Sicredi fomenta empreendedorismo feminino por meio de crédito e educação financeira

As mulheres são a maioria da população brasileira e chefiam 50,9% dos lares no Brasil, mas, por outro lado, ainda possuem renda média menor do que a dos homens. Esse público foi o mais afetado pelo fechamento de postos de trabalho no período da pandemia de Covid-19 e muitas dessas mulheres recorreram ao empreendedorismo.
Segundo o Sebrae, apesar do Brasil possuir a sétima maior proporção de mulheres empreendedoras, a conversão dessas mulheres em donas de negócio é 40% menor em comparação aos homens, havendo, portanto, uma desistência maior no público feminino.
“As mulheres empresárias também tomam menos empréstimos em bancos, com um valor médio menor e pagam uma taxa média maior, apesar de sua taxa de inadimplência ser 12% menor que o público masculino”, afirma Mayara Estima Natorf, analista de reputação corporativa do Sicredi.
Diante de todo esse cenário, o Sicredi buscou desenvolver o “Elas Cooperam”, uma proposta de valor com soluções que englobasse produtos financeiros e ferramentas de educação para auxiliar as mulheres empreendedoras de todo o Brasil a prosperarem em seus negócios.
Como vai funcionar o projeto “Elas Cooperam”
Um dos primeiros passos do Sicredi foi olhar para dentro, mais especificamente para a sua carteira de crédito. A constatação foi de que apenas 20% era dedicada para mulheres, mesmo os negócios liderados por elas terem um crescimento 42% maior que os dos homens após a concessão do crédito.
“Avaliamos que, das nossas 106 cooperativas, 46 possuem o Comitê Mulher e destas, 34 possuem o microcrédito como linha de crédito com taxas atrativas – ambas premissas para o nosso projeto. Vale salientar que também avaliamos o mercado e percebemos que em outras instituições financeiras não é falado em descontos ou benefícios em taxas de juros ou em prazos”, explica Ruan Osorio Schmidt, quality engineer do Sicredi.
Após as análises e comparativos de linhas de crédito, o Sicredi optou por oferecer a linha de crédito Microcrédito, com prazo de 36 meses sem carência, e o PRONAMPE, que é o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte.
Em resumo, fazem parte do escopo do projeto “Elas Cooperam”:
- Book de comunicação e marketing com a estratégia do projeto;
- Sugestão de precificação e taxas para cooperativas piloto;
- Custos de comunicação e marketing;
- Elaboração de kit orientação operacional e negocial direcionada a esse público.
Esse escopo será sugerido para as centrais do Sicredi, que poderão replicá-lo às cooperativas singulares do sistema. “Seguindo a nossa governança onde nada é top down, apresentaremos para as cinco centrais a nossa sugestão de estratégia e orientações, para iniciar o piloto do programa”, explica Mayara.
Apoio além do crédito
O produto central do projeto “Elas Cooperam” é o crédito, de fato, como explica Ruan Osorio Schmidt: “recomendamos dois produtos que estudamos, com sugestão de precificação e taxas atrativas, sempre condicionando à necessidade da associada e região da nossa cooperativa”.
Mas o apoio vai além disso. O Sicredi se propõe a fazer o acompanhamento dessas mulheres por meio de programas de educação financeira e parcerias com instituições de ensino. “E traremos as vantagens do projeto para o nosso negócio e para a comunidade onde as cinco cooperativas que elegemos como piloto estão inseridas”, completa Schmidt.
O projeto também está diretamente relacionado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, afinal contribui para as metas de inclusão e empoderamento econômico do público feminino. Um dos indicadores observados pelo Sicredi, por exemplo, é o ODS 5 (Igualdade de gêneros), cujo item 5.5 trata sobre:
– Garantir a participação plena e efetiva das mulheres e a igualdade de oportunidades para a liderança em todos os níveis de tomada de decisão na vida política, econômica e pública.
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