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Encontro em Brasília promoveu alinhamento e organização das soluções estaduais
Nos dias 6 e 7 de agosto, representantes das Organizações das Cooperativas Estaduais (OCEs) estiveram reunidos em Brasília para um importante momento de alinhamento estratégico. O Workshop Portfólio do Sistema OCB contou com a participação de cerca de 50 gerentes e analistas, em dois dias intensos de trabalho voltados à organização e fortalecimento das soluções oferecidas nacionalmente e regionalmente ao cooperativismo brasileiro.
O encontro faz parte da agenda de implementação do Plano Estratégico do Sistema OCB 2025-2030, que tem como um de seus eixos a melhoria contínua do portfólio institucional, com foco no cooperado e na geração de valor. A iniciativa também responde a metas do programa Eleva 2025, como a que prevê a otimização dos portfólios estaduais alinhados ao que é oferecido nacionalmente.
Construção coletiva e visão sistêmica
O workshop foi marcado por um processo de construção coletiva. Antes da etapa presencial, a Plano Academy, consultoria especializada em metodologias de portfólio, realizou encontros virtuais e entrevistas individuais com as equipes das OCEs. O objetivo foi mapear as soluções ofertadas nos estados.
Durante o encontro, os participantes aprofundaram discussões sobre a importância de se construir um portfólio sistêmico — que articule as soluções nacionais do Sistema OCB com ações locais adaptadas às realidades de cada estado. O alinhamento conceitual e metodológico fortalece a visão integrada do movimento cooperativista e permite maior eficiência na entrega de valor ao cooperado.
Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, destacou a relevância desse processo para o amadurecimento institucional. “Este workshop é uma oportunidade de olhar para tudo o que já fazemos pelo cooperativismo e organizar essas entregas de forma clara e estruturada. Quando temos um portfólio bem definido, conseguimos mostrar o valor que geramos para as cooperativas e orientar melhor nossas decisões futuras”.
Débora também reforça que o processo iniciado agora lança as bases para um novo patamar de eficiência dentro do Sistema OCB. “Com um portfólio organizado e visível, materializamos os benefícios da atuação sistêmica neste quesito, que são: economia de escala, consolidação e comparabilidade de dados, e, alinhamento de discurso.”, declarou.
Outro destaque do evento foi o estímulo à troca de experiências entre as OCEs. O contato direto entre os participantes permitiu conhecer boas práticas de outros estados e refletir sobre os diferentes níveis de maturidade das soluções implementadas. Essa articulação é vista como essencial para o avanço coordenado do cooperativismo em nível nacional.
Valor estratégico
A construção de um portfólio claro e estruturado representa uma estratégia de fortalecimento institucional. A proposta dialoga com os desafios atuais de gestão, inovação e posicionamento do cooperativismo diante de um cenário competitivo e em constante transformação.
“O que construímos aqui é a base para uma atuação mais integrada e efetiva. É assim que o cooperativismo se fortalece: unindo esforços, compartilhando soluções e gerando impacto real na vida dos nossos cooperados”, concluiu Débora.
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Encontro marca momento histórico para o movimento no Brasil
A contagem regressiva chegou à reta final. Amanhã, 8 de agosto, o cooperativismo brasileiro vai ocupar um dos espaços mais emblemáticos do mercado financeiro nacional: a sede da B3, a bolsa do Brasil, em São Paulo. O evento SomosCoop + B3: Uma Celebração do Ano Internacional das Cooperativas, promete destacar o papel estratégico das cooperativas no desenvolvimento econômico, social e sustentável do país, em um momento histórico para o movimento.
Realizado pelo Sistema OCB, em parceria com a B3, o encontro reunirá lideranças cooperativistas, autoridades do setor financeiro, , especialistas do mercado de capitais e convidados internacionais. A celebração é uma iniciativa do sistema OCB ao Ano Internacional do Cooperativismo 2025, declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU), e será transmitida ao vivo nos canais da B3 e do Sistema OCB no YouTube.
Conexão e reconhecimento
A expectativa é de que o evento reforce o vínculo entre o cooperativismo e o mercado financeiro, ampliando sua visibilidade e reconhecendo sua contribuição para uma economia mais inclusiva. O tradicional toque da campainha da B3, que marca a abertura simbólica do pregão, será dedicado ao movimento cooperativista, simbolizando o alinhamento entre propósito social e competitividade de mercado.
“Estar na B3, neste momento histórico, mostra ao país que o cooperativismo é moderno, confiável e essencial para o desenvolvimento sustentável. Este evento é um convite para que o mercado enxergue o potencial transformador das cooperativas”, destaca Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB.
A programação também inclui uma palestra magna com o economista José Roberto Mendonça de Barros, que vai abordar o cenário econômico atual e os caminhos para o crescimento do Brasil em um contexto de transição global.
Na sequência, uma mesa-redonda reunirá representantes da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), da própria B3, da Anbima e lideranças cooperativistas, com foco em debater como o modelo de negócios do movimento se posiciona como uma alternativa sólida, inovadora e cada vez mais integrada ao mercado de capitais.
Olhar para o futuro com confiança
O encerramento será marcado por um painel internacional, que vai reforçar a importância do cooperativismo na agenda global de sustentabilidade e desenvolvimento. Participam Tania Zanella, superintendente do Sistema OCB e presidente do Instituto Pensar Agro (IPA), além de representantes da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), da ONU e da organização da COP30, que será realizada em novembro, em Belém (PA).
“Este evento é uma porta aberta para novas oportunidades. Estar na B3 mostra que o cooperativismo está pronto para dialogar com o mercado financeiro, sem perder sua essência de inclusão e compromisso social”, afirma Tania Zanella.
A força do cooperativismo de crédito
Entre os ramos mais atentos à pauta do evento está o cooperativismo de crédito, com expansão notória nos últimos anos e que já figura entre os principais agentes do sistema financeiro nacional.
“A celebração do Ano Internacional do Cooperativismo na B3 representa um marco estratégico para o cooperativismo de crédito, evidenciando sua crescente relevância no cenário econômico. Ao ocupar esse espaço, reafirmamos nosso compromisso com a inovação e com um modelo financeiro ético, sustentável e próximo da comunidade”, ressalta Feulga Reis, analista de relações institucionais do Sistema OCB.
Com mais de 20 milhões de cooperados no país, as cooperativas de crédito oferecem soluções completas para todas as etapas da vida financeira, fomentando o desenvolvimento regional e reforçando uma economia colaborativa.
Visibilidade
“Amanhã, o cooperativismo sobe ao palco da B3 para mostrar ao Brasil e ao mundo que é capaz de gerar impacto positivo em larga escala. Estamos vivendo um momento de afirmação e de construção de pontes com o futuro”, reforça o presidente Márcio.
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Evento online apresentou resultados e destacou o impacto do cooperativismo no país
Com uma pauta voltada ao futuro do cooperativismo, o Encontro Semestral 2025 da Sicredi Progresso PR/SP reuniu associados e lideranças da cooperativa para apresentar resultados do semestre e debater os próximos passos do setor. Em palestra, Tania Zanella, superintendente do Sistema OCB, compartilhou a visão do movimento sobre desenvolvimento regional e impacto social.
Durante o encontro, os participantes conheceram os indicadores do semestre, que reforçam a solidez do sistema e a relevância das cooperativas de crédito no Brasil. Entre os destaques apresentados, estiveram o crescimento da base de associados, a expansão da carteira de crédito e o fortalecimento das ações de impacto social nas comunidades atendidas.
Em sua fala, Tania conectou os números à essência do cooperativismo. Ela destacou que as cooperativas movimentam a economia e transformam realidades. “Quando olhamos para os dados gerais no Brasil, vemos um movimento que representa 11,55% da população e gera mais de 578 mil empregos diretos. O cooperativismo é sobre pessoas: sobre criar oportunidades, fortalecer comunidades e construir um país mais justo e sustentável”, afirmou.
A superintendente mostrou a dimensão do impacto do cooperativismo no mundo: são 3 milhões de cooperativas, que reúnem 1 bilhão de pessoas (o que equivale a 12% da população global), e geram 280 milhões de empregos. No Brasil, o movimento é igualmente expressivo, com 4.384 cooperativas, 25,8 milhões de cooperados e um faturamento conjunto de R$ 757,9 bilhões, segundo o Anuário do Cooperativismo 2025.
Ela também destacou os benefícios locais do cooperativismo de crédito, que se refletem em geração de emprego, aumento da massa salarial e fortalecimento da economia regional. “As cooperativas têm capacidade de estar onde os bancos tradicionais não chegam. Hoje, somos a única instituição financeira em 469 municípios brasileiros, muitas vezes sendo o motor do desenvolvimento local”, explicou.
Além do panorama econômico, Tania Zanella ressaltou o papel estratégico do Ano Internacional das Cooperativas 2025 para ampliar a visibilidade do movimento. Segundo ela, essa é uma oportunidade única para atrair novos cooperados, fortalecer a imagem positiva das cooperativas e influenciar políticas públicas em favor do setor.
“O mundo está reconhecendo algo que nós já sabíamos: cooperar transforma. As cooperativas constroem um futuro mais inclusivo, inovador e sustentável, e precisamos aproveitar este momento histórico para mostrar isso à sociedade e aos governos”, reforçou.
Ao encerrar o evento, Tania deixou uma mensagem de engajamento para os participantes: “Cada cooperado é dono e protagonista dessa história. Quando participamos, nos envolvemos, divulgamos o cooperativismo e multiplicamos o impacto positivo que ele já tem na vida das pessoas e na economia do país”.
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Encontro debateu mudanças climáticas, economia verde e inovação
O Sistema OCB marcou presença na 5ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), realizada nesta terça-feira (5), no Palácio do Itamaraty. O colegiado reúne representantes do governo federal, do setor produtivo e da sociedade civil para debater temas estratégicos para o desenvolvimento sustentável do país.
Durante o encontro, que contou com a participação do presidente da República e de diversos ministros, foram abordados temas como mudanças climáticas, investimentos verdes, inovação tecnológica e combate às desigualdades sociais. O evento foi estruturado em dois momentos: pela manhã, ocorreu o painel de entregas institucionais ao Presidente da República; à tarde, mesas temáticas reuniram especialistas e autoridades para aprofundar os debates em áreas estratégicas.
Representando o cooperativismo brasileiro, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, participou da programação e acompanhou de perto as discussões que reforçam a importância da sustentabilidade e da inovação como motores do desenvolvimento econômico e social.
Segundo ele, a participação do movimento cooperativista em espaços como o Conselhão é essencial para contribuir com soluções que integrem crescimento econômico, justiça social e preservação ambiental.
“O cooperativismo brasileiro está diretamente conectado aos desafios discutidos, como a transição para uma economia de baixo carbono e a geração de oportunidades de trabalho mais justas. Somos um movimento que promove desenvolvimento local e inclusão social e, por isso, queremos contribuir com propostas concretas para que o país cresça de forma sustentável”, afirmou.
Ainda segundo o presidente, “as cooperativas são protagonistas em agendas como agricultura sustentável, energia limpa, crédito responsável e inclusão produtiva. Ao trazer nossa experiência para o Conselhão, reforçamos que é possível crescer gerando impacto positivo para as pessoas e para o planeta”.
Além do painel dedicado à COP30, o encontro contou com quatro mesas simultâneas que reuniram ministros e especialistas para aprofundar debates temáticos:
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Assuntos Econômicos (CAE): investimentos verdes e financiamento para o Brasil sustentável;
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Combate às Desigualdades (CCD): impactos das mudanças climáticas em populações vulneráveis;
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Direitos e Democracia (CDD): efeitos da desinformação em tempos de emergência climática;
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Tecnologia, Inovação e Transformação Digital (CTITD): inteligência artificial, impactos da mudança climática e futuro do trabalho.
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Missão do Sistema OCB fortalece visão global e estratégia de cooperativistas brasileiras
A Jornada dos Superintendentes 2025, coordenada pelo Sistema OCB, levou lideranças cooperativistas brasileiras para uma imersão de cinco dias na Espanha, entre 28 de julho e 1º de agosto, com o objetivo de fortalecer competências estratégicas e ampliar a visão global do movimento.
A iniciativa, realizada em parceria com a IESE Business School – uma das mais renomadas escolas de negócios do mundo – combinou formação acadêmica de alto nível, visitas técnicas e experiências culturais, consolidando-se como um espaço para troca de conhecimentos e construção de soluções inovadoras para promover o cooperativismo no Brasil.
A programação foi desenhada para provocar reflexões sobre os desafios da gestão contemporânea, em especial em contextos complexos e em constante transformação.
Nos dias de capacitação em Barcelona, no campus norte da IESE, os superintendentes do Sistema OCB participaram do programa Visão Global para a Liderança, conduzido por professores com experiência internacional em estratégia, inovação, economia e gestão de operações.
Estratégia
Workshops sobre ambientes VUCA (marcado por volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade, exigindo líderes capazes de tomar decisões rápidas e estratégicas diante de cenários em constante mudança), alianças estratégicas e transformação digital desafiaram os participantes a repensar modelos de atuação e buscar respostas práticas para o fortalecimento do Sistema OCB em seus estados.
Segundo a superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, a missão reforçou o compromisso da organização com o desenvolvimento contínuo das lideranças do movimento.
“O cooperativismo brasileiro é forte e diverso, mas para mantermos esse protagonismo precisamos estar conectados ao que há de mais avançado em gestão, inovação e visão global. Essa jornada foi uma oportunidade para refletirmos sobre o futuro e voltarmos ainda mais preparados para apoiar nossas cooperativas e comunidades”, afirmou.
Além da imersão acadêmica, a jornada promoveu experiências práticas em instituições de referência. Em Madri, os superintendentes conheceram a Fundação Espriu, entidade que representa as cooperativas de saúde e de seguros na Espanha HLA Moncloa University Hospital, onde puderam explorar temas como inovação, modelos de gestão cooperativista e uso de tecnologia – aprendizados que dialogam com desafios enfrentados por cooperativas de diferentes ramos no Brasil.
Estímulo à criatividade
A programação também contemplou momentos de networking e de imersão cultural, com a proposta de ampliar horizontes e estimular a criatividade dos participantes. Barcelona, com seu ambiente inovador e multicultural, serviu de cenário para reflexões sobre liderança transformadora e construção de soluções colaborativas.
Na Espanha, o cooperativismo representa 13,4% do PIB e mais de 2,2 milhões de empregos, com cooperativas atuando em setores como energia renovável, crédito, agroindústria e serviços sociais.
Casos como a Mondragón Corporation, no País Basco, demonstram a força de modelos de negócios baseados em colaboração, inovação e resiliência – características que também impulsionam o cooperativismo brasileiro. “Essa é a essência do nosso trabalho: aprender, compartilhar e transformar realidades por meio do cooperativismo”, concluiu Tania Zanella.
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Evento destinado a estudantes do ensino médio estimula reflexão sobre o papel do cooperativismo
O cooperativismo estará em destaque na 5ª edição da Olimpíada do Bem Público (OBP), concurso de redação promovido pela Escola de Políticas Públicas e Governo (EPPG) da Fundação Getulio Vargas (FGV), que este ano traz o tema Cooperação em prol do bem público: caminho e inspiração para transformações na sociedade. As inscrições ficarão abertas entre 4 de agosto e 30 de setembro de 2025, por meio do site oficial da Olimpíada. A participação é gratuita.
Destinada a estudantes do Ensino Médio de todo o Brasil, a OBP busca despertar o interesse dos jovens pela atuação cidadã e pelo desenvolvimento de soluções coletivas para os desafios sociais e ambientais. A edição deste ano se conecta diretamente com o Ano Internacional das Cooperativas, proclamado pela Organização das Nações Unidas (ONU), e reconhece o papel do cooperativismo na construção de uma sociedade mais justa e solidária.
“A parceria reforça nosso compromisso em disseminar os valores e princípios cooperativistas entre os jovens, estimulando a cooperação como caminho para soluções inovadoras e sustentáveis”, afirma Samara Araujo, gerente de Marketing e Comunicação do Sistema OCB, que integra o Comitê Consultivo da OBP.
Estrutura
O concurso será realizado em duas fases: a primeira consiste na elaboração de uma redação dissertativa-argumentativa sobre o tema proposto; a segunda, chamada Pitch do Bem Público, é uma defesa oral virtual da redação perante uma banca de especialistas. Além de medalhas de ouro, prata e bronze, os vencedores receberão certificados, bolsas de estudo para cursos de graduação na FGV e prêmios especiais oferecidos por parceiros da Olimpíada.
A edição 2025 também incentiva a conexão dos estudantes com a realidade local, recomendando que os textos incluam experiências ou projetos vivenciados em suas comunidades, como visitas a cooperativas, associações ou iniciativas que promovam o bem público. Para orientar professores e estudantes, o Termo de Referência da OBP sugere cursos e materiais sobre cooperativismo e outras formas de cooperação, muitos deles gratuitos e com certificado.
A cooperação entre instituições públicas, privadas e a sociedade civil é um dos pilares da OBP, que conta com o apoio de organizações como o Sistema OCB, Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito (Confebras), Casa Cooperativa Nova Petrópolis, Politize! e Junior Achievement.
Calendário
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Inscrições: 04/08 a 30/09/2025
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Submissão das redações: 08/09 a 10/10/2025
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Fase 2 (Pitch): 08 a 19/12/2025
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Premiação: fevereiro de 2026
Para mais informações e inscrições, clique aqui.
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Encontro vai reforçar papel global das cooperativas na sustentabilidade e no desenvolvimento
O cooperativismo brasileiro vai ocupar um dos palcos mais simbólicos do mercado financeiro nacional. No próximo dia 8 de agosto, o Sistema OCB realiza, em parceria com a B3 – a bolsa do Brasil, o evento SomosCoop + B3: Uma Celebração do Ano Internacional das Cooperativas. O evento reunirá lideranças do setor, representantes de órgãos reguladores, especialistas do mercado e convidados internacionais.
A iniciativa faz parte das ações comemorativas pelo Ano Internacional das Cooperativas, declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para 2025. O objetivo é dar visibilidade ao modelo cooperativista como caminho viável, sustentável e inclusivo para enfrentar os desafios sociais e econômicos do mundo atual.
“Queremos mostrar à sociedade, aos reguladores e ao mercado de capitais que o cooperativismo é moderno, competitivo e essencial para o desenvolvimento sustentável do país. Esse evento é uma grande oportunidade de diálogo e conexão”, afirma o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
Programação:
A agenda do evento inclui o tradicional toque da campainha da B3, que marca a abertura simbólica do mercado que, para essa oportunidade, será em celebração ao Ano Internacional do Cooperativismo. As lideranças da OCB, B3 e Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) farão a abertura institucional.
O evento contará ainda com uma palestra magna conduzida pelo economista José Roberto Mendonça de Barros, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, que abordará os principais desafios e oportunidades para o Brasil diante do atual cenário econômico.
Na sequência, uma mesa-redonda reunirá representantes da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), B3, Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) e do cooperativismo, que irão debater os rumos do modelo cooperativista enquanto alternativa sólida e moderna de negócio.
O encerramento, por sua vez, será marcado por um painel internacional, com a participação da superintendente do Sistema OCB e presidente do Instituto Pensar Agro (IPA), Tania Zanella e de representantes da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), da ONU e da organização da COP30, que será realizada em novembro, em Belém (PA).
O evento é restrito a convidados e será acompanhado por representantes de centrais e dirigentes do ramo crédito, além de autoridades parceiras do movimento cooperativista. Também contará com transmissão ao vivo nos canais da B3 e no Youtube do sistema OCB.
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Evento debateu soluções inovadoras e sustentáveis para o Semiárido brasileiro
O Semiárido brasileiro é, nesta semana, o centro das atenções do cooperativismo nacional. Até o dia 2 de agosto, Petrolina (PE) e Juazeiro (BA) recebem o International Coop Semiárido (ICS), que promove uma imersão em debates, workshops e painéis estratégicos voltados ao desenvolvimento sustentável da região. O evento reúne pesquisadores, especialistas, autoridades públicas e lideranças cooperativistas para pensar soluções práticas e inovadoras para os desafios históricos do Semiárido, como escassez hídrica, adaptação às mudanças climáticas e oportunidades econômicas.
Representando o presidente do Sistema OCB Nacional, Márcio Lopes de Freitas, o presidente da OCB/PB, André Pacelli, participou da abertura oficial e reforçou o papel das cooperativas na transformação da região. “O cooperativismo é um instrumento de desenvolvimento que já dá resultados concretos no Semiárido. Aqui, a união das pessoas em torno de um objetivo comum gera renda, fortalece comunidades e promove inclusão social com sustentabilidade. Cada cooperativa que cresce nessa região é prova de que a cooperação é o caminho”, destacou.
Inovação e diálogo
O ICS tem uma agenda dinâmica e interativa, que inclui palestras magnas, painéis e workshops simultâneos. Os debates giram em torno de quatro grandes temas:
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Tecnologia e inovação para o desenvolvimento sustentável
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Mudanças climáticas e adaptação
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Educação e capacitação
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Desenvolvimento econômico e social
As atividades práticas acontecem em seis salas de workshops, onde participantes desenvolvem propostas e soluções aplicáveis à realidade do Semiárido. O resultado desses debates será consolidado no Manifesto ICS, documento que reunirá ideias e compromissos coletivos para o futuro da região.
Sustentabilidade
O ICS reforça que as cooperativas têm papel central na promoção do desenvolvimento sustentável. No Semiárido, elas já atuam em cadeias produtivas do agro, energias renováveis, crédito, saúde e serviços, gerando impacto social e econômico.
Segundo o presidente da OCB Pernambuco, Malaquias Ancelmo de Oliveira, o cooperativismo precisa ser protagonista em agendas estratégicas para regiões desafiadoras. “O Semiárido exige soluções coletivas. As cooperativas já mostram que compartilhar recursos, tecnologia e conhecimento faz a diferença. Nosso papel é ampliar esse alcance para transformar cada vez mais comunidades”, disse.
Além da presença do Sistema OCB Nacional, o evento conta com a participação de dirigentes de organizações estaduais como os sistemas OCB/CE, OCB/SE, OCB/PA e Oceb, fortalecendo a mobilização regional e nacional em torno da agenda cooperativista.
Conexão com o futuro
As atividades práticas acontecem em seis salas de workshops, onde participantes desenvolvem propostas e soluções aplicáveis à realidade do Semiárido. O resultado desses debates será consolidado no Manifesto ICS, documento que reunirá ideias e compromissos coletivos para o futuro da região.
O Manifesto ICS,deve orientar políticas públicas, projetos de desenvolvimento e estratégias cooperativistas voltadas ao Semiárido. O documento também será apresentado ao Sistema OCB Nacional como contribuição para a participação do movimento na COP30, que ocorrerá em Belém (PA), em 2025.
Para Pacelli, o recado do evento é claro: ninguém transforma sozinho. “A força do cooperativismo está em unir talentos e compartilhar soluções. O Semiárido tem desafios, mas também tem imenso potencial para se tornar referência em inovação e sustentabilidade, e as cooperativas são protagonistas desse futuro”, concluiu.
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Profissionais do Sicoob definem prioridades de cidadania e sustentabilidade para o próximo ciclo
Promover alinhamento estratégico e definir prioridades para o futuro sustentável do cooperativismo financeiro. Esse foi o objetivo central do Encontro de Cidadania e Sustentabilidade do Sicoob, realizado nesta terça (29), que contou com a participação do Sistema OCB e reuniu cerca de 70 profissionais, em sua maioria analistas e assistentes das cooperativas centrais. Desde 2018, o encontro tem se consolidado como um espaço de troca e planejamento, permitindo que os pontos focais de cidadania e sustentabilidade do sistema construam, de forma colaborativa, o plano de ação para o ano seguinte.
O painel Cooperativismo financeiro: caminhos para um futuro sustentável apresentou as principais tendências do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC), destacou avanços regulatórios e trouxe os preparativos do setor para a COP30, que acontecerá em novembro, em Belém (PA). O debate teve a presença da gerente de Desenvolvimento de Cooperativas, Débora Ingrisano, e da analista técnica do Ramo Crédito, Feulga Reis.
Feulga destacou que o SNCC já soma 21,3 milhões de cooperados, 753 cooperativas singulares e 26 centrais, com movimentação de R$ 885 bilhões em ativos e presença física como única instituição financeira em 469 municípios brasileiros. Para ela, esses números demonstram a força econômica e o papel social do cooperativismo. "O crédito cooperativo chega onde as instituições financeiras tradicionais não chegam e transforma realidades. Esse é o impacto que queremos potencializar com ações integradas de cidadania e sustentabilidade", afirmou.
Rumo à COP30
Em sua apresentação, Débora explicou que o cooperativismo vem desenvolvendo um portfólio de soluções para apoiar as cooperativas em práticas de neutralidade de carbono, eficiência energética e desenvolvimento territorial sustentável, conectando o setor à agenda global de sustentabilidade. "Queremos mostrar para o Brasil e para o mundo que é possível ter organizações economicamente viáveis, socialmente justas e ambientalmente corretas. O cooperativismo é um modelo que não deixa ninguém para trás", destacou.
Ela reforçou que o Sistema OCB vem preparando as cooperativas para aproveitar oportunidades geradas pela agenda climática e para se posicionar como protagonistas durante a COP30. Entre as soluções apresentadas estão o mapeamento de emissões de gases de efeito estufa, o incentivo ao uso de energias renováveis e o apoio a iniciativas de desenvolvimento territorial sustentável, que integram inclusão social, geração de renda e preservação ambiental.
“Cada ação que planejamos tem um reflexo direto na vida das pessoas e na construção de comunidades mais sustentáveis. O cooperativismo tem essa força transformadora e, quando unimos cidadania e sustentabilidade, mostramos que é possível gerar desenvolvimento econômico sem abrir mão do cuidado com o planeta e com as pessoas”, acrescentou Débora.
O evento também reservou espaço para interação com os participantes, que puderam tirar dúvidas sobre a atuação do Sicoob e do Sistema OCB em agendas como a COP30 e discutir os desafios de implementar práticas ESG no cooperativismo financeiro.
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Participantes vivenciaram a força do movimento com experiências no Sul e Norte do Brasil
O cooperativismo brasileiro foi protagonista de uma jornada intensa e inspiradora durante a terceira edição da Imersão Pré-COP30, realizada pelo Sistema OCB. A iniciativa levou representantes de diferentes esferas do governo federal, organismos internacionais e entidades de pesquisa para uma vivência em campo, conectando-os diretamente com experiências no Sul e no Norte do país.
De cooperativas de crédito a organizações de produção agroextrativistas, passando por hospitais, escolas e vinícolas, a delegação pôde constatar como o modelo de negócios cooperativista para a entrega resultados concretos para o desenvolvimento sustentável, ao mesmo tempo em que promove inclusão social, preservação ambiental e geração de renda.
“Iniciamos essa terceira imersão com o objetivo de mostrar, na prática, como o cooperativismo brasileiro contribui para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e para a agenda climática mundial. A cada parada, reafirmamos que as cooperativas brasileiras estão preparadas para contribuir com as soluções que o mundo precisa”, destacou Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB.
Caminhos da cooperação: do Sul ao Norte
A imersão teve início no Rio Grande do Sul. Em Água Santa o grupo visitou as cooperativas Coasa e a Cresol. Pela tarde, seguiu para Bento Gonçalves para conhecer a Vinícola Aurora, modelo de agregação de valor para a agricultura familiar. No dia seguinte, a programação seguiu para Nova Petrópolis, onde os participantes visitaram a Sicredi Pioneira, berço do cooperativismo de crédito no Brasil, e a Casa Cooperativa, que preserva a memória do nosso modelo de negócios. No período da tarde, já em Porto Alegre, a delegação conheceu a Cootravipa, cooperativa de trabalho urbana.
Na segunda etapa da imersão, em Cacoal, Rondônia os participantes foram recebidos com apresentações institucionais do Sistema OCB/RO, da Cooperativa Reca e do Sicoob Credip. As agendas incluíram uma caminhada na floresta, interação com produtores de café e comunidades indígenas, além de visitas ao Sicoob Agroshow e ao Sicoob Credisul, em Vilhena. Também fizeram parte da programação as experiências no Hospital Cooperar, na FavoCoop e com as cooperativas mirins locais.
Para João Penna, coordenador de Relações Internacionais do Sistema OCB, a ação é estratégica. “A imersão nos ajuda a mostrar que o cooperativismo tem um papel fundamental no enfrentamento dos desafios climáticos globais. Estamos fortalecendo nosso modelo como solução para a prosperidade de comunidades e do planeta”, afirmou.
Rosemary Lane, chefe do departamento de Povos Indígenas e Desenvolvimento do Departamento das Nações Unidas para Assuntos Econômicos e Sociais (UNDESA), destacou a conexão entre as cooperativas e os ODS. “Já conhecia o potencial do modelo para inclusão social, mas fiquei impressionada com a forma como essas experiências estão alinhadas à agenda climática e de sustentabilidade”, relatou.
Para Jaime García Alba, diretor de Estratégia do BID Invest, a experiência ampliou o entendimento sobre o alcance das cooperativas. “O que vimos em Rondônia vai além do sistema financeiro. As cooperativas são o elo entre comunidades e desenvolvimento. Elas estão presentes onde o mercado tradicional não chega”.
Isabela Maia, chefe da Gerência de Sustentabilidade e de Relacionamento com Investidores Internacionais de Portfólio do Banco Central do Brasil, destacou a parceria de longo prazo da instituição com o cooperativismo de crédito. “A inclusão financeira é promovida de forma muito próxima às comunidades. Estar aqui, olho no olho, foi fundamental para compreender ainda mais esse papel”.
“O Brasil é líder no desenvolvimento de cooperativas que geram benefícios sociais incríveis para quem delas participa. Por isso, acredito que devemos trabalhar muito mais para internacionalizar essas cooperativas”, destacou René Alarcon, Representante Sênior para América Latina e o Caribe do Centro Internacional de Comércio (ITC).
Conexão com políticas públicas
Representando o Ministério das Relações Exteriores (MRE), o diplomata Hugo Peres destacou o potencial das cooperativas brasileiras para o mercado externo. “As práticas ambientais e sociais que vimos aqui são fantásticas e valorizadas no exterior. É preciso pensar em como essas iniciativas podem ser reconhecidas globalmente e gerar retorno direto aos agricultores”, ressaltou.
Carlos Venâncio, coordenador de Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), destacou a relevância das cooperativas na integração entre família, terra e trabalho. “O cooperativismo conecta a história das famílias à terra que ocupam. Isso tem um valor enorme quando pensamos em sucessão rural e sustentabilidade”.
Por sua vez, Ricardo Vieira Vidal, chefe de Divisão de Articulação Federativa do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), falou sobre a inspiração que leva na bagagem. “Vivenciei o fortalecimento da agricultura familiar e da inclusão produtiva de mulheres e povos tradicionais. A Sicoob Credip, por exemplo, realiza um trabalho incrível com comunidades indígenas”.
Lilian Lindoso, Coordenadora de Estímulo à Bioeconomia do Ministério do Meio Ambiente (MMA), destacou que a emoção e o comprometimento das pessoas marcaram a imersão. “O cooperativismo valoriza cultura, relações e saberes comunitários. Conhecer iniciativas como o cultivo de café robusta pelos povos tradicionais e a Cooperativa Mirim foi transformador. Nunca me senti tão bem recebida.”
Já Luciana Nóbrega, coordenadora-geral de Políticas de Fomento do Ministério do Empreendedorismo (MEMP), destacou o papel do cooperativismo para o empreendedorismo nacional. “Queremos fortalecer as políticas públicas baseadas nesse modelo, que já mostra resultados em vários territórios. A cooperativa mirim me emocionou. Fomentar o espírito cooperativo desde cedo é um diferencial”.
Cooperação e pesquisa andam juntas
Otávio Balsadi, supervisor de Redes de Inovação Social da Embrapa, destacou a parceria com a Coasa na implantação da Operação 365. “O lema deles é 'Nosso solo, nossa colheita'. Para isso, mantêm cobertura do solo o ano todo, o que previne erosão e perda de nutrientes. Essa é uma experiência que nasceu de uma parceria lá em 2014 e já está inspirando outras regiões”, descreveu.
Carla Gheler, coordenadora de Sistemas Agroalimentares do Conselho Empresarial brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), contou que sua visão mudou após a imersão. “Eu já conhecia as cooperativas, mas não imaginava o tamanho do impacto delas. Hoje, saio daqui decidida a virar cooperada e a fomentar mais parcerias entre o CEBDS e o sistema cooperativista”.
Mulheres e jovens transformam territórios
Na fala de Úrsula Zacarias, assessora técnica da FAO, o destaque foi para as mulheres. “Visitei grupos liderados por mulheres em várias cooperativas, especialmente na Cootravipa. São gerações fortes, que não se intimidam. É uma experiência que precisa ser levada para o mundo”.
Laura Peixoto, analista de Negócios Internacionais da ApexBrasil, ressaltou como a imersão aproximou as cooperativas das estratégias de exportação. “A Reca me chamou a atenção. Eles já exportam produtos da floresta e têm potencial para muito mais. A sustentabilidade está no DNA das cooperativas”, declarou.
Vanessa Duarte, diretora Executiva do Consórcio da Amazônia Legal, finalizou: “Falamos muito sobre desenvolvimento sustentável, mas aqui vimos isso acontecer na prática. Levo uma bagagem riquíssima. Vimos produtores que saíram da venda de commodities para empreender com valor agregado e cuidar da floresta. Isso é o cooperativismo em sua melhor expressão”.
O legado segue
A Imersão pré-COP30 é mais do que uma visita técnica. É uma vivência transformadora que reafirma o potencial do cooperativismo brasileiro como resposta global aos desafios do nosso tempo. Em 2025, enquanto o Brasil sedia a COP30 e o mundo celebrao Ano Internacional das Cooperativas, o modelo cooperativista estará mais visível, forte e reconhecido como a melhor opção enfrentar os desafios globais.
Para Guilherme Xavier, diretor-executivo da Rede Brasil do Pacto Global, a vivência foi mais que especial. “Ver na prática como o cooperativismo muda vidas foi único”.
“A imersão é isso: conhecer as soluções socioeconômicas que o cooperativismo nos proporciona, é conversar com pessoas que estão à frente disso e se inspirar” finalizou Tatiana Souza, Assessora Especial de Economia Popular e Solidária da Secretaria-Geral da Presidência (SGPR).
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Workshop mostrou como tirar ideias do papel e transformar inovação em solução real
Foi com post-its coloridos, provocações criativas e muitos insights que profissionais da Unimed Maringá participaram do workshop Do Post-it à Prática: Como Tirar Ideias do Papel com Design Thinking, promovido nesta sexta (25), com a participação de Hellen Beck de Souza e Eduardo Sampaio, analistas de Inovação do Sistema OCB. A atividade teve como objetivo apresentar o Design Thinking como uma metodologia acessível e eficaz para resolver problemas reais dentro do cooperativismo, especialmente na área da saúde.
Durante a oficina, Hellen conduziu os participantes por uma jornada dinâmica e interativa, partindo da desconstrução dos mitos sobre criatividade até a aplicação prática das etapas do Design Thinking: imergir, definir, idear, prototipar, testar e implementar. “Não é sobre ter uma grande ideia num estalo. A inovação que faz diferença mesmo vem da escuta, da vivência com as pessoas e da vontade genuína de resolver os problemas certos. O Design Thinking ajuda a pensar diferente justamente porque começa pelas perguntas, não pelas respostas”, destacou.
Logo no início, um “quebra-gelo” inusitado ajudou a engajar o grupo: cada pessoa deveria responder qual botão mágico apertaria se pudesse mudar algo no mundo. A proposta, além de divertida, mostrou que o desafio está em organizar, testar e transformar essas ideias em algo que faça sentido para quem vai usá-las.
A metodologia apresentada é baseada em colocar o ser humano no centro da solução, e se mostrou especialmente útil para contextos como o da saúde, em que entender profundamente as dores e necessidades dos pacientes, médicos e colaboradores é essencial. “Um dos maiores erros das organizações é correr para oferecer soluções antes mesmo de entender o problema. Isso é comum, acontece o tempo todo. E o resultado, muitas vezes, são projetos bonitos, caros… e inúteis. Com Design Thinking, a gente aprende a desacelerar no começo para ganhar velocidade depois, com mais acerto”, explicou Hellen.
Ao longo da oficina, os participantes conheceram e testaram ferramentas como , brainstorming estruturado (crazy eights), 5 por quês, Canvas de Visão do Projeto, entre outras. Também refletiram sobre a importância de estimular repertórios diversos para expandir a criatividade e desafiar os caminhos mais óbvios. “Se você só consome os mesmos conteúdos, conversa com as mesmas pessoas e resolve tudo do mesmo jeito, é claro que a sua primeira ideia vai ser previsível. Criatividade não é mágica, é construção”, provocou a analista.
Um dos pontos altos do encontro foi a atividade prática de ideação, na qual os participantes foram instigados a pensar soluções para desafios reais enfrentados na cooperativa. A diversidade de olhares gerou propostas inovadoras e mostrou que, com a metodologia certa, qualquer equipe pode gerar boas soluções — mesmo sem ser “especialista” em inovação. “O mais importante é que os participantes entenderam que inovação não é coisa de outro mundo. Ela começa com empatia e disposição para escutar. E ganha corpo quando você experimenta, testa e ajusta. A gente não precisa esperar uma ideia perfeita: o caminho é começar pequeno e aprender no processo”, concluiu Hellen.
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Delegação mergulha em experiências com povos indígenas, cooperativas mirins e produtores de café
O quarto dia da Imersão Pré-COP30, nesta quinta-feira (24), revelou aos participantes a força transformadora do cooperativismo em territórios amazônicos. A jornada teve início com uma caminhada pela floresta no Cacoal Selva Park, seguido por visitas a experiências de base comunitária no interior de Rondônia. Entre sabores, histórias e aprendizados, lideranças nacionais e internacionais conheceram exemplos concretos de sustentabilidade, inclusão social e protagonismo juvenil promovidos por cooperativas locais.
Pela manhã, a delegação seguiu para a zona rural de Cacoal, onde visitou o Café Don Bento, uma propriedade modelo no cultivo de cafés especiais na região. Ali, os participantes tiveram contato com indígenas produtores e ouviram sobre o resgate de práticas produtivas sustentáveis associadas à preservação ambiental e à valorização cultural da Amazônia. Os produtores são associados ao Sicoob Credip e contaram com o apoio da cooperativa para desenvolver sua produção.
No mesmo espaço aconteceu a apresentação da Cooperativa Mirim Coop Line Fourteen, formada por estudantes da Escola Municipal Doutor João de Deus Ciplinis, da Linha 14, em Divinópolis (RO). A cooperativa também foi criada com apoio do Sicoob Credip e tem como objeto de aprendizagem a produção e comercialização de alfajores.
O gestor da escola, Cleudo Pinheiro da Silva, explicou que a iniciativa gerou um impacto profundo nos estudantes. “A Cooperativa Mirim é um sucesso dentro da escola. Já vemos mudanças concretas no comportamento das crianças, que aprendem sobre organização, oratória e convivência democrática. Tudo isso só é possível graças ao apoio do Sicoob Credip, que nos orienta com profissionais capacitados e nos ajuda a formar cidadãos conscientes desde cedo”, afirmou.
A vice-presidente da Cooperativa Mirim, Jocylene Mapidanam Surui, compartilhou a rotina da turma. “Nos reunimos, discutimos ideias e tomamos decisões juntos. Produzimos alfajor, mas o mais importante é aprender a escutar e respeitar as opiniões dos colegas. Também recebemos cursos, como o de oratória, e isso está nos ajudando muito”, contou com orgulho.
Além de inspirar pelo protagonismo jovem, a visita também apresentou resultados concretos de desenvolvimento territorial por meio da cafeicultura sustentável. O destaque foi para o projeto Robustas Amazônicos, responsável pela conquista da primeira Identificação Geográfica (IG) do mundo para cafés canéforas sustentáveis — uma inovação com origem na floresta.
Segundo Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, o impacto da visita foi marcante: “Foi um dia lindo. Vimos crianças atuando como cooperados, agricultores se transformando em empreendedores e comunidades inteiras gerando renda com responsabilidade ambiental. Isso é o cooperativismo em sua essência: cuidar da terra, das pessoas e do futuro”, refletiu.
Conexão
Após a experiência com os jovens, o grupo da imersão partiu rumo ao município de Vilhena, onde participou da Sicoob Agroshow, uma feira organizada pelo Sicoob Credisul, que movimenta a economia local ao reunir produtores, pequenos comerciantes e expositores de toda a região. O evento também inclui programação técnica, rodadas de negócios e experiências gastronômicas com produtos típicos da Amazônia.
Durante o jantar realizado no parque Sicoob Sabor, os participantes da imersão puderam saborear pratos regionais e se integrar aos representantes locais em mais um momento de conexão e troca de vivências. O presidente do Sistema OCB em Rondônia, Salatiel Rodrigues, comemorou a oportunidade de mostrar a potência cooperativista do estado. “Estamos recebendo com orgulho essa delegação. Rondônia tem muito a mostrar: produzimos, preservamos e cuidamos das pessoas. O cooperativismo aqui é ferramenta de transformação social, econômica e ambiental. E, nesta imersão, mostramos que somos amazônidas cuidando da Amazônia”, destacou.
A participação de jovens e povos indígenas nas atividades do dia chamou a atenção de lideranças internacionais. Para Jaime García Alba, diretor de estratégia e coordenador da iniciativa Amazônia Sempre no BID Invest, a vivência em Rondônia expandiu a compreensão sobre o papel das cooperativas. “O BID já trabalha com cooperativas de crédito no Brasil, mas aqui vimos algo muito maior. As cooperativas são o elo com as comunidades na floresta. São elas que conseguem promover inclusão, sustentabilidade e desenvolvimento onde o sistema financeiro tradicional não chega. Isso muda tudo”, afirmou.
O quarto dia da Imersão Pré-COP30 reafirmou o papel das cooperativas como agentes de transformação nos territórios mais desafiadores do país. Com jovens aprendendo sobre economia solidária, agricultores inovando na produção sustentável e povos tradicionais sendo reconhecidos como protagonistas da bioeconomia, o cooperativismo se fortalece como caminho concreto para enfrentar as emergências climáticas com justiça social.
A imersão segue até essa sexta-feira (25). A delegação que participa da Imersão reúne representantes de órgãos estratégicos do governo brasileiro, organismos internacionais e entidades empresariais. Estão presentes os ministérios da Agricultura e Pecuária (Mapa), do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Memp), das Relações Exteriores (MRE), do Meio Ambiente (MMA) e da Secretaria-Geral da Presidência (SGPR). Também participa um um representante da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Entre os organismos internacionais estão a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (UNDESA), o Centro Internacional de Comércio (ITC), o BID Invest e a Rede Brasil do Pacto Global. Completam a comitiva lideranças do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), da Agência Brasileira de Promoção a Exportações e Investimentos (ApexBrasil), do Consórcio Interestadual da Amazônia Legal e do Banco Central do Brasil (BCB), além de dirigentes e técnicos do Sistema OCB.
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Evento destaca boas práticas e promove articulação para fortalecer o papel das cooperativas na agenda climática global
Começou nesta segunda-feira (21) a Imersão Pré-COP30, iniciativa do Sistema OCB que apresenta ao Brasil e ao mundo o potencial do cooperativismo para enfrentar desafios climáticos e sociais. Durante o dia, representantes de ministérios, organismos internacionais e entidades empresariais percorreram cidades do Rio Grande do Sul para conhecer exemplos concretos de sustentabilidade e inclusão promovidos pelas cooperativas.
A programação da imersão começou cedo, com traslado para o município de Água Santa, onde o grupo foi recebido pela Cooperativa Coasa. Fundada por agricultores familiares em 1994, a Coasa é referência em organização comunitária, o que agrega valor à produção local e fortalece a atividade coletiva. Os participantes tiveram a oportunidade de conhecer de perto o trabalho desenvolvido com os 9 mil cooperados e os projetos que unem produtividade e respeito ao meio ambiente.
Para o presidente da Coasa, Orildo Germano Belegante, a visita foi uma oportunidade de mostrar o impacto do cooperativismo na vida das comunidades. “Aqui, acreditamos que cuidar do solo é cuidar do nosso futuro. Cada projeto ambiental que realizamos nasce da união dos nossos cooperados, pequenos agricultores que entendem a importância de produzir de forma sustentável”, destacou.
Em seguida, a delegação seguiu para a Cresol, instituição que atua em 19 estados brasileiros e é reconhecida por integrar práticas sustentáveis à oferta de serviçosfinanceiros. O presidente da Cresol Getúlio Vargas, Jandir José Soccol, reforçou o compromisso com o desenvolvimento sustentável. “Começamos pequenos, com agricultores familiares, sempre com a sustentabilidade em primeiro lugar. Cuidar do meio ambiente é um princípio que orienta cada uma das nossas decisões”, afirmou.
Para o gerente de Relações Institucionais do Sistema Ocergs, Tarcísio Minetto, o contato direto com as cooperativas é essencial para compreender o papel do setor na agenda ESG. “Essa experiência mostra como as cooperativas geram prosperidade e sustentabilidade. Vimos trabalhos incríveis com jovens, mulheres e comunidades inteiras, além do cuidado com o solo, que é o maior patrimônio que temos”, afirmou.
Durante a tarde, os participantes da imersão seguiram para Bento Gonçalves, onde visitaram a Vinícola Aurora, a maior cooperativa vitivinícola do Brasil. Com mais de 1,1 mil famílias cooperadas, a Aurora apresentou sua estratégia ESG e os compromissos assumidos com práticas ambientais, sociais e de governança. “Hoje temos 13 temas materiais e 20 compromissos dentro da nossa estratégia. Estamos finalizando o primeiro ciclo de monitoramento de indicadores e vamos lançar nosso relatório de sustentabilidade em breve”, contou Cassandra Marcon Giacomazzi, gerente de Sustentabilidade da cooperativa.
Para o coordenador de Relações Internacionais do Sistema OCB, João Penna, a imersão é uma ferramenta estratégica para engajar atores-chave na pauta climática. “Estamos na terceira edição desse programa, que já trouxe resultados muito positivos. É uma forma de mobilizar representantes do governo e de organizações internacionais a reconhecerem o cooperativismo como um ator fundamental para enfrentar os desafios climáticos globais. Queremos garantir um espaço do setor na COP30 e ampliar o reconhecimento internacional do nosso modelo de negócios”, explicou.
Representando o Ministério das Relações Exteriores, o diplomata Hugo Freitas destacou o potencial das cooperativas brasileiras para o mercado externo. “As práticas ambientais e sociais que vimos aqui são fantásticas e valorizadas no exterior. É preciso pensar em como essas iniciativas podem ser reconhecidas globalmente e gerar retorno direto aos agricultores.”
Encerrando o dia, a Vinícola Aurora ofereceu um jantar aos convidados, promovendo um momento de integração e troca de experiências. Para a gerente de Desenvolvimento do Sistema OCB, Débora Ingrisano, o primeiro dia reforçou o papel transformador do cooperativismo: “Nossos parceiros estão encantados. Mostramos como o cooperativismo alia desenvolvimento econômico, preservação ambiental e inclusão social. É esse modelo que queremos levar ao palco da COP30, como um modelo de negócios capaz de enfrentar os desafios globais.”
A Imersão Pré-COP30 segue até 25 de julho e tem como objetivo fortalecer parcerias e ampliar o reconhecimento internacional das cooperativas brasileiras como agentes de transformação sustentável.
A delegação é formada por lideranças de diferentes setores, como o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ministério das Relações Exteriores (MRE), Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (MEMP), (MEMP), Banco Central do Brasil e agências das Nações Unidas, como a FAO e o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais (UNDESA). Também participam representantes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID Invest), Rede Brasil do Pacto Global, Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), ApexBrasil, Embrapa, Centro Internacional de Comércio (ITC), Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal e da Secretaria-Geral da Presidência da República, além de dirigentes e técnicos do Sistema OCB.
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Eventos capacitaram cooperativas e colaboradores da OCE com técnicas para acessar editais e recursos
O Sistema OCB esteve presente em dois workshops inéditos sobre captação de recursos, promovidos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo de Alagoas (Sescoop/AL) nos dias 10 e 11 de julho. Com foco em inovação e acesso a oportunidades de fomento, os eventos reuniram dirigentes, cooperados e colaboradores do sistema em Maceió e Arapiraca.
As capacitações foram conduzidas por consultores da ABGI, empresa referência em inovação e gestão estratégica de recursos, com o objetivo de apresentar caminhos práticos para transformar projetos em realidade. Além de técnicas para elaboração de propostas mais competitivas, os workshops trouxeram um panorama das principais fontes de financiamento disponíveis no Brasil e no exterior, incluindo editais públicos e privados.
O primeiro dia do evento, em Maceió, foi direcionado a colaboradores do Sescoop, preparando as equipes para atuar como multiplicadoras do conhecimento. Já no segundo dia, em Arapiraca, o workshop reuniu representantes de 14 cooperativas de diferentes regiões de Alagoas.
Um dos momentos mais aguardados foi a apresentação da plataforma Radar de Financiamento, disponível no Inovacoop, iniciativa do Sistema OCB que tem se consolidado como um hub de inovação e conhecimento para o setor cooperativista. A ferramenta reúne conteúdos técnicos, divulga editais e conecta cooperativas a oportunidades de fomento que podem alavancar projetos de alto impacto.
“O Radar de Financiamento foi criado para ser um ponto de encontro entre o cooperativismo e as oportunidades de fomento à inovação. É por meio dele que conseguimos facilitar a visibilidade e acesso a recursos disponíveis para coops, para que elas se posicionem de forma cada vez mais estratégica diante das demandas do mercado,” afirmou Hellen Beck de Souza, analista de Inovação do Sistema OCB.
Para Hellen, o Sistema OCB busca preparar as cooperativas para atuarem com visão de futuro. “Nosso compromisso é impulsionar a inovação no cooperativismo e falar sobre fontes de fomento é falar sobre viabilizar inovação. Capacitações como essa mostram que quando conectamos conhecimento com oportunidade, abrimos caminho para transformar boas ideias em projetos reais.”, acrescentou.
Estratégia e resultados
Os consultores da ABGI destacaram que muitas cooperativas ainda desconhecem o potencial dos mecanismos de fomento e, por isso, não conseguem avançar com projetos inovadores. “Um projeto certo, apresentado no momento adequado e com uma boa estrutura técnica tem grandes chances de ser aprovado. Nossa missão aqui foi mostrar como chegar a esse resultado”, explicou o consultor Vinicius Sales.
A programação também incluiu dinâmicas práticas, nas quais os participantes puderam simular a construção de propostas e analisar editais reais. A abordagem interativa foi elogiada por cooperados e dirigentes presentes, que destacaram a aplicabilidade imediata do conteúdo.
Cooperativismo fortalecido
Para o superintendente do Sescoop/AL, Adalberon Sá Júnior, o evento foi além de uma capacitação técnica: é um investimento no futuro do setor. “Estamos criando pontes entre as boas ideias das cooperativas e os recursos disponíveis para executá-las. Essa é uma ação que fortalece o sistema como um todo, com inovação, autonomia e protagonismo”, destacou.
“Fortalecer o cooperativismo é garantir que nossas cooperativas tenham acesso a caminhos concretos para inovar. Quando capacitamos para fontes de fomento, estamos dizendo que sim, é possível sonhar mais alto, com sustentabilidade, viabilidade e impacto real”, reforçou Hellen.
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Evento reuniu líderes globais para debater modelo de governança de dados mais inclusivo
O Sistema OCB marcou presença na 3ª Reunião de Alto Nível do Fórum de Dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNSPBF), realizada entre os dias 8 e 10 de julho, em Frascati, na Itália. Representado por Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas, o cooperativismo brasileiro apresentou suas contribuições para a construção de um modelo de governança de dados ambientais mais inclusivo e alinhado às realidades de países em desenvolvimento.
Com o tema Rumo à uma revolução da Big Data para o planeta: da incerteza à oportunidade, o encontro reuniu lideranças globais da ciência, política, negócios e tecnologia para debater os desafios e caminhos para tornar os dados ambientais um ativo estratégico na promoção de sustentabilidade, biodiversidade e justiça social.
Na ocasião, Débora participou do painel Caminhos para a Inclusão e Equidade, que discutiu modelos de governança e financiamento capazes de democratizar o acesso aos dados ambientais e promover a transição digital de forma justa. Em sua apresentação, ela ressaltou o papel das cooperativas em levar para cooperados de mais de 30 segmentos econômicos, espalhados em mais da metade das cidades brasileiras em um país continental, educação, avaliação de dados e soluções para a pauta ambiental, bem como social e de governança, dentro do Programa ESGCoop. “As cooperativas brasileiras do Ramo Agro são formadas, em média, por 800 cooperados, o que nos permite acessar uma grande base de produtores rurais, assim como diversos outros profissionais, e ampliar o acesso às soluções de desenvolvimento sustentável. Essa estrutura facilita a governança de dados, porque os cooperados têm uma relação próxima e de confiança com suas cooperativas, o que potencializa o engajamento e a qualidade das informações”, afirmou Débora.
Quando se fala em financiamento de projetos de dados, a força do cooperativismo também faz diferença. “O modelo cooperativista possibilita ganhos de escala com contratações conjuntas e otimização de recursos. Além disso, o Brasil estruturou o sistema cooperativista nacional como parte do Sistema S, o que permite arrecadar contribuições e financiar projetos coletivos em benefício de todo o setor”, completou.
Dados como vetor de transformação
Durante o fórum, especialistas destacaram a necessidade de criar padrões globais para coleta, interoperabilidade e uso de dados ambientais, de modo a garantir consistência e confiabilidade das informações. A ONU apresentou a proposta da Estratégia Global de Dados sobre o Meio Ambiente (GEDS, na sigla em inglês), que busca articular governos, empresas e sociedade civil em torno de cinco pilares: governança, qualidade de dados, interoperabilidade, acesso e capacitação.
Contribuição para a agenda global
O evento também trouxe ao centro do debate a importância de mecanismos financeiros para apoiar países e organizações na adoção de tecnologias e práticas de coleta e análise de dados. Representantes do setor financeiro discutiram como métricas ambientais mais robustas podem influenciar decisões de investimento e gestão de riscos, enquanto o setor tecnológico apresentou avanços no monitoramento de oceanos, terras e atmosfera.
Ao lado de instituições como a Comissão Europeia, o Banco Mundial e a Organização Internacional de Padronização (ISO), o Sistema OCB defendeu que as cooperativas são agentes fundamentais para viabilizar o monitoramento ambiental em grande escala, especialmente em contextos desafiadores.
“O cooperativismo tem se mostrado um aliado estratégico para atingir metas globais de clima e biodiversidade. Por meio de nossa rede, podemos ampliar a coleta e o uso de dados ambientais, além de promover uma transição digital que não deixe ninguém para trás”, concluiu Débora.
Próximos passos
Ao fim do fórum, a ONU consolidou as principais recomendações no documento Frascati Pathways, que servirá de base para a construção de políticas e parcerias em nível global. O Sistema OCB seguirá acompanhando os desdobramentos e reforça o compromisso de articular suas cooperativas para contribuir ativamente com a agenda de dados ambientais e com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
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Campanha celebrou o cooperativismo com ações urbanas, vídeos e influenciadores
As fachadas de prédios icônicos em cinco capitais brasileiras se transformaram em telas vivas no último sábado (05), espalhando uma mensagem de união e transformação. A ação marcou o Dia Internacional do Cooperativismo (Coops Day) de 2025, com o mote Cooperativas constroem um mundo melhor, e encantou moradores de Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Belém e Porto Alegre.
Com projeções mapeadas inéditas, vídeos que ganharam as redes e o apoio de influenciadores locais, a iniciativa do Sistema OCB mobilizou milhares de pessoas para refletir sobre o papel do cooperativismo na construção de uma sociedade mais inclusiva, solidária e sustentável.
Propósito nas ruas
Em Brasília, o Museu Nacional da República foi o cenário de uma experiência visual que atraiu olhares curiosos e emocionados. “Hoje nossa cidade tá ainda mais iluminada!”, celebrou a influenciadora brasiliense @babilins em suas redes. Ela registrou o momento e reforçou a mensagem: “O @somoscoop trouxe uma projeção que celebra o Dia Internacional do Cooperativismo, um movimento que acredita que as cooperativas ajudam a construir um mundo onde ninguém fica de fora e ninguém é deixado para trás.”
Em Belo Horizonte, o recado também ganhou espaço na paisagem urbana, na esquina da Rua Bahia com a Avenida Álvares Cabral. Por lá, @walefmarques compartilhou o impacto da ação: “BH amanheceu com um recado importante: as cooperativas estão construindo um mundo melhor! Eu vi de pertinho e tá incrível! ”
Influenciadores e comunidades locais
Além das projeções, o engajamento digital potencializou o alcance da campanha do Coops Day. Em Salvador, o Elevador Lacerda recebeu a intervenção artística e foi destaque no perfil de @taysalais, que emocionou os seguidores: “Vocês sabem que eu sempre digo que estive rodeada de gente que acreditou na vida comigo, né? Isso tem muito a ver com o cooperativismo! Hoje, no Dia Internacional do Cooperativismo, nosso cartão-postal foi iluminado para espalhar essa mensagem de que o coletivo transforma.”
Em Belém, a criadora de conteúdo @isisvieirareal destacou o impacto da iniciativa no Edifício Luiz Miranda: “Além de deixar nossa cidade mais bonita, o @somoscoop veio com um baita lembrete: juntos, a gente vai mais longe, muda histórias e muda o mundo!”
Já em Porto Alegre, a página @dicasportoalegre convidou os seguidores a prestarem atenção na Borges de Medeiros: “Vocês viram algo diferente em Porto Alegre hoje? Estou falando de uma projeção que celebra o Dia Internacional do Cooperativismo. Esse modelo de negócio que ajuda a construir um mundo mais justo para todos.”
Para a gerente de Marketing e Comunicação do Sistema OCB, Samara Araujo, o grande diferencial da campanha do Coops Day 2025 foi a combinação entre impacto visual e engajamento digital. “Buscamos mostrar que o cooperativismo é plural, diverso e conectado com a realidade de milhões de brasileiros. Com criatividade e propósito, podemos ir ainda mais longe”, destacou.
Mobilização global
Celebrado anualmente no primeiro sábado de julho, o Coops Day tem como objetivo unir e dar visibilidade às cooperativas no mundo inteiro. Em 2025, o lema internacional é Promovendo soluções inclusivas e sustentáveis por um mundo melhor. A ação brasileira se conecta a essa pauta global, reforçada pelo reconhecimento da Organização das Nações Unidas ao modelo cooperativista neste Ano Internacional das Cooperativas.
“O Coops Day é um convite à mobilização. É quando paramos para reconhecer nossas conquistas, mas também para reafirmar nosso compromisso com um país e um planeta melhores. Cooperar é mais do que um modelo econômico, é uma forma de transformar realidades”, ressaltou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
Assista ao vídeo do Coops Day:
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Ação nacional celebra o Coops Day com projeções em prédios icônicos e engajamento digital
Um mundo melhor pode significar muitas coisas. Para uns, é a garantia de dignidade e renda. Para outros, acesso à saúde, educação ou uma economia mais justa. Mas existe um ponto comum: todos querem viver em uma sociedade mais solidária, inclusiva e sustentável. Essa é justamente a proposta do cooperativismo — e, em 2025, essa mensagem ganhará as ruas (e as fachadas de prédios) de cidades brasileiras de forma inédita e inspiradora.
No próximo dia 5 de julho, o cooperativismo brasileiro tomará conta de cinco capitais do país com uma ação que promete emocionar e envolver. Para celebrar o Dia Internacional do Cooperativismo (Coops Day), o Sistema OCB realizará projeções mapeadas em edifícios emblemáticos de Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Belém e Porto Alegre. Com o mote Cooperativas constroem um mundo melhor, as imagens vão transformar a paisagem urbana e dar visibilidade a uma causa que une milhões de brasileiros em torno de um ideal coletivo.
A ação integra as celebrações do Ano Internacional das Cooperativas, declarado pela Organização das Nações Unidas em 2025. Um reconhecimento que chancela o modelo cooperativista como solução concreta para os grandes desafios contemporâneos: combater a desigualdade, enfrentar as mudanças climáticas e promover inclusão produtiva.
“Este ano, mais do que nunca, é uma oportunidade de mostrar ao mundo o papel transformador das cooperativas. Estamos falando de um modelo de negócios que combina eficiência econômica com justiça social. Um modelo que tem raízes locais, mas impacto global”, destaca o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
Projeções que contam histórias
Cada cidade foi escolhida estrategicamente para representar uma região do país.
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Museu Nacional da República (Brasília/DF)
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Elevador Lacerda (Salvador/BA)
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Viaduto Otávio Rocha – Viaduto da Borges (Porto Alegre/RS)
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Prédio na esquina da Rua Bahia com a Av. Álvares Cabral (Belo Horizonte/MG)
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Edifício Luiz Miranda, na Rua dos Tamoios (Belém/PA)
Para amplificar ainda mais o alcance da campanha, influenciadores locais acompanharão cada exibição. Os nomes foram escolhidos por sua identificação com as comunidades locais: @babilins (Brasília), @turistabr (BH), @taysa (Salvador), @isisvieirareal (Belém) e @dicasportoalegre (Porto Alegre). Além disso, a embaixadora do Ano Internacional das Cooperativas, Glenda Kozlowski, também marcará presença com um vídeo especial em comemoração à data.
Mobilização nacional
Embora as projeções aconteçam em cinco cidades, a ação terá abrangência nacional. As Organizações Estaduais (OCEs) do Sistema OCB foram incentivadas a realizar projeções semelhantes em seus estados. A ideia é que o movimento ganhe corpo em todo o país, com ações simultâneas de visibilidade urbana e digital. Tocantins, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Ceará, Paraíba, Sergipe, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte e Minas Gerais já confirmaram ações comemorativas.
Para além de uma data: uma transformação
O Coops Day é celebrado anualmente no primeiro sábado de julho. Desde 1923, a data marca um momento de união e reconhecimento das cooperativas ao redor do mundo. Em 1995, a ONU oficializou a comemoração global, em parceria com a Aliança Cooperativa Internacional (ACI). A cada ano, um tema é escolhido para nortear as celebrações. Em 2025, o lema internacional será Promovendo soluções inclusivas e sustentáveis por um mundo melhor.
Mas, para o Sistema OCB, a celebração vai além do simbolismo. “O Coops Day é um convite à mobilização. É quando paramos para reconhecer nossas conquistas, mas também para reafirmar nosso compromisso com um país e um planeta melhores. Cooperar é mais do que um modelo econômico, é uma forma de transformar realidades”, ressalta o presidente Márcio Lopes de Freitas.
A gerente de Marketing e Comunicação do Sistema OCB, Samara Araujo, reforça que o grande diferencial da campanha está na combinação entre impacto visual, presença digital e engajamento comunitário. “O cooperativismo é plural, diverso e conectado com a realidade de milhões de brasileiros. Com essa ação, queremos mostrar que, com criatividade, cooperação e propósito, podemos ir ainda mais longe”, diz.
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Sistema OCB participa de reuniões do G20 e CM50 e articula cooperação internacional
Nesta quinta-feira (3), o Sistema OCB participou de uma série de reuniões estratégicas em Manchester, Reino Unido. A gerente-geral da OCB, Fabíola Nader Motta, e o coordenador de Relações Internacionais, João Penna, representaram a OCB em discussões com líderes das maiores cooperativas e mútuas do planeta e em um encontro sobre a presença do setor nos principais fóruns multilaterais, como o G20.
O dia começou com a participação do cooperativismo brasileiro na reunião do Grupo de Trabalho do G20 (GT G20). O grupo, criado em 2021 durante a presidência italiana do G20, atua para consolidar o cooperativismo como protagonista nas estratégias de desenvolvimento sustentável discutidas pelo bloco. “Compartilhamos experiências nacionais e regionais, mas o foco foi avançar no diálogo com a presidência sul-africana, que em 2025, liderará as negociações globais. Queremos garantir que o cooperativismo seja reconhecido como parte das soluções para os desafios sociais e econômicos contemporâneos”, destacou João Penna.
Além de apresentar as iniciativas do Sistema OCB, o encontro buscou identificar caminhos para ampliar a visibilidade do cooperativismo nas futuras presidências do G7 e do G20, respectivamente sob liderança da França e dos Estados Unidos, em 2026.
Articulação estratégica
No período da tarde, Fabíola e João participaram da reunião do Grupo de Cooperativas e Mútuas (CM50), que reúne os dirigentes das 50 maiores cooperativas e mútuas do mundo. Com cinco representantes brasileiros — incluindo Sicoob, Unimed e Coopercitrus — o grupo é responsável por coordenar uma atuação política internacional conjunta do setor.
“Participar do CM50 é uma oportunidade estratégica. As cooperativas aqui reunidas representam uma força econômica e social gigantesca. Nossa presença neste espaço permite que o Brasil leve suas pautas e também contribua com soluções concretas que já aplicamos no país”, afirmou Fabíola.
Durante o encontro, foi discutida a versão preliminar do Manifesto do CM50, documento que deverá servir de base para a participação do movimento cooperativista na 2ª Cúpula sobre Desenvolvimento Social das Nações Unidas, prevista para novembro, em Doha. O manifesto defende a inclusão do modelo cooperativista como alternativa para reduzir desigualdades e promover o crescimento sustentável.
Fabíola destacou ainda o papel do cooperativismo brasileiro na construção dessa narrativa global. “Estamos mostrando que o cooperativismo é mais do que um modelo econômico: é uma forma de organização social capaz de transformar realidades. Essa mensagem tem ressoado com força entre nossos pares internacionais”, pontuou.
O Sistema OCB também foi citado como exemplo de articulação institucional. A delegação brasileira é responsável por representar os seis membros nacionais da ACI e, durante as discussões, reafirmou o compromisso com temas como sustentabilidade, inclusão e inovação no movimento. “Há uma percepção muito positiva do cooperativismo brasileiro aqui fora. Nossa capacidade de propor e executar iniciativas, como o posicionamento conjunto para a COP30, eleva a credibilidade do Brasil nos espaços de decisão”, avaliou João.
Além de discutir pautas globais, o CM50 avançou na definição de estratégias para fortalecer o relacionamento do movimento com governos nacionais e organismos multilaterais, como a ONU e a União Europeia.
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Sistema OCB convida lideranças a aproveitarem protagonismo do Ano Internacional das Cooperativas
Nos dias 2 e 3 de julho, lideranças do cooperativismo de crédito se reuniram em Foz do Iguaçu (PR) para o Summit de Governança Sicredi 2025, encontro que discutiu os rumos da governança no setor. Reunindo presidentes, diretores, conselheiros de administração e fiscal de 31 cooperativas Sicredi PR/SP/RJ, o evento colocou em evidência os avanços, os desafios e as oportunidades do movimento cooperativista, com a participação da superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella.
Na quarta-feira (02), Tania conduziu a palestra O cooperativismo no cenário brasileiro e traçou um panorama sobre a força do setor no país e no mundo. Logo de início, ela lembrou que 2025 foi proclamado pela ONU como o Ano Internacional das Cooperativas, um reconhecimento que reforça a importância global do modelo cooperativo. “Estamos vivendo uma oportunidade histórica. O cooperativismo é reconhecido pelas Nações Unidas como parte da solução para os grandes desafios da humanidade. Agora, é hora de mostrar do que somos capazes e ampliar nosso impacto”, afirmou.
A superintendente destacou os números que comprovam a relevância do movimento no Brasil: 4,5 mil cooperativas em atividade, mais de 23 milhões de cooperados — cerca de 11% da população brasileira — e um faturamento de R$ 692 bilhões. Além disso, o setor gera mais de 550 mil empregos diretos. “Esses resultados refletem nossa capacidade de transformar realidades com base na cooperação, no compromisso com o coletivo e na construção de um país mais justo e próspero”, pontuou.
Com forte ênfase nas cooperativas de crédito, Tania ressaltou o papel estratégico do ramo para a inclusão financeira, sobretudo em regiões com menor presença de instituições tradicionais. “Enquanto bancos privados exigem cidades com alto PIB e população mínima de 8 mil habitantes, as cooperativas conseguem estar onde ninguém mais está. São a única instituição financeira presente em 368 municípios brasileiros. Isso é compromisso com o desenvolvimento local”, destacou.
A apresentação também trouxe uma convocação às lideranças cooperativistas para se engajarem nas ações do Sistema OCB em torno do Ano Internacional das Cooperativas. Tania falou sobre as campanhas institucionais do movimento SomosCoop, materiais de apoio para as cooperativas, ações nas redes sociais e a presença ativa do cooperativismo na COP30, que acontece em novembro, em Belém (PA). “Temos uma agenda estratégica em andamento. Nossa missão é fazer com que mais pessoas conheçam o cooperativismo e se reconheçam nele como agentes de transformação social e econômica”, explicou.
Por fim, a superintendente reforçou o papel da governança como pilar para a sustentabilidade do movimento. “Governança não é só sobre regras e estruturas, é sobre coerência entre o discurso e a prática. É isso que garante a confiança dos cooperados, a longevidade das nossas instituições e a força do nosso modelo”, concluiu.
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Reunião define critérios para reconhecer locais que marcam a história do movimento no mundo
Na véspera da abertura oficial da Assembleia Geral da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), foi realizada, nesta segunda-feira (30), em Rochdale (Reino Unido), a primeira reunião presencial do Grupo de Trabalho Cooperativas e Patrimônio Cultural. O encontro, sediado no Rochdale Pioneers Museum – local simbólico do cooperativismo mundial – teve como objetivo estabelecer os primeiros critérios para a identificação de locais de Patrimônio Cultural Cooperativo ao redor do mundo.
A iniciativa faz parte das ações do Ano Internacional das Cooperativas declarado pelas Nações Unidas (2025) e é coordenada pelo Escritório Global da ACI com apoio técnico da Unesco. O grupo, criado em 2024 sob liderança brasileira, busca elaborar os primeiros padrões internacionais voltados especificamente ao reconhecimento de espaços físicos relevantes na história e identidade do movimento cooperativista.
A primeira fase do trabalho focará em patrimônios tangíveis — como edifícios, monumentos e marcos históricos. Os patrimônios intangíveis, como práticas culturais ou valores simbólicos, devem ser discutidos em uma etapa futura.
A gerente-geral da OCB, Fabíola Nader Motta, destacou que o encontro foi essencial para organizar a base técnica da proposta. “Foram definidos critérios iniciais para que os países com histórico cooperativo reconhecido possam propor locais que conservem, preservem ou simbolizem o patrimônio cooperativo em sua forma material. Isso permitirá a construção de um inventário global consistente, com potencial de reconhecimento institucional”, explicou.
Entre os encaminhamentos práticos, está a construção de um mapa digital interativo, que reunirá os locais identificados como Patrimônio Cultural Cooperativo ao redor do mundo. O lançamento oficial da plataforma está previsto para novembro deste ano, durante a reunião do Conselho da ACI, que será realizada em Brasília.
Além do mapeamento, o grupo trabalhará na definição de mecanismos de certificação internacional e estratégias de comunicação pública. A expectativa é que os critérios definidos sirvam de referência para futuras políticas de valorização e preservação do patrimônio cooperativo nos países membros da ACI.
O encontro em Rochdale reuniu representantes de diversas regiões do mundo e foi acompanhado por membros do Comitê Executivo da ICAO (Organização Setorial da ACI voltada ao cooperativismo agropecuário), além de especialistas em cultura, governança cooperativa e desenvolvimento sustentável.
A proposta está alinhada à Estratégia 2026–2030 da ACI, que reconhece o papel da cultura cooperativa como um diferencial competitivo e social do modelo. O GT também busca reforçar a presença das cooperativas nas pautas globais de diversidade cultural, direitos humanos e sustentabilidade.