Criado para cuidar da saúde humana, o cooperativismo de saúde brasileiro ocupa a liderança mundial, sendo colocado como referência para todos os países que desejam avançar no segmento por meio da estrutura de negócios cooperativos. Reunindo especialistas em saúde e seus consumidores, as cooperativas do ramo têm como missão ofertar ou obter produtos e serviços com enfoque na preservação, atendimento e promoção da saúde humana.
Com mais de 60 anos de existência, o ramo é composto por cooperativas médicas, odontológicas e de todas as profissões classificadas no CNAE como “atividades de atenção à saúde humana”, além das cooperativas de pessoas que se reúnem para constituir um plano de saúde.
Em 2024, o progresso é visto em muitas áreas:
Panorama do Cooperativismo
de Saúde no Brasil
Estado
Região
-
Cooperativas
-
Cooperados
-
Empregados
-
Ingressos
-
Ativos
-
Sobras
Dados
Segmentação do Ramo Saúde
As cooperativas do setor estão presentes em diversas áreas: médica, odontológica, psicológica, clientes dos serviços de saúde, dentre outras. Com tanta diversidade vale destacar as cooperativas operadoras de planos de saúde médicos, que representam cerca de 40% do ramo.
Distribuição das cooperativas nos segmentos
Indicadores Financeiros
As cooperativas de saúde brasileiras são verdadeiros patrimônios do país: estão presentes em mais de 90% do território nacional e são responsáveis pelo atendimento de mais de 27 milhões de brasileiros. Ao aliar o conhecimento técnico de seus cooperados aos princípios cooperativistas, elas conseguem associar trabalho, geração de trabalho, renda e compromisso socioambiental na prestação de serviços de qualidade para a sociedade.
Em 2024, os indicadores do cooperativismo de Saúde são mais uma prova da relevância do Ramo para o país:
Indicadores financeiros do cooperativismo de Saúde
Em 2024, os resultados alcançados pelas cooperativas de saúde também voltam para a sociedade na forma de mais desenvolvimento e qualidade de vida.
R$ 16,4 bilhões
investidos em salários e
benefícios aos seus funcionários
Intercooperação
é Negócio
Intercooperar não é só um princípio do cooperativismo, é também uma forma inteligente e eficiente de fazer negócios com foco em mais cooperação e menos competição. Essa estratégia de mercado ocorre por meio de parcerias e negociações entre duas ou mais cooperativas, do mesmo ramo ou de ramos diferentes, que firmam acordos comerciais, de prestação de serviços, de cooperação técnica ou financeira. Assim essas ações conjuntas de cooperação e intercooperação podem ser o ponto de virada entre gerar prosperidade ou não gerar resultado algum, principalmente em momentos de adversidade e recuperação da sociedade frente aos efeitos da crise sanitária mundial que permeou a vida das pessoas nos últimos anos.
Em 2024, os indicadores financeiros do cooperativismo de saúde são mais uma prova da relevância do Ramo para o país:
74%
das Cooperativas de Saúde fizeram negócios com
Cooperativas de Crédito
23%
2%
das Cooperativas de Saúde adquiriram produtos de
Cooperativas de Trabalho
8%
das Cooperativas de Saúde utilizaram serviços de
Cooperativas de Transporte
32%
das Cooperativas de Saúde fizeram negócios com
Cooperativas Agropecuárias
Dados
complementares
Em 2024, de acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), as informações financeiras enviadas pelas operadoras de planos de saúde demonstram que o setor fechou o ano registrando lucro líquido de R$ 11,1 bilhões. A sinistralidade, principal indicador que explica o desempenho operacional nas operadoras médico-hospitalares, registrou somente no 4° trimestre de 2024 o índice de 82,2% (1,5 pontos percentuais abaixo do apurado no ano anterior). Um cenário ainda desafiador, mas que vem melhorando desde 2022.
As nossas cooperativas, de forma geral, também obtiveram resultados positivos, com a continuidade da atuação na oferta da melhor assistência às pessoas e preservação da saúde humana. As cooperativas médicas reuniram mais de 20 milhões de beneficiários em 2024. Já as odontológicas, totalizaram 4,3 milhões.
Confira outros bons resultados do Ramo Saúde:
O Sistema Unimed se destacou no IDSS 2024. Entre as 18 operadoras médico-hospitalares que obtiveram nota máxima na avaliação, 16 são cooperativas Unimed, totalizando 89% de participação e consolidando sua posição como referência em qualidade e inovação no setor de saúde suplementar.
Publicação da Aliança Cooperativa Internacional (ACI) destaca a Unimed no top 4 dos maiores grupos cooperativistas do mundo, considerando a relação entre receitas e PIB per capita dos países.
Saiba mais: International Cooperative Alliance | ICA (monitor.coop)
Desafios e
Oportunidades
Em 2024, os desafios do setor saúde foram inúmeros: a aprovação do piso salarial da enfermagem, ainda em 2022, continua a gerar impactos para os setores público e privado; uma crise de sustentabilidade financeira, em especial para as pequenas operadoras, permanece; a redução do prazo para a avaliação de novas tecnologias, aumento na utilização dos planos, inflação do setor, envelhecimento da população e o aumento da expectativa de vida em velocidade maior do que a que ocorreu na economia dos países desenvolvidos, dentre outros.
Apesar desse cenário, as cooperativas que atuam como operadoras, tanto médicas quanto odontológicas, tiveram ampliação no número de beneficiários, demonstrando a confiança dos seus usuários e a solidez do modelo cooperativo de negócios. Ao mesmo tempo, as prestadoras ampliaram contratos e foram essenciais no atendimento à população, no SUS e no segmento privado. Com essa forte atuação, o cooperativismo demostrou, mais uma vez, sua relevância e diferencial para a promoção da saúde dos brasileiros.
O segmento, com resiliência e flexibilidade marcante mesmo em momentos de adversidade, reiterou e colocou em prática algumas tendências, repensou outras e estruturou oportunidades. Ademais, vale destacar a representativa sequência nas fusões e aquisições, com a participação de proeminentes grupos nacionais e internacionais. Em adição a esse movimento, a telessaúde veio para ficar e já é realidade para milhões de brasileiros, assim como a atenção primária à saúde, exercitada constantemente pelas cooperativas do ramo, que têm conquistado ainda mais expressividade.
Do mesmo modo, acordos entre a iniciativa privada e o setor público serão fortalecidos. Saúde mental, tratamentos de obesidade e do TEA (transtorno do espectro autista) se manterão presentes na agenda e demandarão uma atuação coordenada. Inovações voltadas à saúde estarão ainda mais acessíveis e presentes na vida da sociedade atual. O cooperativismo de saúde seguirá com atenção a todas essas tendências e será, como tem sido nas últimas décadas, protagonista.