que se estendem até o fim da tarde.
Na quarta-feira (11/6), a programação segue com energia total. Às 8h30, Márcio Callage, CMO da Vulcabras, apresenta o case O poder da rua, mostrando como a Olympikus reconstruiu sua marca a partir da escuta ativa e da conexão com o consumidor. Na sequência, às 9h20, o painel Comunicar para cooperar trará um debate inspirador sobre como a comunicação pode gerar valor e impacto. A mediação será de Samara Araujo, gerente de Marketing e Comunicação do Sistema OCB, com participações de Renan Silvestre, Patrícia Marins e Samira Cardoso.
Encerrando com chave de ouro, Tania Zanella, superintendente do Sistema OCB, apresenta, às 11h, a palestra O que o Sistema OCB pode fazer pela sua coop? — um convite à reflexão e à ação para fortalecer ainda mais o movimento cooperativista.
A Semana de Competitividade é mais do que um evento. É um ponto de encontro entre inovação, cooperação e estratégia. Um espaço para pensar o presente e construir o futuro do cooperativismo brasileiro.
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Evento promovido na Bahia reuniu lideranças para debater inclusão, diversidade e equidade no setor
O cooperativismo deu mais um passo rumo a um futuro mais inclusivo e representativo com a realização do workshop Inclusão, Diversidade e Equidade no Cooperativismo: uma liderança transformadora, promovido pelo Sistema OCB em parceria com o Comitê Elas pelo Coop BA e a Organização das Cooperativas do Estado da Bahia (Oceb). O encontro ocorreu no dia 28 de maio, em Salvador, reunindo cerca de 40 participantes, entre cooperados, dirigentes, colaboradores de cooperativas e integrantes dos Comitês Elas pelo Coop e Geração C.
A abertura foi marcada pela fala inspiradora do presidente da Oceb, Cergio Tecchio, que reforçou o papel estratégico do cooperativismo na promoção da inclusão e do respeito à diversidade: “Se o cooperativismo não liderar esta pauta da Inclusão e Diversidade, quem o fará?”, questionou. Ele destacou ainda que “este trabalho com diversidade deve estar em tudo o que fazemos. A lei diz que temos que respeitar a diversidade no dia a dia. E que façamos a diversidade o capital do nosso trabalho.”
O evento teve como foco apresentar a estratégia nacional de apoio às cooperativas na construção de estratégias voltadas s à promoção da Inclusão, Diversidade e Equidade (ID&E). Os diagnósticos promovidos pelo Sistema OCB tiveram papel central nas discussões, com destaque para os instrumentos voltados à agenda ESG (Diagnóstico ESGCOOP) e à área de Negócios (Diagnóstico de Negócios). A cooperada Valdirene Valdirene dos Santos Oliveira, da cooperativa COOPERATIVA SER DO SERTÃO - COOPSERTÃO Ser do Sertão, fez menção elogiosa ao diagnóstico de Negócios, destacando como a ferramenta permite trabalhar as interseccionalidades de forma prática e efetiva nas realidades locais.
Vera Lúcia Ventura, coordenadora do Comitê Estadual Elas pelo Coop BA e integrante do Comitê Nacional, também falou durante a abertura, reforçando a importância estratégica do tema para o fortalecimento da atuação dos comitês de mulheres e jovens dentro do cooperativismo. “Esse evento representa uma oportunidade de sensibilizar lideranças e compartilhar experiências transformadoras com foco na equidade e inclusão”, afirmou.
Ao final, os participantes destacaram o valor da iniciativa para fortalecer o compromisso das cooperativas baianas com a transformação social, a partir de práticas mais justas, respeitosas e inclusivas.
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Reunião em Brasília reuniu representantes de oito unidades estaduais do Sistema OCB
Representantes de oito Unidades Estaduais do Sistema OCB participaram, nos dias 27 e 28 de maio, em Brasília, da segunda reunião presencial do Grupo de Trabalho (GT) Desempenho. O encontro teve como objetivo fortalecer a atuação conjunta no desenvolvimento de ferramentas e soluções que contribuam para o aprimoramento da gestão das cooperativas brasileiras, além de debater cenários setoriais do ramo agropecuário.
A abertura do evento foi realizada por Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, que destacou a relevância do momento. “A retomada desse espaço de escuta e construção coletiva reforça o compromisso do Sistema com a evolução contínua da nossa inteligência estratégica. Estamos cada vez mais focados em entregar valor real às cooperativas por meio de soluções acessíveis, modernas e alinhadas às suas necessidades”, afirmou.
Durante os dois dias de trabalho, os participantes discutiram melhorias no Sistema Desempenho, com foco na jornada do usuário e no aprimoramento de funcionalidades. Outro ponto importante foi a apresentação de uma proposta de abordagem simplificada para facilitar o engajamento de cooperativas, especialmente aquelas que ainda estão em processo inicial de adoção das ferramentas.
A programação também incluiu a evolução da matriz de risco, com o incremento de um modelo de Score de Risco, aderente à diversidade dos ramos cooperativistas, com destaque para Saúde e Crédito. Além disso, foram apresentados e debatidos cenários econômico-financeiros específicos do Ramo Agropecuário, com foco em diferentes portes e segmentos de negócios das cooperativas.
Simone Montandon, coordenadora de Inteligência Analítica do Sistema OCB, reforçou a importância da troca entre os estados. “Esse encontro gera insumos fundamentais para o aprimoramento das nossas ferramentas. É na escuta ativa das realidades locais que conseguimos construir soluções mais eficazes e com maior capacidade de transformação”.
Com a participação de analistas das áreas técnicas da OCB, o encontro consolidou o GT Desempenho como um espaço estratégico para o alinhamento institucional, a inovação e o fortalecimento das ações voltadas à sustentabilidade e competitividade das cooperativas brasileiras.
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Fabíola Nader Motta representou Sistema OCB em congresso voltado à juventude cooperativista
Nos dias 27 e 28 de maio, Porto Alegre (RS) recebeu o 1º Congresso Gaúcho de Jovens Cooperativistas: Coop Think, evento promovido pelo Sistema Ocergs com o objetivo de conectar, inspirar e impulsionar o protagonismo juvenil no cooperativismo. Reunindo cerca de cem participantes de diferentes regiões do estado, o congresso foi um marco para debater sucessão, inovação, liderança, diversidade, ESG e construção coletiva de futuros possíveis para o movimento cooperativista.
Representando o Sistema OCB, a gerente-geral da OCB, Fabíola Nader Motta, participou como painelista e levou uma reflexão sobre o papel estratégico da juventude no contexto atual do cooperativismo brasileiro. Em sua apresentação, Fabíola destacou que 2025 foi proclamado pela ONU como o Ano Internacional das Cooperativas, o que reforça a visibilidade e a importância do modelo cooperativista na agenda global.
Segundo ela, esse reconhecimento internacional deve ser visto como um convite à ação — e os jovens são parte essencial dessa transformação. “O cooperativismo já é uma resposta concreta aos desafios sociais e econômicos do mundo. Com o Ano Internacional das Cooperativas, temos a oportunidade de mostrar ao mundo que somos, também, uma alternativa inovadora, sustentável e inclusiva. E isso só será possível se os jovens estiverem no centro dessa construção”, afirmou.
Durante sua fala, ela também compartilhou dados e estratégias do Sistema OCB voltadas à valorização da juventude, incluindo o comitê Geração C, que estimula a participação ativa dos jovens em cooperativas por meio de formação, escuta e engajamento em espaços de decisão.
Fabíola reforçou que o futuro do cooperativismo está diretamente ligado à capacidade de criar ambientes que promovam o aprendizado contínuo, a diversidade de perspectivas e o fortalecimento da cultura cooperativista nas novas gerações. “Mais do que preparar jovens para liderar no futuro, precisamos abrir espaço para que eles liderem agora. Incluir é compartilhar o poder de decisão, ouvir e cocriar. Cooperativa que quer crescer com propósito precisa investir em juventude hoje”, destacou.
A programação do Coop Think incluiu painéis temáticos, oficinas interativas, momentos de conexão e troca entre jovens que já atuam em cooperativas de diversos ramos. O evento também ampliou o alcance do programa Geração C RS, que busca promover uma cultura de inovação, responsabilidade e liderança entre os jovens cooperativistas gaúchos. O congresso aconteceu na sede do Sistema Ocergs, com vagas abertas a jovens de até 34 anos que atuam em cooperativas.
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Evento com pesquisadores e cooperativistas será palco de debate sobre inovação e desenvolvimento
Faltam apenas 4 dias para o encerramento do prazo de submissão de trabalhos científicos ao 8º Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo (EBPC). Os interessados tem até as 23:59 deste domingo, 1º de junho, para submeter trabalhos. O prazo é impreterivel.
Promovido pelo Sistema OCB em parceria com a Embrapa e diversas instituições acadêmicas, o evento será realizado entre os dias 06 e 10 de outubro, em Brasília, reunindo especialistas, pesquisadores, estudantes e lideranças do cooperativismo para debater o tema Inovação, sustentabilidade e inclusão: caminhos do cooperativismo.
A submissão deve ser feita no site oficial do evento, e o trabalho precisa estar alinhado a um dos cinco eixos temáticos abaixo:
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Identidade cooperativa e Direito cooperativo
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Educação, inovação e diversidade
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Governança e gestão
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Contabilidade, finanças e desempenho
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Impactos e contribuições econômicas, sociais e ambientais
O encontro contará com painéis, conferências, oficinas e espaços de troca de dados entre academia e setor produtivo, fortalecendo a base do conhecimento aplicado ao cooperativismo. Confira as datas importantes:
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Submissão de trabalhos: até 01/06/2025 (impreterivelmente)
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Divulgação dos trabalhos aprovados: a partir de 08/08/2025
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Inscrição de autores com trabalho aprovado: de 11/08 a 31/08/2025
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Inscrição dos demais participantes: de 11/08 a 01/10/2025
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Realização do evento: de 06 a 08/10/2025, em Brasília
Na edição anterior, em 2023, o EBPC reuniu mais de 400 trabalhos e centenas de participantes, consolidando-se como o principal espaço de debate acadêmico sobre cooperativismo no Brasil. Para 2025, a expectativa é superar esse número com mais contribuições inovadoras e relevantes para o desenvolvimento do setor.
Se você desenvolve pesquisas ou experiências no campo cooperativista, não perca tempo: restam poucos dias para garantir sua participação no maior evento científico da área. Submeta seu trabalho até domingo, 1º de junho, e faça parte dessa rede de construção do conhecimento cooperativo.
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Delegação conheceu boas práticas no país vizinho e reforçou diretrizes para o setor no Brasil
Entre os dias 21 e 23 de maio, o Sistema OCB coordenou uma missão técnica à Argentina com o objetivo de aprofundar o conhecimento sobre o funcionamento das cooperativas de seguros naquele país, onde o modelo já é consolidado e representa uma importante fatia do mercado.
A viagem, organizada no contexto da recente promulgação da Lei Complementar (LC) 213/2025, que regulamenta a atuação de cooperativas de seguros no Brasil, teve como foco a troca de experiências e a formulação de diretrizes para a construção de um setor forte e resiliente também em território nacional.
A delegação brasileira foi composta por representantes do Sistema OCB e do Ramo Crédito. A missão integra as ações estratégicas do grupo de intercooperação do cooperativismo de crédito, que vem debatendo o modelo de negócios, aspectos regulatórios e a viabilidade econômica dessas futuras cooperativas. “Nesse cenário, a experiência argentina surgiu como uma referência concreta e inspiradora, já que o país vizinho abriga cooperativas centenárias que se destacam em competitividade, governança, capitalização e inovação”, destacou Clara Maffia, gerente de Relações Institucionais do Sistema OCB, presente na missão.
A programação começou com uma visita ao Edifício Corporativo da Sancor Seguros, em Sunchales, uma das maiores e mais tradicionais cooperativas do setor na Argentina. Os participantes foram recebidos pela diretoria da organização e puderam conhecer sua trajetória, seus desafios e seu modelo de governança, além de sua estrutura de capital e atuação social.
No dia 22, em Rosário, a delegação visitou o Grupo La Segunda, outro importante player do mercado cooperativo de seguros argentino, e a cooperativa Segurometal. As visitas permitiram compreender a diversidade de atuação das cooperativas argentinas, que ocupam nichos estratégicos e oferecem soluções inovadoras com alto grau de eficiência.
No último dia da missão a delegação esteve em Buenos Aires para uma reunião com a Associação Argentina de Cooperativas e Mútuas de Seguros (AACMS), entidade que representa boa parte das cooperativas do setor no país. O grupo também conheceu a atuação da Stop Loss Bureau de Resseguro e da Segurcoop, uma cooperativa moderna com atuação nacional.
“A missão foi extremamente rica. Conhecer um mercado onde as cooperativas de seguros são líderes e operam com solidez reforça que o modelo é viável e promissor. Saímos da Argentina com mais clareza sobre os caminhos possíveis para estruturar, no Brasil, cooperativas que nasçam fortes, conectadas à intercooperação e preparadas para competir em pé de igualdade no setor de seguros”, acrescentou Clara.
Ao longo dos três dias, os participantes discutiram aspectos regulatórios, estrutura de capital, governança, ferramentas de resseguro, sustentabilidade do negócio e os desafios enfrentados pelas cooperativas argentinas — muitos dos quais semelhantes aos que o Brasil deverá enfrentar nos próximos anos, com o avanço da regulamentação junto à Susep (Superintendência de Seguros Privados).
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Representantes do cooperativismo e da pesquisa conheceram sistema aprovado internacionalmente
Entre os dias 17 e 25 de maio, representantes do cooperativismo brasileiro, da pesquisa agroflorestal e de empresas ligadas à agricultura sustentável realizaram uma missão técnica à Costa Rica com o objetivo de aprofundar o conhecimento sobre o modelo de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) do país, reconhecido mundialmente por sua eficácia na conservação ambiental aliada ao desenvolvimento rural.
A missão foi organizada pela empresa Pentagrama Agroflorestal, com apoio institucional do Sistema OCB. A iniciativa está inserida no contexto do projeto Agricultura Sem Queima na Amazônia, que conta com a parceria da Embrapa, da Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (Camta) e do próprio Sistema OCB. O objetivo foi conhecer in loco as boas práticas adotadas pelo governo costarriquenho, avaliar sua aplicabilidade no Brasil e gerar insumos para a construção de políticas públicas voltadas ao cooperativismo.
Desde 1997, a Costa Rica desenvolve um robusto sistema de PSA por meio do Fundo Nacional de Financiamento Florestal (Fonafifo), que remunera proprietários rurais pela conservação de ecossistemas. O modelo contribuiu para que a cobertura florestal do país passasse de 21% em 1987 para mais de 54% atualmente. O financiamento do programa é garantido principalmente por uma taxa de 3,5% sobre combustíveis fósseis, além de parcerias privadas e doações internacionais.
Com mais de 1,3 milhão de hectares conservados e cerca de US$ 524 milhões investidos desde sua criação, o programa já beneficiou mais de 8,5 mil pequenos e médios produtores, firmando mais de 19 mil contratos. O impacto positivo não se restringe ao meio ambiente: o PSA costarriquenho fortalece comunidades rurais e indígenas, fomenta cadeias produtivas sustentáveis e contribui para a resiliência climática.
O coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, Alex Macedo, reforçou a clareza e efetividade do modelo costarriquenho. “A experiência deles mostra como o PSA pode ser um instrumento poderoso de incentivo à conservação e à produção sustentável. Os aprendizados oferecem caminhos valiosos para que possamos adaptar e replicar no Brasil, especialmente no reconhecimento e valorização das boas práticas dos nossos produtores cooperados. Eles conseguiram consolidar uma política com fontes de financiamento claras e um público-alvo bem definido — um exemplo inspirador de institucionalização eficiente.”
Durante a missão, os participantes — incluindo representantes da Camta, da Embrapa Florestas e Amazônia Oriental, da Cooxupé, da Natura, da Himev, da Luxor Agro, da Organo Buritis, do Sistema OCB, do Sistema OCEPAR e Sistema OCESP — realizaram reuniões com instituições estratégicas como o Fonafifo, o Centro Agronómico Tropical de Investigación y Enseñanza (Catie), o Ministério da Agricultura e Pecuária, o Ministério do Meio Ambiente e Energia e o Instituto do Café da Costa Rica, além de visitas técnicas Cooperativas e a propriedades beneficiadas pelo PSA, como a Fazenda Santa Anita Carvajal, reconhecida como a primeira fazenda de café carbono neutro do mundo.
Foram explorados quatro pontos-chave do programa costarriquenho: os mecanismos de financiamento; os critérios de elegibilidade e monitoramento; a governança compartilhada entre governo, setor privado e comunidades locais; e os impactos e desafios da implementação. Os participantes também analisaram os instrumentos de transparência e os planos territoriais desenvolvidos de forma participativa, especialmente com povos indígenas, que são parte ativa da estratégia de conservação do país.
Para Alberto Oppata, presidente da Camta, a missão abriu oportunidades concretas para aplicação prática no Brasil. “A experiência foi extremamente rica. Esperamos aplicar o PSA em Tomé-Açu, monetizar o turismo de experiências e buscar intercâmbio em pesquisas sobre a monilíase [doença devastadora que afeta o cacau e o cupuaçu]”.
Walkymário Lemos, chefe de P&D da Embrapa Amazônia Oriental, destacou o potencial de cooperação entre os dois países. “Retornamos ao Brasil com novas ideias e aprendizados. Há temas em que o Brasil pode contribuir com a Costa Rica e muitas possibilidades de parcerias. Cada instituição terá agora a missão de aplicar esse conhecimento em suas realidades.”
Luis Antônio Schmidt, gerente geral do Sistema Ocesp, também valorizou a missão. “Foi uma verdadeira imersão em práticas sustentáveis que certamente repercutirão nas cooperativas de São Paulo. Além disso, pude conhecer profissionais e lideranças que atuam com grande relevância em suas regiões”.
Além do aprendizado técnico, a missão buscou fortalecer ações rumo à COP30 e contribuir para consolidar Tomé-Açu (PA) como um polo de produção sustentável associado ao PSA. Cada participante foi convidado a desenvolver um plano estratégico para implementar políticas de PSA em seu estado ou organização, ampliando a adesão do cooperativismo à agenda ambiental nacional.
A expectativa é que a experiência sirva de referência para o desenho de programas brasileiros que valorizem a produção sustentável, a geração de renda e a preservação ambiental, com protagonismo das cooperativas.
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Cooperativa conquistou seu primeiro negócio no Canadá após participação em feira internacional
A Cooperativa de Produtores de Limão de Urupês (Cooperlimão), localizada no interior de São Paulo, acaba de dar um passo importante rumo à consolidação internacional: a abertura do mercado canadense. O resultado é fruto da participação da cooperativa na SIAL Canadá 2025 — uma das maiores feiras de alimentos e bebidas da América do Norte — viabilizada pelo Sistema OCB, em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CCBC).
A seleção das seis cooperativas brasileiras que compuseram o Pavilhão Brasil foi conduzida pelo Sistema OCB, que ofereceu apoio técnico, logístico e institucional. Além da Cooperlimão, participaram da missão as cooperativas Suinco, Cooabriel, Cafesul, Carpec e Coopfam. A estrutura no evento incluiu recepcionistas bilíngues, espaço para reuniões e suporte para promoção dos produtos.
Para Anselmo Spadão, gestor da Cooperlimão, a experiência da cooperativa na Sial Canadá foi marcante e estratégica. “Levamos cerca de 15 kg de limão como amostra, folders, cartões e até refrigerante de limão para fazer degustações. Servíamos sucos variados todos os dias, apresentando nosso limão de forma criativa e atrativa. Isso chamou muito a atenção do público”, relata. Além das bebidas, Anselmo criou um livrinho com 30 receitas usando limão, traduzidas para o inglês, além de apresentar a missão, visão e valores da cooperativa.
O resultado foi imediato. Anselmo trocou contatos com cerca de 50 potenciais compradores, fez reuniões com seis e visitou duas empresas fora da feira. Uma delas, um atacadista local, concretizou a compra de um contêiner de limões, cuja entrega está prevista para o início do próximo mês. “Foi uma negociação olho no olho, com visita à empresa, apresentação do nosso processo produtivo e detalhamento da logística. Saímos de lá com definições importantes como tipo de embalagem e forma de pagamento”, explica.
Segundo Jéssica Dias, analista de Negócios Internacionais do Sistema OCB, a conquista da Cooperlimão é um exemplo claro do impacto gerado por essa estratégia. “ O suporte para participação de cooperativas na SIAL faz parte da nossa solução de promoção internacional, pensada para abrir caminhos concretos para que cooperativas brasileiras conquistem novos mercados. A abertura do mercado canadense pela Cooperlimão mostra o potencial de transformar oportunidades em resultados reais para os cooperados. Nesse processo, a atuação proativa da cooperativa — que se preparou antecipadamente r participou ativamente da feira buscando os contatos certos — foi determinante para alcançar esse resultado”, afirma.
Com apenas oito anos de fundação, 30 cooperados e quatro certificações internacionais (GlobalG.A.P., GRASP, Fair Trade e SMETA), a Cooperlimão já exporta para países como França, Alemanha, Holanda e Portugal. Agora, a abertura do mercado canadense inaugura uma nova etapaque promete maior rentabilidade aos seus produtores.
“Nosso principal desafio ainda é a logística. O México é nosso maior concorrente no mercado canadense pela proximidade geográfica. Mas acreditamos que, com qualidade, segurança e certificações, podemos conquistar um espaço permanente nesse mercado”, conclui Spadão.
A Cooperlimão, que já movimenta cerca de 500 mil caixas de limão-tahiti por ano, sendo 35% voltadas à exportação, agora inicia sua jornada na América do Norte com otimismo e confiança — impulsionada pela força do cooperativismo brasileiro.