Coop mineral se destaca na Exposibram e na Conferência Amazônia
Movimento fortalece sustentabilidade, combate a ilegalidade e desenvolvimento regional do setor
O cooperativismo mineral esteve em destaque nas discussões sobre sustentabilidade, legalidade e inclusão produtiva durante dois dos principais eventos do setor realizados pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram): a Exposibram 2025 e a Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias, ambos realizados em Salvador (BA), entre os dias 27 e 30 de outubro.
Como representante do Sistema OCB, a analista Letícia Monteiro participou do Fórum de Entidades do Setor Mineral, que abriu a programação da Exposibram. O encontro reuniu lideranças e entidades representativas para discutir o papel estratégico da mineração na economia global e o fortalecimento da Agência Nacional de Mineração (ANM), do Serviço Geológico do Brasil (SGB) e do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem).
Segundo Letícia, a presença do cooperativismo no debate foi fundamental para a construção de políticas públicas mais inclusivas e sustentáveis. “As cooperativas minerais têm papel essencial na formalização, geração de renda e promoção da sustentabilidade, especialmente em regiões onde a mineração é uma das principais fontes de trabalho e inclusão produtiva. É importante que elas estejam contempladas nas políticas e programas voltados ao desenvolvimento do setor”, afirmou.
Ela destacou ainda que o Sistema OCB tem acompanhado de perto as discussões sobre o futuro da mineração no Brasil e defende a valorização das cooperativas como agentes de transformação e inovação. “Seguimos atuando para que as cooperativas tenham voz ativa na formulação de uma política mineral mais sustentável e alinhada aos princípios do cooperativismo”, acrescentou.
A Exposibram 2025 contou também com debates sobre o papel da mineração na geopolítica internacional, competitividade da indústria e desafios para o avanço tecnológico sustentável. A defesa do fortalecimento institucional da ANM e de outros órgãos estratégicos foi consenso entre as entidades participantes, que reforçaram a importância de unir esforços para aprimorar a
estrutura regulatória e técnica do setor.
Amazônia
Na mesma semana, o coordenador nacional do Cooperativismo Mineral da OCB e presidente da Federação das Cooperativas de Mineração do Estado de Mato Grosso (Fecomin), Gilson Gomes Camboim, representou o cooperativismo na Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias, também promovida pelo Ibram. Ele foi um dos painelistas no debate Diálogos: os desafios do avanço da mineração ilegal na Amazônia, que discutiu os impactos da atividade ilegal sobre a mineração regular e as estratégias para promover a legalidade e a sustentabilidade na região.
Gilson destacou os desafios enfrentados pelas cooperativas que atuam dentro da lei e defendeu políticas de incentivo e capacitação para quem segue as boas práticas do setor. “A mineração ilegal gera concorrência desleal, porque cria regras e pressões sobre quem trabalha corretamente, enquanto quem está na ilegalidade ignora as normas. Isso afeta a imagem do setor e dificulta o acesso a crédito”, explicou.
Ele também ressaltou o esforço das cooperativas em aprimorar seus processos produtivos e ambientais. “As cooperativas têm se dedicado cada vez mais à rastreabilidade e à eliminação do uso de mercúrio, não apenas para atender aos protocolos legais, mas para tornar suas atividades mais sustentáveis e diferenciadas da ilegalidade”, completou.