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EVENTOS
07/11/2025
Lideranças cooperativistas discutem cenário econômico em SC
Sistema OCB analisou cenário atual e reforçou o potencial transformador do movimento O cooperativismo como força estratégica para o desenvolvimento econômico e social foi o foco da palestra apresentada por Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, durante o Fórum de Lideranças Cooperativistas, evento realizado nesta quarta-feira (5), em Blumenau (SC). Promovido pelo Núcleo de Cooperativas da Associação Comercial e Industrial de Blumenau (Acib), o fórum reuniu lideranças de diversas cooperativas da região para debater desafios, oportunidades e o futuro do setor. Em sua apresentação, Cenário Econômico Atual – Impactos no Cooperativismo, Débora analisou tendências macroeconômicas, como inflação, taxa de juros e desempenho do PIB, e suas implicações diretas para os diferentes ramos cooperativos. “Vivemos um momento de cautela, mas também de oportunidades. Mesmo com juros altos e leve desaceleração do crescimento, as cooperativas seguem mostrando resiliência e protagonismo, especialmente por estarem próximas das pessoas e entenderem as demandas locais”, destacou. Com base em dados do Ipea, FGV e Banco Central, a gerente explicou que o cenário atual impõe desafios importantes às cooperativas de crédito, consumo e serviços, o que exige planejamento estratégico e inovação. Por outro lado, o bom desempenho da agropecuária e a expectativa de redução gradual da inflação a partir de 2026 abrem espaço para crescimento sustentável. “A perspectiva é de que, em 2026, a inflação se aproxime da meta de 3%. A partir do momento em que o Banco Central sentir essa estabilização, deve começar a queda dos juros, um movimento muito positivo para todos os ramos do cooperativismo”, ressaltou Débora. “Com juros menores, há uma busca maior por crédito: as cooperativas de crédito poderão ampliar a oferta, e os demais ramos terão acesso a financiamentos mais baratos para investir em infraestrutura, tecnologia e pessoas.” Outro ponto destacado foi o atual cenário de pleno emprego, com a taxa de desemprego em torno de 5,7%, considerada saudável para a economia. “Esse contexto reforça a importância de as cooperativas valorizarem seus mais de 550 mil colaboradores, mostrando que trabalham com propósito e geram impacto direto nas comunidades onde atuam”, completou. O encontro também abordou a relevância das redes de intercooperação e da governança colaborativa como fatores-chave para o fortalecimento do movimento. Débora destacou que o cooperativismo brasileiro tem ampliado seu impacto, com mais de 4,3 mil cooperativas, 25,8 milhões de cooperados e R$ 757,9 bilhões em ingressos, conforme dados do Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2025. “Quando olhamos para os números, percebemos que o cooperativismo brasileiro já é uma potência. Mas, mais que isso, ele é um modelo que inspira: mostra que é possível crescer com propósito, gerar riqueza com equidade e conectar prosperidade com sustentabilidade”, concluiu. Além da palestra, o Fórum contou com painéis sobre o papel do cooperativismo no desenvolvimento de Blumenau e reconhecimentos ligados ao Ano Internacional das Cooperativas. Saiba Mais: Coop 2025: encerramento do Ano Internacional conta novo pacto global Cooperativismo brasileiro mostra soluções sustentáveis na COP30 Sistema OCB defende ações urgentes para proteger produtores de leite
SABER COOPERAR
06/11/2025
Na COP30, cooperativas vão mostrar que soluções locais geram impacto global
A capacidade das cooperativas de promover ações sustentáveis e sua forte conexão com as comunidades colocará o movimento cooperativista em destaque na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30). Realizado pela primeira vez no Brasil, em Belém (PA), o evento buscará o comprometimento de líderes mundiais com ações urgentes para conter a crise climática, além da garantia de financiamento para adaptação em regiões e comunidades mais afetadas pelas mudanças do clima.
As cooperativas darão sua contribuição ao debate com soluções concretas em energia limpa, agricultura de baixo carbono, gestão de resíduos, finanças sustentáveis, segurança alimentar e bioeconomia. “Vamos apresentar propostas e posicionamentos construídos coletivamente no Manifesto do Cooperativismo Brasileiro para a COP30 e cases que mostram como ações locais de combate à mudança do clima geram impactos globais”, antecipou o coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, Alex Macedo.
De 10 a 21 de novembro, o cooperativismo participará da COP30 tanto no espaço oficial de negociação, a Blue Zone, quanto na área dedicada à sociedade civil, Green Zone; além de presença estratégica na Agri Zone, organizada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e em eventos de instituições parceiras do coop.
Leia a entrevista completa com o coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, Alex Macedo:
Sistema OCB: Qual será o papel do cooperativismo COP30?
Alex Macedo: A COP30 é o maior evento global sobre mudanças climáticas e, por ser realizada em Belém (PA), no coração da Amazônia, representa um marco simbólico e estratégico para o Brasil. A participação do cooperativismo brasileiro na COP30 tem como objetivo posicionar o setor como parceiro estratégico da transição climática global, reforçando sua contribuição para uma economia de baixo carbono e sua inserção nos mecanismos internacionais de financiamento e governança ambiental.
Em quais espaços as cooperativas brasileiras estarão representadas no evento?
O Sistema OCB coordenará a presença das cooperativas em múltiplos ambientes. Na Agri Zone (Embrapa), por exemplo, teremos o Pavilhão do Cooperativismo, um espaço de 300 metros quadrados (m²) que funcionará por duas semanas com exposições, oficinas, feiras, painéis e encontros institucionais, destacando o papel das cooperativas do agro e do crédito.
Já nosso espaço na Green Zone foi construído em parceria com a ONU. Trata-se de um pavilhão próprio de 100 m² e uma programação de painéis temáticos, alinhados aos eixos do Manifesto do Cooperativismo Brasileiro (transição energética, segurança alimentar, bioeconomia, adaptação climática e financiamento sustentável).
Além disso, teremos na Green Zone participação em painéis promovidos por parceiros como o Consórcio Amazônia, ABDI, CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) e Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). Adicionalmente, haverá presença das coops no Pavilhão Brasil, na Casa do Seguro, reforçando o vínculo entre inovação, mitigação de riscos climáticos e proteção da produção agrícola.
Quais as atividades do Sistema OCB programadas para a COP30?
A programação está estruturada em torno de um plano que combina representação institucional, disseminação de conhecimento e exposição de cases. As atividades confirmadas até agora são:
Painéis temáticos nos espaços oficiais, com a presença de representantes das coops e especialistas em sustentabilidade;
Apresentações de casos de sucesso, selecionados a partir de um edital nacional que recebeu 100 cases de 60 cooperativas;
Exposição e comercialização de produtos e marcas cooperativas nos pavilhões oficiais;
Ações de relacionamento e imprensa, garantindo ampla cobertura midiática e visibilidade internacional;
Eventos comemorativos pelo Ano Internacional das Cooperativas, reforçando o papel do setor como vetor da transição justa e sustentável.
Como foi a escolha dos cases cooperativistas para a COP30?
Selecionamos casos que representam não só inovação e impacto, mas também diversidade de ramos e de territórios. Os critérios de escolha das coops consideram cinco dimensões principais: impacto ambiental mensurável; potencial de replicabilidade e contribuição à agenda climática global; inovação tecnológica e integração com as metas de neutralidade de carbono; engajamento comunitário e inclusão social; e aderência aos eixos do Manifesto do Cooperativismo Brasileiro para a COP30.
Quais são os resultados esperados pelo cooperativismo brasileiro na COP30?
Com a participação das coops, o Sistema OCB busca o reconhecimento e a valorização do cooperativismo como aliado da transição justa. Nesse sentido, o movimento deve ser reconhecido como ator estratégico dessa transição, representando milhões cooperados e produtores – sobretudo pequenos e médios – que estão na base da segurança alimentar, da conservação ambiental e da inovação rural. E um dos motivos é que as cooperativas já desenvolvem soluções práticas de mitigação e adaptação climática, promovendo inclusão, geração de renda e sustentabilidade territorial.
Além disso, esperamos que as cooperativas sejam integradas de forma estruturada à implementação das NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas) e aos espaços de governança climática, em níveis nacional e subnacional, pois essa inclusão amplia a capilaridade e legitimidade das políticas públicas, garantindo que as ações climáticas cheguem aos territórios, propriedades e comunidades locais. Acreditamos que o cooperativismo oferece infraestrutura institucional, escala e capacidade técnica para apoiar metas de energia renovável, bioeconomia, manejo sustentável e restauração de áreas degradadas, consolidando a ideia de que a ação climática eficaz depende da ação coletiva e organizada. Por fim, defendemos que haja financiamento e valorização econômica da sustentabilidade, pois ela precisa ser reconhecida não como custo, mas como modelo de negócio do futuro.
Quais as contribuições do cooperativismo para a agenda climática?
As cooperativas promovem inclusão social, desenvolvimento territorial e organização social nas comunidades onde estão inseridas. A sua capilaridade e o alcance das suas redes de assistência permitem que o cooperativismo se torne uma plataforma poderosa para o financiamento climático e a implementação de práticas sustentáveis em áreas como agricultura, energia renovável, gestão de resíduos e conservação ambiental.
Nas cooperativas agropecuárias, práticas de agricultura de baixo carbono, integração lavoura-pecuária-floresta e uso eficiente da água reduzem emissões e aumentam a resiliência do solo. No setor energético, cooperativas têm instalado usinas solares e biodigestores, para levar energia limpa a comunidades inteiras. No crédito, as coops democratizam o acesso a recursos climáticos e fomentam projetos de descarbonização.
Além disso, o cooperativismo atua na capacitação e conscientização: programas como a Solução Neutralidade de Carbono e os cursos ambientais da plataforma CapacitaCoop têm preparado centenas de cooperativas para medir emissões, desenvolver inventários e criar planos de mitigação.
Portanto, ao integrar a agenda ambiental em suas práticas, as cooperativas desempenham um papel crucial na justiça climática, promovendo a adaptação das comunidades, a mitigação dos impactos ambientais e a ampliação do acesso a recursos e tecnologias mais sustentáveis.
Como esse impacto cooperativo na ação climática se dá em âmbito local?
Ao nascerem das necessidades das próprias comunidades, as cooperativas assumem como prioridade a sustentabilidade do território em que atuam. Em pequenas comunidades rurais, por exemplo, vemos cooperativas que implantam sistemas agroflorestais e projetos de bioeconomia, que conciliam a geração de renda e a preservação da biodiversidade. Em áreas urbanas, cooperativas de catadores transformam resíduos em fonte de renda e reduzem a poluição.
Essas ações locais geram impactos globais. Uma usina solar que abastece uma escola em Santarém (PA) ou uma cooperativa que implanta biodigestores em Assis Chateaubriand (PA), reduzindo custos ou emissões, vão além – elas mostram que é possível um desenvolvimento que respeita os limites do planeta.
O cooperativismo, nesse sentido, é uma verdadeira ponte entre o local e o global: soluções que nascem na comunidade, mas reverberam em todo o planeta. O futuro será cooperativo ou simplesmente não será sustentável, porque só a cooperação é capaz de equilibrar o que produzimos, o que consumimos e o que deixamos como legado.
REPRESENTAÇÃO
06/11/2025
Prêmio SomosCoop 2025 premiará 133 cooperativas
Reconhecimento celebra a melhoria contínua e a excelência em gestão
O Prêmio SomosCoop Excelência em Gestão 2025 finalizou a sua etapa final. No último dia 29 de outubro, foi concluída a quarta fase de avaliação, que definiu as 133 cooperativas finalistas desta edição. Representando 17 estados brasileiros e sete ramos do cooperativismo, as organizações reconhecidas ficam agora na expectativa da cerimônia de premiação, marcada para o dia 9 de dezembro, em Brasília (DF), quando serão reveladas suas faixas de premiações, ouro, prata e bronze.
Realizado pelo Sistema OCB, o prêmio é a maior iniciativa de reconhecimento da excelência em gestão cooperativista no país e destaca boas práticas que fortalecem o desempenho econômico, a governança e o impacto social das cooperativas. A cada ciclo, o processo de avaliação combina análise técnica, feedback especializado, além de possibilitar o reconhecimento da melhoria contínua das cooperativas participantes.
“O SomosCoop Excelência em Gestão tem o propósito de inspirar. Cada cooperativa finalista representa um exemplo de inovação, de eficiência e de compromisso com as pessoas. Esse é o verdadeiro espírito do cooperativismo: evoluir juntos, com base em valores que transformam comunidades e constroem um Brasil mais sustentável”, destaca Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB.
Fortalecimento institucional
Criado em 2013, o prêmio utiliza como referência o Modelo de Excelência da Gestão (MEG), da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), adaptado à realidade das cooperativas. Além dele, outra importante ferramenta é o Manual de Governança Cooperativa do Sistema OCB. A metodologia avalia dimensões essenciais para o desempenho organizacional, como estratégia, governança, sustentabilidade, inovação, resultados e relacionamento com cooperados.
Desde sua criação, o SomosCoop Excelência em Gestão tem se consolidado como um instrumento de fortalecimento institucional, que reconhece resultados econômicos e também o impacto humano e social das cooperativas brasileiras. Em 2025, a edição marca um novo ciclo de amadurecimento do movimento, com destaque para o crescimento do número de participantes e o envolvimento de cooperativas de diferentes estados do país, portes e segmentos.
“As cooperativas que chegam até aqui demonstram que é possível crescer com responsabilidade, valorizar pessoas e inovar sem perder de vista os princípios cooperativistas. A cada edição, reforçamos que a excelência é um caminho coletivo, e o cooperativismo é o melhor exemplo disso”, completa Márcio.
A cerimônia de premiação, em dezembro, reunirá dirigentes, colaboradores e parceiros institucionais em uma celebração ao desempenho e à força do cooperativismo brasileiro. O evento também marcará o lançamento de novas iniciativas voltadas ao fortalecimento da gestão e competitividade das cooperativas, em linha com a agenda estratégica do Sistema OCB para o próximo ciclo.
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Coop 2025: encerramento do Ano Internacional conta novo pacto global
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EVENTOS
06/11/2025
Sistema OCB abre Semana Estratégica do Cooperativismo Cafeeiro em BH
Evento reúne produtores, compradores e lideranças para impulsionar negócios e visibilidade do setor
O Sistema OCB deu início, nesta terça-feira (4), à Semana Estratégica do Cooperativismo Cafeeiro, em Belo Horizonte (MG) e marcou o início de uma programação voltada à promoção internacional do café cooperativo e à valorização das cooperativas como protagonistas do desenvolvimento sustentável do setor. A abertura reuniu lideranças, compradores internacionais e representantes de instituições parceiras, em um jantar de integração que também serviu como seminário técnico sobre o mercado global do café.
A iniciativa integra uma agenda que se estende até sexta-feira (7), dentro da Semana Internacional do Café (SIC 2025), evento que é referência mundial para o setor. Além das ações de relacionamento e promoção comercial, a programação inclui a 1ª Rodada Internacional de Negócios para Cooperativas Produtoras de Café e uma visita técnica à Cooperativa Cogran, em Pará de Minas (MG).
Durante a abertura, o analista do Ramo Agropecuário do Sistema OCB, Rodolfo Jordão, apresentou o panorama do cooperativismo cafeeiro brasileiro e destacou sua relevância econômica, social e ambiental para o país.
Segundo ele, mais de 55% da produção nacional de café tem origem em cooperativas, o que demonstra o papel central do modelo na competitividade e sustentabilidade da cafeicultura. “O futuro do agronegócio brasileiro passa pelo café e pelo cooperativismo. O que as cooperativas fazem é agregar valor, garantir sustentabilidade e manter o produtor no campo, com dignidade e oportunidades. Nosso desafio agora é ampliar a presença internacional e mostrar que o café cooperativo brasileiro é sinônimo de qualidade e compromisso com o desenvolvimento social”, afirmou Rodolfo.
O especialista também ressaltou que o fortalecimento da governança, o acesso a certificações globais e o investimento em inovação são fatores que têm impulsionado a profissionalização das cooperativas de café. “O cooperativismo oferece um modelo de negócios coletivo e sustentável, capaz de gerar prosperidade econômica e impacto social. A Semana Estratégica é uma vitrine dessa força: conecta produtores e compradores, amplia mercados e mostra que o café cooperativo é competitivo em qualquer cenário”, completou.
A coordenadora de Négocios do Sistema OCB, Pamella Viana, ressaltou a importância estratégica da iniciativa, que conecta o cooperativismo cafeeiro brasileiro a compradores internacionais e reforça a competitividade do modelo no cenário global. “Receber compradores internacionais logo na abertura da Semana é uma oportunidade de mostrar, na prática, que o cooperativismo brasileiro não é apenas um modelo de organização, mas um diferencial competitivo: ele garante origem, confiabilidade, escala e sustentabilidade ao café que chega ao mercado global”.
1ª Rodada Internacional de Negócios
Nesta quarta-feira (5), o Sistema OCB promoveu, por meio do Programa NegóciosCoop Mercado Internacional, a 1ª Rodada Internacional de Negócios para Cooperativas Produtoras de Café, na Semana Internacional do Café (SIC 2025), no Expominas, em Belo Horizonte.
A ação reuniu 12 cooperativas brasileiras e dez compradores internacionais, criando um ambiente de integração e oportunidades concretas de negócios e parcerias. Entre as participantes estão cooperativas de Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo, estados que concentram as maiores exportadoras de café cooperativo do país. Ao final, foram realizadas 113 reuniões entre compradores e cooperativas.
Visita técnica à Cogran
Na quinta-feira (6), acontece uma visita técnica à Cooperativa Cogran. O encontro permitirá que os compradores internacionais conheçam de perto o modelo de gestão e de produção das cooperativas brasileiras.
Durante a visita, os participantes poderão dialogar com dirigentes e cooperados sobre governança, comercialização e boas práticas sustentáveis, além de observar, na prática, o impacto positivo do cooperativismo na geração de renda e na preservação ambiental.
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Todos os ramos
Agropecuário
Consumo
Crédito
Infraestrutura
Saúde
Seguros
Trabalho, Produção de Bens e Serviços
Transporte
REPRESENTAÇÃO
06/11/2025
Senado aprova por unanimidade isenção para rendas de até R$ 5 mil
Decisão mantém incentivos ao cooperativismo e ao agronegócio; texto segue para sanção
O Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (5), por unanimidade, o Projeto de Lei 1.087/2025, que reformula a cobrança do Imposto de Renda (IR) no país. A proposta, aprovada poucas horas antes pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), segue agora para sanção presidencial e deve entrar em vigor em janeiro de 2026.
A nova legislação eleva a faixa de isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil por mês, amplia as deduções para rendas de até R$ 7.350 e cria uma tributação mínima sobre altas rendas, acima de R$ 600 mil anuais. O texto também estabelece que lucros e dividendos superiores a R$ 50 mil mensais serão tributados em 10%, preservando, no entanto, a isenção para lucros Carlos Moura/Agência Senado apurados até 31 de dezembro de 2025, ainda que pagos até 2028.
De acordo com o relator da matéria, senador Renan Calheiros (AL), as mudanças buscam corrigir distorções históricas do sistema tributário brasileiro e promover justiça fiscal. A votação em Plenário manteve a versão aprovada pela Câmara dos Deputados, apenas com ajustes de redação, para evitar que o projeto retornasse para nova análise.
Benefícios e preservação de incentivos produtivos
Além de ampliar a isenção do IR para trabalhadores e fortalecer o poder de compra da população, o PL 1.087/2025 mantém a isenção para investimentos produtivos, como Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro). Também seguem isentos rendimentos de títulos voltados à infraestrutura e pesquisa, como debêntures de infraestrutura, FIPs de inovação e Fundos de Investimento Imobiliário (FII).
Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas a aprovação representa um avanço relevante para o cooperativismo e a economia nacional. “A aprovação da reforma do Imposto de Renda é uma medida que traz mais previsibilidade e equilíbrio ao ambiente de negócios, especialmente para o cooperativismo. Ao ajustar a tributação e garantir isenção para rendas mais baixas, o país avança em justiça fiscal e amplia o poder de consumo das famílias, o que também movimenta as economias locais e as cooperativas. É um passo importante para fortalecer um sistema tributário mais simples e coerente com o crescimento sustentável do Brasil”, afirmou.
Ele também ressaltou a importância da manutenção de dispositivos voltados a investimentos produtivos. “A inclusão de dispositivos que resguardam investimentos ligados ao agronegócio e ao mercado imobiliário é uma conquista relevante para setores que têm forte presença cooperativista. Essa segurança jurídica incentiva o investimento responsável e dá fôlego às cooperativas para continuarem gerando emprego, renda e desenvolvimento regional”, completou.
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REPRESENTAÇÃO
06/11/2025
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Reconhecimento celebra a melhoria contínua e a excelência em gestão
O Prêmio SomosCoop Excelência em Gestão 2025 finalizou a sua etapa final. No último dia 29 de outubro, foi concluída a quarta fase de avaliação, que definiu as 133 cooperativas finalistas desta edição. Representando 17 estados brasileiros e sete ramos do cooperativismo, as organizações reconhecidas ficam agora na expectativa da cerimônia de premiação, marcada para o dia 9 de dezembro, em Brasília (DF), quando serão reveladas suas faixas de premiações, ouro, prata e bronze.
Realizado pelo Sistema OCB, o prêmio é a maior iniciativa de reconhecimento da excelência em gestão cooperativista no país e destaca boas práticas que fortalecem o desempenho econômico, a governança e o impacto social das cooperativas. A cada ciclo, o processo de avaliação combina análise técnica, feedback especializado, além de possibilitar o reconhecimento da melhoria contínua das cooperativas participantes.
“O SomosCoop Excelência em Gestão tem o propósito de inspirar. Cada cooperativa finalista representa um exemplo de inovação, de eficiência e de compromisso com as pessoas. Esse é o verdadeiro espírito do cooperativismo: evoluir juntos, com base em valores que transformam comunidades e constroem um Brasil mais sustentável”, destaca Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB.
Fortalecimento institucional
Criado em 2013, o prêmio utiliza como referência o Modelo de Excelência da Gestão (MEG), da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), adaptado à realidade das cooperativas. Além dele, outra importante ferramenta é o Manual de Governança Cooperativa do Sistema OCB. A metodologia avalia dimensões essenciais para o desempenho organizacional, como estratégia, governança, sustentabilidade, inovação, resultados e relacionamento com cooperados.
Desde sua criação, o SomosCoop Excelência em Gestão tem se consolidado como um instrumento de fortalecimento institucional, que reconhece resultados econômicos e também o impacto humano e social das cooperativas brasileiras. Em 2025, a edição marca um novo ciclo de amadurecimento do movimento, com destaque para o crescimento do número de participantes e o envolvimento de cooperativas de diferentes estados do país, portes e segmentos.
“As cooperativas que chegam até aqui demonstram que é possível crescer com responsabilidade, valorizar pessoas e inovar sem perder de vista os princípios cooperativistas. A cada edição, reforçamos que a excelência é um caminho coletivo, e o cooperativismo é o melhor exemplo disso”, completa Márcio.
A cerimônia de premiação, em dezembro, reunirá dirigentes, colaboradores e parceiros institucionais em uma celebração ao desempenho e à força do cooperativismo brasileiro. O evento também marcará o lançamento de novas iniciativas voltadas ao fortalecimento da gestão e competitividade das cooperativas, em linha com a agenda estratégica do Sistema OCB para o próximo ciclo.
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REPRESENTAÇÃO
Coops ganham destaque em ranking das marcas mais valiosas do Brasil
Sicoob, Sicredi e Aurora figuram em lista nacional que valoriza reputação, propósito e confiança
Três marcas cooperativas estão entre as 50 mais valiosas do Brasil em 2025, segundo o ranking divulgado pelo InfoMoney em parceria com TM20 Branding, Brazil Panels e Elos Ayta. As coops Sicoob, Sicredi e Aurora foram reconhecidas por sua solidez, reputação e capacidade de traduzir propósito em valor econômico.
A lista, lançada nesta segunda-feira (3), durante evento na ESPM, em São Paulo, mede o valor das marcas com base em desempenho financeiro e percepção do consumidor. O estudo segue as diretrizes da norma internacional ISO 10668, referência mundial em avaliação de marcas, e evidencia que inovação, confiança e propósito seguem como os principais motores de valor em 2025.
“Ver três cooperativas entre as marcas mais valiosas do país é motivo de orgulho para todo o movimento. É o reconhecimento de um modelo econômico que alia desempenho com impacto social e que cresce baseado em confiança, participação e transparência”, destaca Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB.
Coop que gera valor
Na 13ª posição geral, o Sicoob aparece com valor de marca estimado em R$ 10,55 bilhões, consolidando-se como uma das principais instituições financeiras cooperativas do país. O resultado reflete o crescimento consistente do sistema, que hoje reúne mais de 8 milhões de cooperados e mais de 4 mil pontos de atendimento em todo o território nacional.
Logo depois, na 24ª posição, o Sicredi reforça o peso do cooperativismo financeiro entre as grandes marcas brasileiras, com R$ 4,8 bilhões em valor de marca. O reconhecimento traduz o fortalecimento do relacionamento com seus 7,5 milhões de associados e o compromisso com o desenvolvimento regional e sustentável.
Fechando o trio de destaques, a Aurora Alimentos ocupa a 33ª colocação, com valor estimado em R$ 3,38 bilhões. A marca, referência na agroindústria cooperativa, reflete o sucesso de um modelo que alia inovação, governança e presença nacional, com produtos que carregam a identidade do campo e o trabalho de milhares de cooperados.
Reputação como ativo estratégico
De acordo com o estudo da TM20 Branding, o valor das marcas foi calculado a partir de três pilares: resultados financeiros, força da marca e percepção do público. Em comum, as cooperativas se destacam pela confiabilidade, pela proximidade com seus públicos e pela coerência entre discurso e prática, fatores que transformam reputação em ativo econômico. O levantamento analisou 208 marcas em 26 categorias.
“Esse resultado também mostra o trabalho de comunicação das cooperativas, que tem investido em posicionamento, consistência e presença de marca, sem renunciar aos seus valores de origem. Hoje, o consumidor reconhece o cooperativismo como sinônimo de confiança, proximidade e propósito”, afirma Samara Araujo, gerente de Marketing e Comunicação do Sistema OCB.
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05/11/2025
REPRESENTAÇÃO
Sistema OCB defende ações urgentes para proteger produtores de leite
Em audiência pública, entidade defendeu revisão de medidas antidumping e equilíbrio de mercado
O Sistema OCB destacou, em audiência pública realizada nesta terça (5), na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, a urgência de medidas concretas para assegurar segurança jurídica, equilíbrio de mercado e condições justas de concorrência aos produtores de leite, especialmente os pequenos e médios cooperados.
Para o analista da Gerência de Relações Institucionais do Sistema OCB, Fernando Pinheiro, o momento exige atenção e ação coordenada entre governo, Parlamento e setor produtivo. Ele ressaltou que, mesmo diante de desafios, a cadeia do leite tem Vinicius Loures/Câmara dos Deputadosdemonstrado capacidade de resposta e potencial de crescimento. “A relevância dessa cadeia dentro do movimento cooperativista é enorme. Quando as condições são favoráveis, o produtor responde. No primeiro semestre, tivemos aumento de 6% na produção. Isso mostra que o setor tem força e pode melhorar muito mais, desde que tenha segurança e estabilidade”, afirmou.
Fernando reforçou que o cooperativismo já atua de forma organizada e eficiente na estruturação da cadeia láctea, mas depende de um ambiente competitivo equilibrado para continuar avançando. “O Brasil não será o primeiro nem o único país a defender sua cadeia produtiva de leite. Isso acontece no mundo inteiro. Todos se protegem, porque o leite gera emprego, renda e desenvolvimento regional. Quando o produtor sofre, a cooperativa também sofre, e o impacto chega à agroindústria e ao emprego no campo”.
Entre as ações urgentes, o representante do Sistema OCB destacou a necessidade de o governo rever o entendimento aplicado à petição antidumping apresentada pela CNA contra importações de leite em pó da Argentina e do Uruguai. Segundo ele, o processo seguiu rigorosamente o regulamento do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), mas encontra-se ameaçado por uma mudança de interpretação adotada após mais de 20 anos de estabilidade no procedimento. “O setor fez o que foi solicitado: apresentou a petição de forma técnica e transparente. Agora, é essencial que o governo revise o entendimento e aplique as medidas cautelares cabíveis. Essa é uma solução concreta, possível e dentro das regras. O que precisamos é de agilidade”, pontuou.
O analista também defendeu o fortalecimento de ações privadas de gestão e modernização ao longo de toda a cadeia, como a melhoria da gestão das propriedades e a qualificação da mão de obra. “O cooperativismo está pronto para continuar contribuindo com inovação e eficiência, mas precisa de segurança para seguir investindo e sustentando milhares de produtores que dependem da atividade”, completou.
Em apoio às preocupações do setor, o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e integrante da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), deputado Pedro Lupion (PR), reforçou a gravidade da situação enfrentada pelos produtores de leite em todo o país. “Estamos vendo produtores desesperados, vacas sendo abatidas e famílias abandonando a atividade. Isso não é normal nem justificável. É inaceitável que 1,6 bilhão de litros de leite estejam entrando no Brasil importados, derrubando o preço interno e comprometendo a subsistência dos produtores”, afirmou.
O parlamentar cobrou uma resposta urgente do governo à reivindicação das entidades representativas do setor, entre elas o Sistema OCB, para conter as importações e aplicar as medidas antidumping já protocoladas. “Não existe justificativa técnica para essa demora. A CNA apresentou todos os dados e cumpriu as exigências do MDIC. O que falta é decisão política. Precisamos proteger nossa produção nacional, garantir competitividade e preservar os empregos e a renda das famílias que vivem do leite”, completou.
Durante a audiência, Lupion também destacou a tramitação de projetos de lei voltados à proteção do setor lácteo, como o PL 4.309/2023, que proíbe a reconstituição de leite em pó importado para venda como leite fluido, e o PL 1.999/2024, que proíbe a fabricação e comercialização de leite sintético no Brasil.
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05/11/2025
REPRESENTAÇÃO
Congresso Nacional aprova reforma do setor elétrico
Mobilização garantiu exclusão de dispositivo que ameaçava sustentabilidade das coops de infraestrutura
Em mais uma conquista para o cooperativismo de infraestrutura, o Congresso Nacional concluiu, nesta quinta-feira (30), a deliberação da Medida Provisória 1304/2025, que trata da reforma do setor elétrico, sem incluir o dispositivo proposto pelo Ministério da Fazenda que extinguia a subvenção por baixa densidade de carga. A retirada do trecho, que representava forte ameaça à sobrevivência das cooperativas de energia, foi resultado de intensa mobilização do Sistema OCB, com apoio fundamental dos parlamentares da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), da Confederação Nacional das Cooperativas de Infraestrutura (INFRACOOP), além da atuação estratégica das Organizações Estaduais. A MP segue para sanção ou veto do Poder Executivo.
A proposta da Fazenda previa o fim gradual, em até quatro anos, da subvenção que beneficia concessionárias de pequeno porte e cooperativas permissionárias que operam em áreas rurais e de baixa densidade populacional, regiões onde é necessário manter extensas redes para atender poucos consumidores.
Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, o resultado é uma vitória coletiva e reafirma a importância do diálogo permanente com o Parlamento. “As cooperativas de energia cumprem um papel essencial na inclusão energética e no desenvolvimento regional. A manutenção da subvenção é um reconhecimento de que esse modelo funciona, garante tarifas acessíveis e leva qualidade de vida ao interior do Brasil. Essa conquista é fruto da união do movimento cooperativista e da sensibilidade dos parlamentares que compreenderam a relevância do tema”, destacou.
A articulação em torno da MP foi conduzida pelo Sistema OCB desde a apresentação do texto original, em diálogo constante com o relator, senador Eduardo Braga (AM), e com lideranças parlamentares. A atuação conjunta da Frencoop e da Infracoop foi decisiva para sensibilizar o Congresso quanto aos impactos negativos da proposta do Ministério da Fazenda.
O deputado Arnaldo Jardim (SP), presidente da Frencoop, foi um ator-chave na atuação em prol do cooperativismo junto ao relator da Medida Provisória. Jardim ressaltou que o resultado mostra a força do cooperativismo quando há mobilização e clareza técnica. “O texto aprovado respeita as especificidades das cooperativas de energia e mantém um instrumento fundamental para o equilíbrio econômico e a inclusão energética. Essa é uma vitória de todos que acreditam em um Brasil mais justo e conectado”, afirmou.
O apoio expressivo da Frencoop, da Infracoop e das Organizações Estaduais fortaleceu a mobilização e garantiu que as especificidades das cooperativas fossem respeitadas no texto final. Entre os parlamentares que estiveram à frente das negociações, e foram fundamentais na defesa do setor durante as discussões, estão a deputada Geovania de Sá (SC), os deputados Heitor Schuch (RS), Tião Medeiros (PR), Bohn Gass (RS) e Covatti Filho (RS), além dos senadores Luis Carlos Heinze (RS) e Esperidião Amin (SC).
Além da subvenção por baixa densidade, a MP 1304 aborda outros pontos da reforma do setor elétrico, como o Encargo de Complemento de Recursos e as exceções na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). O Sistema OCB continuará acompanhando de perto os desdobramentos do tema.
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31/10/2025
REPRESENTAÇÃO
Comissão do Senado aprova inclusão das cooperativas no Pronampe
Proposta amplia acesso ao crédito e reconhece papel do movimento no fortalecimento da economia
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (22), o Projeto de Lei (PL) 2.147/2021, que inclui as cooperativas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões entre os beneficiários do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). A medida representa um avanço importante para o cooperativismo, que passa a ter acesso a uma das principais políticas públicas de crédito voltadas a pequenos negócios no país. De autoria do senador Jaques Wagner (BA) e com relatoria do senador Omar Aziz (AM), o texto segue agora para a Câmara dos Deputados, caso não haja recurso para votação no Plenário do Senado.
Andressa Anholete/Agência SenadoO Sistema OCB comemorou a aprovação da proposta. Para a superintendente, Tania Zanella, a medida representa um passo importante na busca por um ambiente de crédito mais inclusivo. "Ao incluir as cooperativas no Pronampe, o Senado reconhece que o modelo de negócio é essencial para impulsionar o desenvolvimento sustentável, gerar empregos e fortalecer as economias regionais”, avaliou.
A superintendente destacou ainda que o acesso das cooperativas ao programa permitirá que milhares de empreendimentos ampliem sua capacidade de investimento e inovação. “As cooperativas são agentes de transformação econômica e social. Essa conquista reflete o esforço contínuo do Sistema OCB em defender políticas públicas que tratem com equidade as diferentes formas de organização produtiva”, completou.
Apoio a micro e pequenas empresas
Criado em 2020, durante a pandemia da Covid-19, o Pronampe surgiu como uma ferramenta de apoio às micro e pequenas empresas, com oferta de juros reduzidos, prazos estendidos para pagamento e garantia de crédito via Fundo de Garantia de Operações (FGO). Com o novo projeto, as pequenas cooperativas passam a ter acesso às mesmas condições, o que permitirá investir em capital de giro, modernização de estruturas produtivas e expansão de atividades.
Para o autor da proposta, o objetivo é corrigir uma lacuna que há anos limita o acesso das cooperativas a políticas públicas de crédito. “Atualmente, menos de 12% das cooperativas conseguem acessar as linhas de financiamento existentes, o que restringe seu potencial de geração de renda e emprego, especialmente em regiões mais afastadas dos grandes centros”, afirmou Jacques Wagner, membro da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop).
Omar Aziz destacou que a ampliação do Pronampe para as cooperativas tem forte impacto social e econômico. Segundo ele, o programa é fundamental para manter e criar postos de trabalho, sobretudo nos setores agrícola, de serviços e de produção, nos quais as cooperativas têm atuação expressiva. “O Pronampe tem se mostrado uma política pública eficiente para enfrentar períodos de crise e fomentar o desenvolvimento local. Incluir as cooperativas é ampliar o alcance social do programa e reconhecer o papel que elas já cumprem na economia nacional”, declarou.
Com a aprovação do PL 2.147/2021, as cooperativas passarão ter acesso a linhas de crédito com juros reduzidos, prazos estendidos — com possibilidade de carência de até 12 meses — e cobertura pelo FGO, que facilita a contratação ao diminuir as exigências de garantias.
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Pesquisa revela efetividade da CapacitaCoop
22/10/2025
REPRESENTAÇÃO
Pesquisa revela efetividade da CapacitaCoop
Dados mostram que 99,5% dos alunos apontaram avanços na vida profissional e pessoal após cursos
Um número traduz a força da educação cooperativista no Brasil: 99,5% dos participantes da Pesquisa de Efetividade 2025 reconheceram que os cursos da CapacitaCoop contribuíram diretamente para o seu aprendizado pessoal e profissional. E também que, por trás desse percentual, está uma transformação que supera a qualificação técnica — ela alcança valores, comportamentos e o sentimento de pertencimento que move o cooperativismo.
Realizada pelo Sistema OCB, a pesquisa ouviu 220 alunos que concluíram cursos autoinstrucionais entre janeiro e dezembro de 2024, com carga horária mínima de 10 horas. O estudo teve como meta mensurar a efetividade da formação oferecida pela plataforma nas dimensões educacional, profissional e sociocultural. Para isso, foram analisados a satisfação e a aplicação do conhecimento na rotina e no desenvolvimento das cooperativas.
“Os resultados mostram que os cursos da CapacitaCoop são transformadores. Eles fortalecem competências, inspiram novas posturas e reforçam o propósito coletivo que sustenta o cooperativismo”, afirma Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB.
Ainda segundo ela, o dado de que 95% dos respondentes aplicaram os conhecimentos adquiridos na vida pessoal ou profissional, demonstra que a CapacitaCoop cumpre um papel essencial na qualificação de colaboradores, dirigentes e cooperados. “A cada novo curso concluído, cresce também a capacidade de inovação e a eficiência dentro das cooperativas — um resultado que se reflete na qualidade dos serviços, no fortalecimento da governança e no desenvolvimento regional”, acrescenta.
Os dados também apontam que 91% dos participantes passaram a adotar novas posturas e habilidades em seu cotidiano, um dos indicadores mais expressivos da pesquisa. Entre os depoimentos, é comum encontrar relatos de quem aprimorou sua atuação, conquistou novas responsabilidades e desenvolveu maior segurança na tomada de decisões.
“Os cursos ampliaram meu olhar sobre o cooperativismo e me ajudaram a melhorar minha atuação como conselheiro”, relata um dos alunos entrevistados. Outro destaca que o conteúdo o inspirou a promover mudanças na própria cooperativa, reforçando a importância de um aprendizado voltado à prática. “Esse é o verdadeiro sentido da educação cooperativista: formar pessoas capazes de aplicar o conhecimento em benefício coletivo. Cada avanço individual reverbera em todo o sistema”, ressalta Débora.
Formação que inspira e engaja
Mais do que qualificar, a CapacitaCoop desperta engajamento. Segundo a pesquisa, 86% dos participantes afirmaram que os cursos despertaram o interesse em se envolver mais com o cooperativismo, seja como colaboradores ou cooperados — um índice que confirma o poder mobilizador da educação como ferramenta de pertencimento e transformação social.
Além disso, 95,5% dos alunos disseram ter reforçado o entendimento sobre a importância do cooperativismo para a sociedade, mostrando que o conteúdo dos cursos transcende o aspecto técnico e consolida os princípios e valores do movimento. “Os depoimentos revelam uma relação emocional com o cooperativismo. Muitos participantes relatam orgulho em fazer parte do movimento e vontade de multiplicar o conhecimento adquirido. Isso significa que estamos formando agentes de transformação”, destaca Cláudia Moreno, coordenadora da Gerência de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB.
Cláudia explica que o estudo foi pensado para ir além da mensuração quantitativa, buscando compreender a jornada dos alunos após a formação. “Queríamos saber se o aprendizado gerou mudanças efetivas — e os resultados mostram que sim, tanto no desempenho profissional quanto no comportamento pessoal”, complementa.
Um retrato do público que faz o cooperativismo acontecer
A pesquisa também traçou o perfil dos alunos da CapacitaCoop. A maioria é composta por empregados de cooperativas (52,2%), seguidos por cooperados (15,9%) e dirigentes eleitos (8,4%) — o que demonstra a forte aderência da plataforma junto à base do movimento. Regionalmente, a concentração de respondentes foi maior nas regiões Sudeste (37,7%), Centro-Oeste (27,7%) e Sul (24%), representando mais de 89% do total.
O perfil etário dos alunos é outro dado relevante: mais de 85% pertencem às gerações X e Millennials, públicos que buscam formação contínua, flexível e voltada a resultados práticos — uma característica plenamente atendida pelos cursos autoinstrucionais da plataforma, que combinam recursos multimídia, conteúdos atualizados e trilhas adaptadas à realidade de cada ramo do cooperativismo.
Educação como valor social
Os depoimentos qualitativos reforçam o impacto humano da formação. Entre as falas analisadas, há relatos de alunos que se tornaram disseminadores dos valores cooperativistas em suas comunidades, que fortaleceram suas relações interpessoais e que encontraram na CapacitaCoop um estímulo para seguir aprendendo. “Fiquei impactada com o cooperativismo”, relatou uma participante. Outro declarou: “Tornei-me uma multiplicadora dos princípios cooperativos”.
Essas percepções revelam o alcance social da plataforma — uma educação que não se encerra na plataforma virtual, mas se estende para as famílias, as comunidades e o ambiente de trabalho. “Quando falamos de efetividade, estamos falando de transformação — de pessoas que passam a agir de forma mais colaborativa, ética e consciente. É isso que diferencia a educação cooperativista das demais”, reforça Cláudia Moreno.
Aprimoramento contínuo
Apesar dos índices amplamente positivos, a pesquisa também identificou pontos de atenção, como a necessidade de aprofundar conteúdos voltados ao avanço de carreira e à aplicabilidade direta dos conhecimentos em determinadas funções. Para o Sistema OCB, esse diagnóstico é essencial para o aperfeiçoamento contínuo dos cursos e o desenho de novas trilhas de aprendizagem. “Queremos que cada formação seja uma experiência significativa, que una propósito, aprendizado e resultado. O cooperativismo é um movimento de pessoas, e é nelas que precisamos continuar investindo”, conclui Débora Ingrisano.
Com mais de 210 mil matrículas concluídas desde o lançamento da plataforma em 2020 e uma comunidade ativa de aprendizes espalhada por todo o país, a Pesquisa de Efetividade 2025 confirma que o conhecimento compartilhado na Capacitacoop vai além da formação básica — ele inspira, conecta e transforma, ajudando o Sistema OCB a cumprir sua missão de fortalecer o cooperativismo como modelo de desenvolvimento sustentável, inclusivo e humano”, acrescenta Cláudia Moreno.
Os cursos da CapacitaCoop são gratuitos e abertos a todos os interessados em aprofundar seus conhecimentos sobre cooperativismo, gestão e inovação. Acesse a plataforma e descubra como o aprendizado pode transformar o seu jeito de cooperar.
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20/10/2025
REPRESENTAÇÃO
Coop integra coalização e cobra votação dos vetos ao licenciamento
Cancelamento da sessão conjunta do Congresso Nacional é criticada pelo setor produtivo
O Sistema OCB, junto a outras entidades representativas do setor produtivo nacional, assinou nota oficial manifestando descontentamento com o cancelamento da sessão conjunta do Congresso Nacional que analisaria os vetos presidenciais à Lei Geral do Licenciamento Ambiental. O adiamento, segundo a Coalizão das Frentes Produtivas, representa um retrocesso no diálogo entre os setores econômicos e o poder público, comprometendo o avanço de um marco regulatório essencial para o desenvolvimento sustentável do país.
A decisão de postergar a deliberação — tomada após apelo do governo — frustrou expectativas de diversos segmentos produtivos, que há meses se mobilizam em favor de uma legislação moderna e equilibrada. A Coalizão defende que a Lei Geral do Licenciamento Ambiental seja mantida em sua integridade, de forma a garantir segurança jurídica, previsibilidade e respeito ao pacto federativo, bem como permitir que estados e municípios exerçam com clareza seu papel no processo de licenciamento.
O grupo alerta ainda que os vetos presidenciais descaracterizam a estrutura da lei, o que compromete sua aplicação prática e gera insegurança regulatória. Com a entrada em vigor prevista para fevereiro de 2026, a ausência de dispositivos centrais poderá deixar entes federativos sem base legal clara para conduzir licenciamentos e abrir espaço para paralisações de obras, empreendimentos e atividades essenciais em todo o país.
Para a superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, a manutenção do diálogo e o fortalecimento da legislação ambiental equilibrada são fundamentais para o futuro do Brasil. “O cooperativismo sempre defendeu o desenvolvimento sustentável, com equilíbrio entre produção e preservação. O que o setor produtivo busca é uma lei que traga segurança jurídica e eficiência, permitindo que o país cresça de forma responsável. O adiamento da votação representa um passo atrás nesse esforço coletivo”, destacou.
A nota reforça que a defesa da apreciação dos vetos não trata de uma disputa entre economia e meio ambiente, mas da construção de um caminho conjunto para o crescimento com responsabilidade. “O Brasil precisa de estabilidade regulatória para continuar gerando emprego, renda e inovação, sem abrir mão da sustentabilidade”, conclui o texto.
A manifestação é assinada por 12 frentes parlamentares, entre elas a Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), que integra a Coalizão das Frentes Produtivas.
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17/10/2025
Todos os ramos
Agropecuário
Consumo
Crédito
Infraestrutura
Saúde
Seguros
Trabalho, Produção de Bens e Serviços
Transporte
INOVAÇÃO
04/09/2025
InovaCoop lança área dedicada ao uso da Inteligência Artificial
Nova seção reúne conteúdo e facilita acesso de cooperativas a ferramentas e casos de sucesso
A inteligência artificial (IA) já faz parte da rotina de diversas cooperativas brasileiras e agora ganhou um espaço exclusivo no InovaCoop. A plataforma de inovação do cooperativismo lançou a aba Saiba Mais IA, que reúne conteúdos acessíveis e práticos para apoiar cooperativas de todos os ramos na adoção dessa tecnologia.
O novo espaço chega para facilitar a vida de dirigentes, colaboradores e cooperados interessados em entender como aplicar a IA em processos, serviços e estratégias de negócios. Nele é possível encontrar desde guias básicos até materiais mais avançados sobre temas como engenharia de prompt, governança de dados, uso de ferramentas gratuitas e pagas, além de vídeos explicativos.
Segundo Guilherme Souza Costa, gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB, a iniciativa tem como objetivo democratizar o acesso ao conhecimento. “A inteligência artificial não é uma solução mágica. Ela gera bons resultados quando está alinhada ao propósito da cooperativa e apoiada em dados estruturados. O Saiba Mais IA foi pensado justamente para oferecer conteúdos claros, práticos e úteis, que ajudem as cooperativas a avançarem nessa jornada de forma estratégica”, afirma.
Casos inspiradores
A nova aba também apresenta exemplos concretos do uso da inteligência artificial no cooperativismo. Um dos destaques é a Unimed Grande Florianópolis, que implementou o Robô Laura, sistema de IA capaz de monitorar em tempo integral sinais vitais de pacientes. A tecnologia identifica riscos de sepse em tempo real, permitindo respostas rápidas e aumentando a segurança do atendimento hospitalar.
No agro, a Cooxupé, maior cooperativa de café do mundo, utiliza inteligência artificial para classificar cafés especiais. O sistema garante precisão na avaliação dos grãos, valoriza a produção dos cooperados e fortalece a competitividade no mercado internacional.
Já no crédito, cooperativas começam a explorar soluções de IA para análise de riscos e atendimento ao cooperado, abrindo caminho para serviços mais personalizados e ágeis.
“O cooperativismo tem a preocupação de beneficiar a todos. Quando uma cooperativa adota IA, busca não apenas melhorar processos, mas entregar soluções que impactam positivamente a vida dos cooperados e das comunidades”, destaca Guilherme.
Jornada coletiva
Além de guias e cases, o Saiba Mais IA traz e-books sobre dados e governança, tema fundamental para o uso responsável da tecnologia. A proposta é estimular reflexões e oferecer ferramentas que preparem as cooperativas para aproveitar ao máximo as soluções disponíveis.
A ideia é que cada cooperativa, independentemente do ramo ou porte, encontre recursos para iniciar ou aprofundar sua jornada com inteligência artificial. “O movimento é claro: a IA tende a se tornar cada vez mais presente e acessível. As cooperativas têm todas as condições de liderar esse processo com responsabilidade e impacto social. O Saiba Mais IA é um convite para darmos juntos os próximos passos nessa transformação”, conclui Guilherme
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INOVAÇÃO
01/09/2025
ConecteCoop: conheça novo jogo sobre o cooperativismo
Com dinâmicas interativas, game aproximou sociedade do cooperativismo durante o Dia C
O cooperativismo brasileiro ganhou, no último sábado (30), uma ferramenta inédita para se aproximar ainda mais da sociedade: o ConecteCoop, game virtual desenvolvido pelo Sistema OCB para apresentar, de forma lúdica e interativa, os princípios e a força transformadora das cooperativas. A aplicação ocorreu durante o Dia de Cooperar (Dia C), iniciativa que mobiliza cooperativas de todo o Brasil em ações de voluntariado e solidariedade.
A escolha do Dia C para a estreia não foi por acaso. O evento reúne um público diversificado, com pessoas que, muitas vezes, ainda não conhecem o movimento cooperativista. Nesse contexto, o game se mostrou uma porta de entrada criativa e acessível para despertar o interesse de diferentes gerações pelo tema.
A fase piloto
O ConecteCoop foi testado em duas localidades: Campo Grande (MS) e Brasília (DF). Em Campo Grande, a dinâmica aconteceu no Poliesportivo Mamede Assem José, na Vila Almeida, reunindo 41 jogadores. Já em Brasília, a experiência foi realizada no estacionamento do Fórum de Planaltina, com a participação de 109 pessoas.
Ao todo, 150 participantes experimentaram o jogo, interagindo com a proposta de construir uma rede de conexões e descobrir, na prática, como o cooperativismo se fortalece pela soma de esforços.
No game, cada jogador assume um personagem que precisa conquistar cooperados virtuais ao longo de sua jornada. A cada desafio cumprido, a rede cresce, simbolizando como a colaboração gera impacto coletivo e amplia resultados. De forma simples e divertida, o público pôde entender a lógica da cooperação e os benefícios do modelo.
Para o gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB, Guilherme Souza Costa, o piloto confirmou que o game tem potencial de se tornar uma ferramenta estratégica para a comunicação do movimento.
“O ConecteCoop mostra que é possível explicar o cooperativismo de forma leve e envolvente. O piloto nos mostrou que o game tem potencial para ser utilizado em diferentes eventos e espaços, ajudando a atrair novos públicos para conhecer a nossa forma de organização”, avaliou.
Apoio das OCEs
A realização do piloto contou com o apoio das Organizações das Cooperativas Estaduais de Mato Grosso do Sul (OCB/MS) e do Distrito Federal (OCB/DF), que mobilizaram equipes e voluntários para viabilizar as ações. A parceria foi fundamental para garantir a estrutura, o engajamento e a receptividade local.
Inovação e futuro
O lançamento do ConecteCoop faz parte de uma estratégia mais ampla do Sistema OCB de investir em ferramentas inovadoras de aproximação com a sociedade. A ideia é que o game seja utilizado em grandes eventos, escolas, feiras, encontros comunitários e ambientes digitais, fortalecendo a presença do cooperativismo em diferentes espaços.
“Estamos sempre em busca de novas formas de dialogar com a sociedade. O ConecteCoop é mais uma prova de que o cooperativismo tem linguagem atual e pode se conectar com diferentes gerações”, concluiu Guilherme.
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INOVAÇÃO
Sistema OCB apoia internacionalização do empreendedorismo feminino
Evento promovido pela ApexBrasil reforça importância de impulsionar negócios liderados por mulheres
O Sistema OCB marcou presença no evento Mulheres e Negócios Internacionais – Territórios, promovido pela ApexBrasil no dia 10 de junho, em Salvador (BA). A ação teve como foco a capacitação, inspiração e conexão de mulheres empreendedoras com o mercado internacional e se insere no âmbito do Programa Mulheres e Negócios Internacionais, iniciativa que integra também a Estratégia Nacional de Empreendedorismo Feminino.
Representando o cooperativismo, a gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB/BA, Jussiara Lessa, acompanhou a programação que contou com painéis, oficinas e apresentações de cases de sucesso protagonizados por mulheres de diferentes perfis, setores e faixas etárias. Segundo ela, o evento foi uma demonstração concreta de como a atuação em rede e o apoio institucional podem abrir portas para o empreendedorismo feminino no Brasil.
“Ficou evidente o quanto a parceria entre instituições como a ApexBrasil, Sebrae e Sistema OCB pode impulsionar mulheres empreendedoras — inclusive cooperadas — a expandirem seus negócios para o mercado internacional. Já temos cooperativas lideradas por mulheres com produtos de excelência e esse tipo de articulação fortalece caminhos para a exportação”, destacou Jussiara.
Durante o evento, foram apresentados exemplos como o da startup baiana EcoCiclo, criadora de absorventes biodegradáveis, e da empresa Latitude 13 Cafés Especiais, liderada por mulheres e responsável pela produção de cafés premiados cultivados na Chapada Diamantina. Muitos dos relatos destacaram a importância da formação empreendedora por meio de iniciativas como o curso Empretec, ofertado pelo Sebrae, e o apoio de políticas públicas que integram raça, gênero e desenvolvimento regional.
O evento também foi um espaço de escuta e acolhimento de diferentes trajetórias femininas, reforçando o valor da representatividade. Mulheres que começaram com poucos recursos, mas com muita determinação, dividiram o palco com empreendedoras consolidadas, em um ambiente de aprendizado mútuo.
O encontro contou com o apoio dos ministérios do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (MEMP), das Mulheres, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Banco do Brasil, Correios e Sepromi, entre outros parceiros.
A atuação do Sistema OCB no evento também reforça uma das diretrizes do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) firmado com a ApexBrasil. O ACT prevê, entre suas prioridades, o fortalecimento de iniciativas voltadas à igualdade de gênero, com foco especial no estímulo à internacionalização de negócios liderados por mulheres. Com essa diretriz, a parceria tem buscado ampliar a presença feminina nas ações de promoção comercial internacional, abrindo novas oportunidades para que cooperativas lideradas por mulheres possam alcançar mercados estrangeiros.
Por meio desse acordo, o Sistema OCB e a ApexBrasil têm somado esforços para garantir que mais cooperativas, especialmente aquelas protagonizadas por mulheres, tenham acesso às ferramentas, capacitações e ações estratégicas voltadas à exportação. A presença no evento realizado em Salvador reflete esse compromisso com a inclusão produtiva e com a promoção de um cooperativismo cada vez mais diverso e competitivo, alinhado à agenda ESG e às políticas públicas de desenvolvimento sustentável com recorte de gênero.
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17/06/2025
INOVAÇÃO
8ª EBPC incentiva pesquisa acadêmica como motor do cooperativismo
Edição 2025 busca ampliar debate sobre contribuição do setor para o desenvolvimento sustentável
O Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo (EBPC) chega à sua 8ª edição e reafirma o papel essencial no avanço das pesquisas sobre o cooperativismo no Brasil. Com o tema Ano Internacional das Cooperativas: Integração, Impacto e Perspectivas para o Cooperativismo Brasileiro, o evento será realizado entre os dias 6 e 8 de outubro, em Brasília, e está com chamada aberta para submissão de trabalhos e iniciação científica até o dia 1º de junho.
Desde 2010, o EBPC tem se consolidado como o principal espaço de diálogo entre a academia, as cooperativas, os órgãos de representação e os agentes de fomento ao setor. É um ambiente que valoriza o cooperativismo como um campo de estudo estratégico, multidisciplinar e profundamente conectado com os desafios contemporâneos da sociedade.
“Mais do que um evento científico, o EBPC é um espaço de construção coletiva de saberes. A cada edição, vemos crescer o interesse da academia pelo cooperativismo, o que demonstra a potência do setor como objeto de estudo e ação. Este ano, com o tema alinhado ao Ano Internacional das Cooperativas, vamos aprofundar o debate sobre o impacto do modelo cooperativista no desenvolvimento sustentável do país”, destaca Guilherme Souza Costa, gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB.
A oportunidade reforça o compromisso do EBPC com o fortalecimento da produção acadêmica qualificada e com o reconhecimento dos pesquisadores dedicados ao tema.
Os trabalhos devem se enquadrar em um dos cinco eixos temáticos:
Identidade Cooperativa e Direito Cooperativo;
Educação, Inovação e Diversidade;
Governança e Gestão;
Contabilidade, Finanças e Desempenho;
Impactos e Contribuições Econômicas, Sociais e Ambientais.
Além da visibilidade científica, os trabalhos aprovados e apresentados no 8º EBPC serão convidados a participar do processo de Fast Track, um fluxo prioritário de publicação em revistas científicas renomadas. A participação deverá respeitar os critérios definidos por cada publicação (serão divulgadas em breve) e o aceite será facultado ao aceite dos autores. Para esta edição as revistas habilitadas são: .
Revista de Gestão e Organizações Cooperativas - RGC (UFSM) - ISSN 2359-0432
Brazilian Administration Review - BAR (ANPAD) - ISSN 1807-7692
Contabilidade Vista & Revista (UFMG) - ISSN 0103-734
Administração Pública e Gestão Social (UFV) - ISSN 2175-5787
Pesquisadores, estudantes e profissionais engajados na construção de um setor mais robusto e sustentável são convidados a contribuir com o evento. Submeta seu artigo científico ou de iniciação científica até 01 de junho no site do evento.
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Sistema OCB estimula cultura de inovação com protagonismo coletivo
17/04/2025
INOVAÇÃO
Sistema OCB estimula cultura de inovação com protagonismo coletivo
Programa de Ideias reúne colaboradores em jornada de colaboração e experimentação
Com o objetivo de estimular o pensamento criativo, fortalecer a cultura da inovação e impulsionar soluções com alto impacto institucional, o Sistema OCB promoveu, no dia 10 de abril, o workshop Como Gerar Boas Ideias, que reuniu cerca de 55 colaboradores em um encontro virtual conduzido pela especialista em transformação cultural e inovação, Mari Barbosa, parceira da ACE Cortex, consultoria de negócios.
A ação marcou o início do Programa de Ideias, iniciativa estratégica da entidade voltada à promoção da inovação de forma colaborativa e contínua entre os times da organização. Mais do que uma capacitação, o workshop foi um convite à experimentação. “Foi uma demonstração prática de como a inovação pode ser acessível a todos. Ver colaboradores de diferentes áreas realizando trocas e construindo juntos ideias que podem fazer a diferença no dia a dia do Sistema OCB é extremamente motivador”, declarou Guilherme Costa, gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB.
Para Hellen Beck, analista de inovação, o engajamento dos participantes foi inspirador. “Estou muito empolgada com o que estamos construindo juntos! O Programa de Ideias é uma grande oportunidade para colocarmos em prática nosso potencial criativo e, mais do que isso, para inovarmos de forma coletiva e com propósito, assim como o cooperativismo”, afirmou.
Durante a atividade, os participantes foram provocados a refletir sobre os conceitos de inovação, valor e impacto, a partir da compreensão de que boas ideias surgem da combinação entre desejo, viabilidade e execução. Por meio de dinâmicas práticas, o grupo foi incentivado a enxergar problemas sob novas perspectivas, relacionar desafios institucionais com oportunidades de inovação, e transformar insights em propostas concretas para submissão ao programa.
Segundo Mari Barbosa, iniciativas como a do Sistema OCB representam um importante passo para democratizar a inovação dentro das instituições. “Inovar não é algo distante, mas uma responsabilidade conjunta. Intraempreender é, acima de tudo, olhar para os desafios do dia a dia com curiosidade, colaboração e provocação”, disse. Para ela, “foi encantador ver esse comportamento durante o workshop, com cada participante contribuindo, escutando e sonhando um futuro de alto impacto para o Sistema OCB”, destacou.
Ao longo do encontro, temas como colaboração entre áreas, escuta ativa, construção coletiva e a conexão entre propósito e inovação permearam os exercícios propostos. As ideias apresentadas pelos participantes serão, agora, organizadas e inscritas no programa, que prevê novas etapas ao longo do ano para seleção, desenvolvimento e implantação das sugestões mais promissoras.
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ICAO debate inovação e intercooperação no Ramo Agro
14/04/2025
INOVAÇÃO
Consórcio internacional aponta caminhos para o cooperativismo digital
Fórum anuncia conferência sobre inteligência artificial e apresenta novos bolsistas
Na última terça-feira (01), foi realizada a primeira reunião oficial do Consórcio de Cooperativismo de Plataforma, uma iniciativa internacional que reúne pesquisadores, organizações e lideranças cooperativistas para discutir os rumos da economia de plataformas colaborativas e seus impactos sobre o futuro do cooperativismo.
Guilherme Souza Costa, gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB, afirmou que a entidade é parceira do projeto e reforça seu compromisso com a inovação e com o acompanhamento das transformações que moldam os novos modelos de organização econômica e social. “Estamos atentos às mudanças na economia digital porque sabemos que elas impactam diretamente os modelos de organização produtiva e social e, por isso, queremos que o cooperativismo esteja na linha de frente desse futuro”, disse.
Sob a liderança de Trebor Scholz, professor e pesquisador reconhecido globalmente por seus estudos sobre cooperativismo digital, o consórcio atua como um fórum permanente de articulação, produção de conhecimento e construção de alternativas cooperativas para o universo das plataformas digitais. A iniciativa é apoiada pelo Institute for the Cooperative Digital Economy (ICDE), entidade independente voltada à pesquisa sobre os impactos da economia de plataformas colaborativas e cooperativas.
Durante a reunião, foram apresentados os novos bolsistas do ICDE, entre eles dois pesquisadores brasileiros que se destacaram internacionalmente por seus trabalhos sobre cooperativismo digital, economia solidária e tecnologias inclusivas.
O pós-doutor Kenzo Seto, atualmente na Faculdade de Direito de Yale, com doutorado em Comunicação pela UFRJ, estuda infraestruturas digitais descentralizadas e cooperativas de plataforma no Brasil e na Argentina. O foco de sua pesquisa está na soberania digital e na democracia econômica, que conecta direito, tecnologia e teoria política a partir de uma base de ativismo e organização coletiva entre trabalhadores da tecnologia.
Já Lila Gaudêncio, bolsista de Gates Cambridge e doutoranda na Universidade de Cambridge, dedica sua pesquisa à análise da plataforma E-dinheiro, do Brasil. Seu trabalho investiga como moedas comunitárias digitais podem transformar as finanças solidárias, promover governança cooperativa e democratizar a participação econômica por meio de fintechs orientadas por valores cooperativistas.
Para Guilherme Cost, acompanhar, de perto, o avanço da economia de plataformas colaborativas é fundamental para o futuro do cooperativismo brasileiro. “Essas transformações nos ajudam a antecipar mudanças, adaptar modelos de negócio e explorar novas formas de cooperação, tanto por meio da adoção de tecnologias quanto pelo surgimento de cooperativas inovadoras, mais conectadas com os desafios e oportunidades do nosso tempo”.
Durante a reunião, também foi anunciada a realização da primeira conferência global sobre Cooperativismo e Inteligência Artificial. Batizado de Cooperative AI, o evento será realizado entre os dias 11 e 14 de novembro, em Istambul (Turquia), e reunirá especialistas, cooperativistas e desenvolvedores de tecnologia para discutir os potenciais e os riscos da IA sob a ótica dos valores cooperativos.
A proposta é aprofundar o debate sobre como a inteligência artificial pode ser incorporada de forma ética, democrática e inclusiva no ambiente das cooperativas, promovendo ganhos de eficiência e inovação sem abrir mão da autonomia e da participação coletiva que são a base do modelo cooperativista.
Mais informações em podem ser encontradas no site do Consórcio
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INOVAÇÃO
Inscrições abertas para o 8º EBPC
Evento reunirá pesquisadores do setor para debater avanços e desafios do coop
Estão abertas, nesta quinta-feira (20), as submissões de trabalhos para o 8º Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo (EBPC), que neste ano trará o tema Ano Internacional das Cooperativas: Integração, Impacto e Perspectivas para o Cooperativismo Brasileiro.
Realizado pela primeira vez em 2010, o EBPC tem se consolidado como um dos principais espaços nacionais para a troca de conhecimento entre a academia, as cooperativas, os órgãos de representação e fomento, bem como demais interessados no cooperativismo. Ao longo de suas sete edições anteriores, o evento tem desempenhado um papel importante na disseminação de estudos e boas práticas voltadas ao fortalecimento do setor.
O evento será realizado entre os dias 6 e 8 de outubro, em Brasília e reunirá pesquisadores, gestores de cooperativas, profissionais do sistema de aprendizagem e representantes do setor para debater os avanços e desafios do cooperativismo no Brasil.
Para Guilherme Souza Costa, o EBPC proporciona um debate enriquecedor sobre o futuro do cooperativismo. “A cada edição, o evento fortalece a troca de conhecimento e impulsiona novas perspectivas para o setor, evidenciando o cooperativismo como terreno fértil de pesquisa para toda a academia. Com o tema deste ano alinhado ao Ano Internacional das Cooperativas, aprofundamos o entendimento sobre o impacto e as oportunidades do cooperativismo no Brasil, com estímulo às pesquisas que contribuam para seu desenvolvimento sustentável”, disse.
Este ano, os trabalhos submetidos devem estar alinhados a um dos cinco eixos temáticos do evento:
Identidade Cooperativa e Direito Cooperativo;
Educação, Inovação e Diversidade;
Governança e Gestão;
Contabilidade, Finanças e Desempenho;
Impactos e Contribuições Econômicas, Sociais e Ambientais.
Os interessados podem submeter seus trabalhos até o dia 1º de junho. Os autores das 50 melhores pesquisas receberão apoio de custeio de deslocamento e hospedagem para participação presencial no evento.
Para mais informações sobre o evento, instruções para submissão de trabalhos e regras detalhadas, acesse os links:
Instruções gerais, áreas temáticas e detalhes do evento
Regras para submissãoSaiba Mais:
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21/03/2025
INOVAÇÃO
Sistema OCB oferece capacitação sobre fontes de fomento para região amazonense
Workshop promoveu imersão com dinâmicas práticas e relatos de boas práticas de sucesso
O Sistema OCB, em parceria com o Sistema OCB/AM, promoveu, entre os dias 30 e 31 de janeiro, uma imersão com o tema Fontes de Fomento para Inovação. O evento, realizado em Manaus, foi dividido em dois momentos: o primeiro, dedicado à equipe da Organização Estadual e, o segundo, voltado para 12 cooperativas e 34 cooperados locais.
O gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB Nacional, Guilherme Costa, explicou que a inovação só se materializa quando há recursos que permitem viabilizar boas ideias. “Esse workshop foi fundamental para empoderar as cooperativas, além de mostrar caminhos práticos para acessar as fontes de fomento e transformar seus projetos em realidade”, afirmou.
A imersão teve como objetivo capacitar os participantes para identificar e acessar diferentes fontes de financiamento e apoio à inovação, em formatos públicos e privados. Além disso, buscou desenvolver competências para a elaboração de projetos estruturados, com foco na captação de recursos.
Os participantes foram conduzidos por uma dinâmica dividida em duas etapas complementares. Começou com uma apresentação expositiva, que abordou as principais fontes de fomento disponíveis e destacou as oportunidades que podem ser aproveitadas pelas cooperativas. E seguiu com um treinamento prático, com realização de atividades voltadas para a construção de projetos aptos para submissão em editais de fomento.
No segundo dia, o evento também contou com relatos de boas práticas de cooperativas que já tiveram sucesso na captação de recursos, como a Copamart e a Copasa, que compartilharam suas experiências sobre o acesso às fontes de financiamento, enquanto a Unicred e o Sicoob Amazônia destacaram oportunidades de crédito específicas para cooperativas.
A superintendente do Sistema OCB/AM, Cláudia Sampaio, ressaltou que a capacitação foi um grande aprendizado. Ela destacou as oportunidades disponíveis para orientar as cooperativas no desenvolvimento de projetos inovadores por meio das diversas opções de fomento existentes. “As cooperativas que participaram saíram motivadas a desenvolver soluções utilizando as ferramentas apresentadas. O evento foi importante para o desenvolvimento do cooperativismo amazonense”, declarou.
O workshop buscou ainda sensibilizar as cooperativas da região amazônica sobre a importância do fomento à inovação e ampliou as possibilidades de acesso a recursos estratégicos. O analista de inovação do Sistema OCB, Eduardo Sampaio, destacou que a oportunidade foi excelente para que as cooperativas da região aprendessem mais sobre o tema. “Ficou evidente que os participantes saíram mais confiantes para construir projetos estruturados e aptos a captar recursos, além de ampliar as oportunidades de crescimento e inovação”, disse.
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NEGÓCIOS
19/09/2025
Brasil cooperativo abre portas para o mundo com catálogo de exportadoras
Publicação apresenta agro e artesanato para ampliar presença global do cooperativismo
O cooperativismo brasileiro acaba de ganhar mais um instrumento estratégico para ampliar sua presença no mercado internacional. O Catálogo Brasileiro de Cooperativas Exportadoras, lançado pelo Sistema OCB, reúne informações de cooperativas com experiências em exportação e oferece um panorama qualificado de produtos, serviços e potenciais parceiros para compradores e instituições de comércio exterior em todo o mundo.
A publicação é voltada a importadores, distribuidores, parceiros institucionais e representantes de órgãos públicos e privados que atuam no comércio internacional. Com versões em português, inglês, espanhol e mandarim, o catálogo pretende aproximar o que o Brasil cooperativo tem de melhor a mercados exigentes e diversificados, reforçando a imagem de qualidade, sustentabilidade e inovação que o setor representa.
“O catálogo é um convite para o mundo conhecer a força e a diversidade do cooperativismo brasileiro, que combina qualidade, compromisso social e sustentabilidade. Ao conectar nossas cooperativas a novos mercados, abrimos portas para oportunidades que geram renda, desenvolvimento e impacto positivo dentro e fora do país”, destaca Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB.
Dois setores, um objetivo: crescer no mundo
O catálogo contempla dois segmentos de destaque na pauta exportadora cooperativista: agronegócio e artesanato. No agro, a ferramenta ajuda cooperativas a acessar novos mercados, negociar melhores preços e gerar mais renda para os cooperados. Já no artesanato, valoriza a identidade cultural brasileira e abre portas para nichos como comércio justo e consumo consciente, em que a origem e o impacto social dos produtos são diferenciais competitivos.
Em ambos os casos, a publicação destaca soluções sustentáveis, rastreáveis e competitivas, capazes de atender a demandas internacionais cada vez mais voltadas para práticas responsáveis e produtos de alta qualidade.
Inteligência de mercado
Além de ser um material promocional, o catálogo também funciona como fonte de inteligência, permitindo conhecer melhor o perfil das cooperativas exportadoras brasileiras e direcionar de forma mais assertiva as ações de qualificação e promoção do setor.
“Com essa base organizada, podemos atuar de forma mais estratégica, conectando nossas cooperativas com as oportunidades certas e fortalecendo o posicionamento do Brasil no cenário internacional”, completa Márcio.
Essa abordagem fortalece a atuação conjunta entre o Sistema OCB, o governo e parceiros institucionais como a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), além de embaixadas e adidos agrícolas, que poderão utilizar o material como referência em ações de promoção comercial.
Mais oportunidades, mais impacto
O Catálogo Brasileiro de Cooperativas Exportadoras representa ganhos para todos os envolvidos: para as cooperativas, que poderão ampliar sua base de clientes e consolidar marcas no exterior; para o Sistema OCB, que fortalece sua rede de contatos e sua capacidade de promoção; e para o país, com a geração de divisas, renda e empregos.
O documento apresenta desde cooperativas com atuação já consolidada no mercado global até aquelas que estão iniciando sua jornada internacional, com potencial de se tornar referência em seus segmentos.
O catálogo terá atualização bianual, garantindo que as informações estejam sempre atualizadas e em sintonia com as demandas do mercado internacional. As cooperativas interessadas em incluir seus produtos e contatos na publicação podem procurar diretamente a Organização Estadual à qual são vinculadas, que fará o encaminhamento das informações ao Sistema OCB
O material será distribuído a parceiros institucionais, embaixadas brasileiras, adidos agrícolas e compradores internacionais, além de ser utilizado pelo Sistema OCB e pelas organizações estaduais em feiras, missões e rodadas de negócios.
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NEGÓCIOS
20/08/2025
CapacitaCoop: Novo curso prepara cooperativas para Reforma Tributária
Capacitação gratuita e online oferece orientação sobre adaptações fiscais
O Sistema OCB lançou o curso Reforma Tributária do Consumo para Cooperativas, disponível na plataforma CapacitaCoop. Gratuito e 100% online, o conteúdo foi desenvolvido para apoiar dirigentes, conselheiros fiscais, gestores tributários, auditores e contadores de cooperativas na compreensão das mudanças promovidas pela Reforma Tributária no Brasil.
O curso aborda a parte geral da reforma, com foco na tributação sobre o consumo e apresenta orientações sobre como as cooperativas podem se adaptar ao novo regime. A trilha de aprendizagem inclui vídeos explicativos, podcasts temáticos, atividades e e-books complementares.
Segundo a gerente de Relações Institucionais do Sistema OCB, Clara Maffia, o tema exige atenção redobrada do setor. “A Reforma Tributária representa uma das maiores transformações do sistema fiscal brasileiro em décadas. Nosso objetivo é oferecer uma capacitação acessível, didática e consistente, que ajude as cooperativas a entenderem o impacto das mudanças e a se prepararem de forma estruturada para a transição”, afirmou.
A estrutura do curso contempla seis módulos principais: introdução à Reforma Tributária; alterações na tributação sobre o consumo; impactos operacionais e econômicos para as cooperativas; período de transição; apuração, recolhimento e declaração dos novos tributos; e compensação ou ressarcimento dos tributos substituídos.
Ao concluir os estudos e alcançar 70% de aproveitamento na avaliação de aprendizagem, o participante terá acesso ao certificado digital. O conteúdo foi elaborado com linguagem acessível, rigor técnico e foco em soluções práticas.
Clara também reforça a importância da mobilização das cooperativas: “Este é o momento de se antecipar. Quanto mais cedo dirigentes e gestores compreenderem as novas regras, mais preparados estaremos para manter a competitividade e o equilíbrio econômico do setor”, completou.
Além do curso geral, o Sistema OCB prepara a disponibilização de módulos específicos por ramos do cooperativismo, que serão lançados em uma segunda fase.
Como parte das ações de orientação técnica, o Sistema OCB publicou materiais específicos sobre a Reforma Tributária no boletim Panorama Coop Tributário. Duas edições já foram disponibilizadas, sendo a mais recente em 14 de agosto. Novas publicações estão previstas para os próximos meses, com análises detalhadas e foco nos impactos práticos da reforma para o cooperativismo.
Prepare sua coop para a Reforma Tributária, inscreva-se já e acompanhe o Panorama Coop.
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NEGÓCIOS
Sistema OCB debate fortalecimento do crédito cooperativo com o MIDR
Diálogo mira expansão da participação das cooperativas de crédito nos Fundos Constitucionais de Financiamento
O Sistema OCB deu mais um passo estratégico para ampliar a presença e a contribuição do cooperativismo de crédito nas políticas públicas de desenvolvimento regional. Em reunião nesta segunda-feira (14), com o secretário de Fundos e Instrumentos Financeiros do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), Eduardo Corrêa Tavares, a superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, apresentou as propostas construídas pelo setor para otimizar o uso dos Fundos Constitucionais de Financiamento (FCFs).
O encontro teve como objetivo alinhar agendas e reforçar o papel do cooperativismo como parceiro estratégico da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR). Para Tania Zanella, a atuação do setor é essencial para ampliar o alcance dos recursos públicos a comunidades e municípios das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste.
“Levamos ao ministério uma contribuição técnica que nasce da experiência prática das nossas cooperativas de crédito, que já operam os recursos dos fundos e conhecem de perto as necessidades das regiões. É uma pauta construída a várias mãos, com a participação dos principais sistemas cooperativos e das nossas organizações estaduais”, destacou Tania.
Atualmente, as cooperativas de crédito desempenham um papel crescente nos repasses dos Fundos Constitucionais. Dados apresentados durante a reunião mostram que, entre 2019 e 2024, a cobertura municipal do cooperativismo passou de 25,6% para 42,4% no Norte e de 59,3% para 78,8% no Centro-Oeste. Esse avanço se deve, em grande parte, ao aumento significativo da participação direta do sistema nos repasses, o que ampliou a inclusão financeira em áreas antes desassistidas.
Agenda propositiva
Entre os principais pontos discutidos com o secretário Eduardo Tavares, estão o reconhecimento formal do cooperativismo de crédito como parceiro estratégico da PNDR, a realização de um evento institucional no MIDR para entrega das propostas do setor, e o convite para participação do Sistema OCB nas reuniões dos Conselhos Deliberativos (Sudene, Sudam e Sudeco).
“O cooperativismo está pronto para contribuir ainda mais com o desenvolvimento regional. Nossas propostas visam melhorar a governança, dar mais previsibilidade e eficiência aos repasses e garantir equidade nas condições de acesso aos recursos”, explicou a superintendente.
O secretário Eduardo Tavares reconheceu o potencial transformador do setor e se mostrou receptivo às pautas apresentadas. Segundo ele, a integração do cooperativismo às políticas públicas pode ampliar o impacto social e econômico dos fundos.
As propostas apresentadas ao MIDR trazem medidas voltadas aos eixos legislativo e regulatório, com foco na melhoria da operacionalização dos fundos e na ampliação da participação do cooperativismo no planejamento e execução das políticas públicas. “A união de esforços entre bancos administradores e cooperativas é fundamental para otimizar os recursos e garantir que eles cheguem a quem mais precisa. Nosso compromisso é com uma política de desenvolvimento regional mais eficiente e inclusiva”, concluiu Tania.
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14/07/2025
NEGÓCIOS
Programa ESGCoop leva Solução Eficiência Energética à Cotripal no RS
Equipe técnica realizou diagnóstico para otimizar o consumo de energia e reduzir emissões de GEE na cooperativa
A Cotripal, cooperativa agro com sede em Panambi (RS), recebeu entre os dias 24 e 27 de junho a visita técnica do Programa ESGCoop – Solução Eficiência Energética, iniciativa coordenada pelo Sistema OCB em parceria com a OCERGS. A ação integra a terceira fase da Solução e contou com um detalhado mapeamento de oportunidades para aprimorar a gestão do consumo de energia, reduzir emissões de gases de efeito estufa e otimizar custos operacionais.
A visita incluiu uma programação intensa: reuniões iniciais com a diretoria para apresentação da metodologia, inspeções técnicas no frigorífico e no complexo de varejo – que engloba supermercado, açougue, restaurante e magazine – e, por fim, um encontro final para compartilhar impressões preliminares do diagnóstico. Todas as atividades foram acompanhadas de perto pela equipe de engenharia da Cotripal, que participou ativamente das discussões e levantamento de dados.
“Ao aplicar esse diagnóstico, estamos contribuindo para que a Cotripal avance na eficiência energética e se fortaleça enquanto agente de transformação ambiental e social. Essa é uma das formas de o cooperativismo demonstrar seu compromisso com as agendas globais de sustentabilidade”, destacou Laís Nara Castro, analista de Meio Ambiente do Sistema OCB.
Para Thiago dos Santos, gerente de engenharia da Cotripal, o trabalho já está gerando reflexões importantes para a cooperativa. “Apesar de estarmos na fase de levantamento e sem o diagnóstico final, já percebemos a seriedade e o rigor técnico da consultoria. A eficiência energética vai além do aspecto econômico; está ligada ao nosso compromisso com a sustentabilidade e com os valores do cooperativismo”, afirmou.
O gerente ressaltou ainda que o apoio da equipe técnica da consultoria Stride conseguiu envolver todos os setores da cooperativa e trouxe uma abordagem organizada e prática. “O apoio do Sistema OCB e do Sistema Ocergs nos dá segurança para implementar melhorias efetivas. Essa parceria agrega muito valor e nos permite enxergar oportunidades que, no dia a dia, poderiam passar despercebidas”, completou Thiago.
O diagnóstico realizado na Cotripal é parte de um movimento mais amplo de apoio às cooperativas brasileiras na busca por uma gestão mais eficiente e alinhada às boas práticas ambientais. A Solução Eficiência Energética, que faz parte do Programa ESGCoop, já conta com a participação de 15 cooperativas em diferentes estados brasileiros. A proposta é que, a partir dessas análises técnicas, sejam elaborados planos de ação com soluções de curto, médio e longo prazos.
“Essa etapa presencial é essencial porque permite identificar, in loco, como cada cooperativa pode reduzir desperdícios, modernizar processos e avançar no uso consciente de recursos naturais. Estamos falando de ganhos ambientais, mas também de eficiência operacional e redução de custos, o que reforça o papel do cooperativismo como protagonista do desenvolvimento sustentável”, explicou Laís.
A iniciativa se alinha diretamente ao compromisso do cooperativismo com a Agenda 2030 da ONU e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente aqueles relacionados à energia limpa e acessível, ação contra as mudanças climáticas e consumo responsável.
“Estamos confiantes de que o diagnóstico final nos trará insights valiosos e propostas viáveis, que poderão ser incorporadas de forma estratégica ao nosso planejamento. Isso reforça nossa responsabilidade ambiental e o cuidado com os recursos naturais, além de garantir mais eficiência para nossos processos internos”, concluiu Thiago.
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03/07/2025
NEGÓCIOS
Cooperativismo avança em indicadores ESG e soluções sociais com foco no impacto
Sistema OCB promove encontros estratégicos para fortalecer práticas sustentáveis e inclusivas
Nos dias 24 e 25 de junho, o Sistema OCB promoveu dois encontros estratégicos para incentivar a construção de uma sociedade mais sustentável, inclusiva e inovadora. As reuniões do Grupo de Trabalho ESGCoop e da Câmara Temática Social reuniram representantes de cooperativas, organizações estaduais do Sistema OCB, sistemas organizados e especialistas para avançar na construção de indicadores ESG e no fortalecimento das soluções sociais do movimento.
No dia 24, foi realizada a reunião presencial do Grupo de Trabalho ESGCoop, com foco na construção dos indicadores específicos para o Ramo Saúde. Participaram integrantes das Organizações Estaduais (OCEs) (Ocemg, Ocesp, Ocesc e Ocepar), dos sistemas Unimed e Uniodonto, além de cooperativas convidadas especialmente para compor um grupo de especialistas: Uniodonto Manaus, Coopanest-CE, Unimed Federação Minas, Unimed Campo Grande, Unimed Londrina, Uniodonto Campinas, Unimed Nacional, Unimed FESP, Unimed Fortaleza, COOENF/PR, Unimed do Brasil, Uniodonto do Brasil, Fencom, CoopCare (DF) e Uniodonto Porto Alegre.
A agenda deu continuidade ao processo iniciado com uma reunião online preparatória, no dia 13 de junho, e teve como objetivo avaliar, com base em metodologia especializada, os indicadores que melhor representam o desempenho ESG das cooperativas de saúde. Além disso, o encontro marcou a participação de diversas cooperativas que integraram o GT ESGCoop pela primeira vez, fortalecendo a representatividade e a diversidade de experiências no debate.
Jacqueline Oliveira Estevan, diretora de Governança, Risco e Compliance, da Uniodonto Campinas, destacou a aplicação prática dos debates. “A gente pôde olhar na prática, no operacional, e trazer isso para o dia a dia. É você pegar o ESG e colocar ali na operação. O resultado disso para as cooperativas vai ser gigante”.
Para Luis Antônio Schmidt, gerente geral do Sistema Ocesp, o ponto forte da construção coletiva está na legitimidade do processo. “Esse trabalho só tem relevância porque foi construído a várias mãos. O envolvimento direto das cooperativas, com apoio das unidades estaduais e do Sistema OCB, torna o resultado mais concreto e aplicável”, afirmou.
O grupo já havia concluído os indicadores universais — válidos para todos os ramos — e os indicadores específicos do crédito. O próximo passo será a validação e homologação, até agosto de 2025, da lista final de indicadores ESG para o Ramo Saúde.
Soluções sociais
Já no dia 25, a 3ª reunião presencial da Câmara Temática Social reuniu representantes das OCEs (Ocemg, Ocesp, Ocergs e Ocepar), além de integrantes de sistemas organizados como Sicoob Confederação, Fundação Sicredi, Ailos, Cresol, Infracoop, Unicred e Unimed do Brasil. O encontro teve como foco promover o diálogo e a construção coletiva em torno das soluções sociais alinhadas à Agenda ESG.
Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, deu início às atividades apresentando as soluções sociais e a conexão entre as ações do diagnóstico ESGCoop e os projetos de impacto social. Ela ressaltou que essas iniciativas são parte essencial do modelo de negócios cooperativista e respondem de forma concreta às demandas da sociedade. “As soluções sociais não são ações paralelas — elas estão no centro do modelo de negócios do cooperativismo. São projetos que nascem da base, com propósito claro de transformar realidades, gerar inclusão e desenvolver comunidades”, declarou.
A especialista em Diversidade Cultural e Inclusão Gisele Gomes ministrou a palestra ID&E como infraestrutura de inovação, Gisele provocou reflexões sobre o uso de dados e evidências para fortalecer soluções sociais mais eficazes e orientadas à realidade das comunidades, destacando o potencial transformador da informação bem estruturada.
A Câmara Temática Social atua como um espaço estratégico para fortalecer e disseminar práticas de impacto social no cooperativismo. Ao reunir representantes de diferentes ramos, amplia o alcance das discussões e incentiva a criação de soluções intercooperativas para o desenvolvimento sustentável.
Ainda segundo Débora, a realização articulada desses dois encontros evidencia o compromisso do Sistema OCB com uma atuação integrada nas dimensões econômica, social e ambiental do cooperativismo. “Consolidar indicadores ESG e potencializar as soluções sociais é posicionar as cooperativas como protagonistas de um modelo de desenvolvimento mais justo, responsável e transformador”, complementou.
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27/06/2025
NEGÓCIOS
Parceria CIEE e Sistema OCB fortalece formação de jovens aprendizes
Proposta atende diretrizes do Ministério do Trabalho e reforça papel do cooperativismo na inclusão produtiva da juventude
O Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) e o Sistema OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) firmaram uma parceria estratégica para incluir o cooperativismo nos programas de formação da aprendizagem profissional, conforme previsto na Portaria 3.872/2023 do Ministério do Trabalho e Emprego.
Com base no artigo 18 da normativa, que determina a abordagem de conteúdos sobre cooperativismo e empreendedorismo autogestionário com foco na juventude, o Sistema OCB, por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), desenvolveu um material didático completo e adaptável para jovens aprendizes. A iniciativa visa apoiar entidades formadoras, como o próprio CIEE, no cumprimento da legislação e, sobretudo, na formação cidadã e profissional de adolescentes e jovens.
O conteúdo foi elaborado para uso em diferentes modalidades (presencial, híbrida e à distância), com cargas horárias flexíveis entre 8 e 16 horas. As apostilas dos aprendizes combinam teoria e prática em uma linguagem acessível e preparada para promover competências técnicas, sociais e colaborativas. Já os guias dos instrutores oferecem suporte pedagógico completo, com orientações para aplicação dos conteúdos em sala de aula e no ambiente virtual.
Além disso, foi criado um guia exclusivo para as entidades formadoras, que apresenta as possibilidades de uso do material. A parceria também contempla sugestões de cursos e vídeos da CapacitaCoop, plataforma de ensino EAD do Sistema OCB, que podem ser incorporados aos programas permanentes de capacitação de instrutores, conforme exige o artigo 10 da Portaria.
“Acreditamos que o cooperativismo é uma poderosa ferramenta de transformação social, especialmente para os jovens em fase de iniciação profissional. Com essa parceria, estamos ajudando a construir um futuro mais colaborativo, justo e sustentável”, afirma Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB.
“A parceria com o Sescoop reforça o compromisso do CIEE em oferecer conteúdos de qualidade aos aprendizes. O cooperativismo é um tema fundamental e crucial para o desenvolvimento econômico e social do país e passar esse conhecimento para a juventude é imprescindível”, ressalta Elaine Bancalá, gerente Nacional de Aprendizagem do CIEE.
A ação também reforça o compromisso das instituições com a qualificação profissional da juventude brasileira e com a disseminação dos princípios cooperativistas como alternativa viável e promissora de geração de renda, inclusão produtiva e protagonismo juvenil.
O cooperativismo emprega, segundo o Anuário do Cooperativismo 2024, mais de 550 mil pessoas em todo o Brasil e as perspectivas de crescimento são expressivas. São 23,4 milhões de cooperados que geraram R$ 692 milhões em movimentação financeira em 2023. Com o desafio BRC 1 TRI, o objetivo até 2027, é chegar a 30 milhões de cooperados e R$ 1 trilhão em movimentação.
O CIEE, por sua vez, tem 61 anos de atuação e é a maior ONG de inclusão social e empregabilidade jovem da América Latina dedicada à capacitação profissional de jovens e adolescentes. A instituição, responsável pela inserção de 7 milhões de brasileiros no mundo do trabalho, mantém uma série de ações socioassistenciais voltada à promoção do conhecimento e fortalecimento de vínculos de populações prioritárias.
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26/06/2025
NEGÓCIOS
Cooperativas ganham destaque na Naturaltech 2025
Maior feira de alimentos naturais da América Latina reuniu 800 expositores e 1,7 mil marcas
O cooperativismo brasileiro marcou presença na 19ª edição da Naturaltech & Bio Brazil Fair, realizada entre os dias 11 e 14 de junho, no Distrito Anhembi, em São Paulo. Considerada a maior feira de alimentos naturais, orgânicos e saudáveis da América Latina, a Naturaltech reuniu mais de 800 expositores e 1,7 mil marcas, com expectativa de atrair mais de 50 mil visitantes ao longo do evento.
Pelo segundo ano consecutivo, o Sistema OCB participou da Naturaltech com o estande institucional SomosCoop – Cooperativas do Brasil, reforçando o compromisso com a promoção de negócios, visibilidade de marca e acesso a mercados estratégicos. A ação foi coordenada pela área de Negócios da entidade, que busca fortalecer a presença cooperativista em segmentos promissores da economia.
“O cooperativismo tem muito a contribuir com o mercado de produtos naturais, e eventos como esse são fundamentais para mostrar a qualidade, a diversidade e o potencial comercial das nossas cooperativas. A Naturaltech é um espaço estratégico para ampliar conexões, gerar negócios e promover a marca cooperativista no cenário nacional e internacional”, destacou Jean Fernandes, analista da Coordenação de Negócios do Sistema OCB.
Participaram da feira 12 cooperativas de diferentes estados brasileiros (BA, ES, MG, PA, PR, RS, SC e SP), com produtos que vão de cafés especiais a sucos, vinhos, espumantes, doces, queijos, mel e frutas nativas. O estande recebeu grande fluxo de consumidores, distribuidores, redes varejistas e representantes de food service, com destaque para negociações com grandes players como Sam's Club, Outback e rede Zeferino.
A engenheira de alimentos Leidiane Vieira, da Cooperlad (BA), destacou a importância da participação na Naturaltech. “Foi uma oportunidade grandiosa para nós. Fizemos contatos com compradores, apresentamos amostras de polpas de frutas e projetamos a criação de um centro de distribuição em São Paulo. Isso representa mais trabalho, renda e desenvolvimento para nossos cooperados”.
Carlos Lima, presidente da CONAP (MG), celebrou os resultados obtidos durante a feira. “Tivemos a chance de dialogar com redes varejistas, exportadores e consumidores que valorizam um produto diferenciado. Essa interação direta reforça a importância de investir na apresentação, na padronização e na expansão da presença dos nossos produtos no mercado nacional e internacional”, declarou.
Para Eliane Lopes, da Cooperativa Vinícola Nova Aliança (RS), a Naturaltech foi estratégica. “Levamos nossa missão junto com nossos produtos. Estabelecemos contatos com distribuidores e exportadores, recebemos feedback positivo e saímos com importantes insights para o desenvolvimento de novos produtos”.
Já Giulia Castellani, do setor comercial da CAISP (SP), reforçou o impacto institucional da presença no evento. “Participar de uma feira dessa magnitude fortalece nossa marca e nos conecta com consumidores, varejistas e potenciais parceiros. O apoio da OCB tem sido essencial para nosso posicionamento no mercado”.
A participação também foi comemorada por Alysson Kaiper, da Sanjo (SC). “Tivemos a visita de clientes estratégicos e potenciais novos parceiros. A estrutura e o suporte da OCB nos permitiram mostrar a força da nossa cooperativa. Esperamos estar nas próximas edições”, salientou.
As cooperativas participantes foram: Cafesul, Amazoncoop, Cocamar, Witmarsum, Nova Aliança, CCGL, Vinícola Aurora, Sanjo, Coopafasb Caisp, Conap e Cooperlad.
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18/06/2025
NEGÓCIOS
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Evento coordenado pela área de Negócios será realizado em Belo Horizonte no dia 4 de novembro
Com o objetivo de ampliar a presença internacional das cooperativas brasileiras e gerar novas oportunidades comerciais no mercado externo, o Sistema OCB realizará, no dia 4 de novembro de 2025, em Belo Horizonte (MG), a 1ª Rodada de Negócios Internacional para Cooperativas Produtoras de Café. A iniciativa integra o Programa NegóciosCoop – Mercado Internacional e acontecerá na véspera da abertura da Semana Internacional do Café (SIC), um dos maiores eventos do setor no país.
A rodada contará com uma estrutura completa de apoio às cooperativas selecionadas, incluindo consultoria especializada para prospecção de compradores internacionais, sessões de preparação, tradução durante as negociações e custeio de passagem aérea para um representante por cooperativa. Serão até 15 cooperativas escolhidas para participar da ação, com base nos critérios definidos no regulamento da chamada. As inscrições estão abertas até o dia 30 de junho, por meio de formulário.
Segundo Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, a iniciativa marca um avanço importante na estratégia de internacionalização do cooperativismo agropecuário. “Essa rodada representa uma grande oportunidade para as cooperativas que desejam exportar e se posicionar no mercado internacional. É um espaço estratégico para gerar negócios, ampliar conexões e mostrar a força e a qualidade do café cooperativista brasileiro”, destacou.
A proposta pretende conectar diretamente as cooperativas com compradores internacionais alinhados com a sua oferta de produtos, promovendo a geração de negócios e a inserção do cooperativismo no mercado global. Além disso, as cooperativas participantes terão acesso a sessões preparatórias com foco em formatação de proposta comercial, precificação para exportação e estratégias de negociação internacional.
“Queremos que nossas cooperativas estejam cada vez mais preparadas para acessar o mercado externo com segurança, qualidade e profissionalismo. Essa rodada internacional foi pensada para oferecer suporte real às cooperativas, desde a preparação até o momento da negociação”, reforçou Débora.
O Programa NegóciosCoop – Mercado Internacional é uma das frentes de atuação do Sistema OCB voltadas ao fortalecimento da competitividade das cooperativas brasileiras. Por meio de soluções como Qualificação para Exportação e Promoção Internacional, o programa oferece formação técnica, apoio logístico e oportunidades reais de negócios em feiras, missões e rodadas comerciais.
Podem participar da seleção cooperativas agropecuárias produtoras de café, regularmente registradas no Sistema OCB, que atendam aos critérios mínimos de elegibilidade — como ter material promocional em inglês, certificações de qualidade, café beneficiado (torrado, moído ou em cápsulas) e participação em programas de qualificação do Sistema OCB. A presença de mulheres em cargos de liderança e o domínio do inglês pelo representante indicado também contam pontos no processo seletivo.
As cooperativas interessadas devem estar atentas aos prazos e às responsabilidades previstas no regulamento. Após a seleção, será necessário assinar o termo de compromisso, participar das sessões preparatórias e apresentar documentação de viagem para prestação de contas.
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Todos os ramos
Agropecuário
Consumo
Crédito
Infraestrutura
Saúde
Seguros
Trabalho, Produção de Bens e Serviços
Transporte
ESG
21/10/2025
Sistema OCB lança guia que ensina coops a contabilizarem GEE
Publicação orienta passo a passo para inventário e gestão das emissões de Gases de Efeito Estufa
O Sistema OCB lançou, em parceria com a Ambipar, o Guia Metodológico do Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), uma publicação técnica que faz parte da Solução Neutralidade de Carbono, do Programa ESGCoop. O material foi desenvolvido para apoiar as cooperativas de todos os ramos na estruturação, coleta, tratamento e reporte de informações sobre suas emissões, de forma padronizada e transparente.
O guia é um passo importante na jornada das cooperativas rumo à sustentabilidade,à gestão climática eficiente e à neutralidade de carbono Elaborado com base nas metodologias ABNT NBR ISO 14064-1:2019 e no Programa Brasileiro GHG Protocol (PBGHGP) — referências internacionais no tema —, o documento apresenta orientações detalhadas sobre os três escopos de emissões (diretas, indiretas de energia adquirida e indiretas na cadeia de valor) e traz instruções práticas para o uso da ferramenta oficial do GHG Protocol.
“O inventário de emissões é uma ferramenta fundamental para compreender o impacto climático das atividades da cooperativa e identificar caminhos para reduzir esse impacto. Medir é o primeiro passo para gerenciar, e esse guia vem justamente para facilitar esse processo, tornando-o acessível e confiável”, explica Débora Ingrisano, Gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB.
O guia descreve todas as etapas do processo — desde a definição dos limites organizacionais e operacionais até a consolidação e o reporte dos dados —, sempre alinhado aos princípios de relevância, integralidade, consistência, transparência e exatidão. A publicação também orienta sobre o armazenamento de evidências, essencial para auditorias e verificações independentes, além de indicar boas práticas que permitem às cooperativas buscar o Selo Ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol, o mais alto nível de conformidade metodológica no país.
“O diferencial do material é traduzir uma metodologia internacional para a realidade das cooperativas brasileiras. Ele oferece um passo a passo prático, com linguagem acessível e foco na aplicabilidade. A ideia é apoiar desde cooperativas que estão iniciando sua jornada de sustentabilidade até aquelas que já têm um inventário consolidado e buscam aprimoramento”, acrescenta Débora.
A publicação se integra à agenda ESG do Sistema OCB, que busca ampliar o engajamento do movimento cooperativista nas ações de mitigação das mudanças climáticas e de transição para uma economia de baixo carbono. “As cooperativas têm um papel estratégico nessa agenda. Elas já nascem com uma lógica de uso responsável dos recursos e de geração de valor coletivo. Agora, com ferramentas como o Guia Metodológico, poderão mensurar e comunicar esse valor de forma ainda mais robusta e transparente”, completa a gerente.
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17/10/2025
Solução Eficiência Energética: coops ampliam ganhos sustentáveis
Workshop do Sistema OCB destaca resultados, aprendizados e novos passos da iniciativa
Com foco em inovação, economia e impacto ambiental, o Sistema OCB realizou, nesta sexta (17), o Workshop da Solução Eficiência Energética, uma das iniciativas do Programa ESGCoop. O encontro online contou com representantes de organizações estaduais, gerentes de Desenvolvimento de Cooperativas, integrantes do GT ESGCoop e parceiros técnicos para debater os resultados do ciclo 2025, os aprendizados das cooperativas-piloto e as perspectivas de expansão da solução.
Desenvolvida em parceria com a Stride Consultoria, a Solução Eficiência Energética tem como objetivo apoiar as cooperativas na identificação de desperdícios, otimização do consumo e redução de custos operacionais, promovendo, ao mesmo tempo, a diminuição das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE).
Na abertura do encontro, Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, destacou que a eficiência energética é um dos pilares mais estratégicos da sustentabilidade. “Assim como a agenda de carbono, a eficiência energética é essencial para a competitividade e a perenidade das cooperativas. Ela transforma responsabilidade ambiental em economia real e fortalecimento de imagem. É um tema que une propósito, inovação e resultado”, afirmou.
Segundo ela, a solução é um exemplo prático de como o Sistema OCB está apoiando as cooperativas na consolidação de suas agendas ESG. “Nosso objetivo é mostrar que eficiência energética é mais do que apenas uma pauta ambiental, é uma oportunidade concreta de inovação e de ganho econômico. As experiências que já estão em andamento comprovam o potencial transformador dessa iniciativa”, completou.
A analista de sustentabilidade, Laís Castro, apresentou o panorama geral da solução, que já conta com 14 cooperativas-piloto de oito estados. “Os resultados são expressivos: identificamos reduções médias de consumo em torno de 22%, chegando a mais de 30% em alguns casos. Além da economia direta, há ganhos intangíveis importantes — como o engajamento das lideranças e a mudança de cultura organizacional em relação ao uso e gestão da energia”, explicou.
Laís ressaltou que a iniciativa complementa outras ações do ESGCoop. “Enquanto a Neutralidade de Carbono mede e reporta as emissões, a Eficiência Energética atua diretamente na redução delas. As duas soluções se conectam e fortalecem o posicionamento do cooperativismo frente à agenda climática e à COP30”, destacou.
Alex Macedo, coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, reforçou o papel estratégico da energia no modelo de negócio das cooperativas. “A energia é um insumo central em todos os ramos. Trabalhar com eficiência é reduzir custos, aumentar competitividade e contribuir de forma efetiva para o enfrentamento das mudanças climáticas. É um investimento que gera retorno ambiental e financeiro”, afirmou.
Durante o workshop também foi anunciado que, em novembro, o Sistema OCB irá lançar cartilhas e ebooks que reúnem orientações técnicas e cases de destaque das cooperativas participantes.
“Essa é uma iniciativa de transformação cultural. Queremos inspirar cada cooperativa a tratar a energia como um ativo estratégico, e não apenas como um custo operacional”, concluiu Débora.
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Sistema OCB anuncia cooperativas que representarão o Brasil na COP30
Painéis temáticos darão visibilidade internacional a experiências sustentáveis de todos os ramos
O cooperativismo brasileiro já está praticamente de malas prontas para marcar presença na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém (PA), de 10 a 21 de novembro. O Sistema OCB divulgou, nesta sexta-feira (17), o resultado da seleção de cooperativas para os painéis temáticos do cooperativismo na COP30.
A chamada pública, lançada em agosto, teve como objetivo identificar e selecionar experiências concretas de cooperativas de todos os ramos que contribuem para o enfrentamento das mudanças climáticas, com base nos cinco eixos estratégicos do Manifesto do Cooperativismo Brasileiro para a COP30:
Segurança alimentar e agricultura de baixo carbono
Financiamento climático e valorização das comunidades
Transição energética e desenvolvimento sustentável
Bioeconomia e uso eficiente dos recursos naturais
Adaptação e mitigação de riscos climáticos
As cooperativas escolhidas participarão de painéis temáticos promovidos pelo Sistema OCB durante a conferência, em espaços oficiais de destaque, além de atividades paralelas nos pavilhões do governo brasileiro, coordenados pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), e em espaços de parceiros institucionais.
Cooperativas selecionadas
A lista de cooperativas que representarão o cooperativismo brasileiro na COP30 contempla os ramos do cooperativismo, com projetos que envolvem desde produção agropecuária de baixo carbono, energia renovável e eficiência energética, até finanças verdes, bioeconomia e recuperação de áreas degradadas. “Nosso papel é mostrar ao mundo que o cooperativismo brasileiro já entrega soluções concretas para a transição climática justa”, destacou Tania Zanella, superintendente do Sistema OCB.
Os cases selecionados terão duas formas de participação:
Apresentação presencial, em painéis e debates nos espaços do cooperativismo na COP30;
Exposição digital, com conteúdo exibido nos totens do evento e no portal Coop na COP30, além de campanhas e materiais de divulgação institucional.
A proposta é ampliar o alcance das boas práticas cooperativistas e reforçar a imagem do cooperativismo como modelo de negócios sustentável, inovador e alinhado aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). “Estamos construindo uma presença plural e representativa. A COP30 será o palco para mostrar a força das cooperativas brasileiras e como elas já contribuem, na prática, para o desenvolvimento de uma economia verde e inclusiva”, reforçou Tania.
Confira a lista das cooperativas selecionadas:
Cases com presença física na COP30
Cooperativa
Título do Case
Sicredi Confederação
Projetos de financiamento do empreendedorismo feminino, transição energética
Sicoob Confederação
Captações Temáticas: impulsionando inclusão social e promovendo a transição para uma economia verde
Cresol Confederação
Experiências de microcrédito para agricultura sustentável.
Coopatrans
Case chocolates da Cacauway, um negócio de impacto social
Coopsertão
Produção Sustentável na Caatinga: Agroecologia, água e solo
Cooxupé
Protocolo Gerações - Resiliência Climática e Sustentabilidade na Cafeicultura Cooperativista
Sicoob Credip
Robustas Amazônicos: cooperação e investimento em tecnologias mudam a realidade da agricultura, geram integração e salvam a floresta
Sicredi Confederação
Quantificação de Riscos Climáticos como Ferramenta Estratégica para Proteção das Culturas Agrícolas dos associados
CCPR
Enxergando Sentido Global – Práticas Nota 10
Cooperativa Vinícola Aurora Ltda
Estratégias para minimizar os impactos das mudanças climáticas na viticultura da Serra Gaúcha
COASA
Nosso Solo, Nossa Colheita. Um case cooperativo que cultiva a sustentabilidade na agricultura
CAMTA
Referência em produção a partir de sistemas agroflorestais, com manejo sustentável na Amazônia
Lar
Programa de qualificação e certificação sustentável da produção de alimentos
SICOOB COOESA
Cooperativa Mirim Marajoara: crianças e adolescentes unidos pela cooperação, cultivando futuro sustentável no Marajó
Recicle a Vida Cooperativa De Catadores do DF
“Recicle a Vida: Economia Circular, Inclusão Social e Inovação na Reciclagem de Plásticos”
Cresol Encostas da Serra Geral
Case Abelhas Nativas, Cooperativismo e Impacto: da Capital Nacional da Meliponicultura ao Protagonismo Internacional em Sustentabilidade, Educação e Renda
Central Sicoper-Cresol
Cresol Siga: financiamento para saneamento, infraestrutura e gestão da água
Sicredi Confederação
Programa de Captações Sustentáveis
Sicoob Confederação
Projetos de apoio inclusivo ao desenvolvimento sustentável das cadeias produtivas de cafeicultura e pecuária bovina
Cooperativa Agropecuaria Mista Terranova Ltda
Energia solar como alternativa para reduzir custos na produção leiteira
Creral
Bioroz e Cinroz: Biopolímeros sustentáveis a partir da casca e cinzas de casca de arroz associado a produção de energia pela casca de arroz
Sicredi Confederação
Café Carbono Neutro
Sicoob São Miguel SC/PR/RS
COOPENAD: Cooperação que ilumina um futuro sustentável
Sicredi Confederação
Sicredi pelo Rio Grande: solidariedade e reconstrução após o desastre climático
Cresol Horizonte
Incentivo a boas práticas ambientais na cadeia produtiva de bubalinos
Coomflona
Manejo Florestal Sustentável na Flona do Tapajós
Coopercitrus
Restauração que transforma: cooperação e parcerias pela água, floresta e clima
Cooperativa Agropecuária e Florestal do Projeto RECA
Fortalecimento da Bioeconomia na Amazônia por Meio do Cooperativismo Sustentável
Cooperacre
Arranjo produtivo da sociobioeconomia na Amazônia
Coopmetro
PAV – Programa de Renovação de Frota: mobilidade sustentável e fortalecimento da economia local
Primato Cooperativa Agroindustrial
SUÍNO VERDE - Energia Limpa do Campo ao Transporte
Sistema Ocemg
Programa MinasCoop Energia
Coopernorte
Cooperação Embrapa–COOPERNORTE: inovação e resiliência climática para a Amazônia
Coplana
Tecnologias de agricultura de precisão, bioinsumos e soluções em baixo carbono
Cocamar
Práticas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e produção sustentável em larga escala
Cases com conteúdo na COP30
Cooperativa
Título do Case
Sicoob Credicenm
Formando Cidadãos Conscientes: Cooperativas Mirins e o Futuro Sustentável
CCPR
Enxergando Sentido Global – Logística Nota 10
CCPR
Enxergando Sentido Global – Usina Fotovoltaica
CCPR
Enxergando Sentido Global – Cooperando Com O Planeta
Sicredi Confederação
Complexo Solar Sicredi Confederação
CCPR
Enxergando Sentido Global – Recicla Mais
Sicoob Aracoop
Fortalecimento Sustentável da Cadeia Produtiva da Piscicultura em Morada Nova de Minas
Sicoob Aracoop
Financiamento de Usina Fotovoltaica para o Cooperativismo de produção de frutas em Pirapora MG
Sicoob Credinacional
Micro Usinas Sicoob Credinacional: Energia Limpa e Impacto Social
Sicoob Coopemata
Transformação Sustentável: Neutralização de CO₂ e Reflorestamento para um Futuro Verde
Sicoob Credialto
Compartilhando Energia, Multiplicando Saúde: Cooperando por uma Saúde Sustentável
Sicoob Centro
Do cacau ao chocolate: cooperar é coisa nossa
Sicoob Montecredi
O despertar de uma Terra Adormecida: A Fazenda Três Meninas, a cafeicultura regenerativa no Cerrado Mineiro e sua contribuição para o produtor, o consumidor e o planeta
Unicred União
Projeto Integrado de Energia Renovável: Microusinas e Intercooperação da Unicred União
Cooperconcórdia
Programa multiplicadores lixo zero
Turiarte
Geração de renda sustentável com artesanato e turismo comunitário na Amazônia
Coopric
Café com identidade: Sustentabilidade e resiliência na Chapada Diamantina
Copercampos
Uma cooperativa sustentável – Ação local, impacto global
Coopercitrus
Sistematização agrícola de precisão: transformando paisagens, reduzindo emissões e multiplicando renda
Coopernorte
Programa de Produtividade COOPER+: inovação, sustentabilidade e aumento da produtividade no campo
Coopernorte
CPAC – Pesquisa aplicada e resiliência climática para a agricultura cooperativa amazônica
Coopernorte
Agroindústria COOPERNORTE: agregação de valor, segurança alimentar e sustentabilidade para o Pará
Cresol Confederação
"Geração de Renda Sustentável contribuindo com a Valorização da Cultura Quilombola na Comunidade Vargem do Sal através do Artesanato em Licuri''
Cresol Confederação
Transição Agroecológica Participativa para Cadeias Hortícolas e Frutícolas no Brasil e Uruguai
Cresol Evolução
Projeto Tampinhas Solidárias - Projeto de reciclagem de tampinhas
FECOGAP
O Garimpo como Aliado do Desenvolvimento Sustentável e da Inclusão Social na Amazônia
Lar
Cadeia de Proteína Animal da Lar Cooperativa: um Modelo de organização social e de desenvolvimento econômico
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Lar
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Lar
Produção sustentável de biodiesel como estratégia de redução de emissões e transição energética
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Redução da emissão de metano em dejetos de suínos, a partir da produção de energia elétrica por meio de biogás
Lar
Da Fonte à Vida: Protegendo e Recuperando Nascentes
Lar
Ferramenta de Impacto Sustentável com ênfase na agricultura de Precisão, redução de GEE e gestão de carbono no solo
Lar Cooperativa Corretora de Seguros
Gestão inteligente de riscos climáticos com seguro agrícola
Sicoob Conexão
Reinholz Chocolates: Empoderamento Feminino e Sustentabilidade no Campo
Sicoob Confiança
Piscicultura Autossustentável com Energia Fotovoltaica e Integração Cooperativa
Sicoob Metropolitano
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Sicredi Confederação
Projeto Recuperando Nascentes
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14/10/2025
ESG
ESGCoop: Unicred aposta em eficiência energética para reduzir impactos
Diagnóstico identificou oportunidades de melhoria e reforçou compromisso com práticas ESG
Nos dias 8 e 9 de outubro, a Unicred do Brasil recebeu a equipe do Programa ESGCoop, do Sistema OCB, para a realização da terceira fase da Solução Eficiência Energética, uma iniciativa que busca promover o uso mais racional e sustentável da energia nas cooperativas. As atividades ocorreram em Florianópolis (SC), com visitas às cooperativas Unicred Valor Capital, Unicred Coomarca e ao Núcleo Conexão.
A agenda reuniu representantes do Sistema OCB, do Sistema Ocesc, da consultoria Stride e da Unicred, além das equipes técnicas das cooperativas, que acompanharam todo o processo. A etapa teve como objetivo realizar um diagnóstico detalhado de eficiência energética, identificando oportunidades de melhoria, padronização e aprimoramento da gestão.
De acordo com a analista de Meio Ambiente do Sistema OCB, Laís Castro, a presença da equipe em campo é um passo essencial para o avanço da Solução. “Essa fase é fundamental para compreender a realidade de cada cooperativa e construir, de forma conjunta, estratégias que tragam resultados efetivos. O engajamento das equipes locais mostra o comprometimento do cooperativismo de crédito em unir sustentabilidade e eficiência operacional”, destacou.
Durante os dois dias de trabalho, foram mapeados processos internos e levantadas informações sobre o consumo e o gerenciamento de energia em diferentes unidades. O resultado será consolidado em um plano de ação a ser implementado com o acompanhamento técnico da consultoria especializada.
Para Ana Paula Martello Rodrigues, coordenadora técnica do Sistema Ocesc, a iniciativa reforça o papel de liderança do cooperativismo catarinense na agenda ESG. “As cooperativas Unicred Valor Capital e Unicred Coomarca reafirmam seu compromisso com a sustentabilidade e a otimização do uso de recursos ao participarem da Solução Eficiência Energética. A iniciativa reforça o alinhamento com as diretrizes ESG e evidencia o protagonismo do cooperativismo de crédito na promoção de práticas responsáveis”, destacou.
A diretora de Sustentabilidade e Supervisão da Unicred do Brasil, Silvana Parisotto Agostini, falou sobre a importância do projeto no contexto estratégico da instituição.“O projeto une pilares fundamentais da atuação cooperativista: sustentabilidade, viabilidade financeira, inovação e impacto ambiental positivo. Ao investir em soluções que otimizam o consumo de energia, a instituição reduz custos operacionais e reafirma seu compromisso com a responsabilidade ambiental”.
A Solução Eficiência Energética faz parte do Programa ESGCoop, coordenado pelo Sistema OCB, que apoia cooperativas de todos os ramos na implementação de práticas sustentáveis e de governança. A iniciativa fortalece o compromisso do cooperativismo com o desenvolvimento econômico aliado à responsabilidade ambiental e social.
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13/10/2025
ESG
Solução Neutralidade de Carbono: Cooperativas avançam na agenda climática
Workshop do Sistema OCB destaca resultados de 2025 e presença estratégica na COP30
Nesta sexta-feira (3), o Sistema OCB realizou o Workshop da Solução Neutralidade de Carbono: do projeto piloto ao palco internacional, com a participação de dirigentes e técnicos de cooperativas, representantes das organizações estaduais e parceiros estratégicos. O encontro online marcou a consolidação dos resultados do ciclo 2025 do projeto e apontou os próximos passos da iniciativa, que ganhará visibilidade internacional na COP30, em Belém (PA).
Na abertura, Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, destacou a importância do engajamento coletivo. “Este projeto só existe porque as cooperativas acreditaram e se engajaram. Hoje, temos a materialização prática do princípio da intercooperação. Juntos conseguimos negociar melhor, aprender juntos e avançar em uma pauta que parecia distante, mas que agora é realidade para o cooperativismo brasileiro”, afirmou.
A solução já conta com a adesão de 18 cooperativas, que realizaram seus inventários de emissões de gases de efeito estufa e publicaram no Registro Público de Emissões. Para Débora, esse movimento fortalece a imagem do cooperativismo como regime produtivo sustentável, capaz de responder a um dos maiores desafios globais. “Estamos saindo do discurso para a prática, e é essa experiência que queremos levar para a COP30. O cooperativismo brasileiro tem muito a mostrar ao mundo”, acrescentou.
Resultados e avanços
A apresentação dos resultados ficou a cargo de Laís Nara Castro, analista de sustentabilidade do Sistema OCB. Ela explicou que todas as cooperativas participantes conquistaram, no mínimo, o Selo Prata no Programa Brasileiro GHG Protocol – reconhecimento que certifica a qualidade dos inventários de emissões.
Segundo Laís, a Solução Neutralidade de Carbono vai além da mensuração: oferece consultoria, ferramentas tecnológicas, capacitação e suporte metodológico, e cria condições para que as cooperativas avancem na redução de emissões e no desenvolvimento de projetos de descarbonização.
“O inventário funciona como um diagnóstico. A partir dele, conseguimos identificar oportunidades de melhoria de processos, redução de custos e até acesso a novos mercados e linhas de crédito. Mais do que uma exigência de mercado, a descarbonização se mostra como um diferencial competitivo para as cooperativas”, explicou.
Laís também apresentou o guia metodológico desenvolvido em parceria com a Ambipar, que orienta passo a passo o processo de inventário e será disponibilizado às organizações estaduais e às cooperativas interessadas.
Narrativa estratégica
Para o coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, Alex Macedo, o maior desafio é construir uma narrativa clara e acessível para a alta liderança das cooperativas. “Carbono não é algo tangível, mas precisamos traduzir esse tema em valor: em redução de custos, reputação, novos negócios e acesso facilitado ao crédito. Esse é o papel da solução: apoiar tecnicamente e ajudar a comunicar de forma simples e direta o valor da descarbonização”, destacou.
Alex reforçou ainda que a agenda climática é um caminho sem volta, seja por demanda dos consumidores, exigências regulatórias ou pressão do mercado financeiro. “As cooperativas que quiserem se manter relevantes e competitivas precisam começar agora. E o Sistema OCB está preparado para apoiá-las nessa jornada”.
Conexão com a COP30
Um dos pontos altos do workshop foi a discussão sobre a presença do cooperativismo na COP30, marcada para novembro de 2025, em Belém. O Sistema OCB terá participação em diferentes espaços de debate e articulação, com destaque para o AgriZone, em parceria com a Embrapa e cooperativas de crédito, e para o pavilhão de Negócios de Impacto, em cooperação com uma entidade da ONU.
“Não basta estar presente fisicamente. Precisamos ocupar espaços de diálogo e decisão, levando propostas e mostrando a relevância do cooperativismo na agenda climática”, afirmou Débora Ingrisano.
Próximos passos
Além dos reconhecimentos já conquistados, o Sistema OCB projeta a evolução da solução, para incentivar as cooperativas a darem continuidade ao processo de inventário e implementação de ações de descarbonização. Também foi anunciado que cursos do CapacitaCoop e o novo guia metodológico estarão disponíveis para ampliar a capilaridade do tema e dar suporte técnico às organizações.
“A COP30 não é um ponto de chegada, mas parte de um processo de fortalecimento da agenda climática dentro das cooperativas. O Sistema OCB seguirá ao lado das cooperativas brasileiras, potencializando a jornada rumo à neutralidade de carbono”, concluiu Alex Macedo.
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03/10/2025
ESG
C.Vale avança na Solução Eficiência Energética do Programa ESGCoop
Diagnóstico presencial identificou oportunidades de melhoria na gestão de energia
A cooperativa C.Vale, com sede em Palotina (PR), recebeu entre os dias 16 e 18 de setembro a visita de equipes do Sistema OCB, do Sistema Ocepar e da consultoria Stride para a realização da terceira fase da Solução Eficiência Energética, iniciativa do Programa ESGCoop. O trabalho faz parte de um ciclo de ações voltadas a apoiar cooperativas de diferentes ramos na adoção de práticas de gestão mais sustentáveis, eficientes e alinhadas às demandas do futuro.
Nesta etapa, foi aplicado um diagnóstico presencial nas unidades de recria e produção de aviários da cooperativa. O objetivo foi identificar oportunidades de melhoria, padronização e aprimoramento da gestão energética, considerando tanto aspectos técnicos quanto de rotina operacional. A programação incluiu reuniões com a diretoria, visitas de campo acompanhadas pelas equipes técnicas e, ao final, a apresentação dos resultados e das recomendações iniciais.
Segundo o cronograma da solução, a partir do diagnóstico será elaborado um plano de ação específico para a C.Vale, que contará com acompanhamento técnico da consultoria para sua implementação. A expectativa é que os ganhos ultrapassem a economia direta de energia e tragam impactos positivos também na competitividade, na sustentabilidade e na cultura organizacional.
Para o CEO da C.Vale, Édio José Schreiner, a iniciativa reflete a forma como a cooperativa enxerga seu compromisso diário com a eficiência. “Na C.Vale acreditamos que cultura é construída todos os dias, pela forma como cada um conduz o seu trabalho. Eficiência energética é parte desse compromisso: melhorar continuamente, aprender sempre e assumir a responsabilidade pelo resultado. Quando cada colaborador age com senso de dono, a cooperativa se fortalece, cresce e garante um futuro de sucesso para todos”, destacou.
A percepção de que a eficiência energética se constrói a partir de atitudes simples e disciplina diária também foi ressaltada por Felipe Ferreira, supervisor de Gestão de Energia da cooperativa. “O diagnóstico em campo nos mostrou que eficiência energética nasce do simples: atenção aos detalhes, disciplina diária e responsabilidade no uso de cada kWh. Quando fazemos o básico bem-feito, abrimos espaço para grandes resultados. Essa é a nossa contribuição direta para tornar a cooperativa mais competitiva e sustentável”, declarou.
O Sistema OCB avaliou que a visita reforçou o papel estratégico do cooperativismo na construção de um modelo de desenvolvimento mais responsável. “A visita aos aviários da C.Vale evidencia, na prática, que a eficiência energética é um caminho estratégico para aliar produtividade, redução de custos e compromisso com a sustentabilidade no campo”, afirmou Thayná Côrtes, analista técnico-institucional.
Para a analista de desenvolvimento técnico Bruna Mayer, o diagnóstico realizado permitiu identificar oportunidades que vão além da manutenção e operação, oferecendo uma visão ampla dos principais consumidores de energia da unidade. “Ficou claro que os maiores gargalos muitas vezes resultam de pequenas ações que, somadas, geram grandes impactos. Parabenizamos a C.Vale pela iniciativa e a OCB por disponibilizar uma ferramenta tão relevante para a eficiência energética e o enfrentamento às mudanças climáticas.”
A Solução Eficiência Energética já vem sendo aplicada em cooperativas de diferentes ramos, sempre com foco em gerar indicadores, orientar investimentos e apoiar gestores na adoção de melhores práticas. A iniciativa integra o conjunto de soluções do Programa ESGCoop, criado para apoiar o cooperativismo brasileiro no avanço de práticas ambientais, sociais e de governança. A proposta é que cada ação tenha caráter prático, aplicável ao dia a dia das cooperativas, permitindo resultados concretos e mensuráveis.
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22/09/2025
ESG
GT ESGCoop inicia construção dos indicadores do Ramo Agro
Cooperativas e OCEs debateram parâmetros para mensurar sustentabilidade no setor
O cooperativismo agropecuário brasileiro deu mais um passo estratégico rumo à consolidação de sua agenda de sustentabilidade. Foi realizada nesta terça-feira (16) e quarta-feira (17), em Brasília, o encontro do Grupo de Trabalho ESGCoop dedicado à construção dos indicadores ESG do Ramo Agro. A iniciativa, conduzida pelo Sistema OCB em parceria com a Gália Consultoria, reúne cooperativas de diferentes segmentos do agro e Organizações Estaduais (OCEs) para debater e consolidar parâmetros que possam traduzir, em números e evidências, a atuação sustentável do setor.
O objetivo é criar indicadores específicos para o Ramo Agro, capazes de refletir toda a sua complexidade produtiva e regional. Participaram representantes de cooperativas de café, grãos, leite, proteína animal, fiação, flores, vinhos, citros e cana, entre outros. A diversidade de perfis assegura uma visão ampla e inclusiva sobre os desafios ambientais, sociais e de governança enfrentados pelo agro cooperativo.
A gerente-geral da OCB, Fabíola Nader Motta, destacou o caráter estratégico do encontro. “Estamos construindo uma base sólida de indicadores que darão visibilidade ao compromisso do cooperativismo agropecuário com a sustentabilidade. Nosso desafio é traduzir práticas em métricas que possam ser medidas, acompanhadas, comunicadas e reconhecidas pela sociedade, pelos mercados e pelos formuladores de políticas públicas”, afirmou.
O encontro integra a estratégia do ESGCoop de definir indicadores globais e setoriais para todos os ramos do cooperativismo. A ideia é construir um conjunto de métricas que permita aferir, com transparência e comparabilidade, o impacto positivo das cooperativas em diferentes áreas.
Até o momento, já foram desenvolvidos os indicadores globais e os específicos do Ramo Crédito, enquanto os do Ramo Saúde estão em fase final de elaboração. Agora, com o início da construção dos indicadores para o Ramo Agro, o movimento se expande para contemplar também a diversidade produtiva do campo. Ainda este ano, será dado início ao processo de definição dos indicadores voltados aos ramos Transporte e Infraestrutura, consolidando o compromisso do cooperativismo em mensurar e comunicar, de forma cada vez mais precisa, seus impactos socioambientais e de governança.
Também esteve em destaque, durante a agenda, uma reunião conjunta das Câmaras Temáticas Ambiental e COP30, que buscou ampliar o diálogo sobre sustentabilidade e reforçar a participação do cooperativismo nos debates globais de clima e governança.
Entre as cooperativas presentes estiveram Cooabriel (ES), Comigo (GO), CCPR (MG), Cooxupé (MG), Copasul (MS), Agrária (PR), Copacol (PR), Cocamar (PR), Frimesa (PR), Frísia (PR), Integrada (PR), Aurora Vinícola (RS), Coasa (RS), Cotripal (RS), Santa Clara (RS), Fecoagro/RS, Cooper A1 (SC), Coopercitrus (SP), Coplacana (SP), Holambra Agro Industrial (SP), Veiling Holambra (SP) e Cooperfrigu (TO). Além delas, dirigentes e técnicos das OCEs de nove estados também contribuíram com o debate.
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ESG
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Levantamento aponta avanços e novas oportunidades para gestão sustentável dos data centers
O Sicoob Confederação concluiu, no início de setembro, o diagnóstico de eficiência energética promovido pelo Sistema OCB, por meio do Programa ESGCoop. A iniciativa avaliou de forma detalhada a operação dos data centers da instituição e a estrutura predial identificando pontos de modernização e oportunidades de melhoria nos processos, com foco na redução de custos, no consumo consciente de energia e na sustentabilidade.
Entre os aspectos observados no diagnóstico, estiveram temas como a operação manual da climatização, revisão de isolamentos, limpeza por performance em vez de periodicidade fixa da usina fotovoltaica, uso de motores de altíssima eficiência, free cooling e maior automação na gestão dos sistemas. O levantamento destacou que, embora os avanços sejam consistentes, o fortalecimento da padronização e da melhoria contínua são práticas universais para garantir resultados duradouros em gestão energética.
Para Alex Macedo, coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, o projeto é um marco na integração entre sustentabilidade e competitividade no cooperativismo financeiro. “O diagnóstico no Sicoob demonstra que a eficiência energética é um caminho estratégico para reduzir custos, inovar e, ao mesmo tempo, contribuir para a descarbonização. Essa iniciativa reforça a importância de soluções que gerem retorno econômico e fortaleçam a agenda socioambiental das cooperativas, alinhando o setor às metas globais de transição energética e neutralidade de carbono.
Emanuelle Marques, gerente da área de Cidadania e Sustentabilidade do Sicoob, considerou que a adoção da solução representa um movimento estratégico. “Ela contribui diretamente para a redução de custos operacionais, fortalece nosso compromisso com a sustentabilidade e nos posiciona de forma responsável frente aos desafios climáticos. Ao aplicar essa solução, demonstramos que é possível unir eficiência e impacto positivo, reforçando nosso papel como cooperativa financeira comprometida com o desenvolvimento sustentável”, declarou.
Já Janderson Facchin, da Diretor da área Administrativa e Financeira do Sicoob, destacou a integração de múltiplos fatores no projeto. “Essa iniciativa fortalece nossa atuação como cooperativa financeira que valoriza o desenvolvimento sustentável, ao mesmo tempo em que nos posiciona de forma proativa frente aos desafios climáticos contemporâneos. Ao integrar tecnologia, inovação, eficiência energética, automação e consciência ambiental em um único projeto, demonstramos que é possível transformar modernização em impacto positivo, tanto para o Centro Cooperativo Sicoob quanto para as demais cooperativas e comunidades que servimos”.
O superintendente de Infraestrutura e Operações de TI, Dênio Rodrigues, reforçou que os resultados já começam a ser percebidos. “A consultoria de eficiência energética promovida pela OCB, por meio do ESGCoop, foi muito importante para reforçar que estamos trilhando o caminho certo na gestão sustentável dos nossos data centers, nos apoiando no aprimoramento de indicadores táticos operacionais, na priorização de investimentos e no alinhamento às melhores práticas de mercado. Resultado das ações empreendidas pelo Centro Cooperativo (CCS), fomos classificados como finalistas do DCD Latam Awards 2025 nas categorias Enterprise Data Center Evolution e Energy Impact. Parceiras como essa são fundamentais para ampliar a cultura da eficiência em todo o sistema cooperativo nacional, integrando tecnologia, propósito e responsabilidade socioambiental”, concluiu.
Além de sua ampla presença territorial, o Sistema Sicoob é coordenado pelo Centro Cooperativo Sicoob (CCS), com sede em Brasília (DF). Reunindo mais de 9,1 milhões de cooperados, o Sicoob está presente em todas as 27 unidades federativas e possui atuação direta em 2.452 municípios, por meio de 14 cooperativas centrais, 323 cooperativas singulares e 4.685 agências. A instituição também emprega mais de 38 mil colaboradores, que atuam tanto nas unidades físicas quanto nos canais digitais, garantindo atendimento próximo, personalizado e eficiente. Paralelamente, investe continuamente na expansão e no aprimoramento de seus canais digitais, assegurando praticidade e acesso facilitado aos seus serviços.
Essa estrutura sólida permite ao Sicoob aliar capilaridade, eficiência operacional e proximidade com seus cooperados, fortalecendo sua capacidade de desenvolver e implementar projetos de inovação, sustentabilidade e educação financeira em escala nacional.
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18/09/2025
Todos os ramos
Agropecuário
Consumo
Crédito
Infraestrutura
Saúde
Seguros
Trabalho, Produção de Bens e Serviços
Transporte
SABER COOPERAR
06/11/2025
Na COP30, cooperativas vão mostrar que soluções locais geram impacto global
A capacidade das cooperativas de promover ações sustentáveis e sua forte conexão com as comunidades colocará o movimento cooperativista em destaque na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30). Realizado pela primeira vez no Brasil, em Belém (PA), o evento buscará o comprometimento de líderes mundiais com ações urgentes para conter a crise climática, além da garantia de financiamento para adaptação em regiões e comunidades mais afetadas pelas mudanças do clima.
As cooperativas darão sua contribuição ao debate com soluções concretas em energia limpa, agricultura de baixo carbono, gestão de resíduos, finanças sustentáveis, segurança alimentar e bioeconomia. “Vamos apresentar propostas e posicionamentos construídos coletivamente no Manifesto do Cooperativismo Brasileiro para a COP30 e cases que mostram como ações locais de combate à mudança do clima geram impactos globais”, antecipou o coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, Alex Macedo.
De 10 a 21 de novembro, o cooperativismo participará da COP30 tanto no espaço oficial de negociação, a Blue Zone, quanto na área dedicada à sociedade civil, Green Zone; além de presença estratégica na Agri Zone, organizada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e em eventos de instituições parceiras do coop.
Leia a entrevista completa com o coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, Alex Macedo:
Sistema OCB: Qual será o papel do cooperativismo COP30?
Alex Macedo: A COP30 é o maior evento global sobre mudanças climáticas e, por ser realizada em Belém (PA), no coração da Amazônia, representa um marco simbólico e estratégico para o Brasil. A participação do cooperativismo brasileiro na COP30 tem como objetivo posicionar o setor como parceiro estratégico da transição climática global, reforçando sua contribuição para uma economia de baixo carbono e sua inserção nos mecanismos internacionais de financiamento e governança ambiental.
Em quais espaços as cooperativas brasileiras estarão representadas no evento?
O Sistema OCB coordenará a presença das cooperativas em múltiplos ambientes. Na Agri Zone (Embrapa), por exemplo, teremos o Pavilhão do Cooperativismo, um espaço de 300 metros quadrados (m²) que funcionará por duas semanas com exposições, oficinas, feiras, painéis e encontros institucionais, destacando o papel das cooperativas do agro e do crédito.
Já nosso espaço na Green Zone foi construído em parceria com a ONU. Trata-se de um pavilhão próprio de 100 m² e uma programação de painéis temáticos, alinhados aos eixos do Manifesto do Cooperativismo Brasileiro (transição energética, segurança alimentar, bioeconomia, adaptação climática e financiamento sustentável).
Além disso, teremos na Green Zone participação em painéis promovidos por parceiros como o Consórcio Amazônia, ABDI, CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) e Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). Adicionalmente, haverá presença das coops no Pavilhão Brasil, na Casa do Seguro, reforçando o vínculo entre inovação, mitigação de riscos climáticos e proteção da produção agrícola.
Quais as atividades do Sistema OCB programadas para a COP30?
A programação está estruturada em torno de um plano que combina representação institucional, disseminação de conhecimento e exposição de cases. As atividades confirmadas até agora são:
Painéis temáticos nos espaços oficiais, com a presença de representantes das coops e especialistas em sustentabilidade;
Apresentações de casos de sucesso, selecionados a partir de um edital nacional que recebeu 100 cases de 60 cooperativas;
Exposição e comercialização de produtos e marcas cooperativas nos pavilhões oficiais;
Ações de relacionamento e imprensa, garantindo ampla cobertura midiática e visibilidade internacional;
Eventos comemorativos pelo Ano Internacional das Cooperativas, reforçando o papel do setor como vetor da transição justa e sustentável.
Como foi a escolha dos cases cooperativistas para a COP30?
Selecionamos casos que representam não só inovação e impacto, mas também diversidade de ramos e de territórios. Os critérios de escolha das coops consideram cinco dimensões principais: impacto ambiental mensurável; potencial de replicabilidade e contribuição à agenda climática global; inovação tecnológica e integração com as metas de neutralidade de carbono; engajamento comunitário e inclusão social; e aderência aos eixos do Manifesto do Cooperativismo Brasileiro para a COP30.
Quais são os resultados esperados pelo cooperativismo brasileiro na COP30?
Com a participação das coops, o Sistema OCB busca o reconhecimento e a valorização do cooperativismo como aliado da transição justa. Nesse sentido, o movimento deve ser reconhecido como ator estratégico dessa transição, representando milhões cooperados e produtores – sobretudo pequenos e médios – que estão na base da segurança alimentar, da conservação ambiental e da inovação rural. E um dos motivos é que as cooperativas já desenvolvem soluções práticas de mitigação e adaptação climática, promovendo inclusão, geração de renda e sustentabilidade territorial.
Além disso, esperamos que as cooperativas sejam integradas de forma estruturada à implementação das NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas) e aos espaços de governança climática, em níveis nacional e subnacional, pois essa inclusão amplia a capilaridade e legitimidade das políticas públicas, garantindo que as ações climáticas cheguem aos territórios, propriedades e comunidades locais. Acreditamos que o cooperativismo oferece infraestrutura institucional, escala e capacidade técnica para apoiar metas de energia renovável, bioeconomia, manejo sustentável e restauração de áreas degradadas, consolidando a ideia de que a ação climática eficaz depende da ação coletiva e organizada. Por fim, defendemos que haja financiamento e valorização econômica da sustentabilidade, pois ela precisa ser reconhecida não como custo, mas como modelo de negócio do futuro.
Quais as contribuições do cooperativismo para a agenda climática?
As cooperativas promovem inclusão social, desenvolvimento territorial e organização social nas comunidades onde estão inseridas. A sua capilaridade e o alcance das suas redes de assistência permitem que o cooperativismo se torne uma plataforma poderosa para o financiamento climático e a implementação de práticas sustentáveis em áreas como agricultura, energia renovável, gestão de resíduos e conservação ambiental.
Nas cooperativas agropecuárias, práticas de agricultura de baixo carbono, integração lavoura-pecuária-floresta e uso eficiente da água reduzem emissões e aumentam a resiliência do solo. No setor energético, cooperativas têm instalado usinas solares e biodigestores, para levar energia limpa a comunidades inteiras. No crédito, as coops democratizam o acesso a recursos climáticos e fomentam projetos de descarbonização.
Além disso, o cooperativismo atua na capacitação e conscientização: programas como a Solução Neutralidade de Carbono e os cursos ambientais da plataforma CapacitaCoop têm preparado centenas de cooperativas para medir emissões, desenvolver inventários e criar planos de mitigação.
Portanto, ao integrar a agenda ambiental em suas práticas, as cooperativas desempenham um papel crucial na justiça climática, promovendo a adaptação das comunidades, a mitigação dos impactos ambientais e a ampliação do acesso a recursos e tecnologias mais sustentáveis.
Como esse impacto cooperativo na ação climática se dá em âmbito local?
Ao nascerem das necessidades das próprias comunidades, as cooperativas assumem como prioridade a sustentabilidade do território em que atuam. Em pequenas comunidades rurais, por exemplo, vemos cooperativas que implantam sistemas agroflorestais e projetos de bioeconomia, que conciliam a geração de renda e a preservação da biodiversidade. Em áreas urbanas, cooperativas de catadores transformam resíduos em fonte de renda e reduzem a poluição.
Essas ações locais geram impactos globais. Uma usina solar que abastece uma escola em Santarém (PA) ou uma cooperativa que implanta biodigestores em Assis Chateaubriand (PA), reduzindo custos ou emissões, vão além – elas mostram que é possível um desenvolvimento que respeita os limites do planeta.
O cooperativismo, nesse sentido, é uma verdadeira ponte entre o local e o global: soluções que nascem na comunidade, mas reverberam em todo o planeta. O futuro será cooperativo ou simplesmente não será sustentável, porque só a cooperação é capaz de equilibrar o que produzimos, o que consumimos e o que deixamos como legado.
SABER COOPERAR
03/11/2025
PodCooperar: nova temporada mostra que o futuro sustentável passa pelo cooperativismo
A nova temporada do PodCooperar, podcast produzido pelo Sistema OCB, apresenta histórias reais de como o cooperativismo brasileiro tem promovido a transformação sustentável em todos os setores em que atua, com boas práticas, inovação e inclusão.
“Falar sobre ações ambientais, sociais e de governança hoje é comum. O que muita gente não sabe é que o cooperativismo já vive essa realidade, na prática, há muito tempo. E não poderia haver momento melhor para contar essas histórias do que no Ano Internacional das Cooperativas, e quando o Brasil recebe pela primeira vez a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30)”, explica a gerente de Comunicação e Marketing do Sistema OCB, Samara Araujo.
Em oito episódios, a nova temporada do PodCooperar conduz os ouvintes em uma viagem pelo Brasil que dá certo com o cooperativismo. A série passa pela Amazônia, onde as coops promovem a bioeconomia que protege a floresta, mostra a força de mulheres que lideram a produção de cafés sustentáveis em Minas Gerais e apresenta inovações cooperativistas para transformar resíduos em energia no Sul do país. Os episódios também contam histórias sobre construções verdes, mobilidade sustentável e boas práticas de governança.
“Esta temporada do PodCooperar reforça a iniciativa e o propósito movimento SomosCoop para dar visibilidade a um modelo de negócios que une desenvolvimento econômico e impacto social e ambiental. Os novos episódios mostram como os princípios do cooperativismo se conectam diretamente às práticas ESG, com histórias de comunidades e regiões que foram transformadas por meio das práticas cooperativistas”, acrescenta Samara Araujo.
O primeiro episódio da nova temporada do PodCooperar, sobre a Cooperacre, já está disponível no Spotify. A próxima história, da Cooates, vai ao ar na próxima quinta-feira (6/11). Ao longo do mês de novembro, dois novos programas serão lançados a cada semana.Conheça os novos episódios do PodCooperar:
Ep. 1 — Floresta em pé (Cooperacre)
Você vai conhecer a história da Cooperacre, uma central de cooperativas no Acre que prova que é possível gerar riqueza e manter a floresta em pé. A trajetória de extrativistas como Seu Raimundo apresenta como a coop aprendeu, com a natureza, produzir sem desmatar. Além disso, você vai descobrir parcerias inovadoras, que valorizam desde a borracha sustentável até a castanha, estão garantindo renda para centenas de famílias e, ao mesmo tempo, incentivando a preservação.
Ep. 2 — Inovação a favor da sustentabilidade (Cooates)
Do verde da Amazônia, viajamos para o litoral sul de Pernambuco. Lá, a Cooates se tornou uma referência em recuperação ambiental. O episódio vai revelar como a cooperativa assumiu a gestão do maior viveiro de mudas do Nordeste, no Complexo do Porto de Suape, e está reflorestando áreas degradadas da Mata Atlântica e da Caatinga. Você vai entender como eles transformaram agricultores em verdadeiros "produtores de água", remunerados para recuperar nascentes, e como a inovação na apicultura está levando o mel de floradas nativas para o mercado internacional.
Ep. 3 — Bioenergia no combate ao aquecimento global (Frimesa)
Como uma das maiores processadoras de carne suína do Brasil pode liderar a transição para uma matriz energética 100% limpa? O terceiro episódio responde a essa pergunta ao apresentar o case da Frimesa, no Paraná. A cooperativa transformou um desafio ambiental do descarte de dejetos da produção em uma solução energética revolucionária. Ao converter resíduos em biogás para substituir combustíveis fósseis em suas operações, a Frimesa não apenas reduziu drasticamente suas emissões de gases de efeito estufa, mas também preservou a economia.
Ep. 4 — Arquitetura do futuro (Sicredi Dexis)
Este episódio conta a história da sede da Sicredi Dexis, o primeiro prédio verde do interior do Paraná, com certificações de sustentabilidade do mais alto nível mundial: o LEED Platinum. O edifício gera sua própria energia, capta água da chuva e foi projetado para garantir o máximo de bem-estar para colaboradores e associados.
Ep. 5 — Inclusão feminina no campo (Coopfam)
As montanhas de Poço Fundo, em Minas Gerais, trazem histórias de superação, igualdade e sabor com as mulheres da Coopfam, que transformaram a dor da perda em um movimento de empoderamento. Lideradas por pioneiras como Dona Maria José, elas criaram o "Café Feminino Sustentável", um produto orgânico e de alta qualidade, 100% produzido por elas.
Ep. 6 — Extraindo jóias da floresta (Xambiart)
Este episódio nos leva para conhecer a biodiversidade do Tocantins, com a Xambiart. A cooperativa transforma sementes, fibras, cocos e madeiras locais em peças de artesanato únicas, que carregam a identidade cultural da região. Além de ser premiada por suas práticas de economia solidária, a Xambiart também mostra como é possível gerar trabalho e renda de forma sustentável, valorizando os recursos naturais sem esgotá-los e fortalecendo os laços comunitários por meio da arte.
Ep. 7 — Frota verde (Coopmetro)
A redução de emissão de gases do efeito estufa é um dos principais desafios ambientais do ramo Transporte. Em Minas Gerais, a maior cooperativa de transporte de cargas do Estado mostrou ser possível mudar de rota. O episódio detalha a jornada de transição energética da cooperativa, que começou com a substituição de veículos a diesel por versões mais limpas, movidos com gás natural, etanol e até energia elétrica. Já são mais de 1.600 veículos rodando com fontes de energia mais ecológicas — combustível para um futuro com menos impacto ambiental.
Ep. 8 — Resultados transparentes (Unimed do Brasil)
Saiba como uma gigante do cooperativismo de saúde, a Unimed do Brasil, aplica os princípios ESG em sua essência. O episódio vai além dos consultórios para mostrar como o investimento em ações sociais, culturais e de valorização das equipes se traduz em bem-estar para toda a comunidade, além dos resultados dos relatórios de sustentabilidade.
Ouça o PodCooperar no Spotify ou acesse o podcast no site do SomosCoop.
SABER COOPERAR
Cooperativismo brasileiro é destaque em prêmios nacionais e internacionais de sustentabilidade
Às vésperas da COP30, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que será realizada em Belém (PA), o papel do cooperativismo para um futuro mais sustentável ganha destaque - especialmente por sua contribuição para a ação climática. As cooperativas estão na linha de frente da transição energética, bioeconomia e agricultura de baixo carbono, além de atuarem em outras frentes de descarbonização da economia.
Além da ação climática, as coops brasileiras têm se dedicado a adotar práticas que conciliam desenvolvimento econômico, preservação ambiental e bem-estar social, contribuindo para a sustentabilidade em todas as suas dimensões. Essa atuação consistente é reconhecida dentro e fora do país, com projetos e iniciativas premiadas.
Conheça 5 cooperativas brasileiras premiadas por ações sustentáveis:
1 - Crédito verde
Um dos desafios para que as ações de combate às mudanças climáticas saiam do papel é o financiamento. Pelo seus esforços em apoiar projetos que têm a sustentabilidade como pilar, o Sicredi foi premiado, em 2023, com o Environmental Finance Impact Awards, na categoria Lender of the Year, ou “Credor do Ano”.
O reconhecimento é resultado da atuação do sistema cooperativista no financiamento de projetos de impacto ambiental em todo o Brasil, entre eles iniciativas de energias renováveis, eficiência energética, agricultura sustentável e pequenas e microempresas. O prêmio é concedido pela revista britânica Environmental Finance, especializada em conteúdo voltado para investimentos sustentáveis. A honraria valoriza o trabalho de investidores de impacto em todo o mundo, destacando as melhores práticas em diferentes setores e regiões do mundo. O júri é composto por investidores, juntamente com a equipe editorial da revista.
2 - Floresta em pé
A produção sustentável, com respeito aos saberes tradicionais e ao manejo florestal, é o foco do trabalho da Cooperativa Reca - Reflorestamento Econômico Consorciado e Adensado, fundada no fim da década de 1980 por agricultores familiares de Rondônia. No município de Nova Califórnia, na divisa entre Rondônia, Acre, Amazonas e Bolívia, a cooperativa produz polpas de frutas, óleos e sementes que são vendidos para todo o país.
O sistema de agroflorestas, que gera renda para cerca de 300 famílias da região – ao mesmo tempo em que preserva a mata nativa – foi reconhecido em 2023 em um prêmio concedido pela Natura, uma das maiores empresas de cosméticos do mundo. A premiação celebra organizações, dentro e fora do Brasil, que se destacam em um dos pilares que compõem o programa EMBRACE, voltado aos fornecedores de matérias-primas utilizadas nos produtos da marca. A Cooperativa Reca foi reconhecida por fornecer insumos de alta qualidade, a partir de práticas inovadoras voltadas para a preservação ambiental e a promoção da sociobiodiversidade na Amazônia.
3 - Produção sustentável
No Paraná, a Coopavel iniciou suas atividades na década de 1970 focada na produção de grãos. Hoje, com quase 5 mil cooperados e presença em mais de 20 municípios paranaenses, a cooperativa tem forte atuação na suinocultura e avicultura, com um olhar atento para as práticas sustentáveis. Em 2024, uma dessas ações – a modernização da Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) de uma unidade de produção em Juvinópolis – levou a coop ao primeiro lugar da Open Farm Awards, promovido pela multinacional Cargill.
Com a implantação do projeto, os efluentes líquidos gerados na produção de suínos passam por um tratamento para que sejam adequados ao padrão de lançamento, sem causar danos ao meio ambiente. O sistema permite o reuso de parte do efluente tratado em outras atividades da unidade, como a higienização das instalações, reduzindo o consumo de água potável. O biogás extraído do processo também é reaproveitado na geração de energia.
4 - Controle de poluentes
Em mais um exemplo de alinhamento do cooperativismo agropecuário brasileiro com a produção sustentável, a Aurora Coop conquistou o primeiro lugar do 30º Prêmio Expressão de Ecologia, na categoria “Controle da Poluição”. A iniciativa é uma das maiores premiações ambientais do país no segmento empresarial.
A Aurora Coop é uma central que reúne 14 cooperativas singulares, presentes nos estados de Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul, em mais de mil municípios. O projeto que levou a Aurora ao pódio foi o de modernização e ampliação das estações de tratamento de efluentes líquidos em unidades no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Foram investidos mais de R$ 40 milhões na mudança, que marcou a história da cooperativa pela adoção de novos conceitos e tecnologias que devem ser replicados em futuras instalações.
5 - Tecnologia com propósito
O investimento consistente do Sicoob em tecnologia nos últimos anos levou a cooperativa a se tornar pioneira em várias soluções que oferece ao mercado e aos seus cooperados. O resultado também se reflete na área da sustentabilidade, com reconhecimento internacional. O sistema cooperativista esteve entre os finalistas do DCD Latam Awards 2025, promovido pelo Data Center Dynamics.
O Sicoob se destacou em duas categorias: Enterprise Data Center Evolution e Energy Impact, com projetos que buscam modernizar os seus data centers, com melhorias que visam a inovação, sustentabilidade e consumo energético eficiente.
31/10/2025
SABER COOPERAR
Parcerias que transformam: com intercooperação, cooperativas colocam ODS 17 em prática
Enfrentar desafios globais como fome, pobreza, desigualdade e mudanças climáticas exige colaboração. Para mobilizar recursos, conhecimento e tecnologias para essa tarefa, a Organização das Nações Unidas (ONU) definiu o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 17, que trata de parcerias para viabilizar as demais metas e construir um mundo melhor. No cooperativismo, essa aliança tem nome: intercooperação. Por meio dela, o setor implementa ações que geram impacto econômico, social e desenvolvimento sustentável.
“As cooperativas são fundamentais para o cumprimento dos ODS e podem fortalecer os meios de implementação com seus valores e princípios, tornando os processos mais eficazes e participativos”, destaca o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
Maior mobilização de voluntariado do cooperativismo brasileiro, o Dia de Cooperar (Dia C) é um exemplo nacional de parceria pelo bem comum. Todos os anos, milhares de cooperativas se unem para realizar ações socioambientais que, apenas em 2024, beneficiaram 5,54 milhões de pessoas, segundo dados do AnuárioCoop 2025.
O Sicoob Central ES, sistema regional com atuação no Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia, participa do Dia C com ações sociais articuladas entre suas seis cooperativas. Este ano, os voluntários promoveram mais de 70 projetos – como atividades culturais, serviços gratuitos, lazer e educação – alcançando diretamente cerca de 25 mil pessoas em 57 municípios. As ações estão ligadas ao ODS 3 – Saúde e bem-estar, ODS 4 – Educação de qualidade, ODS 10 – Redução das desigualdades, entre outros.
“Mais do que somar esforços, a intercooperação representa o entendimento de que o desenvolvimento sustentável depende da articulação entre atores locais comprometidos com a transformação social”, afirma a diretora de Recursos Humanos e Sustentabilidade da central, Sandra Kwak.
Além das ações conjuntas internas, o Sicoob Central ES atua com outras cooperativas e parceiros institucionais para promoção de ações sociais e comunitárias, em uma articulação multissetorial, uma das ferramentas previstas no ODS 17. No programa Bikes, por exemplo, a central de cooperativas de crédito viabiliza, junto com a Unimed e a empresa Serttel, o compartilhamento de bicicletas para melhorar a mobilidade urbana em Vitória e Vila Velha, contribuindo para o ODS 11 – Cidades e comunidades sustentáveis.
“A intercooperação faz parte da nossa essência como instituição cooperativa. Acreditamos que parcerias são fundamentais para promover o desenvolvimento sustentável e ampliar nosso alcance social. Essas experiências demonstram que, ao unirmos competências e propósitos, conseguimos gerar transformações significativas para os territórios onde atuamos”, destaca a gestora.
Desde 2019, o Sicoob Central ES também apoia instituições do terceiro setor por meio do Edital de Projetos Sociais, que financia ações de cultura, empreendedorismo, educação e esporte. O programa já investiu quase R$ 20 milhões e impactou diretamente cerca de 500 mil pessoas, fortalecendo instituições comprometidas com o desenvolvimento das regiões onde atuam.
Intercooperação no campo
No Sul do Brasil, a Central de Negócios da Federação das Cooperativas Agropecuárias de Santa Catarina (Fecoagro) atua com intercooperação para melhorar a produtividade e os resultados de 72 mil produtores rurais cooperados, contribuindo para o ODS 2 – Fome zero e agricultura sustentável, ODS 8 – Trabalho decente e crescimento econômico e ODS 12 – Consumo e produção responsáveis.
A central realiza negociações conjuntas que superaram R$ 1,64 bilhão em 2024, com R$ 47,8 milhões em economia gerada no período. De acordo com o diretor executivo da federação, Ivan Ramos, a união fortalece a competitividade das cooperativas agropecuárias catarinenses e amplia sua capacidade de investimento e inovação.
“A Fecoagro conecta suas ações regionais às metas globais de desenvolvimento sustentável, entre elas o ODS 17, que trata de intercooperação. Essas práticas reforçam nosso compromisso em gerar valor compartilhado, equilibrando resultados econômicos, inclusão social e preservação ambiental”.
Em outra frente de cooperação para apoiar os produtores, a federação tem parcerias institucionais como o Programa Terra Boa, junto ao Governo de Santa Catarina, que facilita o acesso a sementes, fertilizantes e outros insumos para melhorar a produtividade e a renda. Há mais de 25 anos, a aliança entre o poder público e a cooperativa vem gerando impacto econômico e social em larga escala e já beneficiou mais de 58 mil agricultores da região.
“A atuação da Fecoagro dialoga com a Agenda Global de Sustentabilidade e foi estruturada a partir de uma rede de parcerias com outras cooperativas, governo e outras instituições, mostrando que o trabalho em conjunto gera impacto econômico e social significativo para a região e para as pessoas”, destaca Ramos.
Saiba mais sobre a contribuição do coop para os ODS no infográfico Como as cooperativas constroem um mundo melhor? Acesse aqui!
23/10/2025
SABER COOPERAR
“DICC é oportunidade de propagar cooperativas de crédito”, diz coordenador
Um futuro mais próspero começa com cooperação. Com esse olhar, o mundo celebra hoje (16/10) o Dia Internacional das Cooperativas de Crédito (DICC) – data que, desde 1948, reconhece a contribuição das instituições financeiras cooperativas para o desenvolvimento socioeconômico e seu papel como agentes de transformação.
Este ano, o mote da campanha global liderada pelo Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito (WOCCU, na sigla em inglês) é “Cooperação por um mundo próspero”. No Brasil, o Sistema OCB e os sistemas cooperativos de crédito se uniram em uma mobilização de intercooperação para aproximar o tema da realidade brasileira e mostrar o impacto do segmento para a inclusão e o desenvolvimento no país.
A ideia foi traduzida em uma pergunta simples e que está no cotidiano de milhões de pessoas, mas com uma resposta inovadora: “No crédito ou no débito? No coop!” Com linguagem acessível, a campanha lembra que escolher o cooperativismo tem um impacto coletivo: movimenta a economia, fomenta negócios locais e promove a prosperidade compartilhada.
“Com a ação unificada, queremos que nossas estruturas, nossas cooperativas, estejam alinhadas. Que as iniciativas sejam coordenadas e a gente consiga propagar de forma muito clara e didática para a sociedade o que é o cooperativismo de crédito, seus princípios, seus objetivos, e, claro, alcançar o maior número de pessoas”, explica o coordenador do Ramo Crédito no Sistema OCB, Thiago Borba.
A campanha para o DICC 2025 terá ações coordenadas nas redes sociais do SomosCoop, com postagens em colaboração com Sicoob, Sicredi, Unicred, Cresol, Ailos e Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop) e chamado ao engajamento de cooperativas de crédito, tanto as filiadas a sistemas quanto as independentes.
Em entrevista ao Sistema OCB, Borba explica a importância do DICC e de que forma o cooperativismo de crédito brasileiro gera prosperidade e transforma o futuro do país. Leia a seguir:
Sistema OCB: Qual é a importância de uma data mundial para celebrar o cooperativismo de crédito?
Thiago Borba: É um momento em que todos os envolvidos no cooperativismo de crédito, ou seja, um movimento de milhões de pessoas, relembram a causa que os une. O DICC é um movimento mundial que, pelo seu alcance, chama a atenção de toda a sociedade, inclusive de pessoas que ainda não estão dentro do cooperativismo. Nós mostramos que existe um modelo de instituição financeira que trabalha em uma linha mais democrática, sustentável e inclusiva.
Como o Sistema OCB mobiliza as cooperativas brasileiras para a data?
Isso acontece por meio de conversas nos fóruns em que os sistemas cooperativos de crédito estão presentes. Buscamos alinhar estratégias e a comunicação. É claro que cada coop e sistema tem a sua característica, sua particularidade, mas a intenção é garantir uma identidade. Também buscamos desenvolver ações e iniciativas de modo coordenado para engajar os diferentes públicos, de forma que nos dê mais força, mais alcance.
Quais os principais objetivos da mobilização nacional deste ano para o DICC?
O que nós sempre buscamos é o engajamento, esse ano não vai ser diferente. Que as iniciativas sejam coordenadas e a gente consiga propagar de uma forma muito clara e didática para a sociedade o que é o cooperativismo, seus princípios, seus objetivos e, obviamente, alcançar o maior número de pessoas. Precisamos fazer com que o cooperativismo de crédito seja mais conhecido pela sociedade, pelos gestores, pelos tomadores de decisão e criadores de políticas públicas. Temos que ser claros na nossa mensagem para explicar nossos diferenciais, porque não somos uma instituição financeira como outra qualquer.
O mote do DICC 2025 é o papel das cooperativas financeiras para um mundo próspero. Como isso acontece na prática?
Nosso propósito é estar presente onde instituições financeiras de outra natureza societária não estão. Essa forma de atuação mostra claramente a preocupação do cooperativismo de crédito com a inclusão financeira. E nós demonstramos isso por meio de números: fisicamente, as cooperativas de crédito estão em aproximadamente 60 a 70% dos municípios brasileiros. E mais: dos 5.570 municípios, em 469 deles, as cooperativas de crédito são a única instituição financeira no local. Então, em quase 10% dos municípios brasileiros, enquanto outros agentes bancários se retiram e migram para o virtual, nós permanecemos. Sabemos que, muitas vezes, o brasileiro não tem acesso a essas ferramentas digitais, por isso as cooperativas continuam expandindo a sua presença e a sua atuação, inclusive fisicamente.
No Brasil, a questão da inclusão financeira tem alguma particularidade em relação ao restante do mundo?
Essencialmente, a característica geográfica que a gente tem é um desafio. Estamos em um país de dimensões continentais, com culturas completamente distintas. A própria ocupação dos territórios é um traço que, muitas vezes, facilita ou dificulta a entrada do cooperativismo. Há algum tempo temos trabalhado no fortalecimento do cooperativismo de crédito de forma mais contundente nas regiões Nordeste e Norte. Com o propósito de levar a inclusão, bancarização e desenvolvimento local, temos trabalhado fortemente para que o cooperativismo se desenvolva cada vez mais nessas regiões. Muito em breve, teremos indicadores de market share, de penetração, similares ao que já temos no Sul e em alguns estados da região Centro-Oeste.
Como a estratégia de investir no atendimento físico, e não apenas nos serviços digitais, se conecta com os princípios do cooperativismo?
Nesse aspecto, temos o casamento de uma necessidade com um diferencial. Ainda temos a necessidade de comunicar para a sociedade o que é o cooperativismo. E a presença física tem esse potencial: “Olha, cheguei, estou aqui no seu município, sou o Sistema X, sou uma cooperativa de crédito”. E um traço muito característico do cooperativismo de crédito é a confiança. O relacionamento virtual ainda não está maduro o suficiente na sociedade brasileira para transmitir confiança entre partes, entre a instituição financeira e o seu cooperado. Essa presença olho no olho é importante, em especial para alguns públicos atendidos pelas cooperativas de crédito, como o cooperado rural, que tem essa necessidade do aperto de mão e da confiança, eles precisam desse acesso. Precisam conhecer quem é o presidente, o diretor, o gerente que o atende. Essas características continuam impulsionando o cooperativismo de crédito para que a gente avance na ocupação territorial física.
Como valorizar esses diferenciais das cooperativas de crédito e ampliar o conhecimento sobre elas?
Desde a pessoa que está ali no posto de atendimento, o segurança que cuida da porta giratória da agência, o presidente da cooperativa, as instituições de representação, sejam estaduais ou a OCB Nacional, todos têm que entender qual é o propósito da instituição em que trabalha. Temos que ter uma comunicação muito fluida, linear e homogênea sobre o que a gente é, porque existimos e qual é o nosso diferencial.
Assista ao vídeo da campanha do Dia Internacional das Cooperativas 2025:
16/10/2025
SABER COOPERAR
“Cooperativas são estratégicas para o desenvolvimento da Amazônia”, afirma pesquisador da UFV
Às vésperas da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém (PA), que colocará a Amazônia no centro das discussões sobre o futuro do planeta, o cooperativismo deve ser reconhecido como um agente estratégico para o desenvolvimento da região. A avaliação é do professor e pesquisador Alair Freitas, que há quase duas décadas se dedica ao estudo desse modelo de negócios e atualmente coordena o Centro de Referência em Empreendedorismo e Cooperativismo para o Desenvolvimento Sustentável da Universidade Federal de Viçosa (UFV).
“As cooperativas são fundamentais para a Amazônia porque estruturam a produção, viabilizam a comercialização e garantem renda a milhares de famílias que vivem da sociobiodiversidade. Elas são estratégicas para transformar o potencial econômico da floresta em pé em oportunidades concretas de desenvolvimento sustentável para a região”, afirmou Freitas em entrevista ao Sistema OCB.
A conclusão está em um estudo feito pelo pesquisador para o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com análises sobre o papel do cooperativismo entre produtores da agricultura familiar, povos e comunidades tradicionais na Amazônia. Além dessa contribuição, Freitas atua em pesquisas sobre o futuro do cooperativismo e afirma que o coop precisará ser mais empreendedor para garantir resiliência e competitividade.
Ex-aluno e docente do curso de Cooperativismo da UFV, que acaba de completar 50 anos, Freitas também destaca a importância da formação especializada no setor e defende a educação cooperativista como ferramenta de fortalecimento da gestão.
Leia a entrevista completa:
Sistema OCB: Qual o papel das cooperativas hoje no Brasil?
Alair Freitas: As cooperativas ocupam hoje praticamente todos os setores da economia brasileira, do agropecuário à saúde, do crédito ao consumo, do transporte à habitação. Essa presença difusa mostra que elas não são apenas alternativas, mas parte estrutural da economia nacional. O diferencial, no entanto, está no seu papel inclusivo: em um país com níveis históricos de desigualdade, as cooperativas têm se mostrado capazes de gerar trabalho e renda para famílias vulneráveis, abrir mercados para pequenos produtores e agricultores familiares, e proteger interesses coletivos diante de um mercado cada vez mais concentrado.
Elas também cumprem funções que extrapolam a dimensão econômica: atuam como mediadoras no acesso a políticas públicas, como estruturadoras de cadeias produtivas, e como indutoras de ciclos virtuosos em territórios, ao reinvestirem excedentes em atividades locais e em serviços relevantes para a comunidade. Esse efeito multiplicador é talvez a contribuição mais poderosa do cooperativismo ao Brasil contemporâneo: transformar resultados econômicos em desenvolvimento social e territorial.
Na Amazônia, essa relação entre cooperativas e desenvolvimento é mais direta? O que as cooperativas representam para as comunidades tradicionais?
Na região amazônica, o cooperativismo não é apenas uma opção, mas uma estratégia decisiva para garantir que a riqueza da floresta permaneça nas mãos das comunidades que a preservam. As cooperativas permitem que essas populações captem valor de forma organizada e coletiva, em vez de serem apenas fornecedoras periféricas de matérias-primas. Em muitos casos, já não se trata apenas de comercializar produtos extrativos, mas de coordenar cadeias inteiras, com controle sobre diferentes elos produtivos e de comercialização, garantindo maior autonomia e protagonismo aos extrativistas.
Esse movimento conecta-se diretamente às agendas globais de bioeconomia e de desenvolvimento sustentável. O fortalecimento do cooperativismo amazônico significa alinhar o Brasil a compromissos internacionais de preservação ambiental e justiça social, mas com um diferencial: a floresta viva se mantém não porque está intocada, mas porque as comunidades conseguem viver dela com dignidade e governar seus recursos de forma cooperativa. É nesse ponto que sustentabilidade deixa de ser discurso e se torna prática concreta.
Como as cooperativas contribuem para colocar a agenda sustentável em prática na região?
Elas não apenas valorizam os saberes tradicionais, mas podem ser instrumentos de proteção das comunidades e de seu patrimônio imaterial. O modelo cooperativo permite criar estruturas de governança adaptadas, nas quais as representações comunitárias participam efetivamente dos processos decisórios. Nos próximos anos, com o aumento da demanda por produtos rastreáveis, de origem sustentável e socialmente justos, as cooperativas podem se consolidar como meios privilegiados para conectar comunidades tradicionais a mercados globais, garantindo autonomia e evitando sua marginalização nas cadeias produtivas.
Quais são, na sua avaliação, os principais desafios que o movimento cooperativista tem hoje e que definirão seu futuro?
O cooperativismo brasileiro enfrenta hoje desafios que colocam em xeque sua vitalidade. O primeiro é profissionalizar a gestão sem perder a essência democrática. Isso implica repensar a governança para que, mesmo em organizações grandes e complexas, a participação real dos cooperados seja preservada e valorizada. A cooperativa precisa demonstrar, de forma concreta, que continua sendo cooperativa, que gera valor coletivo e que não se reduz a uma empresa convencional.
Outro grande desafio é a transformação digital e a inovação. Mas aqui o ponto central não é apenas incorporar tecnologia, e sim mudar o mindset organizacional, estimulando comportamentos mais criativos, colaborativos e abertos ao risco. A inovação será o motor da competitividade futura, e sua força está mais no campo cultural do que no tecnológico.
E talvez o desafio mais estratégico seja o da renovação geracional. Atrair, formar e engajar jovens não é apenas uma questão de continuidade, mas de sobrevivência. O cooperativismo precisa se mostrar relevante e desafiador para as novas gerações, sob pena de perder espaço na sociedade e se tornar irrelevante em poucos anos.
Quais os caminhos para o cooperativismo do futuro e como tornar o movimento mais conhecido pela sociedade?
O futuro do cooperativismo dependerá da sua capacidade de se posicionar de forma estratégica em um cenário de transformações aceleradas. Não basta reafirmar princípios; é necessário traduzi-los em práticas que dialoguem com os desafios contemporâneos. Isso significa consolidar o cooperativismo como estratégia de desenvolvimento sustentável e modelo de negócios de impacto, capaz de gerar valor econômico, social e ambiental de maneira integrada.
Um caminho decisivo é aproximar-se das agendas globais de sustentabilidade, transição ecológica e economia de impacto, comunicando melhor à sociedade o que o diferencia das empresas convencionais. Outro elemento central é a capacidade de se articular em redes e ecossistemas inovadores, fortalecendo parcerias com universidades, governos e empresas, e ocupando espaços estratégicos em políticas públicas.
Qual o papel da educação nessa missão de tornar o cooperativismo ainda mais relevante?
A educação cooperativista, em seu sentido amplo, precisa ser assumida como estratégia institucional, e não como atividade secundária. Em um mundo marcado pela digitalização dos negócios e pelas mudanças no comportamento de consumo, o que fidelizará o cooperado é a percepção clara do valor que a cooperativa gera para ele. A educação pode ser o principal instrumento para fortalecer esse vínculo, traduzindo princípios em práticas e qualificando a gestão. Além disso, precisamos impulsionar uma transformação empreendedora dentro das cooperativas. Isso começa pela mudança de mentalidade, e a educação é chave para catalisar essa transformação.
Por que a formação empreendedora é essencial para o cooperativismo?
A formação empreendedora prepara as cooperativas para os desafios de um mundo em constante transformação. Mais do que ensinar técnicas, ela desenvolve mentalidades criativas, colaborativas e proativas, fundamentais para que as cooperativas inovem sem perder sua essência participativa. Ela é o que conecta tradição e futuro: fortalece a identidade cooperativa ao mesmo tempo em que abre caminho para a profissionalização da gestão, o protagonismo da juventude e a inserção em mercados cada vez mais competitivos e exigentes. E essa necessidade não é apenas da juventude. As lideranças cooperativistas em geral também precisam assumir comportamentos mais empreendedores, exercitando criatividade, ousadia e proatividade no cotidiano das cooperativas. O cooperativismo do futuro terá que ser mais empreendedor para ser mais resiliente e competitivo.
13/10/2025
SABER COOPERAR
Histórias reais mostram a força do coop em ação inédita de comunicação
O cooperativismo brasileiro tem histórias reais de transformação por meio do trabalho, geração de renda e criação de oportunidades. Para apresentá-las aos brasileiros, o Sistema OCB e as 27 Organizações Estaduais (OCEs) se uniram em uma iniciativa inédita de intercooperação. O resultado é uma campanha nacional e colaborativa que mostra, com ações e exemplos, a contribuição das cooperativas para um país mais justo, próspero e sustentável.
Ao longo do mês de agosto, o perfil SomosCoop nas redes sociais publicou um vídeo para cada unidade da federação, em parceria com as OCEs, para contar a história de cooperativas e cooperados que constroem o futuro com ações concretas e coletivas, de Norte a Sul do país. As peças têm uma identidade visual própria, que unifica e integra a comunicação, amplificando o impacto da mensagem.
“Uma estratégia de comunicação nacional é fundamental para reforçar o conhecimento e o reconhecimento do cooperativismo. Quando unimos todos os estados em uma só narrativa, conseguimos dar força a essa mensagem, aumentar seu alcance e garantir que o cooperativismo seja visto como um modelo que transforma realidades em todo o Brasil”, destaca a gerente de Comunicação e Marketing do Sistema OCB, Samara Araujo.
Cada OCE ficou responsável por selecionar cooperativas que representassem a história, a diversidade e a relevância do movimento no estado. A partir dessas indicações, a Comunicação do Sistema OCB fez uma curadoria para garantir equilíbrio entre ramos, regiões e narrativas. “Foi um processo intenso, mas muito rico, porque mostrou a dimensão do que podemos construir juntos quando atuamos em rede”, pontua Samara.
Na avaliação da gerente, esse tipo de campanha fortalece a identidade cooperativista porque se apoia em histórias concretas, indo muito além de slogans. “Quando apresentamos exemplos reais, ajudamos o público externo a compreender melhor esse modelo de negócios e, ao mesmo tempo, reforçamos no público interno o sentimento de orgulho e pertencimento. É um movimento de dentro para fora e de fora para dentro”, explica.
A partir do material produzido junto às cooperativas, a iniciativa será desdobrada em outros produtos, incluíndo um livro e uma exposição fotográfica que serão lançados no fim do ano, como parte do legado do Ano Internacional das Cooperativas. “Esse formato colaborativo mostrou a força da nossa rede e a potência da comunicação quando trabalhamos de forma integrada”, resume Samara.
Os bons resultados da campanha também já estão inspirando novas iniciativas de intercooperação para comunicar. A próxima será no Dia Internacional das Cooperativas de Crédito (DICC), comemorado em 16 de outubro, com uma ação colaborativa entre o Sistema OCB, OCEs e sistemas de cooperativas de crédito.
Tradição e identidade
No Paraná, a centenária Frísia foi a escolhida para representar o cooperativismo no estado. A trajetória da cooperativa, construída com o trabalho de imigrantes europeus que chegaram ao Brasil no século 20, se confunde com a história do próprio estado. Hoje, a coop tem mais de mil cooperados, cerca de 1,2 mil colaboradores e é reconhecida como uma das maiores do Brasil no ramo agropecuário.
“A Frísia é a mais antiga cooperativa ainda em operação no Paraná, completando um século neste ano. Na década de 1950 vieram para cá muitos grupos de imigrantes italianos, alemães, poloneses, japoneses e holandeses. A essência do cooperativismo está nessa história, que tem como tripé o aspecto da comunidade, da religião e da educação”, explica o coordenador de Comunicação e Marketing do Sistema Ocepar, Samuel Milléo Filho.
Para ele, a experiência de uma campanha nacional unificada fortalece a identidade do cooperativismo. Ele lembra que o Paraná foi o primeiro estado a promover a adesão ao carimbo SomosCoop junto às cooperativas e ressalta a necessidade de reforçar a comunicação sobre o que está por trás dos produtos que carregam esse selo.
“O mesmo filme que está rodando aqui no Paraná, está no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina. Quem consome esse conteúdo percebe que existe essa unicidade, o que dá uma dimensão da importância que o movimento tem”, avalia.
Conheça mais exemplos da campanha:
São Paulo - Velling Holambra
A cooperativa de flores e plantas ornamentais vem apostando cada vez mais na liderança feminina para ampliar negócios e transformar a realidade local
Pernambuco - COPACOA
A cooperativa de criadores de tilápia de Juçaral, distrito do município de Cabo de Santo Agostinho, fortalece a agricultura familiar e profissionaliza a produção local, gerando renda e oportunidade
Goiás - Bordana
A cooperativa goiana de bordadeiras comercializa produtos cheios de afeto, cuidado e propósito, ao mesmo tempo em que promove a inclusão produtiva de mulheres e leva as belezas do Cerrado para o mundo
Rondônia - CrediSIS JiCredi
Integrante do primeiro sistema de crédito cooperativo da Região Norte, a coop vai muito além das finanças e constrói um futuro melhor por meio da educação. No Espaço Sonho Meu, já acolheu mais de três mil crianças em situação de vulnerabilidade.
Assista à série completa de vídeos no site e redes sociais do SomosCoop.
02/10/2025
SABER COOPERAR
Por Dentro do Coop: o cooperativismo na linguagem das novas gerações
Websérie desmistifica conceitos e expressões do coop e transforma curiosidade em engajamento
Por Raquel SachetoEdição: Samara Araujo Fotos: Lucas Badú
Imagina só: você está rolando o feed no Instagram ou navegando no YouTube e, de repente, aparece um vídeo curto, bem-produzido, falando de cooperativismo de um jeito diferente, dinâmico e que chama sua atenção. Você para, assiste, se identifica — e, quem sabe, fica com vontade de saber mais. Essa é a essência do Por Dentro do Coop, uma websérie pensada para falar a língua das novas gerações — sem jargões, sem complexidade — e mostrar que cooperar também é moderno.
O projeto nasceu da inquietação de um grupo de comunicadores e especialistas em cooperativismo que atuam no Sistema OCB, o órgão de representação máxima do modelo de negócios no Brasil. Como desconstruir siglas, expressões técnicas e mitos que se acumulam em torno do movimento cooperativista — especialmente para quem é jovem e consome os conteúdos digitais? A resposta, descobriram, estava num formato leve, visual e direto: vídeos curtos de 2 a 3 minutos, que funcionam bem no Instagram, no YouTube e no Tik Tok.
Para dar rosto e voz ao Por Dentro do Coop, foi fundamental encontrar uma apresentadora que tivesse conexão com o público jovem. A série é conduzida pela Luiza Cascaes, que atua como anfitriã desta conversa virtual entre o cooperativismo e os jovens. Ela dialoga com eles e mostra, de forma simples e atrativa, os conceitos e questões que podem parecer complexas, mas, na verdade, resumem apenas uma forma diferente de empreender de forma coletiva e compartilhada.
Em cada episódio, Luiza assume uma postura curiosa: pergunta com naturalidade, explica conceitos e expressões técnicas, mostra exemplos práticos, e até provoca momentos de humor. É exatamente esse tom — de quem sabe questionar para fazer entender — que busca atrair e manter o público atento a cada novo episódio. Para ela, a experiência de apresentar a série tem sido também uma oportunidade de aprendizado. “O cooperativismo está presente em situações muito mais próximas da nossa vida do que imaginamos. Nosso desafio é mostrar isso de forma simples, para que qualquer pessoa possa entender e se sentir parte desse movimento”, afirma.
A escolha de falar diretamente com as novas gerações não é por acaso. Estudos apontam que os jovens consomem informação de maneira cada vez mais rápida e visual, mas também exigem autenticidade e propósito. É nesse cenário que a websérie encontrou o tom certo para se destacar. Ela não tem periodicidade fixa — surge conforme os temas demandam e oportunidades de gravação aparecem —, mas carrega uma constância no tom: divertido, acessível, dinâmico.
A websérie também cumpre um papel estratégico de comunicação para o Sistema OCB. De acordo com Samara Araujo, gerente de Marketing e Comunicação da entidade, o objetivo é renovar a imagem do setor. “Queremos mostrar que o cooperativismo não é algo distante ou burocrático. Pelo contrário, ele faz parte do presente e aponta caminhos para o futuro, especialmente quando pensamos em temas que mobilizam os jovens, como sustentabilidade, inclusão e novas formas de economia”, destaca. Para ela, o Por Dentro do Coop é um espaço de experimentação de linguagem e formatos, sempre com o propósito de aproximar o coop das novas gerações.
O impacto pode ser medido pelo engajamento nas redes sociais. Nos comentários dos vídeos, o público tem reagido de forma entusiasmada. “Não fazia ideia de que estava descobrindo a profissão da minha vida, o cooperativismo é pra mim o caminho que quero seguir e ajudar a desenvolver no Brasil e no mundo”, escreveu uma seguidora no Instagram. Outro jovem comentou: “Um modelo de negócio justo, sustentável e comprometido com a comunidade”. Um terceiro registro resume o sentimento geral: “É tanta coisa que o coop faz pela sociedade que não cabe em um comentário!”.
As manifestações confirmam que o Por Dentro do Coop está cumprindo seu papel de desmistificar conceitos e despertar curiosidade. Além de transmitir informação, a websérie constrói pontes: entre gerações, entre a teoria e a prática, entre o movimento cooperativista e a cultura digital. É nesse cruzamento que o cooperativismo se mostra, novamente, como um modelo vivo e em constante adaptação. Como resume Luiza Cascaes: “Se o cooperativismo sempre foi sobre pessoas, nada mais natural do que falar com elas da forma que elas querem ser ouvidas. E, hoje, isso passa pelas redes sociais, pelo dinamismo dos vídeos curtos e pelo diálogo aberto”.
Ao trazer essa proposta inovadora, o Sistema OCB reafirma sua disposição de experimentar novos caminhos para comunicar um modelo de negócios que já transformou comunidades inteiras, mas que agora busca conquistar também o coração e a mente da geração digital. Afinal, cooperar é um verbo que nunca sai de moda — só encontra novas formas de ser contado.
Confira os vídeos do projeto:
Ano Internacional das Cooperativas: a ONU reconhece, mais uma vez, o impacto real das coops na construção de um mundo mais justo, sustentável e colaborativo
Carimbo SomosCoop: por trás do produto tem gente de verdade, trabalho coletivo e propósito
Símbolos: você conhece os que representam o cooperativismo? Confira aqui!
Cashback cooperativista: sobras que geram um ciclo virtuoso e fortalecem comunidades
02/10/2025
Todos os ramos
Agropecuário
Consumo
Crédito
Infraestrutura
Saúde
Seguros
Trabalho, Produção de Bens e Serviços
Transporte
LGPD
30/09/2025
ECA Digital entra em vigor em março de 2026: o que as cooperativas precisam saber
No dia 17 de setembro de 2025, foi sancionada a Lei nº 15.211/2025, conhecida como ECA Digital, que moderniza a proteção de crianças e adolescentes em ambientes virtuais.
LGPD
26/06/2025
Videomonitoramento e proteção de dados
A presença de câmeras de segurança tem sido cada vez mais frequente em todos os lugares, inclusive nas cooperativas, que, evidentemente, se preocupam com a segurança de seus ambientes.
LGPD
Agentes de Tratamento de Pequeno Porte
Todas as organizações, sem exceção, devem cumprir a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
29/05/2025
LGPD
Gestão de terceiros e LGPD
A proteção de dados pessoais não se limita apenas ao ambiente interno da cooperativa.
18/04/2025
LGPD
Cuidados com Dispositivos Móveis
Os dispositivos móveis estão cada vez mais presentes em nossas rotinas de trabalho. Hoje, nossos celulares são ferramentas indispensáveis, essenciais para contato com cooperados, clientes, colaboradores e parceiros.Mas temos de lembrar que os dispositivos móveis estão expostos a ameaças de segurança que podem comprometer dados pessoais e informações confidenciais. Não é à toa que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) fala muito em segurança, embora não nos diga quais medidas tomar para alcançá-la.Confira algumas das boas práticas em segurança de dispositivos móveis.
1. Mantenha Tudo Atualizado
Tanto o sistema operacional quanto os aplicativos devem ser mantidos atualizados. Atualizações não só adicionam novos recursos, mas também corrigem falhas de segurança. Sempre que uma vulnerabilidade é descoberta, os desenvolvedores correm para lançar uma atualização que a corrija. Se você deixa as atualizações do seu dispositivo em segundo plano, o seu dispositivo pode ser comprometido.
2. Bloqueio de tela
Além das ameaças que vem por meio da internet, também temos de pensar na segurança física do seu dispositivo. Isso começa no bloqueio de tela. Use algum método de bloqueio, de preferência uma senha. Essa é a sua primeira linha de defesa contra acessos não autorizados, especialmente em caso de perda ou roubo do dispositivo. Importante! Configure seu dispositivo para que ele seja automaticamente bloqueado após um período de inatividade.
3. Instale Apenas Aplicativos Oficiais
Evite colocar seu dispositivo em risco com aplicativos de fontes duvidosas. É recomendado baixar apps apenas das lojas oficiais (Google Play Store ou App Store). Se o dispositivo for corporativo, sempre consulte a equipe de TI antes de instalar novos aplicativos.
4. Remova Aplicativos Não Utilizados
Cada aplicativo instalado em seu dispositivo pode trazer consigo riscos e vulnerabilidades próprias. Muitos aplicativos pedem permissões excessivas ou não são mais atualizados, o que aumenta a superfície de ataque do seu dispositivo. Por isso, remova aplicativos que você não usa.
5. Cuidado com Redes Wi-Fi Públicas
Usar redes públicas de Wi-Fi, por exemplo, em restaurantes ou cafeterias, aumenta os riscos de segurança do seu dispositivo. Pessoas com acesso à mesma rede que você tem maior chance de interceptar informações e de comprometer o seu aparelho. Caso não tenha acesso a uma rede confiável, priorize o acesso à internet por dados móveis e evite ao máximo usar redes públicas.
6. Rastreamento de Dispositivo
Ative funções de localização remota em seu dispositivo. Ferramentas como "Encontrar Meu iPhone" (para iOS) ou "Encontre Meu Dispositivo" (para Android) permitem rastrear seu celular e bloquear o acesso em caso de roubo ou perda. Assim, mesmo que o dispositivo seja perdido, você terá a chance de proteger suas informações à distância.
7. Antivírus
A instalação de um antivírus no seu dispositivo móvel é recomendada para a proteção contra malwares. Ele oferece uma camada extra de segurança, especialmente quando você baixa aplicativos ou navega na internet. A proteção adicional pode prevenir ataques e manter seu aparelho mais seguro.
Não esqueça
A segurança dos dispositivos móveis da sua cooperativa depende das suas ações. Se você adotar as práticas indicadas acima, você diminuirá dramaticamente os riscos.Gostou do tema? Nos acompanhe e fique por dentro das melhores práticas em Segurança da Informação.
24/03/2025
LGPD
Avança a fiscalização do uso de dados pessoais no Brasil
O tratamento de dados pessoais, apesar de essencial para as atividades de qualquer cooperativa, é um risco crescente. As ações de fiscalização da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) têm se intensificado, e as organizações que não cumprirem com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) estão sujeitas a multas expressivas e sanções administrativas. Confira os recentes movimentos da ANPD:
1️⃣ Coleta da Íris
Uma empresa estrangeira chamada Tools for Humanity têm coletado imagens da íris de brasileiros, em troca de compensações financeiras. A ANPD determinou a suspensão dessas compensações pela entrega das imagens, visto que o incentivo financeiro pode ser prejudicial ao livre consentimento. Ocorre que o consentimento para o tratamento de dados pessoais deve ser dado livremente, e não em troca de vantagem financeira. Agravando a situação, a íris é um dado biométrico, considerado dado pessoal sensível pela LGPD, de modo que seu tratamento exige cuidados adicionais.
Saiba mais clicando aqui.
Para as cooperativas, essa ação da ANPD reforça a necessidade de cuidados específicos quando o tratamento de dados pessoais se justifica no consentimento. Há formas específicas de coletar o consentimento, que pode ser revogado a qualquer momento. Além disso, as cooperativas devem estar atentas que o tratamento de dados pessoais sensíveis exige cuidados redobrados e análises detalhadas dos riscos envolvidos no seu tratamento.
2️⃣ Redes de Farmácia
Em outro caso, a ANPD concluiu a fiscalização de redes de farmácias e exigiu ajustes como, por exemplo, facilitar o acesso dos titulares a informações sobre o tratamento dos seus dados. As farmácias também deverão entregar diversos documentos à Autoridade. Por ter identificado irregularidades, a ANPD também instaurou processo administrativo sancionador a fim de investigar a possibilidade de venda de perfis de consumo a partir do histórico de compras nas farmácias.
Saiba mais clicando aqui.
Para as cooperativas, fica a lição de que dados pessoais devem ser tratados sempre com transparência e a partir de objetivos legítimos. Documentar as operações de tratamento de dados pessoais e adotar medidas efetivas de transparência é essencial para que a cooperativa se mantenha em conformidade com a lei.
3️⃣ Reconhecimento facial em estádios
A ANPD também está fiscalizando o uso de sistemas de reconhecimento facial por 23 clubes de futebol, que usam a tecnologia para a venda de ingressos e controle de entrada nos estádios. O reconhecimento facial depende do cadastro da biometria facial, que é um dado pessoal sensível. Por isso, seu tratamento exige uma série de cuidados especiais.
Saiba mais clicando aqui.
As cooperativas também usam dados pessoais sensíveis. Mesmo que a biometria não seja utilizada, informações de saúde, etnia ou eventual filiação sindical são dados pessoais sensíveis, e o tratamento deve ser realizado a partir de fundamentos legais específicos.
Vamos com calma!
Se a sua cooperativa tem dúvidas, não se preocupe. Cada uma dessas iniciativas da ANPD envolve novas tecnologias e complexidades. Além disso, aplicar a legislação de proteção de dados pessoais no contexto dessas tecnologias requer uma cautela ainda maior.
O importante é saber que a ANPD está vigilante em relação às organizações que utilizam dados pessoais, incluindo as cooperativas. Acompanhe nossas publicações para manter sua organização informada e preparada.
26/02/2025
LGPD
A importância do programa de conformidade com a LGPD nas cooperativas
A proteção de dados pessoais e a segurança das informações são cada vez mais relevantes diante do aumento de fraudes digitais. Com cada vez mais serviços e transações acontecendo no ambiente digital, garantir a privacidade e segurança das informações passou a ser uma necessidade estratégica para as cooperativas e para todo o tipo de organização.
Não é à toa que a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), em parceria com as autoridades de proteção de dados da França (CNIL) e da Coreia do Sul (PIPC), elaborou um mangá educativo para conscientizar jovens sobre a importância da proteção de dados. O material, disponível aqui, mostra como boas práticas podem evitar riscos no ambiente digital. Além disso, o SERPRO lançou uma HQ educativa, que aborda privacidade e segurança da informação de forma acessível e lúdica. Saiba mais clicando neste link.
O que isso significa para as cooperativas?
Cooperativas lidam com grande volume de dados pessoais, incluindo informações cadastrais e financeiras, além de dados pessoais sensíveis de seus colaboradores, cooperados e diversas informações confidenciais. Além de empregar todos os meios para proteger os dados pessoais, as cooperativas também precisam mostrar à ANPD, que seguem a LGPD e que adotam uma série de controles de privacidade e de segurança.
Um programa de conformidade com a LGPD permite:
✅ Reduzir riscos de fraudes, vazamentos e uso indevido de dados;
✅ Fortalecer a confiança dos cooperados e clientes;
✅ Demonstrar conformidade, a fim de prevenir sanções administrativas e processos judiciais.
Como funciona um Programa de Conformidade com a LGPD?
A implementação de um programa eficaz é um trabalho complexo, e envolve uma série de medidas multidisciplinares que afetam toda a cooperativa. Abaixo, algumas das tarefas mais importantes que compõem o Programa de Conformidade:
1️⃣ Mapeamento de dados: Identificação de todas as atividades da cooperativa que envolvem dados pessoais, incluindo sua coleta, uso e armazenamento.
2️⃣ Nomeação de um Encarregado de Proteção de Dados (DPO): Responsável pela coordenação do Programa de Conformidade, sendo sua nomeação uma imposição da Lei.
3️⃣ Definição de políticas internas: Elaboração de diversas Políticas e Normas Internas para adequar a conduta dos envolvidos à Lei, de forma que deverão seguir diversas regras sobre privacidade e segurança no seu dia a dia.
4️⃣ Treinamento da equipe: Conscientização sobre proteção de dados e segurança, com a adoção de boas práticas internacionalmente reconhecidas para conservar a privacidade dos titulares dos dados usados pela cooperativa.
5️⃣ Criação de canais de atendimento: Meios de comunicação específicos, nos termos da LGPD, para que os titulares dos dados pessoais possam exercer seus direitos.
6️⃣ Medidas de privacidade e segurança: Tecnologias e práticas para prevenir incidentes de segurança e manter a confidencialidade das informações críticas para a cooperativa.
Saiba mais:
Em Como se adequar à LGPD? As cooperativas têm à disposição um modelo de projeto de adequação à LGPD dividido em 05 (cinco) etapas.
Não se esqueça!
Adequar-se à LGPD vai além do cumprimento legal – é um diferencial para as cooperativas. Um Programa de Conformidade eficaz minimiza riscos, fortalece a transparência e garante privacidade e segurança.
Quer saber mais? Nos acompanhe e fique sempre por dentro das informações mais relevantes sobre proteção de dados pessoais e segurança da informação.
06/02/2025
LGPD
A ANPD começou a fiscalizar 20 grandes empresas
A ANPD começou a fiscalizar 20 grandes empresas que não cumpriram as exigências da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
07/01/2025
Todos os ramos
Agropecuário
Consumo
Crédito
Infraestrutura
Saúde
Seguros
Trabalho, Produção de Bens e Serviços
Transporte
EVENTOS
07/11/2025
Lideranças cooperativistas discutem cenário econômico em SC
Sistema OCB analisou cenário atual e reforçou o potencial transformador do movimento
O cooperativismo como força estratégica para o desenvolvimento econômico e social foi o foco da palestra apresentada por Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, durante o Fórum de Lideranças Cooperativistas, evento realizado nesta quarta-feira (5), em Blumenau (SC). Promovido pelo Núcleo de Cooperativas da Associação Comercial e Industrial de Blumenau (Acib), o fórum reuniu lideranças de diversas cooperativas da região para debater desafios, oportunidades e o futuro do setor.
Em sua apresentação, Cenário Econômico Atual – Impactos no Cooperativismo, Débora analisou tendências macroeconômicas, como inflação, taxa de juros e desempenho do PIB, e suas implicações diretas para os diferentes ramos cooperativos. “Vivemos um momento de cautela, mas também de oportunidades. Mesmo com juros altos e leve desaceleração do crescimento, as cooperativas seguem mostrando resiliência e protagonismo, especialmente por estarem próximas das pessoas e entenderem as demandas locais”, destacou.
Com base em dados do Ipea, FGV e Banco Central, a gerente explicou que o cenário atual impõe desafios importantes às cooperativas de crédito, consumo e serviços, o que exige planejamento estratégico e inovação. Por outro lado, o bom desempenho da agropecuária e a expectativa de redução gradual da inflação a partir de 2026 abrem espaço para crescimento sustentável. “A perspectiva é de que, em 2026, a inflação se aproxime da meta de 3%. A partir do momento em que o Banco Central sentir essa estabilização, deve começar a queda dos juros, um movimento muito positivo para todos os ramos do cooperativismo”, ressaltou Débora. “Com juros menores, há uma busca maior por crédito: as cooperativas de crédito poderão ampliar a oferta, e os demais ramos terão acesso a financiamentos mais baratos para investir em infraestrutura, tecnologia e pessoas.”
Outro ponto destacado foi o atual cenário de pleno emprego, com a taxa de desemprego em torno de 5,7%, considerada saudável para a economia. “Esse contexto reforça a importância de as cooperativas valorizarem seus mais de 550 mil colaboradores, mostrando que trabalham com propósito e geram impacto direto nas comunidades onde atuam”, completou.
O encontro também abordou a relevância das redes de intercooperação e da governança colaborativa como fatores-chave para o fortalecimento do movimento. Débora destacou que o cooperativismo brasileiro tem ampliado seu impacto, com mais de 4,3 mil cooperativas, 25,8 milhões de cooperados e R$ 757,9 bilhões em ingressos, conforme dados do Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2025. “Quando olhamos para os números, percebemos que o cooperativismo brasileiro já é uma potência. Mas, mais que isso, ele é um modelo que inspira: mostra que é possível crescer com propósito, gerar riqueza com equidade e conectar prosperidade com sustentabilidade”, concluiu.
Além da palestra, o Fórum contou com painéis sobre o papel do cooperativismo no desenvolvimento de Blumenau e reconhecimentos ligados ao Ano Internacional das Cooperativas.
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EVENTOS
06/11/2025
Sistema OCB abre Semana Estratégica do Cooperativismo Cafeeiro em BH
Evento reúne produtores, compradores e lideranças para impulsionar negócios e visibilidade do setor
O Sistema OCB deu início, nesta terça-feira (4), à Semana Estratégica do Cooperativismo Cafeeiro, em Belo Horizonte (MG) e marcou o início de uma programação voltada à promoção internacional do café cooperativo e à valorização das cooperativas como protagonistas do desenvolvimento sustentável do setor. A abertura reuniu lideranças, compradores internacionais e representantes de instituições parceiras, em um jantar de integração que também serviu como seminário técnico sobre o mercado global do café.
A iniciativa integra uma agenda que se estende até sexta-feira (7), dentro da Semana Internacional do Café (SIC 2025), evento que é referência mundial para o setor. Além das ações de relacionamento e promoção comercial, a programação inclui a 1ª Rodada Internacional de Negócios para Cooperativas Produtoras de Café e uma visita técnica à Cooperativa Cogran, em Pará de Minas (MG).
Durante a abertura, o analista do Ramo Agropecuário do Sistema OCB, Rodolfo Jordão, apresentou o panorama do cooperativismo cafeeiro brasileiro e destacou sua relevância econômica, social e ambiental para o país.
Segundo ele, mais de 55% da produção nacional de café tem origem em cooperativas, o que demonstra o papel central do modelo na competitividade e sustentabilidade da cafeicultura. “O futuro do agronegócio brasileiro passa pelo café e pelo cooperativismo. O que as cooperativas fazem é agregar valor, garantir sustentabilidade e manter o produtor no campo, com dignidade e oportunidades. Nosso desafio agora é ampliar a presença internacional e mostrar que o café cooperativo brasileiro é sinônimo de qualidade e compromisso com o desenvolvimento social”, afirmou Rodolfo.
O especialista também ressaltou que o fortalecimento da governança, o acesso a certificações globais e o investimento em inovação são fatores que têm impulsionado a profissionalização das cooperativas de café. “O cooperativismo oferece um modelo de negócios coletivo e sustentável, capaz de gerar prosperidade econômica e impacto social. A Semana Estratégica é uma vitrine dessa força: conecta produtores e compradores, amplia mercados e mostra que o café cooperativo é competitivo em qualquer cenário”, completou.
A coordenadora de Négocios do Sistema OCB, Pamella Viana, ressaltou a importância estratégica da iniciativa, que conecta o cooperativismo cafeeiro brasileiro a compradores internacionais e reforça a competitividade do modelo no cenário global. “Receber compradores internacionais logo na abertura da Semana é uma oportunidade de mostrar, na prática, que o cooperativismo brasileiro não é apenas um modelo de organização, mas um diferencial competitivo: ele garante origem, confiabilidade, escala e sustentabilidade ao café que chega ao mercado global”.
1ª Rodada Internacional de Negócios
Nesta quarta-feira (5), o Sistema OCB promoveu, por meio do Programa NegóciosCoop Mercado Internacional, a 1ª Rodada Internacional de Negócios para Cooperativas Produtoras de Café, na Semana Internacional do Café (SIC 2025), no Expominas, em Belo Horizonte.
A ação reuniu 12 cooperativas brasileiras e dez compradores internacionais, criando um ambiente de integração e oportunidades concretas de negócios e parcerias. Entre as participantes estão cooperativas de Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo, estados que concentram as maiores exportadoras de café cooperativo do país. Ao final, foram realizadas 113 reuniões entre compradores e cooperativas.
Visita técnica à Cogran
Na quinta-feira (6), acontece uma visita técnica à Cooperativa Cogran. O encontro permitirá que os compradores internacionais conheçam de perto o modelo de gestão e de produção das cooperativas brasileiras.
Durante a visita, os participantes poderão dialogar com dirigentes e cooperados sobre governança, comercialização e boas práticas sustentáveis, além de observar, na prática, o impacto positivo do cooperativismo na geração de renda e na preservação ambiental.
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EVENTOS
Sebrae e Sistema OCB lançam projeto de inovação para coops da Amazônia
Parceria impulsiona sustentabilidade e gestão em cooperativas da Amazônia Legal
Levar inovação até os territórios da Amazônia e impulsionar o desenvolvimento sustentável por meio do cooperativismo. É com esse propósito que nasceu o Projeto Ali Coop: Agentes Locais de Inovação para o Cooperativismo, iniciativa do Sebrae realizada em conjunto com o Sistema OCB Nacional e outros parceiros institucionais. O lançamento oficial ocorreu em 29 de outubro, em Porto Velho (RO), com a presença de lideranças do cooperativismo e representantes do poder público.
Voltado a cooperativas de pequeno porte formadas por agricultores familiares e comunidades extrativistas, o projeto adapta a metodologia consagrada do Programa Agentes Locais de Inovação (Ali Produtividade) ao universo cooperativista. O objetivo é fortalecer a gestão, aprimorar processos produtivos e ampliar o acesso a mercados em cadeias estratégicas da sociobiodiversidade, como babaçu, castanha-do-Brasil, açaí e cupuaçu.
O piloto do projeto será realizado em 2026, beneficiando 27 cooperativas nos estados do Pará, Rondônia e Maranhão. A proposta integra a agenda nacional de sustentabilidade e inovação, além de dialogar com a visão de uma economia do futuro: mais inclusiva, verde e baseada na cooperação. “Essa ação reforça o papel do Sistema OCB como articulador de iniciativas que unem inovação, sustentabilidade e inclusão produtiva. Ao capacitar agentes e apoiar cooperativas nos territórios brasileiros, estamos investindo na autonomia de comunidades que transformam seus territórios por meio da cooperação”, destaca Dayana Rodrigues, analista do Sistema OCB.
Ainda segundo ela, o modelo de negócios cooperativista possui particularidades que precisam ser consideradas no momento do desenvolvimento dos negócios. “O Sistema OCB possui o papel essencial para apoiar na construção deste conhecimento”, acrescentou. A atuação dos ALIs terá duração de 12 meses, com diagnósticos participativos e construção de soluções inovadoras adaptadas à realidade de cada cooperativa atendida.
Capacitação
A entidade nacional teve participação ativa na fase de capacitação dos nove Agentes Locais de Inovação (ALIs) e três coordenadores que atuarão nos três estados e contribuiu com formações sobre o modelo de negócios cooperativista, profissionalização da gestão, boas práticas e cases de sucesso de cooperativas acompanhadas pelo movimento.
As atividades, realizadas ao longo de outubro, combinaram etapas a distância e presenciais, bem como a realização de uma semana de imersão em Porto Velho (RO), entre os dias 27 e 31. Durante os encontros, foram apresentadas experiências inspiradoras de cooperativas ligadas à agricultura familiar, ao extrativismo e ao artesanato, que vêm se destacando por sua capacidade de inovar, gerar renda e fortalecer laços comunitários.
Encerrando a programação de lançamento, os parceiros realizaram, no dia 30 de outubro, uma visita técnica à Cooperativa Reca, localizada em Nova Califórnia (RO). Referência em sustentabilidade, agrofloresta e desenvolvimento comunitário, a Reca é um exemplo prático de como cooperação e inovação caminham juntas na construção de modelos produtivos que respeitam o meio ambiente e fortalecem a economia local.
O Sistema OCB seguirá acompanhando a execução do projeto, contribuindo com o compartilhamento de metodologias, indicadores e boas práticas para ampliar o alcance da inovação no cooperativismo amazônico.
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06/11/2025
EVENTOS
Sistema OCB reforça integração da sustentabilidade no Sicoob Nova Central
Palestra abordou importância das PAEs na disseminação da agenda de sustentabilidade e na atuação territorial das cooperativas
O propósito e a intencionalidade foram os focos das discussões do Encontro de Pessoas de Apoio Estratégico (PAEs) do Sicoob Nova Central, realizado na última quinta-feira (30), em Goiânia (GO). O evento reuniu representantes das 31 cooperativas filiadas à Central, com o objetivo de fortalecer o papel das PAEs como agentes de transformação nas comunidades em que as cooperativas estão inseridas.
Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, foi convidada para apresentar a palestra Do papel ao propósito: a intencionalidade da PAE e seu poder de transformação, que abordou a importância de integrar a sustentabilidade à estratégia das cooperativas.
Durante sua fala, Débora mostrou como a preocupação com o desenvolvimento sustentável das organizações é discutida desde a década de 1970 e se fortaleceu nos anos 1990 com a evolução dos modelos de planejamento estratégico. Ela destacou que o cooperativismo, desde suas origens em 1844, já nasce orientado por uma lógica que equilibra o econômico e o social, muito antes de conceitos modernos como ESG ou planejamento estratégico ganharem espaço.
“Nosso modelo de negócios é, por princípios, valores e amparo legal, sustentável. Ele une resultado econômico e impacto social. Agora, com a potencialização da pauta ESG, em que as organziações devem comprovar sua performance, podemos mostrar com indicadores qualificados e globais, o que fazemos desde nossa origem”, explicou.
Débora ressaltou ainda que as Pessoas de Apoio Estratégico desempenham um papel essencial dentro do Sicoob, pois são responsáveis não apenas por operacionalizar os projetos de cidadania e responsabilidade social, mas também por integrar a sustentabilidade nas demais áreas das cooperativas.
“A sustentabilidade precisa estar presente em todas as frentes, no crédito, nas finanças, nas pessoas, na contabilidade. Cada PAE é peça-chave nesse processo, pois atua na base, garantindo que a estratégia sistêmica se traduza em ações concretas nos territórios”, afirmou.
A palestra também reforçou a importância da integração da agenda de sustentabilidade ao mapa estratégico das cooperativas, para que ela deixe de ser uma ação isolada e passe a permear toda a atuação institucional. “Quando essa integração acontece, fortalecemos não só a cooperativa, mas todo o território em que ela está inserida, promovendo um verdadeiro desenvolvimento territorial sustentável”, concluiu Débora.
O Encontro de Pessoas de Apoio Estratégico (PAEs) é uma iniciativa do Sicoob Nova Central, que busca inspirar, capacitar e alinhar seus colaboradores em torno dos propósitos do cooperativismo e da sustentabilidade.
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06/11/2025
EVENTOS
Coop 2025: encerramento do Ano Internacional conta novo pacto global
Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Social lança Contrato por uma Nova Economia Global
O encerramento do Ano Internacional das Cooperativas (AIC 2025), celebrado nesta terça-feira (04) em Doha (Catar), durante a Segunda Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Social (WSSD2), marcou um capítulo histórico para o cooperativismo global. Além da cerimônia, promovida pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI), o lançamento do Contrato por uma Nova Economia Global e da plataforma Cooperatives and Mutuals 50 (CM50), foram momentos que também destacaram o coop nesta semana.
Fabíola Nader Motta, gerente-geral da OCB, participou das atividades e destacou a relevância do momento. “O encerramento do Ano Internacional das Cooperativas é, ao mesmo tempo, um ponto de chegada e de partida. Chegada, porque consolidamos o reconhecimento do cooperativismo como força transformadora em escala global; e partida, porque a partir de agora o mundo espera de nós mais ação, mais inovação e mais cooperação efetiva”, afirmou.
Um marco global de cooperação
A cerimônia de encerramento integrou a programação oficial da Cúpula Mundial e reuniu chefes de Estado, ministros e lideranças cooperativas dos cinco continentes. Entre os destaques, estiveram os discursos do presidente da ACI, Ariel Guarco, e de autoridades de países como Indonésia, Quênia, Chile, Marrocos e Zimbábue.
Também foram lançados a edição especial do World Cooperative Monitor dedicada ao AIC 2025 e a nova Estratégia Global da ACI 2026–2030: Praticar, Promover e Proteger, que estabelece metas e prioridades para consolidar o cooperativismo como pilar da economia social mundial.
O CM50 e o Contrato por uma Nova Economia Global
Formado pelas 50 maiores cooperativas e mútuas do planeta, o CM50 é uma aliança estratégica para dar escala, visibilidade e influência ao modelo cooperativo. Juntas, essas organizações representam centenas de milhões de membros e empregam milhões de pessoas em todos os continentes.
Inspirado pela energia do AIC 2025, o grupo apresentou o Contrato por uma Nova Economia Global, documento que propõe um novo pacto social e econômico. O texto convida governos, instituições multilaterais e a sociedade civil a reconhecer as cooperativas como parceiras essenciais na implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
A iniciativa é estruturada em cinco eixos estratégicos:
Reconhecimento do modelo cooperativo nos planos nacionais e multilaterais de desenvolvimento;
Acesso a financiamento sustentável e instrumentos de investimento inclusivos;
Ambientes regulatórios favoráveis à inovação e à digitalização cooperativa;
Fortalecimento da identidade e da governança cooperativa;
Consolidação das cooperativas como catalisadoras dos ODS.
Para Fabíola, a aliança possui valor inestimável para o cooperativismo. “O CM50 representa uma nova forma de liderança global: colaborativa, comprometida e guiada por propósito. O Brasil faz parte desse movimento e está pronto para contribuir com soluções em sustentabilidade, segurança alimentar e inclusão produtiva”, destacou.
Plano de Ação 2026–2030: o legado do AIC
O Plano de Ação CM50 2026–2030 traduz as metas do Contrato Global em iniciativas concretas para os próximos cinco anos. O roteiro inclui projetos voltados à resiliência comunitária, inclusão financeira, digitalização democrática e formação de novas lideranças, com foco especial em jovens e mulheres.
Entre as iniciativas, estão o Fundo de Ação Cooperativa, a criação da plataforma digital Coop Cloud e o desenvolvimento de um MBA Global em Governança e Liderança Cooperativa. Esses programas serão acompanhados por uma Cúpula Global Anual, na qual serão avaliados os avanços e lançadas novas metas de impacto.
O documento também reforça o papel das cooperativas na reconstrução econômica pós-crises, no combate à desigualdade e na defesa da soberania alimentar e climática. Até 2030, o CM50 pretende ampliar sua adesão para mais de 120 membros.
“O cooperativismo brasileiro se orgulha de participar dessa construção coletiva. O encerramento do Ano Internacional deixa um legado de esperança e compromisso: mostrar que o mundo pode prosperar pela via da cooperação”, finalizou Fabíola.
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05/11/2025
EVENTOS
Coops pedem ressalva no PL sobre participação de empregados na gestão
Movimento destaca que cooperativas já garantem participação plena dos associados
Durante audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal, nesta terça-feira (4), a o Sistema OCB defendeu a exclusão expressa das cooperativas do Projeto de Lei (PL) 1.915/19, que propõe incluir na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) a presença de representantes dos empregados na administração de empresas com mais de 500 trabalhadores.
A reunião atendeu a requerimento do senador Zequinha Marinho (PA), integrante da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), e teve como objetivo instruir a análise da proposta, relatada pelo senador Fabiano Contarato (ES). O projeto é de autoria do senador Jaques Wagner (BA).
“O tema é de extrema importância para o desenvolvimento e a manutenção do equilíbrio socioeconômico do Brasil. No entanto, trata-se de um assunto delicado, que deve ser amplamente debatido”, afirmou o senador Zequinha Marinho. Segundo ele, “a presença de representantes de empregados na gestão das empresas pode gerar custos adicionais e eventuais conflitos de interesse, além de tornar mais lento o processo decisório em grandes companhias”.
Bruno Vasconcelos, coordenador de Relações Trabalhistas e Sindicais da Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop) braço sindical do Sistema OCB, apresentou a posição oficial do cooperativismo e destacou que o modelo associativo das cooperativas é incompatível com as obrigações previstas na proposta. “Nas cooperativas, cada associado tem voz e voto iguais. O poder de decisão é coletivo e exercido em assembleia geral. Inserir mecanismos externos de representação trabalhista violaria o princípio da autogestão e criaria uma figura paralela e incompatível com a estrutura democrática do cooperativismo”, afirmou.
O coordenador lembrou que as cooperativas são regidas pela Lei 5.764/1971 e constituem sociedades civis de pessoas, sem fins lucrativos, baseadas em autonomia, gestão democrática e adesão voluntária. Diferentemente das empresas mercantis, as cooperativas não distribuem lucros, mas sobras aos cooperados, e a governança é exercida de forma direta e igualitária. “O cooperativismo não é uma relação de emprego, mas uma relação de associação. O cooperado participa da gestão, das decisões e dos resultados da cooperativa — é, ao mesmo tempo, dono e usuário do negócio. Essa é a essência da autogestão cooperativista”, explicou.
Economia nacional
O Sistema OCB representa mais de 4 mil cooperativas e 25 milhões de cooperados em todo o Brasil. O setor movimentou R$ 757,9 bilhões em 2024 e responde por 53% da produção de grãos, 38% do mercado de saúde suplementar e 25% da capacidade de armazenamento nacional, além de empregar diretamente cerca de 570 mil pessoas. A entidade atua junto aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário na defesa dos interesses do cooperativismo, promovendo integração entre federações e sindicatos, além de oferecer soluções de governança, sustentabilidade, inovação e capacitação.
Durante sua fala, Bruno citou exemplos internacionais que reforçam a diferença entre empresas tradicionais e cooperativas. Na Alemanha, segundo ele, a Lei de Codeterminação (Mitbestimmungsgesetz) — que obriga a presença de representantes de empregados nos conselhos de administração, não se aplica às cooperativas, que são regidas por legislação específica desde 1889. “Já na França, a Lei Florange (2014) impõe a mesma exigência às grandes empresas, mas exclui expressamente as cooperativas, reconhecendo o caráter democrático e participativo de sua governança interna”, argumentou.
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04/11/2025
EVENTOS
Coop mineral se destaca na Exposibram e na Conferência Amazônia
Movimento fortalece sustentabilidade, combate a ilegalidade e desenvolvimento regional do setor
O cooperativismo mineral esteve em destaque nas discussões sobre sustentabilidade, legalidade e inclusão produtiva durante dois dos principais eventos do setor realizados pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram): a Exposibram 2025 e a Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias, ambos realizados em Salvador (BA), entre os dias 27 e 30 de outubro.
Como representante do Sistema OCB, a analista Letícia Monteiro participou do Fórum de Entidades do Setor Mineral, que abriu a programação da Exposibram. O encontro reuniu lideranças e entidades representativas para discutir o papel estratégico da mineração na economia global e o fortalecimento da Agência Nacional de Mineração (ANM), do Serviço Geológico do Brasil (SGB) e do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem).
Segundo Letícia, a presença do cooperativismo no debate foi fundamental para a construção de políticas públicas mais inclusivas e sustentáveis. “As cooperativas minerais têm papel essencial na formalização, geração de renda e promoção da sustentabilidade, especialmente em regiões onde a mineração é uma das principais fontes de trabalho e inclusão produtiva. É importante que elas estejam contempladas nas políticas e programas voltados ao desenvolvimento do setor”, afirmou.
Ela destacou ainda que o Sistema OCB tem acompanhado de perto as discussões sobre o futuro da mineração no Brasil e defende a valorização das cooperativas como agentes de transformação e inovação. “Seguimos atuando para que as cooperativas tenham voz ativa na formulação de uma política mineral mais sustentável e alinhada aos princípios do cooperativismo”, acrescentou.
A Exposibram 2025 contou também com debates sobre o papel da mineração na geopolítica internacional, competitividade da indústria e desafios para o avanço tecnológico sustentável. A defesa do fortalecimento institucional da ANM e de outros órgãos estratégicos foi consenso entre as entidades participantes, que reforçaram a importância de unir esforços para aprimorar a estrutura regulatória e técnica do setor.
Amazônia
Na mesma semana, o coordenador nacional do Cooperativismo Mineral da OCB e presidente da Federação das Cooperativas de Mineração do Estado de Mato Grosso (Fecomin), Gilson Gomes Camboim, representou o cooperativismo na Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias, também promovida pelo Ibram. Ele foi um dos painelistas no debate Diálogos: os desafios do avanço da mineração ilegal na Amazônia, que discutiu os impactos da atividade ilegal sobre a mineração regular e as estratégias para promover a legalidade e a sustentabilidade na região.
Gilson destacou os desafios enfrentados pelas cooperativas que atuam dentro da lei e defendeu políticas de incentivo e capacitação para quem segue as boas práticas do setor. “A mineração ilegal gera concorrência desleal, porque cria regras e pressões sobre quem trabalha corretamente, enquanto quem está na ilegalidade ignora as normas. Isso afeta a imagem do setor e dificulta o acesso a crédito”, explicou.
Ele também ressaltou o esforço das cooperativas em aprimorar seus processos produtivos e ambientais. “As cooperativas têm se dedicado cada vez mais à rastreabilidade e à eliminação do uso de mercúrio, não apenas para atender aos protocolos legais, mas para tornar suas atividades mais sustentáveis e diferenciadas da ilegalidade”, completou.
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Ideathon do Coopsparty reúne 16 estados em maratona de inovação
04/11/2025
EVENTOS
Cooperativismo brasileiro mostra soluções sustentáveis na COP30
Painéis vão apresentar soluções que unem desenvolvimento econômico, inclusão e preservação
O cooperativismo brasileiro chega à COP30, em Belém (PA), com uma presença expressiva entre os representantes do setor produtivo nacional. De 10 a 21 de novembro, o Sistema OCB e cooperativas de diferentes ramos participam de mais de 30 painéis e eventos oficiais, distribuídos em espaços como a Blue Zone, Green Zone, Agri Zone e Casa do Seguro.
De acordo com o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, o momento é de mostrar ao mundo o potencial transformador do modelo de negócios. “As cooperativas brasileiras já são protagonistas da agenda climática. Elas representam o elo entre a economia real e os compromissos globais, levando inovação, sustentabilidade e inclusão a quem está na base produtiva”, afirma.
Os temas em destaque na programação incluem adaptação e mitigação, bioeconomia, financiamento verde, transição energética justa, agricultura de baixo carbono, segurança alimentar e inclusão produtiva. Cada painel pretende evidenciar que o cooperativismo é um caminho estratégico para fortalecer a sustentabilidade e viabilizar a implementação eficaz da agenda climática, como pregoniza a agenda da COP30..
Durante a conferência, o movimento também celebrará o reconhecimento da ONU ao Ano Internacional das Cooperativas, em um evento simbólico que tem como objetivo reforçar o protagonismo global do movimento.
Além dos debates, a presença cooperativista se estenderá a estandes e exposições com a apresentação de produtos e projetos de cooperativas de diversas regiões do país. O público poderá conhecer iniciativas voltadas à bioeconomia, à produção sustentável e à valorização da cultura local, com oficinas, degustações e experiências imersivas que mostram a força do modelo em diferentes territórios.
Para o presidente Márcio, a participação na COP30 é também uma oportunidade de reafirmar o compromisso do movimento com o planeta e com as pessoas. “O cooperativismo é, por essência, uma resposta prática à crise climática. Ao unir pessoas em torno de um propósito comum, comprovamos que é possível crescer cuidando do planeta e das comunidades”, conclui.
Confira a programação completa da participação do cooperativismo na COP30 no site oficial do Sistema OCB sobre o evento: https://somoscooperativismo.coop.br/cop30.
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02/11/2025