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Brasil debate cultura do seguro e inovação cooperativa na COP30

Fórum evidencia urgência de fortalecer atuação frente aos eventos climáticos extremos 

A Casa do Seguro na COP30 debateu, nesta segunda-feira (17), a urgência de ampliar o acesso ao seguro e fortalecer a atuação das cooperativas em um cenário de mudanças climáticas cada vez mais desafiador. A abertura do Fórum de Brasil debate cultura do seguro e inovação cooperativa na COP30Sustentabilidade em Cooperativismo e Seguros reuniu lideranças nacionais e internacionais para discutir caminhos que garantam proteção, resiliência e segurança alimentar ao país. 

Na abertura, Tania Zanella, superintendente do Sistema OCB e presidente do Instituto Pensar Agropecuária (IPA), destacou a conquista histórica que permite que cooperativas brasileiras atuem no modelo securitário, uma agenda construída em parceria com a CNseg e aprovada esse ano no Congresso Nacional. “Durante décadas, as cooperativas foram impedidas de operar em seguros no Brasil. Com muito diálogo e articulação, conseguimos mudar esse cenário. Agora, temos a oportunidade de transformar também a cultura do seguro no nosso país, como já acontece em diversos lugares do mundo”. 

Ela reforçou que o cooperativismo brasileiro tem resultados concretos que merecem ser conhecidos. “As cooperativas que vão passar por aqui mostram todos os dias o quanto estão transformando a vida dos brasileiros. Temos desafios grandes, especialmente no seguro rural, que precisa de uma reestruturação profunda. Mas seguimos com coragem e estratégia para avançar”, complementou.  

 Seguro rural e cooperativismo: protegendo o futuro da alimentação 

O primeiro painel da tarde discutiu como o seguro rural e o cooperativismo são fundamentais para garantir a estabilidade da produção e a segurança alimentar, especialmente em países em desenvolvimento. Moderado por Clara Maffia, gerente deBrasil debate cultura do seguro e inovação cooperativa na COP30 Relações Institucionais do Sistema OCB, o encontro reuniu especialistas do Brasil e do exterior. 

Para Andres Elola, presidente da Federação Internacional de Cooperativas e Seguros Mútuos -ICMIF Américas e gerente-geral da Surco Seguros, o cooperativismo e o seguro compartilham a mesma lógica de solidariedade, apoio mútuo e gestão responsável. “O seguro é ideal para o cooperativismo. Eles compartilham valores e propósitos. E isso fica evidente quando os problemas aparecem. Governança sólida, dispersão do risco e foco no bem comum tornam o modelo altamente eficiente”. 

Elola ressaltou que eventos extremos estão mudando a dinâmica global e ampliando a necessidade de mecanismos de proteção. “Há muito por fazer, mas o mundo cooperativo tem força: 26% da oferta de seguros no mundo é regulada pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI). No Brasil, as cooperativas já são responsáveis por 50% da produção de grãos no agro. Não tem como falar em seguro rural sem falar em cooperativismo.” 

A experiência da Coopercitrus foi apresentada pelo presidente do Conselho de Administração, Matheus Marino, que detalhou como a cooperativa utiliza tecnologia, assistência técnica e proximidade com o produtor para reduzir riscos e ampliar a 54929909932 21857186f4 w b4e74prosperidade no campo. “O seguro é parte essencial da gestão do negócio. Como estamos no dia a dia das propriedades, conhecemos solo, clima, genética, manejo e o nível de capacitação do produtor. Isso reduz muito o risco. E quando reduz o risco, reduz o custo da operação. Para o cooperado, isso faz toda a diferença”, explicou. 

Ele lembrou ainda que a adoção de práticas ambientais também depende de instrumentos de proteção. “Se queremos estimular restauração, emissão de títulos verdes e serviços ambientais, precisamos de seguros específicos que deem sustentação a compromissos de longo prazo. Sem isso, muitas iniciativas não conseguem avançar.” 

O painel contou também com a participação de Leonardo Botelho Ferreira, chefe do Departamento de Relacionamento Internacional do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que destacou que a entidade já destina quase 20% de seus repasses via cooperativas, número que tem crescido ano a ano. “As cooperativas chegam aonde as instituições tradicionais não chegam e, por isso, são tão estratégicas. Em um cenário de maior risco climático, o seguro se torna essencial para proteger o balanço das instituições financeiras e garantir acesso ao crédito com condições melhores”, declarou. 

O deputado Fernando Monteiro (PE) reforçou o desafio de modernizar a legislação e acelerar a regulamentação de instrumentos que deem segurança ao produtor. “Precisamos aprender a conviver com as mudanças climáticas, não a combatê-las. O seguro rural é fundamental para garantir produção, renda e segurança alimentar. E precisamos avançar em temas como seguro de catástrofe e políticas que premiem quem contrata seguro”, salientou.  

 Cooperativismo e mercado segurador frente aos desastres climáticos 54930777526 3e1e1f0f3d w 6bcc0

O painel seguinte tratou da integração entre o cooperativismo e o mercado segurador na gestão de riscos climáticos e na recuperação de territórios impactados. O subsecretário do Ministério da Fazenda, Vinicius Brandi, destacou que cooperativas têm maior facilidade em adotar práticas sustentáveis e gerar ganhos de eficiência compartilhados. “A força da coletividade traz resultados. Seguro e cooperativismo, cada um à sua maneira, promovem inclusão, governança, prevenção e resiliência. E isso está totalmente alinhado com a agenda econômica sustentável do país.” 

Para Ivo Kanashiro, superintendente de Sustentabilidade da Mapfre, o seguro é hoje o principal mecanismo financeiro de adaptação climática. “Sem seguro, não existe adaptação. O setor tem expertise para analisar riscos e usar tecnologia e dados — inclusive inteligência artificial — para proteger negócios e democratizar o acesso à informação. Quem ganha é o produtor, que passa a entender melhor seu próprio risco”, disse.  

Alexandre Englert Barbosa, diretor executivo de Estratégia, Sustentabilidade, Administração e Finanças do Sicredi, reforçou o impacto do cooperativismo na resposta a desastres, citando a atuação no Rio Grande do Sul e no recente tornado no Paraná. “O seguro traz tranquilidade ao associado no momento mais difícil. E a cooperação faz o resto: conectar pessoas, agilizar soluções e reconstruir comunidades. Temos muito a avançar em cultura de seguro no país, mas a COP30 mostra que estamos no caminho”, argumentou.  

 

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