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Articulada pelo Sistema OCB e encampada pela senadora Tereza Cristina, proposta amplia acesso a recursos de inovação, ciência e tecnologia
Senadora Tereza Cristina. Foto: Geraldo Magela/Agência SenadoA Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou, nesta terça-feira (29), o parecer do senador Rogério Carvalho (SE) ao Projeto de Lei 847/2025, de autoria do senador Jaques Wagner (BA). A proposta altera a Lei 11.540/2007, que trata do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), para permitir o uso de recursos excedentes (superávit financeiro) do Fundo em operações reembolsáveis, sem a limitação de 50% prevista atualmente. O projeto aprovado também incluiu as cooperativas como beneficiárias do Fundo, pleito que integra a Agenda Institucional do Cooperativismo.
Segundo dados oficiais, o montante acumulado em superávit no Fundo era de R$ 22 bilhões no final de 2024. “A proposta permite destravar recursos que estão parados, mesmo sendo operações reembolsáveis, com retorno ao Fundo”, afirmou o senador Rogério Carvalho, relator da matéria.
Durante a tramitação da proposta na CAE, o projeto recebeu emenda da senadora Tereza Cristina (MS), vice-presidente da Frencoop, articulada em conjunto com o Sistema OCB e acolhida no parecer. A modificação incluiu as cooperativas como beneficiárias dos recursos do FNDCT, desde que cumpram os requisitos legais. Atualmente, a legislação menciona apenas “empresas”, o que tem gerado interpretações que impedem o acesso de cooperativas ao Fundo, mesmo quando suas atividades estão alinhadas aos objetivos previstos.
“As cooperativas não são sociedades empresárias, mas participam de projetos ligados à inovação. A emenda permite o acesso ao Fundo por essas organizações”, disse Tereza Cristina. E completou: “não se pode excluir um setor que responde por milhões de empregos diretos e pela organização da produção em diversas cadeias, apenas por um critério formal. A proposta garante segurança jurídica para que as cooperativas disputem esses recursos em igualdade de condições”.
Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, está é mais uma conquista importante para o cooperativismo brasileiro. “Quanto mais políticas públicas e ações que favoreçam nossa contribuição, mais teremos condições de fazer para o desenvolvimento social e econômico do país. Agradecemos o apoio da senadora Tereza Cristina e do Senado como um todo, por entender a relevância do nosso modelo societário”, afirmou.
Cooperativismo
O Brasil possui 4,5 mil cooperativas, com 23,4 milhões de cooperados e movimentação econômica de R$ 650 bilhões. No setor agropecuário, mais de 1 milhão de produtores rurais utilizam serviços de cooperativas para insumos, assistência técnica e armazenagem.
Segundo o Censo Agropecuário do IBGE (2017), 63% dos produtores vinculados a cooperativas recebem assistência técnica, enquanto a média nacional é de 20%.
Nesse sentido, estudo do Sistema OCB aponta que cooperativas têm condições de participar de chamadas da Finep financiadas pelo FNDCT, com foco em temas como sustentabilidade no agronegócio; segurança alimentar; energias renováveis (solar, biogás); armazenamento e transmissão de energia; captura e uso de CO₂, economia circular e resíduos sólidos; e mineração urbana.
Com a aprovação na CAE, o projeto segue agora para análise na Câmara dos Deputados, salvo apresentação de recurso para votação em Plenário.
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Modernização do Seguro Rural foi um dos temas abordados em reunião com o MDA
A superintendente do Sistema OCB e presidente do Instituto Pensar Agro (IPA), Tania Zanella, participou, nesta sexta-feira (25/04), junto ao GT de Crédito Rural, de reunião com o secretário de Agricultura Familiar e Agroecologia do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Vanderley Ziger, para debater as contribuições do cooperativismo ao Plano Safra 2025/26.
O encontro foi parte do diálogo contínuo com o governo federal sobre políticas públicas essenciais para o fortalecimento do setor produtivo, e contou com a participação de representantes do governo, do setor produtivo e cooperativista.
O coordenador do Ramo Agropecuário do Sistema OCB, João Prieto, apresentou as propostas do cooperativismo, construídas de forma conjunta com as cooperativas e organizações estaduais. Os eixos priorizados incluem:
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Ampliação do volume de recursos e dos limites por beneficiário;
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Redução das taxas de juros;
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Fortalecimento dos instrumentos de apoio à comercialização;
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Aperfeiçoamento dos programas de Seguro Rural.
Tania Zanella destacou a relevância do setor cooperativista para o desenvolvimento rural sustentável e defendeu a modernização do Seguro Rural. “É fundamental avançarmos em instrumentos mais modernos e acessíveis, que garantam maior proteção às cooperativas e produtores diante dos riscos crescentes no campo”, afirmou.
Ela também reforçou a necessidade de articulação política para viabilizar um Plano Safra robusto. “Contamos com o apoio do Ministério e nos colocamos à disposição enquanto cooperativismo para cooperar nesses momentos de articulação, sempre comprometidos com o fortalecimento do setor”, disse.
Tania compartilhou sua participação recente no Agro Global, realizado na Argentina, destacando a importância da articulação internacional. “Já estamos organizando uma agenda com a equipe econômica para alinhar e reforçar essas propostas com o suporte do Legislativo”, completou.
O secretário Vanderley Ziger reconheceu a importância das cooperativas no fortalecimento da agricultura familiar, assim como ressaltou o papel do Sistema OCB para construção de proposições eficientes para a política pública.
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Documento destaca prioridades do mercado de seguros para 2025
A Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) lançou, nesta quarta-feira (23), em Brasília, a terceira edição da Agenda Institucional do Setor Segurador. O documento reúne os temas prioritários para o desenvolvimento do setor em 2025 e reforça o papel estratégico do seguro na economia brasileira. A cerimônia contou com a presença de autoridades dos Três Poderes, executivos do setor e representantes de entidades como o Sistema OCB, que foi representado pela gerente-geral da OCB, Fabíola Nader Motta.
A Agenda dá continuidade ao trabalho de articulação institucional da CNseg e inclui temas como a regulamentação da Reforma Tributária, a efetivação do Marco Legal dos Seguros e a adoção de instrumentos que ampliem a resiliência frente às mudanças climáticas. Entre os destaques, estão o Seguro Social de Catástrofe, a proposta de seguro ambiental para agilizar o licenciamento de obras e o fortalecimento do Seguro Rural.
Confira os principais pontos destacados na Agenda para 2025:
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Seguro Social de Catástrofe: indenização emergencial via PIX para vítimas de desastres naturais, financiada por taxa simbólica em contas de serviço.
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Seguro Rural: modernização do Fundo de Seguro Rural com uso de georreferenciamento e aportes públicos e privados.
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Seguro ambiental para fast track: agilidade no licenciamento ambiental condicionada à contratação de seguro específico.
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Nova Lei de Licitações: Seguro Garantia com cláusula de retomada para evitar obras paralisadas.
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Veículos: padronização de vistorias e classificação de danos para reduzir fraudes e proteger consumidores.
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Cooperativas e associações de seguros: regulamentação da Lei Complementar (LC) 213/2025 e combate ao exercício irregular da atividade.
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Educação financeira: iniciativas para ampliar a cultura do seguro e o planejamento financeiro da população.
Fabíola reforçou a importância da LC 213/2025, considerada uma conquista história para o cooperativismo brasileiro. Segundo ela, a nova legislação proporciona um ambiente seguro para as cooperativas atuarem com solidez no segmento e a sua regulamentação é primordial para que o modelo se torne sustentável e eficiente. “A partir da regulamentação, já em andamento, com certeza teremos condições de oferecer mais estes serviços para nossos cooperados com qualidade diferenciada e custos acessíveis”, afirmou.
A gerente também falou sobre a modernização e ampliação do seguro rural no país. “A baixa cobertura é um gargalo que precisa ser enfrentado com urgência. Ferramentas como o Fundo de Seguro Rural, com aportes públicos e privados, e o uso de tecnologias, são caminhos essenciais para proteger quem produz e garantir a segurança alimentar do país”, comentou.
Durante o lançamento da Agenda, o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, ressaltou que o seguro deve ser encarado como uma alavanca para o desenvolvimento em setores estratégicos, como infraestrutura, saúde, habitação e agropecuária. Já o secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Pinto, defendeu o avanço das reformas estruturais para ampliar o alcance do seguro no Brasil.
A presença do Sistema OCB no lançamento da Agenda reforçou o compromisso das cooperativas com o fortalecimento do setor segurador e com a construção de políticas públicas que promovam estabilidade econômica, inclusão e desenvolvimento sustentável.
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Evento reforçou compromisso entre setor produtivo e Parlamento para fortalecimento do agro na América do Sul
A superintendente do Sistema OCB e presidente do Instituto Pensar Agro (IPA), Tania Zanella, participou da 2ª Cúpula Agro Global Sul-Americana, que ocorreu nesta quarta (23) e quinta (24), em Buenos Aires, na Argentina. O evento, realizado no Congresso Nacional Argentino, reuniu parlamentares e lideranças de toda a América do Sul para debater os principais desafios e oportunidades do setor agropecuário na região.
Com o apoio do IPA, a comitiva brasileira contou com representantes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Freencoop), além de outras autoridades do segmento, e teve como objetivo principal fortalecer a cooperação regional, ampliar o diálogo entre o setor produtivo e os formuladores de políticas públicas e fomentar o desenvolvimento sustentável. O encontro marcou a continuidade das discussões iniciadas em 2024, na primeira edição da Cúpula, realizada em Brasília.
Tania Zanella durante painel do Agro GlobalDurante o evento, Tania destacou a importância da aproximação entre as frentes parlamentares do agro dos países sul-americanos, ressaltando o modelo brasileiro como uma referência. “Estamos aqui representando o Instituto Pensar Agro (IPA) e muito felizes pois é muito importante essa aproximação. Tenho certeza que o nosso trabalho serve de exemplo para esses países, que querem adotar esse modelo que temos”, afirmou.
Tania participou de um dos painéis no segundo dia de evento, onde elogiou a iniciativa e compartilhou sua experiência à frente do IPA. “No Brasil, temos esse modelo tão exitoso que é essa relação entre o setor produtivo, representado pelo IPA, em total alinhamento com a FPA. Me coloco à disposição para ajudar vocês na criação desse modelo, e quero reforçar que isso é um processo cíclico: todas as nossas demandas nascem da necessidade do nosso setor produtivo, e essa demanda precisa ser trabalhada e alinhada com os parlamentares. O fator de sucesso do IPA é a relação de confiança estreita entre os produtores e a defesa que eles têm dentro do Congresso Nacional. Vamos colocar a mão na massa e construir uma proposta para os nossos países”, declarou.
A programação da Cúpula incluiu painéis sobre segurança alimentar, sustentabilidade, comércio global, conectividade e infraestrutura no campo. Além disso, parlamentares do Brasil, Argentina, Uruguai, Chile, Paraguai, Colômbia e Peru discutiram estratégias de integração e fortalecimento da agropecuária no continente.
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Desafios e oportunidade foram apontados durante encontros
As Câmara Temática (CT) Ambiental e COP30 do Sistema OCB reuniu especialistas e representantes do cooperativismo para discutir tendências, desafios e oportunidades relacionadas à sustentabilidade, nesta quarta-feira (26), em Brasília. Com um cenário global cada vez mais voltado para práticas sustentáveis, os encontros buscaram reforçar a importância de posicionar o movimento como um modelo de negócio alinhado às exigências ambientais e às demandas do mercado.
No primeiro encontro, do CT Ambiental, Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, destacou que a sustentabilidade tem uma correlação direta com o cooperativismo, tanto pelo modelo de governança quanto pelo compromisso de cuidado com os pequenos cooperados e as comunidades.
Segundo ela, a pauta ambiental pode ser um vetor de fortalecimento do setor, que gera sinergia e amplia o reconhecimento do cooperativismo em agendas institucionais, como demonstrado pela presença da ONU nos recentes debates sobre o tema. "Entre os principais desafios e oportunidades mapeados para 2025, temos a transição energética, os riscos climáticos, financiamento sustentável e mercados de carbono, além da necessidade de incorporar a preservação da natureza nas estratégias de sustentabilidade”, disse Débora.
A gerente ressaltou que a COP30 será um palco de extrema importância para que as cooperativas apresentem suas contribuições para a neutralidade de carbono e eficiência energética, com reforço ao impacto positivo que proporcionam, como desenvolvimento socioeconômico e implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Alex Macedo, coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, falou sobre o Diagnóstico ESGCoop. Ele apresentou dados sobre a adesão das cooperativas aos critérios ESG e citou o levantamento realizado em 2024, que apontou que 344 cooperativas passaram pelo diagnóstico e resultou em um índice médio de 50,4% de aderência.
Para ele, entre os pontos mais fortes, estão o impacto nas comunidades, a saúde e segurança no trabalho e as boas práticas trabalhistas. Já os desafios mais evidentes são nas áreas de mudanças climáticas, gestão do uso da água e geração de resíduos. “A partir dos resultados do diagnóstico implementamos soluções que contribuem para as cooperativas avançarem na eficiência energética e na agenda de descarbonização, com a solução neutralidade de carbono. Atualmente, 15 cooperativas em oito estados participam da Solução Eficiência Energética, enquanto 18 já aderiram à Neutralidade de Carbono”, concluiu Alex.
A pesquisadora da Fundação Getulio Vargas (FGV), Camila Genaro Estevam, enfatizou a relevância da mensuração de impacto na transição para uma economia de baixo carbono. Segundo ela, esse tema deixou de ser uma questão meramente ambiental e se tornou um fator determinante da competitividade no mercado global. “A medição das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) será a base de entrada no Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE), que beneficiará tanto os emissores quanto aqueles que desejam ingressar no mercado de crédito de carbono”, explicou.
Além disso, Camila apontou o papel estratégico das cooperativas de crédito na intermediação de instrumentos financeiros que apoiem esse processo, com garantia de que tanto os agentes de emissão, quanto os que buscam alternativas de compensação, possam avançar de forma sustentável. O projeto, desenvolvido pela FGV em parceria com o Sistema OCB, tem como objetivo de avaliar o potencial de redução de emissões de GEE para cadeias agropecuárias selecionadas em áreas de cooperativas agropecuárias
Outro destaque da reunião foi a apresentação de Alexandre Mater, sócio fundador da Stride Inteligência Ambiental, que trouxe um panorama sobre a eficiência energética e os desafios enfrentados pelas cooperativas para a adoção de práticas mais sustentáveis. Com mais de 25 anos de experiência no setor, ele reforçou que o Brasil já conta com uma matriz energética limpa, sendo um dos países com menores índices de emissão de CO2 no mundo. No entanto, alertou que 20,6% das cooperativas geram sua própria energia, mas nem sempre a consomem de maneira eficiente.
“Reduzir o consumo e otimizar o uso da energia são estratégias fundamentais para minimizar riscos e fortalecer a competitividade. Entre os principais desafios citados, estão o custo inicial elevado, a necessidade de mudanças culturais dentro das cooperativas, a falta de conhecimento prático sobre o tema e o engajamento das lideranças”, declarou. Ele acrescentou que, ainda assim, iniciativas de eficiência energética podem gerar economia de 10% a 30% nos custos operacionais, além de contribuir para a redução das emissões e agregar valor ao modelo cooperativista.
COP30
Em seguida, foi realizada a reunião da CT da COP30, que apresentou discussões focadas no reconhecimento global do cooperativismo e na redução das emissões de carbono, alinhadas aos ODS. Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Internacionais do Sistema OCB, destacou o compromisso do cooperativismo brasileiro na redução das emissões de carbono e dos efeitos climáticos. “O Manifesto COP30 é um documento de posicionamento que já está sendo considerado um marco histórico e reflete o processo contínuo de interlocução com atores nacionais e internacionais”, disse.
Ele comunicou que o documento será distribuído a autoridades a autoridades dos Três Poderes. Também será traduzido para o inglês e o espanhol para compartilhamento com entidades e autoridades internacionais. Além disso, anunciou a realização da imersão Pré-COP, que apresentará cases do cooperativismo em desenvolvimento sustentável para os tomadores de decisão.
Lucas Badú, analista de designer gráfico do Sistema OCBLucas Badú, analista de Design Gráfico do Sistema OCB, apresentou as estratégias de divulgação, como a identidade visual unificada para garantir destaque entre os diversos participantes do evento, e a campanha , que também terá foco em ESG e na COP30. Ele citou a participação de influenciadores na primeira fase e destacou que, na terceira etapa, a campanha contará com a participação de Glenda Koslowski, embaixadora do Ano Internacional das Cooperativas.
A próxima reunião das CTs está prevista para o dia 6 de novembro, quando serão apresentados os resultados das ações realizadas ao longo do ano. Na pauta, estarão as soluções voltadas à eficiência energética e neutralidade de carbono, além da divulgação dos estudos sobre o mercado de carbono e as oportunidades para as cooperativas na COP30.
O debate seguirá alinhado às tendências globais de sustentabilidade, com preparação do setor para se destacar nas discussões internacionais, especialmente na COP30, onde o cooperativismo terá um papel relevante na construção de um futuro mais sustentável.
Saiba Mais:
- Sistema OCB impulsiona eficiência energética no cooperativismo
- Mercado de Carbono: cooperativas rumo à descarbonização
- Jornada rumo à COP29 evidencia impacto positivo do cooperativismo
Imersão reúne poder público e lideranças do setor em visitas à cooperativas do Ramo Crédito
O Projeto Conhecer para Cooperar realiza, nesta semana, a 4ª etapa da imersão sobre o cooperativismo de crédito. Desta vez, a comitiva vai conhecer a atuação do segmento na Região Nordeste. De 24 a 28 de março, a iniciativa vai percorrer diferentes estados para apresentar o impacto positivo das cooperativas de crédito em suas comunidades locais. O programa, que possui seis etapas ao longo de três anos (2024-2026), inclui experiências nacionais e internacionais, com o objetivo de apresentar o modelo de negócios e estreitar relações com o poder público, além de promover a troca de conhecimentos e boas práticas do ramo.
A comitiva conta com a presença de servidores do Banco Central do Brasil (BCB), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e dos ministérios da Agricultura (Mapa) e Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA); representantes dos sistemas cooperativos, das cooperativas independentes e do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop) que compõe o GT Executivo do Conselho Consultivo Nacional do Ramo Crédito (Ceco).
A gerente de Relações Institucionais do Sistema OCB, Clara Maffia, afirma que o Conhecer para Cooperar tem sido uma imersão que permite a ampliação de conhecimento sobre o cooperativismo de crédito e todo impacto positivo que ele proporciona. “Ao aproximar lideranças do setor e representantes do poder público às realidades locais, conseguimos fortalecer o diálogo e demonstrar como o modelo cooperativo contribui para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil”.
A cidade de Salvador, na Bahia, recebeu a comitiva, nesta segunda-feira (24), com apresentações do Sicoob Central Bahia e do Sicoob Cred Executivo. No segundo dia, o grupo segue para Valente (BA), onde irá conhecer a atuação do Sicoob Coopere. O terceiro dia será de visitação à Associação de Desenvolvimento Sustentável Solidário da Região Sisaleira (APAEB), que desempenha papel relevante no desenvolvimento econômico da região, seguido do deslocamento para Petrolina (PE). Na quinta-feira, a programação irá até a Cresol Noroeste e ao Sicredi Vale do São Francisco. Para encerrar a etapa, na sexta-feira, os participantes farão visitas à estrutura da CoopexVale.
Thiago Borba, coordenador do Ramo Crédito do Sistema OCB, acredita que cada etapa do projeto reforça a importância da intercooperação e do compartilhamento de experiências para o fortalecimento do cooperativismo de crédito. “Com essa fase, mostramos como as cooperativas financeiras impulsionam a economia regional e geram impacto positivo na vida das pessoas”, disse.
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Encontro debate desafios e oportunidades para mulheres no coop
O III Encontro Estadual de Mulheres Cooperativistas de Mato Grosso do Sul, realizado pelo Sistema OCB/MS, reuniu, nesta quinta-feira (20), lideranças femininas, colaboradoras e cooperadas dos Ramos Crédito, Agropecuário, Infraestrutura, Saúde, Trabalho, Produção de Bens e Serviços. O evento teve como objetivo inspirar e motivar as participantes, com destaque para a importância da presença feminina no cooperativismo e seu impacto transformador na sociedade.
A superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, participou da abertura e compartilhou sua trajetória no cooperativismo, com reflexões sobre os desafios e oportunidades para as mulheres no setor.
Tania, em sua fala, destacou que o cooperativismo sempre foi um ambiente de inclusão, mas que ainda há barreiras a serem superadas para ampliar a participação feminina em posições de liderança. "Quando as mulheres assumem esses espaços, as cooperativas se tornam mais fortes, inovadoras e sustentáveis. Nossa presença não é apenas uma questão de equidade, mas uma estratégia inteligente para o crescimento do setor", afirmou.
O Brasil possui mais de 23 milhões de cooperados e, desse total, 41% são mulheres, de acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro. A busca por maior representatividade e igualdade no setor segue como uma pauta essencial. Nesse contexto, o encontro reforçou o compromisso do Sistema OCB com a promoção da liderança feminina no cooperativismo, por meio de iniciativas como o Comitê Elas Pelo Coop e a plataforma CapacitaCoop, que oferece cursos voltados à formação e ao desenvolvimento profissional das mulheres cooperativistas.
Seminário promovido pelo Sistema OCB debate o impacto da Lei Complementar 213/2025 e abre caminho para mercado mais inclusivo e competitivo
Parlamentares, presidente do Sistema OCB e representantes da Susep participaram da realização do Seminário de Seguros da Casa do CooperativismoO debate sobre os desafios e oportunidades do cooperativismo de seguros no Brasil foi tema do seminário Cooperativismo de Seguros: um novo capítulo para o coop, nesta quarta-feira (19), promovido pelo Sistema OCB. Em um momento marcado pela entrada em vigor da Lei Complementar (LC) 213/2025, o evento reuniu especialistas, autoridades e líderes do setor para destacar o papel transformador das cooperativas no desenvolvimento econômico e social do país.
A mesa de abertura contou com a presença de lideranças do setor, como os deputados federais Vinicius Carvalho (SP), Arnaldo Jardim (SP), presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) e Reginaldo Lopes (MG), além do superintendente de Seguros Privados (Susep), Alessandro Octaviani.
Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, a criação do Ramo Seguros representa um avanço significativo para o cooperativismo brasileiro. Ele afirmou que a nova legislação proporciona um ambiente regulatório seguro e propício para que as cooperativas atuem com solidez nesse segmento, além de oferecer serviço de qualidade e acessível aos cooperados. “Agora, o desafio é construir um modelo sustentável e eficiente, aproveitando o respaldo institucional e a base parlamentar que ajudaram a viabilizar essa conquista”, disse.
“Hoje, oficialmente, o Sistema OCB acolhe o cooperativismo de seguros e, esse, é um momento de cautela técnica, mas também de uma oportunidade extraordinária. A Casa do Cooperativismo está pronta para ordenar e catalisar esse processo, com a garantia de consolidar um cooperativismo de seguros sólido e acessível aos 30 milhões de cooperados que teremos até 2027”, completou Márcio.
Superintendente da Susep, Alessandro OctavianiPor sua vez, Alessandro Octaviani ressaltou que o Brasil ainda enfrenta desafios significativos no mercado de seguros, evidenciados por tragédias como a do Rio Grande do Sul, na qual o prejuízo estimado superou, em muito, a cobertura oferecida pelas seguradoras. Para ele, essa lacuna evidencia a necessidade de um modelo mais inclusivo e abrangente. “A SUSEP reconhece o papel do cooperativismo na democratização do acesso aos seguros e reforça seu compromisso com uma regulação equilibrada, que fortaleça o setor e atenda às demandas de uma economia diversa e em constante transformação”, declarou.
Octaviani reforçou que o cooperativismo é um modelo de negócio que gera e distribui riqueza de forma extremamente efetiva. “Nosso compromisso é construir uma regulação parceira, porque o futuro do Brasil passa pelo futuro do cooperativismo. Precisamos oferecer produtos que agreguem valor e preencham as lacunas do mercado de seguros”.
Deputado Arnaldo JardimO deputado Arnaldo Jardim afirmou que o avanço do cooperativismo de seguros exige diálogo permanente entre o setor e os órgãos reguladores. Ele lembrou que a Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) está comprometida em garantir segurança jurídica e transparência nesse processo para permitir que as cooperativas cresçam com qualidade e responsabilidade. “A regulação bem estruturada fortalecerá o movimento e possibilitará sua expansão com bases sólidas e benefícios não apenas aos cooperados, mas à economia do país como um todo”.
Jardim destacou ainda que o Brasil possui todas as ferramentas para prosperar. “Vamos crescer com a devida atenção e com garantia de segurança para que o setor avance com inovação, estabilidade jurídica e regras claras. A Frencoop apoia essa regulação e está pronta para colaborar nessa etapa”, comemorou.
A nova legislação estabelece regras claras para o funcionamento das cooperativas de seguros ao proporcionar um ambiente regulatório seguro com atuação em diversos segmentos do mercado. As cooperativas já podem oferecer produtos como seguros de vida, patrimoniais e veiculares, o que gera ampliação da concorrência e democratização ao acesso aos serviços de seguros no Brasil.
A LC 213/2025 trouxe alterações significativas ao Decreto-Lei 73/1966, que regula o setor de seguros no Brasil. Até então, as cooperativas estavam restritas a atuar apenas nos segmentos de seguro de saúde, de acidente de trabalho e agrícola. Com a nova legislação, elas passam a operar em quase todos os ramos, com exceção de previdência privada e de capitalização aberta.
A abertura do setor foi fruto de um longo debate, impulsionado pelo crescimento das associações de proteção veicular criadas para atender nichos desassistidos, como motoristas de aplicativos e proprietários de veículos antigos. No entanto, a ausência de regulamentação levou muitas dessas entidades a serem investigadas pela Susep e diversos outros órgãos, o que intensificou a celeridade para a consolidação de um arcabouço legal mais adequado.
Impacto positivo
Seminário de seguros aconteceu no auditório do Sistema OCB
A professora Angélica Carlini explicou que o mutualismo é um pilar essencial do mercado de seguros e precisa ser bem compreendido para garantir a sustentabilidade das cooperativas que atuarão nesse setor. “O Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer para ampliar a cultura de seguros entre seus cidadãos e produtores rurais. Para que as cooperativas tenham sucesso, é fundamental capacitar lideranças, colaboradores e cooperados, além de tornar os seguros mais acessíveis e compreensíveis, para que sejam percebidos como um valor agregado e não apenas como um custo”.
Ela também ressaltou que sustentabilidade e solvência em um fundo mutual exigem estudos rigorosos de risco e análises estatísticas detalhadas. “O desafio do cooperativismo de seguros será estruturar produtos que atendam às necessidades dos cooperados, com distribuição acessível e contratos claros”, concluiu.
Como relator da LC 213/25, o deputado Vinicius Carvalho falou sobre a regulamentação da lei. “Foi fruto de uma construção coletiva entre a sociedade civil e o parlamento, que atendeu a demanda crescente do setor. O reconhecimento legal, a partir de agora, garante um ambiente seguro para a operação das cooperativas e oferece proteção aos consumidores, bem como estabilidade ao mercado. A aprovação expressiva da lei reflete a maturidade do debate e o entendimento de que o cooperativismo pode desempenhar um papel fundamental no setor de seguros”.
“Uma lei nasce de uma necessidade da sociedade. O projeto das cooperativas de seguros começou em 2015 e só foi possível porque houve participação ativa do movimento. O Parlamento reconheceu a importância dessa regulamentação para garantir um crescimento sustentável e estruturado”, completou o deputado.
O consultor da Federação Internacional de Seguros Cooperativos e Mútuos (ICMIF), entidade setorial da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), Edwar Potter, trouxe a visão de que cooperativas de seguros fazem parte de um movimento global que alia economia solidária e serviços financeiros sustentáveis. “Diferente das seguradoras tradicionais, as cooperativas possuem um compromisso com a equidade e o benefício de seus associados, além de dar prioridade à autogestão e a distribuição justa dos recursos.” Ele destacou que o desafio é estruturar modelos sólidos, baseados na intercooperação e no entendimento profundo do mercado, com competitividade e viabilidade econômicas do setor.
“As seguradoras cooperativas e mútuas já representam US$10 trilhões em ativos no mundo. Para fortalecer esse modelo no Brasil, é essencial criar alianças entre cooperativas, desenvolver produtos personalizados e educar os cooperados sobre seguros”, finalizou Potter.
Desafios e perspectivas
Embora a lei já esteja em vigor, a regulamentação ainda está em fase de discussão. Os principais desafios incluem a definição de regras proporcionais ao porte das cooperativas, as exigências de capital mínimo para operação e a questão das multas aplicadas às associações de proteção veicular.
O presidente da Seguros Unimed, Helton Freitas, compartilhou sua experiência e destacou a inspiração por trás da empresa. “A trajetória da Seguros Unimed demonstra que é possível aliar eficiência econômica ao compromisso com os cooperados. Nossa história reforça que as cooperativas podem oferecer soluções sólidas e sustentáveis, para manter o equilíbrio entre solidez financeira, responsabilidade social e atendimento às necessidades dos associados”.
Carlos Queiroz, diretor de Supervisão Comercial e Seguros da Susep, salientou que a sanção da LC 213/25 é um divisor de águas para o mercado segurador brasileiro. “Esse novo marco regulatório estabelece diretrizes mais claras, introduz princípios inovadores e abre espaços para novos modelos econômicos no setor. Para o cooperativismo, essa mudança representa uma oportunidade histórica de crescimento e consolidação. Agora, cabe à SUSEP o papel de garantir uma regulação eficiente e uma supervisão que fortaleça esse novo panorama”.
ENS e Sistema OCB assinam memorando para capacitação Para fortalecer o setor, um memorando de entendimento foi assinado com a Escola de Negócios e Seguros (ENS), para capacitar dirigentes e interessados em criar cooperativas de seguro. O presidente da ENS, Lucas Vergílio, acredita que a lei aprovada consolida uma base jurídica moderna e inclusiva para o setor. ”Estamos diante de uma transformação sem precedentes no mercado segurador. O desafio, daqui pra frente, é garantir um ambiente de capacitação que proporcione um caminho promissor para os próximos anos do cooperativismo”, disse.
Impacto no Mercado de Seguros
A entrada das cooperativas no mercado de seguros promete aumentar a concorrência, reduzir preços e ampliar a cobertura no Brasil. Atualmente, apenas 30% da frota de veículos e menos de 10% das residências estão seguradas. "Com uma regulação moderna, o Brasil se alinha às melhores práticas internacionais e abre espaço para um setor mais inclusivo e competitivo", destacou Márcio Lopes de Freitas.
Ao final do evento, Fabíola Nader Motta, gerente-geral do Sistema OCB, lembrou que a construção da LC 2131/25 foi um processo coletivo e estratégico, fruto do esforço conjunto de parlamentares, cooperativistas, especialistas e equipe técnica do Sistema OCB. “Durante anos, foi preciso dialogar, esclarecer e mostrar o potencial do cooperativismo para o setor de seguros. Criamos um plano de ação estruturado que garantirá acolhimento às cooperativas, que serão capacitadas e apoiadas para sua consolidação no mercado. Com iniciativas voltadas à comunicação, capacitação, regulação e articulação institucional, o cooperativismo está pronto para protagonizar essa nova fase do setor segurador no Brasil”, concluiu.
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Representatividade cresce com novas coordenações e planos estratégicos para o próximo biênio
O cooperativismo está sempre em busca de fortalecer a participação de jovens e mulheres dentro do movimento e, nesta quarta-feira (13), o Sistema OCB realizou as primeiras reuniões ordinárias dos comitês de jovens Geração C e de mulheres Elas pelo Coop, que marcaram um novo ciclo de lideranças e reafirmaram o compromisso com a inclusão, diversidade e equidade.
Pela manhã, o comitê Geração C realizou a posse da nova coordenação, eleita em 28 de fevereiro. A chapa Geração+Coop assumiu a liderança do grupo com um plano estruturado para ampliar o impacto da juventude cooperativista no Brasil. O evento também celebrou a formatura de novos e novas integrantes que concluíram a trilha de aprendizagem, uma iniciativa voltada para capacitação e protagonismo jovem.
A superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, reforçou a importância do engajamento dos jovens no movimento. "O que alimenta nossa atuação e nossas ações voltadas para os jovens cooperativistas é escutar a voz de todos. O cooperativismo é pertencimento e, desde 2019, quando iniciamos o comitê, garantimos que a juventude pudesse participar das discussões, votar e validar propostas. Nosso intuito é incentivar ainda mais as novas gerações para fazer parte desse processo, apresentando resultados concretos e políticas que consolidem a atuação no cooperativismo", destacou.
Os novos integrantes do comitê, de diversas regiões do país, foram apresentados e assumiram o compromisso de representar e fortalecer o cooperativismo em suas comunidades. Atualmente, são 19 estados presentes, sendo 9 já estruturados com comitês estaduais.
Segundo Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, o crescimento da representatividade jovem nos últimos cinco anos tem sido expressivo. "Saímos de nenhum comitê para nove e nossa meta é alcançar todos os estados. A inclusão, a diversidade e a equidade são fundamentais para esse avanço. Os jovens trazem inovação, respostas rápidas para desafios antigos e impulsionam mudanças essenciais para o futuro do cooperativismo", afirmou.
A nova coordenação, que atuará até 2027, é composta por Larissa Zambiasi (RS), como coordenadora; Lucas Zorzette (GO), como vice-coordenador; Elaine Souza (RJ), como suplente; e Daniele Scopel (BA), como secretária. Em sua primeira fala no cargo, Larissa destacou o compromisso da juventude com a construção de um cooperativismo ainda mais forte. "A continuidade exige preparação. Queremos chegar a cargos de liderança por merecimento e capacidade, e sabemos que nosso papel é demonstrar que o cooperativismo é um modelo de negócios diferente, onde todos possuem voz e oportunidades", disse.
Lucas Zorzette complementou afirmando que "o trabalho da nova coordenação será mostrar aos jovens que o cooperativismo é uma alternativa real e transformadora, onde as pessoas podem prosperar coletivamente".
Elas pelo Coop
À tarde, foi a vez do comitê Elas pelo Coop realizar sua primeira reunião com a nova coordenação. A chapa Elas por Elas foi eleita para liderar o movimento e fortalecer ainda mais a representatividade feminina no cooperativismo. Tania Zanella celebrou a renovação da coordenação e o protagonismo das mulheres no cooperativismo. "É uma alegria ver o comitê se perpetuando. Demos passos importantes para conquistar um espaço que é nosso por direito. O caminho é longo e desafiador, mas somos capazes de chegar onde quisermos. Vamos fazer a diferença no curto e no longo prazo", declarou.
Leandra Miglioranza (PR) assumiu a coordenação do comitê com o compromisso de ampliar a presença feminina em todas as regiões do país. "Vivemos o cooperativismo em sua essência e queremos levá-lo a todos os estados. Nosso dever é expandir essa representatividade para as próximas gerações, pois as mulheres são o melhor instrumento para que o movimento cooperativista continue crescendo e ganhando espaço", afirmou.
Lyslene Andrade (SE),vice coordenadora do Comitê uma das novas integrantes do comitê, reforçou a importância do trabalho coletivo. "Temos vontade de fazer acontecer. Queremos buscar instrumentos para que possamos atuar da melhor forma possível. Nossa palavra-chave é superar desafios e ir cada vez mais longe", disse. Já Maria da Paz Luz (MA) que ocupa o cargo de Secretária Executitva na nova coordenação, destacou a relevância da intercooperação para o fortalecimento do grupo. "Espero contribuir ao máximo, pois a intercooperação é um instrumento essencial para o crescimento do nosso comitê".
Com 17 comitês ativos atualmente, o Comitê Elas pelo Coop segue como uma referência para o fortalecimento da liderança feminina no setor. A nova gestão terá o desafio de ampliar essa presença e promover ainda mais oportunidades para as mulheres no cooperativismo brasileiro. A reunião também foi marcada pela formatura das integrantes da trilha de aprendizagem, reconhecendo o esforço e dedicação de cada uma para fortalecer sua atuação no cooperativismo.
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Histórias reais, transformação social e compromisso com a sustentabilidade marcam nova iniciativa do movimento SomosCoop
Sistema OCB celebra histórias que transformam realidades no Dia Internacional das Mulheres
Outdoor da campanha Mulheres cooperam por um mundo melhor
No Dia Internacional das Mulheres, o Sistema OCB apresenta uma ação especial para homenagear e reconhecer a força feminina no cooperativismo. Com o mote Mulheres cooperam por um mundo melhor, a iniciativa destaca histórias inspiradoras de cooperadas que encontraram no movimento uma forma de prosperar, fortalecer laços e transformar realidades.
Mais do que uma homenagem, a ação busca evidenciar o papel essencial das mulheres, seja no campo, no transporte, no artesanato ou na indústria, onde estão presentes e concretizam a construção de um futuro mais justo e sustentável.
Tania Zanella, superintendente do Sistema OCB, afirma que ser inspiração para outras mulheres que ocupam cargos de liderança também traz responsabilidades. “Acredito que, pelo exemplo, pela capacitação contínua e pelos resultados que entregamos, podemos abrir portas para que mais mulheres se sintam encorajadas a trilhar esse caminho”, disse.
Reconhecimento
Para tornar essa homenagem ainda mais especial, cinco mulheres foram escolhidas para representar as cooperadas de todo país a partir de suas trajetórias pessoais que contribuem para comprovar a força do cooperativismo. Essas protagonistas foram surpreendidas com suas imagens estampadas em outdoors instalados em pontos estratégicos de suas cidades.
Outdoor em homenagem às mulheres cooperativistasAs homenageadas são Valdemarina Cruz, cooperada da Copamart/AM (Cooperativa de Artesanato da Amazônia), que transformou talento em arte e, com isso, mudou sua vida e a de sua família. Artesã, ela encontrou na cooperação com outras mulheres um espaço para crescer e fortalecer sua identidade cultural. Suas peças, amplamente premiadas, carregam a essência da Amazônia, e geram impacto positivo para sua comunidade.
Maria José Rodrigues, a Zezé do Requeijão, faz parte da Complem/GO (Cooperativa Mista dos Produtores de Leite de Morrinhos). Ela é uma pequena agricultora que fortalece o cooperativismo com produtos premiados, além de ser um exemplo de como o modelo de negócios impulsiona a agricultura familiar. Seu requeijão simboliza qualidade, mas também revela a força do trabalho feminino no campo.
Geórgia Deon, cooperada da Coopexvale/PE (Cooperativa de Produtores e Exportadores do Vale do São Francisco), é uma agricultora que promove o desenvolvimento da sua comunidade. No sertão pernambucano, seu trabalho vai além da produção agrícola e fortalece sua comunidade, impulsiona o cooperativismo e prova que, com cooperação, é possível crescer e inovar.
Flávia Reis, da Coopmetro/MG (Cooperativa de Transporte), é uma caminhoneira que inspira outras mulheres e, como cooperada, ajuda no desenvolvimento do país, abrindo caminho para o exemplo e o fortalecimento do movimento.
Eliane Dorn, cooperada da Coasa/RS (Cooperativa Agrícola Água Santa), é uma produtora rural que atua para além da produção de alimentos de qualidade. Ela estimula o empreendedorismo feminino, com incentivo à outras mulheres para se unirem ao cooperativismo.
Essas mulheres representam a diversidade e a força do cooperativismo, além de mostrar que cada uma tem potencial para construir sua própria história e mudar a realidade ao seu redor. Por isso, as homenageadas foram convidadas para um encontro surpresa, onde tiveram a oportunidade de ver seus sorrisos estampados nos outdoors de suas cidades. O momento de emoção e orgulho foi registrado em um vídeo especial, compartilhado nas redes sociais do SomosCoop.
A ação também ganhou força com posts e vídeos que celebraram a força das mulheres. O objetivo foi reforçar que, quando as mulheres cooperam, o impacto é real e imenso e, assim, o Sistema OCB destaca que a atuação feminina dentro das cooperativas é essencial para impulsionar o desenvolvimento sustentável, a inclusão e a inovação. Seja criando produtos de qualidade ou abrindo a novos caminhos, elas encontram no cooperativismo um terreno próspero para transformar suas vidas.
Quer ver de perto essa homenagem? Acesse as redes sociais do SomosCoop e confira os vídeos dessa ação inspiradora!
Saiba Mais:
Há mais de cinco anos, iniciativa promove campanhas que divulgam os benefícios do modelo de negócios
Em 2017, um novo capítulo começou a ser escrito na história do cooperativismo brasileiro com a idealização do movimento SomosCoop. Materializado um ano depois, em 2018, a iniciativa tem como missão levar o coop para além de suas fronteiras, para ser conhecido e reconhecido por toda a sociedade. Desde então, a marca funciona como uma bandeira na jornada de promoção do modelo de negócios. Um manifesto, divulgado em conjunto com o lançamento, ajudou a marcar o ponto de partida do movimento.
A motivação para a mudança aconteceu a partir da realização de uma pesquisa de imagem coordenada pelo Sistema OCB. Os dados coletados revelaram que apenas 44% da população conhecia o conceito de cooperativismo. Mas, a partir de uma série de ações, como campanhas de mídia, parcerias com influenciadores digitais, e a participação em programas de televisão de grande audiência, foi possível conquistar cada vez mais o reconhecimento do público. O impacto dessas estratégias foi notável. Em 2024, o Sistema OCB divulgou uma pesquisa que mostrou que 77% da população soube citar o nome de uma cooperativa, revelando aumento no reconhecimento do cooperativismo.
Para Samara Araujo, gerente de Marketing e Comunicação do Sistema OCB, o movimento SomosCoop tem o potencial de destacar os valores do coop. Ela acredita que, ao evidenciar seu propósito, a identidade da marca fortalece o cooperativismo e, também, constrói relacionamentos mais profundos e emocionais com seus públicos. “O SomosCoop atua para que o propósito do cooperativismo seja amplamente reconhecido e valorizado, permitindo que as pessoas se conectem verdadeiramente e contribuam para um mundo mais justo e equilibrado a partir do movimento de cooperação”, disse.
A conquista é resultado de diversas iniciativas que se destacaram ao longo dos anos. Entre elas, as parcerias com o ex-tenista Gustavo Kuerten na campanha Nova Onda e Vem Ser Coop, tudo ao seu redor já é. Ele vestiu a camisa do coop e mostrou ao Brasil como o movimento representa uma maneira inovadora de empreender e realizar negócios de forma colaborativa.
Outro destaque é a websérie SomosCoop na Estrada, comandada pela jornalista e apresentadora Glenda Kozlowski, que percorre o país e promove o cooperativismo em diferentes regiões, cada uma com suas próprias histórias e desafios. Com três temporadas completas, lançadas em 2022, 2023 e 2024, o programa traz ao público relatos reais de transformação e superação vividos por cooperativas e cooperados. A cada episódio, os princípios do modelo de negócios são evidenciados e mostram que o potencial de cooperação muda realidades, fortalece comunidades e impulsiona o desenvolvimento local, com poder de gerar impactos positivos e prosperidade para as pessoas envolvidas.
Mais uma ação que gerou ainda resultados significativos foi a adoção do carimbo SomosCoop, criado em 2019 para facilitar a identificação de produtos e serviços oferecidos por cooperativas. Ao ver a marca, os consumidores e parceiros reconhecem facilmente que estão consumindo algo que é resultado de um trabalho de cooperação, com base em valores como a solidariedade, a transparência e o compromisso com o desenvolvimento sustentável.
A campanha #BoraCooperar, divulgada em 2023, também surgiu com o intuito de fortalecer ainda mais a visibilidade dos benefícios do cooperativismo no desenvolvimento socioeconômico do Brasil. Com o mote E se em vez de competir a gente decidisse cooperar?, a iniciativa destaca como o modelo cooperativista impacta diversos setores da economia, como produção de alimentos, saúde, inclusão financeira e cuidado ambiental. A campanha conta com a participação de ex-BBBs influentes nas redes sociais, como Thelma Assis (saúde), João Luiz (educação) e Caio Afiune (agronegócio), que compartilham suas experiências profissionais ligadas ao cooperativismo. Além disso, um jingle exclusivo em quatro gêneros musicais complementa a comunicação nas mídias tradicionais e digitais.
Para mostrar que O cooperativismo é um bom negócio, uma nova campanha tomou forma em 2024. Ela reforça a mensagem de que o coop é uma escolha vantajosa para todos e mostra como o modelo de negócios impacta positivamente a vida das pessoas e suas comunidades, simplifica seu entendimento e enfatizando suas vantagens econômicas. A campanha foi divulgada por meio de vídeos, redes sociais e spots de rádio.
Além disso, o Movimento SomosCoop também tem marcado presença em podcasts populares como BrainCast e NerdCast, além do canal PodCooperar. A mensagem ainda encontra repercussão em grandes emissoras de TV, como a Band, no programa Melhor da Noite, que ajuda a amplificar sua voz e alcançar ainda mais pessoas. Na Rede Globo, os programas É de Casa, em 2021, e Encontro com Fátima Bernardes, em 2022, mostraram o poder transformador e o potencial econômico do cooperativismo.
“O aumento expressivo no reconhecimento do cooperativismo é, sem dúvida, um reflexo direto do trabalho promovido pelo SomosCoop, que busca reafirmar o compromisso de tornar o modelo de negócios uma força cada vez mais conhecida e respeitada em todo o Brasil”, complementa Samara.
A websérie #BoraEntender, de 2024, também surgiu como uma websérie para explicar de maneira simples e acessível o que é o cooperativismo, seus princípios e funcionamento. Em quatro episódios, a série explora a história do cooperativismo, sua presença em diversas atividades econômicas no Brasil, e o impacto positivo para cooperados e a sociedade. O primeiro episódio, já disponível no YouTube, revela como o cooperativismo promove prosperidade e desenvolvimento econômico e social, oferecendo uma visão prática e educativa do movimento.
Agora, em 2025, a campanha Bora Cooperar por um mundo melhor ganha vida a partir do próximo dia 10 de março . A iniciativa tem como objetivo engajar a sociedade na construção de um mundo mais justo e sustentável por meio do cooperativismo. O tema escolhido faz referência ao Ano Internacional das Cooperativas, declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em reconhecimento às contribuições do movimento no desenvolvimento de comunidades, na promoção de inclusão social, sustentabilidade e justiça social, além de ser uma solução considerada eficaz para os desafios sociais, econômicos e ambientais globais.
Confira um breve histórico do que o movimento SomosCoop fez até aqui:
Competição aborda desafios sociais e modelo de negócios como solução
A Olimpíada de Bem Público (OBP) realizará a sua 5ª edição este ano, com um tema especialmente relevante: Cooperação em prol do Bem Público: caminho e inspiração para transformação na sociedade. Inspirada pelo reconhecimento da ONU ao Ano Internacional do Cooperativismo, a iniciativa busca engajar jovens de todo o país na reflexão sobre a importância da cooperação e do movimento para a construção de uma sociedade mais justa, solidária e sustentável.
Promovida pela Escola de Políticas Públicas e Governo (EPPG) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e com apoio de diversas instituições, como o Sistema OCB, a olimpíada incentiva o protagonismo de jovens ao convidar estudantes do ensino médio a desenvolver redações sobre desafios sociais e ambientais. O objetivo é estimular a criação de soluções inovadoras e coletivas para a promoção e preservação dos bens públicos.
Ao destacar o modelo de negócios cooperativista como uma ferramenta de transformação, solidariedade e responsabilidade social, o tema da olimpíada deste ano reforça como cooperar é uma forma eficiente de construir soluções coletivas e sustentáveis, além de cumprir seu papel na adaptação e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.
Em sua última edição, realizada em 2024, a olimpíada registrou mais de 2 mil inscrições, que envolveu estudantes de 25 estados e do Distrito Federal. Em 2025, a competição contará com uma etapa estadual e outra nacional.
A premiação da olimpíada contempla bolsas de estudo integrais e parciais na FGV-EPPG, além de computadores, tablets, medalhas e certificados digitais de participação. Com inscrições a partir de abril deste ano, a iniciativa busca levar o cooperativismo e seus valores às escolas de ensino médio em todo o país, com o intuito de ampliar seu alcance e incentivar mais jovens a se envolverem com o bem público por meio da cooperação.
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Projeto une cooperados, restaura a Mata Atlântica e neutraliza gases de efeito estufa em Minas Gerais
A aplicação de práticas sustentáveis inovadoras para neutralizar emissões de carbono e promover o reflorestamento de áreas desmatadas rendeu ao Sicoob Coopemata, de Minas Gerais, o troféu ouro na categoria Desenvolvimento Ambiental do Prêmio SomosCoop Melhores do Ano 2024. O projeto Transformação Sustentável: Neutralização de CO₂ e Reflorestamento para um Futuro Verde mobilizou cooperados e parceiros, e resultou na recuperação de 8,9 mil metros quadrados de Mata Atlântica em Juiz de Fora (MG), além da neutralização de 43 toneladas de CO₂, o que reforça o papel do cooperativismo na preservação ambiental.
A proposta nasceu de uma intenção simples: plantar árvores para compensar o uso de papel nos trâmites administrativos da cooperativa. Contudo, a iniciativa ganhou proporções maiores do que a imaginada inicialmente com a parceria firmada entre o Sicoob Coopemata e a Associação dos Amigos (Aban), responsável pela Reserva Santuário, um espaço de 920 mil metros quadrados destinado à conservação e pesquisa ambiental localizada em uma grande área de Mata Atlântica em Juiz de Fora, região Sudoeste de Minas. Essa colaboração uniu a motivação para plantar à necessidade de restaurar uma área degradada de vegetação nativa.
Para financiar o projeto, a cooperativa lançou a campanha Adote uma Árvore, que incentivou os cooperados a contribuírem com R$ 195 por árvore adotada. Os valores arrecadados foram investidos tanto na realização do inventário de gases de efeito estufa quanto no plantio e manutenção de 2,2 mil mudas. Com o apoio dos associados, a coop investiu R$ 18 mil para calcular suas emissões de carbono e R$ 133,6 mil na recuperação da vegetação.
O resultado foi a restauração de 8,9 mil metros quadrados de solo degradado e a neutralização de gases que contribuem para o aquecimento global, o que fortaleceu o compromisso da cooperativa com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente o ODS 13, que busca combater as mudanças climáticas.
O projeto também gerou reflexos positivos na comunidade e na cooperativa. Em outra iniciativa, o Sicoob Coopemata instalou uma usina fotovoltaica composta por 70 painéis solares em sua sede administrativa, reduziu custos operacionais e diminuiu sua pegada de carbono. Para Vanessa Lacerda Alves Fajardo, superintendente de Gestão Estratégica, a neutralização de CO₂ é uma preocupação de todos. “A campanha deu certo porque é um pouco de cada um, que se transforma em muito e pode melhorar o mundo”.
O presidente do Conselho de Administração do Sicoob Coopemata, César Augusto Matos, enfatizou o caráter inspirador do projeto. “Queremos contagiar nossos cooperados para que repliquem essa ideia em suas empresas. Nossa meta é expandir o impacto positivo da sustentabilidade”, concluiu.
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Sistema OCB participa de debate sobre desafios e oportunidades para impulsionar movimento na região
O 2º Encontro dos Presidentes e Superintendentes das OCEs do Nordeste, realizado nesta quinta-feira (13), na Paraíba, abordou as prioridades e diretrizes para o cooperativismo na região. O evento, promovido pela Federação dos Sindicatos e Organizações das Cooperativas dos Estados da Região Nordeste (Fecoop Nordeste), reuniu lideranças cooperativistas de todo o país para discutir desafios e oportunidades, além das ações previstas para 2025.
Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCBO Sistema OCB foi representado pelo presidente Márcio Lopes de Freitas e pela gerente-geral da OCB, Fabíola Nader Motta. O presidente reforçou a importância da profissionalização da gestão, da inovação e da sustentabilidade para o avanço do cooperativismo na região. "Essas questões estarão no eixo estratégico da sobrevivência das instituições. Quem cobra a sustentabilidade, quem cobra a inovação não são os governos, é a humanidade, são as novas gerações", afirmou.
Fabíola Nader Motta, gerente-geral da OCBFabíola apresentou aos dirigentes os temas prioritários na agenda nacional do Sistema OCB para 2025 e deu destaque à participação do movimento na COP30 e às novidades do portfólio de soluções da Unidade Nacional, que vão contribuir para fortalecer e expandir a atuação do cooperativismo no Brasil. “As cooperativas possuem um papel estratégico no desenvolvimento sustentável e na transformação econômica do país. Esse ano, estaremos ainda mais focados em ampliar nossa representatividade, fortalecer nossa comunicação e oferecer soluções que impulsionem o nosso modelo de negócios”, disse.
Para o presidente da Fecoop Nordeste e do Sistema OCB/PB, André Pacelli, o encontro permitiu um diagnóstico aprofundado da realidade da região e traçou diretrizes fundamentais para o Ano Internacional das Cooperativas. "Estabelecemos um conjunto de ações que vai oportunizar a participação dos nossos dirigentes, cooperados e colaboradores nos grandes eventos regionais. Isso permitirá a criação de estratégias ainda mais eficazes para o desenvolvimento do cooperativismo no Nordeste", destacou.
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Iniciativa do Ministério do Trabalho e Emprego busca apoiar empreendedores e facilitar acesso ao crédito
O Sistema OCB foi convidado para integrar o Fórum Nacional de Microcrédito. A iniciativa é coordenada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e realizada pela Secretaria de Qualificação, Emprego e Renda. A inclusão da organização no grupo reforça a importância do cooperativismo de crédito no debate sobre o acesso ao microcrédito e seu impacto no fortalecimento de pequenos negócios. “É uma maneira de consolidar o papel das cooperativas em diferentes ramos e setores econômicos de atuação. Esse, é um sinal claro de que nossa atuação faz a diferença e impulsiona o desenvolvimento do país”, afirmou a gerente-geral da OCB, Fabíola Nader Motta.
A decisão de ampliar a participação de entidades representativas foi aprovada durante a reunião de instalação do Fórum, realizada em 18 de novembro de 2024 e, com isso, especialistas do Sistema OCB terão assento nas discussões e poderão contribuir com a experiência das cooperativas de crédito na promoção de inclusão financeira e geração de renda.
Para representar o Sistema OCB no grupo, foram indicados Thiago Borba, coordenador do Ramo Crédito, como titular, e Soraia Cardoso, analista de Relações Governamentais, como suplente.
O Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO), eixo central do Fórum, busca fomentar, apoiar e financiar atividades produtivas de empreendedores, com o objetivo de facilitar o acesso ao crédito para pequenos negócios. A participação do Sistema OCB reforça o compromisso do cooperativismo em impulsionar oportunidades econômicas para microempreendedores e fortalecer um modelo financeiro mais acessível e sustentável.
Saiba Mais:
- Sistema OCB reforça demandas estratégicas em reunião com o MTE
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Realizado pelo Sicoob Primavera, iniciativa atende jovens em situação de vulnerabilidade
O Espaço Cooperar, projeto desenvolvido pelo Sicoob Primavera por meio do programa Voluntário Transformador, é prova de como o cooperativismo é uma força poderosa, capaz de gerar transformação social e desenvolvimento sustentável. Criado para promover educação financeira e cidadania, o Espaço Cooperar oferece atividades de arte e cultura gratuitas com a colaboração de 194 voluntários.
São aulas de música, balé, teatro, coreografia, entre outros, que permitem a descoberta de novos talentos e contribuem para o crescimento pessoal e profissional dos participantes. Por seu impacto, a iniciativa conquistou o troféu ouro na categoria Coop Cidadã do Prêmio SomosCoop Melhores do Ano 2024. “Esse é um projeto social que busca ajudar crianças a partir de um ambiente de aprendizagem e crescimento sem precedentes para as comunidades onde está inserido”, explica o presidente do Sicoob Primavera, Edson Luiz Dapper.
O projeto nasceu em Canarana, no Mato Grosso, mas ultrapassou fronteiras e, atualmente, está presente também nas cidades de Dom Eliseu e Rondon, no estado do Pará. Essa expansão permitiu que mais de 800 jovens fossem beneficiados pelas 13 oficinas oferecidas nos três Espaços Cooperar. Dessas vagas, 70% são destinadas a alunos em situação de vulnerabilidade social, o que reforça o compromisso do Sicoob Primavera com a inclusão e a justiça social. “As oficinas promovem o desenvolvimento de habilidades, a integração social e o fortalecimento de laços comunitários”, acrescenta Edson Luiz.
Ainda segundo ele, com foco na sustentabilidade e na responsabilidade social, o Espaço Cooperar representa o verdadeiro espírito cooperativista. “Sua expansão para outros municípios é um testemunho do impacto positivo que projetos como esse podem gerar e servem de inspiração para outras iniciativas semelhantes em todo o país”.
Kélyta Brito, gerente de Cidadania e Sustentabilidade do Sicoob Primavera, descreve os impactos do projeto com emoção. “Cada etapa tem um significado importante que faz a verdadeira diferença na vida das pessoas envolvidas. As aulas de balé, por exemplo, vão muito além da dança. A professora ensina até como amarrar o cabelo. Então, não só fazer uma aula. É ser transformado, ser cidadão. Ser uma pessoa de bem. E esse resultado se estende também para toda a comunidade”, destaca.
A presidente do Sicoob Rondon, Aifa Naomi Uehara de Paula, reforça o efeito da iniciativa para as comunidades atendidas. “Quando abrimos uma agência no interior, rapidamente observamos suas carências. E a cooperativa chega para suprir um pouco dessas carências. E assim nasceu essa ideia de montar um espaço de cooperação, muito bem aceito. As crianças amam, virou um espaço da cidade. Não é nem mais da cooperativa, é da própria cidade”, afirma.
Além de transformar realidades, o Espaço Cooperar também tem contribuído para o fortalecimento do Sicoob Primavera, que alcançou a marca histórica de R$ 1 bilhão em ativos nos últimos anos. O resultado é considerado mais um exemplo de como a sinergia entre o impacto social e o crescimento sustentável, premissas do cooperativismo, caminham juntos e podem ser plenamente acessíveis.
Ao receber o Prêmio SomosCoop Melhores do Ano 2024, Edson Luiz agradeceu especialmente colaboradores e cooperados pela dedicação ao projeto. “Esse prêmio não é apenas um reconhecimento do nosso trabalho, mas um reflexo da força do cooperativismo. Ele demonstra que, quando nos unimos, podemos transformar vidas e construir um futuro mais justo e sustentável”, declarou.
Confira o vídeo com detalhes sobre o Espaço Cooperar em Canarana:
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Mobilização de cooperativas foi fundamental para reconstruir redes elétricas no RS após enchentes
Quando as enchentes atingiram o Rio Grande do Sul a Certel Energia enfrentou um dos maiores desafios de sua história e, com 75 mil associados, mais de 43 mil ficaram sem energia elétrica em um cenário devastador. A magnitude da crise revelou o verdadeiro significado da intercooperação e premiou o projeto Até o último associado, que retratou a ação para reconstrução das redes de distribuição de energia elética no menor tempo possível, com o troféu ouro na categoria Intercooperação no Prêmio SomosCoop Melhores do Ano 2024.
"Sem dúvida a intercooperação faz com que o modelo de gestão das cooperativas evolua e seja muito necessário. As cooperativas se ajudam de maneira recíproca e sempre buscam aquilo que é mais importante, ou seja, a melhoria da qualidade de vida de seus associados", afirma Erineo José Hennemann, presidente da Certel.
As enchentes causaram interrupção no fornecimento de energia em diversas regiões atendidas pela cooperativa. E, mesmo com a atuação de todos os seus colaboradores na reconstrução da rede elétrica, os recursos locais não foram suficientes. Com a gravidade da situação, uma mobilização em larga escala aconteceu e o apelo encontrou resposta rápida.
Cooperativas de outros estados, como Santa Catarina e São Paulo, além de órgãos locais e parceiros, uniram esforços e ampliaram a força de trabalho para 450 colaboradores. Além das equipes, recursos materiais e logísticos foram compartilhados com o objetivo de reforçar a capacidade de resposta em meio ao caos. Ao todo, 23 cooperativas do ramo Infraestrutura, além da Certel, participaram da mobilização: Cermissões, Creluz, Ceriluz, Coprel, Cerfox, Creral, Celetro, Certaja, Certhil, Cooperluz, Coopersul, Cervale, Coopernorte, Cosel, Ceprag, Cerbranorte, Coopercocal, Cersul, Ceraçá, Cooperaliança, Cetril, Cervam e Cerpro.
A iniciativa permitiu que a rede fosse restabelecida em 24 dias e o esforço coletivo devolveu eletricidade às comunidades afetadas, além de renovar o sentido de pertencimento e solidariedade entre cooperativas e associados. O trabalho foi realizado em estreita colaboração com prefeituras, empreiteiras e órgãos estaduais.
Ao completar a operação, a Certel havia restabelecido a energia, mas também reafirmado que a intercooperação é essencial para a humanidade. "Por isso, é uma honra estar entre as cooperativas contempladas nessa premiação, compartilhando esse projeto que resultou em avanços não só na infraestrutura, mas também na vida das pessoas. Essa intercooperação deixou exemplos de muita grandeza, e foi decisiva para que tivéssemos êxito em nosso trabalho”, completou Erineo.
Confira o vídeo do projeto produzido pela Certel:
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Papel das cooperativas de crédito e declaração da ONU foram vistos como oportunidades
Foz do Iguaçu foi palco do Conexão 25, entre os dias 6 e 8 de fevereiro. O evento estratégico, realizado pelo Sistema Unicred, reuniu lideranças do cooperativismo de crédito brasileiro e contou com a participação da gerente-geral do Sistema OCB, Fabíola Nader Motta, para debater estratégias, apresentar cases de sucesso e fortalecer alianças para o crescimento do setor.
Fabíola Nader Motta, gerente-geral do Sistema OCBFabíola falou sobre o Ano Internacional das Cooperativas e Oportunidades. Ela ressaltou o impacto e as perspectivas que essa celebração trará para o modelo de negócios e enfatizou o impacto do movimento na melhoria da qualidade de vida das comunidades onde as cooperativas estão presentes. “Hoje, somamos 23,4 milhões de pessoas no Brasil e sabemos da importância do nosso papel na geração de empregos formais, na dinamização da economia local e na inclusão financeira”, disse.
A gerente-geral deu destaque à relevância do cooperativismo de crédito no Sistema Financeiro Nacional (SFN). “Elas performam em posições de liderança de diversos segmentos, como o primeiro lugar em crédito ao pequeno negócio, crédito não consignado e crédito rural; terceiro lugar em consórcios e sexto em crédito e depósitos totais”, afirmou.
Sobre o Ano Internacional das Cooperativas, declarado pela ONU para 2025, ela acredita que este momento deve servir como uma oportunidade estratégica para ampliar a visibilidade do setor e consolidar o protagonismo econômico e social do modelo de negócios. “A iniciativa pode influenciar a formulação de novas políticas públicas, atrair novos cooperados, especialmente jovens, e estimular alianças estratégicas. Com essa declaração, nosso objetivo é fazer com que mais gente conheça o cooperativismo, seus benefícios e suas soluções. Vamos usar esse tema para fortalecer a imagem do coop e reafirmar sua relevância para uma economia mais justa e sustentável", considerou.
Fabíola indicou que o Sistema OCB irá trabalhar, durante todo o ano, com ações para impulsionar a celebração, com foco na promoção da imagem do cooperativismo, no fortalecimento institucional e na construção de um legado. "Vamos ampliar o reconhecimento do cooperativismo na construção de uma economia alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e estimular a criação de legislações que impulsionem o movimento", complementou.
O Sistema Unicred, anfitrião do evento, reúne mais de 330 mil cooperados em 25 cooperativas filiadas, possui presença em todas as regiões do país e conta com mais de 370 agências.
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Grupo tem objetivo de impulsionar crescimento e presença das cooperativas no cenário global
No dia 22 de janeiro, foi realizado a primeira reunião do Círculo de Liderança de Cooperativas e Mutuais (CM50), que reuniu 35 líderes cooperativistas e mutualistas de diversas partes do mundo. Entre os participantes, estavam vários representantes da lista do World Cooperative Monitor (WCM), que consolidaram um esforço da Aliança Cooperativa Internacional (ACI) para ampliar a representação do cooperativismo no mercado global.
A missão do CM50 é fortalecer a visibilidade das cooperativas e mútuas, além de atuar como um catalisador para o crescimento e a inovação no setor. A primeira meta do grupo é apresentar uma carta e um plano de compromisso durante a segunda Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Social (CMDS2), que ocorrerá entre os dias 4 e 6 de novembro, em Doha, no Catar. O evento vai marcar o encerramento do Ano Internacional das Cooperativas 2025 (AIC2025) e será aproveitado para impulsionar uma nova agenda de colaboração global.
Objetivos e Estratégias
Os líderes do Círculo de Liderança irão defender o modelo de negócios cooperativo e mutualista a nível mundial, evidenciando a sua capacidade de acelerar o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Para isso, a rede estabeleceu quatro grandes frentes de atuação:
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Fomentar o crescimento e a inovação a partir da criação de uma rede global de lideranças cooperativistas e mutualistas, com a promoção de boas práticas, inovação e parcerias estratégicas para o desenvolvimento do setor;
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Promover compromissos nacionais com o incentivo de governos e apoio à expansão das cooperativas e mutualistas, com inspiração em experiências como a promessa do Reino Unido de dobrar seu setor cooperativo;
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Influenciar a política mundial com a utilização da plataforma da Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Social para posicionar o cooperativismo como uma solução chave para os desafios globais;
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Reforçar as cooperativas como agentes de transformação para destacar as contribuições essenciais das cooperativas para a Agenda 2030, além de defender um futuro mais justo e sustentável impulsionado pelo modelo cooperativo.
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