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Pesquisadores têm até 18 de dezembro para submeter resumos. Evento acontece em julho de 2026
O cooperativismo terá espaço de destaque no 16º Congresso Mundial de Sociologia Rural (Irsa) e no 64º Congresso da Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural (Sober), que acontecem de 19 a 23 de julho de 2026, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre (RS).
Considerado um dos eventos internacionais mais importantes nas áreas de economia, administração e sociologia rural, o
IRSA do próximo ano traz uma novidade importante para pesquisadores e profissionais que estudam o cooperativismo: a criação do Grupo de Trabalho (GT) 31 – Cooperativas e seu papel para um futuro rural sustentável (Cooperatives and their role for a sustainable rural future).
O GT vai reunir estudos dedicados a compreender esse papel, analisando tanto suas potencialidades quanto os desafios de atuação em contextos de desigualdade, mudanças climáticas e transformações econômicas. As submissões podem ser feitas até 18 de dezembro de 2025, por meio de um resumo de até 300 palavras, contendo perguntas de pesquisa, metodologia, resultados principais e implicações.
O tema central do congresso será Políticas para a Natureza, Alimentação e Nutrição em tempos de incerteza e mudanças climáticas. O objetivo é debater como diferentes formas de organização social e econômica, entre elas, as cooperativas, podem contribuir para a construção de políticas públicas mais inclusivas e sustentáveis, diante dos desafios ambientais e alimentares do século XXI.
Espaço de debate e conhecimento
Segundo Guilherme Souza Costa, gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB, a iniciativa é uma oportunidade de valorizar o protagonismo das cooperativas em agendas globais de sustentabilidade e desenvolvimento. “As cooperativas estão na linha de frente de muitos temas que serão debatidos no congresso, como segurança alimentar, uso sustentável dos recursos naturais e fortalecimento das comunidades rurais. Por isso, é fundamental que pesquisadores brasileiros e internacionais tragam evidências e reflexões que ajudem a compreender melhor o papel transformador do cooperativismo nesses contextos”, destacou.
O GT 31 receberá trabalhos teóricos e empíricos que abordem temas diversos, como:
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Estratégias de advocacy das cooperativas para apoiar políticas públicas orientadas à sustentabilidade;
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Mecanismos de engajamento de membros e fortalecimento da identidade cooperativa;
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O papel da educação e da liderança na manutenção dos princípios cooperativistas;
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Conflitos entre sucesso econômico e prioridades ambientais ou comunitárias;
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Condições que favorecem o papel transformador das cooperativas em seus territórios;
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Impactos de políticas públicas que envolvem ou são lideradas por cooperativas;
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Comparações internacionais sobre o papel político e social do movimento cooperativista.
Conexão internacional e interdisciplinar
A realização conjunta entre a Sober e a Irsa, que reúne pesquisadores de mais de 50 países, representa uma oportunidade inédita de intercâmbio acadêmico e institucional. De acordo com os organizadores, a expectativa é que o congresso atraia centenas de trabalhos que conectem experiências locais e internacionais, evidenciando como o cooperativismo pode ser um vetor de transformação sustentável em diferentes contextos rurais.
“O diálogo internacional é essencial para que possamos identificar boas práticas, compreender diferentes modelos de governança e fortalecer políticas que reconheçam o papel das cooperativas na construção de sociedades mais justas e resilientes”, complementou Guilherme.
O evento contará com painéis temáticos, mesas-redondas e sessões de debate sobre inovação rural, segurança alimentar, transição ecológica e políticas de sustentabilidade, temas que também dialogam com as pautas estratégicas do Sistema OCB e sua atuação junto ao poder público e à academia.
Mais informações e inscrições podem ser consultadas no site oficial do evento. Confira!
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Declaração de Seul destacou compromisso com sustentabilidade e inovação no campo
Com a presença de lideranças cooperativistas de todos os continentes, a Reunião Geral da Organização Internacional das Cooperativas Agrícolas (ICAO, na sigla em inglês) movimentou Seul, na Coreia do Sul, nesta segunda-feira (20). O encontro marcou um novo capítulo na cooperação entre países que apostam no modelo cooperativista como estratégia para impulsionar o desenvolvimento rural sustentável e enfrentar os desafios da segurança alimentar global.
O Sistema OCB participou ativamente das discussões e da elaboração da Declaração de Seul, documento aprovado pelos membros da ICAO e que reforça o compromisso coletivo das cooperativas agrícolas com a inovação, a inclusão produtiva e as práticas sustentáveis. O coordenador de Relações Internacionais da entidade, João Penna, destacou o papel do
cooperativismo brasileiro no fortalecimento dessa rede internacional de colaboração. “A Declaração de Seul representa um marco para o cooperativismo agrícola mundial, porque reafirma a necessidade de trabalharmos juntos, de forma prática e solidária, para garantir um futuro mais sustentável e resiliente para a agricultura”, afirmou.
Intercooperação
Durante a programação, os participantes também acompanharam apresentações sobre as ações desenvolvidas por cada organização-membro, com foco nas iniciativas implementadas durante o Ano Internacional das Cooperativas. O Sistema OCB compartilhou experiências de intercooperação e projetos voltados à sustentabilidade e ao acesso ao crédito rural. “O cooperativismo do Brasil tem mostrado que é possível conciliar produtividade, inclusão social e preservação ambiental. Levar essa mensagem para um fórum internacional ajuda a fortalecer a imagem do nosso movimento e abre caminhos para novas parcerias”, explicou João.
A Reunião Geral da ICAO contou com a presença de autoridades diplomáticas de diversos países, como a embaixadora do Brasil na Coreia do Sul, Maria Donner Abreu, o adido agrícola Ricardo Zanatta, além dos embaixadoresda Itália, Gana e Malásia. O presidente da Federação Nacional das Cooperativas Agrícolas (NACF), Ho-Dong Kang, anfitrião do encontro, destacou a importância da solidariedade entre as cooperativas diante das transformações climáticas e dos novos desafios
econômicos.
Intercâmbio
Além dos debates e da assinatura da Declaração, o evento abriu espaço para trocas de experiências e capacitação técnica. Um dos destaques foi o relato de Leonardo Neves, cooperado do Sicoob Credinor (MG), que participou de um programa de intercâmbio promovido pela NACF. Durante três meses, ele acompanhou de perto o funcionamento das cooperativas agrícolas sul-coreanas e apresentou suas impressões aos participantes do encontro.
Inspirado na experiência, Leonardo pretende implementar iniciativas em sua cooperativa, como feiras locais para a venda direta de produtos, a criação de um prêmio de valorização dos produtores rurais e um projeto de capacitação e regularização de agricultores familiares em Montes Claros (MG). A proposta será submetida à ICAO pelo Sistema OCB. “Essa troca de experiências é o que dá sentido à cooperação internacional. Quando um cooperado brasileiro leva uma ideia inspirada em outro país e transforma a realidade da sua comunidade, todos ganham — o cooperativismo, o produtor e a sociedade”, ressaltou João.
Encerrando a programação, os representantes das organizações participantes realizaram visitas técnicas a cooperativas locais para conhecer modelos de gestão, comercialização e inovação aplicados na Coreia do Sul — país reconhecido como referência em cooperativismo agrícola.
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Casa do cooperativismo apresentou iniciativas da em gestão, sustentabilidade e comunicação
O Sistema OCB realizou, nesta quarta (22), uma edição especial do Portas Abertas, organizada em parceria com a OCB/DF, para receber a Cooperforte, maior cooperativa singular do Distrito Federal e uma das mais representativas do país, com atuação nacional. A atividade marcou um esforço conjunto entre a unidade nacional e a estadual para aproximar cooperativas das ações estratégicas do Sistema OCB e fortalecer os vínculos institucionais dentro do movimento.
A abertura do encontro foi conduzida por Fabíola Nader Motta, gerente-geral da OCB, que destacou o papel da organização como voz unificada das cooperativas no país. “A OCB foi criada pelas próprias cooperativas, há 55 anos, para representar e defender o nosso modelo de negócios. Nosso trabalho é falar e desenvolver o cooperativismo, garantindo que ele continue crescendo de forma sustentável”, afirmou.
Fabíola também reforçou a importância da coleta e sistematização de dados sobre o setor, que subsidiam políticas e estratégias para o fortalecimento do movimento. “Muitos imaginam que o governo tem todos os números do cooperativismo, mas não é assim. São as cooperativas, com o apoio das unidades estaduais, que alimentam o nosso anuário. É a partir dessas informações que conseguimos mostrar a real força do cooperativismo brasileiro”, explicou.
Na sequência, Thiago Borba, coordenador do Ramo Crédito, apresentou as ações em andamento no Conselho Consultivo Nacional do Ramo Crédito (Ceco). Entre os temas discutidos estão o projeto de intercooperação, que busca colocar em prática o 6º princípio cooperativista por meio de iniciativas conjuntas, e o acompanhamento da Lei nº 15.179/24, que regulamenta as operações de crédito consignado por cooperativas. “Nosso foco é criar um ambiente regulatório mais equilibrado e favorecer a eficiência coletiva das cooperativas de crédito”, destacou Thiago.
A agenda seguiu com Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas, que apresentou o AvaliaCoop, ferramenta de diagnóstico criada pelo Sistema OCB para apoiar a melhoria contínua das cooperativas. A iniciativa permite que cada organização verifique seu nível de maturidade em governança, gestão, desempenho, ESG e negócios, identificando pontos fortes e oportunidades de aprimoramento. Somente nos últimos três anos, foram mais de 11 mil diagnósticos de identidade e gestão aplicados.
O analista de design gráfico Lucas Badú apresentou o SomosCoop, movimento de valorização do cooperativismo, que reúne ações de comunicação e campanhas nacionais. Ele mostrou os resultados mais recentes da pesquisa de imagem do cooperativismo, que revelou avanços importantes: 77% dos brasileiros souberam mencionar ao menos o nome de uma cooperativa, contra 44% em 2018, e um em cada quatro entrevistados já teve contato com a marca SomosCoop “A marca SomosCoop é o elo entre o movimento e a sociedade. É ela que mostra que o cooperativismo está presente nas escolhas do dia a dia das pessoas”, pontuou.
O encontro foi encerrado com as apresentações do Sistema OCB/DF e da Cooperforte, que compartilharam suas experiências locais e reforçaram a importância de espaços de integração como o Portas Abertas para fortalecer a identidade e a intercooperação no movimento.
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Evento abordou papel do cooperativismo como força capaz de atender as demandas contemporâneas
A sustentabilidade como parte essencial do propósito cooperativista foi o tema central do Encontro de Sustentabilidade do Sicoob Central Cecremge, realizado nos dias 21 e 22 de outubro, em Belo Horizonte (MG). O evento reuniu dirigentes, especialistas e representantes das 52 cooperativas filiadas para discutir estratégias, resultados e práticas que fortalecem a atuação das cooperativas como agentes de transformação econômica, social e ambiental.
A abertura foi feita pelo presidente do Conselho de Administração do Sicoob Central Cecremge, Luiz Gonzaga Viana Lage, e a programação conta com painéis sobre temas como finanças sustentáveis, cidadania cooperativa e inovação social.
O Sistema OCB participou nesta terça-feira (20) com a presença da gerente de Desenvolvimento de Cooperativas, Débora Ingrisano. Ela apresentou a palestra Propósito que transforma: a sustentabilidade no cooperativismo brasileiro e reforçou que o conceito de sustentabilidade no cooperativismo vai além da gestão ambiental — ele se conecta diretamente com a razão de ser das cooperativas. “Sustentabilidade é mais do que um pilar de gestão; é uma forma de existir. As cooperativas nascem do propósito de equilibrar as necessidades humanas com os limites do planeta, promovendo prosperidade com responsabilidade e sem deixar ninguém para trás”, destacou.
A apresentação abordou a evolução do conceito de sustentabilidade nas organizações e sua integração aos modelos de negócio, especialmente com o avanço das práticas de ESG (ambiental, social e governança). Débora lembrou que o cooperativismo já incorpora critérios da pauta nos seus princípios, valores e modelo de negócios, antes mesmo de o termo se popularizar no mundo corporativo. “O cooperativismo busca a justiça social ao mesmo tempo em que se mantém economicamente viável desde Rochdale. Nossa atyação é pautada em propósito, participação e prosperidade compartilhada. O desafio agora é comunicar isso de forma clara e mensurável, mostrando que o futuro sustentável passa pelo modelo cooperativo”, afirmou.
Débora também levou uma reflexão sobre a importância do propósito corporativo como norteador da estratégia sustentável. A palestra mostrou como a gestão baseada apenas em indicadores financeiros se tornou insuficiente diante das demandas globais por impacto social e ambiental. A gerente destacou que o cooperativismo brasileiro vem demonstrando resultados expressivos ao combinar inclusão produtiva e competitividade, como apontam dados do Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2025 — segundo o qual 64% dos municípios do país contam com cooperativas registradas.
“Cada real movimentado por uma cooperativa devolve muito mais à sociedade — em emprego, renda, arrecadação e desenvolvimento local. Esse é o retrato mais concreto da sustentabilidade na prática”, explicou. “Por isso, quando o mundo discute novas formas de medir o sucesso econômico, o cooperativismo já tem uma resposta pronta: é possível prosperar coletivamente”, descreveu.
A gerente destacou ainda a importância do Desenvolvimento Territorial Sustentável (DTS) como instrumento de planejamento integrado das cooperativas. O modelo considera aspectos econômicos, sociais e ambientais de cada região, promovendo soluções locais e participativas. “Planejar de forma sustentável é reconhecer que o território tem voz. As cooperativas são parte ativa dessas comunidades, como nenhum outro modelo, estimulando a economia local, protegendo o meio ambiente e envolvendo as pessoas nas decisões”, reforçou.
Ao encerrar, Débora lembrou que o cooperativismo brasileiro vive um momento de protagonismo internacional, reconhecido pela ONU com a proclamação do segundo Ano Internacional das Cooperativas, em 2025, e pela presença de 21 cooperativas brasileiras entre as 300 maiores do mundo, segundo o World Cooperative Monitor. “Quando o Brasil e o mundo conectam sustentabilidade e cooperativismo, o resultado é transformador. Estamos mostrando que é possível ser competitivo, inovador e humano ao mesmo tempo. Esse é o propósito que realmente transforma”, concluiu.
Durante o encontro, os participantes puderam conhecer diferentes perspectivas sobre a integração da sustentabilidade à estratégia das instituições financeiras cooperativas. A programação contou também com Ênio Meinen, diretor de Coordenação Sistêmica, Sustentabilidade e Relações Institucionais do Sicoob, que abordou o papel da sustentabilidade na estratégia da entidade; Gleice Morais, do Instituto Sicoob, que apresentou programas e resultados nacionais; e representantes da Central e cooperativas filiadas, que compartilharam dados e impactos da Cesta de Cidadania e Sustentabilidade em Minas Gerais.
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Evento em Salvador reuniu lideranças e agentes financeiros para ampliar acesso ao crédito
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) realizou, nesta quarta-feira (22), mais uma edição do evento Mais Perto de Você, dessa vez, em Salvador (BA). A ação, promovida em parceria com o Sistema OCB, reuniu empreendedores, lideranças e instituições financeiras com o objetivo de apresentar as principais soluções de crédito e financiamento voltadas para micro, pequenos e médios negócios.
O presidente do Sistema Oceb, Cergio Tecchio, representou o Sistema OCB no evento e destacou a importância de iniciativas que aproximam os empreendedores das oportunidades reais de crédito e de desenvolvimento econômico. “As cooperativas têm um compromisso genuíno com o desenvolvimento local e estão presentes em comunidades onde, muitas vezes, o crédito tradicional não chega. Por isso, participar de uma iniciativa como essa é reafirmar a importância do cooperativismo como um caminho seguro e sustentável para impulsionar o crescimento de pequenos negócios”, afirmou Cergio.
Durante o encontro, os participantes puderam conhecer em detalhe as linhas de financiamento do BNDES, com foco em capital de giro, aquisição de máquinas e equipamentos, inovação e sustentabilidade. Especialistas do banco e de instituições parceiras ofereceram atendimentos personalizados, esclareceram dúvidas e orientaram sobre as opções mais adequadas a cada perfil de empreendimento.
De acordo com a diretora de Canais Digitais do BNDES, Maria Fernanda Coelho, somente na Bahia o banco alcançou, neste ano, R$ 1,4 bilhão em crédito aprovado para micro, pequenas e médias empresas, o que reforça o papel estratégico do estado no fomento à economia regional.
Para Cergio, o encontro também reforçou a importância das parcerias entre o cooperativismo, o BNDES e demais agentes financeiros para garantir que o crédito chegue a quem mais precisa. “O cooperativismo é parceiro estratégico no desafio de ampliar o acesso a recursos e fortalecer os pequenos negócios. Cada novo empreendimento apoiado significa mais renda, mais oportunidades e um futuro mais cooperativo para a Bahia”, completou.
O BNDES Mais Perto de Você é realizado em circuito nacional e percorre diferentes regiões do país para levar informação e oportunidades de crédito a empreendedores locais. Em 2025, o projeto já passou por Porto Velho e Boa Vista.
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Reunião abordou papel estratégico das cooperativas no desenvolvimento regional do Norte
O Sistema OCB apresentou, nesta terça-feira (21), ao superintendente da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), Paulo Rocha, as Propostas do Cooperativismo de Crédito aos Fundos Constitucionais de Financiamento. A reunião marcou mais um passo importante na aproximação institucional entre o cooperativismo e os órgãos de desenvolvimento regional, com destaque na região Norte.
O encontro teve como foco principal o fortalecimento da parceria entre o cooperativismo de crédito e o Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), com base na atuação das cooperativas como agentes fundamentais para a promoção da inclusão financeira, da geração de renda e do desenvolvimento local. A pauta tratou de temas estratégicos para a Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), com destaque para o reconhecimento do cooperativismo de crédito como parceiro permanente na execução das políticas de fomento na Amazônia Legal.
Durante a reunião, o Sistema OCB entregou oficialmente o documento Propostas do Cooperativismo de Crédito aos Fundos Constitucionais, construído de forma participativa com a colaboração dos principais sistemas cooperativos e das Organizações Estaduais. O material reúne contribuições técnicas e sugestões voltadas ao aprimoramento da governança,
previsibilidade, eficiência operacional e equidade no acesso aos recursos públicos.
Ampliação da participação social
Entre as propostas apresentadas estão o convite formal ao Sistema OCB para participar, na qualidade de ouvinte institucional, das reuniões do Conselho Deliberativo da Sudam (Condel/Sudam); a ampliação dos instrumentos de participação social nas discussões sobre a programação do FNO; e o fortalecimento da complementariedade entre bancos administradores e cooperativas de crédito, de modo a potencializar o alcance das políticas públicas de desenvolvimento.
De acordo com dados do documento, a atuação do cooperativismo de crédito vem crescendo significativamente na região Norte. Entre 2019 e 2024, a cobertura municipal passou de 25,6% para 42,4%, resultado diretamente relacionado ao aumento dos repasses de recursos dos Fundos Constitucionais ao setor.
Atualmente, o segmento conta com 522 unidades de atendimento no Norte, reunindo mais de 900 mil cooperados pessoa física e 162 mil pessoa jurídica. Nesse período, foram realizadas mais de 4,2 mil operações, com 84% dos recursos aplicados no segmento rural — o que demonstra a capilaridade e a importância econômica das cooperativas nos territórios onde atuam.
Para a superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, o diálogo com a Sudam representa uma oportunidade concreta de avançar na consolidação de um modelo de desenvolvimento regional mais inclusivo.
“O cooperativismo de crédito tem uma presença real nas comunidades da Amazônia. Ele chega onde as instituições tradicionais muitas vezes não chegam, oferece crédito acessível e gera desenvolvimento de forma sustentável. É essencial que as políticas públicas reconheçam esse potencial e ampliem a participação das cooperativas na operacionalização dos Fundos Constitucionais”, destacou.
A reunião com a Sudam integra uma série de agendas que o Sistema OCB vem realizando junto aos órgãos de desenvolvimento regional e ao Congresso Nacional.
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Evento abordou crescimento, inclusão financeira e desafios para o futuro do segmento no Brasil
O Banco Central do Brasil promoveu, nesta segunda-feira (20), o 46º episódio da LiveBC, com o tema O Cooperativismo de Crédito no Brasil: Panorama do Setor, Avanços e Desafios. A conversa foi moderada por Camila Muniz, assessora da instituição, com participação o senhor Adalberto Felinto da Cruz Júnior, chefe do Departamento de Supervisão de Cooperativas e Instituições Não Bancárias (Desuc), e Ívens Aruã Neves de Miranda, chefe adjunto do mesmo departamento.
A edição teve um significado especial. Além de coincidir com o Ano Internacional das Cooperativas, proclamado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2025, marcou também os 20 anos do Desuc, departamento do BC criado para supervisionar e acompanhar o desenvolvimento das cooperativas de crédito no país.
Crescimento acima da média
Um dos principais pontos da live foi a apresentação dos números do Panorama do Sistema Nacional de
Crédito Cooperativo de 2024, relatório publicado anualmente pelo Banco Central. O documento mostra que o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) cresce a taxas superiores às do sistema financeiro tradicional.
Enquanto o conjunto das instituições financeiras do país registrou aumento de 13% em ativos no último ano, as cooperativas de crédito avançaram 21%. Hoje, já somam cerca de 20 milhões de cooperados em todo o Brasil, número que tende a crescer diante do papel de inclusão que essas instituições cumprem.
“O cooperado não é cliente, é dono”, resumiu Adalberto, ao destacar o diferencial do modelo cooperativo em relação aos bancos tradicionais. “Essa proximidade gera confiança e fortalece a governança democrática, permitindo que os ganhos das instituições sejam devolvidos diretamente à comunidade em forma de sobras ou investimentos locais”, acrescentou.
Inclusão e impacto regional
Outro destaque foi o papel das cooperativas no atendimento a regiões onde instituições tradicionais não estão presentes fisicamente. Atualmente, 469 municípios brasileiros contam exclusivamente com esse modelo, o que significa acesso a serviços financeiros em locais antes considerados “vazios bancários”.
Além da inclusão financeira, esse movimento tem impacto direto na economia local. Como explicou Ívens Miranda, quando o posto de atendimento está na própria cidade, os recursos permanecem circulando no comércio e no setor produtivo local, estimulando geração de emprego e renda. “O cooperativismo consegue chegar onde o sistema financeiro tradicional não chega, seja no interior do país ou em linhas de crédito menos atrativas para as instituições tradicionais”, declarou.
As cooperativas também têm se diferenciado na concessão de crédito a segmentos com maior dificuldade de acesso, como micro e pequenas empresas, pessoas físicas sem consignação e produtores rurais. Na avaliação do Banco Central, isso contribui para reduzir a concentração bancária e ampliar a competitividade do sistema financeiro.
Regulação e governança
Apesar do desempenho positivo, os representantes da autarquia reforçaram que o crescimento precisa ser acompanhado com atenção redobrada à governança e à supervisão. O cooperativismo de crédito está sujeito às mesmas regras prudenciais que o restante do sistema financeiro, incluindo requisitos de capitalização, índices de liquidez e cumprimento de normas internacionais, como os parâmetros de Basileia.
O modelo conta ainda com camadas adicionais de controle: supervisão exercida pelas centrais de crédito, auditorias independentes e a proteção do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop), que assegura depósitos até R$ 250 mil.
Temas como assembleias digitais, política de sucessão, remuneração de administradores e de empréstimo compartilhado entre cooperativas foram citados como avanços recentes da regulação.
Desafios e futuro
Os servidores ressaltaram que, para o futuro, a digitalização será um ponto central. O desafio é incorporar novas ferramentas tecnológicas sem perder o vínculo de pertencimento e proximidade que caracterizam o cooperativismo.
A atração de novas gerações, a participação de mais mulheres nas lideranças e a expansão para regiões ainda pouco atendidas, como Norte e Nordeste, também aparecem como prioridades. Além disso, cresce a expectativa de que as cooperativas ampliem seu protagonismo em práticas de sustentabilidade e ESG, reforçando o alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
Para o Banco Central, o reconhecimento internacional de 2025 como Ano das Cooperativas reforça a importância desse modelo. O cooperativismo de crédito deixou de ser visto como periférico no sistema financeiro e se consolidou como um dos vetores mais dinâmicos de inclusão, competição e desenvolvimento regional.
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Presidente Márcio destaca legado e força do movimento paulista no cenário nacional
O cooperativismo paulista viveu uma noite de celebração e reconhecimento nesta quinta-feira (16), durante a comemoração dos 55 anos do Sistema Ocesp. O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, participou do evento e falou sobre a importância da trajetória da entidade e o papel transformador das cooperativas no desenvolvimento econômico e social do Brasil.
“Celebrar os 55 anos da Ocesp é reconhecer uma trajetória exemplar, marcada por trabalho sério, união e resultados concretos. O cooperativismo paulista sempre foi protagonista em contribuir para um Brasil mais justo, sustentável e
colaborativo”, afirmou.
Ao longo de mais de cinco décadas, o Sistema Ocesp consolidou-se como referência na defesa, promoção e desenvolvimento do cooperativismo em São Paulo. Fundada em 1970, a entidade reúne atualmente 476 cooperativas, que somam mais de 4 milhões de cooperados e 85 mil empregos diretos.
Vínculo histórico
Em seu discurso, o presidente reforçou o vínculo histórico e afetivo com a Ocesp, entidade que presidiu antes de assumir a direção do Sistema OCB e fez questão de valorizar a parceria sólida entre o Sistema OCB e o Sistema Ocesp. “O que construímos juntos ao longo desses anos vai muito além de números. É uma parceria de propósito, que fortalece cada cooperativa e amplia o impacto positivo do nosso movimento em todo o país”, ressaltou.
Márcio também homenageou o presidente do Sistema Ocesp, Edivaldo Del Grande, e sua equipe. “A Ocesp é um exemplo de gestão, representatividade e visão de futuro. Sob a liderança do Edivaldo, o cooperativismo paulista segue crescendo com inovação, governança e foco nas pessoas”.
Ao final, ele fez um convite à continuidade da jornada cooperativista, com olhar atento aos novos desafios. “Temos muito orgulho do que conquistamos, mas o futuro nos chama a ir além. Precisamos continuar inovando, estimular a intercooperação e manter viva a essência que nos une: a cultura cooperativista”, concluiu.
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Superintendente abordou estratégias para o Ano Internacional das Cooperativas e COP30
Cooperativismo de crédito brasileiro em destaque! Em João Pessoa (PB), nos dias 16 e 17 de outubro, acontece o 5º Fórum Integrativo Confebras
. Promovido pela Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito (Confebras), o evento reúne lideranças, gestores e executivos de todo o país em dois dias de trocas, aprendizado e conexão em torno de um propósito comum: fortalecer o ecossistema cooperativo e projetar o futuro do cooperativismo de crédito. Na manhã desta quinta (16), a superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, participou da abertura oficial do Fórum com a palestra sobre as Ações do Ano Internacional das Cooperativas e COP30.
Tania destacou o protagonismo do cooperativismo brasileiro no cenário internacional e reforçou o papel das cooperativas na construção de uma economia mais sustentável, inclusiva e colaborativa. “O cooperativismo brasileiro
tem mostrado, na prática, que é possível crescer com responsabilidade social e ambiental. O Ano Internacional das Cooperativas reforça essa mensagem e nos convida a ampliar nossa visibilidade, mostrando ao mundo que as cooperativas fazem parte da solução para os grandes desafios globais”, afirmou.
A superintendente apresentou dados que ilustram a força e o impacto socioeconômico do setor. Segundo o AnuárioCoop 2025, o país conta com 4,3 mil cooperativas e 25,8 milhões de cooperados, o equivalente a 12% da população brasileira. O cooperativismo movimenta R$ 757,9 bilhões em ingressos anuais, gera 578 mil empregos diretos e está presente em 469 municípios. “Esses números contam uma história de desenvolvimento inclusivo.
As cooperativas geram renda, promovem educação financeira, fortalecem comunidades e estimulam o empreendedorismo local. Cada real movimentado pelas cooperativas retorna em benefícios para a sociedade”, destacou.
Com o tema Cooperativas constroem um mundo melhor, o Fórum propõe uma imersão em temas que vão desde liderança 5.0 e propósito até inovação tecnológica, intercooperação e sustentabilidade. A programação inclui palestras e painéis, além de espaços interativos de convivência, como a Feira de Negócios Cooperativistas e o Lounge Literário Confebras, que promove lançamentos de livros e sessões de autógrafos.
Após sua palestra, Tania também participou de um bate-papo no podcast ConectCoop, produzido pela Confebras. Ela compartilhou com o jornalista Gil Oliveira, impressões sobre o momento vivido pelo cooperativismo brasileiro e as perspectivas para o futuro do movimento no país e no mundo.
O evento continua nesta sexta-feira (17), com trilhas temáticas, painéis sobre inovação e ESG, além da leitura da Carta Aberta Coop Financeiro do Futuro, documento colaborativo que reunirá os principais aprendizados e propostas construídas ao longo dos dois dias para impulsionar ainda mais o cooperativismo de crédito no Brasil.
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Evento voltado para colaboradores reuniu atividades para inspirar cultura de cuidado e cooperação
O Daypat 2025 movimentou o time de colaboradores do Sistema OCB com um dia inteiro dedicado à pausa, ao autocuidado e
à conexão entre colegas. Realizado na última sexta-feira (10), o evento teve como tema Cuidar de si, do outro e do mundo: bem-estar e sustentabilidade como compromisso compartilhado, com palestras, oficinas e atividades físicas reunidos em uma programação leve, inspiradora e cheia de significado.
A proposta deste ano foi ampliar o conceito de saúde, conectando corpo, mente e relações aos pilares do ESG (Ambiental, Social e Governança) tema cada vez mais presente na cultura organizacional do Sistema OCB. “ O DayPat representa o compromisso do Sistema OCB com o bem-estar dos colaboradores, um convite para a reflexão, a reconexão e o cuidado genuíno. Cuidar de si é também um ato de responsabilidade coletiva: quando nos cuidamos, fortalecemos o outro e promovemos um
ambiente mais saudável e humano”, destacou Carina Melo, gerente de Pessoas do Sistema OCB.
A programação contou com nomes que inspiraram reflexões profundas ao longo do dia. Lis Soboll, palestrante e pesquisadora em saúde mental, abriu os trabalhos com a palestra Encontros que transformam e apresentou provocações sobre a importância das conexões humanas no ambiente de trabalho. Em seguida, Mariana Schuchovski, profissional de destaque na área de sustentabilidade, falou sobre consumo consciente e mostrou como escolhas
cotidianas têm o poder de transformara vida das pessoas e o mundo ao redor. Louize Oliveira, especialista em gestão e negócios, por sua vez, abordou a relação entre finanças e saúde mental na palestra Cuidar do bolso também é cuidar da mente e reforçou a importância do equilíbrio financeiro para o bem-estar integral.
O clima leve tomou conta das oficinas de aquarela, jardinagem e colagem, que transformaram os corredores em espaços de cor e criatividade. Além de
proporcionar momentos de descontração, as atividades incentivaram a atenção plena e a expressão individual. “Esses momentos de criação são uma forma de desacelerar e de se permitir a sentir o presente. É um cuidado silencioso, mas poderoso”, comentou Carina.
Para quem queria se movimentar, o Daypat também trouxe opções de yoga, ginástica funcional e spinning, para propiciar equilíbrio entre corpo e mente. A energia foi contagiante — com muita música, sorrisos e a sensação de bem-estar coletivo. Para fechar com chave de ouro, o espaço de quick massage, conduzido por profissionais com deficiência visual, ofereceu relaxamento e acolhimento aos participantes.
Segundo Carina Melo, o evento traduz uma mensagem inspiradora da nossa Superintendente: “Times de Excelência para Resultados Excelentes”. Mas é importante lembrar que esses resultados não devem vir a qualquer custo. O bem-estar é parte essencial desse caminho. O DayPat nos recorda que o trabalho só ganha sentido quando estamos bem, engajados e conectados com o que realmente importa: as pessoas e o mundo que desejamos construir juntos”, ressaltou.
Saiba Mais:
Evento em parceria com o Sebrae orienta empreendedores sobre linhas de crédito públicas
O Sistema OCB marcou presença no evento BNDES Mais Perto de Você, realizado nesta quarta-feira (15), na sede do Sebrae, em Boa Vista. A iniciativa, promovida pelo Sistema OCB, em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Sebrae e Federação das Indústrias do Estado de Roraima (FIER), tem o objetivo de aproximar empreendedores das principais linhas de crédito disponíveis no país, oferecendo orientação prática sobre financiamento, garantias e gestão financeira.
A superintendente da OCB/RR, Jucélia Rodrigues, representou o cooperativismo brasileiro e reforçou o papel estratégico do setor no acesso ao crédito e no desenvolvimento regional. “O cooperativismo tem sido um agente importante de democratização do crédito, especialmente em estados como Roraima, onde muitas vezes o pequeno empreendedor encontra barreiras para conseguir financiamento. Iniciativas como essa aproximam oportunidades reais das pessoas que movimentam a economia local e fortalecem o ambiente de negócios de forma sustentável”, destacou.
O evento reuniu micro, pequenos e médios empreendedores interessados em entender as diversas opções de financiamento oferecidas pelo BNDES, com foco em capital de giro, projetos de investimento e aquisição de máquinas e equipamentos. Especialistas do banco apresentaram as modalidades de crédito e explicaram as condições para acesso aos recursos, além de oferecerem atendimentos individualizados para tirar dúvidas e orientar sobre garantias.
O encontro também destacou o papel do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe) — iniciativa do Sebrae que funciona como uma garantia complementar para facilitar o acesso ao crédito. O fundo atua como um avalista, cobrindo até 80% do valor do empréstimo para empresas que não possuem garantias suficientes. Além disso, o Sebrae oferece consultoria e acompanhamento para apoiar os empreendedores na aplicação eficiente dos recursos.
Para o Sistema OCB, estar presente em iniciativas como o BNDES Mais Perto de Você é essencial para integrar o cooperativismo às políticas públicas e às soluções financeiras voltadas ao desenvolvimento local. “As cooperativas têm um papel fundamental na inclusão produtiva e na geração de renda. Participar de ações que conectam empreendedores a oportunidades de crédito é uma forma de ampliar o impacto positivo do cooperativismo na economia ”, complementou Jucélia.
O BNDES Mais Perto de Você é um ciclo de encontros itinerantes que percorre todo o país com foco em micro, pequenas e médias empresas. Em 2025, o projeto já passou por capitais como Belém, Manaus, São Luís e Porto Velho. Após Boa Vista, o próximo destino será Salvador (BA).
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Cerimônia reconheceu lideranças que impulsionam o movimento goiano e nacional
O Sistema OCB/GO realizou, nesta terça-feira (14), a terceira edição do evento de entrega da Comenda e Diploma do Mérito Cooperativo. A cerimônia, que contou com a participação do presidente do Sistema OCB nacional, Márcio Lopes de Freitas,
homenageou personalidades que contribuíram decisivamente para o desenvolvimento do cooperativismo em Goiás e no Brasil. O evento contou com a presença de lideranças cooperativistas, autoridades estaduais, membros do Sistema OCB e convidados especiais.
A escolha dos homenageados refletiu perfis distintos, mas unidos por uma trajetória de impacto institucional e social. Daniel Vilela, vice-governador de Goiás, recebeu a honraria em razão de seu histórico de apoio ao setor por meio de políticas públicas regionais. Lajose Godinho foi reconhecido por seu pioneirismo no cooperativismo de crédito, especialmente à frente do Sicoob Agrorural. Já Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central e atualmente executivo no Nubank, teve sua atuação destacada pelo apoio ao aprimoramento normativo do SNCC e da inclusão digital.
“Cada homenageado, em cada edição da entrega da comenda e do diploma, tem ou teve um papel relevante na história ou no presente da nossa instituição”, explicou Luís Alberto Pereira, presidente do Sistema OCB/GO.
Para o presidente Márcio, o cooperativismo goiano tem se consolidado como referência nacional em mobilização, inovação e responsabilidade social. “É uma honra participar dessa cerimônia e rever grandes nomes que ajudaram a construir o cooperativismo. O Sistema OCB/GO faz isso muito bem: reconhece quem faz a diferença. Quem não valoriza seus heróis, perde o direito ao futuro”, afirmou.
Ele também conectou a homenagem ao contexto global. “Em 2025 celebramos o Ano Internacional das Cooperativas, um
marco que reforça o papel do movimento diante das crises climáticas, das desigualdades e da transformação digital. A COP30 será uma oportunidade para mostrarmos essa força ao mundo”, acrescentou.
Homenageados
Para o vice-governador Daniel Vilela, o reconhecimento simboliza a valorização de um setor essencial para o crescimento de Goiás. “O cooperativismo tem sido um dos motores da nossa economia, fortalece pequenos e médios produtores e gera oportunidades em todo o estado”, disse.
O ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ressaltou o papel do modelo cooperativo no sistema financeiro. “As cooperativas conhecem melhor seus associados e, por isso, têm mais eficiência e menos inadimplência. O cooperativismo é essencial para um mercado mais competitivo e inclusivo”.
Já o pioneiro Lajose Godinho lembrou o avanço do setor nas últimas décadas. “Saímos de 0,2% do sistema financeiro em 1991 para uma posição de destaque. Foi um trabalho coletivo, de muita dedicação e fé no cooperativismo”, declarou.
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Evento reuniu lideranças internacionais e debateu inovação, geopolítica e economia
O CNC Global Voices 2025 aconteceu nesta terça (14), em São Paulo, e reuniu líderes e especialistas de renome internacional para debater os rumos da política, economia e inovação no Brasil e no mundo. O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, foi representado por Bruno Vasconcelos, Coordenador de Relações Trabalhistas e Sindicais da CNCoop.
A programação começou com a abertura realizada por José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac. Estiveram na plateia autoridades como o ex-presidente Michel Temer, que participou da cerimônia e reforçou seu interesse no diálogo entre o Brasil e a economia global.
O primeiro painel, com o tema O papel da inovação e do capital humano no desenvolvimento econômico, contou com a participação de Paul Michael Romer, ganhador do Nobel de Economia em 2018, e James Robison, laureado com o Nobel de 2024. A mediação ficou a cargo da jornalista Juliana Rosa. Logo na sequência, Robison conduziu uma reflexão sobre Rent Seeking, corrupção e como os incentivos e as instituições moldam o comportamento das pessoas, que evidenciou a relevância de instituições sólidas no crescimento sustentável.
O painel da CNN Brasil discutiu tensões internacionais e os impactos na economia brasileira. Participaram Fernando Ferreira (chefe e Head do Research da XP Investimentos), Gabriel Barros (Economista-chefe da ARX Investimentos) e Reinaldo Le Grazie (sócio da Panamby Capital), sob a mediação de Thais Herédia (analista de Economia da CNN Brasil).
A sessão Caminhos do Brasil, um painel promovido pelo O Globo, Valor Econômico e CBN, conttou com apresentações de Erminio Lucci (CEO da BGC Liquidez), João Braga (fundador da Encore Capital) e Octávio Magalhães (diretor de investimentos da Guepardo Investimentos). A mediação ficou a cargo de Luciana Rodrigues (editora de Economia da Globo) e Alex Ribeiro (repórter especial do Valor Econômico).
O encerramento ocorreu com o painel Impactos Econômicos da Nova Geopolítica Global, conduzido por Heni Ozi Cukier (cientista político), que analisou a correlação entre rearranjos geopolíticos — guerras, alianças, disputas de poder — e os reflexos diretos para as economias nacionais.
Bruno destacou a relevância da presença do cooperativismo em ambientes que promovem o diálogo entre diferentes setores da economia. Para ele, o Global Voices reforça o papel das cooperativas como parte ativa na construção de soluções para o país. “Participar de um evento como este é uma oportunidade de mostrar que o cooperativismo está inserido nas principais discussões sobre o futuro do Brasil. Quando temas como inovação, produtividade e sustentabilidade são colocados em pauta, o nosso modelo de negócios tem muito a contribuir”, afirmou.
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Superintendente do Sistema OCB marcou presença em debates estratégicos do cooperativismo gaúcho e recebeu homenagem pela atuação no setor
O cooperativismo do Rio Grande do Sul viveu uma segunda-feira (13) de integração e reconhecimento em Porto Alegre, com a realização de dois importantes encontros: o Fórum dos Presidentes 2025, de tarde, e a Premiação SomosCoop Melhores do
Ano RS 2025, à noite.
A superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, participou de ambos os momentos, que reuniram lideranças de todos os ramos do cooperativismo gaúcho para discutir tendências, alianças estratégicas e celebrar práticas inspiradoras.
Debates estratégicos no Fórum dos Presidentes
Promovido pelo Sistema Ocergs, o Fórum dos Presidentes reuniu dirigentes das cooperativas registradas para debater cenários econômicos e perspectivas para o setor. Na abertura, o presidente do Sistema Ocergs, Darci Hartmann, destacou a importância da união entre lideranças em um ano estratégico para o cooperativismo brasileiro.
A programação contou com a palestra do economista-chefe do Sicredi, André Nunes, que trouxe uma análise sobre o cenário macroeconômico nacional e internacional, e do diretor de Relações Institucionais da Randoncorp, Joarez José Piccinini, que
apresentou o painel Alianças estratégicas que geram resultados, ressaltando o valor da inovação e da cooperação entre empresas e cooperativas.
Tania destacou a relevância do Fórum como espaço de reflexão e construção coletiva. “Quando nos reunimos para dialogar e trocar experiências, fortalecemos nossa capacidade de transformar realidades e gerar valor para as pessoas. O cooperativismo é, antes de tudo, sobre construir juntos”, afirmou.
Reconhecimento no SomosCoop Melhores do Ano RS
Encerrando o dia, a Associação Leopoldina Juvenil foi palco do jantar e da cerimônia de entrega do Prêmio SomosCoop Melhores do Ano RS 2025, que reconheceu cooperativas e lideranças com destaque no estado. Na ocasião, Tania Zanella recebeu o prêmio A Voz do Cooperativismo, em reconhecimento à atuação institucional e ao compromisso com a representação das cooperativas em nível nacional.
Tania afirmou que “uma voz atuante é aquela que escuta, inspira e mobiliza”, ressaltando que o reconhecimento pertence a todos que trabalham diariamente pelo fortalecimento do movimento. “Este prêmio é uma motivação para seguir representando as cooperativas de maneira colaborativa e fortalecendo o cooperativismo como vetor de desenvolvimento social e econômico em todo o Brasil”, completou.
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Evento da CNseg destacou parceria do cooperativismo e participação em painéis do evento global
A parceria com o cooperativismo brasileiro foi um dos pontos altos do evento Pré-COP30 – A Casa do Seguro, promovido pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), nesta quarta-feira (8), em Brasília. O encontro lançou oficialmente a participação do setor de seguros na COP30, com a criação de um espaço físico próprio – a Casa do Seguro – que sediará
debates e painéis diários durante o evento global sobre clima, em Belém (PA).
Clara Maffia, gerente de Relações Institucionais do Sistema OCB, participou do painel Seguros como instrumento de proteção social. A discussão reuniu Júlia Normande Lins, diretora técnica da Susep; Nicolás Morales, gerente regional para a América Latina e Caribe da Microinsurance Network; e Alexandre Leal, diretor técnico e de estudos da CNseg, que atuou como moderador. O debate abordou como o setor pode contribuir para reduzir a vulnerabilidade socioeconômica diante dos eventos climáticos extremos.
“Foi um evento muito importante, que marcou o lançamento oficial da Casa do Seguro na COP30. O Sistema OCB é parceiro dessa iniciativa e um dos dias de programação em Belém será totalmente dedicado ao cooperativismo, com foco nas cooperativas de seguros”, destacou Clara.
Modelo cooperativo
Durante sua participação, Clara apresentou o potencial do modelo cooperativo para ampliar o acesso à proteção securitária e fortalecer a resiliência de comunidades vulneráveis. Ela respondeu a duas questões centrais: o papel das cooperativas na construção dessa resiliência e os desafios para ampliar o acesso aos seguros inclusivos no Brasil.
Ao tratar do primeiro ponto, a gerente destacou que o diferencial das cooperativas está na forte presença comunitária e territorial, que permite compreender de perto as vulnerabilidades de cada região e oferecer soluções sob medida. “As cooperativas são, por natureza, instrumentos de inclusão. Elas têm uma atuação enraizada nas comunidades, o que as torna essenciais para desenvolver seguros acessíveis e adequados a grupos historicamente excluídos do mercado tradicional”, explicou.
Clara também ressaltou o papel das cooperativas na educação financeira e securitária, no incentivo à criação de fundos mutualistas comunitários e no uso de tecnologia e dados climáticos para estruturar produtos inovadores, como microseguros e seguros paramétricos voltados a agricultores familiares, comunidades ribeirinhas e periferias urbanas.
Na segunda questão, sobre os obstáculos para ampliar a resiliência da população, a gerente apontou que a baixa cultura de proteção securitária, a exclusão financeira e as mudanças climáticas em ritmo acelerado são os principais desafios. Segundo
ela, esses entraves exigem uma estratégia conjunta de educação, inovação regulatória e parcerias intersetoriais. “Ampliar o acesso ao seguro no Brasil passa por fortalecer a cultura de prevenção, criar produtos proporcionais à realidade das pessoas e fomentar ecossistemas colaborativos entre cooperativas, seguradoras tradicionais, governos e sociedade civil”, afirmou.
Cenário
O painel também foi espaço para destacar o avanço do cooperativismo de seguros no Brasil. Após a aprovação da Lei Complementar 213/2025, que ampliou a participação das cooperativas no mercado brasileiro, o Sistema OCB instituiu o 8º Ramo do cooperativismo – o de Seguros. Com a nova norma, as cooperativas passam a poder atuar em praticamente todos os ramos de seguros privados, além dos agrícolas, de saúde e de acidentes de trabalho, em que já possuíam autorização.
No cenário internacional, as cooperativas e mútuas de seguros já somam 5 mil instituições em 79 países, que empregam 230 mil pessoas e atendem a 340 milhões de membros, com ativos que ultrapassam R$ 11 trilhões, segundo dados da ICMIF.
O Sistema OCB tem acompanhado de perto o processo de regulamentação conduzido pela Susep, participando de grupos de trabalho sobre seguros e catástrofes. “Estamos satisfeitos de ver que a proposta regulatória brasileira se inspira no modelo cooperativista de crédito, que tem crescido de forma sustentável e competitiva. As cooperativas de seguros terão papel central na construção de soluções inovadoras diante das mudanças climáticas”, completou Clara.
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Evento reuniu comunicadores para ampliar diálogo com o cooperativismo de crédito
O Sistema OCB marcou presença no 10º Encontro Nacional de Jornalistas e Formadores de Opinião do Sicredi, realizado nos dias 7 e 8 de outubro, em Porto Alegre e Nova Petrópolis (RS). O evento reuniu profissionais de comunicação de diversas regiões do país com o objetivo de ampliar o diálogo sobre o papel da imprensa na difusão de informações sobre o cooperativismo de crédito e o desenvolvimento local.
Foto/ reprodução: ContilnetRepresentando o Sistema OCB, Clara Maffia, gerente de Relações Institucionais, foi convidada para conduzir a palestra Cooperativismo: Perspectivas e o Ano Internacional das Cooperativas. Em sua fala, ela destacou a importância de aproximar o setor dos meios de comunicação e de ampliar o entendimento sobre o impacto das cooperativas na economia e na sociedade. “Foi uma oportunidade muito bacana de avançarmos em um dos nossos maiores desafios, que é comunicar o cooperativismo. A imprensa tem um papel essencial para que mais pessoas compreendam o que é esse modelo e o quanto ele contribui para o desenvolvimento do país”, afirmou.
Segundo ela, a iniciativa do Sicredi é uma forma eficiente de estreitar laços com jornalistas e fortalecer o debate público sobre o tema. “O evento tem sido uma iniciativa muito interessante, porque reúne profissionais de veículos de todo o Brasil e cria pontes importantes entre o cooperativismo e a mídia. Houve bastante interesse, inclusive concedi várias entrevistas depois da apresentação”, completou.
A programação incluiu apresentações sobre os resultados e estratégias do Sicredi, conduzidas pelo diretor-presidente da instituição, César Bachi, que reforçou a relevância da imprensa no fortalecimento da imagem do cooperativismo. “A atuação de vocês jornalistas é fundamental, pois são profissionais com confiança e credibilidade local. Quanto mais vocês conhecerem nosso modelo de negócio, mais propriedade terão para falar de gente, e também para cobrar”, destacou.
No primeiro dia, os participantes acompanharam as apresentações na sede da Confederação Sicredi, em Porto Alegre, e visitaram a Fundação Sicredi. No segundo dia, o grupo seguiu para Nova Petrópolis, onde conheceu o a Sicredi Pioneira, cooperativa de crédito mais antiga em funcionamento na América Latina, com 123 anos de história.
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Atividade marcou o lançamento dos comitês estaduais de jovens e mulheres no estado
O cooperativismo alagoano deu um importante passo rumo à construção de um movimento mais plural e representativo. No dia 8 de outubro, em Maceió (AL), o Sistema OCB realizou o workshop Inclusão, Diversidade e Equidade no Cooperativismo – uma liderança transformadora, que reuniu cerca de 40 participantes, entre dirigentes, cooperados(as) e empregados(as) de 16 cooperativas dos ramos Saúde, Trabalho, Crédito, Agro e Transporte, além da equipe do Sescoop/AL.
O encontro marcou também o lançamento oficial, em Alagoas, dos comitês estaduais de jovens (Geração C) e de mulheres
(Elas pelo Coop) – iniciativas que integram a estratégia nacional da entidade para fortalecer o protagonismo desses públicos e ampliar sua participação na governança cooperativista.
Conduzido pela consultora Gisele Gomes, o encontro promoveu reflexões sobre o papel das lideranças na construção de cooperativas mais justas e plurais. Por meio de dinâmicas e estudos de caso, foram apresentadas estratégias de governança e ESG que fortalecem a cultura da diversidade e a valorização das pessoas nos ambientes cooperativos.
Durante a abertura, o superintendente do Sescoop/AL, Adalberon Sá Júnior, destacou que a pauta da diversidade está diretamente ligada à essência do movimento. “Promover a inclusão e a diversidade é reafirmar o princípio cooperativista de valorizar as pessoas e o coletivo”, afirmou.
A gerente geral do Sescoop Nacional, Karla Oliveira, ressaltou que o fortalecimento dessas iniciativas é fundamental para o avanço do setor. “Há espaço para fazermos mais e melhor em prol de ambientes mais igualitários e justos”, disse.
Para o presidente da Coofasa, Elanio Santana, o tema precisa estar presente em todos os níveis da gestão cooperativista. “As cooperativas devem ser para todas as pessoas, sem preconceito”, reforçou.
Também representando o Sistema OCB, a analista da Gerência de Desenvolvimento de Cooperativas, Divani Ferreira, destacou o impacto positivo do engajamento das cooperativas alagoanas. “Ver dirigentes e colaboradores comprometidos com a pauta da diversidade mostra que o cooperativismo está preparado para liderar mudanças sociais significativas. Esse é o caminho para um movimento cada vez mais representativo e humano”, afirmou.
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Em evento da ACIC, superintendente ressaltou impacto social e econômico do movimento
O Encontro do Núcleo de Cooperativas da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC), realizado nesta quarta (8), reuniu lideranças cooperativistas, empresários e representantes de instituições parceiras para debater os desafios e oportunidades do setor, que tem papel essencial na economia regional e nacional. A superintendente do Sistema OCB, Tania
Zanella, foi uma das convidadas e apresentou os impactos do cooperativismo no desenvolvimento regional, com dados que mostram como o movimento gera emprego, renda e oportunidades — além de fortalecer a economia local com sustentabilidade e inclusão.
Em sua fala, ela destacou o impacto econômico e social do modelo, com base nos números mais recentes do AnuárioCoop 2025. “O cooperativismo é uma força coletiva que impulsiona o desenvolvimento regional, gera oportunidades e amplia o bem-estar das pessoas. Os dados mostram que somos protagonistas em setores essenciais da economia, mas, acima de tudo, somos uma rede que se apoia e cresce junto”, afirmou.
De acordo com os dados do anuário, o Brasil registrou, em 2024, 4.384 cooperativas, 25,8 milhões de cooperados e 578 mil empregados, que juntos movimentaram R$ 757,9 bilhões em ingressos e distribuíram R$ 51,4 bilhões em sobras. O setor também foi responsável por mais de R$ 41 bilhões em salários e encargos.
Tania ressaltou o papel de destaque de Santa Catarina, especialmente da região Oeste, onde o cooperativismo agropecuário responde por 63,2% do faturamento total do setor no estado e por 70% das exportações catarinenses. No ramo Crédito, as cooperativas têm se expandido com novas agências, inclusão financeira e programas de educação financeira voltados ao empreendedorismo local.
A superintendente também enfatizou os impactos socioeconômicos do cooperativismo nas comunidades. “Onde há uma cooperativa, há mais renda, mais empregos formais e menos vulnerabilidade social. Cada real movimentado por uma cooperativa multiplica o desenvolvimento local, seja por meio da geração de renda, da arrecadação de impostos ou da criação de novas oportunidades”, destacou.
Tania apresentou ainda os pilares estratégicos que norteiam o futuro do cooperativismo brasileiro: inovação, formação de novas lideranças, sucessão, fortalecimento da cultura cooperativista, práticas ESG e comunicação integrada. “O cooperativismo chegou até aqui porque sempre se reinventou. Agora, precisamos seguir investindo em inovação, diversidade e na formação das próximas gerações de líderes, para garantir que o futuro continue sendo cooperativo”, concluiu.
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Audiência pública reconheceu papel da educação cooperativa para o desenvolvimento
A Comissão de Educação e Cultura (CE) do Senado Federal realizou, nesta quarta-feira (8), audiência pública para celebrar os 50 anos do ensino superior em cooperativismo no Brasil. O debate destacou a importância histórica da criação do primeiro curso de bacharelado na área, oferecido pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), e o papel das instituições de ensino e das cooperativas na formação de profissionais e no desenvolvimento sustentável.
A audiência integrou a programação de encerramento do 8º Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo (EBPC), evento que reúne especialistas, acadêmicos e representantes do movimento cooperativista para discutir os avanços
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado e perspectivas da pesquisa e da inovação no setor. O EBPC reforça o vínculo entre ciência, gestão e política pública. A integração estimula a criação de soluções inovadoras e sustentáveis, amplia a competitividade do setor e contribui para o desenvolvimento econômico e social do país
A comemoração também ocorreu em um momento histórico para o cooperativismo: 2025 foi declarado pela ONU como o Ano Internacional das Cooperativas. Autora do requerimento, a senadora Professora Dorinha Seabra (TO), integrante da Frencoop, ressaltou a relevância do tema e compartilhou sua experiência com o cooperativismo ainda à frente da Secretaria de Educação do Tocantins.
“Na época, o governo do estado tinha a intenção de transformar todas as escolas públicas em escolas cooperativas. A partir dessa proposta, comecei a estudar o tema, visitar experiências existentes e compreender que o modelo cooperativo não nasce de uma decisão governamental — ele nasce da própria sociedade, da vontade das pessoas de se organizarem em torno de um propósito comum”, destacou a parlamentar.
Dorinha lembrou que a proposta buscava dar autonomia às escolas, fortalecendo a gestão e a participação das famílias no processo educativo. “Avançamos bastante, a ponto de permitir que cada escola pudesse realizar pequenas obras, com valores de até 450 mil reais, diretamente geridos pela própria unidade”, afirmou.
Valorização do modelo cooperativo
A senadora reforçou a necessidade de maior valorização do modelo cooperativo no país. “O Brasil ainda precisa avançar muito na compreensão e valorização do cooperativismo. Não é um modelo que se impõe por decreto, mas uma forma de gestão profundamente transformadora — tanto no campo econômico quanto no social e educacional”, acrescentou.
A parlamentar encerrou evidenciando o avanço da curricularização da extensão em universidades do Tocantins, como a Universidade Federal do Tocantins (UFT), e o apoio que destinou à Escola de Extensão. “Essa integração tem trazido resultados muito positivos e contribuído para difundir os valores cooperativistas entre os jovens”, afirmou.
Para o senador Flavio Arns (PR), “o sistema cooperativo do Brasil é referência para outros países. As cooperativas fortalecem a economia local, promovem inclusão social e desenvolvimento sustentável em todas as regiões onde atuam”, afirmou.
Representando o Sistema OCB, Remy Gorga Neto, presidente do Sistema OCB/DF e conselheiro do Sescoop pela região Centro-Oeste, também celebrou o marco histórico. Formado pela UFV, ele salientou que profissionais especializados em cooperativismo são essenciais para instituições públicas e privadas. “Precisamos desmistificar a sociedade orientada pela competição e trabalhar a cooperação como valor central. As universidades, com seus cursos de cooperativismo, têm papel decisivo nesse processo de formação e transformação cultural”, disse.
Importância do ensino cooperativista
Diversos especialistas também participaram do debate e reforçaram a relevância do cooperativismo na formação profissional e cidadã no país:
“A inclusão do cooperativismo nos currículos promove valores de cooperação, solidariedade e responsabilidade social, e preparam cidadãos para uma economia mais justa e solidária. Os cursos superiores e técnicos capacitam profissionais para aplicar práticas de governança, transparência e sustentabilidade nas cooperativas”, declarou Kristiane Mattar Accetti Holanda, analista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
“O cooperativismo tem uma transversalidade muito grande, e é fundamental que suas ações sejam inseridas nos projetos pedagógicos dos cursos de graduação. Formar profissionais com espírito de cooperação é essencial para o desenvolvimento do país”, afirmou Demetrius David da Silva, reitor da UFV.
“Inserir o cooperativismo de forma transversal nos currículos significa preparar nossos estudantes não apenas para o mercado de trabalho, mas também para a vida em comunidade, para o empreendedorismo coletivo e para a cidadania cooperativa,” disse Mariana Ramos Reis Gaete, coordenadora-geral de Planejamento Acadêmico, Pesquisa e Inovação do Ministério da Educação (MEC).
“A elevada demanda pelos nossos cursos mostra que há um enorme interesse pela formação em cooperativismo. Precisamos de políticas públicas e recursos específicos para fortalecer essa oportunidade de ensino e pesquisa que transforma realidades,” destacou Marta Von Ende, diretora do Colégio Politécnico da UFSM.
“O curso de gestão de cooperativas da UFRB nasceu da demanda da sociedade civil, que enxergou na educação uma forma de fortalecer associações, cooperativas e empreendimentos da economia solidária no interior da Bahia,” declarou Eliene Gomes dos Anjos, professora e pesquisadora da UFRB.
"Se o cooperativismo é tão vital para o Brasil, seu ensino deve ser visto como um diferencial estratégico, e não apenas como uma disciplina optativa. A formação em cooperativismo, em todos os níveis, garante a longevidade e a profissionalização do movimento, formando gestores capazes de equilibrar os aspectos econômico e social. Ao incluir esse tema nos currículos, a educação brasileira cumpre um papel fundamental, difundindo valores éticos, promovendo a formação cidadã e incentivando o empreendedorismo coletivo", acrescentou Vilmar Rodrigues Moreira, professor da PUC/PR.
“Nossa faculdade é voltada para o alinhamento entre a academia e a prática, dando ênfase a docentes e instrutores que estão na ponta, dentro das cooperativas. Atuamos na graduação, pós-graduação, extensão e pesquisa, sempre buscando incentivar a inovação e o desenvolvimento das cooperativas, com o objetivo de construir comunidades melhores e fortalecer o movimento cooperativista,” finalizou Paola Richter Londero, professora e pesquisadora da Escola Superior do Cooperativismo (Escoop).
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Na abertura da 54ª Convenção Unimed, presidente destacou inovação, governança e união do setor
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, participou, nesta terça-feira (8), da abertura da 54ª Convenção Nacional Unimed. O evento reuniu lideranças cooperativistas, autoridades do setor da saúde e especialistas para discutir
inovação, governança e os caminhos do cooperativismo de saúde no Brasil.
Ao dar as boas-vindas aos participantes, Márcio falou sobre a relevância da convenção como espaço de reflexão coletiva e construção conjunta, além de ressltar o protagonismo do Sistema Unimed como exemplo mundial de sucesso cooperativo. “A Unimed é prova viva de que o cooperativismo é um modelo de negócios centrado em pessoas, capaz de unir eficiência, solidariedade e propósito. Em um mundo que busca novas formas de equilibrar resultado e responsabilidade social, as cooperativas de saúde mostram que é possível crescer cuidando de gente”, afirmou.
Para o presidente, o cooperativismo é a melhor alternativa para a gestão da saúde de forma sustentável e democrática. “O modelo Unimed, presente em nove de cada dez cidades brasileiras e responsável por atender mais de 20,9 milhões de beneficiários, inspira sistemas de saúde em todo o mundo, é referência global. São mais de 340 cooperativas médicas, 118 mil médicos cooperados e um faturamento de R$ 115 bilhões em 2024. Números que demonstram a força da
cooperação e o impacto positivo do modelo”, salientou.
Márcio também lembrou a importância da parceria da Unimed com o Sistema OCB em temas estratégicos para o setor, como a Reforma Tributária e a aprovação do novo marco legal que ampliou as possibilidades de atuação das cooperativas no mercado de seguros (Lei Complementar 213/2025). “Temos caminhado juntos em pautas estruturantes, mostrando que o cooperativismo unido fala com mais força. A contribuição da Unimed nesse processo é fundamental para consolidar um ambiente de negócios mais justo e moderno para todo o movimento”, afirmou.
O presidente fez, ainda, referência ao Ano Internacional das Cooperativas, proclamado pela ONU, e destacou que o reconhecimento chegou em um momento simbólico para o setor. “A ONU reconheceu aquilo que o cooperativismo brasileiro pratica todos os dias: somos uma força de desenvolvimento sustentável, inclusão e inovação. É tempo de celebrar, mas também de assumir novos compromissos com as próximas gerações”, pontuou.
Atualmente, de acordo com os dados do AnuárioCoop 2025, o Ramo Saúde reúne 699 cooperativas, que somam 270 mil cooperados e geram 150 mil empregos diretos. Juntas, movimentam R$ 123,7 bilhões em ingressos e estão presentes em mais de 90% do território nacional, atendendo 27 milhões de brasileiros.