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O Ministério da Agricultura aprovou os requisitos fitossanitários para importação de grãos de amaranto produzidos no Peru. As regras para a entrada do produto no Brasil, baseadas no estudo de Análise de Risco de Pragas, foram publicadas na Instrução Normativa Nº 1, do Diário Oficial da União desta sexta-feira, 7 de janeiro.
Os carregamentos com os grãos deverão estar acompanhados de Certificado Fitossanitário emitido pela Organização Nacional de Proteção Fitossanitária (ONPF) do Peru. As partidas importadas serão inspecionadas no ponto de ingresso. Caso seja identificada a praga quarentenária (sem registro de ocorrência no Brasil), a ONPF do Peru será notificada e o país poderá suspender a importação de amaranto até a revisão da Análise de Risco de Pragas.
A ONPF do Peru deverá comunicar à ONPF brasileira qualquer alteração na condição fitossanitária da cultura do amaranto nas regiões produtoras que exportam ao Brasil. O não cumprimento das exigências estabelecidas na Instrução Normativa será motivo de suspensão da entrada do produto no país.
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O amaranto é um gênero de plantas herbáceas com consistência e porte de erva. Muitas espécies têm características ornamentais, como o Amaranthus caudatus, com várias flores vermelho-escuras no mesmo pendúculo.
A semente do amaranto mede cerca de um milímetro de diâmetro e é uma importante fonte de proteínas, cálcio e zinco, além de contribuir para a redução dos níveis de colesterol. O produto pode ser utilizado como farinha ou pré-cozido em saladas e na produção de pães, bolachas, barras de cereais e musli.
(Fonte: Mapa)
A safra cafeeira de 2011 deverá ser de preços favoráveis ao produtor, segundo a perspectiva apresentada, nesta quinta-feira, 6 de janeiro, pelo secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Manoel Bertone.
Durante o anúncio do primeiro levantamento da safra para 2011, ele se mostrou otimista com o desempenho do setor e afirmou que há grande probabilidade de os preços permanecerem positivos pelo menos mais dois anos. “Estou confiante que o ano de 2011 seja de qualidade acima da média, o que vai permitir esse avanço nos blends (misturas) internacionais e vai mostrar que o café natural produzido no Brasil é o mais apreciado do mundo”, afirmou.
Apesar de 2011 ser de ciclo baixo para cafeeicultura nacional – a chamada bienalidade negativa – a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), responsável pelo estudo, estima produção de até 44 milhões de sacas. A previsão é superior à de 2009 (último ano de baixa produção) em cinco milhões de sacas.
“O cafeeiro não consegue produzir igualmente em dois anos seguidos. Este ano, há uma preponderância de lavouras em ciclo baixo, mas, mesmo considerada a bienalidade, estaremos no oitavo ano seguido de aumento de produtividade média e produção”, destacou o secretário. De acordo com a pesquisa da Conab, o clima foi favorável à uniformidade das floradas em 2010, o que melhora a qualidade desta safra cafeeira.
Destaque internacional
Bertone afirmou que o Brasil é hoje, o maior produtor e exportador de café do mundo, o segundo maior mercado interno e o país que mais cresce em participação nos blends internacionais. “A cafeicultura brasileira está apresentando a melhor performance entre todas as cafeiculturas do mundo e tem tudo para se consolidar e assumir um papel que teve há 30, 40 anos”, opinou.
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A bienalidade se caracteriza pela maior ou menor produção de café, em anos alternados. Isto se dá porque a plantação de café precisa de cerca de um ano para voltar a produzir maior quantidade de frutos.
(Fonte: Mapa)
Acesse o primeiro levantamento da safra de café para 2011.
R$ 38 milhões em sobras – este é o montante contabilizado pela Unimed-BH, cooperativa responsável pelo maior sistema de saúde suplementar de Minas Gerais. O valor será distribuído entre seus quase cinco mil médicos cooperados, conforme decisão validada em Assembleia Geral no dia 07 de dezembro.
O diretor-presidente da entidade, Helton Freitas, comemora o resultado do recorde de sobras. “O resultado é fruto da eficiência operacional da Unimed-BH, que tem um dos menores índices de despesas operacionais do mercado, na casa de 8% do seu faturamento.” A previsão é que cada médico receba em torno de R$ 8 mil.
Outra decisão aprovada na Assembleia trata-se do aporte de R$ 30 milhões no plano de previdência complementar dos cooperados e o rateio de outros cerca de R$ 30 milhões entre a cota capital e o Fundo Pró-Família, ou seja, o seguro de vida.
Por outro lado, a Unimed tem investido em expansão. Foram destinados R$ 160 milhões para a abertura de 350 leitos hospitalares e três unidades para realização de consultas eletivas e de pronto-atendimento, além de qualificação dos 20 maiores hospitais da Região Metropolitana de BH.
(Fonte: Ocemg-Sescoop/MG)
A Cooperativa de Crédito Mútuo dos Funcionários da Sadia (Coofato) está divulgando os resultados da sua participação na Campanha Legal, iniciativa com fins sociais realizada em Toledo, no oeste do Paraná.
Em seu primeiro ano de participação na campanha, a Coofato contribuiu com R$ 21 mil para a ação. No total, a edição 2010 da campanha arrecadou R$ 223 mil, volume 117% maior em relação aos R$ 102 mil arrecadados no ano anterior. "A Coofato e o Sicoob Toledo, que também aderiu à campanha em 2010 e arrecadou R$ 86 mil, fizeram a diferença", comemora o gerente da Coofato, Edgard Eres Neiveth.
A Campanha Legal, antes denominada Tributo à Cidadania - Pacto pela Criança, se refere a doação de 6% do Imposto de Renda pessoa física e 1% da pessoa jurídica, que podem ser antecipados anualmente, para serem destinados diretamente à programas sociais de amparo à criança e ao adolescente. Para ter sucesso, a campanha conta com a parceria de empresas do município.
No caso da Coofato, seu papel é estimular a doação junto aos 7.500 funcionários da Sadia. "Para isso, a cooperativa se propõe a antecipar a restituição do IR, a juro zero. Em contrapartida os associados destinam 6% do valor recebido para o Fundo da Infância. Assim todos ganham: o funcionário que tem sua restituição antecipada, a cooperativa que com isso cumpre com seu papel social e, principalmente, as entidades assistenciais beneficiadas com os recursos e as crianças e adolescentes assistidos. A ideia é que se cuidarmos da criança e do adolescente em situação de risco, melhoramos a qualidade de vida da nossa cidade", conclui o gerente.
(Fonte: Ocepar)
A Cooperativa Agropecuária de Uberlândia (Calu) investirá este ano R$ 15 milhões e pretende atingir a produção do período pré-crise. O montante será utilizado na construção de uma nova fábrica e na modernização de maquinários.
As informações são do presidente da cooperativa, Eduardo Dessimoni. “As expectativas para 2011 são positivas e o objetivo é retomar o nível de crescimento atingido antes da crise econômica, cerca de 10% ao ano”.
Em 2010, a Calu, localizada na região do Triângulo Mineiro, registrou crescimento em torno de 1,5% contra a projeção estimada de 5%. Este resultado, na avaliação de Dessimoni foi puxado pela redução dos preços pagos pelo leite e pela concorrência com os produtos provenientes do Uruguai, que aumentaram a oferta no período de entressafra e interferiram de forma negativa na formação dos preços dos produtos lácteos no mercado brasileiro.
A nova unidade será construída no Distrito Industrial de Uberlândia com a proposta de ampliar a atuação em segmentos onde os derivados do leite possuem maior valor agregado. Assim, a capacidade de captação passará dos atuais 150 mil litros de leite por dia para cerca de 400 mil litros diários.
(Fonte: Ocemg-Sescoop/MG)
Após a formatação de um planejamento estratégico que compõe o plano de transformação e o ato aprovado pelos cooperados em Assembleia Geral, a aprovação pelo Banco Central era o passo que faltava para o Sicoob Crediserra passar a atuar como cooperativa de livre admissão de associados. Não falta mais. A aprovação foi confirmada no dia 16 de dezembro, por meio do expediente 2010/12.154.
Até então, como Cooperativa de Crédito Rural do Planalto Serrano, o Sicoob Crediserra atendia apenas produtores rurais ou agropastoris. A transformação permite que a cooperativa amplie o atendimento a todas as pessoas físicas e jurídicas de sua área de atuação.
“A livre admissão de associados abrirá um leque de atuação da cooperativa em segmentos diferentes, alavancando o seu crescimento”, afirma o presidente do Sicoob Crediserra, Antonio Carlos Muniz.
(Fonte: Sicoob Crediserra)
Na contramão das previsões para a economia do país, que deve crescer de forma mais lenta, as cooperativas de crédito não devem reduzir o ritmo de expansão em Minas, podendo apresentar evolução ainda maior
O setor registrou incremento de aproximadamente 20% em relação a 2009 e a previsão é de aumento de 30% neste ano em relação a 2010. O segmento conquistou uma significativa fatia de mercado na crise mundial, absorvendo a demanda por crédito pessoal e microcrédito deixada pelos bancos, que priorizaram o socorro às grandes empresas durante o período. Após a recuperação da economia, as cooperativas conseguiram manter crescente a carteira de associados através da diversificação e flexibilização dos serviços.
"Apostamos em um novo nicho de clientes e a tendência é de que as opções de empréstimo e financiamento direcionados às microempresas sejam ainda mais elásticas e flexíveis nos anos a seguir", afirmou o presidente da Cooperativa de Crédito do Circuito das Malhas (Credmalhas), Tosyuki Akagui.
A cooperativa, sediada em Monte Sião, no sul do estado, atendia apenas empresas do ramo de confecções e vestuário. No entanto, uma pesquisa feita na cidade revelou que 90% dos empresários possuíam uma demanda por até R$ 30 mil em crédito, o que fez com que a entidade passasse a oferecer os serviços a empresas de outros segmentos, como bares, restaurantes e agronegócio.
Em 2010, a Credimalhas registrou incremento superior a 70% no volume de crédito disponibilizado, e deve fechar o ano com uma carteira ativa de R$ 14 milhões. O número de cooperados mais que dobrou no mesmo intervalo, chegando a cerca de 2 mil.
Apostando na crescente demanda por crédito pessoal, a Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Médicos e Demais Profissionais da Área da Saúde de Belo Horizonte e Cidades-Polo de Minas Gerais (Credicom), que é atualmente a maior cooperativa de crédito dos profissionais de saúde do Brasil, também desenvolveu um novo tipo de cartão de crédito. A opção é exclusiva para estudantes da área de saúde.
"Com o cartão de crédito universitário, adiantamos em seis anos a entrada dos cooperados, que antes só poderiam se associar à entidade após terem concluído a faculdade. Por conhecer as necessidades dos profissionais, disponibilizamos condições mais adequadas e flexíveis em todos os serviços. O cheque especial, por exemplo, é o único no país que oferece 14 dias sem juros", disse o presidente da Credicom, Samuel Flam.
A cooperativa, que possui sede e outras 19 unidades na Capital e mais 10 postos de atendimento espalhados pelo Estado, apresentou crescimento de 20% no volume de empréstimos e financiamentos em 2010 na comparação com o ano anterior. Na mesma base de comparação, a carteira ativa, que fechará este exercício com R$ 600 milhões, subiu 25%, o mesmo crescimento apresentado na carteira de empréstimos, que chegou a R$ 200 milhões. Para 2011, Flam acredita que a expansão total deve superar os 25%.
Já a Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Engenheiros de Belo Horizonte e Região Metropolitana (Engecred) deve apresentar aumento superior a 30% em 2011. De acordo com o gerente-geral, João Bosco Faria da Fonseca, o robusto incremento é esperado em função do forte aquecimento da indústria da construção civil.
"Apesar de trabalharmos com diversos ramos da engenharia, é a construção civil que impulsiona o movimento da cooperativa. As obras necessárias para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016 contribuirão para manter o setor aquecido, o que favorecerá os negócios da entidade", afirmou Fonseca. Em 2010, a Engecred registrou expansão de 25% em relação ao ano passado, com lucro líquido de R$ 1,4 milhão.
(Fonte: Ocemg-Sescoop/MG)
A produção nacional de cana-de-açúcar moída pela indústria sucroalcooleira em 2010 chegou a 624,99 milhões de toneladas. O número é recorde e representa aumento de 3,4% na produção total na comparação com o ciclo 2009/2010. O resultado faz parte do terceiro e último levantamento da safra 2010/2011, divulgado nesta quinta-feira, 6 de janeiro, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O aumento da produção se deve ao crescimento de área e às novas usinas em operação em alguns estados do Centro-Sul, além do bom regime de chuvas no ano passado. Por outro lado, a produtividade média caiu 4,6% sobre a safra anterior, passando a 77,8 toneladas por hectare. O motivo é a estiagem nas áreas produtivas daquela região, de abril a novembro de 2010. Em dezembro, a colheita foi encerrada no Centro-Sul e, até abril deste ano, continuará nas regiões Norte e Nordeste.
Do total de cana a ser esmagada, 53,8% (336,2 milhões de toneladas) são destinados à produção de 27,7 bilhões de litros de etanol. Deste volume, 19,6 bilhões de litros são do tipo hidratado e 8,1 bilhões do anidro. Os 46,2% (288,7 mil toneladas) restantes vão para a produção de açúcar, que chegou a 38,7 milhões de toneladas. Na safra passada, foram produzidas 33 milhões de toneladas. A demanda interna deve chegar a 11,11 milhões de toneladas, distribuída entre consumo direto e produtos industrializados.
No que se refere à área destinada ao plantio da cana, a pesquisa aponta resultado de oito milhões de hectares, 8,4% a mais que a da safra anterior. O estado de São Paulo ocupa a maior parte, com 4,4 milhões de hectares ou 54,28% do total nacional. Em seguida, aparecem Minas Gerais (695 mil ha), Goiás (599,3 mil ha), Paraná (582,3 mil ha), Alagoas (438,6 mil ha), Mato Grosso do Sul (396,1 mil ha) e Pernambuco (346,8 mil ha).
A pesquisa de campo foi realizada por 42 técnicos, que visitaram 411 usinas entre os dias 29 de novembro e 12 de dezembro, além de contatos com representantes de entidades de classe, associações e cooperativas em todos os estados produtores.
(Fonte: Mapa)
Em 2011, as cooperativas paranaenses vão investir R$ 1,3 bilhão, 28,6% mais que em 2010 e também um montante recorde. Cerca de R$ 900 milhões serão destinados a projetos agroindustriais, o equivalente a 70% do total, e R$ 400 milhões serão usados para melhorar a estrutura de recebimento e armazenagem de grãos, na aquisição de veículos e equipamentos e em inovações tecnológicas.
Feitas as projeções para o exercício, as cooperativas agora dependem do clima para concretizá-las, de acordo com o presidente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), João Paulo Koslovski. Além de financiamentos para a construção das unidades industriais. Conforme o dirigente, a safra vai bem, não houve problemas com o La Niña no Estado e está chovendo regularmente. "O milho está garantido, mas a soja ainda depende de chuvas", comenta.
Entre os investimentos em andamento está a construção de um abatedouro e de uma fábrica de ração pela Cocari, cooperativa de Mandaguari, no noroeste do Paraná, orçados em R$ 115 milhões. A Coopavel, de Cascavel, no oeste do estado, está construindo um moinho de trigo. A Cotriguaçu, que reune quatro cooperativas (C.Vale, Lar, Coopavel e Copacol), vai modernizar a estrutura que possui no porto de Paranaguá. E a Integrada, a Coamo(maior cooperativa do país) e a Agrária devem tocar projetos na área de milho. Além disso, a Frimesa está ampliando a estrutura de abate de suínos.
Koslovski lembra que as cooperativas paranaenses têm como meta para 2015 obter 50% das receitas com produtos industrializados - hoje a fatia é de 40%, e dez anos atrás, era de 29%. Dados da Ocepar mostram que o alvo está sendo levado a sério. De 2001 a 2010, quase R$ 8 bilhões foram investidos pelas associadas nas áreas de tecnologia, infraestrutura e indústrias. Uma das motivações, além da agregação de valor aos produtos, é reduzir os efeitos das oscilações de preços de commodities agrícolas no mercado internacional.
Com a industrialização, os produtos das cooperativas estão ganhando mais espaço nas gôndolas de supermercados brasileiros e de fora do país. Em 2009, as exportações somaram US$ 1,47 bilhão e, em 2010, US$ 1,65 bilhão. Outra meta é alcançar a R$ 30 bilhões de faturamento em 2011, sendo R$ 28 bilhões com cooperativas agropecuárias. Para isso, o crescimento previsto para o ano é de 7%, já que as receitas somaram R$ 28 bilhões em 2010 - R$ 25 bilhões no segmento agropecuário - e foram 12% maiores que no exercício anterior. Outro dado do levantamento da Ocepar chama a atenção: as cooperativas do Estado geram 65 mil empregos diretos e contam com 632 mil cooperados.
Para Koslovski, as condições de mercado estão favoráveis para as cooperativas e medidas anunciadas na segunda-feira pelo novo secretário da Agricultura do Paraná, Norberto Ortigara, foram bem recebidas, como a criação de uma Agência de Defesa Agropecuária. Ortigara acredita que é possível obter a certificação de Estado livre de aftosa sem vacinação em 2012 ou 2013 e colocou a questão como uma das prioridades da pasta, o que deve abrir mais mercados para as carnes produzidas no Estado.
(Fonte: Valor Econômico)
A produção de café na área de atuação da Cooxupé, a maior cooperativa de cafeicultores do mundo, deverá atingir na temporada 2011/12 cerca de 6 milhões de sacas, uma redução expressiva em relação ao volume de 9,3 milhões de sacas da colheita 2010/11, afirmou nessa terça-feira o presidente da instituição, Carlos Alberto Paulino da Costa. "A primeira avaliação é que a safra na área de atuação da Cooxupé terá uma queda de 35 por cento sobre 2010", disse o presidente.
Segundo ele, a colheita que começará daqui a cinco meses será menor após um ano de produção abundante e por conta da forte estiagem que afetou a lavoura durante alguns meses no ano passado.
"É um problema fisiológico do café arábica. Todos os cafezais que produzem muito num ano, no outro produzem pouco", explicou. "Isso é histórico no Brasil, ocorre há mais de 100 anos."
Costa observou que a produção na região da cooperativa, em uma área de 300 mil hectares que abrange o Sul de Minas, Triângulo Mineiro e norte de São Paulo, também sofrerá por conta de outros fatores.
"É uma série de motivos: primeiro porque a safra (passada) foi boa; segundo, a seca foi muito severa; terceiro, os preços baixos que tivemos até o início de 2010 desestimularam os tratos culturais, o pessoal diminuiu a fertilização."
Por conta da safra menor, para 2011 a meta de recebimento de café pela Cooxupé será de 3,1 milhões de sacas, contra 4,2 milhões de sacas no ano passado, disse o presidente.
A previsão de produção, realizada com base na avaliação feita por agrônomos da cooperativa em 250 propriedades da região da Cooxupé (entre lavouras grandes, médias e pequenas, de alta e baixa tecnologia), dá alguma ideia de como será a próxima safra brasileira.
"O Sul de Minas inteiro obedece esses dados nossos, e o Cerrado Mineiro obedece também a nossa tendência. Zona da Mata foge um pouco do nosso padrão", avaliou Costa, evitando extrapolar avaliações para o Brasil.
Minas Gerais responde por aproximadamente metade da produção nacional de café.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulga a sua primeira projeção para a próxima safra do país na quinta-feira. Em 2010/11, segundo a estatal, o Brasil colheu 48,1 milhões de sacas (arábica e robusta).
O produção de café robusta, que praticamente não existe em Minas, não costuma variar muito de ano para ano, e somou no país 11,3 milhões de sacas em 10/11.
Por conta da seca e após um longo período de preços baixos - só começaram a reagir com mais intensidade no início do ano passado -, a safra da região da Cooxupé deverá ser inferior à do último ano de baixa do ciclo do arábica. Naquele período, a produção foi de 6,42 milhões de sacas.
"Vai ser mais ou menos igual a de 2009/10, até um pouco menos. A produção está praticamente definida, só se tiver uma tragédia climática, coisa que não acredito, mas o que vai produzir já está na árvore."
2012/13
Os preços do café agora estão em patamares elevados no mercado internacional, próximos de uma máxima de mais de 13 anos em Nova York, por conta de uma escassez do produto de alta qualidade no mundo.
E isso se reflete no mercado brasileiro, o que deverá ter efeito positivo na temporada 2012/13.
O produtor da Cooxupé recebia cerca de 260 reais por saca de café em maio do ano passado, contra até 410 reais atualmente para o produto de melhor qualidade, segundo Costa, que ressaltou que os produtores têm uma melhor rentabilidade agora após vários anos de cotações baixas.
Dessa forma, os cafeicultores estão investindo mais em suas lavouras. "Em 2012, acho que vamos ter safra boa porque com essa recuperação de preço, o pessoal ficará mais animado e tratará melhor."
(Fonte: Portal O Globo)
Os armazéns de grãos e produtos agrícolas terão maior prazo para adequar sua estrutura às regras do Sistema Nacional de Certificação de Unidades Armazenadoras. O Ministério da Agricultura prorrogou o prazo para certificação, por meio da Instrução Normativa nº 41, publicada no Diário Oficial da União (DOU) da última quarta-feira, 15 de dezembro.
A regra alonga os prazos e prevê também a revisão das normas para os requisitos técnicos obrigatórios ou recomendados, que determinam as adequações estruturais, tecnológicas e de capacitação técnica para que as unidades armazenadoras possam obter a certificação.
Auditores técnicos de organizações acreditadas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) executarão o trabalho de análise nas unidades. Entre os requisitos que serão avaliados pelos auditores para a certificação, estão a adoção de sistemas de higienização da estrutura e de temperatura dos grãos e as condição estruturais de armazenagem. O objetivo é evitar perdas na produção, melhorar a qualidade e quantidade dos grãos e capacitar os profissionais que atuam no setor.
O recadastramento, previsto na Instrução Normativa nº41, compreendido no período de 2012 a 2017 estabelece percentuais de implantação em seis etapas, sendo 15% das unidades nas cinco primeiras e 25% na sexta etapa. Adicionalmente, concede mais cinco anos para que as unidades armazenadoras mais antigas, de difícil ou impossível adequação às normas da certificação, promovam as intervenções necessárias, para a desativação ou utilização exclusiva no atendimento emergencial.
A ampliação dos prazos dá condições à unidade para alcançar metas mais afinadas com a realidade do complexo armazenador do país, sem extrapolar a capacidade de investimentos por parte da iniciativa privada, responsável por mais de 95% da capacidade estática instalada no Brasil. “Ouvindo os operadores de diversos setores da economia, o Mapa se sensibilizou em relação à flexibilização do processo de implantação e revisão das normas”, explica a coordenadora-geral de Infraestrutura Rural e Logística da Produção do Ministério da Agricultura, Maria Auxiliadora Domingues de Souza.
Segundo a coordenadora, o processo é irreversível e o mercado entendeu os benefícios da certificação em andamento, conferindo um atestado de competência técnica às unidades armazenadoras para a realização de serviços específicos, atendendo ao padrão mínimo de qualidade com os requisitos técnicos estabelecidos. Ela lembra que a competitividade nas relações comerciais, em um mercado globalizado, é resultado dos padrões de qualidade e eficiência, que passam pela certificação dos produtos em toda a cadeia produtiva, sendo a armazenagem um importante elo desse processo, do qual não pode estar desvinculada.
O Ministério da Agricultura, na condição de coordenador do sistema, assegura o sucesso do empreendimento, sem perder de vista os aspectos relacionados ao abastecimento interno, à segurança alimentar e aos contratos internacionais firmados pelos agricultores brasileiros.
“As diversas manifestações de reconhecimento da importância da medida recebidas pelo ministério demonstram a confiança do setor na orientação dos processos de qualificação da atividade armazenadora”, ressalta Maria Auxiliadora. Para ela, essas ações vão inserir o Brasil na vanguarda da atividade frente, aos concorrentes internacionais
Os armazenadores e demais interessados do sistema podem acessar o site do Mapa, clicando Serviços > Certificação > Unidades Armazenadoras, para consultas sobre normas e procedimentos para a obtenção do certificado.
(Fonte: Mapa)
De maio a novembro de 2010, a Coopercentral Aurora (Aurora Alimentos) e a Fundação Aury Luiz Bodanese desenvolveram o projeto “A Turminha da Reciclagem nas Escolas 2010”, com o objetivo de expandir a ideia da preservação ambiental. O projeto recebeu apoio do Sescoop/RS e das cooperativas gaúchas Cotrisal, Cotrijal e Cotrel.
Nesta semana, no auditório da Associação Comercial Indústrial Serviços e Agronegocios de Sarandi (ACISAR), em Sarandi (RS), ocorreu um café da manhã para apresentar os resultados do programa “A Turminha da Reciclagem” neste ano. A iniciativa demonstra a responsabilidade e o compromisso socioambiental com a comunidade.
A coordenação ficou centralizada na unidade da Aurora de Sarandi, com a professora Patrícia Signor, apoio da equipe da Fundação Aury Luiz Bodanese e supervisão da Unidade de Sarandi.
O trabalho foi desenvolvido com alunos de escolas da rede municipal, estadual e privada de ensino, do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, dos municípios de Sarandi, Erechim e Não Me Toque, envolvendo em torno de 15 mil alunos que foram transformados em agentes de conscientização dos pais, familiares, escola e comunidade.
“Este trabalho adquire uma dimensão extremamente maior, à medida que as crianças acolhem a ideia do projeto, são capazes de exercer forte influência conscientizadora sobre a família e toda a sociedade. É importante iniciar este trabalho socioambiental com esta geração que terá a missão de tornar nosso mundo mais sustentável e ciente da importância de preservarmos e antes de tudo, respeitar a vida existente sob o planeta”, observou Patrícia.
Foram alcançadas mais de 100 escolas, que receberam a visita do projeto, e foram estimuladas a realizar práticas que objetivam a preservação e cuidado com o meio ambiente, separação do lixo e reciclagem. O tema foi tratado de forma lúdica, dinâmica e prática, aproximando ao máximo os problemas ambientais da realidade dos alunos, exemplificando com ações do dia a dia, que mostram que cada um pode ajudar a salvar o planeta, começando a separar o lixo que produz.
“A Turminha da Reciclagem representa uma importante ação social e marca a presença da Aurora Alimentos e Fundação ALB na sociedade onde estão inseridas no RS. Um reconhecimento, aceitação e apoio que fortalecem a marca e o espírito cooperativo da Aurora e de seus parceiros junto a comunidade”, ressaltou a supervisora administrativa da Unidade Aurora de Sarandi, Claudia Pasquali.
Os participantes receberam um livro, adesivos e uma carteirinha, que concede descontos em mais de 50 livrarias. Para as escolas, foi entregue um CD com as músicas e um jogo com lixeiras adaptadas para a separação de cada resíduo, transformando a escola no primeiro lugar onde os alunos possam se habituar a fazer a separação.
“Achei o projeto muito legal, porque desde pequeno nós já reciclamos o lixo e assim, ajudamos o meio ambiente. O que eu também gostei foram as músicas, o ratão e todos os personagens da Turminha da Reciclagem. Se pudesse, gostaria que todos os lixos fossem para as lixeiras certas para reciclar, assim o mundo seria melhor”, disse o aluno João Vitor Rohr, do 4º ano da escola Piero Sassi de Carazinho.
Em menos de oito meses, foram percorridos em torno de 8.000 quilômetros para levar a essência do cooperativismo e consciência ambiental até as crianças. Estima-se que, se cada criança participante falar da Turminha da Reciclagem para pelo menos três pessoas, os nomes do projeto e da Aurora chegarão a mais de 45 mil pessoas.
“O projeto é uma semente que plantamos no coração de cada aluno participante e um reflexo da preocupação ambiental de todas as empresas envolvidas. Fazer a criança entender que o meio ambiente faz parte da nossa vida e que, cada atitude que realizamos hoje tem reflexos por gerações, é um processo importante para que se construa uma sociedade mais preocupada com o outro, com o planeta e com as consequências de seus atos. Pois preservar o meio ambiente é uma opção de vida”, finalizou Patrícia.
(Fonte: Ocesc)
A produção de café beneficiado no Brasil safra 2009/2010 totaliza 48,1 milhões de sacas de 60 kg, com aumento de 21,9% sobre as 39,5 milhões de sacas do ciclo anterior. Em relação à última pesquisa, realizada em setembro, houve crescimento de 1,9%. O resultado refere-se ao quarto e último levantamento da atual safra, divulgado hoje (14) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em Brasília.
O crescimento se dá mesmo com redução da área em produção, tendo como aliados a bienalidade positiva, que intercala um ciclo alto e outro baixo, e o clima favorável.
O café tipo arábica, que detém 76,6% da produção total, está projetado para 36,8 milhões de sacas, 27,2% a mais que as 28,9 milhões de sacas do ano passado. Já o conilon, ou robusta, que representa 23,4% da produção brasileira, terá 11,3 milhões de sacas. Minas Gerais lidera a produção nacional com 52,3%, sendo 99% do tipo arábica. O Espírito Santo produz 21,3% de café conilon.
A área de café em produção diminuiu 16,3 mil hectares, queda de 0,8%, passando de 2,09 milhões, no ciclo passado, para 2,08 milhões de hectares. A área plantada está com 90,7% em produção e o restante permanece em formação (ainda não entraram no ciclo produtivo).
A pesquisa foi realizada, no período de 8 de novembro a 3 de dezembro, com instituições parceiras da Conab, nos principais estados produtores do grão, como Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Paraná e Rondônia.
(Fonte: Mapa)
A Unimed Londrina inaugurou recentemente um novo espaço de atividade física para clientes que participam do Programa de Medicina Preventiva (atualmente cerca de 450 pessoas). A nova academia passou a funcionar em um amplo espaço dentro de um dos maiores clubes da cidade, o Canadá Coutry Club, oferecendo melhor estrutura e equipamentos de qualidade para melhor atendimento a este público.
O serviço é voltado, principalmente, para pacientes com Diabetes e Hipertensão. O local, equipado com aparelhos de ginástica, oferece aulas de 40 a 50 minutos, que incluem um circuito de exercícios aeróbicos, musculação e alongamento, com acompanhamento de profissionais de Educação Física.
Para participar das atividades físicas, o cliente precisa apresentar atestado de um médico cardiologista, assegurando que ele está apto a fazer a academia. Com o novo espaço, a meta da Unimed Londrina é, no mínimo, dobrar o número de pacientes atendidos, promovendo ainda mais a saúde e a qualidade de vida de seus usuários.
(Fonte: Unimed Londrina)
A cada ano, a cena vem se repetindo na Coamo Agroindustrial Cooperativa, com sede em Campo Mourão (PR). Bons resultados e produtores com dinheiro no bolso para celebrar o ano agrícola e as festas de final de ano.
O presidente da cooperativa, engenheiro agrônomo José Aroldo Gallassini anuncia para a próxima quarta-feira (15/12), a distribuição antecipada de um total de R$ 25 milhões em sobras referente ao resultado preliminar do exercício de 2010.
Terão direito ao benefício os mais de 22 mil cooperados espalhados por 63 municípios nos estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, na proporção da sua movimentação durante o ano com os produtos soja, milho, trigo e também insumos.
O dinheiro garantirá os festejos de Natal e Ano Novo da família Coamo e é comemorado não só pelos produtores, mas também pelo comércio na região de ação da Coamo. "Neste ano em que a Coamo comemora seus 40 anos esta notícia de antecipação de parte das sobras é bem recebida e aguardada com muita expectativa por cooperados e familiares. E como eles mesmos dizem, esse dinheiro é como se fosse o 13º do produtor rural”, avalia o presidente da Coamo, José Aroldo Galassini.
Segundo ele a tradição do pagamento das sobras nessa época do ano faz muito bem ao cooperados e sobretudo ajuda neste período das festas de final de ano. “Além de “engordar” o Natal dos agricultores, o dinheiro das sobras também ajuda a impulsionar o comércio neste final de ano”, prevê Gallassini.
Em 2010 a Coamo registrou o maior recebimento de produção da sua história de 40 anos. “Porém, quanto aos preços das commodities o ano pode ser dividido em duas fases. No primeiro semestre os preços dos produtos agrícolas estiveram abaixo das expectativas dos produtores, bem diferente do cenário atual que vem registrando uma recuperação dos preços, que fará com que o ano tenha uma média positiva de comercialização”, considera Gallassini.
(Fonte: Ocepar)
Nos meses de novembro e dezembro a Cooperativa Agropecuária de Jacinto Machado (Cooperja), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no estado de Santa Catarina (Sescoop/SC) e escolas da região (E.M.E.B. Albino Zanatta, E.E.B. Abel Esteves de Aguiar, E.E.B. Jacinto Machado), disponibilizou aos professores várias capacitações, para possibilitar a implantação do Programa Cooperjovem em Jacinto Machado. Segundo a psicóloga da Cooperja, Janaina Cibien, o objetivo é a inserção do cooperativismo nas escolas.
Em novembro aconteceu a primeira etapa do treinamento em Criciúma, juntamente com cooperativas e escolas de outras regiões. O instrutor foi Ney Guimarães, que trabalhou o paradigma da cooperação no ambiente escolar; fundamentos do Cooperjovem, suas justificativas e sua razão de ser; historia e princípios do cooperativismo; e motivação para a implantação do programa.
A segunda etapa aconteceu em Balneário Arroio do Silva, e as palestras foram ministradas por professores da escola CEM (cooperativa educacional Magna), que já faz este trabalho. “Abordaram temas como: o Cooperjovem nos projetos da escola, dentro do PPP e transdiciplinaridade.
De acordo com a experiência desta escola, percebe-se que o Cooperjovem aproxima não somente o professor do cooperativismo, mas todos os integrantes do processo. Os alunos mudam, a comunidade se aproxima. A família e a escola são parceiras. Não é possível fazer com que o aluno absorva conhecimento sem a participação da família”, afirma Janaina.
(Fonte: Ocesc-Sescoop/SC)
Atendendo a 200 mil clientes, em 59 municípios, a Unimed Vales do Taquari e Rio Prado teve em 2010 um ano cheio de desafios, porém de constante crescimento. Além do investimento em tecnologia, o presidente da cooperativa, Carlos Antonio da Luz Rech, em entrevista à RádioCoop, ressaltou a importância de investir no quadro pessoal, formado por médicos cooperados, colaboradores e toda a rede de clientes, prestadores e fornecedores.
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A Campanha Natal da Cooperação bateu todos os recordes nesta 2ª edição. Até o momento já foram contabilizados mais de 5 mil brinquedos arrecadados em todo o Estado. Sua primeira edição foi em 2009 e arrecadou cerca de 2200 brinquedos.
Essa campanha visa incentivar a prática da responsabilidade social entre as cooperativas e seus cooperados, destacando a importância da cooperação e do interesse a comunidade, tão inerente a filosofia do cooperativismo.
A ação começou dia 18 de outubro e foi até 30 de novembro, promovida pelo sistema OCB//MS em parceria com o Sicredi, Federação das Unimeds de MS e Unimed Campo Grande. Todos foram postos de arrecadação, além das cooperativas participantes.
A primeira entrega ocorreu na quarta-feira (8/12), e as demais acontecem até o dia 18.
Produtores de café do Brasil elevaram os investimentos nas lavouras diante
dos preços mais altos da commodity, substituindo velhos pés por novos, mais produtivos, e muitos também aumentaram a adubação, com o objetivo de melhorar a produtividade nas próximas safras.
Os preços na fazenda subiram entre 30 e 40 por cento até agora neste ano, devido aos baixos estoques, prováveis safras menores na Colômbia e Vietnã e certamente um ano de produção menor no Brasil em 2011, com o período de baixa no ciclo do arábica.
"Os produtores estão um pouco mais otimistas com o preço e estão replantando algumas lavouras que tinham baixa produtividade", afirmou Marcelo Almeida, diretor para agronegócio da Cooparaiso, cuja produção em sua área de atuação representa quase de 10 por cento do total colhido no Brasil.
A Cooparaiso, no sul de Minas Gerais, estima que os cooperados vão aumentar a taxa de poda e renovação em cerca de 3 por cento este ano, contra 2 por cento do nível normal, com o objetivo de ampliar a produtividade.
Outras fontes também dizem que haverá uma importante mas não dramática manutenção e renovação das plantações. Produtores e exportadores concordam que o Brasil precisa colher uma média de 50 milhões de sacas por ano para acompanhar o crescimento da demanda e manter a sua participação de mercado, e investimentos poderiam ajudar o país a obter tal meta.
A média das últimas quatro colheitas, incluindo a de 2010, foi de 42,2 milhões de sacas de 60 kg, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). As estimativas de exportadores são tradicionalmente 3 milhões de sacas superiores às da Conab.
A Associação Nacional para a Difusão de Adubos (Anda) também estima que o café foi um dos principais impulsionadores para o aumento das vendas de insumos entre janeiro e outubro, embora os dados por segmento não estejam disponíveis.
Os investimentos em maquinário necessários para produzir o café de alta qualidade também estão aumentando. Mas enquanto os produtores podem ter recuperado o entusiasmo para investir, uma escassez nas mudas de pés de café é um desafio.
"Ninguém previu esta (demanda) vindo. Eu fiquei sem mudas tempos atrás", disse Walter Garcia Bronzi, que produz 1,5 milhão de mudas por ano em áreas de maior altitude no norte de São Paulo.
"No próximo ano eu vou tentar fazer 2 milhões de mudas", completa, entusiasmado por preços que dobraram para quase 40 centavos cada.
Fazer a poda de árvores improdutivas e substituir aquelas mais velhas inicialmente reduz a produção das fazendas. As árvores demoram uma temporada depois da poda para voltar a produzir com vigor.
Novas árvores levam três anos para começar a produzir volume significativo e só atingem a plenitude após cinco anos.
"Melhor ano de todos"
Apesar dos preços melhores, alguns produtores podem ainda não ter recursos para investir muito mais porque o salto dos preços do café ocorreu depois de parte dos cafeicultores, particularmente associados de cooperativas, já terem vendido sua produção a preços mais baixos. "Este aumento dos preços não chegou ao bolso dos produtores", disse Lucio Dias, trader sênior da Cooxupé.
A Cooxupé, maior cooperativa de café do mundo, disse que seus cooperados ganharam em média 289,47 reais por saca, cerca de 14 por cento mais que os 253,78 reais do ano anterior, com vendas antecipadas.
Os preços aos produtores para o café de qualidade para exportação têm ficado entre 300 e 400 reais por saca há meses. Os produtores fazem vendas antecipadas agora com preços acima de 2 dólares por libra-peso, e podem ter um melhor desempenho na próxima temporada.
Os produtores de café também têm outras demandas no bolso antes de considerar quando e quanto investir. Financiadores de produtores altamente endividados esperam que estes usem os recursos
para quitar seus débitos que foram renegociados quando os preços da commodity caíram nos últimos anos.
"Se os produtores fizerem isso, eles terão maior capacidade para conseguir crédito no futuro", disse Álvaro Schwerz Tosetto, diretor de agronegócio do Banco do Brasil, o principal financiador agrícola no País.
Mas, a julgar pelos comentários de exportadores e torrefadoras, talvez nunca se tenha um momento tão favorável para considerar mais investimentos. "Este ano tem sido um dos melhores na história
dos produtores brasileiros de café. Produtores têm um grande incentivo para melhorar, focando seus campos para aumentar a produção", disse John Wolthers, da exportadora Comexim.
(Fonte: CNC)
O Grupo Mercado Comum (GMC) do Mercosul aprovou, nesta semana, a prorrogação para 30 de dezembro de 2012 da Tarifa Externa Comum de 28% para produtos lácteos.
A alíquota é aplicada sobre leite em pó, queijo, soro e outros derivados de leite importados de países de fora do bloco econômico. A tarifa, que valeria até 30 de dezembro de 2011, já foi autorizada pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), conselho integrado por sete ministros brasileiros.
No Brasil, a medida beneficia principalmente pequenos produtores de leite, já que os grandes fornecedores mundiais, como México, Costa Rica e União Europeia, aplicam tarifas que chegam a 150%. “Nos últimos cinco anos, a produção nacional cresceu e passamos a exportar. Por isso, é importante aplicar medidas que continuem incentivando uma cadeia produtiva que gera emprego e renda para o país”, explica o diretor do Departamento de Assuntos Comerciais do Ministério da Agricultura, Benedito Rosa.
Em janeiro deste ano, a Camex e o GMC autorizaram a ampliação da Tarifa Externa Comum de produtos lácteos que variava entre 14% e 16% para 28%. O GMC é o órgão executivo do Mercosul responsável por fixar os programas de trabalho e negociar acordos pelo mercado comum, integrado pelo Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.
De janeiro a outubro, as exportações de produtos lácteos do Brasil renderam US$ 133,4 milhões, quando foram embarcadas quase 50 mil toneladas de leite e derivados. No ano passado, a receita das vendas externas desses produtos atingiu US$ 167,4 milhões com volume exportado de 69,2 mil toneladas.
(Fonte: Mapa)