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Último dia reuniu ONU e NCBA para fortalecer papel global das cooperativas
Encerrado com força institucional e visão de futuro. Assim foi o último dia da etapa internacional da Jornada dos Presidentes do Sistema OCB, na última sexta-feira (27), em Washington. A agenda contou com uma reunião com o representante da ONU, Andrew Allimadi, coordenador de Assuntos Cooperativos no Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas. O encerramento marcou o ponto alto de uma semana dedicada à articulação global, à troca de experiências e à consolidação da imagem do cooperativismo brasileiro como um agente estratégico para os desafios do desenvolvimento sustentável.
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, que liderou a comitiva, reforçou a importância da presença do cooperativismo brasileiro em foros internacionais. “Acreditamos no papel das cooperativas na promoção de uma economia mais sustentável e resiliente. Estar aqui, dialogando com o movimento cooperativista norte-americano, é reafirmar que temos muito a contribuir para os grandes debates globais”, afirmou.
Na manhã do último dia, a delegação participou de um diálogo institucional com o representante da ONU, responsável por assuntos cooperativos. A conversa abordou o papel das cooperativas frente aos compromissos globais de neutralidade de carbono e adaptação climática. A aproximação é estratégica, principalmente às vésperas da COP30, que será realizada em Belém (PA), em novembro deste ano.
Durante o encontro, o presidente Márcio destacou o esforço do movimento para ampliar sua atuação em temas ambientais. “Temos cooperativas com práticas alinhadas aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e com impacto direto na redução de emissões. A COP30 será uma oportunidade de mostrar isso ao mundo. E nossa participação ativa começa aqui, com escuta, articulação e posicionamento institucional”, ressaltou.
A programação também contou com uma apresentação da NCBA CLUSA, principal organização representativa das cooperativas nos Estados Unidos. O presidente da entidade, Doug O’Brien, compartilhou dados sobre o impacto do cooperativismo norte-americano em setores como energia, crédito, habitação e agricultura, além de destacar as estratégias de defesa institucional em um cenário político incerto. No mesmo encontro, o representante da ONU, Andrew Allimadi, reforçou o legado do Ano Internacional das Cooperativas e incentivou a participação ativa do Sistema OCB na construção do World Social Summit 2025, previsto para setembro, como uma oportunidade de dar visibilidade global às soluções cooperativas.
“A missão termina, mas os vínculos criados aqui seguem fortalecendo nossa atuação estratégica. O que vimos nos últimos dias nos inspira a ampliar a presença das cooperativas brasileiras no debate internacional, com voz ativa, propostas concretas e o orgulho de sermos quem somos: cooperativistas”, concluiu o presidente Márcio.
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Teto das taxas de juros é ampliado para o próximo ciclo agrícola e pecuário
O Governo Federal anunciou, nesta segunda-feira (30), o Plano Safra da Agricultura Familiar 2025/2026, com um total de R$ 78,2 bilhões em crédito rural no âmbito do Pronaf . O lançamento ocorreu no Palácio do Planalto e contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva; do vice-presidente Geraldo Alckmin; do ministro da Fazenda, Fernando Haddad; do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira — responsável pela apresentação técnica do plano —, além de outras autoridades e representantes da agricultura familiar.
Além dos R$ 78,2 bilhões anunciados, foram divulgados mais 10,8 bilhões destinados para outros programas destinados ao público da agricultura familiar, tais como as políticas públicas inerentes ao garantia de safra, proagro, assistência técnica, compras públicas e fomento à produção agroecológica e sociobiodiversidade. Apesar do aumento de taxas de juros, o plano mantém juros de 3% ao ano para o custeio de alimentos definidos como prioritários tais como arroz, feijão, leite e mandioca. Para produtos agroecológicos, orgânicos ou da sociobiodiversidade, a taxa permanece em 2% ao ano.
A superintendente do Sistema OCB e presidente do Instituto Pensar Agropecuária (IPA), Tania Zanella, comentou o novo Plano Safra. “Cerca de 70% dos cooperados das nossas cooperativas agropecuárias são do perfil da agricultura familiar. Logo todas as medidas que são divulgadas aqui, hoje, têm impacto na vida dos cooperados e das cooperativas de forma direta ou indireta.”
O coordenador do Ramo Agro do Sistema OCB, João José Prieto, avaliou o Plano Safra da Agricultura Familiar como um certo avanço frente à safra atual, ainda que abaixo do solicitado por entidades do setor. “Houve um acréscimo em relação ao volume da safra vigente, mas ficou abaixo da demanda que apresentamos, que era superior a R$ 90 bilhões. De toda forma, é preciso reconhecer o esforço da equipe econômica e do MDA para manter a política agrícola em pé, ampliando recursos em um cenário de restrições fiscais”, declarou.
Prieto também chamou atenção para a expectativa de elevação nas taxas de juros para investimentos. “Apesar de ainda não oficializadas, há indicações de que os juros para algumas operações de investimento podem subir de 6% para 8%. Isso exigirá revisão de projetos em andamento, especialmente na área de agroindustrialização, o que pode impactar decisões sobre viabilidade e cronograma”.
As resoluções do Conselho Monetário Nacional (CMN) com os detalhes operacionais devem ser publicadas nos próximos dias. Após isso, instituições financeiras e cooperativas poderão iniciar a operacionalização do crédito, assim como para acesso aos detalhes adicionais da política pública.
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Sistema OCB promove encontros estratégicos para fortalecer práticas sustentáveis e inclusivas
Nos dias 24 e 25 de junho, o Sistema OCB promoveu dois encontros estratégicos para incentivar a construção de uma sociedade mais sustentável, inclusiva e inovadora. As reuniões do Grupo de Trabalho ESGCoop e da Câmara Temática Social reuniram representantes de cooperativas, organizações estaduais do Sistema OCB, sistemas organizados e especialistas para avançar na construção de indicadores ESG e no fortalecimento das soluções sociais do movimento.
No dia 24, foi realizada a reunião presencial do Grupo de Trabalho ESGCoop, com foco na construção dos indicadores específicos para o Ramo Saúde. Participaram integrantes das Organizações Estaduais (OCEs) (Ocemg, Ocesp, Ocesc e Ocepar), dos sistemas Unimed e Uniodonto, além de cooperativas convidadas especialmente para compor um grupo de especialistas: Uniodonto Manaus, Coopanest-CE, Unimed Federação Minas, Unimed Campo Grande, Unimed Londrina, Uniodonto Campinas, Unimed Nacional, Unimed FESP, Unimed Fortaleza, COOENF/PR, Unimed do Brasil, Uniodonto do Brasil, Fencom, CoopCare (DF) e Uniodonto Porto Alegre.
A agenda deu continuidade ao processo iniciado com uma reunião online preparatória, no dia 13 de junho, e teve como objetivo avaliar, com base em metodologia especializada, os indicadores que melhor representam o desempenho ESG das cooperativas de saúde. Além disso, o encontro marcou a participação de diversas cooperativas que integraram o GT ESGCoop pela primeira vez, fortalecendo a representatividade e a diversidade de experiências no debate.
Jacqueline Oliveira Estevan, diretora de Governança, Risco e Compliance, da Uniodonto Campinas, destacou a aplicação prática dos debates. “A gente pôde olhar na prática, no operacional, e trazer isso para o dia a dia. É você pegar o ESG e colocar ali na operação. O resultado disso para as cooperativas vai ser gigante”.
Para Luis Antônio Schmidt, gerente geral do Sistema Ocesp, o ponto forte da construção coletiva está na legitimidade do processo. “Esse trabalho só tem relevância porque foi construído a várias mãos. O envolvimento direto das cooperativas, com apoio das unidades estaduais e do Sistema OCB, torna o resultado mais concreto e aplicável”, afirmou.
O grupo já havia concluído os indicadores universais — válidos para todos os ramos — e os indicadores específicos do crédito. O próximo passo será a validação e homologação, até agosto de 2025, da lista final de indicadores ESG para o Ramo Saúde.
Soluções sociais
Já no dia 25, a 3ª reunião presencial da Câmara Temática Social reuniu representantes das OCEs (Ocemg, Ocesp, Ocergs e Ocepar), além de integrantes de sistemas organizados como Sicoob Confederação, Fundação Sicredi, Ailos, Cresol, Infracoop, Unicred e Unimed do Brasil. O encontro teve como foco promover o diálogo e a construção coletiva em torno das soluções sociais alinhadas à Agenda ESG.
Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, deu início às atividades apresentando as soluções sociais e a conexão entre as ações do diagnóstico ESGCoop e os projetos de impacto social. Ela ressaltou que essas iniciativas são parte essencial do modelo de negócios cooperativista e respondem de forma concreta às demandas da sociedade. “As soluções sociais não são ações paralelas — elas estão no centro do modelo de negócios do cooperativismo. São projetos que nascem da base, com propósito claro de transformar realidades, gerar inclusão e desenvolver comunidades”, declarou.
A especialista em Diversidade Cultural e Inclusão Gisele Gomes ministrou a palestra ID&E como infraestrutura de inovação, Gisele provocou reflexões sobre o uso de dados e evidências para fortalecer soluções sociais mais eficazes e orientadas à realidade das comunidades, destacando o potencial transformador da informação bem estruturada.
A Câmara Temática Social atua como um espaço estratégico para fortalecer e disseminar práticas de impacto social no cooperativismo. Ao reunir representantes de diferentes ramos, amplia o alcance das discussões e incentiva a criação de soluções intercooperativas para o desenvolvimento sustentável.
Ainda segundo Débora, a realização articulada desses dois encontros evidencia o compromisso do Sistema OCB com uma atuação integrada nas dimensões econômica, social e ambiental do cooperativismo. “Consolidar indicadores ESG e potencializar as soluções sociais é posicionar as cooperativas como protagonistas de um modelo de desenvolvimento mais justo, responsável e transformador”, complementou.
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Mudança entra em vigor em agosto e retira menção direta às cooperativas nos benefícios
A partir de 7 de agosto de 2025, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) adotará uma nova tabela de retribuições para os serviços prestados, conforme estabelece a Portaria INPI/PR nº 10/2025, publicada em 12 de maio de 2025. A atualização traz alterações importantes na forma como são aplicados os descontos, e as cooperativas devem ficar atentas para evitar o pagamento de valores integrais em serviços que tradicionalmente contavam com redução de até 50%.
Na tabela anterior, havia menção explícita às cooperativas como beneficiárias de desconto, com base na Lei nº 5.764/1971, que define a natureza jurídica dessas organizações como sociedades sem fins lucrativos. Com a nova redação, a referência direta às cooperativas foi retirada. No entanto, permanece no texto da Portaria a concessão de descontos a “entidades sem fins lucrativos”.
Diante disso, o Sistema OCB orienta que as cooperativas e Organizações Estaduais (OCEs) redobrem a atenção no momento da solicitação de serviços ao INPI, como registros de marca, patentes e outros ativos de propriedade intelectual. A recomendação é que, sempre que possível, seja apresentado o Estatuto Social da cooperativa, demonstrando de forma clara seu enquadramento como entidade sem fins lucrativos — conforme previsto no artigo 3º da Lei nº 5.764/1971.
A diferença financeira é considerável, já que envolve a possibilidade de obter um benefício de 50% de desconto nas taxas cobradas pelo INPI. Por exemplo, um pedido de registro de marca com especificação de livre preenchimento custa R$ 210,00 por classe com o desconto aplicado. Sem o benefício, o valor dobra, alcançando R$ 420,00, conforme o Código 394 da tabela de retribuições. Esse cenário evidencia a importância de preencher corretamente as informações e apresentar a documentação exigida no momento do requerimento.
Além disso, é importante que as equipes responsáveis pelo preenchimento das guias de retribuição estejam atualizadas quanto às mudanças, evitando erros que possam inviabilizar o desconto. A atenção a detalhes como a correta identificação da natureza jurídica da entidade e o envio dos documentos comprobatórios é essencial para assegurar o valor reduzido e evitar retrabalho ou gastos desnecessários.
A exclusão da palavra ‘cooperativas’ pode gerar dúvidas, mas o enquadramento como entidade sem fins lucrativos permanece possível e legítimo. Por isso, é fundamental que as cooperativas estejam bem orientadas e preparadas para garantir seus direitos.
Para ter acesso à tabela com todos os valores (reais e com desconto), clique aqui
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Sistema OCB atuou em conjunto com a Frencoop e frentes do setor produtivo para reverter medida
Em uma vitória para o setor produtivo nacional, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal aprovaram, nesta quarta-feira (25/06), o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 214/2025, que suspende os decretos presidenciais que aumentavam as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
A atuação do Sistema OCB, juntamente com a Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), foi determinante para a aprovação célere da proposta. A matéria foi aprovada no Plenário Câmara e, no mesmo dia, seguiu para o Senado, onde também recebeu o aval dos parlamentares. Agora, o texto aguarda apenas a promulgação pelo presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (AP), para que os decretos 12.466, 12.467 e 12.499/2025 sejam oficialmente sustados, restabelecendo a vigência do Decreto 6.306/2007.
O aumento do IOF havia sido duramente criticado por representantes do setor cooperativista e empresarial, por encarecer operações de crédito, câmbio e seguros. Segundo estimativas da Coalizão de Frentes do Setor Produtivo, o impacto da medida poderia representar um aumento de R$ 19,5 bilhões nos custos dessas operações ainda em 2025 — número que poderia dobrar no ano seguinte.
Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, a decisão do Congresso corrige uma distorção que prejudicaria diretamente quem empreende, trabalha e movimenta a economia real. “O cooperativismo atua nos pilares do desenvolvimento local, da geração de emprego e da democratização do crédito. A elevação do IOF penalizaria justamente essas ações. O Congresso ouviu o setor produtivo e atuou em defesa do bom senso econômico”, avaliou.
O presidente da Frencoop, deputado Arnaldo Jardim (SP), também destacou a mobilização da frente em torno da proposta. “Nossa articulação teve um objetivo claro: evitar mais um entrave ao ambiente de negócios. O aumento do IOF comprometeria o crédito, os investimentos e a competitividade do país. A aprovação do PDL 214 é uma vitória da responsabilidade com o Brasil real, que produz e emprega”, afirmou.
A articulação contou com o apoio de diversas frentes parlamentares ligadas ao setor produtivo, em um movimento conjunto contra o que classificaram como um “aumento disfarçado de impostos”, sem diálogo prévio com os setores impactados.
Desde o anúncio dos decretos, o Sistema OCB atuou ativamente junto à Frencoop e à coalizão de frentes, levando dados, propostas e argumentos técnicos para os parlamentares. A mobilização incluiu reuniões, documentos técnicos, articulações diretas com líderes partidários e apoio à redação do PDL. “O aumento do IOF não é apenas uma questão fiscal, é uma escolha política que interfere na capacidade de desenvolvimento do país. Nossa defesa é por uma agenda que estimule o investimento, a inovação e a inclusão produtiva. Essa conquista é resultado do diálogo e da união do setor produtivo”, reforçou Márcio Lopes.
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Texto segue para o Senado e garante manutenção do modelo de negócios já adotado pelas cooperativas
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (25), o Projeto de Lei de Conversão (PLV) 1/2025, originário da Medida Provisória (MP) 1.292/2025, que moderniza as regras do crédito consignado para trabalhadores celetistas. O texto, já aprovado na semana passada pela Comissão Mista do Congresso, permite que as cooperativas de crédito continuem operando no modelo anterior a plataforma do E-Consignado. Agora, o projeto segue para análise no Senado Federal e precisa ser aprovado até o dia 9 de julho para não perder a validade.A alteração no texto representa uma conquista importante para o cooperativismo, visto que, com a manutenção dos contratos bilaterais, as cooperativas continuam podendo firmar acordos diretamente com os empregadores.
Essa preservação do modelo anterior garante segurança jurídica e operacional às cooperativas e protege um canal de crédito fundamental, especialmente em regiões menos atendidas pelo sistema financeiro tradicional. “Essa é mais uma conquista fundamental para o cooperativismo brasileiro. Com ela, será possível continuar entregando crédito responsável, com taxas mais justas e próximo das pessoas”, afirmou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
Acesso ampliado ao crédito
A medida também amplia o acesso ao crédito consignado para diversos segmentos de trabalhadores. Além dos celetistas, passam a ter direito ao benefício empregados domésticos, rurais, diretores não empregados com FGTS e, por emenda aprovada na comissão, motoristas e entregadores por aplicativo.
Outro ponto importante aprovado é a permissão para que serviços de proteção ao crédito, como Serasa e SPC, acessem dados do sistema (com autorização do trabalhador) para monitorar riscos de superendividamento. “Tem nos preocupado o superendividamento das famílias. Do jeito que está hoje, os dados estão fragmentados. É fundamental que as agências de crédito tenham acesso a essas informações, para orientar e alertar as pessoas. Quanto mais dados houver, maior a possibilidade de redução nas taxas de juros”, defendeu o senador Efraim Filho (PB), que integra a diretoria da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop).
Saiba Mais:
- Portaria libera acesso ao crédito do trabalhador via cooperativas de crédito
- BNDES destaca impactos do cooperativismo de crédito
- CMA aprova projeto que zera PIS/Cofins para atividades de reciclagem
Cooperativas agroindustriais podem submeter propostas até 30 de junho
O Sistema OCB divulga a chamada pública conjunta lançada pelo BNDES e pela Finep para fomentar a criação e a expansão de Centros de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PD&I) no Brasil. A iniciativa integra a Política Nova Indústria Brasil (NIB) e destina-se a empresas e cooperativas agroindustriais que queiram fortalecer sua atuação em inovação. As propostas podem ser submetidas até o dia 30 de junho de 2025, por meio do site da Finep.
Com recursos estimados em até R$ 3 bilhões, a chamada visa estimular a implantação de centros próprios de PD&I, voltados a atividades relacionadas a pelo menos uma das seis missões definidas pela NIB. Os projetos devem prever crédito superior a R$ 10 milhões para empreendimentos localizados nas regiões Norte e Nordeste e acima de R$ 20 milhões para as demais regiões do país. O prazo máximo de execução é de 36 meses.
As propostas devem contemplar, entre outros aspectos, contratação e fixação de equipes técnicas, aquisição de equipamentos, instalação de plantas piloto, e parcerias com universidades e centros de pesquisa. É necessário que os centros tenham, no mínimo, 500 m² (implantação) ou expansão de 250 m², além da contratação de pessoal técnico qualificado.
O gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB, Guilherme Souza Costa reforça a importância dessa iniciativa para o fortalecimento da inovação no setor cooperativista. “Essa chamada representa uma oportunidade estratégica para as cooperativas agroindustriais ampliarem sua capacidade de gerar valor, diversificar produtos e incorporar novas tecnologias”, afirma.
Além disso, Guilherme destaca o papel da inovação como eixo transversal da agenda do Sistema OCB. “Inovar é essencial para garantir competitividade e sustentabilidade no médio e longo prazo. E iniciativas como essa contribuem para posicionar o cooperativismo no centro da transformação produtiva que o país precisa.
Segundo a gerente de Relações Institucionais do Sistema OCB, Clara Maffia, o lançamento da chamada pública é resultado direto de um trabalho institucional articulado entre o Sistema OCB, a Finep e o BNDES. “A construção dessa agenda com os dois órgãos foi fruto de um diálogo constante, com o objetivo de ampliar o acesso das cooperativas às políticas públicas de fomento à inovação”, explica.
Clara também ressalta que o alinhamento com a Nova Indústria Brasil representa uma janela de oportunidade importante para o cooperativismo. “Esse é um passo concreto no esforço de aproximar o setor cooperativo das políticas de inovação industrial que estão em curso no país.”
A avaliação das propostas será conduzida por um grupo de trabalho formado por representantes do BNDES e da Finep, que selecionará os projetos com maior aderência às diretrizes da chamada. As empresas também poderão submeter um vídeo institucional de até cinco minutos como parte do processo seletivo.
As cooperativas interessadas devem acessar o formulário eletrônico de submissão e consultar os detalhes nos sites do BNDES e da Finep.
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Evento promovido pela ApexBrasil reforça importância de impulsionar negócios liderados por mulheres
O Sistema OCB marcou presença no evento Mulheres e Negócios Internacionais – Territórios, promovido pela ApexBrasil no dia 10 de junho, em Salvador (BA). A ação teve como foco a capacitação, inspiração e conexão de mulheres empreendedoras com o mercado internacional e se insere no âmbito do Programa Mulheres e Negócios Internacionais, iniciativa que integra também a Estratégia Nacional de Empreendedorismo Feminino.
Representando o cooperativismo, a gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB/BA, Jussiara Lessa, acompanhou a programação que contou com painéis, oficinas e apresentações de cases de sucesso protagonizados por mulheres de diferentes perfis, setores e faixas etárias. Segundo ela, o evento foi uma demonstração concreta de como a atuação em rede e o apoio institucional podem abrir portas para o empreendedorismo feminino no Brasil.
“Ficou evidente o quanto a parceria entre instituições como a ApexBrasil, Sebrae e Sistema OCB pode impulsionar mulheres empreendedoras — inclusive cooperadas — a expandirem seus negócios para o mercado internacional. Já temos cooperativas lideradas por mulheres com produtos de excelência e esse tipo de articulação fortalece caminhos para a exportação”, destacou Jussiara.
Durante o evento, foram apresentados exemplos como o da startup baiana EcoCiclo, criadora de absorventes biodegradáveis, e da empresa Latitude 13 Cafés Especiais, liderada por mulheres e responsável pela produção de cafés premiados cultivados na Chapada Diamantina. Muitos dos relatos destacaram a importância da formação empreendedora por meio de iniciativas como o curso Empretec, ofertado pelo Sebrae, e o apoio de políticas públicas que integram raça, gênero e desenvolvimento regional.
O evento também foi um espaço de escuta e acolhimento de diferentes trajetórias femininas, reforçando o valor da representatividade. Mulheres que começaram com poucos recursos, mas com muita determinação, dividiram o palco com empreendedoras consolidadas, em um ambiente de aprendizado mútuo.
O encontro contou com o apoio dos ministérios do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (MEMP), das Mulheres, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Banco do Brasil, Correios e Sepromi, entre outros parceiros.
A atuação do Sistema OCB no evento também reforça uma das diretrizes do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) firmado com a ApexBrasil. O ACT prevê, entre suas prioridades, o fortalecimento de iniciativas voltadas à igualdade de gênero, com foco especial no estímulo à internacionalização de negócios liderados por mulheres. Com essa diretriz, a parceria tem buscado ampliar a presença feminina nas ações de promoção comercial internacional, abrindo novas oportunidades para que cooperativas lideradas por mulheres possam alcançar mercados estrangeiros.
Por meio desse acordo, o Sistema OCB e a ApexBrasil têm somado esforços para garantir que mais cooperativas, especialmente aquelas protagonizadas por mulheres, tenham acesso às ferramentas, capacitações e ações estratégicas voltadas à exportação. A presença no evento realizado em Salvador reflete esse compromisso com a inclusão produtiva e com a promoção de um cooperativismo cada vez mais diverso e competitivo, alinhado à agenda ESG e às políticas públicas de desenvolvimento sustentável com recorte de gênero.
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Evento reuniu cerca de 800 comunicadores em três dias de imersão e troca estratégica
Durante três dias intensos, Brasília foi o ponto de encontro de comunicadores, lideranças, influenciadores e entusiastas do cooperativismo que participaram da Semana de Competitividade 2025, promovida pelo Sistema OCB. O evento reuniu cerca de 800 participantes em uma jornada de conhecimento, inspiração e conexão, com foco em fortalecer a identidade, a comunicação e a inovação das cooperativas brasileiras.
A programação da Semanafoi estruturada para oferecer uma experiência imersiva, prática e estratégica. Foram 30 palestras, quatro trilhas temáticas, quatro labs e uma experiência gamificada, que mobilizaram os participantes em torno de temas centrais para o futuro do movimento cooperativista.
A abertura oficial ficou por conta do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, que ressaltou a importância da comunicação como ferramenta de transformação e competitividade para o setor. “Vamos comunicar em rede, com estratégia, emoção e coragem. Juntos, vamos mostrar ao Brasil e ao mundo porque as cooperativas constroem um mundo melhor. A nossa capacidade de transformação é enorme”, declarou.
Logo após, um painel sobre comunicação com propósito, mediado por Glenda Kozlowski, reuniu influenciadores que já participaram de ações anteriores com o SomosCoop como Dani Colombo, Mari Kruger e Betto Auge. “Estamos falando de emoção, de propósito real. Comunicação com propósito não é uma tendência, é uma necessidade para que as marcas cooperativas façam sentido na vida das pessoas”, destacou Dani Colombo.
Glenda aproveitou para anunciar a estreia da 4ª temporada da websérie SomosCoop na EstradaSomosCoop na Estrada, que leva o público a uma jornada audiovisual por sete estados do Norte e Nordeste, revelando como o cooperativismo transforma vidas mesmo em contextos de escassez e desigualdade. Os episódios retratam histórias reais de inclusão, sustentabilidade e desenvolvimento protagonizadas por cooperativas locais.
A programação também contou com a plenária SomosCoop: o movimento que conecta e transforma, conduzida pela gerente-geral da OCB, Fabíola Nader Motta, que apresentou os próximos passos da campanha nacional do cooperativismo e o carimbo SomosCoop — ferramenta que fortalece a identidade visual do movimento.
A gerente resumiu o sentimento que impulsionou o evento. “O Ano Internacional das Cooperativas declarado pela ONU, foi a oportunidade perfeita para a gente juntar a nossa força e falar do cooperativismo, levar o cooperativismo cada vez mais longe, mais próximo da sociedade, das pessoas que procuram escolhas conscientes”, destacou. “A gente conseguiu se reunir, trocar boas práticas, discutir, avaliar esse futuro e, o mais importante de tudo, alinhar uma comunicação conjunta e mostrar que juntos somos mais fortes.”
Fechando as plenárias do primeiro dia, o designer e especialista em branding, Fred Gelli, trouxe a provocação: qual é a vantagem competitiva que só o cooperativismo tem? Para ele, o propósito é o maior diferencial das cooperativas e deve estar no centro de toda construção de marca. “O que move as pessoas não é o produto. É o porquê. E o cooperativismo tem isso como essência. É nisso que está o seu maior valor”, afirmou Gelli.
Conteúdo estruturado
A programação da Semana foi organizada em quatro trilhas temáticas simultâneas, que refletiram os principais desafios e oportunidades da comunicação no cooperativismo:
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Planejamento e Dados: explorou inteligência estratégica, métricas, IA e tendências de mercado;
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Branding: abordou identidade, storytelling e construção de marcas cooperativas fortes;
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Comunicação Institucional: debateu reputação, imprensa, media training e fidelização;
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Marketing: trouxe insights sobre segmentação, marketing de relacionamento e economia da atenção.
As trilhas aconteceram ao longo de todo o segundo dia e permitiram que os participantes circulassem entre temas de interesse, aprofundando conhecimentos e compartilhando experiências com especialistas e colegas de outras cooperativas.
Complementando a parte teórica, quatro labs práticos promoveram oficinas e atividades aplicadas sobre temas como comunicação digital, ativação do carimbo coop, design de campanhas e estratégias de engajamento. Os participantes vivenciaram dinâmicas de cocriação e resolveram desafios reais, com apoio de especialistas em cada tema.
No lab de Comunicação Institucional, simulações de entrevistas e atividades de gestão de crise ajudaram as cooperativas a estruturarem planos eficazes e prepararem seus porta-vozes. Já nos labs de Branding e Marketing, os grupos trabalharam o posicionamento de marca, a identificação de públicos e estratégias de engajamento com base em dados e tendências de consumo. No lab de Planejamento e Dados, por sua vez, o destaque foi o uso de indicadores reais como base para a estratégia.
Caminhos que seguem
O último dia da Semana de Competitividade foi marcado por reflexões estratégicas e anúncios importantes para o futuro da comunicação no cooperativismo. Um dos destaques foi a plenária Comunicar para cooperar: estratégias que conectam pessoas e negócios, mediada por Samara Araujo, gerente de Marketing e Comunicação do Sistema OCB. O painel marcou também o lançamento do livro Comunicação e Marketing no CooperativismoComunicação e Marketing no Cooperativismo, uma publicação inédita com artigos, orientações práticas e cases inspiradores de cooperativas. Samara provocou o público ao lembrar que, sem comunicação clara e estratégica, o cooperativismo não consegue mostrar ao mundo a sua verdadeira força transformadora.
Ao lado de especialistas como Patrícia Marins, Samira Cardoso e Renan Silvestre, o painel discutiu gestão de reputação, marketing analítico, publicidade eficaz e o uso inteligente de dados. Os convidados reforçaram que comunicar também é cooperar — e que, ao dominar a linguagem da conexão e da estratégia, as cooperativas ganham espaço no imaginário social. O recado foi claro: comunicação precisa de propósito, planejamento e dados para gerar impacto real.
Durante o encerramento, a superintendente Tania Zanella anunciou o lançamento da Rede Comunica Coop, uma iniciativa que inaugura uma nova fase de conexão entre comunicadores das cooperativas de todo o Brasil. A proposta é transformar o grupo criado durante o evento em uma comunidade ativa e permanente, dedicada ao compartilhamento de experiências, boas práticas e estratégias de comunicação. A rede será organizada pelas Organizações Estaduais (OCEs), e funcionará como um espaço de aprendizado contínuo, troca de ideias e articulação nacional das ações de comunicação cooperativista.
Outra novidade apresentada durante a Semana de Competitividade foi a trilha Comunicação e Marketing no Cooperativismo, da plataforma CapacitaCoop. Gratuita, on-line e certificada, ela reúne oito temas voltados para profissionais de comunicação e marketing das cooperativas, com foco em desafios reais do setor. Com carga horária total de 36 horas, os conteúdos abordam desde fundamentos do marketing até temas como branding, análise de mercado, comunicação de crise e definição de OKRs.
O evento contou ainda com um experiência gamificada e dinâmica que convidou os participantes a completarem dez ativações espalhadas pelo espaço para conquistar selos e trocar por brindes na loja temática. Com propostas interativas e educativas, as ativações abordaram temas como o Ano Internacional das Cooperativas, COP30, CapacitaCoop, Carimbo SomosCoop, Sala Sensorial e muito mais.
Compromisso com a sustentabilidade
Por fim, o evento se destacou por ações concretas de sustentabilidade e inclusão. Desde o credenciamento, os participantes puderam calcular a pegada de carbono individual de suas viagens, promovendo a conscientização sobre o impacto ambiental dos deslocamentos. Todas as emissões do evento — cerca de 213 toneladas de carbono equivalente — foram integralmente neutralizadas por meio do Programa REDD+Vale do Jari.
Além disso, medidas como a coleta seletiva, a redução de materiais impressos e o uso de alternativas digitais e reutilizáveis reforçaram o cuidado com os resíduos e o uso responsável dos recursos. “Com essa ação, mostramos que o compromisso do cooperativismo com a sustentabilidade vai além do discurso. É uma prática concreta, conectada com a agenda global e com as futuras gerações”, reforçou Alex Macedo, coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB.
Participação e impacto
A Semana de Competitividade foi marcada ainda por momentos de grande inspiração e conteúdo de alto impacto. A Raissa Costa, do Sicoob Central Norte, resumiu a emoção de participar: “Foi uma experiência extraordinária. Três dias de imersão e eu nunca imaginei que estaria vivendo esse momento. Foi único.”
Para Vanessa Zandonade, da Coopermota (SP), o evento foi uma demonstração da força coletiva do cooperativismo: “Estamos com 800 pessoas reunidas para falar sobre comunicação e cooperativismo. A gente percebe a grandeza do que fazemos e o quanto temos potência para transformar realidades — não só das cooperativas, mas das comunidades onde estamos inseridos.”
O gestor de Comunicação da Comunicoop (RJ), Paulo Montenegro, elogiou o fato de a Semana de Competitividade ter como tema a comunicação cooperativa. “Foi muito importante vivenciar essa dimensão do nosso movimento e explorar todas as suas nuances com tanta profundidade”.
“Foi um evento muito completo. As plenárias, trilhas, ativações e estandes trouxeram aprendizados valiosos. A Sala Sensorial, por exemplo, foi uma experiência única para mim. Percebi o quanto é importante não ficarmos apenas no discurso, mas transformar essas reflexões em ações práticas. Saio daqui com uma bagagem muito positiva, com informação, conhecimento e motivação para ajudar a propagar ainda mais o cooperativismo”, completou Maria Lidiane, da Coomarca (SC).
Saiba Mais:
Reunião debate campanhas conjuntas, COP30, DICC e uso do carimbo SomosCoop
O Sistema OCB se reuniu com a Câmara Temática de Comunicação e Marketing do Ramo Crédito (CT de Comunicação), nesta quarta-feira (11), em Brasília, para alinhar os próximos passos de comunicação e atuação conjunta com o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC). A agenda do encontro contemplou temas estratégicos como a participação das cooperativas na COP30, as ações para o Dia Internacional do Cooperativismo (Coops Day), a campanha do Dia Internacional das Cooperativas de Crédito (DICC) e a continuidade do trabalho em torno do carimbo SomosCoop.
Um dos destaques foi o debate sobre a presença do cooperativismo na COP30, que ocorre em novembro em Belém (PA). Com base nas estratégias definidas pelo Sistema OCB, a CT alinhou a possibilidade das cooperativas de crédito utilizarem o material disponibilizado pelo Sitema OCB para que a identidade visual esteja integrada em todos os sistemas. Um pacote de peças personalizáveis que será disponibilizado nos próximos dias.
Na pauta do Coops Day, comemorado em julho, o grupo discutiu alternativas criativas e viáveis para ações de visibilidade, junto da ação coordenada proposta pelo Sistema OCB. Já em relação ao Dia Internacional das Cooperativas de Crédito (DICC), celebrado em 16 de outubro (sempre na terceira quinta-feira do mês), a reunião detalhou a campanha institucional coordenada pelo Sistema OCB, com base no conceito global definido pelo Conselho Mundial de Cooperativas de Crédito (Woccu) — Cooperação por um mundo próspero. O grupo avaliou a proposta de campanha que contará com filme institucional, influenciadores, creators, reels, intervenção urbana e um pacote digital com peças padronizadas. “Essa campanha tem o poder de transformar a percepção sobre as cooperativas de crédito. É sobre mostrar que uma simples escolha pode ter um impacto positivo imenso”, explicou Samara Araujo, gerente de Marketing e Comunicação do Sistema OCB, durante sua apresentação ao CT.
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Entidade reforçou a importância de políticas públicas robustas e inclusivas de gestão de riscos para o fortalecimento da produção rural
O Sistema OCB participou nesta semana da audiência pública na Câmara dos Deputados para discutir a situação atual e os desafios do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e da política de subvenção ao seguro rural. Representando a entidade, o coordenador do Ramo Agro, João José Prieto, reforçou a importância de políticas públicas robustas e inclusivas de gestão de riscos para o fortalecimento da produção rural, especialmente dos agricultores familiares cooperados.
Promovido pela comissão de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (CAPADR) da Câmara, em conjunto com a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado, o debate reuniu parlamentares, representantes do governo, da iniciativa privada e de organizações do setor produtivo. Em sua fala, João Prieto ressaltou que o Proagro e o seguro rural são pilares da política agrícola brasileira, ao lado do crédito e da política de garantia de preços mínimos, sendo determinantes para o desempenho do setor nas últimas décadas.
“Hoje, o Brasil conta com 1.180 cooperativas agropecuárias, que reúnem mais de 1 milhão de produtores cooperados. Desses, 71,2% são agricultores familiares, de acordo com dados do Censo Agropecuário. O cooperativismo é essencial para garantir competitividade e permanência desse pequeno produtor no campo”, afirmou Prieto.
Além disso, ele ressaltou à necessidade de garantia de que as políticas de gestão de risco, como o Proagro e o seguro rural, sejam abrangentes e sustentáveis. Principalmente, no que diz respeito à previsibilidade orçamentária destes instrumentos essenciais aos elos da cadeia agropecuária brasileira. Ao final, João Prieto ressaltou aos presentes a necessidade de que o tema seja tratado com prioridade durante as discussões orçamentárias. “Esses instrumentos são vitais para a estabilidade da produção agropecuária. Precisamos de governança, modernização e orçamento adequado para garantir à presença desses instrumentos no dia a dia do setor agropecuário brasileiro.”, concluiu.
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Conteúdo gratuito, 100% on-line e com certificação atende objetivos da Semana de Competitividade
A comunicação eficiente é uma aliada fundamental para o crescimento e fortalecimento do cooperativismo. Pensando nisso, a CapacitaCoop, plataforma de ensino a distância do Sistema OCB, por meio do Sescoop Nacional, lançou oficialmente durante a Semana da Competitividade 2025 a trilha de aprendizagem Comunicação e Marketing no Cooperativismo, voltada especialmente para quem atua com comunicação nas cooperativas de todo o país.
Para os participantes do evento, uma ativação especial também foi preparada. Em uma sequência de telas, foi possível verificar partes do conteúdo e acessar informações detalhadas sobre como se inscrever e concluir as etapas para garantir a certificação final.
Com uma carga horária total de 36 horas, a trilha oferece conteúdos atualizados, práticos e alinhados aos princípios cooperativistas. O percurso formativo é gratuito, 100% on-line, e pode ser concluído em até 60 dias. Ao final de cada curso, os participantes que alcançarem pelo menos 70% de aproveitamento nas avaliações recebem certificado digital.
A trilha reúne oito cursos que abordam desde os fundamentos do marketing até temas estratégicos como gestão de marcas, análise de mercado e comunicação em momentos de crise. São eles:
- Fundamentos de Marketing para Cooperativas (4h)
- Comunicação Assertiva (2h)
- Escrita Criativa (2h)
- Branding Básico (2h)
- Gestão de Marcas (6h)
- Análise de Mercado (6h)
- OKR - Objetivos e resultados-chave (4h)
- Comunicação na Gestão de Crises em Cooperativas (10h)
A proposta é desenvolver habilidades para utilizar a comunicação de forma assertiva com cooperados, colaboradores, parceiros e com a sociedade, além de apoiar a construção de marcas mais fortes e bem-posicionadas no mercado.
Para quem é a trilha?
O conteúdo é indicado para comunicadores, profissionais de marketing e demais interessados em aprimorar suas práticas dentro do contexto cooperativista. Basta ter acesso à internet e estar cadastrado na plataforma CapacitaCoop para iniciar a jornada de aprendizado.
Com uma linguagem acessível, flexibilidade de horários e foco em desafios reais da comunicação cooperativa, a trilha Comunicação e Marketing no Cooperativismo é mais uma ferramenta estratégica oferecida pelo Sistema OCB para apoiar o desenvolvimento das cooperativas em todo o Brasil.
Fortaleça a comunicação da sua cooperativa. Acesse agora mesmo a trilha no CapacitaCoop e comece a aprender!
Saiba Mais:
- Mensagem de união e ação coletiva encerra Semana de Competitividade
- Sistema OCB lança livro sobre comunicação e marketing no coop
- Rede Comunica Coop fortalece conexão entre comunicadores
- CapacitaCoop oferece trilha de aprendizagem em Design Thinking
- Jogar+Aprender conecta novas gerações ao cooperativismo
Sistema OCB entrega documento com propostas ao vice-presidente da República
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, e a superintendente da entidade, Tania Zanella, estiveram reunidos com o vice-presidente da República e Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, nesta quarta-feira (11), com o objetivo de manifestar a preocupação do cooperativismo com o conjunto de medidas que afetam a tributação de instrumentos financeiros e a estrutura de captação do sistema financeiro nacional.
Grande parte das mudanças anunciadas afeta diretamente o ambiente de captação e investimento do mercado financeiro e o cooperativismo tem preocupação com os efeitos, como oneração do setor produtivo, alterações na atratividade de produtos, aumento do custo para investidores e necessidade de ajustes operacionais. Um dos principais focos da discussão foi o Decreto nº 12.466, que altera as regras de incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A norma determina que cooperativas com operações passivas ou ativas superiores a R$ 100 milhões no exercício anterior passam a ser tributadas. Para o Sistema OCB, essa medida representa um risco de descaracterização do modelo cooperativo, ao penalizar justamente aquelas instituições que mais contribuem para o desenvolvimento das comunidades em que atuam.
O Sistema OCB reforçou a importância de preservar a natureza diferenciada do cooperativismo dentro da arquitetura financeira nacional, garantindo condições justas para que as cooperativas continuem contribuindo com a inclusão financeira e o crescimento regional. “Nos preocupa o movimento de desincentivar o papel do cooperativismo no Brasil. Um cooperativismo forte, independente do porte da cooperativa, é uma plataforma essencial de desenvolvimento social e econômico, desde os municípios até todo o país”, destacou Márcio de Freitas.
Geraldo Alckmin ouviu atentamente as considerações apresentadas pelas lideranças cooperativistas, reconheceu a importância do tema e se comprometeu a analisar as preocupações levantadas pelo setor cooperativista.
COP30
Mais um passo importante rumo à construção de um futuro mais sustentável e justo: no contexto do Ano Internacional do Cooperativismo, declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2025, o Sistema OCB aproveitou a ocasião para entregar ao vice-presidente o Manifesto do Cooperativismo Brasileiro para a COP30. O Manifesto é uma das contribuições do setor à Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontecerá em novembro, em Belém do Pará. Fruto de um trabalho coletivo que envolveu cooperativas de todo o país, o manifesto apresenta propostas concretas e estruturadas em cinco eixos temáticos, todos alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
Segundo Márcio Freitas, o momento é estratégico para mostrar a força do modelo cooperativista nas soluções climáticas e sociais. “A COP30 é uma oportunidade única para o Brasil mostrar ao mundo que é possível produzir com responsabilidade, incluindo as pessoas e protegendo o meio ambiente. O cooperativismo já faz isso todos os dias, em milhares de comunidades. Nosso manifesto é a voz desse Brasil que dá certo”, afirmou.
A superintendente Tania Zanella destacou a importância de inserir o cooperativismo no centro das decisões globais. “Queremos que as cooperativas sejam reconhecidas como aliadas estratégicas no enfrentamento das mudanças climáticas. As soluções estão nos territórios, nas comunidades que vivem a realidade dos desafios e já constroem caminhos sustentáveis com base na cooperação.”
O manifesto conta é dividido em cinco eixos:
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Segurança alimentar, tecnologia e agricultura de baixo carbono: destaca o papel das cooperativas na produção de alimentos saudáveis com práticas sustentáveis.
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Valorização das comunidades e financiamento climático: propõe ampliar o acesso a recursos para projetos climáticos nas bases cooperativas.
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Transição energética e desenvolvimento sustentável: posiciona o cooperativismo como agente da democratização da energia limpa e renovável.
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Bioeconomia como vetor de desenvolvimento: promove o uso sustentável da biodiversidade e o fortalecimento de cadeias produtivas de base biológica.
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Adaptação e mitigação de riscos climáticos: incentiva práticas resilientes e regenerativas, com foco na proteção de populações vulneráveis.
O Sistema OCB participou ativamente das últimas quatro edições da conferência climática da ONU (COP26, COP27, COP28 e COP29). Agora, com a COP30 em solo brasileiro, o setor busca protagonismo como uma solução viável, democrática e eficaz na construção de uma economia verde e de baixo carbono.
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Sistema OCB apresenta impacto do setor no Brasil e no mundo durante evento do Sicredi
A superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, foi uma das palestrantes da 4ª edição do Summit de Governança do Sicredi, realizado nesta quarta (11), e levou ao público formado por lideranças do cooperativismo financeiro uma visão abrangente e estratégica sobre a atuação do setor no Brasil e no mundo. O evento ocorreu em um momento especialmente simbólico para o movimento: 2025 foi declarado pela ONU como o Ano Internacional das Cooperativas.
Na apresentação, Tania destacou a força do cooperativismo como motor de desenvolvimento econômico e social. Globalmente, o setor reúne 3 milhões de cooperativas, com 1 bilhão de cooperados — o equivalente a 12% da população mundial. As 300 maiores cooperativas do mundo geram um faturamento conjunto de US$ 2,17 trilhões, que as colocaria como a 9ª maior economia do planeta, caso formassem um país.
No Brasil, os números também impressionam: o movimento é composto por 4,5 mil cooperativas, que somam 23,4 milhões de cooperados — cerca de 11% da população brasileira — e 550 mil empregos diretos. Juntas, essas cooperativas movimentaram, em 2023, R$ 692 bilhões em faturamento e acumulam ativos superiores a R$ 1,1 trilhão.
“O cooperativismo brasileiro está presente em 90% dos municípios, gerando impactos concretos na geração de renda, inclusão produtiva, acesso a crédito e fortalecimento da economia regional. É um modelo que entrega resultados e, por isso, precisa ocupar espaço central nas agendas de desenvolvimento”, afirmou Tania.
Ela também destacou o papel das cooperativas de crédito, que hoje têm a maior rede de atendimento entre instituições financeiras do país, com presença em 9 mil pontos de atendimento e exclusividade em 368 municípios, onde nenhuma outra instituição financeira está presente. Esses números demonstram a capacidade única do setor de alcançar populações em áreas remotas e de menor densidade econômica.
No âmbito da Reforma Tributária, Tania ressaltou o trabalho do Sistema OCB junto aos Três Poderes para garantir que o modelo cooperativista seja reconhecido e respeitado nas normas fiscais, preservando sua identidade e diferencial jurídico. O envolvimento do setor nesse processo foi destacado como um exemplo de articulação estratégica, com a mobilização de 10 mil lideranças cooperativistas e o envio de mais de 14 mil manifestações institucionais ao longo das negociações.
“Estamos em um momento único para consolidar o papel das cooperativas como protagonistas de um novo modelo de desenvolvimento. O Ano Internacional das Cooperativas é a nossa chance de mostrar, com dados, práticas e resultados, que somos parte essencial da construção de um Brasil mais justo e sustentável”, disse a superintendente.
O Sistema OCB tem promovido diversas ações para aproveitar o Ano Internacional das Cooperativas como uma vitrine de boas práticas e fortalecimento institucional. Entre os objetivos estão: aumentar a visibilidade do setor, atrair novos cooperados, ampliar o diálogo com os poderes públicos e reforçar a identidade cooperativista entre os próprios associados e colaboradores.
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Superintendente Tania Zanella destaca iniciativas que ampliam o protagonismo do movimento
Com uma mensagem de otimismo e compromisso com o futuro do cooperativismo brasileiro, a superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, encerrou, nesta quarta-feira (11), a Semana de Competitividade 2025. O evento, que reuniu comunicadores de cooperativas e Organizações Estaduais (OCEs), especialistas e influenciadores durante três dias, teve como foco a inovação, a sustentabilidade e o protagonismo na comunicação e no marketing das cooperativas.
Com o tema O que o Sistema OCB pode fazer pela sua coop?, Tania destacou em sua palestra o papel estratégico do Sistema OCB na articulação, formação e fortalecimento do cooperativismo no país. Ela enfatizou que a entidade é composta por três casas: a OCB Nacional, que representa institucional e politicamente o setor; o Sescoop, responsável pela capacitação e desenvolvimento das cooperativas; e a CNCoop, que é o braço sindical do sistema.
A superintendente também falou sobre o mapa do ecossistema cooperativista como um instrumento essencial para visualizar e potencializar as conexões estratégicas que fortalecem o movimento brasileiro. “O Sistema OCB atua de forma sistêmica, em um ciclo contínuo de apoio e impulsionamento às cooperativas, o que torna o movimento mais sustentável, competitivo e inovador. Esse ecossistema é composto por uma ampla rede de parceiros — como fundações, universidades, entidades setoriais, organismos internacionais, startups, o Sistema S, reguladores e os Três Poderes —, além dos clientes, que são peça-chave para o funcionamento e a vitalidade do modelo cooperativista”, explicou.
Ela ressaltou ainda o poder do cooperativismo no país. “Somos mais de 23 milhões de pessoas. A força do cooperativismo brasileiro está na união de nossos esforços e na capacidade de transformar vidas e comunidades por meio do trabalho cooperado”, afirmou Tania, ressaltando a importância da comunicação alinhada aos valores cooperativistas e o protagonismo dos comunicadores no movimento.
Ela também lembrou que a Semana de Competitividade integra as ações do Ano Internacional das Cooperativas, reconhecido pela ONU, e se conecta com a participação brasileira na COP30, destacando o compromisso das cooperativas com a sustentabilidade e as práticas ESG. “O cooperativismo é economicamente viável, socialmente justo e ambientalmente correto. E vamos provar isso ao mundo”, afirmou.
Durante a apresentação, foram detalhados os eixos temáticos que oferecem soluções para apoiar as cooperativas e contribuem para o seu fortalecimento em diversas áreas como governança e gestão, capacitação, inovação, ESG, fomento de negócios e levantamento de dados estratégicos sobre o setor, entre outros.
Tania Zanella também enfatizou conquistas recentes, como o reconhecimento do adequado tratamento tributário ao ato cooperativo na Reforma Tributária, fruto da mobilização de milhares de lideranças e da atuação política do Sistema OCB, que hoje conta com a terceira maior frente parlamentar do país, a Frencoop, com 325 deputados. “A força do cooperativismo está na união e na articulação estratégica entre o Sistema OCB e as cooperativas. Juntos, fazemos um belo barulho”, destacou.
Rede Comunica Coop
Um dos grandes anúncios da última plenária da Semana de Competitividade foi a transformação do grupo de WhatsApp dos comunicadores participantes da Semana de Competitividade em uma comunidade nacional, a Comunica Coop. A iniciativa, reúne em uma única rede, profissionais de comunicação das cooperativas, das organizações estaduais e da unidade nacional do Sistema OCB. “Queremos criar uma comunidade ativa, viva e integrada, que multiplique conhecimento, engajamento e o sentimento de pertencimento ao cooperativismo”, afirmou Tania. A coordenação da nova rede será feita pelas organizações estaduais.
Tania encerrou sua fala convocando todos os presentes a manter viva a energia do evento. “Esse encontro foi só o começo. Agora, cabe a cada um de nós levar essa transformação adiante”, disse, antes de chamar ao palco os comunicadores das organizações estaduais para um momento coletivo de união, encerrando a Semana de Competitividade em clima de celebração e engajamento.
A plenária final reforçou a mensagem de que o Sistema OCB está pronto para apoiar ainda mais as cooperativas na base — com ferramentas práticas, formação continuada, presença política e uma rede de comunicação cada vez mais articulada. “Cooperativismo transforma. E você faz parte dessa história”, finalizou Tania Zanella.
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Ações que conectam pessoas e negócios foram destaque em plenária da Semana de Competitividade
Finalizando três dias repletos de aprendizados e imersão, a Semana de Competitividade trouxe, na manhã desta quarta-feira (11), uma discussão essencial para o futuro do cooperativismo: o papel estratégico da comunicação. Na plenária Comunicar para cooperar: estratégias que conectam pessoas e negócios, especialistas compartilharam suas visões e sugestões práticas sobre como a comunicação pode ser a ponte entre os valores do cooperativismo e o engajamento de públicos diversos.
A mediação ficou por conta de Samara Araujo, gerente de Marketing e Comunicação do Sistema OCB e uma das responsáveis pela produção do livro Comunicação e Marketing no Cooperativismo, lançado no início da plenária. A obra foi elaborada pelo Sistema OCB com o objetivo de apoiar as cooperativas na construção de estratégias de comunicação mais eficazes. Artigos de especialistas, cases inspiradores e orientações práticas sobre os principais pilares da comunicação cooperativista: branding, comunicação, publicidade e propaganda, planejamento, marketing e relacionamento e storytelling foram reunidos com uma linguagem acessível e inspiradora.
Samara resumiu a importância do tema para o setor: “Como mostrar a beleza do nosso modelo cooperativo, seus princípios e valores — e, mais do que isso, a diferença que ele faz na vida das pessoas — sem uma comunicação clara, estratégica e inspiradora?” O painel reuniu Samira Cardoso, CEO da Layer Up e especialista em publicidade; Patrícia Marins, sócia da Oficina Consultoria e referência em gestão de crises de reputação; e Renan Silvestre, fundador da Deep Metrics e especialista em marketing analítico e dados. Juntos, eles apresentaram perspectivas complementares sobre como as cooperativas podem se comunicar melhor em tempos de hiperconexão, múltiplos canais e públicos exigentes.
Com foco em ações práticas, os especialistas abordaram temas como gestão de reputação, publicidade eficaz, uso de dados em estratégias de marketing e os desafios de comunicar com consistência em um setor marcado pela diversidade. Eles reforçaram ainda que comunicar é também uma forma de cooperar. E que, ao dominar a linguagem da conexão e da estratégia, o cooperativismo pode ocupar com mais força e clareza seu espaço no imaginário social — e no coração das pessoas.
O recado final dos especialistas foi de que é necessário conectar planejamento com dados e propósito. Segundo eles, com esses três itens, a comunicação cooperativa, com certeza chegará mais longe e atingirá seus objetivos.
Para a comunicação institucional, Patrícia Marins reforçou que o ecossistema plural do cooperativismo precisa ter uma voz única e trabalhar seu público-alvo de forma segmentada como determina a sociedade hiper conectada da atualidade. “A capilaridade do cooperativismo é um ativo fundamental. E uma voz uníssona também. Mas é importante salientar que a comunicação precisa ser segmentada. Precisa ser feita pelo canal em que o público está. É o que chamo de nanocomunicação”.
Samira lembrou que hoje o usuário trilha seu próprio caminho e que é necessário resgatar insights que tragam o propósito da comunicação como um valor indispensável. “Não são só transações. É necessário criar conexão genuína com o público e isso só acontece se a comunicação conseguir reverberar o propósito do negócio cooperativista”.
Já Renan afirmou que o marketing é uma das principais funções de qualquer organização. E que o uso de dados de forma adequada e estratégica contribui para comprovar essa premissa. “Faz com que possamos nos sentar à mesa de decisões. Então, utilizem os dados para que eles sejam fontes de informação e planejamento imprescindíveis”.
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Cooperativa recebe diagnóstico da Solução Eficiência Energética coordenada pelo Sistema OCB
A Cooperativa Sicredi Celeiro MT/RR recebeu, entre os dias 2 e 5 de junho, a visita técnica da equipe da Solução Eficiência Energética, uma iniciativa do Sistema OCB voltada à promoção de uma gestão energética mais eficiente, consciente e sustentável nas cooperativas.
A ação marcou a Terceira Fase da Solução, com a aplicação de um diagnóstico presencial que abrangeu a sede administrativa da cooperativa e quatro agências localizadas nos municípios de Sinop e Sorriso (MT). O objetivo dessa etapa foi mapear oportunidades de melhoria, padronização de práticas e aumento da eficiência no consumo de energia.
A equipe envolvida na visita contou com representantes da Coordenação Ambiental da Unidade Nacional do Sistema OCB, do Sistema OCB/MT, do Centro Administrativo Sicredi (CAS) e um consultor especializado da empresa Stride.
A partir do diagnóstico, será elaborado um plano de ação com propostas de curto, médio e longo prazos, sempre com o acompanhamento da consultoria técnica. Segundo Raíssa Tavares Cabral, analista administrativo financeiro sênior do CAS, a iniciativa está em sintonia com os valores do Sicredi: “Participar da solução de Eficiência Energética junto ao Sistema OCB reforça o compromisso do Sicredi com a gestão responsável de energia e a sustentabilidade. Avançamos rumo a um consumo mais consciente e eficiente”, afirmou.
Para Márcio Luiz de Abreu, diretor executivo da Sicredi Celeiro MT/RR, a experiência representa mais um passo na trajetória de evolução da cooperativa. “Esse programa mostra a busca constante por melhorias e eficiência. Essa nova proposta nos ajuda a identificar oportunidades e aprimorar processos. O olhar externo nos traz diagnósticos valiosos para continuarmos evoluindo enquanto cooperativa e instituição que gera valor para a sociedade”.
“A atuação do Sistema OCB/MT na implementação da Solução Eficiência Energética reforça o compromisso com a sustentabilidade e o fortalecimento da gestão nas cooperativas. Iniciativas como essa demonstram como a inovação e as boas práticas ambientais podem gerar valor e eficiência para o cooperativismo mato-grossense", complementou a analista ambiental da OCB/MT, Juliane Soares de Avila.
A Solução Eficiência Energética é uma das soluções do Programa ESGCoop e conta, até o momento, com a participação de 15 cooperativas. A visita à Sicredi Celeiro inaugurou a etapa de diagnósticos presenciais, fundamentais para potencializar e afirmar o comprometimento do cooperativismo brasileiro com a redução das emissões de gases de efeito estufa.
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Cooperativismo apresenta ao fundo angolano modelos brasileiros de financiamento agro
O Sistema OCB recebeu, nesta quarta-feira (4), representantes do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário (Fada), órgão vinculado ao governo de Angola, para um intercâmbio técnico sobre modelos brasileiros de financiamento rural e mitigação de riscos no campo. A visita marca o início de uma aproximação entre as instituições, com foco no compartilhamento de boas práticas e possibilidades de cooperação futura.
Durante o encontro, os representantes do Fada demonstraram interesse em compreender mecanismos utilizados no Brasil para promover o crédito a pequenos produtores, especialmente à agricultura familiar, como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e os parâmetros estabelecidos pelo Manual de Crédito Rural. O grupo também buscou entender as formas de mensuração e mitigação de riscos adotadas pelas cooperativas de crédito brasileiras.
Além da apresentação dos modelos cooperativistas de crédito, o Sistema OCB articulou uma agenda para que a missão angolana conheça experiências do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o que amplia as oportunidades de troca institucional e apoio técnico.
Segundo João Penna, coordenador de Relações Internacionais do Sistema OCB, o encontro refletiu o reconhecimento do cooperativismo brasileiro como referência internacional no desenvolvimento do crédito rural e contribuiu para o fortalecimento da cooperação entre ambas as organizações. “A visita do Fada demonstra o interesse em aprender com a experiência das cooperativas brasileiras, que desempenham um papel essencial no acesso ao crédito, especialmente para pequenos produtores e comunidades rurais, e fortalece a cooperação entre o FADA e a OCB , destacou.
Já Thiago Borba, coordenador do Ramo Crédito da entidade, ressaltou a importância da cooperação para impulsionar soluções inovadoras no campo. “O Sistema OCB tem acumulado conhecimento prático na estruturação de crédito rural com responsabilidade e eficiência. Compartilhar essas experiências com outros países fortalece o papel das cooperativas como vetores de desenvolvimento sustentável”, afirmou.
A visita do Fada ao Sistema OCB foi organizada em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e integra uma agenda estratégica de aproximação entre os dois países na área agropecuária, com foco na inclusão produtiva, sustentabilidade e segurança alimentar.
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Mensagem global destaca o papel das cooperativas de crédito no desenvolvimento.
Em 2025, o cooperativismo de crédito mundial tem um novo convite à reflexão, à união e à ação: Cooperação por um mundo próspero. Esse é o tema oficial do Dia Internacional das Cooperativas de Crédito (DICC), divulgado pela World Council of Credit Unions (Woccu).
A data será celebrada no dia 16 de outubro, tradicionalmente na terceira quinta-feira de outubro, como ocorre todos os anos. A escolha do tema reforça a essência do cooperativismo de crédito: gerar prosperidade por meio da cooperação, da inclusão financeira e da valorização das pessoas — pilares que fortalecem comunidades e constroem um futuro mais justo e equilibrado.
Instituído para celebrar as conquistas e o impacto das cooperativas de crédito ao redor do mundo, o DICC é um momento simbólico de reconhecimento ao trabalho que transforma vidas. Com mais de 393 milhões de cooperados em 118 países, segundo dados da Woccu, o sistema de crédito cooperativo é uma força global que cresce com base na confiança, na solidariedade e no compromisso com o bem comum.
O tema de 2025 dialoga com os grandes desafios globais — como redução das desigualdades, sustentabilidade econômica, acesso ao crédito e fortalecimento da cidadania — e posiciona o cooperativismo de crédito como agente ativo de mudança. A mensagem também convida as cooperativas a refletirem sobre seu papel na construção de soluções coletivas, sempre com foco na prosperidade compartilhada.
A identidade visual elaborada pela Woccu, em português, também foi disponibilizada às cooperativas, e o Sistema OCB está trabalhando em uma adaptação própria, que será divulgada em breve — fortalecendo ainda mais a conexão com a realidade brasileira e com a identidade do movimento SomosCoop.
O Dia Internacional das Cooperativas de Crédito é uma iniciativa de longa data, celebrada desde 1948, e se consolidou como uma oportunidade anual de engajar cooperados, dirigentes, colaboradores e comunidades em torno dos valores e princípios do cooperativismo de crédito.
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Recursos tratam da incidência de PIS, Cofins e CSLL sobre os atos cooperativos
O Ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou de pauta os Recursos Extraordinários nº 672.215 e nº 597.315, que discutem a aplicação de PIS, Cofins e CSLL sobre os atos cooperativos. O julgamento, que estava previsto para começar nesta sexta-feira (30/5) no plenário virtual da Suprema Corte, foi adiado e ainda não há definição de nova data para acontecer.
A decisão envolve uma das discussões mais relevantes para o futuro tributário do cooperativismo brasileiro. O julgamento, inserido na sistemática da Repercussão Geral (Temas 536 e 516), terá efeito vinculante, ou seja, o entendimento firmado pelo STF será aplicado a todos os casos semelhantes no país.
O cerne do debate gira em torno da não incidência dos tributos sobre os atos cooperativos, dentro do conceito trazido no art. 79 da Lei 5764/71, que também foi reconhecido constitucionalmente pela reforma tributária, a partir da Emenda Constitucional 132/2024. Na prática, a tese defendida pelo Sistema OCB busca impedir a bitributação e garantir segurança jurídica às operações que ocorrem entre cooperativa e cooperado.
O Sistema OCB atua na ação como amicus curiae, figura jurídica que permite a colaboração técnica no processo, mesmo sem ser parte diretamente interessada. Desde que o julgamento foi pautado, a entidade intensificou sua presença institucional no STF, mantendo interlocução direta com ministros e suas equipes técnicas, além de apresentar memoriais e estudos que evidenciam o impacto da tributação indevida sobre as cooperativas.
Além da atuação direta junto ao Supremo, o Sistema OCB tem mantido interlocução direta com tributaristas representantes de cada ramo do cooperativismo, alinhando estratégias, e também articulou-se com outras entidades que participam do processo como amicus curiae. O Sistema OCB manterá seus canais atualizados com todas as informações sobre uma nova data para julgamento e os próximos passos.