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Com 180 participantes, evento premiou pesquisas que contribuem para o fortalecimento do coop
Chegou ao fim o 8º Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo (EBPC). Promovido pelo Sistema OCB, o evento reuniu 180 participantes, entre pesquisadores, estudantes, dirigentes e profissionais do setor, com a apresentação de 67 artigos científicos, avaliados por uma comissão formada por 50 avaliadores. Ao longo de três dias de programação, o
EBPC abordou temas estratégicos para o desenvolvimento sustentável no cooperativismo, com painéis que promoveram reflexões sobre impacto social, crescimento das cooperativas e desafios ambientais.
Para o gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB, Guilherme Souza Costa, o evento consolidou o papel do EBPC como um espaço estratégico de reflexão e de conexão entre pesquisa e prática cooperativista. “Cada edição reforça o quanto o conhecimento científico é fundamental para o fortalecimento do cooperativismo. As pesquisas apresentadas ajudam a traduzir desafios reais em soluções que inspiram inovação, sustentabilidade e competitividade para o setor”, destacou.
A organização do evento contou com a colaboração de 11 membros compondo o Comitê Científico, mantendo a parceria do Sistema OCB e de Universidades das 5 regiões do Brasil. Os coordenadores do comitê científico da 8ª edição do EBPC foram o professor da UFV, Mateus de Carvalho Reis Neves, e a professora da UFMG, Valéria Gama Fully Bressan
Painéis
O primeiro painel, Impacto social das cooperativas: qual prosperidade para redução de iniquidades?, reuniu Aline Sousa, representante de catadores de materiais recicláveis; Fábio Luiz Búrigo, professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Mário Pansera, professor e diretor do Post-Growth Innovation Lab, e Monique Medeiros, professora do Instituto Amazônico de Agriculturas Familiares (UFPA). O debate destacou a atuação das cooperativas como agentes de inclusão social e de fortalecimento da justiça econômica.
Em seguida, o painel Cooperativismo e Meio Ambiente: estratégias para um futuro sustentável, contou com Alair Ferreira de Freitas, professor do departamento de economia rural da UFV; Alex dos Santos Macedo, coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB; e José Rodrigues de Araújo, presidente da Cooperacre. Os convidados abordaram as ações do movimento cooperativista na promoção da conservação ambiental e na regeneração de ecossistemas.
O último painel do encontro, O crescimento das cooperativas e os desafios à manutenção da sua identidade, teve a participação de Davi Rogério de Moura Costa, professor da Universidade de São Paulo (USP); Maurício Ribeiro do Valle, superintendente de finanças da Cooxupé; e Wellington Ferreira, presidente da Sicredi Dexis. A discussão girou em torno do desafio do crescimento das cooperativas e manutenção dos valores cooperativistas.
Premiação
Além dos debates, o EBPC 2025 reconheceu as melhores produções científicas apresentadas. Os artigos vencedores foram:
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Eixo temático: Contabilidade, Finanças e Desempenho:
Cooperativas de crédito são mais eficientes que bancos? Evidências para o Brasil.
Yuri Clements Daglia Cali, Loredany Consule Crespo Rodrigues, Marcelo Dias Paes Ferreira,
Mateus Neves e Raquel Pereira Pontes
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Eixo temático: Contabilidade, Finanças e Desempenho:
Educação, Inovação e Diversidade: desempenho financeiro e a participação das mulheres no conselho de administração de cooperativas agropecuárias brasileiras sob a ótica institucional.
Por Clea Beatriz Macagnan e Luis Felipe Orsatto.
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Eixo temático: Governança e Gestão: Governança transformacional em cooperativas de crédito
Governança transformacional em cooperativas de crédito: Aplicação do Método Multicritério AHP para apoio à tomada de decisão.
Por Mauro Lizot e Neila da Silva.
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Eixo temático: Identidade Cooperativa e Direito Cooperativo
identidade ou performance? A aplicação estratégica do 7º princípio cooperativista e seus efeitos sobre lealdade e competitividade
Por Carla Alessandra dos Santos e Tomas Sparano Martins.
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Eixo temático: Impactos e Contribuições Econômicas, Sociais e Ambientais
Cooperativas da agricultura familiar na Amazônia brasileira: diagnóstico e perspectivas para a ação pública.
Por Alair Ferreira de Freitas, Almiro Alves Júnior, Graziela Reis do Carmo, Isabela Reno Jorge Moreira, Marcos Vinícius Andrade Gomes.
A programação também incluiu sessões de apresentação de trabalhos e a audiência pública 50 anos do Ensino Superior em Cooperativismo no Brasil, realizada no Senado Federal.
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Em fórum da ABDE, foi destacado o papel do setor para um futuro mais inclusivo e sustentável
O Sistema OCB participou, nesta quarta-feira (8), do Fórum Debate da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), realizado em Porto Alegre (RS), que reuniu representantes do setor produtivo, do governo, de instituições financeiras e da sociedade civil para discutir caminhos rumo a um modelo de desenvolvimento regional mais sustentável e inclusivo.
Thiago Borba, coordenador do Ramo Crédito do Sistema OCB, mediou o painel O papel do cooperativismo nas políticas públicas e no desenvolvimento regional, que contou com a participação de Ricardo da Silva, diretor executivo da Viacredi Alto Vale, integrante do Sistema Ailos; Márcio Stefanni, diretor da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep); Cledir Magri, presidente da Confederação Cresol; Caio Viana, presidente das cooperativas Cotrijuc e CCGL; e Marcelo Porteiro, superintendente da Área de Desenvolvimento, Inclusão e Governos (ADIG) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O encontro fez parte do ciclo de debates regionais promovido pela ABDE, que percorre as cinco regiões do país para discutir soluções de financiamento sustentável, com foco em inovação, bioeconomia, transição energética e fortalecimento de cadeias produtivas locais. Em Porto Alegre, o tema ganhou contornos ainda mais simbólicos, diante do cenário de reconstrução do Rio Grande do Sul após os eventos climáticos extremos ocorridos no estado em 2024.
“O cooperativismo de crédito tem uma capilaridade que nenhum outro modelo financeiro possui. Estamos presentes nas comunidades, conhecemos de perto suas realidades e necessidades e, por isso, temos um papel essencial para promover a inclusão produtiva e o desenvolvimento regional sustentável”, destacou Thiago Borba.
Ao longo da discussão, Thiago reforçou que as cooperativas de crédito vêm ampliando o acesso a produtos financeiros
sustentáveis, com apoio tanto para pequenos empreendedores quanto cooperativas agroindustriais e negócios inovadores. Ele também defendeu a importância de alinhar políticas públicas e instrumentos de financiamento à agenda climática e aos princípios de transição justa, que garantem oportunidades sem deixar ninguém para trás.
O painel trouxe ainda experiências inspiradoras do Sistema Nacional de Fomento, com exemplos de financiamento verde, inclusão financeira e inovação tecnológica, que podem servir de modelo para outras regiões do país. A proposta central foi destacar como a integração entre cooperativas, governos, bancos de desenvolvimento e universidades pode acelerar a adoção de soluções sustentáveis e gerar resiliência econômica diante das mudanças climáticas.
Segundo a ABDE, o Fórum Debate busca justamente fortalecer a cooperação entre diferentes atores e identificar estratégias conjuntas para o enfrentamento dos desafios regionais. Entre os tópicos debatidos estiveram o papel das cooperativas na descentralização do desenvolvimento, o avanço do crédito inclusivo, a necessidade de modernização regulatória e o estímulo à inovação verde no campo e nas cidades.
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Sistema OCB reforça o papel das cooperativas na mitigação e adaptação às mudanças climáticas
A capital paulista reuniu, nesta quarta-feira (8), lideranças da pesquisa, do setor produtivo e do cooperativismo para a edição Mata Atlântica dos Diálogos pelo Clima — iniciativa da Embrapa inserida na Jornada pelo Clima em preparação para a COP30. O encontro, marcado por painéis que percorreram da ciência à inovação, destacou a relevância do cooperativismo como ator estratégico para a mitigação, adaptação e a governança territorial frente às mudanças do clima. O Sistema OCB foi representado por Fabíola Nader Motta, gerente geral da Organização das Cooperativas Brasileiras.
Na abertura, Silvia Massruhá, presidente da Embrapa, enfatizou a importância de articular conhecimento científico com políticas públicas e iniciativas produtivas. Entre as mesas, houve momentos-chave: negociações climáticas com Ana Toni, Diretora Executiva da COP30; perspectivas setoriais que congregaram especialistas em bioinsumos, agricultura familiar,
mercado e modelo de produção; e uma rodada dedicada à sociedade, inovação e financiamento climático, com nomes como Carlos Nobre, climatologista, e representantes do setor financeiro e de tecnologia.
Em sua apresentação, Fabíola reafirmou que o cooperativismo tem escala e capilaridade para ser “o pilar dessa transformação” — expressão que sintetiza a estratégia do setor para a COP30. Segundo dados mostrados pela gerente, o movimento brasileiro reúne 4.384 cooperativas, 25,8 milhões de cooperados e receitas que somam R$ 757,9 bilhões, além de gerar 578 mil empregos diretos. Números que, na visão do Sistema OCB, fundamentam a capacidade das cooperativas de oferecer soluções práticas e locais para os desafios climáticos.
“As cooperativas tem esse papel de levar o desenvolvimento lá na ponta. A ONU declarou 2025 como o Ano Internacional das Cooperativas porque acredita que, onde tem cooperativa, tem desenvolvimento também”, destacou.
Ela ressaltou ainda que o plano de ação do cooperativismo para a COP30 vem sendo desenvolvido desde o ano passado, com a implementação gradual de cada um dos eixos definidos pelo setor.
“Nosso plano de ação para a COP30 vem sendo trabalhado desde o ano passado, e nós colocamos em prática cada um desses pontos. Temos que mostrar que temos um papel diferenciado nessa COP30”, afirmou.
Ao enfatizar a força coletiva e a natureza colaborativa do modelo, Fabíola reforçou que o cooperativismo tem condições reais de contribuir para uma transição justa e sustentável.
“A força das cooperativas está na combinação entre tecnologia, governança local e compromisso com a sustentabilidade.
Temos presença territorial e capacidade de transformar boas práticas em escala”, disse.
Ela também defendeu maior integração das cooperativas aos planos de implementação das NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas) e ampliação do acesso a mecanismos de financiamento climático:
“Sem acesso a crédito verde e capacitação, boa prática fica no papel — precisamos de políticas que descentralizem recursos e apoiem a transição justa no campo”, acrescentou.
Fabíola encerrou sua fala com uma mensagem de otimismo e confiança na contribuição do cooperativismo para os compromissos globais de clima: “O modelo cooperativo é, sim, a solução que o mundo precisa. Ele mostra que é possível crescer e incluir ao mesmo tempo, com equilíbrio entre economia, sociedade e meio ambiente”, concluiu.
Os debates também exploraram temas concretos para a Mata Atlântica, como agricultura conservacionista, saúde do solo, uso de bioinsumos, inclusão socioprodutiva e digital de pequenos produtores. Do lado financeiro, representantes discutiram caminhos para ampliar o financiamento climático voltado ao setor rural, enquanto empresas de tecnologia e consultores exibiram soluções para monitoramento, modelagem e combate à desinformação científica.
Além do conteúdo técnico, o Sistema OCB levou ao público a experiência prática do cooperativismo: a organização tem conduzido imersões pré-COP, visitas a cooperativas e campanhas de visibilidade para posicionar o setor como parceiro estratégico na agenda climática. Essas iniciativas incluem formação em mudança climática, inventário de emissões e mercado de créditos de carbono, disponíveis na plataforma de capacitação do setor, a Capacitacoop.
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Sistema OCB recebeu comitiva em intercâmbio voltado à inovação, governança e digitalização
O Sistema OCB recebeu, entre os dias 29 de setembro e 3 de outubro, a comitiva da Cooperativa Riobamba, uma das maiores instituições de crédito cooperativo do Equador. A visita técnica teve como objetivo conhecer o modelo brasileiro de
cooperativismo de crédito e identificar soluções de digitalização, governança e inovação tecnológica aplicáveis à realidade equatoriana.
A delegação, formada por quatro dirigentes da cooperativa, buscou no Brasil referências em tecnologia e estrutura organizacional para fortalecer a instituição. A agenda foi coordenada pelo Sistema OCB e incluiu reuniões com representantes de órgãos reguladores, instituições financeiras cooperativas e entidades de representação do setor.
O intercâmbio ocorreu em um momento estratégico para o cooperativismo de crédito do Equador. Recentemente, o país enfrentou um debate regulatório que chegou a propor a transformação das cooperativas de crédito em bancos — medida
posteriormente derrubada pela Justiça.
Experiências
A programação começou em Brasília, com recepção na sede do Sistema OCB. Na quarta-feira (1º), a delegação seguiu para Porto Alegre (RS), onde foi recebida pelo Sistema Ocergs e conheceu experiências regionais de integração e representatividade. Nos dias seguintes, o grupo visitou a Sicredi Pioneira, em Nova Petrópolis, considerada a primeira cooperativa de crédito da América Latina; e a Cresol, em Bento Gonçalves, onde conheceu práticas de governança e inovação tecnológica.
O encerramento da agenda ocorreu no Centro Administrativo Sicredi (CAS), com imersão nas áreas de tecnologia da informação e digitalização de processos. Para a gerente-geral da OCB, Fabíola Nader Motta, o intercâmbio reforçou o papel do cooperativismo como movimento global de aprendizado e colaboração.
“Essa troca de experiências fortalece o cooperativismo em toda a América Latina. Ao compartilhar o modelo brasileiro e conhecer de perto os desafios enfrentados pelas cooperativas do Equador, reafirmamos o papel do Sistema OCB como ponte entre conhecimento, tecnologia e representatividade. É um aprendizado mútuo que reforça nossa convicção de que o
cooperativismo se desenvolve por meio da colaboração e da inovação”, destacou.
O presidente da Aliança Cooperativa Internacional para as Américas (ACI Américas), José Alves Neto, que acompanhou parte da programação no Rio Grande do Sul, também ressaltou a importância da integração regional.
“O Brasil é uma referência para o cooperativismo latino-americano, especialmente no setor de crédito. A visita da Cooperativa Riobamba demonstra como o diálogo e a cooperação entre países fortalecem nossas instituições e estimulam a inovação. Quando compartilhamos conhecimento, ampliamos o impacto do cooperativismo em toda a região”, afirmou.
Aprendizados
A Cooperativa Riobamba reúne mais de 160 mil cooperados. Segundo a comitiva, o aprendizado obtido no Brasil será fundamental para orientar o processo de transformação digital e aprimorar a governança do sistema cooperativo equatoriano.
“O movimento cooperativista é global e enfrenta desafios comuns, especialmente no campo da regulação e da transformação digital. Esse tipo de parceria mostra que, quando cooperativas de diferentes países se unem para trocar soluções e boas práticas, constroem um caminho mais sólido e sustentável para o futuro”, concluiu Fabíola.
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Em evento da ACI Américas, entidade destacou iniciativas que fortalecem identidade do movimento
Entre os dias 7 a 10 de outubro, Assunção (Paraguai) recebe o Terceiro Evento Regional Oficial do Ano Internacional das Cooperativas 2025 (AIC 2025), organizado pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI Américas). Com o tema O modelo cooperativo: nutrindo a educação e as gerações futuras, o encontro reúne representantes do movimento cooperativo, autoridades, academia, jovens e organizações internacionais para discutir como a educação pode ser motor de transformação e continuidade do modelo cooperativista.
Durante a abertura, José Alves, presidente das Cooperativas das Américas, destacou a educação como elemento essencial
para garantir a vitalidade e a continuidade do cooperativismo. “A educação é a semente que garante a continuidade e a vitalidade do nosso movimento. Por meio dela, transmitimos nossos valores, formamos novas gerações e construímos comunidades mais fortes e resilientes”, afirmou.
A abertura também contou com a presença do Engenheiro Agronômo Ángel Caballero Rotela, presidente da Cooperativa Universitária do Paraguai; do embaixador Jörg Herrera, vice-embaixador da República Federal da Alemanha no Paraguai; e de Luis Ramírez, ministro da Educação do Paraguai.
Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, participou do painel Educação para além da técnica: sentido de pertencimento e participação. Em sua apresentação, ela destacou as soluções educacionais desenvolvidas pela entidade para promover o fortalecimento da identidade cooperativista e a formação de novas lideranças, especialmente de mulheres e jovens. “A educação cooperativa vai muito além de capacitar tecnicamente. Ela é uma ferramenta de pertencimento, que conecta pessoas ao propósito do movimento e as prepara para agir coletivamente, com responsabilidade e visão de futuro”, afirmou.
A participação do Brasil ocorreu em meio a um debate internacional sobre como o cooperativismo pode contribuir para alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) por meio de uma educação mais inclusiva e transformadora. Nesse sentido, Débora detalhou programas que o Sistema OCB vem desenvolvendo para fortalecer a cultura cooperativa no país, como o DNA Cooperativo — imersão formativa que conecta cooperados e colaboradores à história, valores e princípios do movimento — e as trilhas de capacitação da Plataforma CapacitaCoop, que já reúne mais de 150 mil usuários e conteúdos voltados para gestão, negócios, governança e sustentabilidade.
Débora também destacou as iniciativas de inclusão e sucessão que vem sendo implementadas por meio do Programa ESGCoop, com destaque para os Comitês Elas pelo Coop e Geração C, voltados à ampliação da presença de mulheres e jovens na liderança das cooperativas. “Educar para o cooperativismo é formar pessoas para a gestão democrática e para a sustentabilidade. Quando mulheres e jovens participam das decisões e trazem novas perspectivas, fortalecemos o modelo de negócio e garantimos sua perenidade”, declarou.
O evento da ACI Américas contou ainda com a presença de dirigentes de cooperativas, ministros de educação, representantes da Unesco e da Organização Internacional do Trabalho (OIT), além de lideranças da própria Aliança Cooperativa Internacional. As discussões se concentraram em três eixos: identidade e educação cooperativa, políticas públicas para a educação cooperativa e educação para o empreendedorismo cooperativo.
O encontro em Assunção integra o ciclo de eventos regionais do Ano Internacional das Cooperativas 2025, proclamado pela ONU, que busca evidenciar a contribuição do modelo cooperativo para o desenvolvimento sustentável e para a formação de gerações futuras comprometidas com a solidariedade, a responsabilidade social e a equidade. “Quando o mundo compreender que o cooperativismo é, ao mesmo tempo, economicamente viável, ambientalmente correto e socialmente justo, estaremos prontos para afirmar com convicção: o futuro é Coop”, concluiu Débora.
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Encontro promove reflexões sobre como pesquisa e inovação impulsionam o coop brasileiro
O 8º Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo (EBPC) começou nesta segunda-feira (6), em Brasília. O evento segue até quarta-feira (8), com uma programação que inclui painéis temáticos, apresentação de trabalhos científicos e
uma audiência pública no Senado, que marca os 50 anos do ensino superior em cooperativismo no Brasil.
A abertura contou com a presença da gerente-geral da OCB, Fabíola Nader Motta. Ela destacou a importância da ciência e da inovação como pilares do desenvolvimento cooperativo. “O conhecimento é o que sustenta o crescimento e a longevidade das cooperativas. É por meio da pesquisa e da troca de experiências que o cooperativismo se mantém atual, competitivo e comprometido com a construção de um futuro mais justo e sustentável”, afirmou.
Com o tema Ano Internacional das Cooperativas: Integração, Impacto e Perspectivas para o Cooperativismo Brasileiro, o encontro reforça a relevância da produção científica aplicada ao setor e celebra o avanço das pesquisas que ajudam a compreender e aprimorar o modelo cooperativo no país.
Segundo a gerente-geral, o evento consolida o papel do Sistema OCB como articulador entre a prática e o conhecimento
acadêmico. “Cada artigo, cada tese e cada discussão aqui presente traduzem o compromisso das cooperativas com a inovação e com o desenvolvimento humano. É esse diálogo entre ciência e prática que mantém o nosso movimento vivo e preparado para os desafios que vêm pela frente”, completou.
A mesa de abertura foi composta por nomes de renome no cenário científico e cooperativista: José Alves Neto, presidente da ACI Américas; Ricardo Galvão, presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); Eduardo Djanikian, economista-chefe da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE); e Mateus Neves, professor da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e coordenador do Comitê Científico do EBPC.
Durante a solenidade, Ricardo Galvão ressaltou o papel estratégico do conhecimento para o desenvolvimento nacional e destacou as oportunidades de integração entre o cooperativismo e as políticas de inovação.
“O cenário mundial está cada vez mais dominado pela economia do conhecimento, e é essencial que não fiquemos reféns da inovação de outros países. Estamos em construção da Quinta Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que reconhece o papel crucial das startups e pequenas empresas. Devemos discutir como as cooperativas podem se integrar e contribuir para esse futuro em desenvolvimento”, afirmou.
Na mesma linha, José Alves Neto, enfatizou a importância dos pesquisadores na consolidação do movimento cooperativista. “Os pesquisadores são, de certa forma, os construtores das bases do nosso futuro”.
“A pesquisa é uma ponte entre o que fomos e o que podemos ser, uma ponte entre um futuro mais próspero e mais justo”, completou.
A palestra magna de abertura foi conduzida por Ilchegon Yi, pesquisador sênior do Instituto de Pesquisa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Social (UNRISD). Em sua fala, ele destacou o papel transformador do cooperativismo diante dos desafios globais e da necessidade de integração entre ciência e ação coletiva. “A autêntica transformação acontece quando superamos silos, unimos prática e pesquisa e institucionalizamos a solidariedade sem perder seu espírito transformador”.
Painéis e apresentação de trabalhos
A programação segue intensa nos próximos dias. Nesta terça-feira (7), começam os painéis temáticos, que discutirão tópicos essenciais para o futuro do cooperativismo. O primeiro painel abordará o impacto social das cooperativas e sua contribuição para a redução das desigualdades. Em seguida, o segundo painel tratará sobre os desafios de crescimento e da manutenção da identidade cooperativista. Na quarta-feira (8), o terceiro painel trará reflexões sobre meio ambiente e sustentabilidade, além de pontar estratégias para o fortalecimento do setor diante das transformações climáticas e sociais.
O EBPC contará ainda com as sessões de apresentação dos trabalhos acadêmicos. Os melhores artigos científicos em cada eixo temático serão reconhecidos e premiados ao final do evento.
Nesta edição, o EBPC recebeu 211 submissões de estudos, das quais 72 foram aprovadas — entre artigos científicos e trabalhos de conclusão de curso. As pesquisas envolvem 32 instituições de ensino superior de todas as regiões do país, com destaque para temas ligados à educação, inovação, diversidade e meio ambiente. O evento contou com 176 participantes inscritos, enriquecendo o diálogo e troca de conhecimento.
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Maior evento científico de Administração da América Latina discutiu governança e sustentabilidade
O Sistema OCB participou do 49º Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (EnANPAD), realizado entre os dias 1º e 3 de outubro, em Aracaju (SE). Considerado o maior evento científico da área de Administração da América Latina e o segundo maior do mundo, o EnANPAD reuniu pesquisadores, gestores e representantes de diferentes setores para debater os rumos da pesquisa aplicada, com destaque para os temas de governança, sustentabilidade e inovação.
O Sistema OCB foi representado pelo analista de Estudos Econômicos Thiago Victorino, que participou ativamente da programação. No primeiro dia, ele atuou como debatedor na sessão de artigos dedicada a ESG, sustentabilidade e
governança em cooperativas. O espaço trouxe reflexões sobre como alinhar as práticas do cooperativismo aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), para reforçar o compromisso do movimento com a agenda global.
Na mesma sessão, Thiago apresentou o artigo Forecasting Financial Distress in Brazilian Healthcare Cooperatives: A Regularized Logit Approach. A pesquisa propõe uma metodologia inovadora para prever riscos financeiros em cooperativas de saúde e ampliar as ferramentas de gestão e sustentabilidade econômica no setor.
“Participar do Encontro da ANPAD foi fundamental para reforçar o papel da pesquisa aplicada como um motor de inovação. É a partir disso que nós, no Sistema OCB, conseguimos transformar dados em estratégias que geram impacto concreto para o cooperativismo”, afirmou Thiago.
A programação também contou com o painel Educação e Pesquisa em Gestão de Cooperativas, que reuniu diferentes atores do cooperativismo nacional. Thiago apresentou os resultados do estudo Impactos do cooperativismo de crédito para o desenvolvimento econômico e social no Brasil, realizado pelo Sistema OCB em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE). O levantamento evidencia como as cooperativas de crédito contribuem para dinamizar economias locais, ampliar a inclusão financeira e gerar desenvolvimento sustentável.
O painel também teve a participação de lideranças estaduais e de cooperativas. João Teles, presidente do Sistema OCESE, trouxe um panorama da realidade do trabalho e das cooperativas em Sergipe. Já os presidentes da Cercos, Aroldo Costa Monteiro, e da Certel, Erineo José Hennemann, compartilharam experiências sobre superação de desafios e estratégias de fortalecimento comunitário.
A atividade foi encerrada com uma dinâmica colaborativa, em que os participantes se dividiram em grupos para debater soluções para desafios estratégicos relacionados à governança, impactos socioeconômicos, sustentabilidade ambiental e resiliência comunitária no cooperativismo.
Para o gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB, Guilherme Souza Costa, a participação no EnANPAD reafirma o papel da instituição na promoção do conhecimento científico aplicado. “A presença do Sistema OCB no encontro reforça nosso compromisso com a produção e disseminação de conhecimento para o desenvolvimento do cooperativismo brasileiro”, destacou.
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Fiscalização, sustentabilidade e diálogo estiveram no foco da participação do Sistema OCB
O Sistema OCB marcou presença no 1º Encontro Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (TRC), realizado nesta quinta-feira (2), na sede da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em Brasília. O evento reuniu representantes do governo, de entidades setoriais e de transportadores para discutir temas estratégicos como fiscalização, descarbonização, movimentação de cargas e escassez de motoristas.
O coordenador nacional do Ramo Transporte do Sistema OCB, Evaldo Matos, participou do painel sobre fiscalização, ao lado de dirigentes da ANTT, da Confederação Nacional do Transporte (CNT), da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) e de entidades representativas da logística.
Evaldo destacou que a fiscalização precisa ser compreendida como um instrumento de equilíbrio do setor, e não apenas de
penalização. “As cooperativas de transporte atuam em um ambiente altamente competitivo e, muitas vezes, são surpreendidas por interpretações divergentes da legislação. A fiscalização é necessária, mas ela deve vir acompanhada de diálogo, transparência e previsibilidade”, afirmou.
O dirigente relatou que o evento surpreendeu positivamente pela abrangência dos temas. “A ANTT trouxe diversos assuntos importantes, que já vínhamos discutindo em outras esferas, inclusive no cooperativismo, como a escassez de motoristas, a sustentabilidade do transporte e a descarbonização. Também foi apresentado um banco de informações a partir do MDF-e, que vai nos ajudar muito a orientar nossas estratégias de mercado”, destacou.
Entre os pontos levantados no painel, Evaldo chamou atenção para gargalos relacionados à aplicação de multas, como falhas na comunicação de autos de infração, além da cobrança indevida de eixos suspensos em rodovias concessionadas. Também foram apresentadas demandas relacionadas ao vale-pedágio, ao transporte de contêineres e ao reconhecimento da natureza jurídica das cooperativas. “Muitas vezes, os fiscais não compreendem bem o conceito jurídico das cooperativas, o que gera distorções e penalizações indevidas. Estamos organizando um documento com todas as nossas contribuições para entregar à ANTT”, explicou.
Outro destaque foi o reforço da importância de um canal de diálogo permanente com a agência. “Precisamos de uma relação com periodicidade menor, mais ágil e refinada. Isso fará muita diferença para corrigir distorções e aprimorar as normas”, disse Evaldo. Ele também ressaltou a atuação ampla da entidade. “O Sistema OCB não atua apenas em defesa do Ramo Transporte, mas também do Ramo Agro. Buscamos o equilíbrio nessa relação, respeitando os embarcadores e valorizando nossas cooperativas parceiras do agronegócio.”
Durante o encontro, a ANTT reforçou o compromisso de manter esse espaço de diálogo, considerado estratégico pelo Sistema OCB para assegurar maior segurança regulatória às cooperativas de transporte em todo o país.
Ao final, Evaldo avaliou o encontro como um marco positivo para o setor. “Tivemos espaço de fala e de representação. Foi um momento muito importante, com a presença de dirigentes de cooperativas de vários estados, e que certamente fortalecerá a atuação conjunta entre a ANTT e o cooperativismo de transporte”, concluiu.
As cooperativas presentes representaram os estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul.
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Reforma tributária, fiscalização da ANTT e negócios internacionais em pauta
Presidentes e dirigentes de cooperativas de transporte do Paraná estiveram reunidos em Foz do Iguaçu, nesta terça-feira (30), para o Fórum de Dirigentes das Cooperativas de Transporte, realizado na sede da Cooperativa Coottrafoz. O encontro teve uma programação intensa, com debates estratégicos sobre desafios regulatórios, perspectivas econômicas e novas oportunidades para o setor.
Representando o Sistema OCB, o analista técnico da Gerência de Relações Institucionais, Tiago Barros, participou das discussões e apresentou o plano estratégico do ramo transporte. Ele também realizou a abertura do evento ao lado de Marcos Antônio Trintinalli, coordenador estadual do ramo, do presidente da Coottrafoz, Vitalino Capeleto, da
superintendente da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Gizelle Coelho Neto, e de João Gogola Neto, gerente de Monitoramento e Consultoria do Sistema Ocepar.
Entre os destaques do fórum esteve a apresentação de João Gogola. que detalhou o programa ESG+Coop, que integra práticas de sustentabilidade e inovação à realidade das cooperativas.
Outro momento importante foi a mesa sobre as oportunidades da missão China, que contou com a participação de Marcos Antônio, João Gogola e Tiago Barros. “Foi uma oportunidade de mostrar como a experiência internacional começa a se traduzir em resultados concretos para as cooperativas do Paraná. Há negociações em andamento para importação de insumos, o que pode gerar ganhos de escala e mais competitividade ao setor”, explicou Tiago.
A reforma tributária também esteve em foco, com apresentação conduzida por Devair Antonio Mem, coordenador contábil e tributário do Sescoop/PR. O tema despertou grande interesse entre os dirigentes, pela relevância das mudanças previstas para as cooperativas de transporte.
No período da tarde, a representante da ANTT, Gizelle Neto, apresentou os principais pontos ligados à fiscalização da Lei 13.703/2018 (Política Nacional de Piso Mínimo do Frete), além de desafios práticos enfrentados pelas cooperativas, como a cobrança de eixos suspensos em pedágios e as novas exigências do Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e).
Em seguida, Tiago Barros apresentou o plano de trabalho e a estratégia de crescimento do ramo transporte, e destacou as prioridades estabelecidas para os próximos anos. “Nosso papel é garantir que as demandas levantadas pelas cooperativas estejam refletidas no plano nacional e, ao mesmo tempo, levar para a base as ações estruturadas pelo Sistema OCB. Essa integração é essencial para o fortalecimento do cooperativismo de transporte”, afirmou.
O fórum foi encerrado com a proposta de formação continuada para contadores de cooperativas do ramo transporte, apresentada por João Gogola Neto. A iniciativa apoia a profissionalização da gestão contábil e tributária, apontada como demanda recorrente das cooperativas.
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Evento reforçou a importância do carimbo e estratégias conjuntas de uso entre cooperativas
A Casa do Cooperativismo em Porto Alegre (RS) viveu um dia diferente na última sexta-feira (26). Inspirado na cultura da National Basketball Association (NBA), o workshop Networking, Branding & Comunicação (NBC) reuniu 85 comunicadores de 55 cooperativas gaúchas em um ambiente de imersão criativa. Entre os destaques da programação esteve a participação da gerente de Comunicação e Marketing do Sistema OCB, Samara Caroline de Araujo, que apresentou a Campanha SomosCoop para 2026.
Com quadra montada, narrativa esportiva e clima de torcida, o evento buscou aproximar profissionais, compartilhar estratégias e fortalecer o espírito de equipe em torno do cooperativismo.
Promovido pelo Sistema Ocergs, o NBC foi considerado o maior encontro de comunicação já realizado pela entidade. A proposta, segundo os organizadores, foi oferecer uma experiência dinâmica que estimulasse a troca de conhecimentos e práticas entre cooperativas, e usou o basquete como metáfora para o trabalho coletivo.Nomes de diferentes setores compartilharam experiências sobre branding, posicionamento de marca e novas tecnologias aplicadas à comunicação. 
Na apresentação do Sistema OCB, os participantes conheceram a evolução da marca SomosCoop e sua projeção para os próximos anos. Hoje, mais de 1,1 mil cooperativas já utilizam o carimbo e, segundo pesquisa recente, 63% da população brasileira entrevistada declara preferência por produtos e serviços cooperativos, reconhecendo seu impacto social e econômico.
Para a gerente de comunicação da Unidade Nacional, os números refletem uma oportunidade histórica para a consolidação da identidade cooperativista junto à sociedade. “O carimbo SomosCoop já é uma marca reconhecida e respeitada, e a nossa meta é ampliar essa presença. Quando mostramos que escolher o Coop é optar por um consumo consciente, estamos dando às pessoas a chance de transformar realidades por meio da sua decisão de compra”, afirmou.
Samara reforçou ainda a importância de os comunicadores estarem alinhados à estratégia de valorização da marca cooperativista: “Cada campanha, cada ação, cada história que contamos carrega a essência do nosso movimento. O SomosCoop é um convite para que todos entendam que o cooperativismo faz diferença na vida das pessoas.”
O workshop também contou com apresentações de profissionais do mercado, como o diretor de Marketing da Vulcabras, Márcio Callage, que trouxe o Case Olympikus, e o gerente de Marketing da Termolar, Roberto Wickert, que apresentou a trajetória da marca em produtos e posicionamento. Além disso, a estrategista Daniele Lazzarotto falou sobre o impacto da inteligência artificial no marketing e na produção de conteúdo.
Outro ponto relevante foi a divulgação de uma pesquisa conduzida pelo Instituto de Pesquisas de Opinião (IPO), sobre como os gaúchos percebem o cooperativismo. O estudo revelou que o movimento segue fortemente associado a valores de união, esforço coletivo e solidariedade — aspectos que reforçam o vínculo com a proposta da comunicação cooperativista.
Nos intervalos, a descontração tomou conta com sorteios e, ao final, os participantes celebraram a “vitória” em um happy hour voltado para networking e troca de experiências.
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Delegação conheceu práticas do ramo crédito no Brasil e trabalho de representatividade da entidade
O Sistema OCB recebeu, nesta segunda (29), a comitiva da Cooperativa Riobamba, uma das maiores instituições de crédito cooperativo do Equador. A visita, organizada em Brasília, teve como objetivo apresentar o modelo brasileiro de cooperativismo de crédito e promover a troca de experiências entre os dois países.
A programação começou pela manhã, com as palavras de abertura do coordenador de Relações Internacionais do Sistema
OCB, João Penna. Ele apresentou a estrutura do Sistema e destacou a importância do diálogo internacional. “Este encontro é muito importante para nossa narrativa quando defendemos os interesses das cooperativas perante o poder público, porque conseguimos demonstrar que o impacto das cooperativas é real. Elas fazem diferença nas cidades onde atuam. Por isso, apresentamos aqui um pouco da estrutura do Sistema OCB, formado por três casas que trabalham juntas pelo desenvolvimento do cooperativismo no Brasil”, afirmou.
João explicou o funcionamento da CNCoop, da OCB e do Sescoop, ressaltando que cada entidade exerce um papel específico, mas todas atuam de forma articulada em prol do mesmo objetivo. Ele também destacou o esforço de proximidade com as cooperativas para identificar desafios e construir soluções. “Mantemos uma prática permanente de escuta, por meio de pesquisas e consultas. Isso nos permite compreender as principais dores das cooperativas e atuar em conjunto para solucioná-las”, completou.
Panorama do cooperativismo de crédito
Na sequência, a comitiva acompanhou uma apresentação sobre o panorama do cooperativismo de crédito no Brasil. O coordenador do ramo no Sistema OCB, Thiago Borba, detalhou a evolução do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) e ressaltou o papel dos bancos cooperativos, criados nos anos 1990.
“Na época, a legislação não permitia que as cooperativas realizassem alguns serviços, como a compensação de cheques. Por isso, foi necessário criar bancos controlados por cooperativas. Hoje, essas instituições são fundamentais para o desenvolvimento de produtos e soluções tecnológicas, especialmente em sistemas como o Sicoob e o Sicredi”, explicou.
Thiago também destacou a estrutura em três níveis – cooperativas singulares, centrais e confederações – que garante capilaridade, eficiência e representatividade nacional. Segundo ele, o Ramo de Crédito detém números expressivos: 21,3 milhões de cooperados, mais de 10 mil unidades de atendimento físico em todo o país e R$ 885 bilhões em ativos administrados.
Representação política
A representação política do cooperativismo de crédito foi tema da apresentação de Thereza Raquel Lima Silva, analista de Relações Governamentais do Sistema OCB. Ela compartilhou dados sobre a atuação junto aos três poderes, o acompanhamento legislativo e os resultados conquistados nos últimos anos.
“O cooperativismo brasileiro não está isolado. Trabalhamos diariamente para influenciar políticas públicas, defender o ato cooperativo e abrir novas oportunidades para o setor. Só na última Legislatura, monitoramos mais de 5 mil projetos de lei e participamos ativamente de audiências públicas, reuniões com parlamentares e debates estratégicos”, afirmou. Entre os avanços citados por ela estão a criação do FGCoop, a modernização da legislação do crédito cooperativo e a conquista de maior espaço no mercado financeiro nacional.
O encerramento da agenda da manhã ficou a cargo da gerente-geral da OCB, Fabíola Nader Motta, que reforçou o papel da entidade na defesa permanente dos interesses do cooperativismo. “Nosso trabalho de representação junto ao Poder Público é diário e contínuo. Estamos presentes no Congresso, no Executivo e nos tribunais para garantir que as cooperativas tenham voz e que o ambiente regulatório seja cada vez mais favorável ao seu desenvolvimento. Esse esforço constante é o que dá solidez e visibilidade ao nosso movimento”, afirmou.
À tarde, a comitiva participou de uma reunião com representantes do Banco Central. O encontro permitiu aprofundar o diálogo sobre regulação, inovação e desafios específicos do Ramo Crédito.
Cooperação internacional
Nos próximos dias, a delegação da Riobamba seguirá para Porto Alegre (RS), onde terá contato direto com experiências de cooperativas de crédito locais e conhecerá de perto como o modelo brasileiro tem contribuído para o desenvolvimento regional.
“A visita é uma oportunidade de aprendizado recíproco. Ao mesmo tempo em que mostramos nossos avanços, aprendemos com a experiência equatoriana. É assim que o cooperativismo cresce: unindo forças para transformar realidades”, concluiu Fabíola.
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Evento reuniu dirigentes de vários ramos para compartilhar boas práticas e fortalecer integração
Na última sexta-feira (26), o cooperativismo maranhense realizou o Encontro de Líderes Cooperativistas 2025, promovido Sistema OCB/MA, em Barreirinhas. A programação contou com a presença do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, que realizou a abertura oficial. Para ele, a ocasião simbolizou um reconhecimento do papel estratégico que o estado
vem assumindo dentro do cooperativismo brasileiro. “O Maranhão está mostrando ao Brasil que o cooperativismo pode ser um motor de desenvolvimento regional. Ver de perto a evolução das cooperativas maranhenses e o impacto que elas geram nas comunidades é motivo de orgulho e esperança para todo o nosso movimento”, destacou.
O evento contou com a participação de dirigentes e presidentes de cooperativas dos ramos Crédito, Saúde, Educação, Agro, Transporte, Mineração, Produção e Trabalho, reforçando a diversidade e a força do movimento no estado. Os participantes puderam debater os desafios e oportunidades que o setor enfrenta, compartilhar boas práticas de gestão e fortalecer a integração entre os diferentes ramos.
-Segundo o presidente Márcio, o encontro foi uma oportunidade de reconhecer a evolução do cooperativismo no estado. “O que vemos aqui é um cooperativismo forte, inovador e cada vez mais conectado com as demandas da sociedade. O Maranhão está preparado para ampliar sua relevância no cenário nacional”, afirmou.
O movimento cooperativista do estado tem avançado em diferentes áreas. O encontro foi considerado pelos organizadores um marco ao simbolizar uma etapa de expansão, diálogo e transformação para o cooperativismo maranhense.
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Evento promovido pela Ocepar discutiu estratégias do setor rumo à conferência em Belém
O cooperativismo paranaense deu mais um passo na preparação para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em novembro, em Belém. Na última sexta (26), a Ocepar promoveu o webinar Cooperativismo e COP30: a imagem que queremos mostrar, reunindo lideranças e técnicos de 42 cooperativas do Paraná para debater a estratégia de participação do setor no evento global. No encontro, o Sistema OCB foi representado pela gerente-geral, Fabíola Nader Motta, e pelo coordenador de Meio Ambiente, Alex Macedo, que detalharam o posicionamento do movimento diante da agenda climática e apresentaram as iniciativas já em curso.
Fabíola ressaltou a importância histórica da COP30 e o protagonismo esperado para o modelo de negócios. “Pela primeira vez desde a Rio-92, o Brasil sediará a conferência e, coincidentemente, o mundo celebra novamente o Ano Internacional das Cooperativas. Isso nos coloca em evidência e aumenta nossa responsabilidade. O cooperativismo precisa mostrar contribuições reais: práticas de agricultura sustentável, soluções de financiamento climático e iniciativas de transição energética. É hora de sair do discurso e apresentar resultados tangíveis”, afirmou.
Ela também reforçou que o modelo cooperativo tem legitimidade para ocupar os espaços de decisão. “Somos feitos de pessoas para pessoas, atuamos nos territórios e temos capilaridade. Essa presença nos dá condições únicas de oferecer respostas locais e, ao mesmo tempo, escaláveis para os desafios climáticos globais. A COP30 será o momento de afirmar o cooperativismo como parte essencial da solução para a crise climática, a segurança alimentar e o financiamento climático internacional”, destacou.
Alex Macedo apresentou as ações que vêm sendo implementadas pelo Sistema OCB para apoiar as cooperativas na transição climática, como a Solução Neutralidade de Carbono e a Solução Eficiência Energética. “A Neutralidade de Carbono tem permitido que as cooperativas façam seus inventários de emissões e avancem em planos concretos de descarbonização. Já a Solução de Eficiência Energética mostra como podemos reduzir custos e otimizar recursos, sem abrir mão da sustentabilidade. São entregas que dão credibilidade ao nosso discurso na COP30”, explicou.
O coordenador destacou ainda que diversas cooperativas paranaenses já aderiram a essas soluções. “Essas experiências comprovam que estamos transformando compromissos em resultados. O cooperativismo tem muito a mostrar em Belém, e queremos que isso seja reconhecido nos espaços oficiais de negociação”, completou.
Durante o webinar, também foi apresentada a agenda do setor para a COP30, que prevê a presença do cooperativismo em dois espaços estratégicos: o pavilhão do cooperativismo na AgriZone, dedicado à agropecuária sustentável, e o pavilhão de negócios de impacto na Blue Zone, em parceria com entidade da ONU. Além disso, estão previstos painéis e debates temáticos que reforçarão o papel do modelo cooperativo como aliado de uma transição justa.
Para Fabíola, a jornada supera a conferência em si. “A COP30 não é um ponto de chegada, mas parte de um processo contínuo de fortalecimento da agenda climática dentro das cooperativas. Nosso desafio é transformar a sustentabilidade em prática cotidiana, conectando inovação, inclusão social e resultados ambientais. Essa é a imagem que queremos mostrar ao mundo”, concluiu.
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Evento debate políticas públicas, inovação e fortalecimento da cadeia produtiva
O 3º Fórum Nacional do Leite teve início nesta quarta-feira (24), na sede da Embrapa, em Brasília. O evento reúne produtores, técnicos, lideranças políticas e empresariais da cadeia produtiva e contou com a presença do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, que participou da mesa de abertura ao lado de representantes do governo, da pesquisa e de entidades de classe. “Este Fórum é um espaço fundamental para ouvir quem está no campo e para aproximar o setor das decisões estratégicas do país”, afirmou.
O presidente destacou a importância de se pensar o futuro do leite brasileiro a partir da união entre produtores, inovação tecnológica e políticas públicas adequadas. Segundo ele, a cadeia enfrenta desafios relacionados à produtividade, à sustentabilidade e à inserção internacional, mas também tem inúmeras oportunidades. “O Brasil é um dos maiores produtores de leite do mundo. Temos potencial para agregar mais valor ao nosso produto, ampliar a industrialização e mostrar aos
consumidores que se trata de um alimento saudável e estratégico. Precisamos de diálogo, planejamento e políticas consistentes para que esse potencial se traduza em desenvolvimento para”, acrescentou.
Conexão entre setor produtivo e políticas públicas
Organizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), o Fórum tem como objetivo aproximar diferentes agentes do ecossistema do leite – produtores, indústrias, empresas de genética, técnicos, pesquisadores e entidades representativas – para discutir os principais temas que o envolvem. A proposta é promover um ambiente de troca de conhecimento, fortalecimento institucional e busca de soluções conjuntas para tornar o setor mais estruturado e competitivo. A edição de 2025 segue até esta quinta-feira (25), com o lema Nosso leite e suas histórias, e busca destacar o valor cultural, econômico e social do leite para o Brasil.
Temas em debate no primeiro dia
O primeiro dia da programação foi dividido em blocos temáticos, cada um voltado para um olhar específico sobre a cadeia produtiva. A diretora de Comunicação da Abraleite, Maria Antonieta Guazzelli, destacou o simbolismo do leite como alimento presente no cotidiano e na história das famílias brasileiras.
Na sequência, o ex-ministro e jornalista Aldo Rebelo falou sobre o valor do produtor de leite para o desenvolvimento do país, enquanto especialistas e lideranças do setor apresentaram análises sobre as transformações do mercado, as perspectivas de preços e as mudanças em andamento no setor. Questões relacionadas à gestão de fazendas, inovação tecnológica, crédito privado e consolidação de bacias leiteiras também foram tratadas em palestras conduzidas por especialistas reconhecidos nacionalmente.
Programação
O Fórum seguiu até quinta (25) com uma agenda igualmente intensa. A programação incluiu debates sobre os desafios do produtor rural brasileiro, mudanças no Programa Mais Leite Saudável diante da Reforma Tributária, além de painéis técnicos sobre bem-estar animal, monitoramento de rebanho, genética, biotecnologia e tendências de consumo de lácteos.
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Encontro apresentou soluções de crédito e destacou a importância das parcerias locais
Porto Velho sediou, nesta quinta-feira (25), o BNDES Mais Perto de Você, encontro voltado a cooperativas, micro, pequenas e médias empresas (MPMEs). O evento reuniu dezenas de empreendedores interessados em conhecer as soluções de financiamento oferecidas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e contou com a participação ativa do Sistema OCB, que reforçou a importância do cooperativismo no fomento ao desenvolvimento regional.
Como representante da entidade, Jorgelene de Matos, gerente de Relações Institucionais da OCB/RO, destacou a relevância de iniciativas que aproximam o crédito da realidade dos empreendedores. “A presença do cooperativismo reforça nosso compromisso de apoiar os empreendedores locais e fomentar o desenvolvimento econômico com base em valores de cooperação”, afirmou.
Ela ressaltou ainda o papel estratégico das cooperativas de crédito, que têm ampliado o acesso a soluções financeiras em Rondônia, especialmente para pequenos negócios que enfrentam dificuldades em obter financiamento. “As cooperativas de crédito estão cada vez mais próximas dos empreendedores, oferecendo soluções acessíveis e sustentáveis. Isso significa mais oportunidades para quem quer crescer e mais desenvolvimento para nossas comunidades”, completou.
Além da participação do Sistema OCB, a programação contou com apresentações das principais linhas de crédito do BNDES, com destaque para opções voltadas ao capital de giro e aquisição de máquinas e equipamentos. Também foram realizados atendimentos individualizados e rodadas de negócios com agentes financeiros credenciados, como Banco da Amazônia (Basa), Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Sicoob, Itaú, Sicredi e Santander.
De acordo com dados do BNDES, apenas no primeiro semestre deste ano foram aprovados R$ 535 milhões em financiamentos para micro, pequenas e médias empresas de Rondônia. Em 2024, o volume chegou a R$ 1,17 bilhão, demonstrando o potencial de crescimento do setor.
Ao reunir instituições financeiras, entidades de apoio e cooperativismo, o encontro foi um espaço de diálogo e construção de soluções conjuntas para fortalecer a economia local com parceiras estratégicas voltadas ao desenvolvimento do estado.
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Debates reforçaram que tecnologia deve estar a serviço das pessoas e do futuro do coop
O World Coop Management (WCM) 2025, em Belo Horizonte (MG), manteve o cooperativismo brasileiro em evidência com uma série de ações promovidas pelo Sistema OCB. Além da participação nos painéis e patrocínios da programação oficial, a entidade também esteve presente com ativações voltadas à inovação, à formação de talentos e à divulgação do modelo cooperativista.
O videocast do InovaCoop recebeu, ao longo do evento, dirigentes e especialistas para discutir tendências e boas práticas.
Outro destaque foi ativação da CapacitaCoop, plataforma de educação a distância do Sistema OCB, que já alcança milhares de cooperativas e cooperados em todo o país. Já o Jornada Coop, game interativo, permite que cooperativas participantes verifiquem sua participação nos diagnósticos institucionais, explorem cases do InovaCoop, consultem o anuário e utilizem o carimbo SomosCoop. Além disso, oferece comparativos entre cooperativas do mesmo ramo, promovendo aprendizado, benchmarking e engajamento de forma lúdica.
Cooptech e RH Coop: debates estratégicos
No âmbito de conteúdo, o Sistema OCB esteve presente em dois palcos centrais da programação. O Cooptech Summit, dedicado à inovação e tecnologia, trouxe debates sobre o uso da inteligência artificial no cooperativismo de crédito; a transformação digital nos processos de gestão; e as oportunidades abertas pela nova Lei 213/2025, que regulamenta o setor de seguros. No primeiro dia, o bate-papo contou com Eduardo Jonathan Ramos, analista de Inovação do Sistema OCB, e com Hélio Gomes de Carvalho, especialista em inovação, que abordaram diagnóstico e sistemas de gestão da inovação. Já no segundo dia, a gerente DE INOVAÇÃO da ABGi, Fernanda Freitas aprofundou estratégias para fontes de fomento para inovação. Os painéis destacaram que a tecnologia deve estar sempre a serviço das pessoas e que o engajamento das lideranças é essencial para o sucesso de qualquer processo de inovação.
Já no RH Coop Conference, apoiado pelo CapacitaCoop, as discussões giraram em torno do papel estratégico da área de gestão de pessoas. Temas como integração de novos talentos, educação corporativa e cultura organizacional reforçaram que o futuro das cooperativas passa pelo investimento em lideranças preparadas e em ambientes de trabalho que valorizem diversidade, inclusão e desenvolvimento humano.
Fomento ![WCM 2025: Sistema OCB conecta tecnologia, talentos e cooperação]()
O Inovacoop videocast proporcionou um ambiente diferenciado para troca de ideias, com total de 16 gravações, e contou com a participação da gerente-geral da OCB, Fabíola Nader Motta. Ela destacou a importância da recente conquista legislativa que garante às cooperativas acesso direto a recursos de fomento à inovação. “Com a aprovação da Lei 15.184/2025, as cooperativas passam a ter acesso ao principal fundo de ciência e tecnologia do país. Isso abre uma janela de oportunidades para que o setor invista em soluções inovadoras, fortaleça sua competitividade e contribua para o desenvolvimento sustentável”, afirmou.
Segundo ela, o acesso a esses recursos permitirá que mais projetos inovadores sejam testados e escalados dentro das cooperativas, beneficiando diretamente os cooperados e a comunidade. “A inovação, quando feita no modelo cooperativista, é multiplicadora: não transforma apenas o negócio, mas gera impacto positivo em toda a rede de pessoas e territórios que participam dessa jornada”, destacou.
Presença institucional
O estande do Sistema OCB serviu como ponto de encontro para lideranças, autoridades e cooperativistas, além de reforçar a imagem institucional da organização e criar oportunidades de articulação estratégica.
As ações também demonstraram a capacidade do cooperativismo brasileiro de dialogar com pautas globais, como inteligência artificial, transição energética, sustentabilidade e intercooperação internacional, todas presentes na programação oficial do evento.
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Evento apresentou estratégias para fortalecer inovação, sustentabilidade e sucessão
O Coopera+MT 2025, realizado nesta terça-feira (23) no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá, foi marcado pela apresentação de propostas e reflexões estratégicas para o futuro do cooperativismo. Promovido pelo Sistema OCB/MT, o encontro reuniu dirigentes e especialistas de diferentes ramos em uma agenda que reforçou tanto a força econômica do setor quanto a necessidade de investir em inovação e na formação de pessoas.
Entre os destaques, estiveram as falas da superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, e da gerente de Desenvolvimento de Cooperativas, Débora Ingrisano, que abordaram dois pilares complementares: o portfólio de soluções do Sistema OCB e a gestão de talentos no cooperativismo.
Portfólio de soluções para um setor mais competitivo
Na abertura, Tania Zanella destacou o portfólio de soluções do Sistema OCB, construído para apoiar as cooperativas em suas principais demandas de governança, inovação, ESG e capacitação. Ela reforçou que essas iniciativas já impactam milhares de cooperativas em todo o Brasil, ampliando a eficiência de gestão e fortalecendo a competitividade do setor.
“Mais do que números, cada solução desenvolvida pelo Sistema OCB é uma resposta concreta às necessidades das nossas cooperativas. É um trabalho que soma forças, aproxima o movimento e projeta o cooperativismo brasileiro para o futuro”, afirmou Tania.
A superintendente também ressaltou a relevância dos dados do Anuário do Cooperativismo Brasileiro, que confirmam o peso do setor na economia nacional e reforçam o compromisso de continuar entregando resultados de impacto.
Talentos no cooperativismo: responsabilidade e coragem
Na sequência, Débora Ingrisano trouxe uma reflexão sobre o desenvolvimento de talentos, definindo-os como pessoas que reúnem alto desempenho e, ao mesmo tempo, disposição para aprender. A partir dessa perspectiva, ela relacionou o tema às
cinco competências do capitalismo de stakeholders, ressaltando que o cooperativismo já pratica esses princípios desde sua origem.
“Se essas competências funcionam no capitalismo de stakeholders, no cooperativismo funcionam ainda melhor, porque fazem parte da nossa prática desde a origem”, destacou.
Débora enfatizou especialmente o papel da liderança, que deve exercer responsabilidade e coragem na condução de pessoas e processos. Segundo ela, líderes cooperativistas não podem se limitar à gestão burocrática, mas precisam estar preparados para desenvolver equipes, inspirar talentos e criar ambientes favoráveis ao aprendizado contínuo.
Da origem do movimento às práticas atuais
Para ilustrar esse ponto, Débora relembrou a história dos pioneiros de Rochdale, que fundaram a primeira cooperativa moderna justamente em reação à má gestão de pessoas durante a Revolução Industrial. “O cuidado com as pessoas está na origem do cooperativismo. É isso que diferencia nosso modelo e o torna cada vez mais atual”, ressaltou.
Ela ainda destacou a diferença entre o RH operacional, fundamental para a organização interna, e o RH estratégico, capaz de orientar o desenvolvimento de lideranças e talentos. “Somente o departamento pessoal, por mais importante que seja, não garante o futuro das cooperativas. O que gera transformação é investir em pessoas para que se tornem líderes capazes de multiplicar conhecimento e resultados”, completou.
Sustentabilidade e futuro Coop
Ao final, Débora destacou as soluções do Sistema OCB voltadas ao fortalecimento da gestão de pessoas nas cooperativas. Entre elas, estão os programas voltados para futuras lideranças, inclusão, diversidade, equidade, cuidado com pessoas e certificação de conselheiros. Essas iniciativas são sustentadas e avaliadas pelos diagnósticos de governança e gestão, que permitem medir avanços e orientar melhorias contínuas.
O Coopera+MT 2025 se consolidou como espaço de debates estratégicos, reforçando que o futuro do cooperativismo brasileiro passa pela soma de soluções inovadoras, boas práticas de gestão e valorização contínua das pessoas que dão vida ao movimento.
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Evento internacional reúne lideranças cooperativistas para debater futuro do movimento
O cooperativismo brasileiro começou em evidência no World Coop Management (WCM) 2025, evento que reúne, em Belo
Horizonte/MG, lideranças do setor vindas de várias partes do Brasil para discutir inovação, tecnologia, liderança e gestão de pessoas. A programação reúne atividades nesta segunda e terça-feira (22 e 23), no Minascentro, e coloca o Brasil no centro das discussões sobre o futuro do movimento.
Logo na abertura, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, deu o tom do encontro ao reforçar a contribuição das cooperativas para a construção de sociedades mais justas e resilientes. “O WCM é uma chance para mostrar ao mundo o que o nosso movimento já realiza e, ao mesmo tempo, para aprendermos com experiências internacionais. As cooperativas têm soluções concretas para os grandes desafios do nosso tempo, e este é o espaço para reafirmar esse papel”, destacou.
A superintendente Tania Zanella participou de um dos painéis mais aguardados: O futuro que estamos construindo hoje. O debate contou com as contribuições de Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura e referência internacional no setor, e de José Roberto Ricken, presidente do Sistema Ocepar.
A proposta do painel foi discutir os cenários que se desenham para os próximos dez anos e como as cooperativas podem se
posicionar diante de mudanças tecnológicas, sociais e ambientais. A dinâmica aconteceu em formato de mesa-redonda, favorecendo um diálogo mais rico entre os painelistas.
Para Tania, o momento é de reafirmar a força do modelo cooperativista no enfrentamento dos desafios globais. “O futuro não é algo distante. Ele está sendo moldado hoje, a cada decisão e a cada iniciativa cooperativa. Nossa missão é garantir que esse futuro seja inclusivo, sustentável e inovador”, afirmou.
Pauta global e nomes de peso
Ao longo de dois dias, o WCM 2025 apresentará reflexões sobre temas que vão desde a inteligência artificial e o uso de novas tecnologias até questões de intercooperação internacional, desenvolvimento sustentável e gestão de pessoas. A programação está distribuída em diferentes palcos temáticos, como o Palco Mundo, voltado para debates globais; o Cooptech Summit, que concentra o olhar sobre tendências tecnológicas e inovação; e o RH Coop Conference, o palco sobre liderança e gestão de pessoas
Além dos debates, o WCM 2025 também funciona como um grande espaço de networking, aproximando dirigentes, executivos e especialistas. O ambiente favorece a troca de experiências entre cooperativas de diferentes países e abre espaço para a construção de parcerias estratégicas.
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Fórum destacou boas práticas, impacto da reforma tributária e experiências de gestão
As cooperativas do ramo Trabalho, Produção de Bens e Serviços (TPBS) estiveram reunidas nesta quinta-feira (18), em Maringá (PR), no Fórum Estadual do Ramo, promovido pelo Sistema Ocepar com o apoio da Unicampo. O encontro contou
com a participação do Sistema OCB e de cerca de 35 dirigentes e gestores de nove cooperativas paranaenses, que trocaram experiências e discutiram os principais desafios e oportunidades do setor.
Logo na abertura, a Unicampo apresentou seu modelo operacional, com foco em controles internos e no relacionamento com os cooperados. A cooperativa é referência na prestação de serviços de assistência e consultoria ao setor agropecuário, e sua experiência serviu de inspiração para as demais participantes. Ao longo da manhã, também foram discutidos o impacto da reforma tributária sobre o ramo e os números consolidados das cooperativas TPBS no estado.
O diretor da Unicampo e coordenador do Fórum Paranaense do Ramo TPBS, Luciano Ferreira Lopes, ressaltou a importância de receber o evento na nova sede da cooperativa em Maringá. Segundo ele, o fórum foi uma oportunidade de integração, com a participação de diversas cooperativas, “Foi uma honra sediar esse encontro e poder mostrar nosso modelo de trabalho. Além disso, tivemos uma programação bastante rica, que abordou desde os impactos da reforma tributária até os desafios e perspectivas das cooperativas de trabalho no Brasil. O saldo é extremamente positivo e fortalece ainda
mais a união do ramo”, afirmou.
Na parte da tarde, a programação contou a participação da analista da Gerência de Relações Institucionais do Sistema OCB, Priscilla Silva Coelho, que apresentou as ações e projetos desenvolvidos pela entidade em apoio ao ramo TPBS em todo o país. “O Fórum foi uma oportunidade para reforçar a integração e fortalecer a representatividade das cooperativas do ramo. Além de conhecerem de perto a experiência da Unicampo, os dirigentes puderam dialogar sobre os desafios comuns e compartilhar boas práticas de gestão e governança. Esse tipo de encontro presencial gera pertencimento e amplia a rede de apoio entre as cooperativas”, destacou Priscilla.
Um dos pontos altos do evento foi justamente a realização presencial, que permitiu maior interação entre os dirigentes. Após um período em que reuniões virtuais se tornaram mais frequentes, o contato direto foi avaliado pelos participantes como essencial para estreitar laços, promover a confiança e ampliar a troca de informações entre as cooperativas.
Atualmente, o Paraná conta com 16 cooperativas do ramo TPBS, atuando em segmentos que vão desde assistência técnica agrícola e pecuária até turismo, ensino de línguas, tecnologia da informação e prestação de serviços especializados. Juntas, elas reúnem mais de 8,2 mil cooperados, empregam 139 pessoas e registraram, em 2024, movimentação financeira de R$ 360,6 milhões.
O evento foi encerrado com um levantamento das principais demandas das cooperativas presentes, que irão compor a agenda de trabalho do ramo no estado.
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Encontro nacional discutiu temas como sustentabilidade, inovação e o papel no campo
O primeiro dia do 1º Jovem Coop — Encontro Nacional de Núcleos Jovens de Cooperativas do Agro, promovido pela Coplacana, movimentou a agenda desta sexta-feira (19) em Piracicaba (SP). O evento reuniu jovens lideranças, técnicos e dirigentes de diferentes regiões do país para debater os desafios e as oportunidades da juventude no cooperativismo agropecuário, com foco em inovação, sustentabilidade e sucessão no campo.
Representando o Sistema OCB, Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais, destacou o caráter simbólico do encontro. “O Ano Internacional das Cooperativas reforça o reconhecimento global de que o modelo cooperativo é capaz de gerar prosperidade e transformar realidades”, afirmou.
Segundo ele, é preciso adaptar a forma de comunicar o cooperativismo para se conectar às novas gerações. “Precisamos investir em comunicação para dialogarmos com os jovens e mostrarmos, de forma objetiva, as oportunidades reais que o cooperativismo oferece”, completou.
Ao longo do painel, foram apresentados números que dimensionam a importância do setor no Brasil: mais de 25 milhões de cooperados em oito ramos de atuação, com oferta de serviços essenciais em milhares de comunidades. Só no agro, são 1,2 mil cooperativas, reunindo mais de um milhão de produtores rurais, responsáveis por parte significativa da produção e da comercialização de alimentos no país. “No setor agropecuário, esse papel é particularmente relevante e decisivo para a
economia nacional”, reforçou Eduardo.
Juventude no centro do debate
A dinâmica do encontro foi construída de forma participativa. Os organizadores incentivaram perguntas diretas e focadas em soluções, o que manteve a troca de ideias prática e aplicável às realidades locais. Entre os temas mais citados estiveram:
-
a formação técnica voltada ao jovem cooperado;
-
o acesso a crédito em condições adequadas para iniciantes;
-
e a inserção efetiva dos núcleos jovens nos processos de decisão das cooperativas.
“Nenhuma medida isolada resolve a questão da permanência no campo. É preciso um conjunto de ações — residência técnica, linhas de crédito adaptadas, mentoria entre gerações e canais de comunicação eficientes — para que o jovem veja no cooperativismo uma alternativa viável e atrativa”, defendeu o representante do Sistema OCB, reforçando a necessidade de parcerias entre cooperativas, poder público e iniciativa privada.
Referência e inovação
A Coplacana, anfitriã do encontro, foi lembrada como exemplo da união entre tradição e modernidade. Fundada em 1948, em Piracicaba, a cooperativa possui hoje mais de 35 unidades em diferentes estados, oferecendo desde insumos agrícolas até assistência técnica, produção de ração e serviços de apoio à modernização do campo. Essa base estruturada tem permitido ampliar iniciativas voltadas à juventude, como o próprio 1º Jovem Coop.
“A Coplacana é referência em agregar valor ao cooperado, especialmente em sustentabilidade. A realização deste encontro, com a participação de representantes de mais de 20 cooperativas, é um marco que evidencia o compromisso com a formação de novas lideranças e com a sucessão nas famílias cooperadas”, afirmou Eduardo.
Recomendações e próximos passos
Entre os encaminhamentos do primeiro dia, os participantes destacaram a importância de:
-
criar programas locais de residência técnica voltados a jovens;
-
estruturar linhas de crédito cooperativo com condições diferenciadas;
-
implementar programas de mentoria que conectem lideranças experientes a novos gestores;
-
e estabelecer indicadores para acompanhar o impacto das ações juvenis.
Outra proposta que ganhou força foi transformar o Ano Internacional das Cooperativas em um roteiro de trabalho, com metas e indicadores específicos para ampliar a participação da juventude no cooperativismo brasileiro.
Além das discussões, foram compartilhadas experiências de sucesso que já estão em curso em diferentes bases. Projetos de assistência técnica adaptada ao perfil jovem, iniciativas de comercialização coletiva e plataformas de capacitação demonstraram que há soluções em andamento, prontas para serem ampliadas e replicadas.
O 1º Jovem Coop segue neste sábado (20), com uma programação dedicada à formação de lideranças jovens, à apresentação de cases de inovação no agro e ao fortalecimento da rede de núcleos jovens cooperativistas de todo o Brasil.
